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HIDROLOGIA
Prof. Caroline Winter
Bibliografia
• BIBLIOGRAFIA BÁSICA
• MACHADO, Vanessa de Souza. Princípios de climatologia e hidrologia.
Biblioteca A ePDF 2017.
• STEIN, Ronei Tiago. Manejo de Bacias Hidrográficas Geociências. Geociências
Biblioteca A ePDF 2017.
• Aluísio Pardo CANHOLI. Drenagem Urbana. Oficina de Textos; Edição: 2ª (1 de
janeiro de 2015).
• BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR
• METCALF and EDDY Inc. Tratamento de Efluentes e Recuperação de
Recursos. Biblioteca A ePDF 2016.
• POMEROL, Charles; LAGABRIELLE, Yves; RENARD, Maurice; GUILLOT,
Stéphane Princípios de Geologia Técnicas, Modelos e Teorias Geociências.
Biblioteca A ePDF 2013.
• ÇENGEL, Yunus A.; CIMBALA, John M. Mecânica dos fluidos: fundamentos e
aplicações. 3 ed. 2015.
• POST, Scott. Mecânica dos fluidos aplicada e computacional. LTC 2013.
• CANEDO, Eduardo Luis. Fenômenos de transportes LTC 2014.
Ciclo Hidrológico
Assoreamento
Bacias Hidrográficas
• Bacias hidrográficas do Brasil
• Uma bacia hidrográfica é um conjunto de terras drenadas por um rio
principal, seus afluentes e subafluentes. O IBGE (Instituto Brasileiro de
Geografia e Estatística) classifica os rios em nove bacias,
apresentadas a seguir.
• Bacia do Amazonas
• É a maior bacia hidrográfica do mundo, com 7.050.000 km², sendo
mais da metade localizado em terras brasileiras. Abrange também
terras da Bolívia, Peru, Colômbia, Venezuela, Guiana, Guiana
Francesa e Suriname. Seu rio principal, o Amazonas, nasce no Peru
com o nome de Vilcanota e recebe posteriormente os nomes de
Ucaiali, Urubamba e Marañon. Quando entra no Brasil, passa a se
chamar Solimões e, após o encontro com o Rio Negro, perto de
Manaus, recebe o nome de Rio Amazonas.
• Bacia do Nordeste*
• Abrange diversos rios de grande porte e de significado regional, como:
Acaraú, Jaguaribe, Piranhas, Potengi, Capibaribe, Una, Pajeú, Turiaçu,
Pindaré, Grajaú, Itapecuru, Mearim e Parnaíba. O rio Parnaíba forma a
fronteira dos estados do Piauí e Maranhão, desde suas nascentes na
serra da Tabatinga até o oceano Atlântico, além de representar uma
importante hidrovia para o transporte dos produtos agrícolas da região.
• Bacia do Tocantins-Araguaia
• Com uma área superior a 800.000 km2, a bacia do rio
Tocantins-Araguaia é a maior bacia hidrográfica inteiramente
situada em território brasileiro. O rio Tocantins nasce na
confluência dos rios Maranhão e Paraná (GO), enquanto o
Araguaia nasce no Mato Grosso. Localiza-se nessa bacia a
usina de Tucuruí (PA), que abastece projetos para a extração
de ferro e alumínio.
• Bacia do Paraguai
• Destaca-se por sua navegabilidade, sendo bastante utilizada
para o transporte de carga. Assim, torna-se importante para a
integração dos países do Mercosul. Suas águas banham
terras brasileiras, paraguaias e argentinas.
• Bacia do Paraná
• É a região mais industrializada e urbanizada do país. Na bacia do Paraná
reside quase um terço da população brasileira, sendo os principais
aglomerados urbanos as regiões metropolitanas de São Paulo, Campinas e de
Curitiba. O rio Paraná, com aproximadamente 4.100 km, tem suas nascentes
na região Sudeste, separando as terras do Paraná do Mato Grosso do Sul e do
Paraguai. O rio Paraná é o principal curso d'água da bacia, mas também são
muito importantes os seus afluentes e formadores, como os rios Grande,
Paranaíba, Tietê, Paranapanema, Iguaçu, dentre outros. Essa bacia
hidrográfica é a que tem a maior produção hidrelétrica do país, abrigando a
maior usina hidrelétrica do mundo: a Usina de Itaipu, no Estado do Paraná,
projeto conjunto entre Brasil e Paraguai.
• Bacia do São Francisco
• Nasce em Minas Gerais, na serra da Canastra, atravessando os estados da
Bahia, Pernambuco, Alagoas e Sergipe. O Rio São Francisco é o principal
curso d'água da bacia, com cerca de 2.700 km de extensão e 168 afluentes. De
grande importância política, econômica e social, principalmente para a região
nordeste do país, é navegável por cerca de 1.800 km, desde Pirapora, em
Minas Gerais, até a cachoeira de Paulo Afonso. O principal aglomerado
populacional da bacia do São Francisco corresponde à Região Metropolitana
de Belo Horizonte, na região do Alto São Francisco.
• Bacia do Sudeste-Sul*
• É composta por rios da importância do Jacuí, Itajaí e Ribeira do Iguape, entre
outros. Os mesmos possuem importância regional, pela participação em
atividades como transporte hidroviário, abastecimento d'água e geração de
energia elétrica.
• Bacia do Uruguai
• É formada pelo rio Uruguai e por seus afluentes, desaguando no estuário do rio
da Prata, já fora do território brasileiro. O rio Uruguai é formado pelos rios
Canoas e Pelotas e serve de divisa entre os Estados de Santa Catarina e Rio
Grande do Sul. Faz ainda a fronteira entre Brasil e Argentina e entre Argentina
e Uruguai. Deságua no oceano após percorrer 1.400 km. A região hidrográfica
do Uruguai apresenta um grande potencial hidrelétrico, possuindo uma das
maiores relações energia/km² do mundo.
• Bacia do Leste*
• Assim como a bacia do nordeste, esta bacia possui diversos rios de grande
porte e importância regional. Entre eles, temos os rios Pardo, Jequitinhonha,
Paraíba do Sul, Vaza-Barris, Itapicuru, das Contas, Paraguaçu, entre outros. O
rio Paraíba do Sul, por exemplo, situa-se entre os estados de São Paulo, Rio de
Janeiro e Minas Gerais, apresentando ao longo do seu curso diversos
aproveitamentos hidrelétricos, cidades ribeirinhas de porte e indústrias
importantes, como a Companhia Siderúrgica Nacional
Exutório
• Exutório é um ponto de um curso d'água onde se dá
todo o escoamento superficial gerando no interior uma
bacia hidrográfica banhada por este curso. Exemplo: O
exutório do curso principal coincide com o ponto mais
inferior para onde converge toda a descarga hídrica
desta bacia.
Hidrograma
• O hidrograma é a representação gráfica da variação da
vazão (Q) ao longo do tempo (t) em uma seção do curso
d’água. Pode ser entendido como resposta da bacia
hidrográfica, em função de suas características
fisiográficas que regem as relações entre chuva e
escoamento superficial direto (ESD) a uma
dada precipitação e a contribuição de um aquífero.
Vazão Rio São Francisco
t0: Início da chuva;
tf: fim da chuva;
t1: a capacidade de infiltração do solo iguala-
se à intensidade de chuva e inicia-se um
escoamento superficial do volume não
infiltrado;
t2: ao final do ramo ascendente, o
hidrograma atinge seu pico;
t3: ponto de inflexão do hidrograma.
Caracteriza o instante de tempo em que não
há mais escoamento superficial para essa
seção do rio;
t4: ponto caracterizado pelo trânsito do
escoamento base. Em geral com valor
superior ao trecho inicial devido à elevação
do nível do lençol, produzido pela recarga
do aquífero;
Pm: tempo que representa a metade do
volume precipitado (a metade da duração da
chuva, caso ela seja constante); tempo onde
se localiza o centro de massa do hietograma;
Hm: centro de massa do volume escoado;
Trecho t0 a tf: representa a duração (D) da chuva. D = tf – t0;
trecho t0 a t1: representa o escoamento de base antes do início da
chuva;
trecho t1 a t2: ramo ascendente do hidrograma;
Tempo de recessão (tr): trecho t2 a t3: intervalo de tempo que
caracteriza a curva de depleção do hidrograma. Tempo necessário
para a vazão baixar até o ponto t3, quando acaba o escoamento
superficial. tr = t3 – t2;
Tempo de ascensão (ta): tempo entre o início da chuva e o pico do
hidrograma. ta = t2 – t0;
Tempo de pico (tp): intervalo entre o centro de massa da precipitação
e o tempo do pico. tp = t2 – Pm;
Tempo de retardo (tl): conhecido também como lag time. É o intervalo
de tempo entre o centro de massa da precipitação e centro de massa
do hidrograma. tl = Hm – Pm;
Tempo de concentração (tc): é o tempo necessário para a chuva no
ponto mais distante da bacia, deslocar-se até a seção principal; é o
tempo entre o fim da precipitação e o ponto de inflexão do
hidrograma. tc = t3 – tf;
Tempo de base (tb): tempo entre o início da precipitação e aquele em
que a precipitação ocorrida já escoou através da seção principal. Ou
que o rio volta às condições anteriores à chuva. tb = t4 – t0;
1- Área da bacia
Quanto maior a área maior o volume; mas bacias com grandes áreas de
extravasamento tendem a regularizar o escoamento e reduzir o pico
2- Relevo
Quanto maior a densidade de drenagem da bacia maior o pico do
hidrograma;
Quanto maior a declividade do rio e da bacia a velocidade tende a ser
maior, o tempo de concentração menor provocando picos de cheia
elevados;
Maior capacidade de armazenamento com presença de lagos, depressões,
polderes, áreas alagáveis aumentam o tempo de concentração e
diminuem o pico
Bacias mais circulares antecipam e têm picos de vazões maiores do que
bacias alongadas.
3- Constituição geológica do subsolo
Maior capacidade de absorção do solo e solo mais profundo diminuem a
quantidade de chuva transformada em chuva efetiva (escoamento).
4- Modificações artificiais no rio
Reservatórios de regularização reduzem os picos, enquanto canalizações,
retificações podem aumentar os picos.
Fatores que influenciam a
forma do Hidrograma
Fatores que influenciam a forma do
Hidrograma
5- Característica da precipitação: Chuvas deslocando-se de jusante para
montante geram hidrogramas com picos menores. As chuvas convectivas e
distribuídas numa pequena área, podem provocar as grandes enchentes em
pequenas bacias. São aquelas chuvas de verão: grande intensidade, curta
duração, com ventos e raios.
Para bacias grandes, são mais críticas as chuvas frontais, com menor
intensidade, longa duração (vários dias). Pausas, chuviscos alternando com
chuvas mais intensas em grandes áreas são típicos desse tipo de chuva.
6- Condições de superfície do solo e Uso do solo
Urbanização e desmatamento reduzem a infiltração e aumentam o escoamento
superficial e diminuem a vazão de base
A impermeabilização dos terrenos da bacia aumenta o escoamento superficial;
Maior cobertura vegetal tende a retardar o escoamento. Isso aumenta a
infiltração e as perdas por evaporação, reduzindo a vazão de pico.

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Hidrologia Bacias

  • 2. Bibliografia • BIBLIOGRAFIA BÁSICA • MACHADO, Vanessa de Souza. Princípios de climatologia e hidrologia. Biblioteca A ePDF 2017. • STEIN, Ronei Tiago. Manejo de Bacias Hidrográficas Geociências. Geociências Biblioteca A ePDF 2017. • Aluísio Pardo CANHOLI. Drenagem Urbana. Oficina de Textos; Edição: 2ª (1 de janeiro de 2015). • BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR • METCALF and EDDY Inc. Tratamento de Efluentes e Recuperação de Recursos. Biblioteca A ePDF 2016. • POMEROL, Charles; LAGABRIELLE, Yves; RENARD, Maurice; GUILLOT, Stéphane Princípios de Geologia Técnicas, Modelos e Teorias Geociências. Biblioteca A ePDF 2013. • ÇENGEL, Yunus A.; CIMBALA, John M. Mecânica dos fluidos: fundamentos e aplicações. 3 ed. 2015. • POST, Scott. Mecânica dos fluidos aplicada e computacional. LTC 2013. • CANEDO, Eduardo Luis. Fenômenos de transportes LTC 2014.
  • 4.
  • 6. Bacias Hidrográficas • Bacias hidrográficas do Brasil • Uma bacia hidrográfica é um conjunto de terras drenadas por um rio principal, seus afluentes e subafluentes. O IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) classifica os rios em nove bacias, apresentadas a seguir. • Bacia do Amazonas • É a maior bacia hidrográfica do mundo, com 7.050.000 km², sendo mais da metade localizado em terras brasileiras. Abrange também terras da Bolívia, Peru, Colômbia, Venezuela, Guiana, Guiana Francesa e Suriname. Seu rio principal, o Amazonas, nasce no Peru com o nome de Vilcanota e recebe posteriormente os nomes de Ucaiali, Urubamba e Marañon. Quando entra no Brasil, passa a se chamar Solimões e, após o encontro com o Rio Negro, perto de Manaus, recebe o nome de Rio Amazonas. • Bacia do Nordeste* • Abrange diversos rios de grande porte e de significado regional, como: Acaraú, Jaguaribe, Piranhas, Potengi, Capibaribe, Una, Pajeú, Turiaçu, Pindaré, Grajaú, Itapecuru, Mearim e Parnaíba. O rio Parnaíba forma a fronteira dos estados do Piauí e Maranhão, desde suas nascentes na serra da Tabatinga até o oceano Atlântico, além de representar uma importante hidrovia para o transporte dos produtos agrícolas da região.
  • 7. • Bacia do Tocantins-Araguaia • Com uma área superior a 800.000 km2, a bacia do rio Tocantins-Araguaia é a maior bacia hidrográfica inteiramente situada em território brasileiro. O rio Tocantins nasce na confluência dos rios Maranhão e Paraná (GO), enquanto o Araguaia nasce no Mato Grosso. Localiza-se nessa bacia a usina de Tucuruí (PA), que abastece projetos para a extração de ferro e alumínio. • Bacia do Paraguai • Destaca-se por sua navegabilidade, sendo bastante utilizada para o transporte de carga. Assim, torna-se importante para a integração dos países do Mercosul. Suas águas banham terras brasileiras, paraguaias e argentinas.
  • 8. • Bacia do Paraná • É a região mais industrializada e urbanizada do país. Na bacia do Paraná reside quase um terço da população brasileira, sendo os principais aglomerados urbanos as regiões metropolitanas de São Paulo, Campinas e de Curitiba. O rio Paraná, com aproximadamente 4.100 km, tem suas nascentes na região Sudeste, separando as terras do Paraná do Mato Grosso do Sul e do Paraguai. O rio Paraná é o principal curso d'água da bacia, mas também são muito importantes os seus afluentes e formadores, como os rios Grande, Paranaíba, Tietê, Paranapanema, Iguaçu, dentre outros. Essa bacia hidrográfica é a que tem a maior produção hidrelétrica do país, abrigando a maior usina hidrelétrica do mundo: a Usina de Itaipu, no Estado do Paraná, projeto conjunto entre Brasil e Paraguai. • Bacia do São Francisco • Nasce em Minas Gerais, na serra da Canastra, atravessando os estados da Bahia, Pernambuco, Alagoas e Sergipe. O Rio São Francisco é o principal curso d'água da bacia, com cerca de 2.700 km de extensão e 168 afluentes. De grande importância política, econômica e social, principalmente para a região nordeste do país, é navegável por cerca de 1.800 km, desde Pirapora, em Minas Gerais, até a cachoeira de Paulo Afonso. O principal aglomerado populacional da bacia do São Francisco corresponde à Região Metropolitana de Belo Horizonte, na região do Alto São Francisco. • Bacia do Sudeste-Sul* • É composta por rios da importância do Jacuí, Itajaí e Ribeira do Iguape, entre outros. Os mesmos possuem importância regional, pela participação em atividades como transporte hidroviário, abastecimento d'água e geração de energia elétrica.
  • 9. • Bacia do Uruguai • É formada pelo rio Uruguai e por seus afluentes, desaguando no estuário do rio da Prata, já fora do território brasileiro. O rio Uruguai é formado pelos rios Canoas e Pelotas e serve de divisa entre os Estados de Santa Catarina e Rio Grande do Sul. Faz ainda a fronteira entre Brasil e Argentina e entre Argentina e Uruguai. Deságua no oceano após percorrer 1.400 km. A região hidrográfica do Uruguai apresenta um grande potencial hidrelétrico, possuindo uma das maiores relações energia/km² do mundo. • Bacia do Leste* • Assim como a bacia do nordeste, esta bacia possui diversos rios de grande porte e importância regional. Entre eles, temos os rios Pardo, Jequitinhonha, Paraíba do Sul, Vaza-Barris, Itapicuru, das Contas, Paraguaçu, entre outros. O rio Paraíba do Sul, por exemplo, situa-se entre os estados de São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais, apresentando ao longo do seu curso diversos aproveitamentos hidrelétricos, cidades ribeirinhas de porte e indústrias importantes, como a Companhia Siderúrgica Nacional
  • 10. Exutório • Exutório é um ponto de um curso d'água onde se dá todo o escoamento superficial gerando no interior uma bacia hidrográfica banhada por este curso. Exemplo: O exutório do curso principal coincide com o ponto mais inferior para onde converge toda a descarga hídrica desta bacia.
  • 11. Hidrograma • O hidrograma é a representação gráfica da variação da vazão (Q) ao longo do tempo (t) em uma seção do curso d’água. Pode ser entendido como resposta da bacia hidrográfica, em função de suas características fisiográficas que regem as relações entre chuva e escoamento superficial direto (ESD) a uma dada precipitação e a contribuição de um aquífero.
  • 12. Vazão Rio São Francisco
  • 13. t0: Início da chuva; tf: fim da chuva; t1: a capacidade de infiltração do solo iguala- se à intensidade de chuva e inicia-se um escoamento superficial do volume não infiltrado; t2: ao final do ramo ascendente, o hidrograma atinge seu pico; t3: ponto de inflexão do hidrograma. Caracteriza o instante de tempo em que não há mais escoamento superficial para essa seção do rio; t4: ponto caracterizado pelo trânsito do escoamento base. Em geral com valor superior ao trecho inicial devido à elevação do nível do lençol, produzido pela recarga do aquífero; Pm: tempo que representa a metade do volume precipitado (a metade da duração da chuva, caso ela seja constante); tempo onde se localiza o centro de massa do hietograma; Hm: centro de massa do volume escoado;
  • 14. Trecho t0 a tf: representa a duração (D) da chuva. D = tf – t0; trecho t0 a t1: representa o escoamento de base antes do início da chuva; trecho t1 a t2: ramo ascendente do hidrograma; Tempo de recessão (tr): trecho t2 a t3: intervalo de tempo que caracteriza a curva de depleção do hidrograma. Tempo necessário para a vazão baixar até o ponto t3, quando acaba o escoamento superficial. tr = t3 – t2; Tempo de ascensão (ta): tempo entre o início da chuva e o pico do hidrograma. ta = t2 – t0; Tempo de pico (tp): intervalo entre o centro de massa da precipitação e o tempo do pico. tp = t2 – Pm; Tempo de retardo (tl): conhecido também como lag time. É o intervalo de tempo entre o centro de massa da precipitação e centro de massa do hidrograma. tl = Hm – Pm; Tempo de concentração (tc): é o tempo necessário para a chuva no ponto mais distante da bacia, deslocar-se até a seção principal; é o tempo entre o fim da precipitação e o ponto de inflexão do hidrograma. tc = t3 – tf; Tempo de base (tb): tempo entre o início da precipitação e aquele em que a precipitação ocorrida já escoou através da seção principal. Ou que o rio volta às condições anteriores à chuva. tb = t4 – t0;
  • 15. 1- Área da bacia Quanto maior a área maior o volume; mas bacias com grandes áreas de extravasamento tendem a regularizar o escoamento e reduzir o pico 2- Relevo Quanto maior a densidade de drenagem da bacia maior o pico do hidrograma; Quanto maior a declividade do rio e da bacia a velocidade tende a ser maior, o tempo de concentração menor provocando picos de cheia elevados; Maior capacidade de armazenamento com presença de lagos, depressões, polderes, áreas alagáveis aumentam o tempo de concentração e diminuem o pico Bacias mais circulares antecipam e têm picos de vazões maiores do que bacias alongadas. 3- Constituição geológica do subsolo Maior capacidade de absorção do solo e solo mais profundo diminuem a quantidade de chuva transformada em chuva efetiva (escoamento). 4- Modificações artificiais no rio Reservatórios de regularização reduzem os picos, enquanto canalizações, retificações podem aumentar os picos. Fatores que influenciam a forma do Hidrograma
  • 16. Fatores que influenciam a forma do Hidrograma 5- Característica da precipitação: Chuvas deslocando-se de jusante para montante geram hidrogramas com picos menores. As chuvas convectivas e distribuídas numa pequena área, podem provocar as grandes enchentes em pequenas bacias. São aquelas chuvas de verão: grande intensidade, curta duração, com ventos e raios. Para bacias grandes, são mais críticas as chuvas frontais, com menor intensidade, longa duração (vários dias). Pausas, chuviscos alternando com chuvas mais intensas em grandes áreas são típicos desse tipo de chuva. 6- Condições de superfície do solo e Uso do solo Urbanização e desmatamento reduzem a infiltração e aumentam o escoamento superficial e diminuem a vazão de base A impermeabilização dos terrenos da bacia aumenta o escoamento superficial; Maior cobertura vegetal tende a retardar o escoamento. Isso aumenta a infiltração e as perdas por evaporação, reduzindo a vazão de pico.