Este documento analisa o uso do Facebook para reforçar as competências comunicativas em francês em um contexto de aprendizagem invertida. Ele descreve a metodologia de pesquisa de monitorar a participação dos alunos no Facebook por 3 semanas e medir variáveis como postagens, comentários e curtidas. Os resultados mostraram altos níveis de participação no grupo, embora de forma desigual entre os alunos, sugerindo que as redes sociais podem aumentar a participação, mas seu impacto na aprendizagem pode variar.
4. “
A finalidade do ensino da língua é
tornar os aprendentes competentes
e proficientes na língua em causa.
(Quadro europeu comum de referência para as línguas)
5. Competências comunicativas
Linguística
Conhecimentos e
capacidades sobre
vocabulário, gramática,
ortografia ou pronúncia.
Sociolinguística
Boa educação, normas
de relação entre grupos
sociais (gerações, sexos
etc.) e de certos rituais
(celebrações, morte,
compras etc.).
Pragmática
Relacionadas com o tipo
de discurso, a coesão e
a coerência, a ironia ou
a paródia.
6. “
Falamos, sim, em verso, em verso
natural - isto é, em verso sem rima
nem ritmo, com as pausas do nosso
fôlego e sentimento.
(Alberto Caeiro / Fernando Pessoa)
7. Atividades linguísticas
Receção
Leitura silenciosa de textos,
escuta de áudios e canções,
visualização de vídeos.
Produção
Exposições orais, relatórios
escritos, descrições, relatos.
Interação
Conversas, chats, jogos de role,
teatralizações, debates.
Mediação
Traduções, interpretações,
paráfrases, resumos, recensões.
9. Potencial do e-learning 2.0
Aprendizagem
ubíqua
Aprendizagem ativa
Comunicação
multimodal
Feedback recursivo
Aprendizagem
colaborativa
Metacognição
Aprendizagem
diferenciada
As redes
sociais são
ferramentas
2.0
10. Metodologias e estratégias
Aula invertida
Aulas presenciais focadas em
competências sociolinguísticas
ou pragmáticas, atividades de
produção e interação etc.
Aprendizagem casual
Não intencional. Os aprendentes
reforçam competências e
capacidades por acaso.
Aula persistente
As aprendizagens prolongam-se
para além das aulas presenciais.
Aprendizagem periférica
Os novatos aprendem
observando e imitando
aprendentes expertos.
12. Vantagens na aprendizagem
de línguas estrangeiras
◉ Incentiva a interação a todos os níveis.
◉ Aumenta a exposição multimodal à língua estrangeira.
◉ Favorece a adquisição extensiva do vocabulário.
◉ Favorece a aprendizagem da gramática implicita.
◉ Melhora as capacidades de receção oral e escrita.
◉ Incentiva a produção escrita.
◉ Torna possível adquirir competências sociopragmáticas.
◉ Motiva e favorece o compromisso com a língua e a cultura.
15. Contexto académico
Campus de Pontevedra
Faculdade de Ciências da
Educação e do Desporto.
Universidade de Vigo.
Estudos
Licenciatura de Mestre de
Educação Infantil.
4 anos.
Ano letivo 2012-2013.
Disciplina
Idioma estrangeiro: Francês.
Nível A1 do QECRL.
2º ano / 2º Semestre.
6 ECTS .
Organização académica
14 semanas letivas
Sessões expositivas: 1.5h semanais
Sessões práticas: 2h semanais.
Trabalho autónomo: ⋍ 5h semanais.
16. A turma
Maioria de mulheres (59/2).
Quadrilíngues.
Nativas digitais.
Pontos de partida
Disparidade de níveis.
Défices em competências
comunicativas e digitais.
17. Objetivo e metodologia
Objetivo
Analisar a participação no
grupo para estimar o
impacto das vantagens da
rede sociais na
aprendizagem do francês.
Levantamento de dados
De 21/01 a 08/02 de 2013.
Três primeiras semanas.
Atividade no mural.
Levantamento manual.
18. Variáveis para medir a participação
em Facebook
Postagens
Comentários
Aprovações
(likes)
Publicações
Contribuições
Participação
26. Aprendentes segundo o tipo de participação
21,31%
Por cima da média de publicações e
aprovações
24,59%
Por cima da média apenas de
publicações ou de aprovações
54,09%
Por baixo da média de publicações e
de aprovações
27. Conclusões
◉ Facebook aumenta a participação? É certo!
◉ Participação é desigual, também o impacto na aprendizagem?
◉ Participar apenas interagindo com os conteúdos:
sanguessugas ou aprendentes periféricos?
28. “
If you are in a large meeting, usually one or two
people do most of the talking. [...] Do we call
those people who don't talk lurkers? Why should
we expect the dynamics of an online community
or social network to be any different?
(Mark Wallace)