DeClara n.º 75 Abril 2024 - O Jornal digital do Agrupamento de Escolas Clara ...
Aula de revisão do módulo 2 - MEAL
1. Métodos de Exame e
Análise Laboratorial
CURSOS PROFISSIONAIS DE NÍVEL SUPERIOR
ASSISTENTE DE CONSERVAÇÃO E RESTAURO
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2. Fenómenos visíveis
Exame fotográfico sob luz normal
Utilizada desde o primeiro momento de análise da obra até ao
fim do seu estudo – permite conservar permanentemente um
determinado momento do objeto.
Inventada entre 1837 e 1838 por Daguerre e Niépce, teve uma
aplicação rápida para documentação histórica, até à sua
utilização de hoje em dia.
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3. Fenómenos visíveis
Exame fotográfico sob luz normal
A fotografia reproduz na sua totalidade ou parcialidade a obra
em estudo, de forma objetiva.
Converteu-se num verdadeiro auxiliar à história da arte –
estudo estilístico, iconográfico, etc., bem como a sua
disseminação.
São inúmeros os aspetos que incidem sobre o resultado final:
técnica de impressão (ou qualidade do ecrã), tempo de
exposição, abertura do diafragma, etc.
Contém diferentes técnicas: luz rasante ou tangencial,
incidente, transmitida e monocromática de sódio.
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5. Fenómenos visíveis
Exame fotográfico sob luz normal
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https://www.he-arc.ch/sites/www.he-arc.ch/files/COR/Master/brochure_ma_theses_2016.pdf
Usar QP Card
https://www.amazon.co
m/Adorama-QpCard-
Balance-Digital-
Cameras/dp/B0002K6F6
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Constitui o primeiro registo da totalidade
da obra – serve para documentação tanto
histórica, como do processo de restauro.
7. Fenómenos visíveis
Exame fotográfico sob luz rasante ou tangencial
Foco de luz oblíquo que acentua todas as texturas e
componentes superficiais da obra.
Técnica simples, obra situada no escuro, colocando um foco de
luz artificial, com um ângulo tangencial.
É uma técnica utilizada com regularidade por parte dos
museus, de forma a registar o deterioramento das obras.
É igualmente importante para comprovar distorções originais
que guiam o trabalho do restaurador – empastelamentos, p.ex.
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Utilização de um foco de luz oblíquo à
superfície da obra, que permite destacar
texturas e elementos que sobressaem da
superfície da obra - destacamentos p.ex.
Identificação de marcações e inscrições.
10. Fenómenos visíveis
Exame fotográfico sob luz transmitida
Utilizada mais em pintura, documentos gráficos e
têxteis.
Colocar-se a fonte de luz na parte posterior da obra.
Permite observar fissuração, destacamentos e
identificação da distribuição da camada pictórica na
obra.
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Utilização de um foco de luz na parte
posterior da obra, de forma a acentuar
fissuração, destacamento ou distribuição
matérica.
13. Fenómenos impercetíveis
Macrofotografia
Aumento de imagens visíveis, através de registo fotográfico.
Técnica simples, consiste na utilização de um aparelho
fotográfico com objetiva de curta distância focal ou aplicação
de lentes de baixa potência (2x-10x).
Este aumento destaca os detalhes escondidos à vista
desarmada, mostrando pinceladas, fissuração, perdas de
pintura, repintes, etc.
Importante para um bom restauro.
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Registo realizado após a fotografia geral
da obra, com atenção a detalhes para
registo das condições em que se encontra a
obra.
15. Fenómenos impercetíveis
Microfotografia
Utilização do microscópio para exploração da superfície
pictórica.
Revela características materiais impercetíveis a vista
desarmada.
O tamanho e forma permite um estudo rápido e eficiente da
superfície pictórica.
Serve para explorar e confirmar o estado de conservação de
uma obra: destacamento, fissuração, etc..
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Fotografia microscópica que nos permite
registar elementos característicos da obra
que não são determinados à vista
desarmada.
18. Fenómenos impercetíveis
Microscópio estereoscópico
Análise microscópica de microamostras obtidas da
obra.
Obter informação da estratigrafia: número de
camadas, espessura das camadas, identificação de
elementos: tamanho, função, etc.
Oferece uma visão completa do modo de execução,
cronologia, origem, etc..
Completa os estudos anteriores.
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Exame pontual que permite uma
primeira identificação estrutural e
material da obra.
Complementar à micro e
macrofotografia.
20. Fenómenos invisíveis
Reflectografia no infravermelho
O sistema baseia-se na deteção de raios infravermelhos
refletidos pela obra em estudo, através de um aparelho
sensível à longitude de onda até aos 2400 nm.
Desenvolvida nos anos 60 por Asperen de Boer, significou um
melhoramento substancial da técnica face à fotografia de
infravermelhos.
Esta técnica permite-nos detetar desenhos subjacentes, pois a
radiação infravermelha atravessa a camada pictórica,
interagindo com os materiais presentes na camada de
preparação.
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Registo da radiação infravermelha para
deteção de desenho e pintura subjacente.
Radiação atravessa a camada pictórica até
à camada de preparação.
24. Fenómenos invisíveis
Fotografia da fluorescência provocada pela
radiação ultravioleta
Radiação ultravioleta situa-se entre os 14 e os 3900 nm.
Tem a propriedade de alterar temporariamente determinados
materiais, excitados pela radiação – vão emitir radiação de
comprimento de onda superiores – provocando uma
fluorescência luminosa, visível.
Permite identificar alterações da superfície, repintes,
reformulações e inscrições ocultas.
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Fotografia da fluorescência provocada pela
radiação ultravioleta. Permite identificar
repintes, retoques, colas, resinas, vernizes e
determinados pigmentos puros.
26. Fenómenos invisíveis
Radiografia
Radiação situada entre os 0,1 e os 100 nm, esta radiação
atravessa corpos opacos em função do peso atómico dos
elementos que os constituem.
Técnica baseia-se na utilização de um tubo raios-X e na parte
posterior da obra colocam-se filmes radiográficos – próprios
para a absorção da radiação X.
Os raios-X não absorvidos, atravessam os materiais e vão
sensibilizar a película, ficando negra. Já os raios absorvidos
pelo material, chegando menos radiação à película, vão
sensibilizar mais claros.
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27. Fenómenos invisíveis
Radiografia
O resultado é uma imagem contrastada da relação dos
elementos presentes do objeto em estudo.
Esta técnica oferece informação ao nível do suporte, estrutura,
comportamento, natureza, estado, etc.
Também permite tomar conhecimento do estado das camadas
pictóricas e a sua elaboração. Permite estudos de autenticação.
No caso da escultura, é essencial para conhecer a estrutura
interna e materiais de suporte.
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Radiografia consiste na utilização da
radiação X – que atravessa por completo o
objeto – para estudo da estrutura a estado
de conservação das camadas pictóricas e
estruturais.