SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 33
Centro de Formação de Escolas do Porto Ocidental Dinamizador: Professor Carlos Jorge Gestão, administração e mediação de conflitos:  que possibilidades?
Objectivos/Efeitos a Produzir Dinamizador: Professor Carlos Jorge
Desafios da educação para a convivência numa nova sociedade Mudanças sociais e Educação Conceitos/concepções Tipologias, prevenção e resolução Dinamizador: Professor Carlos Jorge
A nossa leitura da realidade não captar todas as experiências vividas e não consegue compreender os variados significado e experiencias humanas que o sujeito experimenta. A nossa compreensão da realidade é sempre parcial. Mas poderemos aproximar-nos de uma melhor compreensão da realidade e das mudanças sociais afinando a nossa sensibilidade interpretativa. sensibilidade interpretativa  A nossa leitura da realidade não captar todas as experiências vividas e não consegue compreender os variados significado e experiencias humanas que o sujeito experimenta. A nossa compreensão da realidade é sempre parcial. Mas poderemos aproximar-nos de uma melhor compreensão da realidade e das mudanças sociais afinando a nossa sensibilidade interpretativa. Desta leitura da realidade, resumida de maneira inacabada, entrelaçámos aquelas mudanças sociais que de modo mais significativo influíram nas práticas educativas. Dinamizador: Professor Carlos Jorge
Mudança Social A respeito do tema Mudança Social é recorrente considerar duas correntes em disputa:   Exogenistas Endogenistas A Mudança Social Resulta, sobretudo, da existência de “estímulos” externo (ou exógenos)  à sociedade.   A Mudança Social  É explicada por factores internos (ou endógenos) ao meio. Cf. Ferreira, J. C., Peixoto, J., Carvalho, A. S., Raposo, R., Graça, J. C., & Marques, R. ([1995] 1996). Sociologia. Lisboa: McGraw-Hill. Dinamizador: Professor Carlos Jorge
Mudanças sociais  Os cientistas sociais têm, na sistematização de Sousa Santos (1994), pontos de vista de diferenciados acerca das mudanças sociais:  a) Uns consideram como problema fundamental o confronto de modelos de sociedade (sociedade liberal moderna versus sociedade comunista ou capitalista e referem o fim da História (Fukuyama, 1992);  Outros entendem que, antes de todos os problemas, está o problema da incapacidade da sociedade delimitar e perceber os problemas fundamentais. São as concepções pós-modernas (Lyotard, Maffesolli);  Outros, ainda, questionam os pressupostos epistemológicos, admitindo que foram eles os grandes responsáveis pelo abandono da reflexão sobre os problemas fundamentais (Habermas, Derrida, Foulcault, Wallerstein);  Um quarto grupo defende que a sociedade capitalista avançada esgotou as virtualidades do desenvolvimento social e que se atingiu uma desregulação global e um impasse de soluções (Touraine, Chantal Mouffe, Giddens).  Santos, Boaventura de Sousa (1994). Pela mão de Alice. O Social e o Político na Pós-Modernidade. Porto: Edições Afrontamento.  Dinamizador: Professor Carlos Jorge
Mudanças na Sociedade Para melhor entendermos as mudanças na sociedade observemos, segundo Toffler (2006), três vagas de riquezas que preencheram as nossas sociedades ao longo dos tempos: 2ª   Vaga 3ª   Vaga 4º  Mundo 1ª   Vaga Castells (2003) alerta para o surgimento de um quarto mundo trazido pelos desafios do informacionalismo onde o processo de reestruturação social é acompanhado de fenómenos como a pobreza, as desigualdades e a exclusão social. Criou a civilização agrária.  A agricultura permitiu o cultivo dos campos e a emergência de uma forma de comércio  a fim de trocar, comprar ou vender os produtos agrários. Iniciou-se nos finais do século XIX sob o signo da Revolução Industrial.  Surgem as fábricas, as linhas de montagem, as grandes indústrias  e a produção em massa que usurpando o poder das elites agrárias criam o monopólio do industrialismo. A que vigora atualmente está associada à sociedade do conhecimento, às novas tecnologias e uma preocupação “em servir, pensar, conhecer e experimentar” Castells , M. (2003). O fim do milénio. Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian. Dinamizador: Professor Carlos Jorge
Processos de socialização Do Estado Educador (com as suas  referencias coletivas): Igreja, pátria e família  Às transformações sociais, culturais e politicas, aliadas à emergência de novos modos de organização e funcionamento das instituições e  consequente perda de  referencias legitimadoras da socialização.  O Estado Regulador e os novos (e velhos)  mandatos da  escola da atualidade Dinamizador: Professor Carlos Jorge
Referencias coletivas: Igreja, pátria e família.  O Estado Novo desenvolveu, desde a aprovação da constituição de 1933 (institucionalização da ditadura Salazarista), políticas que assentavam em diversas trilogias:  Dinamizador: Professor Carlos Jorge
"Escola Salazarista" Dinamizador: Professor Carlos Jorge
Referencias coletivas: Igreja, pátria e família “Nós não compreenderíamos,  nós não poderíamos consentir,  que a escola portuguesa fosse neutra” António Oliveira Salazar 28 de Janeiro de 1934 Dinamizador: Professor Carlos Jorge
Que papel atribuía Salazar à escola portuguesa? 	“Deus, Pátria, Família” Dinamizador: Professor Carlos Jorge
Diretor-geral do Ensino Secundário, Dr. Pires de Lima, in nº 9/35 BOLETIM DO LICEU NORMAL DE LISBOA - PEDRO NUNES “Um dos elementos da desagregação é a frequente negação da ideia da família e da ideia da Pátria, quando da ideia da família e da ideia de Pátria está consubstanciada a virtude, a paz, a tranquilidade, a verdadeira felicidade humana, e a Pátria não é mais do que uma grande família” Diretor-geral do Ensino Secundário, Dr. Pires de Lima, in nº 9/35 “Ninguém pode sentir-se diminuído por cumprir ordens, e antes todos devem orgulhar-se de as bem cumprir, mesmo quando no seu íntimo discordem da doutrina que as ordens encerram” Diretor-geral do Ensino Secundário, In n.º 9/35 Dinamizador: Professor Carlos Jorge
Escola Salazarista: as leis Decreto21 014, de 19/03/32 ,[object Object],Decreto de 12/02/32 “aos estabelecimentos dependentes do Ministério da Instrução Pública é interdita a inserção de artigos ou quaisquer escritos de apreciação dos actos dos seus superiores hierárquicos nas publicações que promovam com carácter oficial ou com subsídios do Estado...” Decreto1 941 de 11/04/36 - Ministério da Instrução passa a denominar-se “Ministério da Educação Nacional, privilegiando a educação, exaltada nas suas implicações nacionalista e cristã, em detrimento da instrução”; e “haverá um único compêndio (...) das disciplinas de História de Portugal, História geral, Filosofia, bem como (...) de educação moral e cívica”; “será obrigatório o canto-coral como elemento de educação e coesão nacional”, para o que “organizar-se-á uma pequena coleção de cânticos nacionais, exaltando as glórias portuguesas, a dignidade do trabalho e o amor à Pátria...”
Os Mandatos da Escola Salazarista A Escola era a sagrada oficina das almas, inculcava a exaltação patriótica, a mitificação dos valores históricos e a supremacia da raça lusitana, a defesa dos valores da civilização cristã, a exaltação da disciplina, da obediência e do cumprimento do dever como condição necessária para o progresso e a defesa da pátria.  (cf. Mónica, Filomena, 1978; Luís Torgal, 1989; Mattoso, 1994; Rosas & Brito, 1996a; (Rosas & Brito, 1996)
Do Estado Novo à Atualidade A complexidade da vida social está diretamente correlacionada com a complexidade dos conflitos, quer eles sejam individuais ou coletivos, que ai se despoletam. Dinamizador: Professor Carlos Jorge
Estado educador Quando os sistemas educativos eram concebidos e estavam organizados como estruturas rígidas, regras definidas e uma hierarquia claramente estabelecida, o conflito não emergia como categoria autónoma sendo antes concebido como um comportamento indisciplinado ou disfuncional à imagem das organizações militares  onde as relações de poder estão estabelecidas de modo claro e o seu desrespeito é severamente sancionado.  Dinamizador: Professor Carlos Jorge
O Estado Regulador: Os novos (e velhos) mandatos da  escola da atualidade Não existe acordo quanto aos valores que a orientam As interpretações das normas legais são múltiplas e conflituantes Os objetivos são pouco claros e conflituais As tecnologias de planeamento e de avaliação são pouco  claras e pouco rigorosas Os processos de tomada de decisão e de responsabilização  são incertos e ambíguos Costa, M. E. (2003). Gestão de Conflitos na Escola. Lisboa: Universidade Aberta.
A mudança na instituição educacional Mudanças Sociais e Sistema Educativo O sistema educativo passou a estar no centro das atenções dos cientistas sociais, entre outros, e a motivar comentários acerca do desajustamento entre as mudanças ocorridas na sociedade e a lentidão do processo de reformas que se impunha na educação. As mudanças  registadas na sociedade do conhecimento, a partir da segunda metade do século XX, influenciaram os sistemas educativos incentivando uma emergente onda de reformas. Dinamizador: Professor Carlos Jorge
Mudanças sociais e Educação  Estádios do Processo de Maturação dos Sistemas Educativos  (A mudança da sociedade nos últimos 50 anos, (2) as consequências da mudança na instituição educacional e (3) o fenómeno da exclusão escolar em Portugal.) Paradigmas de uma sociedade em mudança: A educação orientada à Produção A educação orientada ao consumo A educação orientada ao Cliente A educação orientada à Inovação Carneiro, R. 1994, “A Dinâmica de Evolução dos Sistemas Educativos” in C. E. e Sociedades, nº 6, pp. 1 3 - 59) Carneiro, R  2001, Fundamentos da Educação e Aprendizagem – 21 Ensais  para o Século XXI, FML, pp. 91 - 119 Dinamizador: Professor Carlos Jorge
A educação orientada à Produção  Dinamizador: Professor Carlos Jorge
A educação orientada ao Consumo  Dinamizador: Professor Carlos Jorge
A educação orientada ao Cliente  Dinamizador: Professor Carlos Jorge
A educação orientada à inovação  Dinamizador: Professor Carlos Jorge
Conceitos/concepções Desatando os nós Quando falamos de conflitos é necessário aproximarmo-nos das características das diversas teorias do conflito existentes e procurar entender e compreender as diversas definições e abordagens a que se referem.       Antes de tudo é necessário construir uma imagem aproximada do espaço social dos conflitos. Podemos distinguir una série de âmbitos do conflito, segundo o nível da realidade social em que o conflito aparece. Dinamizador: Professor Carlos Jorge
Dinamizador: Professor  Carlos Jorge Meso Micro Macro "cara a cara"  Desenvolve relações  Interpessoais na família, escola, na sala de aula e no grupo de pares Compreende  as inter-relações entre dois ou mais dos principais microssistemas: família e a escola  e o grupo de pares da comunidade de pertença O contexto cultural que influencia as variáveis dos níveis anteriores, constituído pelos conjunto de valores, crenças, acontecimentos históricos, etc. âmbitos do conflito: rede de inter-relações (Do gr. mikrós, «pequeno») (Do gr. makrós, «grande») (Do gr. mésos, «médio»)
Dinamizador: Professor  Carlos Jorge Exossistema Cronossistema É constituído pelo estatuto socioeconómico dos pais, o seu emprego, a rede social de apoio da família, a politica, etc. Diz respeito ao tempo em que o desenvolvimento ocorre; ou seja, determinados momentos temporais podem ser mais decisivos para o desenvolvimento do sujeito que outros, devido às mudanças que nele se processam.  âmbitos do conflito: rede de inter-relações
Níveis do Sistema Educativo A análise das escolas enquanto organizações situa-se a um nível de análise meso, a um nível que se localiza entre as análises do sistema educativo, de nível macro, e as análises no âmbito da sala de aula a um nível micro. As análises organizacionais não ignoram o nível macro em que as escolas se inserem, nem tão pouco a dimensão micro que na escola toma lugar, pelo contrário, devem servir para «contextualizar todas as instâncias e dimensões presentes no ato educativo» (Nóvoa, 1995) Nóvoa, António, 1995, “Para uma análise das instituições escolares”, inAntónio Nóvoa (coord.), As organizações escolares em análise, Publicações Dom Quixote, Lisboa Dinamizador: Professor  Carlos Jorge
Dinamizador: Professor  Carlos Jorge Transversalidades dos conflitos
Matrioska e o conflito: que relação? Uma matrioska ou boneca russa é constituída por outras bonecas que são colocadas umas dentro das outras, da maior (exterior) até a menor (a única que não é oca. Dinamizador: Professor  Carlos Jorge
Matrioska e o conflito: que relação? Um conflito que se apresenta com uma determinada dimensão social  pode ser influenciado e influenciar outras dimensões.  Podemos encontrar um conflito interpessoal que pode ser interpretado à luz de uma  constelação conflitual superior ("macro"): os casos de divórcio de casamentos  mistos na ex-Jugoslávia.  Um conflito limitado pode conter/despoletar um conflito maior. Um acontecimento  aparentemente irrelevante pode dar lugar à  transformação de um conflito latente num  conflito manifesto: recordemos os acontecimentos de 1991, nos Estados Unidos, onde  alguns polícias brancos, depois de terem maltratado um negro, Rodney King,  provocaram, como consequência, revoltas que estalaram nos bairros negros de Los Angeles. Noutros casos é a dimensão macro que explica a sublevação de fenómenos conflituais.  Em nenhum caso a relação causal entre as muitas dimensiones e absolutamente rígida. Dinamizador: Professor  Carlos Jorge
Dinamizador: professor Carlos Jorge Obrigado ! Alvin TofflerMudanças sociais e Educação

Mais conteúdo relacionado

Mais procurados

Dissertação shimamoto - cap i
Dissertação   shimamoto - cap iDissertação   shimamoto - cap i
Dissertação shimamoto - cap i
Mariclei2011
 
Espaços sociopedagógicos dos mediadores socioeducativos
Espaços sociopedagógicos dos mediadores socioeducativosEspaços sociopedagógicos dos mediadores socioeducativos
Espaços sociopedagógicos dos mediadores socioeducativos
poboababe
 
Freire, paulo pedagogia da indignação
Freire, paulo   pedagogia da indignaçãoFreire, paulo   pedagogia da indignação
Freire, paulo pedagogia da indignação
marcaocampos
 
A regulação socioecomunitária da educação
A regulação socioecomunitária da educaçãoA regulação socioecomunitária da educação
A regulação socioecomunitária da educação
analidiamoreira
 
Aula de educação para a cidadania 01 09-2012-educação para a paz
Aula de educação para a cidadania 01 09-2012-educação para a pazAula de educação para a cidadania 01 09-2012-educação para a paz
Aula de educação para a cidadania 01 09-2012-educação para a paz
Adeildo Vila Nova
 
Educacao comparada
Educacao comparadaEducacao comparada
Educacao comparada
Fabio Santos
 
Trabalho sobre Educação Comparada
Trabalho sobre Educação ComparadaTrabalho sobre Educação Comparada
Trabalho sobre Educação Comparada
Carla Mónica Pires
 

Mais procurados (19)

Extensão ou comunicação
Extensão ou comunicaçãoExtensão ou comunicação
Extensão ou comunicação
 
Redacem 10.8
Redacem 10.8Redacem 10.8
Redacem 10.8
 
Dissertação shimamoto - cap i
Dissertação   shimamoto - cap iDissertação   shimamoto - cap i
Dissertação shimamoto - cap i
 
Semana 03 conflitos na escola modeos de transformar
Semana 03 conflitos na escola modeos de transformarSemana 03 conflitos na escola modeos de transformar
Semana 03 conflitos na escola modeos de transformar
 
Espaços sociopedagógicos dos mediadores socioeducativos
Espaços sociopedagógicos dos mediadores socioeducativosEspaços sociopedagógicos dos mediadores socioeducativos
Espaços sociopedagógicos dos mediadores socioeducativos
 
Freire, paulo pedagogia da indignação
Freire, paulo   pedagogia da indignaçãoFreire, paulo   pedagogia da indignação
Freire, paulo pedagogia da indignação
 
A regulação socioecomunitária da educação
A regulação socioecomunitária da educaçãoA regulação socioecomunitária da educação
A regulação socioecomunitária da educação
 
Paulo freire: educação para a mudança
Paulo freire: educação para a mudançaPaulo freire: educação para a mudança
Paulo freire: educação para a mudança
 
Política em paulo freire
Política em paulo freirePolítica em paulo freire
Política em paulo freire
 
Pedagogia do oprimido
Pedagogia do oprimidoPedagogia do oprimido
Pedagogia do oprimido
 
Ed de adultos
Ed de adultosEd de adultos
Ed de adultos
 
Paulo freire, educação para a mudança (versao do Zumbi)
Paulo freire, educação para a mudança (versao do Zumbi)Paulo freire, educação para a mudança (versao do Zumbi)
Paulo freire, educação para a mudança (versao do Zumbi)
 
34 145-2-pb
34 145-2-pb34 145-2-pb
34 145-2-pb
 
Política Educacional na perspectiva de Paulo Freire: desafios para os dias co...
Política Educacional na perspectiva de Paulo Freire: desafios para os dias co...Política Educacional na perspectiva de Paulo Freire: desafios para os dias co...
Política Educacional na perspectiva de Paulo Freire: desafios para os dias co...
 
Aula de educação para a cidadania 01 09-2012-educação para a paz
Aula de educação para a cidadania 01 09-2012-educação para a pazAula de educação para a cidadania 01 09-2012-educação para a paz
Aula de educação para a cidadania 01 09-2012-educação para a paz
 
Arroyo
ArroyoArroyo
Arroyo
 
Educacao comparada
Educacao comparadaEducacao comparada
Educacao comparada
 
Educacao ed1
Educacao ed1Educacao ed1
Educacao ed1
 
Trabalho sobre Educação Comparada
Trabalho sobre Educação ComparadaTrabalho sobre Educação Comparada
Trabalho sobre Educação Comparada
 

Semelhante a AF - 1º

1.-A-educacao-como-objeto-de-estudo-sociologico.ppt
1.-A-educacao-como-objeto-de-estudo-sociologico.ppt1.-A-educacao-como-objeto-de-estudo-sociologico.ppt
1.-A-educacao-como-objeto-de-estudo-sociologico.ppt
AleTavares2
 
2 Slide - Sociologia da Educação.pdf
2 Slide - Sociologia da Educação.pdf2 Slide - Sociologia da Educação.pdf
2 Slide - Sociologia da Educação.pdf
LilianeBA
 
Fundamentos sociologicos da educação
Fundamentos sociologicos da educaçãoFundamentos sociologicos da educação
Fundamentos sociologicos da educação
celiferreira
 
SOCIOLOGIA DA EDUCAÇÃO Pedagogia (Santa Cruz)
SOCIOLOGIA DA EDUCAÇÃO Pedagogia (Santa Cruz)SOCIOLOGIA DA EDUCAÇÃO Pedagogia (Santa Cruz)
SOCIOLOGIA DA EDUCAÇÃO Pedagogia (Santa Cruz)
humberto145
 

Semelhante a AF - 1º (20)

1.-A-educacao-como-objeto-de-estudo-sociologico.ppt
1.-A-educacao-como-objeto-de-estudo-sociologico.ppt1.-A-educacao-como-objeto-de-estudo-sociologico.ppt
1.-A-educacao-como-objeto-de-estudo-sociologico.ppt
 
1.-A-educacao-como-objeto-de-estudo-sociologico.ppt
1.-A-educacao-como-objeto-de-estudo-sociologico.ppt1.-A-educacao-como-objeto-de-estudo-sociologico.ppt
1.-A-educacao-como-objeto-de-estudo-sociologico.ppt
 
Sociologia
SociologiaSociologia
Sociologia
 
A comunicação de massa e as instituições sociais
A comunicação de massa e as instituições sociaisA comunicação de massa e as instituições sociais
A comunicação de massa e as instituições sociais
 
Homem cultura sociedade u1
Homem cultura sociedade u1Homem cultura sociedade u1
Homem cultura sociedade u1
 
Livro unico
Livro unicoLivro unico
Livro unico
 
Educação, Sociedade e Trabalho
Educação, Sociedade e TrabalhoEducação, Sociedade e Trabalho
Educação, Sociedade e Trabalho
 
Sociologia iv
Sociologia ivSociologia iv
Sociologia iv
 
1_carvalho.pdf
1_carvalho.pdf1_carvalho.pdf
1_carvalho.pdf
 
1 carvalho
1 carvalho1 carvalho
1 carvalho
 
FILOSOFIA DA EDUCACAO - AULA 1 2016.pptx
FILOSOFIA DA EDUCACAO - AULA 1 2016.pptxFILOSOFIA DA EDUCACAO - AULA 1 2016.pptx
FILOSOFIA DA EDUCACAO - AULA 1 2016.pptx
 
2 Slide - Sociologia da Educação.pdf
2 Slide - Sociologia da Educação.pdf2 Slide - Sociologia da Educação.pdf
2 Slide - Sociologia da Educação.pdf
 
ARQUIVO Claudete menegatt
ARQUIVO Claudete menegattARQUIVO Claudete menegatt
ARQUIVO Claudete menegatt
 
Fundamentos sociologicos da educação
Fundamentos sociologicos da educaçãoFundamentos sociologicos da educação
Fundamentos sociologicos da educação
 
3EM_Aula 1 - Sociologia uma ciência da sociedade.pptx
3EM_Aula 1 - Sociologia uma ciência da sociedade.pptx3EM_Aula 1 - Sociologia uma ciência da sociedade.pptx
3EM_Aula 1 - Sociologia uma ciência da sociedade.pptx
 
SOCIOLOGIA GERAL
SOCIOLOGIA GERALSOCIOLOGIA GERAL
SOCIOLOGIA GERAL
 
SOCIOLOGIA DA EDUCAÇÃO Pedagogia (Santa Cruz)
SOCIOLOGIA DA EDUCAÇÃO Pedagogia (Santa Cruz)SOCIOLOGIA DA EDUCAÇÃO Pedagogia (Santa Cruz)
SOCIOLOGIA DA EDUCAÇÃO Pedagogia (Santa Cruz)
 
Althusser resenha
Althusser   resenhaAlthusser   resenha
Althusser resenha
 
Teorias sociológicas na história da humanidade
Teorias sociológicas na história da humanidadeTeorias sociológicas na história da humanidade
Teorias sociológicas na história da humanidade
 
Archivo pdf
Archivo pdfArchivo pdf
Archivo pdf
 

Último

ENSINO RELIGIOSO 7º ANO INOVE NA ESCOLA.pdf
ENSINO RELIGIOSO 7º ANO INOVE NA ESCOLA.pdfENSINO RELIGIOSO 7º ANO INOVE NA ESCOLA.pdf
ENSINO RELIGIOSO 7º ANO INOVE NA ESCOLA.pdf
LeloIurk1
 
SSE_BQ_Matematica_4A_SR.pdfffffffffffffffffffffffffffffffffff
SSE_BQ_Matematica_4A_SR.pdfffffffffffffffffffffffffffffffffffSSE_BQ_Matematica_4A_SR.pdfffffffffffffffffffffffffffffffffff
SSE_BQ_Matematica_4A_SR.pdfffffffffffffffffffffffffffffffffff
NarlaAquino
 
matematica aula didatica prática e tecni
matematica aula didatica prática e tecnimatematica aula didatica prática e tecni
matematica aula didatica prática e tecni
CleidianeCarvalhoPer
 
Slide - EBD ADEB 2024 Licao 02 2Trim.pptx
Slide - EBD ADEB 2024 Licao 02 2Trim.pptxSlide - EBD ADEB 2024 Licao 02 2Trim.pptx
Slide - EBD ADEB 2024 Licao 02 2Trim.pptx
edelon1
 
PROJETO DE EXTENSÃO I - TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO Relatório Final de Atividade...
PROJETO DE EXTENSÃO I - TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO Relatório Final de Atividade...PROJETO DE EXTENSÃO I - TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO Relatório Final de Atividade...
PROJETO DE EXTENSÃO I - TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO Relatório Final de Atividade...
HELENO FAVACHO
 
GEOGRAFIA - COMÉRCIO INTERNACIONAL E BLOCOS ECONÔMICOS - PROF. LUCAS QUEIROZ.pdf
GEOGRAFIA - COMÉRCIO INTERNACIONAL E BLOCOS ECONÔMICOS - PROF. LUCAS QUEIROZ.pdfGEOGRAFIA - COMÉRCIO INTERNACIONAL E BLOCOS ECONÔMICOS - PROF. LUCAS QUEIROZ.pdf
GEOGRAFIA - COMÉRCIO INTERNACIONAL E BLOCOS ECONÔMICOS - PROF. LUCAS QUEIROZ.pdf
RavenaSales1
 
Reta Final - CNU - Gestão Governamental - Prof. Stefan Fantini.pdf
Reta Final - CNU - Gestão Governamental - Prof. Stefan Fantini.pdfReta Final - CNU - Gestão Governamental - Prof. Stefan Fantini.pdf
Reta Final - CNU - Gestão Governamental - Prof. Stefan Fantini.pdf
WagnerCamposCEA
 

Último (20)

ENSINO RELIGIOSO 7º ANO INOVE NA ESCOLA.pdf
ENSINO RELIGIOSO 7º ANO INOVE NA ESCOLA.pdfENSINO RELIGIOSO 7º ANO INOVE NA ESCOLA.pdf
ENSINO RELIGIOSO 7º ANO INOVE NA ESCOLA.pdf
 
praticas experimentais 1 ano ensino médio
praticas experimentais 1 ano ensino médiopraticas experimentais 1 ano ensino médio
praticas experimentais 1 ano ensino médio
 
aula de bioquímica bioquímica dos carboidratos.ppt
aula de bioquímica bioquímica dos carboidratos.pptaula de bioquímica bioquímica dos carboidratos.ppt
aula de bioquímica bioquímica dos carboidratos.ppt
 
Modelo de Plano Plano semanal Educação Infantil 5 anossemanal Educação Infant...
Modelo de Plano Plano semanal Educação Infantil 5 anossemanal Educação Infant...Modelo de Plano Plano semanal Educação Infantil 5 anossemanal Educação Infant...
Modelo de Plano Plano semanal Educação Infantil 5 anossemanal Educação Infant...
 
SSE_BQ_Matematica_4A_SR.pdfffffffffffffffffffffffffffffffffff
SSE_BQ_Matematica_4A_SR.pdfffffffffffffffffffffffffffffffffffSSE_BQ_Matematica_4A_SR.pdfffffffffffffffffffffffffffffffffff
SSE_BQ_Matematica_4A_SR.pdfffffffffffffffffffffffffffffffffff
 
Rota das Ribeiras Camp, Projeto Nós Propomos!
Rota das Ribeiras Camp, Projeto Nós Propomos!Rota das Ribeiras Camp, Projeto Nós Propomos!
Rota das Ribeiras Camp, Projeto Nós Propomos!
 
matematica aula didatica prática e tecni
matematica aula didatica prática e tecnimatematica aula didatica prática e tecni
matematica aula didatica prática e tecni
 
About Vila Galé- Cadeia Empresarial de Hotéis
About Vila Galé- Cadeia Empresarial de HotéisAbout Vila Galé- Cadeia Empresarial de Hotéis
About Vila Galé- Cadeia Empresarial de Hotéis
 
Slide - EBD ADEB 2024 Licao 02 2Trim.pptx
Slide - EBD ADEB 2024 Licao 02 2Trim.pptxSlide - EBD ADEB 2024 Licao 02 2Trim.pptx
Slide - EBD ADEB 2024 Licao 02 2Trim.pptx
 
Aula sobre o Imperialismo Europeu no século XIX
Aula sobre o Imperialismo Europeu no século XIXAula sobre o Imperialismo Europeu no século XIX
Aula sobre o Imperialismo Europeu no século XIX
 
Recomposiçao em matematica 1 ano 2024 - ESTUDANTE 1ª série.pdf
Recomposiçao em matematica 1 ano 2024 - ESTUDANTE 1ª série.pdfRecomposiçao em matematica 1 ano 2024 - ESTUDANTE 1ª série.pdf
Recomposiçao em matematica 1 ano 2024 - ESTUDANTE 1ª série.pdf
 
PROJETO DE EXTENSÃO I - TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO Relatório Final de Atividade...
PROJETO DE EXTENSÃO I - TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO Relatório Final de Atividade...PROJETO DE EXTENSÃO I - TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO Relatório Final de Atividade...
PROJETO DE EXTENSÃO I - TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO Relatório Final de Atividade...
 
Slides Lição 05, Central Gospel, A Grande Tribulação, 1Tr24.pptx
Slides Lição 05, Central Gospel, A Grande Tribulação, 1Tr24.pptxSlides Lição 05, Central Gospel, A Grande Tribulação, 1Tr24.pptx
Slides Lição 05, Central Gospel, A Grande Tribulação, 1Tr24.pptx
 
Apresentação ISBET Jovem Aprendiz e Estágio 2023.pdf
Apresentação ISBET Jovem Aprendiz e Estágio 2023.pdfApresentação ISBET Jovem Aprendiz e Estágio 2023.pdf
Apresentação ISBET Jovem Aprendiz e Estágio 2023.pdf
 
GEOGRAFIA - COMÉRCIO INTERNACIONAL E BLOCOS ECONÔMICOS - PROF. LUCAS QUEIROZ.pdf
GEOGRAFIA - COMÉRCIO INTERNACIONAL E BLOCOS ECONÔMICOS - PROF. LUCAS QUEIROZ.pdfGEOGRAFIA - COMÉRCIO INTERNACIONAL E BLOCOS ECONÔMICOS - PROF. LUCAS QUEIROZ.pdf
GEOGRAFIA - COMÉRCIO INTERNACIONAL E BLOCOS ECONÔMICOS - PROF. LUCAS QUEIROZ.pdf
 
PROJETO DE EXTENSÃO - EDUCAÇÃO FÍSICA BACHARELADO.pdf
PROJETO DE EXTENSÃO - EDUCAÇÃO FÍSICA BACHARELADO.pdfPROJETO DE EXTENSÃO - EDUCAÇÃO FÍSICA BACHARELADO.pdf
PROJETO DE EXTENSÃO - EDUCAÇÃO FÍSICA BACHARELADO.pdf
 
Projeto Nós propomos! Sertã, 2024 - Chupetas Eletrónicas.pptx
Projeto Nós propomos! Sertã, 2024 - Chupetas Eletrónicas.pptxProjeto Nós propomos! Sertã, 2024 - Chupetas Eletrónicas.pptx
Projeto Nós propomos! Sertã, 2024 - Chupetas Eletrónicas.pptx
 
Nós Propomos! Autocarros Elétricos - Trabalho desenvolvido no âmbito de Cidad...
Nós Propomos! Autocarros Elétricos - Trabalho desenvolvido no âmbito de Cidad...Nós Propomos! Autocarros Elétricos - Trabalho desenvolvido no âmbito de Cidad...
Nós Propomos! Autocarros Elétricos - Trabalho desenvolvido no âmbito de Cidad...
 
PRÁTICAS PEDAGÓGICAS GESTÃO DA APRENDIZAGEM
PRÁTICAS PEDAGÓGICAS GESTÃO DA APRENDIZAGEMPRÁTICAS PEDAGÓGICAS GESTÃO DA APRENDIZAGEM
PRÁTICAS PEDAGÓGICAS GESTÃO DA APRENDIZAGEM
 
Reta Final - CNU - Gestão Governamental - Prof. Stefan Fantini.pdf
Reta Final - CNU - Gestão Governamental - Prof. Stefan Fantini.pdfReta Final - CNU - Gestão Governamental - Prof. Stefan Fantini.pdf
Reta Final - CNU - Gestão Governamental - Prof. Stefan Fantini.pdf
 

AF - 1º

  • 1. Centro de Formação de Escolas do Porto Ocidental Dinamizador: Professor Carlos Jorge Gestão, administração e mediação de conflitos: que possibilidades?
  • 2. Objectivos/Efeitos a Produzir Dinamizador: Professor Carlos Jorge
  • 3. Desafios da educação para a convivência numa nova sociedade Mudanças sociais e Educação Conceitos/concepções Tipologias, prevenção e resolução Dinamizador: Professor Carlos Jorge
  • 4. A nossa leitura da realidade não captar todas as experiências vividas e não consegue compreender os variados significado e experiencias humanas que o sujeito experimenta. A nossa compreensão da realidade é sempre parcial. Mas poderemos aproximar-nos de uma melhor compreensão da realidade e das mudanças sociais afinando a nossa sensibilidade interpretativa. sensibilidade interpretativa A nossa leitura da realidade não captar todas as experiências vividas e não consegue compreender os variados significado e experiencias humanas que o sujeito experimenta. A nossa compreensão da realidade é sempre parcial. Mas poderemos aproximar-nos de uma melhor compreensão da realidade e das mudanças sociais afinando a nossa sensibilidade interpretativa. Desta leitura da realidade, resumida de maneira inacabada, entrelaçámos aquelas mudanças sociais que de modo mais significativo influíram nas práticas educativas. Dinamizador: Professor Carlos Jorge
  • 5. Mudança Social A respeito do tema Mudança Social é recorrente considerar duas correntes em disputa: Exogenistas Endogenistas A Mudança Social Resulta, sobretudo, da existência de “estímulos” externo (ou exógenos) à sociedade. A Mudança Social É explicada por factores internos (ou endógenos) ao meio. Cf. Ferreira, J. C., Peixoto, J., Carvalho, A. S., Raposo, R., Graça, J. C., & Marques, R. ([1995] 1996). Sociologia. Lisboa: McGraw-Hill. Dinamizador: Professor Carlos Jorge
  • 6. Mudanças sociais Os cientistas sociais têm, na sistematização de Sousa Santos (1994), pontos de vista de diferenciados acerca das mudanças sociais: a) Uns consideram como problema fundamental o confronto de modelos de sociedade (sociedade liberal moderna versus sociedade comunista ou capitalista e referem o fim da História (Fukuyama, 1992); Outros entendem que, antes de todos os problemas, está o problema da incapacidade da sociedade delimitar e perceber os problemas fundamentais. São as concepções pós-modernas (Lyotard, Maffesolli); Outros, ainda, questionam os pressupostos epistemológicos, admitindo que foram eles os grandes responsáveis pelo abandono da reflexão sobre os problemas fundamentais (Habermas, Derrida, Foulcault, Wallerstein); Um quarto grupo defende que a sociedade capitalista avançada esgotou as virtualidades do desenvolvimento social e que se atingiu uma desregulação global e um impasse de soluções (Touraine, Chantal Mouffe, Giddens). Santos, Boaventura de Sousa (1994). Pela mão de Alice. O Social e o Político na Pós-Modernidade. Porto: Edições Afrontamento. Dinamizador: Professor Carlos Jorge
  • 7. Mudanças na Sociedade Para melhor entendermos as mudanças na sociedade observemos, segundo Toffler (2006), três vagas de riquezas que preencheram as nossas sociedades ao longo dos tempos: 2ª Vaga 3ª Vaga 4º Mundo 1ª Vaga Castells (2003) alerta para o surgimento de um quarto mundo trazido pelos desafios do informacionalismo onde o processo de reestruturação social é acompanhado de fenómenos como a pobreza, as desigualdades e a exclusão social. Criou a civilização agrária. A agricultura permitiu o cultivo dos campos e a emergência de uma forma de comércio a fim de trocar, comprar ou vender os produtos agrários. Iniciou-se nos finais do século XIX sob o signo da Revolução Industrial. Surgem as fábricas, as linhas de montagem, as grandes indústrias e a produção em massa que usurpando o poder das elites agrárias criam o monopólio do industrialismo. A que vigora atualmente está associada à sociedade do conhecimento, às novas tecnologias e uma preocupação “em servir, pensar, conhecer e experimentar” Castells , M. (2003). O fim do milénio. Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian. Dinamizador: Professor Carlos Jorge
  • 8. Processos de socialização Do Estado Educador (com as suas referencias coletivas): Igreja, pátria e família Às transformações sociais, culturais e politicas, aliadas à emergência de novos modos de organização e funcionamento das instituições e consequente perda de referencias legitimadoras da socialização. O Estado Regulador e os novos (e velhos) mandatos da escola da atualidade Dinamizador: Professor Carlos Jorge
  • 9. Referencias coletivas: Igreja, pátria e família. O Estado Novo desenvolveu, desde a aprovação da constituição de 1933 (institucionalização da ditadura Salazarista), políticas que assentavam em diversas trilogias: Dinamizador: Professor Carlos Jorge
  • 10. "Escola Salazarista" Dinamizador: Professor Carlos Jorge
  • 11. Referencias coletivas: Igreja, pátria e família “Nós não compreenderíamos, nós não poderíamos consentir, que a escola portuguesa fosse neutra” António Oliveira Salazar 28 de Janeiro de 1934 Dinamizador: Professor Carlos Jorge
  • 12. Que papel atribuía Salazar à escola portuguesa? “Deus, Pátria, Família” Dinamizador: Professor Carlos Jorge
  • 13. Diretor-geral do Ensino Secundário, Dr. Pires de Lima, in nº 9/35 BOLETIM DO LICEU NORMAL DE LISBOA - PEDRO NUNES “Um dos elementos da desagregação é a frequente negação da ideia da família e da ideia da Pátria, quando da ideia da família e da ideia de Pátria está consubstanciada a virtude, a paz, a tranquilidade, a verdadeira felicidade humana, e a Pátria não é mais do que uma grande família” Diretor-geral do Ensino Secundário, Dr. Pires de Lima, in nº 9/35 “Ninguém pode sentir-se diminuído por cumprir ordens, e antes todos devem orgulhar-se de as bem cumprir, mesmo quando no seu íntimo discordem da doutrina que as ordens encerram” Diretor-geral do Ensino Secundário, In n.º 9/35 Dinamizador: Professor Carlos Jorge
  • 14.
  • 15.
  • 16. Os Mandatos da Escola Salazarista A Escola era a sagrada oficina das almas, inculcava a exaltação patriótica, a mitificação dos valores históricos e a supremacia da raça lusitana, a defesa dos valores da civilização cristã, a exaltação da disciplina, da obediência e do cumprimento do dever como condição necessária para o progresso e a defesa da pátria. (cf. Mónica, Filomena, 1978; Luís Torgal, 1989; Mattoso, 1994; Rosas & Brito, 1996a; (Rosas & Brito, 1996)
  • 17. Do Estado Novo à Atualidade A complexidade da vida social está diretamente correlacionada com a complexidade dos conflitos, quer eles sejam individuais ou coletivos, que ai se despoletam. Dinamizador: Professor Carlos Jorge
  • 18. Estado educador Quando os sistemas educativos eram concebidos e estavam organizados como estruturas rígidas, regras definidas e uma hierarquia claramente estabelecida, o conflito não emergia como categoria autónoma sendo antes concebido como um comportamento indisciplinado ou disfuncional à imagem das organizações militares onde as relações de poder estão estabelecidas de modo claro e o seu desrespeito é severamente sancionado. Dinamizador: Professor Carlos Jorge
  • 19. O Estado Regulador: Os novos (e velhos) mandatos da escola da atualidade Não existe acordo quanto aos valores que a orientam As interpretações das normas legais são múltiplas e conflituantes Os objetivos são pouco claros e conflituais As tecnologias de planeamento e de avaliação são pouco claras e pouco rigorosas Os processos de tomada de decisão e de responsabilização são incertos e ambíguos Costa, M. E. (2003). Gestão de Conflitos na Escola. Lisboa: Universidade Aberta.
  • 20. A mudança na instituição educacional Mudanças Sociais e Sistema Educativo O sistema educativo passou a estar no centro das atenções dos cientistas sociais, entre outros, e a motivar comentários acerca do desajustamento entre as mudanças ocorridas na sociedade e a lentidão do processo de reformas que se impunha na educação. As mudanças registadas na sociedade do conhecimento, a partir da segunda metade do século XX, influenciaram os sistemas educativos incentivando uma emergente onda de reformas. Dinamizador: Professor Carlos Jorge
  • 21. Mudanças sociais e Educação Estádios do Processo de Maturação dos Sistemas Educativos (A mudança da sociedade nos últimos 50 anos, (2) as consequências da mudança na instituição educacional e (3) o fenómeno da exclusão escolar em Portugal.) Paradigmas de uma sociedade em mudança: A educação orientada à Produção A educação orientada ao consumo A educação orientada ao Cliente A educação orientada à Inovação Carneiro, R. 1994, “A Dinâmica de Evolução dos Sistemas Educativos” in C. E. e Sociedades, nº 6, pp. 1 3 - 59) Carneiro, R 2001, Fundamentos da Educação e Aprendizagem – 21 Ensais para o Século XXI, FML, pp. 91 - 119 Dinamizador: Professor Carlos Jorge
  • 22. A educação orientada à Produção Dinamizador: Professor Carlos Jorge
  • 23. A educação orientada ao Consumo Dinamizador: Professor Carlos Jorge
  • 24. A educação orientada ao Cliente Dinamizador: Professor Carlos Jorge
  • 25. A educação orientada à inovação Dinamizador: Professor Carlos Jorge
  • 26. Conceitos/concepções Desatando os nós Quando falamos de conflitos é necessário aproximarmo-nos das características das diversas teorias do conflito existentes e procurar entender e compreender as diversas definições e abordagens a que se referem. Antes de tudo é necessário construir uma imagem aproximada do espaço social dos conflitos. Podemos distinguir una série de âmbitos do conflito, segundo o nível da realidade social em que o conflito aparece. Dinamizador: Professor Carlos Jorge
  • 27. Dinamizador: Professor Carlos Jorge Meso Micro Macro "cara a cara" Desenvolve relações Interpessoais na família, escola, na sala de aula e no grupo de pares Compreende as inter-relações entre dois ou mais dos principais microssistemas: família e a escola e o grupo de pares da comunidade de pertença O contexto cultural que influencia as variáveis dos níveis anteriores, constituído pelos conjunto de valores, crenças, acontecimentos históricos, etc. âmbitos do conflito: rede de inter-relações (Do gr. mikrós, «pequeno») (Do gr. makrós, «grande») (Do gr. mésos, «médio»)
  • 28. Dinamizador: Professor Carlos Jorge Exossistema Cronossistema É constituído pelo estatuto socioeconómico dos pais, o seu emprego, a rede social de apoio da família, a politica, etc. Diz respeito ao tempo em que o desenvolvimento ocorre; ou seja, determinados momentos temporais podem ser mais decisivos para o desenvolvimento do sujeito que outros, devido às mudanças que nele se processam. âmbitos do conflito: rede de inter-relações
  • 29. Níveis do Sistema Educativo A análise das escolas enquanto organizações situa-se a um nível de análise meso, a um nível que se localiza entre as análises do sistema educativo, de nível macro, e as análises no âmbito da sala de aula a um nível micro. As análises organizacionais não ignoram o nível macro em que as escolas se inserem, nem tão pouco a dimensão micro que na escola toma lugar, pelo contrário, devem servir para «contextualizar todas as instâncias e dimensões presentes no ato educativo» (Nóvoa, 1995) Nóvoa, António, 1995, “Para uma análise das instituições escolares”, inAntónio Nóvoa (coord.), As organizações escolares em análise, Publicações Dom Quixote, Lisboa Dinamizador: Professor Carlos Jorge
  • 30. Dinamizador: Professor Carlos Jorge Transversalidades dos conflitos
  • 31. Matrioska e o conflito: que relação? Uma matrioska ou boneca russa é constituída por outras bonecas que são colocadas umas dentro das outras, da maior (exterior) até a menor (a única que não é oca. Dinamizador: Professor Carlos Jorge
  • 32. Matrioska e o conflito: que relação? Um conflito que se apresenta com uma determinada dimensão social pode ser influenciado e influenciar outras dimensões. Podemos encontrar um conflito interpessoal que pode ser interpretado à luz de uma constelação conflitual superior ("macro"): os casos de divórcio de casamentos mistos na ex-Jugoslávia. Um conflito limitado pode conter/despoletar um conflito maior. Um acontecimento aparentemente irrelevante pode dar lugar à transformação de um conflito latente num conflito manifesto: recordemos os acontecimentos de 1991, nos Estados Unidos, onde alguns polícias brancos, depois de terem maltratado um negro, Rodney King, provocaram, como consequência, revoltas que estalaram nos bairros negros de Los Angeles. Noutros casos é a dimensão macro que explica a sublevação de fenómenos conflituais. Em nenhum caso a relação causal entre as muitas dimensiones e absolutamente rígida. Dinamizador: Professor Carlos Jorge
  • 33. Dinamizador: professor Carlos Jorge Obrigado ! Alvin TofflerMudanças sociais e Educação