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1
Profa. Mª Eliza P. Finazzi, Ph.D.
Faculdade de Filosofia São Bento
Curso de Filosofia
Disciplina Psicologia da Educação
2ª série - 3º sem. matutino
Novembro - 2010
 TDAH e Transtornos de Aprendizagem podem coexistir
 Cuidado no diagnóstico
- TDAH X outros transtornos
- TDAH X TA X retardo mental
 Problemas de adaptação
- baixo rendimento escolar
- dificuldades emocionais

Cognição, emoção e regulação do comportamento
2
3
Comportamento
 Conjunto de reações de um indivíduo frente às
interações / estimulações propiciadas pelo meio ambiente
 sofre a interferência
condições emocionais / temperamento e humor
aparato cognitivo
para ser gerado
organizado,
efetuado e regulado
4
Comportamento
 Lezak (1995) - 3 dimensões fundamentais:
1) o intelecto, que corresponde ao tratamento da
informação
2) a emoção, os sentimentos e a motivação
3) o controle, que atua como um gerenciador dos demais
sistemas funcionais
5
Cognição
 ato ou processo de conhecer, que envolve atenção,
percepção, memória, raciocínio lógico, crítica, imaginação,
pensamento e linguagem
processo de conhecimento

Aprendizagem – mudança no
comportamento
 Emoção  impulso neural que move um organismo
para a ação - estado psicofisiológico
 Sentimento  emoção filtrada através dos centros
cognitivos do cérebro, especificamente o lobo frontal,
produzindo uma mudança fisiológica em acréscimo à
mudança psicofisiológica – INTERPRETAÇÃO
6
Emoção
7
Cognição, comportamento e cérebro
 Cérebro como centro de controle do
comportamento, da emoção e do pensamento
 3 unidades funcionais de A. Luria
8
1a. Unidade Funcional
 Estruturas envolvidas: tronco
encefálido e suas conexões pré – frontais
Funções:
- Processos metabólicos do organismo:
respiratórios e digestivos; Sistemas de condutas instintivas –
sexual e alimentação
- Fluxo de informações do meio externo: produção de reflexo de
orientação – alerta do indivíduo diante de mudanças que o meio
oferece
- Formação de intenções e metas: refere-se ao que interessa e ao
que o indivíduo decide – requer certa quantidade de energia e
mobilização de esforços
Riesgo, 2006; Luria, 1966, 1984
9
1a. Unidade Funcional
Primeira unidade funcional ou de
vigília:
 Papel importante na motivação e
aprendizagem
 Estado de alerta é fundamental na
aprendizagem - permite ao córtex
selecionar os diversos estímulos
que recebe e programar a resposta
desejada
 Atenção é o pré-requisito primordial
para a aprendizagem
Riesgo, 2006; Luria, 1966, 1984
10
 Distúrbios do Sistema Reticular produzem:

Fadiga rápida

Tendência ao estado acinético

Baixa de tônus

Alterações da consciência

Déficit de memória não específico
Todos os processos cerebrais dependem de um nível ideal
de tônus cortical
1ª Unidade Funcional
11
Função: Recebimento, análise e
armazenamento
Estruturas envolvidas: Lobos parietais,
occipitais e temporais
Alterações anatômicas ou funcionais:
problemas com a noção de esquema
corporal, espaço, tempo, cálculo e
linguagem
Riesgo, 2006; Luria, 1966, 1984
2ª Unidade Funcional
12
3ª Unidade Funcional Terceira unidade funcional:
- Estruturas envolvidas: Lobos frontais
- Função: programação, regulação e verificação
continuada da atividade
- memória de trabalho
- sustentação da atenção
- capacidade de concentração
- alternância do foco atencional para mais de uma
variável
Riesgo, 2006; Luria, 1966, 1984
13
LOBO FRONTAL
• Possibilidade de colocar em segundo plano, estímulos
irrelevantes no momento

Capacidade de julgamento das situações

Entendimento das intenções e capacidade de percepção de
nuances: tônus emocional

Comportamento não repetitivo, mas sim produtivo
14
O comportamento depende da ação combinada de todas
as três unidades funcionais do cérebro:

a primeira fornece o tono cortical necessário –
CÉREBRO DESPERTO

a segunda leva a cabo a análise e a síntese de
informações que chegam – CÉREBRO INFORMADO

a terceira provê os requeridos movimentos de busca
controlados que conferem à atividade perceptiva o seu
caráter ativo - CÉREBRO PROGRAMADOR
A. Luria, 1981
3 unidades funcionais
 quarta unidade funcional
para Rebollo (1991):
sistema límbico
 seleção dos estímulos
segundo suas
características e
tonalidade afetiva
 porção orbitária do lobo
frontal - planificação da
conduta no seu aspecto
afetivo
15
16
Cerebelo
 “pequeno cérebro” – participação
nos eventos neurobiológicos do
aprendizado – recepção das
informações e modulação das
respostas
- equilíbrio, tônus muscular, marcha e
coordenação motora
- manutenção e mudança do foco
atencional
Riesgo, 2006
 Recebemos sinais sensoriais tanto do exterior como do
interior do nosso organismo;
 As informações excedem a capacidade de
processamento;
 Necessidade de mecanismo estável que regule ,
focalize o organismo, selecionando e organizando a
percepção;
 Permitindo que um estímulo possa dar lugar a um
processo neural eletroquímico adaptado…
 Inserida em um continuum biológico que
dispõem de diferentes graus de excitabilidade
e de receptividade à informação sensorial;
 Varia da vigília ao sono, do estado de alerta ao
coma.
 Definida como um processo cognitivo interno por meio
do qual são selecionadas e processadas tanto
informações do ambiente quanto de fontes internas
(sensações, pistas viscerais e pensamentos);
 Engloba toda atividade cognitiva organizada que
possui algum grau de direção;
 Dando caráter mais focalizado aos processos
cognitivos e psíquicos , base sobre a qual os
processos mentais se organizam, se alinham e se
articulam;
 Atua como um controlador semi-independente
da ação e da percepção;
 Modo pelo qual o organismo se torna receptivo
aos estímulos e a partir do qual ele inicia o
processamento de excitações (externas ou
internas)
(Muszkat, 2008)
 Envolve o retraimento de algumas coisas para lidar de
maneira efetiva com outras;
 Sistema no qual processos sequenciais em uma série
de estágios visam seleção e manutenção de inputs;
 Implica em orientação e seletividade.
(Muszkat, 2008)
 Diferentes sistemas cerebrais estão
envolvidos;
 Sistema com uma capacidade
limitada.
(Lezak et al. ; 2003)
 Excitação
 Orientação
 Detecção de novidade e recompensa
 Organização executiva
 Excitação : capacidade de aumentar o estado de
alerta
 Orientação:
• processo multidimensional e involuntário;
• responsável pelo desligar-se ou prender-se de
determinado estímulo de forma contínua;
 Detecção de novidade e recompensa:
• acessar estímulos não familiares e sensações de
prazer com atribuição emocional às informações;
 Organização executiva
• atividade planejada e autorregulada;
• dispõem nossas ações em relação aos objetivos a
curto e longo prazos.
31
- Sua modulação envolve processo neuropsicológico
denominado executivo central ;
- Realiza processos inibitórios que dependem das funções
do córtex pré-frontal;
- São importantes para a seletividade e para a
discriminação de informação;
- Relevantes tanto para a cognição quanto para as funções
mais instintivas da espécie (fome, sede, necessidade
reprodutiva)
(Muszkat, 2008)
• Observe os estímulos que serão apresentados
no próximo slide e responda quantos
estímulos-alvo estão inseridos no quadro?
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 Capacidade e foco de atenção
 Atenção seletiva
 Atenção constante e vigilância
 Atenção dividida
Atenção separada em grandes sistemas funcionais,
pode-se separar em 4 mecanismos básicos
fundamentais:
 Excitação ou alerta
Orientação motora
Detecção de novidade
Orientação executiva
 Atenção voluntária: organização social da
atenção mediada pela linguagem e depende
da programação intencional e motivacional,
que são a base do comportamento humano
adaptativo e organizado.
 Atenção seletiva
 Atenção dividida
 Atenção sustentada
 Capacidade de escolha de uma categoria ou seleção
entre diferentes fontes de informação, para deter o
foco da conciência;
 Dividida em dois estágios:
• Estágio pré-atentivo
(detecta a presença da informação, e requer poucos
recursos cognitivos)
. Estágio atentivo focalizado
(detecta combinação de estímulos e envolve manipulação
e inibição de distratores).
Ex: Festa na qual selecionamos em que vamos prestar
a atenção e descartamos o que não nos interessa.
 Orienta a conciência para um determinado estímulo
dentre uma variedade de outros estímulos para
conseguirmos extrair algum significado;
 Direção da seletividade:
. Do estímulo para o contexto (botton up)
Ex: rosa para jardim.
. Do contexto para o estímulo (top dow).
Habilidade para atender preferencialmente à um
contexto e simultaneamente ignorar detalhes não
relevantes.
Ex: harmonia dos instrumentos de uma orquestra, que
tocam as melodias de instrumentos isolados.
Botton up
Top dow
 Competição entre processos sensoriais diversos
(ex: audição e visão);
 competição entre processamentos automáticos que têm
capacidade limitada (ex: dirigir e ler);
 Dificuldade de monitorar em paralelo, mais que um
número determinado de tarefas;
 Quando fazemos duas coisas ao mesmo tempo, ao
menos uma delas deve estar automatizada;
 O desempenho depende:
. do processamento controlado, necessário para
desempenhar tarefas não rotineiras e da estratégia que é
utilizada para um processamento eficiente;
 Relacionam-se habilidade e treino.
 Prolongamento da atenção durante períodos
maiores de tempo;
 O engajamento com a tarefa modifica-se com
o tempo;
 Pode levar a fadiga e a desmotivação;
 Lapsos de atenção:
. resultam de mudanças fásicas do alerta
resultando num decréscimo da receptividade
ao estímulo por péríodos curto de tempo
 Mudança não programada do foco da atenção
por estímulos externos que pode estar em
conflito com a expectativa e o contexto;
 Desencadeada quando a estimulação é
intensa, complexa, surpreendente,
incongruente e inédita;
• Observe os estímulos que serão apresentados
no próximo slide e responda quantos
estímulos-alvo estão inseridos no quadro?
• Qual esfera atencional está sendo recrutada
na execução desta tarefa?
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 Se dão por saturação, por estimulação externa
e por mudanças da homeostase do organismo,
determinadas pelo estado de vigilância, por
necessidades instintivas (fome, sede e sexo);
 Podem representar desvios momentâneos ou
permanentes da atenção;
 Podem levar a mudanças substanciais do foco;
 Tornando a atenção um processo instável e
muito fragmentado, chamada atenção
picotada.
Ex: TDHA
1952 – DSM I (1a edição)
1980 – DSM III
1987 – DSM III-R
1994 – DSM IV
Previsão:
05/2013 – DSM V
 CID – Classificação Internacional das Doenças
(CID 10)
 Expressão que implica em uma distinção entre
transtornos mentais e físicos
 Existência de físico nos transtornos mentais e muito de
mental nos transtornos físicos
 Não existiria uma definição específica
 Não apresenta definição operacional consistente que
cubra todas as situações
 As condições médicas são definidas em vários níveis
de abstração:
. Patologia estrutural (ex: colite ulcerativa)
. Apresentação sintomática (ex: cefaléia)
. Desvio de uma norma fisiológica (ex: hipertensão)
. Etiologia (ex: pneumonia pneumocócica)
 Transtornos Mentais têm sido definidos por uma
variedade de conceitos (ex: sofrimento, descontrole,
desvantagem, incapacitação, irracionalidade, padrão
de síndrome, etiologia e desvio estatístico)
 Cada um pode ser um indicador útil, mas não equivale
ao conceito , e diferentes situações exigem diferentes
definições
 Entretanto pode ser útil para ajudar a orientar
decisões nos limites entre a normalidade e a patologia
 Cada um dos transtornos mentais é conceitualizado como uma
síndrome ou padrão, comportamental ou psicológico, clinicamente
importante , que ocorre em um indivíduo e que está associado
com um sofrimento (ex: prejuízo em uma ou mais áreas
importantes do funcionamento ) ou com um risco
significativamente aumentado de sofrimento atual, maorte, dor,
deficiência ou perda importante da liberdade
 Esta síndrome ou padrão não deve ser meramente uma resposta
previsível e culturalmente sansionada a um determinado evento
(ex: morte de um ente querido), ou comportamento que apresente
desvio (ex: religiosos, político etc…), ou conflito primeriamente
entre o indivíduo e a sociedade.
56
www.medicina.ufg.br/tdah/imagens/tdah4.jpg
 Diagnostico usado para descrever crianças e adultos que são
incapazes de modular a atenção, o controle do impulso e a
atividade motora apropriadamente
 A atenção tem um papel central
 Um dos transtornos neuropsiquiátricos mais frequentes na infância
(5,29% das crianças de todo o mundo)
 Mais diagnosticado em meninos do que em meninas
 Persiste na adolescência em 70% dos casos
 Com prevalência na via adulta estimada entre 2,9% e 4,4%, sem
diferença de gênero
58
TDAH – Tríade de Sintomas
Impulsividade
Desatenção Hiperatividade
 Desatenção
 Hiperatividade
 Impulsividade
Desatenção:
Geralmente não presta atenção à detalhes
Ex:
•não copia da lousa uma frase completa
•não acentua palavras corretamente
•apresenta trabalho escolar confuso e desor-
ganizado
•muda de tarefa com frequência
•distrai-se facilmente
•esquece com frequencia seus pertences
•falta de atenção sobre o que os outros dizem.
Hiperatividade:
Inquietação psicomotora
Ex:
• inquietude na carteira, abandonando-a com frequencia
• agitação de mãos e pés
• dificuldade de permanecer sentada
• dificuldade de brincar ou se envolver silenciosamente
em atividades de lazer
• anda, corre e fala demasiadamente
Impulsividade:
Intolerância à frustração, incapacidade de adiar
gratificação,capacidade reduzida de reflexão, e
precipitação ao ato, ou desejo de experimentação ,
busca por novidades, e necessidade de manter um alto
nível de estimulação.
Ex:
• dificuldade para aguardar a sua vez (jogo, fila etc...)
• dá respostas precipitadas antes da pergunta ter sido
formulada ou completada
• Interrompe repetidamente
•Se interrompe nos próprios assuntos
 Impulsividade: déficit no controle inibitório não conseguir
suprimir uma resposta → responder sem pensar;
incapacidade de resistir à distratores
 regulação do comportamento
 Distratibilidade/Desatenção: inabilidade para “sustentar”
comportamentos em determinadas tarefas, hiperfoco em
outras
- atenção sustentada e memória de trabalho
 Hiperatividade: (física ou mental) inquietação motora, pular
de um assunto ou atividade para outra
63
 Nascimento pré-maturo
 Condições psicológicas e sociais adversas
 Condições familiares precárias (ex: muito
conflito,pouco coesas)
 Hereditariedade (participação de vários genes)
 Multiplicidade de possíveis fatores como causa
 Na maioria pacientes têm inteligência normal e
sem disfunção cognitiva maior;
 Manutenção da atenção prejudicada,
especialmente quando a informação não é
motivadora;
 Dificuldade de inibição seletiva
 Traz consequências importantes para a vida
familiar, escolar e social da criança, do
adolescente e do adulto.
 Questão central: atenção / motivação / inibição
 Dificuldade para sustentar a atividade e controlar
impulsos vem da recompensa imediata
 ou pela antecipação do reforço positivo ou negativo
 Déficit na programação, automonitorização e correção
de comportamentos
67
Funções executivas (Córtex Frontal)
 Controle inibitório: processo que tem por objetivo suprimir
interferências internas ou externas durante uma ação em curso
 Memória de trabalho: habilidade para manter a informação na
mente enquanto esta é processada e manipulada
 Auto-regulação do afeto e da motivação
 Linguagem não consegue exercer sua função reguladora, ou de
controle do comportamento  problema na antecipação e no
planejamento do ato voluntário (a ação conscientemente
orientada para um objetivo específico)
 fator determinante para o desempenho eficiente das
funções executivas
 implica que as informações, para atingir um determinado
objetivo, sejam conhecidas e conservadas mnesticamente
 regula e limita a distribuição das fontes atencionais e
coordena a informação, controlando a capacidade das
memórias visual e espacial
 essencial para a compreensão de textos
 modula o comportamento
69
 cria condições adequadas para o controle motor
 fluência das etapas planejadas
 regulação do self (relações afetivas precoces)
 funcionamento adaptativo para obter o objetivo

 Esquema para solução de problemas e a seqüência
planejada para realizá-lo, criando a representação
mental da tarefa, sua execução e o monitoramento dos
procedimentos
70
Funções executivas (Córtex Frontal)
 Comprometimento da memória de trabalho não – verbal:
manifesta-se na dificuldade de manter os eventos em mente,
manipulá-los ou agir de acordo com eles
 Dificuldade de antecipar consequências futuras
 Diminuição do sentido de tempo e da organização temporal
das ações
 Comprometimento da memória de trabalho verbal:
dificuldade para utilizar auto-instruções verbais, déficits na
capacidade de reflexão, no auto questionamento e solução
de problemas verbais

Ações comandadas pelo presente imediato
 Existência de subtipos
 Alta taxa de comorbidade (ocorrência de
dois ou mais transtornos na mesma
pessoa).
Ex: depressão, transtorno s de ansiedade,
transtorno de conduta etc...
 Diferentes níveis de resiliência entre as
pessoas afetadas
 Saber da história de vida pelo próprio indivíduo e
através de alguém que o conheça bem (auto-
observação imprecisa)
 A informação (presença ou ausência de sintomas)
pode variar dependendo do informante
 Professores tendem a valorizar mais os sintomas que
os pais
 Uso de múltiplas fontes de informação
 Divergências sobre a existência deste transtornos em
menores de 7 anos
 Na adolescência pode-se verificar concomitância com
alcoolismo e uso e abuso de substâncias
 50% das crianças permanecem com os sintomas na idade
adulta
 Impacto de  de autoestima, baixa tolerância à
frustração, acessos de raiva, instabilidade do humor,
prejuízo acadêmico e dificuldade de interação social
 Avaliação e tratamento multiprofissional
 Drogas estimulantes (metilfenidato e derivados de
anfetaminas)
 Aumentam o funcionamento frontal por meio dos
circuitos da dopamina e da norepinefrina
(neurotransmissores muito utilizados nesta região)
 Maior funcionamento desta região permite a
focalização da atenção e a inibição das redes
 Na presença de efeitos colaterais (ex:  da ansiedade e
dificuldade para dormir, redução do apetite, cefaléia e dor
abdomnal) escolhe-se então antidepressivos
 Terapia Cognitivo-Comportamental
 Orientação ou terapia familiar
 Treino cognitivo baseado na avaliação neuropsicológica
(sessões para fortalecer habilidades como: atenção
sustentada, flexibilidade cognitiva, memória de trabalho e
funções executivas) , com o objetivo de estimular o
indivíduo a generalizar este desempenho das sessões a
outras situações de vida, para favorecer o controle do
comportamento e da sintomatologia do TDHA.
79
TRANSTORNOS DEPRESSIVOS
Complexo sindrômico caracterizado por
alterações do humor, de psicomotricidade e
por uma variedade de distúrbios somáticos e
neurovegetativos (Assumpção, F.B., 2001)
 Prevalência dos estados depressivos (17,1% da população geral)
tem importante impacto como problema de saúde pública
 Acarretam limitações na rotina social e na subjetividade
 Baixo acesso ao diagnóstico e aos tratamentos adequados
 Suicídio pode ocorrer em até 15% dos estados depressivos
 Assim como dependência de droga decorrente
 Alguns autores sugerem  nas faixas etárias mais jovens apartir
da 2ª Guerra
 Uso de critérios diagnósticos para aumentar a
fidedignidade
 DSM-III-R, DSM-VI e CID 10
 Diferem quanto ao tempo de duração da
sintomatologia
 Realizado em bases clínicas
 Utilização de múltiplos termos e atenção com as
expressões não-verbais
 Estudos genéticos
 Neurobiologia (eixo hipotálamo-pituitário-
adrenal, hormônio do crescimento, alterações
do sistema serotonérgico, teste de supressão
de dexametasona)
 Questões psicossociais (interações familiares
negativas, perdas, estilo cognitivo negativo)
 Humor deprimido
 Complexo sindrômico caracterizado por
alterações do humor, da
psicomotricidade e uma variedade de
distúrbios somáticos e neurovegetativos
 Estado Afetivo: sentimento normal e
compreensível
 Não é foco de atenção médica e
 Não será entendido como psicopatologia
 Como Sintoma:
Pode surgir em vários quadros clínicos (TSPT , demência, esquizofrenia, alcoolismo,
doenças clínicas etc...)
Pode ocorrer em resposta a situações estressantes , ou em situações econômicas e
sociais adversas
 Como Síndrome (descrição de sinais e sintomas no momento, quadro clínico do
momento):
Inclui uma gama de aspectos (alteração cognitiva, psicomotora, e vegetativas) além
de tristeza irritabilidade, falta de capacidade de sentir prazer, apatia etc...
Transtorno (diagnóstico psiquiátrico caracterizado por um conjunto
 Como Doença (pressupõem existência de um mecanismo patológico particular
que o caracteriza como uma entidade mórbida):
Tem sido classificada de várias formas ao longo da história dependendo do autor e da
época (transtorno depressivo maior, distimia, depressão integrante do transtorno
bipolar de tipos I e II etc...)
 Transtornos Depressivos:
- T. Depressivo Maior
- T. Distímico
- T. Depressivo sem outra
especificação
 Sentimento de tristeza e vazio
 Perda de capacidade de experimentar prazer
(anedonia)
 Sensação de fadiga ou perda de energia
 Redução de interesse pelo ambiente
 Queixa de cansaço exagerado
 Leva em conta aspectos:
Sintomas psíquicos
Fisiológicos
Evidências comportamentais
Sintomas Psíquicos
 Humor Depressivo (sensação de tristeza, auto-
desvalorização, sentimento de culpa e idéias de suicídio)
 Redução da capacidade de experimentar prazer na maior
parte das atividades antes consideradas como agradáveis
 Fadiga e sensação de perda de energia
 Diminuição da capacidade de pensar, se concentrar e tomar
decisões
Sintomas Fisiológicos
 Alteração do sono (insônia ou hipersonolência)
 Alteração do apetite (perda ou excesso)
  do interesse sexual
Alterações no Comportamento
 Retraimento social
 Crises de choro
 Comportamento suicida
 Retardo psicomotor e lentificação ou agitação generalizada
 Passou a ser descrita em adultos, crianças e
adolescentes desde o séc. XVII
 Atualmente são aplicados os mesmos critérios para
criança, adolescente e adulto
 Principalmente na criança observa-se a dificuldade da
descrição do seu estado interno, referido somente como
tristeza ou solidão
 Buscar compreender a criança quanto aos seus
sentimentos
 Descrita desde o sec. XVII (Robert Burton,
1621)
 Sec. XIX ( Emil Kraepelin, 1921; Rene Spitz,
1946; Anthony e Scott , 1960)
 Déc. de 50 a 70: visão psicanalítica e
mascaramento da presença da depressão
 Déc. 70: desenvolvimento de critérios
operacionalizados e entrevistas estruturadas
 Os sentimentos são de difícil identificação
 Muitas vezes pode-se observar somente sensibilidade,
choro fácil e irritablidade 
 Expressões não verbais: mudança de comportamento
abrupta, conduta destrutiva e agressiva, com violações
das regras sociais (podendo ser decorrente da
alteração do humor disfórico)
 Disforia: ansiedade, irritabilidade, tristeza
(disforia cotidiana: não compromete condutas
adapatativas e são breves)
 Prevalência de 0.4% a 8,3% em adolescentes
 Prevalência ao logo da vida em adolescentes :
15% a 20% (semelhante a encontrada em
adultos)
 Depressão de adultos freqüentemente inicia-se
na adolescência
 Incidência 4,7%
.Comprometimento do funcionamento social,
familiar e escolar
.Risco de suicídio
. Morbidade psiquiátrica na vida adulta
. Comorbidades psiquiátricas na adolescência
(Transtorno de Personalidade, Distimia,
Transtorno do Comportamento Disruptivo,
Ansiedade , TDAH e Abuso de Álcool e
Drogas)
 Taxa de suicídio nos últimos anos está 4xs
maior
 Responsável por 12% das mortes em
adolescentes
 Tentativa de suicídio: prevalência em um ano
de 1,7% a 5,9%, e no decorrer da vida de 3,0%
a 7,1% (Gill et al. 2001)
 Queixas dos pais e da escola:
- Irritabilidade, oposicionismo, negativismo
- Sem limites
- Queixas físicas inexplicáveis e exageradas
- Hiperatividade, impulsividade
- Desinibição, falta de crítica e agressividade
- Problemas de aprendizagem
 Humor depressivo
 Irritabilidade
 Falta de reatividade
 Variação diúrna do humor
 Culpa excessiva ou inapropriada
 Anedonia (falta de prazer) (aborrecimento = falta de prazer)
 Fadiga, falta de energia
 Dificuldade de concentração e pensamento lentificado
 Agitação e retardo psicomotores
 Insônia (inicial e final)
 Hiper ou hiposonia
 Anorexia (não come) e /ou bulimia (vomita o que comeu)
 Perda ou ganho de peso
 Pessimismo perceptível a partir do olhar negativo sobre o
futuro
 Ideação suicida
• Podem passar desapercebidas ou serem mal
diagnosticadas
• Baixa especificidade para criança, diagnóstico diferencial
inclui vários problemas orgânicos e psiquiátricos
 Necessidade de identificação da depressão e
intervenção precoces
 Desenvolvimento de estudos
etiológicos,atualizações epidemiológicas,
avaliação diagnóstica e tratamento
(psicossocial e farmacológico)
104
 Hipócrates – melancolia (bile negra) e mania (estar
louco)
 1854: descrições independentes
- FALRET e BAILLARGER
1- loucura circular (folie circulaire)
2- loucura de forma dupla (folie à double forme)
 Início do século XX: EMILE KRAEPELIN
esquizofrenia (demência precoce)
X
sanidade maníaco-depressiva
105
 1921 – KRAEPELIN: doença única, incluindo mania e
depressão.
 Atualmente – definida pelos critérios do DSM-IV ou da
CID-10 (F 30 – 39).
 A doença reflete um quadro complexo de distúrbios
que compartilham aspectos tais como:
- Alta taxa de recorrência
- Risco alto de psicose
- Alternâncias do estado de humor
106
 Transtornos Bipolares:
- T. Bipolar I (um ou mais episódios de mania)
- T. Bipolar II ( um ou mais episódios depressivo maior)
- T. Ciclotímico
- T. Bipolar sem outra especificação
107
 História de Episódio Maníaco
- Início precoce
- Episódios mais frequentes
- Retardo psicomotor, hipersonia e hiperfagia
- Ansiedade e insônia menos frequente
- Maior probabilidade de abuso de substância
108
 Humor e Afetividade
- Expansivo, eufórico, irritável e desinibido
- Exibe grande entusiasmo por interações
interpessoais, sexuais ou profissionais
- Crises de choro e / ou hostilidade
- Nervosismo, descontrole e agressividade
109
 Cognição e Percepção
- Idéias de grandeza, autoconfiança e otimismo
exagerados
- Pode exibir delírios grandiosos: de cunho
religioso, financeiro, político e sexual
- Alucinações: sentimentos de influência ou
inspiração profética
110
 Cognição e Percepção
- Lembram com facilidade eventos passados
(hipermnésia)
- Distraibilidade e dificuldade de manter a atenção
voluntária
- Memória de fixação prejudicada
111
 Comportamento e Psicomotricidade
- Ativação da Psicomotricidade, aceleração do
pensamento e do discurso (taquipsiquismo)
- Pensamento arborizado
- Fuga de idéias
- Indiscreto e invasivo (impulsividade e
desinibição)
112
 Mania Atenuada
- Não é acompanhada por sintomas psicóticos
- Não leva ao comprometimento funcional
- Aumento da atividade física, social e da
motivação
- Irritável e impaciente
- Menos sono, autoconfiança, iniciativa e energia
- Tabaco, álcool, tranquilizantes, comer
compulsivo
113
 “Depressão Agitada”
 “Mania ansiosa”
 Mania com pobreza de pensamentos
 Depressão com fuga de idéias
 Mania inibida
- Presença concomitante de sintomas maníacos e
depressivos
114
 Transtornos de Ansiedade
 Uso de Álcool e Drogas
 Transtornos Alimentares
 Transtornos Somatoformes
 Transtornos de Personalidade
 Transtorno do Déficit de Atenção / Hiperatividade
115
116
117
Evento estressante  ansiedade
Natureza do evento
+
significado atribuído
+
recursos, defesas e mecanismos de enfrentamento
(personalidade)
Conflito é essencial para o desenvolvimento da ansiedade
(tensão entre ir e não ir, fazer e não fazer)
118
 Resposta inadequada, em intensidade e duração às
solicitações de adaptação
 Respostas excessivas ao estímulos ambientais
Qualidade X Intensidade
119
Transtorno de Pânico
Transtorno de Ansiedade Generalizada
Transtorno Obssessivo Compulsivo
Fobias Específicas
Fobia Social
Transtorno de Ansiedade de Separação
 Choro imotivado
 Paralisação e situações nas quais se agarram
aos pais ou figura de confiança
 Crises de birra
 Medo de que os pais morram
 Medos específicos etc...
Estima-se que 10 a 15% das crianças sejam
afetadas por um destes transtornos
120
 Vivência de medo excessivo e percebido como irracional,
acompanhado de comportamento de ansiedade e evitação
 Diferente do medo normal
 Idade de aparecimento variada:
. Fobias de insetos por volta dos 5 anos
. Agorofobia (fobia de sair de casa) principalmente na adolescência
. Medo de animais por volta dos 2 ou 3 anos
. Medo do escuro por volta dos 3 anos em diante
. No período escolar aumento do medo de animais que comem,
mordem
. Medo de altura altura , tempestade tem início variável
121
 Medo significativo e persistente de situações sociais ou
de performance social (levar em conta as competências da
fase de desenvolvimento)
 Manifestações: choros, paralisias, “chiliques”
 Medo de ir à lousa, ou responder questões que lhe são
dirigidas pela professora
 Evitam brincar em grupo
Por vezes não vão ao banheiro na escola ou fora de casa
cm medo de serem vistas por outros
 A fobia social em crianças apresenta associação com
fobia social no adulto 122
Início na infância
 Preocupação excessiva, com prejuízo funcional em vários
aspectos (ex: segurança pessoal, interação social, eventos
futuros e passados
 Geralmente são preocupações seguidas de sintomas
somáticos (dores de cabeça e de estômago)mais
frequentes em meninas
 Associação entre ansiedade generalizada e transtorno
depressivo (estudos em animais sugerem alterações
funcionais nas formações hipocampais
 Amígdala descrita como região importante neste
processo (apresentam-se maiores nestas crianças)
123
 Ansiedade quando separadas de seus pais ou figura de
confiança, principalmente em ambientes estranhos
 Ansiedade excessiva e inapropriada quando longe de casa
ou dos pais
Necessidade de prejuízo no funcionamento geral
(comprometimento escolar, de passeios etc...)
Muitos casos de recusa escolar pode ser secundária a
ansiedade de separação
 Estudos revelam associação com transtorno de pânico 124
 Recorrência inesperada de ataques de pânico, seguido de
pelo menos um mês de preocupação com a possível
recorrência do ataque, ou suas consequencias
 Medo de sair de casa (agorafobia) pode ou não estar
presente
 Sua descrição em crianças é recente
 Dois componentes do pânico: Cognitivo e Somático
125
 Questionamento sobre a possibilidade das crianças
conseguirem elaborar os componentes cognitivos antes da
aquisição do pensamento abstrato
 A criança relaciona os sintomas somáticos (corporais) a
eventos externos ou objetos
 Os adolescentes já conseguem relacionar a sentimentos e
sensações que ocorrem durante a crise
 O quadro inicia-se mais frequentemente entre 15 e 20
anos, mas já existem relatos de início aos 3 anos
126
127
 Obsessões ou compulsões recorrentes suficientemente
severas para consumirem tempo (consomem mais de
uma hora por dia), ou causar sofrimento acentuado ou
prejuízo significativo
 Pode haver o reconhecimento, ou não, da irracionalidade
das obsessões e das compulsões
 Causam sofrimento por tomar muito tempo da vida do
indivíduo
 Podem interferir significativamente na rotina normal
128
 Podem substituir um comportamento útil e gratificante , e
perturbar , em muito, o funcionamento geral
 As intrusões obsessivas podem provocar distrações,
resultando em desempenho ineficiente em tarefas
cognitivas que exigem concentração (ex: na leitura, em
cálculos etc...)
 Comportamento evitativo de algumas situações, podendo
restringir severamente o funcionamento geral
129
Obsessões:
 pensamentos ou idéias (p. ex. dúvidas), impulsos,
imagens, cenas, que invadem a consciência de
forma repetitiva, persistente e estereotipada
 seguidos ou não de rituais destinados a
neutralizá-los
 experimentados como intrusivos, inapropriados
ou estranhos
 causa ansiedade ou desconforto acentuados
130
Obsessões:
 pessoa tenta resistir, ignorar ou suprimir os
pensamentos com ações ou com outros
pensamentos
 não são simplesmente medos exagerados
relacionados com problemas reais
131
Compulsões:
 comportamentos repetitivos (p.ex.lavar as mãos,
fazer verificações), ou atos mentais (rezar,contar,
repetir palavras ou frases)
 são destinados a prevenir ou reduzir o
desconforto gerado pela obsessão, prevenir
algum evento ou situação temidos e em geral não
possuem uma conexão realística ou direta com o
que pretendem evitar, ou são claramente
excessivos
132
 Dúvida crônica – incertezas – ações repetitivas
 Perfeccionismo – definição rígida de sucesso –
“nada é suficiente”
 Senso inflamado de responsabilidade
 Diminuição da crítica
 Lentidão para decidir
133
 DSM-IV-R : Funcionamento intelectual significativamente inferior à
média acompanhado de limitações significativas no funcionamento
adaptativo em pelo menos duas das seguintes áreas de habilidade:
comunicação, auto-cuidado, vida doméstica, habilidades sociais e
interpessoais, uso de recursos comunitários, auto-suficiência,
habilidades acadêmicas, trabalho, lazer, saúde e segurança.
 O início deve ocorrer antes dos 18 anos
 Desempenho intelectual, avaliado por testagem psicológica de
inteligência, com Quociente de Inteligência (QI) de aproximadamente
70 ou abaixo , acrescido de dois ou mais déficits significativos
descritos acima
134
 Para o CID 10 : condição do desenvolvimento mental interrompido ou
incompleto , caracterizado por prejuízo de habilidades manifestado
durante o período do desenvolvimento , contribuindo para o nível
global de inteligência(ex: capacidade cognitiva de linguagem, motora
e social)
 As habilidade desenvolvem-se em graus semelhantes em cada
pessoa, entretanto no retardo mental é bastante heterogênea, e uma
determinada pessoa pode exibir discrepância de desempenho
significativas com relação as diversas habilidades
135
 Retardo mental leve – desempenho entre 50 e 70 em testes
padronizados de inteligência, QI (uso da linguagem é frequentemente
atrasado em graus variados, e as dificuldades da fala podem interferir
no desenvolvimento da independência)
 Retardo mental moderado - desempenho intelectual entre 35 a 55 em
testes padronizados de inteligência, QI (perfis cognitivos de
capacidade variável . Ex: habilidades visoespaciais maiores do que
as de linguagem, incordenação motor com interação social moderada
- desenvolvimento da linguagem é
variável, variando da capacidade dede participar de conversas
simples à capacidade de apenas comunicar necessidades básicas
136
 Retardo mental severo - desempenho intelectual entre 20 - 25 e 35 –
40, QI (semelhante ao grupo moderadamente retardadoem relação
ao quadro clínico e à presença de anormalidade cerebral , bem como
incapacidades associadas)
- Marcado prejuízo motor e déficits associados
 Retardo mental profundo – desempenho intelectual menos que 25 em
testes padronizados de inteligência, QI (compreensão e uso da
linguagem limitados a entender comandos simples e fazer pedidos
simples)
- Função adaptativa é variável e certas
habilidades visoespaciais , como combinar e escolher, podem ser
adquiridas através de orientação e supervisão
137
• Arnold, L.E e Jensen, P.S. – Transtorno de Déficit de Atenção. In: Tratado
de Psiquiatria – Kaplan, H.I e Sadock B. Vol 3 – Porto Alegre. ArtMed 1999.
• Carlson, G.A. e Abbot,S.F. – Transtornos do Humor e suicídio. In: Tratado
de Psiquiatria – Kaplan, H.I e Sadock B. Vol 3 – Porto Alegre. ArtMed 1999.
• Bregman, J.D e Harris, J.C. – Retardo Mental. In: Tratado de Psiquiatria –
Kaplan, H.I e Sadock B. Vol 3 – Porto Alegre. ArtMed 1999.
• Fletcher, J.M.; Lyons, G.R.; Fuchs, L.S. e Barnes, M.A. - Transtornos de
Aprendizagem - Da identificação à Intervenção. Porto Alegre - ArtMed ;
2009.
138
e-mail: elizafinazzi@uol.com.br
139
Créditos
Profa. Dra.Cristiana Castanho Rocca
Psicóloga do Serviço de Psicologia e Neuropsicologia do IPq-
HC-FMUSP
Aulas:
“Transtorno do Déficit de Atenção e Transtornos de
Aprendizagem”
“Neuropsicologia da Depressão e Estados Ansiosos

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Cognição, emoção e regulação do comportamento

  • 1. 1 Profa. Mª Eliza P. Finazzi, Ph.D. Faculdade de Filosofia São Bento Curso de Filosofia Disciplina Psicologia da Educação 2ª série - 3º sem. matutino Novembro - 2010
  • 2.  TDAH e Transtornos de Aprendizagem podem coexistir  Cuidado no diagnóstico - TDAH X outros transtornos - TDAH X TA X retardo mental  Problemas de adaptação - baixo rendimento escolar - dificuldades emocionais  Cognição, emoção e regulação do comportamento 2
  • 3. 3 Comportamento  Conjunto de reações de um indivíduo frente às interações / estimulações propiciadas pelo meio ambiente  sofre a interferência condições emocionais / temperamento e humor aparato cognitivo para ser gerado organizado, efetuado e regulado
  • 4. 4 Comportamento  Lezak (1995) - 3 dimensões fundamentais: 1) o intelecto, que corresponde ao tratamento da informação 2) a emoção, os sentimentos e a motivação 3) o controle, que atua como um gerenciador dos demais sistemas funcionais
  • 5. 5 Cognição  ato ou processo de conhecer, que envolve atenção, percepção, memória, raciocínio lógico, crítica, imaginação, pensamento e linguagem processo de conhecimento  Aprendizagem – mudança no comportamento
  • 6.  Emoção  impulso neural que move um organismo para a ação - estado psicofisiológico  Sentimento  emoção filtrada através dos centros cognitivos do cérebro, especificamente o lobo frontal, produzindo uma mudança fisiológica em acréscimo à mudança psicofisiológica – INTERPRETAÇÃO 6 Emoção
  • 7. 7 Cognição, comportamento e cérebro  Cérebro como centro de controle do comportamento, da emoção e do pensamento  3 unidades funcionais de A. Luria
  • 8. 8 1a. Unidade Funcional  Estruturas envolvidas: tronco encefálido e suas conexões pré – frontais Funções: - Processos metabólicos do organismo: respiratórios e digestivos; Sistemas de condutas instintivas – sexual e alimentação - Fluxo de informações do meio externo: produção de reflexo de orientação – alerta do indivíduo diante de mudanças que o meio oferece - Formação de intenções e metas: refere-se ao que interessa e ao que o indivíduo decide – requer certa quantidade de energia e mobilização de esforços Riesgo, 2006; Luria, 1966, 1984
  • 9. 9 1a. Unidade Funcional Primeira unidade funcional ou de vigília:  Papel importante na motivação e aprendizagem  Estado de alerta é fundamental na aprendizagem - permite ao córtex selecionar os diversos estímulos que recebe e programar a resposta desejada  Atenção é o pré-requisito primordial para a aprendizagem Riesgo, 2006; Luria, 1966, 1984
  • 10. 10  Distúrbios do Sistema Reticular produzem:  Fadiga rápida  Tendência ao estado acinético  Baixa de tônus  Alterações da consciência  Déficit de memória não específico Todos os processos cerebrais dependem de um nível ideal de tônus cortical 1ª Unidade Funcional
  • 11. 11 Função: Recebimento, análise e armazenamento Estruturas envolvidas: Lobos parietais, occipitais e temporais Alterações anatômicas ou funcionais: problemas com a noção de esquema corporal, espaço, tempo, cálculo e linguagem Riesgo, 2006; Luria, 1966, 1984 2ª Unidade Funcional
  • 12. 12 3ª Unidade Funcional Terceira unidade funcional: - Estruturas envolvidas: Lobos frontais - Função: programação, regulação e verificação continuada da atividade - memória de trabalho - sustentação da atenção - capacidade de concentração - alternância do foco atencional para mais de uma variável Riesgo, 2006; Luria, 1966, 1984
  • 13. 13 LOBO FRONTAL • Possibilidade de colocar em segundo plano, estímulos irrelevantes no momento  Capacidade de julgamento das situações  Entendimento das intenções e capacidade de percepção de nuances: tônus emocional  Comportamento não repetitivo, mas sim produtivo
  • 14. 14 O comportamento depende da ação combinada de todas as três unidades funcionais do cérebro:  a primeira fornece o tono cortical necessário – CÉREBRO DESPERTO  a segunda leva a cabo a análise e a síntese de informações que chegam – CÉREBRO INFORMADO  a terceira provê os requeridos movimentos de busca controlados que conferem à atividade perceptiva o seu caráter ativo - CÉREBRO PROGRAMADOR A. Luria, 1981 3 unidades funcionais
  • 15.  quarta unidade funcional para Rebollo (1991): sistema límbico  seleção dos estímulos segundo suas características e tonalidade afetiva  porção orbitária do lobo frontal - planificação da conduta no seu aspecto afetivo 15
  • 16. 16 Cerebelo  “pequeno cérebro” – participação nos eventos neurobiológicos do aprendizado – recepção das informações e modulação das respostas - equilíbrio, tônus muscular, marcha e coordenação motora - manutenção e mudança do foco atencional Riesgo, 2006
  • 17.
  • 18.
  • 19.  Recebemos sinais sensoriais tanto do exterior como do interior do nosso organismo;  As informações excedem a capacidade de processamento;  Necessidade de mecanismo estável que regule , focalize o organismo, selecionando e organizando a percepção;  Permitindo que um estímulo possa dar lugar a um processo neural eletroquímico adaptado…
  • 20.
  • 21.
  • 22.
  • 23.  Inserida em um continuum biológico que dispõem de diferentes graus de excitabilidade e de receptividade à informação sensorial;  Varia da vigília ao sono, do estado de alerta ao coma.
  • 24.  Definida como um processo cognitivo interno por meio do qual são selecionadas e processadas tanto informações do ambiente quanto de fontes internas (sensações, pistas viscerais e pensamentos);  Engloba toda atividade cognitiva organizada que possui algum grau de direção;  Dando caráter mais focalizado aos processos cognitivos e psíquicos , base sobre a qual os processos mentais se organizam, se alinham e se articulam;
  • 25.  Atua como um controlador semi-independente da ação e da percepção;  Modo pelo qual o organismo se torna receptivo aos estímulos e a partir do qual ele inicia o processamento de excitações (externas ou internas) (Muszkat, 2008)
  • 26.  Envolve o retraimento de algumas coisas para lidar de maneira efetiva com outras;  Sistema no qual processos sequenciais em uma série de estágios visam seleção e manutenção de inputs;  Implica em orientação e seletividade. (Muszkat, 2008)
  • 27.  Diferentes sistemas cerebrais estão envolvidos;  Sistema com uma capacidade limitada. (Lezak et al. ; 2003)
  • 28.  Excitação  Orientação  Detecção de novidade e recompensa  Organização executiva
  • 29.  Excitação : capacidade de aumentar o estado de alerta  Orientação: • processo multidimensional e involuntário; • responsável pelo desligar-se ou prender-se de determinado estímulo de forma contínua;
  • 30.  Detecção de novidade e recompensa: • acessar estímulos não familiares e sensações de prazer com atribuição emocional às informações;  Organização executiva • atividade planejada e autorregulada; • dispõem nossas ações em relação aos objetivos a curto e longo prazos.
  • 31. 31
  • 32. - Sua modulação envolve processo neuropsicológico denominado executivo central ; - Realiza processos inibitórios que dependem das funções do córtex pré-frontal; - São importantes para a seletividade e para a discriminação de informação; - Relevantes tanto para a cognição quanto para as funções mais instintivas da espécie (fome, sede, necessidade reprodutiva) (Muszkat, 2008)
  • 33. • Observe os estímulos que serão apresentados no próximo slide e responda quantos estímulos-alvo estão inseridos no quadro?
  • 34.                                                                                                                              
  • 35.  Capacidade e foco de atenção  Atenção seletiva  Atenção constante e vigilância  Atenção dividida
  • 36. Atenção separada em grandes sistemas funcionais, pode-se separar em 4 mecanismos básicos fundamentais:  Excitação ou alerta Orientação motora Detecção de novidade Orientação executiva
  • 37.  Atenção voluntária: organização social da atenção mediada pela linguagem e depende da programação intencional e motivacional, que são a base do comportamento humano adaptativo e organizado.
  • 38.  Atenção seletiva  Atenção dividida  Atenção sustentada
  • 39.  Capacidade de escolha de uma categoria ou seleção entre diferentes fontes de informação, para deter o foco da conciência;  Dividida em dois estágios: • Estágio pré-atentivo (detecta a presença da informação, e requer poucos recursos cognitivos) . Estágio atentivo focalizado (detecta combinação de estímulos e envolve manipulação e inibição de distratores). Ex: Festa na qual selecionamos em que vamos prestar a atenção e descartamos o que não nos interessa.
  • 40.  Orienta a conciência para um determinado estímulo dentre uma variedade de outros estímulos para conseguirmos extrair algum significado;  Direção da seletividade: . Do estímulo para o contexto (botton up) Ex: rosa para jardim. . Do contexto para o estímulo (top dow). Habilidade para atender preferencialmente à um contexto e simultaneamente ignorar detalhes não relevantes. Ex: harmonia dos instrumentos de uma orquestra, que tocam as melodias de instrumentos isolados.
  • 42.
  • 43.  Competição entre processos sensoriais diversos (ex: audição e visão);  competição entre processamentos automáticos que têm capacidade limitada (ex: dirigir e ler);  Dificuldade de monitorar em paralelo, mais que um número determinado de tarefas;
  • 44.  Quando fazemos duas coisas ao mesmo tempo, ao menos uma delas deve estar automatizada;  O desempenho depende: . do processamento controlado, necessário para desempenhar tarefas não rotineiras e da estratégia que é utilizada para um processamento eficiente;  Relacionam-se habilidade e treino.
  • 45.  Prolongamento da atenção durante períodos maiores de tempo;  O engajamento com a tarefa modifica-se com o tempo;  Pode levar a fadiga e a desmotivação;  Lapsos de atenção: . resultam de mudanças fásicas do alerta resultando num decréscimo da receptividade ao estímulo por péríodos curto de tempo
  • 46.  Mudança não programada do foco da atenção por estímulos externos que pode estar em conflito com a expectativa e o contexto;  Desencadeada quando a estimulação é intensa, complexa, surpreendente, incongruente e inédita;
  • 47. • Observe os estímulos que serão apresentados no próximo slide e responda quantos estímulos-alvo estão inseridos no quadro? • Qual esfera atencional está sendo recrutada na execução desta tarefa?
  • 48.                                                                                                                              
  • 49.  Se dão por saturação, por estimulação externa e por mudanças da homeostase do organismo, determinadas pelo estado de vigilância, por necessidades instintivas (fome, sede e sexo);  Podem representar desvios momentâneos ou permanentes da atenção;
  • 50.  Podem levar a mudanças substanciais do foco;  Tornando a atenção um processo instável e muito fragmentado, chamada atenção picotada. Ex: TDHA
  • 51. 1952 – DSM I (1a edição) 1980 – DSM III 1987 – DSM III-R 1994 – DSM IV Previsão: 05/2013 – DSM V  CID – Classificação Internacional das Doenças (CID 10)
  • 52.  Expressão que implica em uma distinção entre transtornos mentais e físicos  Existência de físico nos transtornos mentais e muito de mental nos transtornos físicos  Não existiria uma definição específica  Não apresenta definição operacional consistente que cubra todas as situações
  • 53.  As condições médicas são definidas em vários níveis de abstração: . Patologia estrutural (ex: colite ulcerativa) . Apresentação sintomática (ex: cefaléia) . Desvio de uma norma fisiológica (ex: hipertensão) . Etiologia (ex: pneumonia pneumocócica)  Transtornos Mentais têm sido definidos por uma variedade de conceitos (ex: sofrimento, descontrole, desvantagem, incapacitação, irracionalidade, padrão de síndrome, etiologia e desvio estatístico)
  • 54.  Cada um pode ser um indicador útil, mas não equivale ao conceito , e diferentes situações exigem diferentes definições  Entretanto pode ser útil para ajudar a orientar decisões nos limites entre a normalidade e a patologia
  • 55.  Cada um dos transtornos mentais é conceitualizado como uma síndrome ou padrão, comportamental ou psicológico, clinicamente importante , que ocorre em um indivíduo e que está associado com um sofrimento (ex: prejuízo em uma ou mais áreas importantes do funcionamento ) ou com um risco significativamente aumentado de sofrimento atual, maorte, dor, deficiência ou perda importante da liberdade  Esta síndrome ou padrão não deve ser meramente uma resposta previsível e culturalmente sansionada a um determinado evento (ex: morte de um ente querido), ou comportamento que apresente desvio (ex: religiosos, político etc…), ou conflito primeriamente entre o indivíduo e a sociedade.
  • 57.  Diagnostico usado para descrever crianças e adultos que são incapazes de modular a atenção, o controle do impulso e a atividade motora apropriadamente  A atenção tem um papel central  Um dos transtornos neuropsiquiátricos mais frequentes na infância (5,29% das crianças de todo o mundo)  Mais diagnosticado em meninos do que em meninas  Persiste na adolescência em 70% dos casos  Com prevalência na via adulta estimada entre 2,9% e 4,4%, sem diferença de gênero
  • 58. 58 TDAH – Tríade de Sintomas Impulsividade Desatenção Hiperatividade
  • 60. Desatenção: Geralmente não presta atenção à detalhes Ex: •não copia da lousa uma frase completa •não acentua palavras corretamente •apresenta trabalho escolar confuso e desor- ganizado •muda de tarefa com frequência •distrai-se facilmente •esquece com frequencia seus pertences •falta de atenção sobre o que os outros dizem.
  • 61. Hiperatividade: Inquietação psicomotora Ex: • inquietude na carteira, abandonando-a com frequencia • agitação de mãos e pés • dificuldade de permanecer sentada • dificuldade de brincar ou se envolver silenciosamente em atividades de lazer • anda, corre e fala demasiadamente
  • 62. Impulsividade: Intolerância à frustração, incapacidade de adiar gratificação,capacidade reduzida de reflexão, e precipitação ao ato, ou desejo de experimentação , busca por novidades, e necessidade de manter um alto nível de estimulação. Ex: • dificuldade para aguardar a sua vez (jogo, fila etc...) • dá respostas precipitadas antes da pergunta ter sido formulada ou completada • Interrompe repetidamente •Se interrompe nos próprios assuntos
  • 63.  Impulsividade: déficit no controle inibitório não conseguir suprimir uma resposta → responder sem pensar; incapacidade de resistir à distratores  regulação do comportamento  Distratibilidade/Desatenção: inabilidade para “sustentar” comportamentos em determinadas tarefas, hiperfoco em outras - atenção sustentada e memória de trabalho  Hiperatividade: (física ou mental) inquietação motora, pular de um assunto ou atividade para outra 63
  • 64.  Nascimento pré-maturo  Condições psicológicas e sociais adversas  Condições familiares precárias (ex: muito conflito,pouco coesas)  Hereditariedade (participação de vários genes)  Multiplicidade de possíveis fatores como causa
  • 65.  Na maioria pacientes têm inteligência normal e sem disfunção cognitiva maior;  Manutenção da atenção prejudicada, especialmente quando a informação não é motivadora;  Dificuldade de inibição seletiva  Traz consequências importantes para a vida familiar, escolar e social da criança, do adolescente e do adulto.
  • 66.
  • 67.  Questão central: atenção / motivação / inibição  Dificuldade para sustentar a atividade e controlar impulsos vem da recompensa imediata  ou pela antecipação do reforço positivo ou negativo  Déficit na programação, automonitorização e correção de comportamentos 67
  • 68. Funções executivas (Córtex Frontal)  Controle inibitório: processo que tem por objetivo suprimir interferências internas ou externas durante uma ação em curso  Memória de trabalho: habilidade para manter a informação na mente enquanto esta é processada e manipulada  Auto-regulação do afeto e da motivação  Linguagem não consegue exercer sua função reguladora, ou de controle do comportamento  problema na antecipação e no planejamento do ato voluntário (a ação conscientemente orientada para um objetivo específico)
  • 69.  fator determinante para o desempenho eficiente das funções executivas  implica que as informações, para atingir um determinado objetivo, sejam conhecidas e conservadas mnesticamente  regula e limita a distribuição das fontes atencionais e coordena a informação, controlando a capacidade das memórias visual e espacial  essencial para a compreensão de textos  modula o comportamento 69
  • 70.  cria condições adequadas para o controle motor  fluência das etapas planejadas  regulação do self (relações afetivas precoces)  funcionamento adaptativo para obter o objetivo   Esquema para solução de problemas e a seqüência planejada para realizá-lo, criando a representação mental da tarefa, sua execução e o monitoramento dos procedimentos 70
  • 71. Funções executivas (Córtex Frontal)  Comprometimento da memória de trabalho não – verbal: manifesta-se na dificuldade de manter os eventos em mente, manipulá-los ou agir de acordo com eles  Dificuldade de antecipar consequências futuras  Diminuição do sentido de tempo e da organização temporal das ações  Comprometimento da memória de trabalho verbal: dificuldade para utilizar auto-instruções verbais, déficits na capacidade de reflexão, no auto questionamento e solução de problemas verbais  Ações comandadas pelo presente imediato
  • 72.
  • 73.  Existência de subtipos  Alta taxa de comorbidade (ocorrência de dois ou mais transtornos na mesma pessoa). Ex: depressão, transtorno s de ansiedade, transtorno de conduta etc...  Diferentes níveis de resiliência entre as pessoas afetadas
  • 74.  Saber da história de vida pelo próprio indivíduo e através de alguém que o conheça bem (auto- observação imprecisa)  A informação (presença ou ausência de sintomas) pode variar dependendo do informante  Professores tendem a valorizar mais os sintomas que os pais  Uso de múltiplas fontes de informação
  • 75.  Divergências sobre a existência deste transtornos em menores de 7 anos  Na adolescência pode-se verificar concomitância com alcoolismo e uso e abuso de substâncias  50% das crianças permanecem com os sintomas na idade adulta  Impacto de  de autoestima, baixa tolerância à frustração, acessos de raiva, instabilidade do humor, prejuízo acadêmico e dificuldade de interação social
  • 76.  Avaliação e tratamento multiprofissional  Drogas estimulantes (metilfenidato e derivados de anfetaminas)  Aumentam o funcionamento frontal por meio dos circuitos da dopamina e da norepinefrina (neurotransmissores muito utilizados nesta região)  Maior funcionamento desta região permite a focalização da atenção e a inibição das redes
  • 77.  Na presença de efeitos colaterais (ex:  da ansiedade e dificuldade para dormir, redução do apetite, cefaléia e dor abdomnal) escolhe-se então antidepressivos  Terapia Cognitivo-Comportamental  Orientação ou terapia familiar  Treino cognitivo baseado na avaliação neuropsicológica (sessões para fortalecer habilidades como: atenção sustentada, flexibilidade cognitiva, memória de trabalho e funções executivas) , com o objetivo de estimular o indivíduo a generalizar este desempenho das sessões a outras situações de vida, para favorecer o controle do comportamento e da sintomatologia do TDHA.
  • 78.
  • 79. 79
  • 80. TRANSTORNOS DEPRESSIVOS Complexo sindrômico caracterizado por alterações do humor, de psicomotricidade e por uma variedade de distúrbios somáticos e neurovegetativos (Assumpção, F.B., 2001)
  • 81.  Prevalência dos estados depressivos (17,1% da população geral) tem importante impacto como problema de saúde pública  Acarretam limitações na rotina social e na subjetividade  Baixo acesso ao diagnóstico e aos tratamentos adequados  Suicídio pode ocorrer em até 15% dos estados depressivos  Assim como dependência de droga decorrente  Alguns autores sugerem  nas faixas etárias mais jovens apartir da 2ª Guerra
  • 82.  Uso de critérios diagnósticos para aumentar a fidedignidade  DSM-III-R, DSM-VI e CID 10  Diferem quanto ao tempo de duração da sintomatologia  Realizado em bases clínicas  Utilização de múltiplos termos e atenção com as expressões não-verbais
  • 83.  Estudos genéticos  Neurobiologia (eixo hipotálamo-pituitário- adrenal, hormônio do crescimento, alterações do sistema serotonérgico, teste de supressão de dexametasona)  Questões psicossociais (interações familiares negativas, perdas, estilo cognitivo negativo)
  • 84.  Humor deprimido  Complexo sindrômico caracterizado por alterações do humor, da psicomotricidade e uma variedade de distúrbios somáticos e neurovegetativos
  • 85.  Estado Afetivo: sentimento normal e compreensível  Não é foco de atenção médica e  Não será entendido como psicopatologia
  • 86.  Como Sintoma: Pode surgir em vários quadros clínicos (TSPT , demência, esquizofrenia, alcoolismo, doenças clínicas etc...) Pode ocorrer em resposta a situações estressantes , ou em situações econômicas e sociais adversas  Como Síndrome (descrição de sinais e sintomas no momento, quadro clínico do momento): Inclui uma gama de aspectos (alteração cognitiva, psicomotora, e vegetativas) além de tristeza irritabilidade, falta de capacidade de sentir prazer, apatia etc... Transtorno (diagnóstico psiquiátrico caracterizado por um conjunto  Como Doença (pressupõem existência de um mecanismo patológico particular que o caracteriza como uma entidade mórbida): Tem sido classificada de várias formas ao longo da história dependendo do autor e da época (transtorno depressivo maior, distimia, depressão integrante do transtorno bipolar de tipos I e II etc...)
  • 87.  Transtornos Depressivos: - T. Depressivo Maior - T. Distímico - T. Depressivo sem outra especificação
  • 88.  Sentimento de tristeza e vazio  Perda de capacidade de experimentar prazer (anedonia)  Sensação de fadiga ou perda de energia  Redução de interesse pelo ambiente  Queixa de cansaço exagerado
  • 89.  Leva em conta aspectos: Sintomas psíquicos Fisiológicos Evidências comportamentais
  • 90. Sintomas Psíquicos  Humor Depressivo (sensação de tristeza, auto- desvalorização, sentimento de culpa e idéias de suicídio)  Redução da capacidade de experimentar prazer na maior parte das atividades antes consideradas como agradáveis  Fadiga e sensação de perda de energia  Diminuição da capacidade de pensar, se concentrar e tomar decisões
  • 91. Sintomas Fisiológicos  Alteração do sono (insônia ou hipersonolência)  Alteração do apetite (perda ou excesso)   do interesse sexual Alterações no Comportamento  Retraimento social  Crises de choro  Comportamento suicida  Retardo psicomotor e lentificação ou agitação generalizada
  • 92.  Passou a ser descrita em adultos, crianças e adolescentes desde o séc. XVII  Atualmente são aplicados os mesmos critérios para criança, adolescente e adulto  Principalmente na criança observa-se a dificuldade da descrição do seu estado interno, referido somente como tristeza ou solidão  Buscar compreender a criança quanto aos seus sentimentos
  • 93.  Descrita desde o sec. XVII (Robert Burton, 1621)  Sec. XIX ( Emil Kraepelin, 1921; Rene Spitz, 1946; Anthony e Scott , 1960)  Déc. de 50 a 70: visão psicanalítica e mascaramento da presença da depressão  Déc. 70: desenvolvimento de critérios operacionalizados e entrevistas estruturadas
  • 94.  Os sentimentos são de difícil identificação  Muitas vezes pode-se observar somente sensibilidade, choro fácil e irritablidade   Expressões não verbais: mudança de comportamento abrupta, conduta destrutiva e agressiva, com violações das regras sociais (podendo ser decorrente da alteração do humor disfórico)  Disforia: ansiedade, irritabilidade, tristeza (disforia cotidiana: não compromete condutas adapatativas e são breves)
  • 95.  Prevalência de 0.4% a 8,3% em adolescentes  Prevalência ao logo da vida em adolescentes : 15% a 20% (semelhante a encontrada em adultos)  Depressão de adultos freqüentemente inicia-se na adolescência  Incidência 4,7%
  • 96. .Comprometimento do funcionamento social, familiar e escolar .Risco de suicídio
  • 97. . Morbidade psiquiátrica na vida adulta . Comorbidades psiquiátricas na adolescência (Transtorno de Personalidade, Distimia, Transtorno do Comportamento Disruptivo, Ansiedade , TDAH e Abuso de Álcool e Drogas)
  • 98.  Taxa de suicídio nos últimos anos está 4xs maior  Responsável por 12% das mortes em adolescentes  Tentativa de suicídio: prevalência em um ano de 1,7% a 5,9%, e no decorrer da vida de 3,0% a 7,1% (Gill et al. 2001)
  • 99.  Queixas dos pais e da escola: - Irritabilidade, oposicionismo, negativismo - Sem limites - Queixas físicas inexplicáveis e exageradas - Hiperatividade, impulsividade - Desinibição, falta de crítica e agressividade - Problemas de aprendizagem
  • 100.  Humor depressivo  Irritabilidade  Falta de reatividade  Variação diúrna do humor  Culpa excessiva ou inapropriada  Anedonia (falta de prazer) (aborrecimento = falta de prazer)  Fadiga, falta de energia  Dificuldade de concentração e pensamento lentificado  Agitação e retardo psicomotores
  • 101.  Insônia (inicial e final)  Hiper ou hiposonia  Anorexia (não come) e /ou bulimia (vomita o que comeu)  Perda ou ganho de peso  Pessimismo perceptível a partir do olhar negativo sobre o futuro  Ideação suicida • Podem passar desapercebidas ou serem mal diagnosticadas • Baixa especificidade para criança, diagnóstico diferencial inclui vários problemas orgânicos e psiquiátricos
  • 102.  Necessidade de identificação da depressão e intervenção precoces  Desenvolvimento de estudos etiológicos,atualizações epidemiológicas, avaliação diagnóstica e tratamento (psicossocial e farmacológico)
  • 103.
  • 104. 104  Hipócrates – melancolia (bile negra) e mania (estar louco)  1854: descrições independentes - FALRET e BAILLARGER 1- loucura circular (folie circulaire) 2- loucura de forma dupla (folie à double forme)  Início do século XX: EMILE KRAEPELIN esquizofrenia (demência precoce) X sanidade maníaco-depressiva
  • 105. 105  1921 – KRAEPELIN: doença única, incluindo mania e depressão.  Atualmente – definida pelos critérios do DSM-IV ou da CID-10 (F 30 – 39).  A doença reflete um quadro complexo de distúrbios que compartilham aspectos tais como: - Alta taxa de recorrência - Risco alto de psicose - Alternâncias do estado de humor
  • 106. 106  Transtornos Bipolares: - T. Bipolar I (um ou mais episódios de mania) - T. Bipolar II ( um ou mais episódios depressivo maior) - T. Ciclotímico - T. Bipolar sem outra especificação
  • 107. 107  História de Episódio Maníaco - Início precoce - Episódios mais frequentes - Retardo psicomotor, hipersonia e hiperfagia - Ansiedade e insônia menos frequente - Maior probabilidade de abuso de substância
  • 108. 108  Humor e Afetividade - Expansivo, eufórico, irritável e desinibido - Exibe grande entusiasmo por interações interpessoais, sexuais ou profissionais - Crises de choro e / ou hostilidade - Nervosismo, descontrole e agressividade
  • 109. 109  Cognição e Percepção - Idéias de grandeza, autoconfiança e otimismo exagerados - Pode exibir delírios grandiosos: de cunho religioso, financeiro, político e sexual - Alucinações: sentimentos de influência ou inspiração profética
  • 110. 110  Cognição e Percepção - Lembram com facilidade eventos passados (hipermnésia) - Distraibilidade e dificuldade de manter a atenção voluntária - Memória de fixação prejudicada
  • 111. 111  Comportamento e Psicomotricidade - Ativação da Psicomotricidade, aceleração do pensamento e do discurso (taquipsiquismo) - Pensamento arborizado - Fuga de idéias - Indiscreto e invasivo (impulsividade e desinibição)
  • 112. 112  Mania Atenuada - Não é acompanhada por sintomas psicóticos - Não leva ao comprometimento funcional - Aumento da atividade física, social e da motivação - Irritável e impaciente - Menos sono, autoconfiança, iniciativa e energia - Tabaco, álcool, tranquilizantes, comer compulsivo
  • 113. 113  “Depressão Agitada”  “Mania ansiosa”  Mania com pobreza de pensamentos  Depressão com fuga de idéias  Mania inibida - Presença concomitante de sintomas maníacos e depressivos
  • 114. 114  Transtornos de Ansiedade  Uso de Álcool e Drogas  Transtornos Alimentares  Transtornos Somatoformes  Transtornos de Personalidade  Transtorno do Déficit de Atenção / Hiperatividade
  • 115. 115
  • 116. 116
  • 117. 117 Evento estressante  ansiedade Natureza do evento + significado atribuído + recursos, defesas e mecanismos de enfrentamento (personalidade) Conflito é essencial para o desenvolvimento da ansiedade (tensão entre ir e não ir, fazer e não fazer)
  • 118. 118  Resposta inadequada, em intensidade e duração às solicitações de adaptação  Respostas excessivas ao estímulos ambientais Qualidade X Intensidade
  • 119. 119 Transtorno de Pânico Transtorno de Ansiedade Generalizada Transtorno Obssessivo Compulsivo Fobias Específicas Fobia Social Transtorno de Ansiedade de Separação
  • 120.  Choro imotivado  Paralisação e situações nas quais se agarram aos pais ou figura de confiança  Crises de birra  Medo de que os pais morram  Medos específicos etc... Estima-se que 10 a 15% das crianças sejam afetadas por um destes transtornos 120
  • 121.  Vivência de medo excessivo e percebido como irracional, acompanhado de comportamento de ansiedade e evitação  Diferente do medo normal  Idade de aparecimento variada: . Fobias de insetos por volta dos 5 anos . Agorofobia (fobia de sair de casa) principalmente na adolescência . Medo de animais por volta dos 2 ou 3 anos . Medo do escuro por volta dos 3 anos em diante . No período escolar aumento do medo de animais que comem, mordem . Medo de altura altura , tempestade tem início variável 121
  • 122.  Medo significativo e persistente de situações sociais ou de performance social (levar em conta as competências da fase de desenvolvimento)  Manifestações: choros, paralisias, “chiliques”  Medo de ir à lousa, ou responder questões que lhe são dirigidas pela professora  Evitam brincar em grupo Por vezes não vão ao banheiro na escola ou fora de casa cm medo de serem vistas por outros  A fobia social em crianças apresenta associação com fobia social no adulto 122
  • 123. Início na infância  Preocupação excessiva, com prejuízo funcional em vários aspectos (ex: segurança pessoal, interação social, eventos futuros e passados  Geralmente são preocupações seguidas de sintomas somáticos (dores de cabeça e de estômago)mais frequentes em meninas  Associação entre ansiedade generalizada e transtorno depressivo (estudos em animais sugerem alterações funcionais nas formações hipocampais  Amígdala descrita como região importante neste processo (apresentam-se maiores nestas crianças) 123
  • 124.  Ansiedade quando separadas de seus pais ou figura de confiança, principalmente em ambientes estranhos  Ansiedade excessiva e inapropriada quando longe de casa ou dos pais Necessidade de prejuízo no funcionamento geral (comprometimento escolar, de passeios etc...) Muitos casos de recusa escolar pode ser secundária a ansiedade de separação  Estudos revelam associação com transtorno de pânico 124
  • 125.  Recorrência inesperada de ataques de pânico, seguido de pelo menos um mês de preocupação com a possível recorrência do ataque, ou suas consequencias  Medo de sair de casa (agorafobia) pode ou não estar presente  Sua descrição em crianças é recente  Dois componentes do pânico: Cognitivo e Somático 125
  • 126.  Questionamento sobre a possibilidade das crianças conseguirem elaborar os componentes cognitivos antes da aquisição do pensamento abstrato  A criança relaciona os sintomas somáticos (corporais) a eventos externos ou objetos  Os adolescentes já conseguem relacionar a sentimentos e sensações que ocorrem durante a crise  O quadro inicia-se mais frequentemente entre 15 e 20 anos, mas já existem relatos de início aos 3 anos 126
  • 127. 127  Obsessões ou compulsões recorrentes suficientemente severas para consumirem tempo (consomem mais de uma hora por dia), ou causar sofrimento acentuado ou prejuízo significativo  Pode haver o reconhecimento, ou não, da irracionalidade das obsessões e das compulsões  Causam sofrimento por tomar muito tempo da vida do indivíduo  Podem interferir significativamente na rotina normal
  • 128. 128  Podem substituir um comportamento útil e gratificante , e perturbar , em muito, o funcionamento geral  As intrusões obsessivas podem provocar distrações, resultando em desempenho ineficiente em tarefas cognitivas que exigem concentração (ex: na leitura, em cálculos etc...)  Comportamento evitativo de algumas situações, podendo restringir severamente o funcionamento geral
  • 129. 129 Obsessões:  pensamentos ou idéias (p. ex. dúvidas), impulsos, imagens, cenas, que invadem a consciência de forma repetitiva, persistente e estereotipada  seguidos ou não de rituais destinados a neutralizá-los  experimentados como intrusivos, inapropriados ou estranhos  causa ansiedade ou desconforto acentuados
  • 130. 130 Obsessões:  pessoa tenta resistir, ignorar ou suprimir os pensamentos com ações ou com outros pensamentos  não são simplesmente medos exagerados relacionados com problemas reais
  • 131. 131 Compulsões:  comportamentos repetitivos (p.ex.lavar as mãos, fazer verificações), ou atos mentais (rezar,contar, repetir palavras ou frases)  são destinados a prevenir ou reduzir o desconforto gerado pela obsessão, prevenir algum evento ou situação temidos e em geral não possuem uma conexão realística ou direta com o que pretendem evitar, ou são claramente excessivos
  • 132. 132  Dúvida crônica – incertezas – ações repetitivas  Perfeccionismo – definição rígida de sucesso – “nada é suficiente”  Senso inflamado de responsabilidade  Diminuição da crítica  Lentidão para decidir
  • 133. 133  DSM-IV-R : Funcionamento intelectual significativamente inferior à média acompanhado de limitações significativas no funcionamento adaptativo em pelo menos duas das seguintes áreas de habilidade: comunicação, auto-cuidado, vida doméstica, habilidades sociais e interpessoais, uso de recursos comunitários, auto-suficiência, habilidades acadêmicas, trabalho, lazer, saúde e segurança.  O início deve ocorrer antes dos 18 anos  Desempenho intelectual, avaliado por testagem psicológica de inteligência, com Quociente de Inteligência (QI) de aproximadamente 70 ou abaixo , acrescido de dois ou mais déficits significativos descritos acima
  • 134. 134  Para o CID 10 : condição do desenvolvimento mental interrompido ou incompleto , caracterizado por prejuízo de habilidades manifestado durante o período do desenvolvimento , contribuindo para o nível global de inteligência(ex: capacidade cognitiva de linguagem, motora e social)  As habilidade desenvolvem-se em graus semelhantes em cada pessoa, entretanto no retardo mental é bastante heterogênea, e uma determinada pessoa pode exibir discrepância de desempenho significativas com relação as diversas habilidades
  • 135. 135  Retardo mental leve – desempenho entre 50 e 70 em testes padronizados de inteligência, QI (uso da linguagem é frequentemente atrasado em graus variados, e as dificuldades da fala podem interferir no desenvolvimento da independência)  Retardo mental moderado - desempenho intelectual entre 35 a 55 em testes padronizados de inteligência, QI (perfis cognitivos de capacidade variável . Ex: habilidades visoespaciais maiores do que as de linguagem, incordenação motor com interação social moderada - desenvolvimento da linguagem é variável, variando da capacidade dede participar de conversas simples à capacidade de apenas comunicar necessidades básicas
  • 136. 136  Retardo mental severo - desempenho intelectual entre 20 - 25 e 35 – 40, QI (semelhante ao grupo moderadamente retardadoem relação ao quadro clínico e à presença de anormalidade cerebral , bem como incapacidades associadas) - Marcado prejuízo motor e déficits associados  Retardo mental profundo – desempenho intelectual menos que 25 em testes padronizados de inteligência, QI (compreensão e uso da linguagem limitados a entender comandos simples e fazer pedidos simples) - Função adaptativa é variável e certas habilidades visoespaciais , como combinar e escolher, podem ser adquiridas através de orientação e supervisão
  • 137. 137 • Arnold, L.E e Jensen, P.S. – Transtorno de Déficit de Atenção. In: Tratado de Psiquiatria – Kaplan, H.I e Sadock B. Vol 3 – Porto Alegre. ArtMed 1999. • Carlson, G.A. e Abbot,S.F. – Transtornos do Humor e suicídio. In: Tratado de Psiquiatria – Kaplan, H.I e Sadock B. Vol 3 – Porto Alegre. ArtMed 1999. • Bregman, J.D e Harris, J.C. – Retardo Mental. In: Tratado de Psiquiatria – Kaplan, H.I e Sadock B. Vol 3 – Porto Alegre. ArtMed 1999. • Fletcher, J.M.; Lyons, G.R.; Fuchs, L.S. e Barnes, M.A. - Transtornos de Aprendizagem - Da identificação à Intervenção. Porto Alegre - ArtMed ; 2009.
  • 139. 139 Créditos Profa. Dra.Cristiana Castanho Rocca Psicóloga do Serviço de Psicologia e Neuropsicologia do IPq- HC-FMUSP Aulas: “Transtorno do Déficit de Atenção e Transtornos de Aprendizagem” “Neuropsicologia da Depressão e Estados Ansiosos