2. Unidade 2 – Crises e guerras
• Nesta Unidade:
• Europa e Estados Unidos nos anos1920
• A quebra da Bolsa de Nova York
• A Grande Depressão
• O New Deal
• Itália fascista
• O nazismo alemão
• Antissemitismo nazista
• A Segunda Guerra Mundial
• A bomba atômica
• O governo Vargas: reformas sociais e
industrialização
• Constitucionalistas, comunistas e
integralistas
• A ditadura do Estado Novo
3. Capítulo 4
A crise de 1929 e o New Deal
A crise nos Estados Unidos se espalhou por todos
os países integrados ao mercado internacional, como
os da Europa e da América Latina.
Nos Estados Unidos, a quebra da Bolsa foi seguida
pela falência de milhares de empresas, desemprego
em massa e queda nos preços das mercadorias. Em
pânico, a população retirou seu dinheiro dos bancos,
resultando na falência de milhares deles. Em 1929
havia cerca de 25 mil bancos no país. Em 1933
sobraram 15 mil.
4. O New Deal
Nas eleições presidenciais de 1932, o vencedor foi o candidato Franklin Delano
Roosevelt, do Partido Democrata. O novo presidente reuniu um grupo de notáveis
economistas para assessorá-lo, e eles reconheceram a necessidade da intervenção do
governo na economia, abandonando o liberalismo econômico. Era o New Deal, o
“novo pacto”.
O governo deveria intervir na economia para criar empregos. Assim, os
trabalhadores teriam poder de compra, consumindo mercadorias, e as fábricas
voltariam às suas atividades produtivas.
A primeira medida do governo foi garantir o funcionamento dos bancos que não
faliram. Para evitar o retorno da especulação desenfreada, estabeleceu regras rígidas
para os setores bancário e financeiro, bem como para as bolsas de valores. Pelas
rádios, Roosevelt incentivou a população a depositar novamente seu dinheiro nos
bancos. Com isso, garantiu, ainda que precariamente, o funcionamento do sistema
bancário.
5. Capítulo 5
Ascensão do fascismo e do nazismo
O fascismo e o nazismo eram irmãos. Os movimentos começaram em 1919 em países
em que a população acreditava ter sido lesada pelos tratados realizados após a Primeira
Guerra. A Alemanha, derrotada, passava por dificuldades econômicas e lutas sociais. A
Itália, embora vencedora, ficou de mãos vazias, sem nenhuma vantagem.
Em 1921, Mussolini transformou sua milícia no Partido Nacional Fascista Italiano.
Passou a contar com recursos dos capitalistas e apoio dos latifundiários. Os fascistas se
aproveitaram do pavor das classes dominantes do capitalismo italiano para angariar
recursos e conquistar o poder. A classe média urbana apoiou com entusiasmo essa
aliança. O partido fascista logo chegou aos 200 mil filiados, elegendo 35 deputados para
o parlamento.
6. Alemanha nazista
O movimento nazista ainda era muito fraco, a
burguesia alemã ainda não estava convencida de
que aquele ex-cabo do exército era capaz de deter
os comunistas. Hitler, por sua vez, ficou apenas
alguns meses preso. Seu anticomunismo e seu
nacionalismo fervoroso fizeram com que ele fosse
condenado à pena mínima.
7. Capítulo 6
A Segunda Guerra Mundial
A Alemanha nazista queria guerra. Desde que assumiu o governo, Hitler
estimulou o rearmamento do país. Inglaterra e França preferiram ignorar
as intenções alemãs, pois viam nos regimes fascista e nazista uma barreira
contra o expansionismo soviético na Europa.
As democracias da Europa não aperceberam que aquelas ditaduras,
sobretudo a alemã, também poderiam se voltar contra elas. Hitler e
Mussolini detestavam tanto o comunismo quanto a democracia. Os líderes
das democracias ocidentais erraram o cálculo.
8. O avanço nazista
Os alemães arrasaram a Polônia e logo iniciaram a perseguição aos judeus
daquele país. Confiscaram seus bens e obrigaram todos a se mudar para bairros
especiais, cercados por muralhas – os guetos. As condições eram péssimas.
O resto da família de Solomon Perel foi obrigado a se mudar para um gueto na
cidade de Lodz. Seu pai morreu ali mesmo. Sua mãe e sua irmã foram, mais tarde,
eliminadas, como quase todos os judeus dos países ocupados.
9. Capítulo 7
Governo Vargas e reformas sociais no Brasil
Desde a Revolução de 1930, ocorrida em outubro daquele ano, o Brasil era
governado por Getúlio Vargas. O Congresso Nacional foi fechado.
O novo governo recebeu o nome de Governo Provisório, pois seria exercido
somente até que uma nova Constituição fosse elaborada e, por eleições, fosse
formado um governo constitucional.
10. O Governo Constitucional
No dia 16 de julho de 1934, os integrantes da Assembleia Nacional Constituinte
promulgaram a nova Constituição, que definia a democracia liberal ou democracia
representativa como o novo regime político do Brasil. A nova Constituição garantiu os
direitos políticos dos brasileiros, como o de votar e ser votado e formar partidos
políticos. Também garantiu a liberdade de imprensa e de todos expressarem livremente
sua opinião e se organizar. As leis trabalhistas foram mantidas.
A instituição do voto secreto e da Justiça Eleitoral dificultaram a ocorrência de
fraudes eleitorais e as mulheres conquistaram o direito ao voto. As eleições eram para
todos os níveis, inclusive para presidente da República, mas a primeira eleição
presidencial ficou restrita ao Congresso Nacional. Getúlio Vargas foi eleito presidente da
República pelos quatro anos seguintes. O Governo Provisório havia chegado ao fim e
era iniciado outro governo de Vargas: o Governo Constitucional.
11. Em resumo
Em 28 de janeiro de 1943, o então presidente dos Estados Unidos, Franklin Delano
Roosevelt, desembarcou em Natal, no Rio Grande do Norte. Ele se encontrou com o
presidente Getúlio Vargas. A visita foi registrada em fotos e, posteriormente, na pintura
reproduzida nesta abertura. O mundo vivia uma fase muito conturbada. Em 1929, teve
início nos Estados Unidos uma crise econômica que quase destruiu as bases do
capitalismo. Na Europa, vários países adotaram alternativas antidemocráticas, como o
fascismo e o nazismo. O nazismo, por sua vez, provocou uma guerra de proporções
mundiais. O Brasil não ficou afastado dos conflitos econômicos e políticos que abalavam
o mundo. O governo Vargas, embora autoritário, enviou tropas para lutar ao lado dos
regimes democráticos contra as forças do fascismo e do nazismo.
12. Mãos à obra
O nazismo moveu campanhas de todo tipo contra formas de expressão cultural que não se
encaixavam nos ideais de um Estado forte, amante da guerra e inimigo dos judeus.
Em 1933, o ministro da Propaganda, Joseph Goebbels, organizou uma grande queima de livros, em
várias universidades e praças, escritos por judeus ou defensores de valores considerados antigermânicos.
Em 1937, o mesmo ministro patrocinou exposições de pinturas consideradas “arte degenerada”, isto é,
arte decadente, contrária à beleza, ao espírito guerreiro e aos valores do povo alemão.
Analisem, os dois quadros abaixo e identifiquem qual deles exprime a arte valorizada pelo nazismo e
qual representa o que os nazistas chamavam de “arte degenerada”.