O documento discute a crise ambiental atual causada pela exploração irracional dos recursos naturais em nome do desenvolvimento econômico. Isso resultou no aquecimento global, que tem provocado o degelo das calotas polares, secas, tempestades e outros problemas. A educação ambiental é apresentada como fator indispensável para promover uma relação sustentável entre homem e natureza, atuando como agente de transformação cultural e social. O texto usa como exemplo projetos de educação ambiental desenvolvidos pela Faculdade de Ciências Gerenciais de São
1. Atualmente a sociedade vive tempos de sérias crises econômica e
política, e com o meio ambiente não é diferente. O cenário ambiental
constitui-se de ambientes degradados, poluídos e explorados inade-
quadamente, há o consenso de que este fato é fruto da exploração irra-
cionaldosrecursosnaturaisemnomedodesenvolvimentoeconômico.
Como consequência de mais de 200 anos desta exploração, que
teve seu início no século XVIII com a Revolução Industrial, tem-se hoje
o quadro de mudanças climáticas que acarreta grandes problemas
para a humanidade, como por exemplo, o aquecimento global. Este
trata-se do processo do aumento da temperatura do planeta ocasio-
nado principalmente por atividades humanas, que através da quei-
ma de combustíveis fósseis, como o petróleo, carvão mineral, entre
outros, produzem substâncias como o dióxido de carbono (CO²) e são
depositados na atmosfera colaborando para uma maior retenção dos
raios solares na superfície terrestre e intensificando o efeito estufa.
O efeito estufa é um fenômeno natural, que retém o calor dos raios
solares na atmosfera da terra para manter sua temperatura estável,
porém com o aumento da poluição e do desmatamento, o efeito estu-
fa tem se intensificado provocando o aquecimento do planeta, o que
é chamado de Aquecimento Global. As consequências desse aumento
da temperatura nos últimos 150 anos tem gerado o degelo das calotas
polares, o que eleva o nível dos mares, secas intensas, tempestades,
furacões, etc., problemas que tem atingido muitas regiões em todo o
globo, ou seja, uma mudança drástica do clima, que tem provocado o
fim de vários ecossistemas e também a morte de muitas pessoas.
Diante deste quadro ambiental, ficam os questionamentos: “Seria
ético manter os modos de vida e desenvolvimento econômico atuais?
Qual o caminho para solucionar tais problemas? Assim, este artigo tem
a finalidade de refletir sobre algumas práticas sociais e instigar a uma
Prof. Aline Marques Barbosa
Especialista em Educação Ambiental e
Responsabilidade Social, Administradora de
empresas. Docente no curso de
Administração da FACIG, nas disciplinas de
Gestão do Meio Ambiente e Logística
de Produção. Coordenadora de Estágios.
Docente na Etec Pedro Badran.
Rua Maria Rosa da Silva, 151, Jardim Paraíso,
São Joaquim da Barra, SP - (16) 3818-3271
EDUCAÇÃO AMBIENTAL COMO ALTERNATIVA PARA O
DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL
nova postura comportamental neste contexto de degradação ambi-
ental.
Em se tratando de comportamento social, a educação ambiental
se torna fator indispensável para promover uma relação mais saudável
entre homem e natureza na busca do desenvolvimento sustentável,
que visa equilibrar os aspectos de crescimento econômico, valorização
da sociedade e respeito ao meio ambiente. A Educação Ambiental é
constituída por valores sociais, informações e ações voltadas para a
conservação ambiental e sua sustentabilidade, atuando como agente
de transformação através de diálogos e reflexões interdisciplinares nos
modos formal e informal de ensino, buscando uma sociedade mais
sustentável e que possa contribuir para uma melhor qualidade de vida
das futuras gerações.
Ainda neste entendimento, Mousinho (2003), colabora afirmando
que a Educação Ambiental é um processo em que se busca despertar
a preocupação individual e coletiva para a questão ambiental, garan-
tindo o acesso à informação em linguagem adequada, contribuindo
para o desenvolvimento de uma consciência crítica e estimulando o
enfrentamento das questões ambientais e sociais. Desenvolve-se num
contexto de complexidade, procurando trabalhar não apenas a mu-
dança cultural, mas também a transformação social, assumindo a crise
ambiental como uma questão ética e política.
Dessa forma, seria totalmente antiético, depois de tomar consciência da
referente situação ambiental, não assumir seu papel como cidadão e colocar
empráticaaçõesquebeneficiemanatureza.Paratanto,sefaznecessárioque
os diversos atores da sociedade (poder público, cidadãos, empresas, igrejas,
instituiçõesdeensino,etc)façamsuaparte.
Há seis anos a Faculdade de Ciências Gerenciais de São Joaquim da
Barra-FACIG, desenvolve projetos de Educação Ambiental junto ao seu
corpo discente. A prática de ações voltadas para a melhoria do meio
ambiente na formação de seus alunos tem sido uma preocupação na
inserção de profissionais capacitados e conscientes ecologicamente
no mercado de trabalho, projetos como “Plante uma árvore” e “Coleta
Seletiva Facig” tem possibilitado que seus alunos e professores levem
este conhecimento para toda a comunidade de São Joaquim da Barra,
contribuindo para uma mudança cultural e a para uma transformação
social justa e ambientalmente equilibradas através da educação am-
biental.
Fontecitada:MOUSINHO, P. Glossário. In:Trigueiro, A. (coord.) Meio am-
biente no século 21. Rio de Janeiro: Sextante. 2003.