SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 26
Proteólise intracelular
Sumário dos Sistemas Proteolíticos Intracelulares
Sistema

Localização

Especificidade/Substrato/Função

Lisossomo

Citoplasma

Degradação intracelular de proteínas por endocitose.

Ubiquitinaproteassoma (UPS)

Citoplasma, Núcleo, Co
mpartimentos

Ação sobre muitas proteínas intracelulares, bem como
degrada a maioria das proteínas danificadas/unfolding.
Via dependente de ATP.

Via dependente
Cálcio - Calpaínas

Citoplasma

Degrada proteínas do citoesqueleto.

Cascata das
Caspases

Citoplasma

Relacionadas a apoptose celular e com as vias de resposta
do sistema imune/citocinas/TNFs.
São reguladas pos-traducionalmente.

Proteinases
Mitocondriais

Mitocôndrias

Degradam proteínas mitocondriais oxidadas. Degradação
parcial de proteínas para importação do citoplasma para
mitocôndria e vice-versa (dependente de UPS).

Proteinases de
Membranas

Retículo
Endoplasmático (ER),
Membrana plasmática
e Mitocôndria

Degradação parcial de proteínas secretadas, endocitadas e
importadas. Degradação de proteínas defeituosas, recém
sintetizadas.

Modificado de: Donohue, TM Jr & Osna NA. Alcohol Res. Health, 2004: 27(4).
Funções Biológicas específicas : Via Ubiquitina-proteassoma
• REGULADORES DO CICLO CELULAR: proteínas que são ubiquitinadas e endereçadas para proteólise

cumprem um papel essencial para as células que fazem parte de vias regulatórias. Ex. ubiquitinação das
ciclinas durante a fase G1 da mitose.

• PROMOVE FATORES PARA LINFÓCITOS: estimulando a diferenciação dos linfócitos B e T.

• EXPORTAÇÃO E IMPORTAÇÃO PROTEÍNAS: intracelularmente. Ex.

Monoamina oxidase A e B,

dependentes de ATP e que são associadas com outras proteínas de membranas para entrar e sair de
mitocondrias.

• HEAT SCHOCK PROTEINS: como resposta rápida ao aumento de temperatura, observa-se um
aumentando da expressão gênica de ubiquitinas, promovendo um aumento na degradação de proteínas
que perderam a conformação e que não voltaram a sua conformação funcional, mesmo com a assitencia
ou não das chaperonas, evitando oxidação celular.

• FATORES PARA COMPONENTES NEURONAIS: a via tem funções importantes para degradação de proteínas

que perderam a sua

conformação e/ou formação de agregados (fibras) no sistama nervoso central.

Principalmente de pessoas cometidas por doenças neurodegenarativas como Alzheimer, Parkinson,
Machado-Joseph, Síndrome de Rett, Doença de Huntington, entre outras.
Funções Biológicas específicas : Via Ubiquitina-proteassoma

• APARATO IMUNITÁRIO: ubiquitinação de proteínas como resposta imune-primária.

• REGULAÇÃO DA EXPRESSÃO GÊNICA DE HISTONAS H2A: mono-ubiquitinação de regiões transcritas
sendo desviadas do endereçamento para proteólise, sugere que a ubiquitina pode influenciar na
expressão gênica.

• MANUTENÇÃO DA ESTRUTURA DA CROMATINA: histonas H2A que são mono-ubiquitiniladas, e não
proteolisadas, sugerindo que a ubiquitina pode ter influência na conformação da cromatina.

• ATUAÇÃO EM IMUNOFILINAS: ubiquitina atua em ligações com FK506 e rapamicinas promovendo uma
ação inibitória da fosfatase calcineurina (proteína que se liga ao cálcio e a calmodulina do SNC).
Recentemente, mostrou-se que a calcineurina desfosforila várias fosfoproteínas, incluindo histonas,
cadeia leve da miosina e a subunidade reguladora da proteína quinase dependente de cAMP.
Funções Biológicas específicas : Via Ubiquitina-proteassoma

•IMUNOMODULADORA – alguns estudos noticiaram que fragmentos de ubiquitina podem trabalhar do lado de

fora das célula, especialmente os resíduos 51-59, como biopolímeros, podem diminuir uma resposta imune
humoral e celular. Alguns análogos da ubiquitina podem ser comparáveis a ciclosporina A ou FK506, usados
como drogas imunosuppressoras para pessoas transplantadas.

•BIOGÊNESE DE RIBOSSOMOS – ubiquitina é expressada frequentemente em células como copia única fusionadas
a algumas proteínas rbossomais, como L40 ou S27A. Após a tradução as proteínas fusionadas são clivadas
da ubiquitina.

• REPARO DE DNA – genes implicados nas respostas ao estresse genotóxico relacionado ao sistema do retículo
endoplasmático (ERAD) têm funções ligadas a via ubiquitina-proteassoma e com UPR (unfolded protein

response). Vlachostergios PJ, Patrikidou A, Daliani DD, Papandreou CN. 2009. The Ubiquitin-Proteasome System in cancer, a major player
in DNA Repair. Part 1: Post-translational regulation. J Cell Mol Med.
Via Ubiquitina-proteassoma
Função Biológica GERAL
• Ubiquitinação de proteínas e endereçamento para degradação no proteassoma.
30% das proteínas recém-sintetizadas de uma
célula sofrem regulação proteolítica pela via da

ubiquitina-proteassoma, por serem reprovadas
pelo rigoroso controle de qualidade intracelular.
Essa via é “balanceada” pela presença de
chaperonas do citoplasma e do núcleo, pois
muitas proteínas precisam do unfolding/folding

protéico para exercer as suas funções dentro da
célula, antes que sejam marcadas e endereçadas a
degradação.

Cam Patterson (2006). Search and destroy: the role of
protein quality control in maintaining cardiac function.
Editorial. JMCC (40).
A molécula da Ubiquitina
 76 aminoácidos de 85 kDa
 Conservada nos eucariotos (difere no máximo em 4 aa).
 Presente no citosol, núcleo e demais compartimentos.
 Grande tolerância a mudanças de pH e temperatura.
 Podem se ligar formando cadeias poliubiquitinas
(ligação ocorre entre os resíduos Gly76 +
Lys48, podendo ocorrer mais de uma vez formando di-

tri-tetraubiquitinas. (Kim JH et al, 2003).
 É sintetizada diretamente pelos ribossomos.


Enzimas – Ubiquitinação
Quatro enzimas são necessárias para a ubiquitinação:
E1 - enzima ativadora da ubiquitina
E2 - enzima conjugadora da ubiquitina
E3 - ubiquitina ligase (mais específica/substrato)
E4/E3 - coopera com a E3 para extender a cadeia de poliubiquitina (mais rara).
Enzimas - Ubiquitinação
E1 – enzima ATIVADORA da ubiquitina
• O enzima E1 é codificada por um único Gene.
Sua deleção provoca inviabilidade celular, embora em mamíferos sejam conhecidas duas
isoformas, E1a e E1b, que resultam da iniciação da tradução em dois locais diferentes.
• O primeiro passo de ubiquitinação envolve a formação de um adenilato de ubiquitina
intermediário (concomitante hidrólise de ATP) e a transferência da ubiquitina ativada para o
grupo tiol da cisteína do centro ativo do enzima E1 (com a libertação de AMP).
• Cada enzima E1 pode no máximo transportar duas moléculas de ubiquitina, uma como tiol-éster
e outra como adenilato.
• A ubiquitina ativada é transferida para a cisteína do centro ativo de E2.
Enzimas - Ubiquitinação
E2 – enzima CONJUGADORA da ubiquitina
• Ao contrário de E1, cada célula contém muitas enzimas E2. Em Saccharomyces são 11 capazes
de transportar ubiquitina, enquanto que em mamífero são conhecidas mais de 30.
• Possuem um domínio muito conservado (UBC – ubiquitin conjugation) com cerca de 150

resíduos de aminoácidos contendo uma cisteína que é o centro aceptor da ubiquitina
ativada por E1.
• As diferenças situam-se nas regiões dos terminais N e C, podendo alguns casos existirem
inserções no domínio UBC.

• Estas sequências estão envolvidas na interação com os enzimas E3.
Enzimas - Ubiquitinação
E3 – ligases de ubiquitina
•

Enquanto que os enzimas E2 têm grande semelhança nas suas sequências e estruturas, os enzimas E3 são
pouco semelhantes entre si, em parte porque estes são responsáveis pelo reconhecimento de sinais de
destruição nas proteínas/substrato.

•

Existem duas classes distintas de E3.

• A primeira classe é caracterizada por ter um domínio designado HECT (homologous to the E6-AP protein

C-terminus). A proteína E6-AP foi a primeira ligase identificada desta classe e foi descoberta por participar
na degradação da proteína supressora de tumores P53 ao interagir com a proteína E6 do papilomavírus
humano. O domínio HECT é constituído por 80 resíduos de aminoácidos e inclui a cisteína do centro ativo
que forma uma ligação tiol com a ubiquitina.
• A segunda classe de E3 é definida pela existência de um domínio RING finger, assim designado porque o
gene que codifica a primeira proteína descrita contendo este domínio tem o nome de "really interesting

gene 1". O domínio RING finger possui a capacidade de quelar dois Íons de zinco, através dos seus 8 locais
de coordenação constituídos por histidinas e cisteínas, e medeia interações com as proteínas E2.
Enzimas - Ubiquitinação
E3 – ligases de ubiquitina
•

As proteínas E3 pertencentes a última classe facilitam a transferência direta de ubiquitina de enzimas E2
para os substratos sem o envolvimento de um intermediário tiol-éster E3-Ub, como acontece com as E3 do
tipo HECT. Encontram-se nesta situação UBL ligases envolvidas no ciclo celular como os complexos APC
(anaphase promoting complex), uma E3 constituída por várias subunidades que permite a progressão do
ciclo de divisão celular em vários pontos) e SCF-RING (E3 constituída por Skp1/Skp2, Culina, uma

subunidade variável com um domínio designado por proteínas F-box ou SOCS). Acumulando evidencias que
indicam a adicional modulação de fatores da proteólise sobre os substratos poli ou monoubiquiotinados.
Pines J & Lindon C. 2005. Proteolysis: anytime, any place anywhere? (Perspective). Nature Cell Biol.: 8(7).
Enzimas Ubiquitinação
Proteolítica e Não Proteolítica
Diferentes vias /funções UPS
a) Proteassoma dependente da
degradação de proteínas para
síntese de “novo”;
b) Mono ou oligoubiquitinação
(dependente de enzimas
regulatórias da via) para
endereçamento ao endossomo ou

lisossomo.
c) Monoubiquitinação endereçando a
proteína do citosol para o interior
do núcleo. Essa via é dependente de
chaperonas nucleares HSP60 que
mantém o folding protéico após a
sua entrada.

d) Modificação simples feita pela enzima
UBL (E3) na proteína, como a SUMO,
pode endereçar tanto para proteínas
do poro de membrana (NPC) como
para o interior do núcleo.
e) Poliubiqutinação de proteínas,
endereçando proteínas para o
núcleo, como a Proteína Y, que pode
regular fatores transcricionais,
direta ou indiretamente.
Proteassoma: o coadjuvante da via UPS
A degradação de proteínas
• As proteínas multi-ubiquitiniladas são degradadas pelo proteassoma 26S.
• É uma protease multimérica dependente de ATP com 2000 kDa, constituída por dois
complexos regulatórios 19S (α) e por um complexos catalítico de 700 kDa, designado

por proteassoma 20S (β). Este ultimo pode apresentar diferentes composições e
rearranjos proteolíticas, conforme a espécie. Está presente desde arqueobactérias até os
mamíferos.
Especificidade do Proteassoma
Função de ligação e reconhecimento da Ubiquitina = 19S
• O proteassoma 19S faz a parte de reconhecimento de proteínas somente
ubiquitinadas.
• Desenrrolameno protéico.

• Translocação para o interior da câmara catalítica 20S.

Função catalíticas do proteassoma = 20S
• O proteassoma 20S faz a parte de reconhecimento de proteínas somente
ubiquitinadas.
• Está disposto em forma de cilindro complexo, com 2 tipos de subunidades α e β
formando um heptâmero com centro catalítico internalizado com 3 funções
catalíticas diferentes:
1. ATIVIDADE PÓS-ACÍDICA (clivagem de ligação peptídica após resíduo ácido);
2. ATIVIDADE TRÍPTICA (clivagem após um resíduo básico);
3. ATIVIDADE QUIMOTRÍPTICA (clivagem após resíduo hidrofóbico).
Especificidade do Proteassoma

Alfred L. Goldberg. On Prions, Proteasomes, and Mad Cows.
N Engl J Med. 2007 Sep 13; 357(11).
O balanço delicado do Proteassoma
Controle de Qualidade de Proteínas
Controle de Qualidade de Proteínas
Controle de Qualidade de Proteínas
Caracterização Estrutura
Caracterização Estrutura
Animando a Via Ubiquitina-proteassoma

Huda Y Zoghbi. Howard Hugues Medical Institute (HHMI).
Grupo de Estudos de Doenças Neurodegenerativas, Maryland/EUA.
HHMI Internacional Research Scholars in Infectious Diseases and Parasitology 2005,
Lisbon-Portugal.

Mais conteúdo relacionado

Mais procurados

2o ano - célula - parte 2 - proteínas
2o ano -  célula - parte 2 - proteínas2o ano -  célula - parte 2 - proteínas
2o ano - célula - parte 2 - proteínasSESI 422 - Americana
 
Proteina_aula1.ppt
Proteina_aula1.pptProteina_aula1.ppt
Proteina_aula1.pptlufonco
 
Biologia Molecular e Celular - Aula 8
Biologia Molecular e Celular - Aula 8Biologia Molecular e Celular - Aula 8
Biologia Molecular e Celular - Aula 8Gustavo Maia
 
Proteínas- Bromatologia
Proteínas- BromatologiaProteínas- Bromatologia
Proteínas- BromatologiaRenata Carvalho
 
Algumas funções das proteínas
Algumas funções das proteínasAlgumas funções das proteínas
Algumas funções das proteínasManujolibie
 
Plastos e mitocondrias 5 a
Plastos e mitocondrias 5 aPlastos e mitocondrias 5 a
Plastos e mitocondrias 5 aCésar Milani
 
Biologia Molecular e Celular - Aula 9
Biologia Molecular e Celular - Aula 9Biologia Molecular e Celular - Aula 9
Biologia Molecular e Celular - Aula 9Gustavo Maia
 
Mitocondrias slide
Mitocondrias slideMitocondrias slide
Mitocondrias slidemauramf
 
Enzima, Natureza e ação nos alimentos.
Enzima, Natureza e ação nos alimentos.Enzima, Natureza e ação nos alimentos.
Enzima, Natureza e ação nos alimentos.Geraldo Henrique
 
Aula de comunicação celular
Aula de comunicação celularAula de comunicação celular
Aula de comunicação celularBeatriz Ramalho
 
As proteínas composição, estrutura e funções
As proteínas composição, estrutura e funções As proteínas composição, estrutura e funções
As proteínas composição, estrutura e funções Hugo Carvalho
 
Proteínas e enzinas
Proteínas e enzinasProteínas e enzinas
Proteínas e enzinasAmanda Góes
 

Mais procurados (20)

Aula Proteinas
Aula ProteinasAula Proteinas
Aula Proteinas
 
2o ano - célula - parte 2 - proteínas
2o ano -  célula - parte 2 - proteínas2o ano -  célula - parte 2 - proteínas
2o ano - célula - parte 2 - proteínas
 
Proteina_aula1.ppt
Proteina_aula1.pptProteina_aula1.ppt
Proteina_aula1.ppt
 
Proteínas composição e estrutura
Proteínas composição e estruturaProteínas composição e estrutura
Proteínas composição e estrutura
 
Biologia Molecular e Celular - Aula 8
Biologia Molecular e Celular - Aula 8Biologia Molecular e Celular - Aula 8
Biologia Molecular e Celular - Aula 8
 
Proteínas- Bromatologia
Proteínas- BromatologiaProteínas- Bromatologia
Proteínas- Bromatologia
 
Proteínas
Proteínas   Proteínas
Proteínas
 
Sangue
SangueSangue
Sangue
 
Algumas funções das proteínas
Algumas funções das proteínasAlgumas funções das proteínas
Algumas funções das proteínas
 
Proteínas química orgânica
Proteínas química orgânicaProteínas química orgânica
Proteínas química orgânica
 
Plastos e mitocondrias 5 a
Plastos e mitocondrias 5 aPlastos e mitocondrias 5 a
Plastos e mitocondrias 5 a
 
Biologia Molecular e Celular - Aula 9
Biologia Molecular e Celular - Aula 9Biologia Molecular e Celular - Aula 9
Biologia Molecular e Celular - Aula 9
 
Frente 3 módulo 9 Mitocôndria e Respiração
Frente 3 módulo 9 Mitocôndria e RespiraçãoFrente 3 módulo 9 Mitocôndria e Respiração
Frente 3 módulo 9 Mitocôndria e Respiração
 
Mitocondrias slide
Mitocondrias slideMitocondrias slide
Mitocondrias slide
 
Enzima, Natureza e ação nos alimentos.
Enzima, Natureza e ação nos alimentos.Enzima, Natureza e ação nos alimentos.
Enzima, Natureza e ação nos alimentos.
 
Proteinas
ProteinasProteinas
Proteinas
 
PROTEASE
PROTEASEPROTEASE
PROTEASE
 
Aula de comunicação celular
Aula de comunicação celularAula de comunicação celular
Aula de comunicação celular
 
As proteínas composição, estrutura e funções
As proteínas composição, estrutura e funções As proteínas composição, estrutura e funções
As proteínas composição, estrutura e funções
 
Proteínas e enzinas
Proteínas e enzinasProteínas e enzinas
Proteínas e enzinas
 

Semelhante a Sistemas Proteolíticos Intracelulares

Captura de Tela 2023-09-27 à(s) 23.32.37.pdf
Captura de Tela 2023-09-27 à(s) 23.32.37.pdfCaptura de Tela 2023-09-27 à(s) 23.32.37.pdf
Captura de Tela 2023-09-27 à(s) 23.32.37.pdfVaneSilva20
 
Biologia Molecular e Celular - Aula 5
Biologia Molecular e Celular - Aula 5Biologia Molecular e Celular - Aula 5
Biologia Molecular e Celular - Aula 5Gustavo Maia
 
Ciclo celular e mitose.pdf
Ciclo celular e mitose.pdfCiclo celular e mitose.pdf
Ciclo celular e mitose.pdfMiguel Fernandes
 
Membrana e transporte
Membrana e transporteMembrana e transporte
Membrana e transporteDaiane Costa
 
Mitcondria e cloroplasto
Mitcondria e cloroplastoMitcondria e cloroplasto
Mitcondria e cloroplastowagnermaximo
 
movimentostransmembranares.doc
movimentostransmembranares.docmovimentostransmembranares.doc
movimentostransmembranares.doc?
 
Sistema de endomembranas_e_secreção_celular_MED.pptx
Sistema de endomembranas_e_secreção_celular_MED.pptxSistema de endomembranas_e_secreção_celular_MED.pptx
Sistema de endomembranas_e_secreção_celular_MED.pptxGustavoVieiradeOlive2
 
Membrana E Transporte
Membrana E TransporteMembrana E Transporte
Membrana E TransporteNutricionista
 
10 membrana celular2[1]
10 membrana celular2[1]10 membrana celular2[1]
10 membrana celular2[1]Rafaele Sousa
 
10 membrana celular2[1]
10 membrana celular2[1]10 membrana celular2[1]
10 membrana celular2[1]Rafaele Sousa
 
MEMBRANAS.pdf
MEMBRANAS.pdfMEMBRANAS.pdf
MEMBRANAS.pdfLoMaia7
 

Semelhante a Sistemas Proteolíticos Intracelulares (20)

Mitocôndrias
MitocôndriasMitocôndrias
Mitocôndrias
 
Captura de Tela 2023-09-27 à(s) 23.32.37.pdf
Captura de Tela 2023-09-27 à(s) 23.32.37.pdfCaptura de Tela 2023-09-27 à(s) 23.32.37.pdf
Captura de Tela 2023-09-27 à(s) 23.32.37.pdf
 
Bioquímica aplicada à Nanotoxicologia
Bioquímica aplicada à NanotoxicologiaBioquímica aplicada à Nanotoxicologia
Bioquímica aplicada à Nanotoxicologia
 
Proteínas
ProteínasProteínas
Proteínas
 
Biologia Molecular e Celular - Aula 5
Biologia Molecular e Celular - Aula 5Biologia Molecular e Celular - Aula 5
Biologia Molecular e Celular - Aula 5
 
Ciclo celular e mitose.pdf
Ciclo celular e mitose.pdfCiclo celular e mitose.pdf
Ciclo celular e mitose.pdf
 
Revista biologia
Revista biologiaRevista biologia
Revista biologia
 
Membrana e transporte
Membrana e transporteMembrana e transporte
Membrana e transporte
 
Mitcondria e cloroplasto
Mitcondria e cloroplastoMitcondria e cloroplasto
Mitcondria e cloroplasto
 
movimentostransmembranares.doc
movimentostransmembranares.docmovimentostransmembranares.doc
movimentostransmembranares.doc
 
Membranas de Transportes
Membranas de TransportesMembranas de Transportes
Membranas de Transportes
 
Sistema de endomembranas_e_secreção_celular_MED.pptx
Sistema de endomembranas_e_secreção_celular_MED.pptxSistema de endomembranas_e_secreção_celular_MED.pptx
Sistema de endomembranas_e_secreção_celular_MED.pptx
 
Tubulina
TubulinaTubulina
Tubulina
 
Portfolio enzimas
Portfolio enzimasPortfolio enzimas
Portfolio enzimas
 
Proteinas
ProteinasProteinas
Proteinas
 
Membrana E Transporte
Membrana E TransporteMembrana E Transporte
Membrana E Transporte
 
10 membrana celular2[1]
10 membrana celular2[1]10 membrana celular2[1]
10 membrana celular2[1]
 
10 membrana celular2[1]
10 membrana celular2[1]10 membrana celular2[1]
10 membrana celular2[1]
 
Resumo pas 1 em
Resumo pas 1 emResumo pas 1 em
Resumo pas 1 em
 
MEMBRANAS.pdf
MEMBRANAS.pdfMEMBRANAS.pdf
MEMBRANAS.pdf
 

Último

DeClara n.º 75 Abril 2024 - O Jornal digital do Agrupamento de Escolas Clara ...
DeClara n.º 75 Abril 2024 - O Jornal digital do Agrupamento de Escolas Clara ...DeClara n.º 75 Abril 2024 - O Jornal digital do Agrupamento de Escolas Clara ...
DeClara n.º 75 Abril 2024 - O Jornal digital do Agrupamento de Escolas Clara ...IsabelPereira2010
 
GÊNERO TEXTUAL - TIRINHAS - Charges - Cartum
GÊNERO TEXTUAL - TIRINHAS - Charges - CartumGÊNERO TEXTUAL - TIRINHAS - Charges - Cartum
GÊNERO TEXTUAL - TIRINHAS - Charges - CartumAugusto Costa
 
PRÉDIOS HISTÓRICOS DE ASSARÉ Prof. Francisco Leite.pdf
PRÉDIOS HISTÓRICOS DE ASSARÉ Prof. Francisco Leite.pdfPRÉDIOS HISTÓRICOS DE ASSARÉ Prof. Francisco Leite.pdf
PRÉDIOS HISTÓRICOS DE ASSARÉ Prof. Francisco Leite.pdfprofesfrancleite
 
CRUZADINHA - Leitura e escrita dos números
CRUZADINHA   -   Leitura e escrita dos números CRUZADINHA   -   Leitura e escrita dos números
CRUZADINHA - Leitura e escrita dos números Mary Alvarenga
 
ENSINO RELIGIOSO 7º ANO INOVE NA ESCOLA.pdf
ENSINO RELIGIOSO 7º ANO INOVE NA ESCOLA.pdfENSINO RELIGIOSO 7º ANO INOVE NA ESCOLA.pdf
ENSINO RELIGIOSO 7º ANO INOVE NA ESCOLA.pdfLeloIurk1
 
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...azulassessoria9
 
Bullying - Texto e cruzadinha
Bullying        -     Texto e cruzadinhaBullying        -     Texto e cruzadinha
Bullying - Texto e cruzadinhaMary Alvarenga
 
VARIEDADES LINGUÍSTICAS - 1. pptx
VARIEDADES        LINGUÍSTICAS - 1. pptxVARIEDADES        LINGUÍSTICAS - 1. pptx
VARIEDADES LINGUÍSTICAS - 1. pptxMarlene Cunhada
 
Dicionário de Genealogia, autor Gilber Rubim Rangel
Dicionário de Genealogia, autor Gilber Rubim RangelDicionário de Genealogia, autor Gilber Rubim Rangel
Dicionário de Genealogia, autor Gilber Rubim RangelGilber Rubim Rangel
 
Slides Lição 04, Central Gospel, O Tribunal De Cristo, 1Tr24.pptx
Slides Lição 04, Central Gospel, O Tribunal De Cristo, 1Tr24.pptxSlides Lição 04, Central Gospel, O Tribunal De Cristo, 1Tr24.pptx
Slides Lição 04, Central Gospel, O Tribunal De Cristo, 1Tr24.pptxLuizHenriquedeAlmeid6
 
Aula de História Ensino Médio Mesopotâmia.pdf
Aula de História Ensino Médio Mesopotâmia.pdfAula de História Ensino Médio Mesopotâmia.pdf
Aula de História Ensino Médio Mesopotâmia.pdfFernandaMota99
 
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...azulassessoria9
 
Considere a seguinte situação fictícia: Durante uma reunião de equipe em uma...
Considere a seguinte situação fictícia:  Durante uma reunião de equipe em uma...Considere a seguinte situação fictícia:  Durante uma reunião de equipe em uma...
Considere a seguinte situação fictícia: Durante uma reunião de equipe em uma...azulassessoria9
 
A poesia - Definições e Característicass
A poesia - Definições e CaracterísticassA poesia - Definições e Característicass
A poesia - Definições e CaracterísticassAugusto Costa
 
Bullying - Atividade com caça- palavras
Bullying   - Atividade com  caça- palavrasBullying   - Atividade com  caça- palavras
Bullying - Atividade com caça- palavrasMary Alvarenga
 
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...azulassessoria9
 
Revista-Palavra-Viva-Profetas-Menores (1).pdf
Revista-Palavra-Viva-Profetas-Menores (1).pdfRevista-Palavra-Viva-Profetas-Menores (1).pdf
Revista-Palavra-Viva-Profetas-Menores (1).pdfMárcio Azevedo
 
A horta do Senhor Lobo que protege a sua horta.
A horta do Senhor Lobo que protege a sua horta.A horta do Senhor Lobo que protege a sua horta.
A horta do Senhor Lobo que protege a sua horta.silves15
 
análise de redação completa - Dissertação
análise de redação completa - Dissertaçãoanálise de redação completa - Dissertação
análise de redação completa - DissertaçãoMaiteFerreira4
 

Último (20)

DeClara n.º 75 Abril 2024 - O Jornal digital do Agrupamento de Escolas Clara ...
DeClara n.º 75 Abril 2024 - O Jornal digital do Agrupamento de Escolas Clara ...DeClara n.º 75 Abril 2024 - O Jornal digital do Agrupamento de Escolas Clara ...
DeClara n.º 75 Abril 2024 - O Jornal digital do Agrupamento de Escolas Clara ...
 
GÊNERO TEXTUAL - TIRINHAS - Charges - Cartum
GÊNERO TEXTUAL - TIRINHAS - Charges - CartumGÊNERO TEXTUAL - TIRINHAS - Charges - Cartum
GÊNERO TEXTUAL - TIRINHAS - Charges - Cartum
 
PRÉDIOS HISTÓRICOS DE ASSARÉ Prof. Francisco Leite.pdf
PRÉDIOS HISTÓRICOS DE ASSARÉ Prof. Francisco Leite.pdfPRÉDIOS HISTÓRICOS DE ASSARÉ Prof. Francisco Leite.pdf
PRÉDIOS HISTÓRICOS DE ASSARÉ Prof. Francisco Leite.pdf
 
CRUZADINHA - Leitura e escrita dos números
CRUZADINHA   -   Leitura e escrita dos números CRUZADINHA   -   Leitura e escrita dos números
CRUZADINHA - Leitura e escrita dos números
 
ENSINO RELIGIOSO 7º ANO INOVE NA ESCOLA.pdf
ENSINO RELIGIOSO 7º ANO INOVE NA ESCOLA.pdfENSINO RELIGIOSO 7º ANO INOVE NA ESCOLA.pdf
ENSINO RELIGIOSO 7º ANO INOVE NA ESCOLA.pdf
 
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...
 
Bullying - Texto e cruzadinha
Bullying        -     Texto e cruzadinhaBullying        -     Texto e cruzadinha
Bullying - Texto e cruzadinha
 
CINEMATICA DE LOS MATERIALES Y PARTICULA
CINEMATICA DE LOS MATERIALES Y PARTICULACINEMATICA DE LOS MATERIALES Y PARTICULA
CINEMATICA DE LOS MATERIALES Y PARTICULA
 
VARIEDADES LINGUÍSTICAS - 1. pptx
VARIEDADES        LINGUÍSTICAS - 1. pptxVARIEDADES        LINGUÍSTICAS - 1. pptx
VARIEDADES LINGUÍSTICAS - 1. pptx
 
Dicionário de Genealogia, autor Gilber Rubim Rangel
Dicionário de Genealogia, autor Gilber Rubim RangelDicionário de Genealogia, autor Gilber Rubim Rangel
Dicionário de Genealogia, autor Gilber Rubim Rangel
 
Slides Lição 04, Central Gospel, O Tribunal De Cristo, 1Tr24.pptx
Slides Lição 04, Central Gospel, O Tribunal De Cristo, 1Tr24.pptxSlides Lição 04, Central Gospel, O Tribunal De Cristo, 1Tr24.pptx
Slides Lição 04, Central Gospel, O Tribunal De Cristo, 1Tr24.pptx
 
Aula de História Ensino Médio Mesopotâmia.pdf
Aula de História Ensino Médio Mesopotâmia.pdfAula de História Ensino Médio Mesopotâmia.pdf
Aula de História Ensino Médio Mesopotâmia.pdf
 
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...
 
Considere a seguinte situação fictícia: Durante uma reunião de equipe em uma...
Considere a seguinte situação fictícia:  Durante uma reunião de equipe em uma...Considere a seguinte situação fictícia:  Durante uma reunião de equipe em uma...
Considere a seguinte situação fictícia: Durante uma reunião de equipe em uma...
 
A poesia - Definições e Característicass
A poesia - Definições e CaracterísticassA poesia - Definições e Característicass
A poesia - Definições e Característicass
 
Bullying - Atividade com caça- palavras
Bullying   - Atividade com  caça- palavrasBullying   - Atividade com  caça- palavras
Bullying - Atividade com caça- palavras
 
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...
 
Revista-Palavra-Viva-Profetas-Menores (1).pdf
Revista-Palavra-Viva-Profetas-Menores (1).pdfRevista-Palavra-Viva-Profetas-Menores (1).pdf
Revista-Palavra-Viva-Profetas-Menores (1).pdf
 
A horta do Senhor Lobo que protege a sua horta.
A horta do Senhor Lobo que protege a sua horta.A horta do Senhor Lobo que protege a sua horta.
A horta do Senhor Lobo que protege a sua horta.
 
análise de redação completa - Dissertação
análise de redação completa - Dissertaçãoanálise de redação completa - Dissertação
análise de redação completa - Dissertação
 

Sistemas Proteolíticos Intracelulares

  • 1.
  • 2. Proteólise intracelular Sumário dos Sistemas Proteolíticos Intracelulares Sistema Localização Especificidade/Substrato/Função Lisossomo Citoplasma Degradação intracelular de proteínas por endocitose. Ubiquitinaproteassoma (UPS) Citoplasma, Núcleo, Co mpartimentos Ação sobre muitas proteínas intracelulares, bem como degrada a maioria das proteínas danificadas/unfolding. Via dependente de ATP. Via dependente Cálcio - Calpaínas Citoplasma Degrada proteínas do citoesqueleto. Cascata das Caspases Citoplasma Relacionadas a apoptose celular e com as vias de resposta do sistema imune/citocinas/TNFs. São reguladas pos-traducionalmente. Proteinases Mitocondriais Mitocôndrias Degradam proteínas mitocondriais oxidadas. Degradação parcial de proteínas para importação do citoplasma para mitocôndria e vice-versa (dependente de UPS). Proteinases de Membranas Retículo Endoplasmático (ER), Membrana plasmática e Mitocôndria Degradação parcial de proteínas secretadas, endocitadas e importadas. Degradação de proteínas defeituosas, recém sintetizadas. Modificado de: Donohue, TM Jr & Osna NA. Alcohol Res. Health, 2004: 27(4).
  • 3. Funções Biológicas específicas : Via Ubiquitina-proteassoma • REGULADORES DO CICLO CELULAR: proteínas que são ubiquitinadas e endereçadas para proteólise cumprem um papel essencial para as células que fazem parte de vias regulatórias. Ex. ubiquitinação das ciclinas durante a fase G1 da mitose. • PROMOVE FATORES PARA LINFÓCITOS: estimulando a diferenciação dos linfócitos B e T. • EXPORTAÇÃO E IMPORTAÇÃO PROTEÍNAS: intracelularmente. Ex. Monoamina oxidase A e B, dependentes de ATP e que são associadas com outras proteínas de membranas para entrar e sair de mitocondrias. • HEAT SCHOCK PROTEINS: como resposta rápida ao aumento de temperatura, observa-se um aumentando da expressão gênica de ubiquitinas, promovendo um aumento na degradação de proteínas que perderam a conformação e que não voltaram a sua conformação funcional, mesmo com a assitencia ou não das chaperonas, evitando oxidação celular. • FATORES PARA COMPONENTES NEURONAIS: a via tem funções importantes para degradação de proteínas que perderam a sua conformação e/ou formação de agregados (fibras) no sistama nervoso central. Principalmente de pessoas cometidas por doenças neurodegenarativas como Alzheimer, Parkinson, Machado-Joseph, Síndrome de Rett, Doença de Huntington, entre outras.
  • 4. Funções Biológicas específicas : Via Ubiquitina-proteassoma • APARATO IMUNITÁRIO: ubiquitinação de proteínas como resposta imune-primária. • REGULAÇÃO DA EXPRESSÃO GÊNICA DE HISTONAS H2A: mono-ubiquitinação de regiões transcritas sendo desviadas do endereçamento para proteólise, sugere que a ubiquitina pode influenciar na expressão gênica. • MANUTENÇÃO DA ESTRUTURA DA CROMATINA: histonas H2A que são mono-ubiquitiniladas, e não proteolisadas, sugerindo que a ubiquitina pode ter influência na conformação da cromatina. • ATUAÇÃO EM IMUNOFILINAS: ubiquitina atua em ligações com FK506 e rapamicinas promovendo uma ação inibitória da fosfatase calcineurina (proteína que se liga ao cálcio e a calmodulina do SNC). Recentemente, mostrou-se que a calcineurina desfosforila várias fosfoproteínas, incluindo histonas, cadeia leve da miosina e a subunidade reguladora da proteína quinase dependente de cAMP.
  • 5. Funções Biológicas específicas : Via Ubiquitina-proteassoma •IMUNOMODULADORA – alguns estudos noticiaram que fragmentos de ubiquitina podem trabalhar do lado de fora das célula, especialmente os resíduos 51-59, como biopolímeros, podem diminuir uma resposta imune humoral e celular. Alguns análogos da ubiquitina podem ser comparáveis a ciclosporina A ou FK506, usados como drogas imunosuppressoras para pessoas transplantadas. •BIOGÊNESE DE RIBOSSOMOS – ubiquitina é expressada frequentemente em células como copia única fusionadas a algumas proteínas rbossomais, como L40 ou S27A. Após a tradução as proteínas fusionadas são clivadas da ubiquitina. • REPARO DE DNA – genes implicados nas respostas ao estresse genotóxico relacionado ao sistema do retículo endoplasmático (ERAD) têm funções ligadas a via ubiquitina-proteassoma e com UPR (unfolded protein response). Vlachostergios PJ, Patrikidou A, Daliani DD, Papandreou CN. 2009. The Ubiquitin-Proteasome System in cancer, a major player in DNA Repair. Part 1: Post-translational regulation. J Cell Mol Med.
  • 6. Via Ubiquitina-proteassoma Função Biológica GERAL • Ubiquitinação de proteínas e endereçamento para degradação no proteassoma. 30% das proteínas recém-sintetizadas de uma célula sofrem regulação proteolítica pela via da ubiquitina-proteassoma, por serem reprovadas pelo rigoroso controle de qualidade intracelular. Essa via é “balanceada” pela presença de chaperonas do citoplasma e do núcleo, pois muitas proteínas precisam do unfolding/folding protéico para exercer as suas funções dentro da célula, antes que sejam marcadas e endereçadas a degradação. Cam Patterson (2006). Search and destroy: the role of protein quality control in maintaining cardiac function. Editorial. JMCC (40).
  • 7. A molécula da Ubiquitina  76 aminoácidos de 85 kDa  Conservada nos eucariotos (difere no máximo em 4 aa).  Presente no citosol, núcleo e demais compartimentos.  Grande tolerância a mudanças de pH e temperatura.  Podem se ligar formando cadeias poliubiquitinas (ligação ocorre entre os resíduos Gly76 + Lys48, podendo ocorrer mais de uma vez formando di- tri-tetraubiquitinas. (Kim JH et al, 2003).  É sintetizada diretamente pelos ribossomos. 
  • 8. Enzimas – Ubiquitinação Quatro enzimas são necessárias para a ubiquitinação: E1 - enzima ativadora da ubiquitina E2 - enzima conjugadora da ubiquitina E3 - ubiquitina ligase (mais específica/substrato) E4/E3 - coopera com a E3 para extender a cadeia de poliubiquitina (mais rara).
  • 9. Enzimas - Ubiquitinação E1 – enzima ATIVADORA da ubiquitina • O enzima E1 é codificada por um único Gene. Sua deleção provoca inviabilidade celular, embora em mamíferos sejam conhecidas duas isoformas, E1a e E1b, que resultam da iniciação da tradução em dois locais diferentes. • O primeiro passo de ubiquitinação envolve a formação de um adenilato de ubiquitina intermediário (concomitante hidrólise de ATP) e a transferência da ubiquitina ativada para o grupo tiol da cisteína do centro ativo do enzima E1 (com a libertação de AMP). • Cada enzima E1 pode no máximo transportar duas moléculas de ubiquitina, uma como tiol-éster e outra como adenilato. • A ubiquitina ativada é transferida para a cisteína do centro ativo de E2.
  • 10. Enzimas - Ubiquitinação E2 – enzima CONJUGADORA da ubiquitina • Ao contrário de E1, cada célula contém muitas enzimas E2. Em Saccharomyces são 11 capazes de transportar ubiquitina, enquanto que em mamífero são conhecidas mais de 30. • Possuem um domínio muito conservado (UBC – ubiquitin conjugation) com cerca de 150 resíduos de aminoácidos contendo uma cisteína que é o centro aceptor da ubiquitina ativada por E1. • As diferenças situam-se nas regiões dos terminais N e C, podendo alguns casos existirem inserções no domínio UBC. • Estas sequências estão envolvidas na interação com os enzimas E3.
  • 11. Enzimas - Ubiquitinação E3 – ligases de ubiquitina • Enquanto que os enzimas E2 têm grande semelhança nas suas sequências e estruturas, os enzimas E3 são pouco semelhantes entre si, em parte porque estes são responsáveis pelo reconhecimento de sinais de destruição nas proteínas/substrato. • Existem duas classes distintas de E3. • A primeira classe é caracterizada por ter um domínio designado HECT (homologous to the E6-AP protein C-terminus). A proteína E6-AP foi a primeira ligase identificada desta classe e foi descoberta por participar na degradação da proteína supressora de tumores P53 ao interagir com a proteína E6 do papilomavírus humano. O domínio HECT é constituído por 80 resíduos de aminoácidos e inclui a cisteína do centro ativo que forma uma ligação tiol com a ubiquitina. • A segunda classe de E3 é definida pela existência de um domínio RING finger, assim designado porque o gene que codifica a primeira proteína descrita contendo este domínio tem o nome de "really interesting gene 1". O domínio RING finger possui a capacidade de quelar dois Íons de zinco, através dos seus 8 locais de coordenação constituídos por histidinas e cisteínas, e medeia interações com as proteínas E2.
  • 12. Enzimas - Ubiquitinação E3 – ligases de ubiquitina • As proteínas E3 pertencentes a última classe facilitam a transferência direta de ubiquitina de enzimas E2 para os substratos sem o envolvimento de um intermediário tiol-éster E3-Ub, como acontece com as E3 do tipo HECT. Encontram-se nesta situação UBL ligases envolvidas no ciclo celular como os complexos APC (anaphase promoting complex), uma E3 constituída por várias subunidades que permite a progressão do ciclo de divisão celular em vários pontos) e SCF-RING (E3 constituída por Skp1/Skp2, Culina, uma subunidade variável com um domínio designado por proteínas F-box ou SOCS). Acumulando evidencias que indicam a adicional modulação de fatores da proteólise sobre os substratos poli ou monoubiquiotinados. Pines J & Lindon C. 2005. Proteolysis: anytime, any place anywhere? (Perspective). Nature Cell Biol.: 8(7).
  • 13.
  • 15. Diferentes vias /funções UPS a) Proteassoma dependente da degradação de proteínas para síntese de “novo”; b) Mono ou oligoubiquitinação (dependente de enzimas regulatórias da via) para endereçamento ao endossomo ou lisossomo. c) Monoubiquitinação endereçando a proteína do citosol para o interior do núcleo. Essa via é dependente de chaperonas nucleares HSP60 que mantém o folding protéico após a sua entrada. d) Modificação simples feita pela enzima UBL (E3) na proteína, como a SUMO, pode endereçar tanto para proteínas do poro de membrana (NPC) como para o interior do núcleo. e) Poliubiqutinação de proteínas, endereçando proteínas para o núcleo, como a Proteína Y, que pode regular fatores transcricionais, direta ou indiretamente.
  • 16. Proteassoma: o coadjuvante da via UPS A degradação de proteínas • As proteínas multi-ubiquitiniladas são degradadas pelo proteassoma 26S. • É uma protease multimérica dependente de ATP com 2000 kDa, constituída por dois complexos regulatórios 19S (α) e por um complexos catalítico de 700 kDa, designado por proteassoma 20S (β). Este ultimo pode apresentar diferentes composições e rearranjos proteolíticas, conforme a espécie. Está presente desde arqueobactérias até os mamíferos.
  • 17. Especificidade do Proteassoma Função de ligação e reconhecimento da Ubiquitina = 19S • O proteassoma 19S faz a parte de reconhecimento de proteínas somente ubiquitinadas. • Desenrrolameno protéico. • Translocação para o interior da câmara catalítica 20S. Função catalíticas do proteassoma = 20S • O proteassoma 20S faz a parte de reconhecimento de proteínas somente ubiquitinadas. • Está disposto em forma de cilindro complexo, com 2 tipos de subunidades α e β formando um heptâmero com centro catalítico internalizado com 3 funções catalíticas diferentes: 1. ATIVIDADE PÓS-ACÍDICA (clivagem de ligação peptídica após resíduo ácido); 2. ATIVIDADE TRÍPTICA (clivagem após um resíduo básico); 3. ATIVIDADE QUIMOTRÍPTICA (clivagem após resíduo hidrofóbico).
  • 18. Especificidade do Proteassoma Alfred L. Goldberg. On Prions, Proteasomes, and Mad Cows. N Engl J Med. 2007 Sep 13; 357(11).
  • 19. O balanço delicado do Proteassoma
  • 20. Controle de Qualidade de Proteínas
  • 21. Controle de Qualidade de Proteínas
  • 22. Controle de Qualidade de Proteínas
  • 25.
  • 26. Animando a Via Ubiquitina-proteassoma Huda Y Zoghbi. Howard Hugues Medical Institute (HHMI). Grupo de Estudos de Doenças Neurodegenerativas, Maryland/EUA. HHMI Internacional Research Scholars in Infectious Diseases and Parasitology 2005, Lisbon-Portugal.