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Índice
1. Introdução........................................................................................................................1
1.1. Objectivos ................................................................................................................2
1.1.1.Objectivo Geral............................................................................................................2
1.1.2. Objectivos Específicos ................................................................................................2
2. A RENDABILIDADE DA EMPRESA..............................................................................3
2.1. NÍVEIS DE RENTABILIDADE.....................................................................................4
3. TECNICAS DE ADMINISTRAÇÃO DE CAIXA..............................................................6
4. NECESSIDADES E RECURSOS FINANCEIROS ............................................................8
5. CICLO DE CAIXA ..........................................................................................................9
5.1. A IMPORTÂNCIA DO FLUXO DE CAIXA. ...............................................................10
5.2. OBJETIVOS DO FLUXO DE CAIXA..........................................................................12
5.3. Tipos de Fluxo de Caixa...............................................................................................12
5.3.1. Fluxo de Caixa Real..................................................................................................12
5.3.2. Fluxo de Caixa Planejado ..........................................................................................13
6. Conclusão ......................................................................................................................14
Bibliografia........................................................................................................................15
1
1. Introdução
O presente trabalho que tem como tema a rendabilidade da empresa, A rentabilidade é
medida pela relação entre o lucro e o investimento realizado na empresa.
O controlo eficiente do caixa pode contribuir significativamente para maximização dos
lucros da empresa e auxilia os empresários nas decisões para manter sua empresa no
mercado.
Actualmente os gestores encontram desafios para manter a empresa no mercado, como a
falta de recursos próprios e o alto custo para captação de recursos terceiros, juntamente
com a falta de controlo. Assim, administrar eficazmente o caixa torna-se um diferencial
de sucesso para as empresas.
O Fluxo de Caixa ou ciclo de caixa é o instrumento que permite ao administrador
financeiro planejar, organizar, coordenar e que auxilia na previsão, visualização e
controle das movimentações financeiras e controlar os recursos financeiros da empresa
para determinado período, assim poderá a administração visualizar com antecedência as
possibilidades de investimento, de controlo de contas a pagar, contas a receber,
acompanhamento de saldos de aplicações bancárias, visando seu crescimento e sua
rentabilidade.
2
1.1.Objectivos
1.1.1.Objectivo Geral
 Fazer um estudo sobre a Rendabilidade das Empresas.
1.1.2. Objectivos Específicos
 Explicar como é feita a rendabilidade das empresas e técnicas na administração
de caixa.
 Descrever sobre as necessidades e recursos financeiros de uma empresa.
 Identificar como é composta o ciclo de caixa de uma empresa.
3
2. A RENDABILIDADE DA EMPRESA
A rentabilidade é medida pela relação entre o lucro e o investimento realizado na
empresa. Os recursos investidos nas organizações são provenientes de capital próprio,
que representa os recursos investidos pelos sócios e accionistas, ou de capital de
terceiros, que são os recursos de indivíduos ou entidades emprestados à empresa.
Os índices de rentabilidade apontam qual a rentabilidade dos capitais investidos, ou
seja, quanto renderam os investimentos e o grau de êxito económico da empresa
(MATARAZZO, 2003).
Ressalta-se que maior rentabilidade gera maior conforto aos gestores das empresas,
aumentando a propensão ao pagamento ou crédito de dividendos (DEANGELO;
DEANGELO; STULZ, 2006), além de empresas com maior rentabilidade gerarem
expectativa, nos accionistas, de dividendos maiores (FORTI; PEIXOTO; ALVES,
2015).
Existem inúmeras medições de rentabilidade, que permitem a avaliação dos lucros da
empresa em relação a certo nível de vendas e o nível de activos ou ao volume de capital
investido pelos proprietários. Para Gitman (2010), sem lucros uma empresa não poderia
atrair capital externo. Além disso, destaca que os proprietários, credores e
administradores preocupam-se muito com lucro, pois isso é visto como algo muito
importante no mercado.
Os lucros contábeis medem a diferença entre as receitas e os custos. Por outro lado, as
medidas contábeis de rentabilidade não podem oferecer um padrão de comparação por
ignorarem o risco. Em geral uma empresa é rentável, no sentido económico, somente
quando a rentabilidade é superior àquela que os investidores poderiam conseguir em
outros investimentos. Conforme Assaf Neto e Martins (1986), são indicadores que
visam avaliar os resultados auferidos por uma empresa em relação a determinados
parâmetros que melhor apontam suas dimensões. Suas principais bases de comparação
adoptadas para o estudo dos resultados empresariais são o activo total, o património
líquido e as receitas de vendas. Utiliza normalmente os resultados de lucro operacional
(apurado pelos activos) e o lucro líquido (após o imposto de renda).
Os indicadores de rentabilidade possibilitam relacionar o resultado final obtido pela
empresa aos diferentes factores a serem remunerados, permitindo avaliar a situação
económica da empresa (MATARAZZO, 2003; TRACY, 2004; GITMAN, 2010).
Os índices de rentabilidade têm como objectivo demonstrar qual foi a rentabilidade dos
capitais investidos em determinada organização. Para isso, o grupo desses indicadores
4
busca através de análise de demonstrações financeiras, encontrar a taxa de retorno sobre
investimentos, retorno sobre vendas e também sobre o capital próprio.
Segundo PADOVEZE e BENEDICTO (2007), a análise da rentabilidade pode ser
considerada como uma das mais importantes para a análise das demonstrações
financeiras, pois seu objectivo é apresentar o retorno do capital investido e identificar as
razões que levaram a esta taxa de rentabilidade.
Todo investidor ou empresário, ao realizar algum tipo de investimento espera que seu
capital seja remunerado da melhor maneira possível, e da mesma forma, fornecedores e
financiadores de capital querem ter a certeza de que o investimento seja capaz de gerar
lucros suficientes para honrar os financiamentos.
Dentro desse contexto, as ferramentas oferecidas pelos índices de Rentabilidade,
permitem que empresários e accionistas visualizem a real situação vivenciada pelos
investimentos realizados no negócio, além de servirem como ferramenta de controlo e
comparação. MARTINEWSKI (2009) defende que os índices de Rentabilidade indicam
precisamente a rentabilidade que os capitais investidos na empresa atingiram, ou seja,
quanto os investimentos empresariais obtiveram como retorno, o que determina o grau
de excelência económica da empresa.
Os indicadores de rentabilidade podem ser considerados como de aspecto económico,
pois demonstram a capacidade de vendas de uma organização, além de indicar sua
capacidade em gerar recursos e auxiliar os gestores na tomada de decisões.
2.1. NÍVEIS DE RENTABILIDADE
Rentabilidade do activo
A Rentabilidade do Ativo mede a capacidade de resultado produzido pela empresa em
suas atividades em relação ao ativo. É a junção da margem líquida com o giro do ativo,
demonstrando o potencial de capitalização da empresa, já que o lucro obtido é revertido
para o BP. Também é chamada de Retorno do Investimento, pois “mede a eficácia geral
da administração de uma empresa em termos de geração de lucros com os ativos
disponíveis” (Gitman, 2004, p. 55).
Rentabilidade do Ativo=(
𝐿𝑢𝑐𝑟𝑜 𝑎𝑐𝑡𝑖𝑣𝑜
𝐴𝑐𝑡𝑖𝑣𝑜 𝑇𝑜𝑡𝑎𝑙
)x100
Rentabilidade das vendas antes de encargos financeiros e impostos
Mede a capacidade da empresa para gerar resultados quer na sequência das Vendas e
outros proveitos de exploração quer a partir de aplicações financeiras e operacionais
5
extraordinárias, mas antes de ser considerado o custo do financiamento e o imposto
sobre o rendimento
Rácios de Rentabilidade das vendas antes de impostos
Este indicador permite, quando comparado com a rentabilidade das vendas e outros
proveitos de exploração, antes de encargos financeiros e impostos, detectar o peso dos
encargos financeiros no resultado. Para empresas muito endividadas a diferença entre os
dois rácios é, geralmente, bastante significativa.
Rentabilidade líquida das vendas
Obtém-se a partir da margem líquida obtida pela empresa após a dedução de todos os
encargos.
Este indicador indica quanto os donos da empresa ganham por cada euro que vendem
Quando comparado com a Rentabilidade das vendas antes de impostos, determinar o
peso do imposto sobre o rendimento indicando que parcela das vendas é canalizada para
o imposto.
O valor encontrado para a rentabilidade líquida das vendas e outros proveitos de
exploração depende de diversos factores: o sector; política de preços; estrutura de custos
operativos; resultado das aplicações financeiras; resultados extraordinários; nível de
endividamento e encargos financeiros suportados
Rentabilidade Financeira
A rendibilidade dos capitais próprios analisa a remuneração que eles geram. Este rácio
pode considerar-se o mais importante em finanças empresariais. Mede a rentabilidade
absoluta entregue aos accionistas. Um bom número traz êxito ao negócio, tornando fácil
atrair novos fundos que permitirão à empresa crescer, havendo condições favoráveis de
mercado, e isso, por sua vez, conduz a maiores proveitos. É a medida de eficiência
privilegiada dos accionistas e investidores.
Rentabilidade de Produção
Exprime a geração de fundos que a produção proporciona após remunerar os diferentes
factores produtivos e pagar os impostos que incidem sobre o rendimento das sociedades,
Adequado para empresas industriais.
6
Rentabilidade operativa das vendas
É independente da política financeira adoptada pela empresa (antes de encargos
financeiros) e a incidência fiscal resultante da sua política de investimento (dotações às
amortizações), dependendo evidentemente, do sector de actividade em causa e do grau
de integração vertical do ciclo de produção.
Mede a capacidade da empresa para gerar resultados a partir das vendas e dos outros
proveitos de exploração
-A melhoria deste indicador pode surgir na sequência de:
-Uma política de preços de venda diferente
-Uma quantidade vendida decorrente de uma melhor implementação da empresa no
mercado, do lançamento e novos produtos e da conquista de novos mercados
-Um mix de produtos vendidos mais interessante
-Uma estrutura de custos mais eficiente
-Redução dos preços dos factores produtivos
3. TECNICAS DE ADMINISTRAÇÃO DE CAIXA
O caixa é composto por valores em moeda, mantidos na tesouraria da empresa ou
depositados em contas correntes bancárias, de liquidez imediata, e livre para serem
usados a qualquer momento (LEMES JR; RIGO; CHEROBIM, 2010).
Para os autores, a gestão do caixa é de responsabilidade da tesouraria da empresa, que
tem como função acompanhar os reflexos das políticas de investimentos, de vendas, de
crédito, de compras e estoques. O gestor de caixa participa das definições dessas
políticas oferecendo orientação para evitar problemas com a liquidez da empresa.
Para administrar o caixa é importante a utilização do orçamento ou planejamento de
caixa, pois demonstra as entradas e saídas de caixa projectadas da empresa durante
algum período de tempo especificado (BRIGHAM; GAPENSKI; EHRHARDT, 2001).
As principais contas patrimoniais operacionais que possuem forte impacto no caixa são:
contas a receber, contas a pagar e estoque. Quando comprado à vista, o estoque tem
forte impacto no caixa, pois é sentido imediatamente, e quando comprado a prazo, o
impacto será mediante o pagamento da duplicata. As contas a receber são advindas das
vendas a prazo e as contas a pagar são provenientes de compras a prazo, obrigações
fiscais e trabalhistas e fornecem recursos para financiar os activos operacionais (SILVA,
2006).
7
O planejamento de caixa estabelece com antecedência as acções que serão executadas
para atingir os objectivos fixados, pois a geração de caixa é considerada a principal
forma de financiamento, sendo que a incapacidade de gerar caixa compromete a
liquidez e, consequentemente, a sobrevivência da organização (BRAGA, 1989).
De acordo com Cardeal (2006), muitos são os casos de empresas que, mesmo
apresentando lucro no exercício, com demanda para seus produtos e bom
posicionamento de mercado, não conseguem sobreviver em função da má administração
do caixa. A inexistência de uma gestão de caixa eficaz pode levar uma empresa à
falência.
Segundo Silva (2006), existem algumas funções básicas da administração do caixa:
a) Controlar os recursos financeiros que se encontram disponíveis nos bancos e em
caixa;
b) Elaborar e verificar a demonstração do fluxo de caixa realizado;
c) Prover recursos para atender a escassez de caixa;
d) Aplicar os recursos excedentes do caixa;
e) Verificar alternativas de financiamento de capital de giro;
f) Analisar antecipações de recebimentos e pagamentos.
Administrar o caixa abrange as actividades de planejamento e controle do caixa e das
aplicações de curto prazo, sendo o fluxo de caixa uma das ferramentas mais importantes
que se apresenta na administração destes recursos (CARDEAL, 2006).
O controlo de caixa é uma actividade que lida com as sobras ou insuficiência de caixa e
busca fazer uma distribuição dos saldos de acordo com os prazos. O controlo é uma
actividade que não possui vínculos com o planejamento de caixa, mas as duas
actividades se complementam (SANTOS, 2001).
Na percepção de Hoji (2003), o controle eficiente do caixa contribui significativamente
para maximização dos lucros da empresa. A finalidade da gestão do caixa é manter um
saldo adequado à suas actividades, devido aos fluxos de recebimentos e pagamentos.
O saldo apropriado de caixa envolve um equilíbrio entre os custos de oportunidade da
manutenção de um saldo excessivo e os custos de transacção decorrentes da manutenção
de um saldo muito pequeno (MACHADO, 2002).
8
4. NECESSIDADES E RECURSOS FINANCEIROS
O ato de gerenciar uma empresa exige do administrador, além de horas de trabalho e
uma elevada energia emocional, um amplo conhecimento sobre o mercado em que
pretende actuar, sobre sua concorrência, sobre a administração de empresas e suas
especificidades, tal como as finanças.
A administração financeira tem como um de seus objectivos que a empresa opere com
baixos custos e alta rentabilidade. Para que isso ocorra, não é permitido que ocorra
qualquer tipo de indecisão sobre o que fazer com os recursos financeiros da empresa,
principalmente no que tange ao curto prazo, para que seja garantida a liquidez do
negócio. Com a aplicação do fluxo de caixa como um instrumento de auxílio na gestão
financeira, é possível prognosticar possíveis períodos em que ocorrerão sobras ou falta
de recursos financeiros no caixa, contribuindo assim, para que o administrador
financeiro tome as medidas necessárias para prevenir tais fatos. Para Assef Neto (2002,
p. 35), [...] o fluxo de caixa é de fundamental importância para as empresas,
constituindo-se numa indispensável sinalização dos rumos financeiros dos negócios.
Para se manterem em operação, as empresas devem liquidar correctamente seus vários
compromissos, devendo como condição básica apresentar o respectivo saldo em sue
caixa nos momentos dos vencimentos. A insuficiência de caixa pode determinar cortes
nos créditos, suspensão de entregas de materiais e mercadorias, e ser causa da
descontinuidade em suas operações.
Na maior parte das empresas, suas dificuldades financeiras tem relação directa com
desequilíbrio entre a entrada e saída de recursos financeiros do caixa. Como o fluxo de
caixa retrata as origens e saídas de recursos financeiros da empresa, conforme as
efectivas datas de recebimentos e pagamentos, possibilita a realização de uma avaliação
entre as receitas e despesas. É importante é ressaltar que, para um bom equilíbrio
financeiro da empresa o volume das entradas e saídas de caixa necessitam estar
equilibradas, de acordo com o que afirma Campos Filho (1999, p. 23) “[...] o ritmo das
entradas de caixa provenientes das operações deve estar coerente com os desembolsos
por elas provocadas [...]”.
Para que a empresa mantenha um equilíbrio constante de seus recursos financeiros, é
necessário que haja um constante monitoramento por parte da administração financeira,
mantendo o foco nos factores que podem gerar falta de recursos na empresa, e
consequentemente, desequilibrá-la financeiramente. Nesse sentindo, o planejamento do
fluxo de caixa é um instrumento que pode ser utilizado pelas empresas para sanar tais
9
problemas, porque de acordo com Zdanowicz (2004, p.54): “É o instrumento mais
preciso e útil para levantamentos financeiros a curtos e longos prazos”.
Uma empresa que mantém um fluxo de caixa actualizado poderá dimensionar de
maneira mais precisa a quantidade de ingressos e de desembolsos de recursos
financeiros, assim como fixar o nível de caixa desejado para o período seguinte. Para
que isso aconteça, o planejamento de caixa surge como um importante instrumento, e
Zdanowicz (2004, p. 55) indica dois motivos para se planejar o fluxo de caixa:
- Indica com certa antecedência as necessidades de recursos financeiros para os vários
compromissos assumidos, com data certa para serem liquidados.
- Permite que se visualizem os períodos em que ocorrerá diminuição dos recursos
ingressastes, seja por questões de mercado, seja por questões económicas regional e/ou
nacional, para que a empresa não programe desembolsos vultuosos para esses período.
É inegável que as empresas necessitam controlar seus valores a receber e a pagar, diante
disso, o fluxo de caixa projectado surge como uma importante ferramenta a ser
utilizada, possibilitando a verificação da existência de possíveis excedentes de caixa e a
melhora maneira de aplicá-los, como também a possibilidade de prever possíveis
ausências de recursos e as possibilidades de financiamentos com o intuito de evitar
futuras dificuldades. Para Zdanowicz (2004, p. 22) o planejamento do fluxo de caixa é
“um instrumento utilizado para elaborar, de forma eficaz e eficiente, o planejamento e o
controle financeiros das actividades e de capital da empresa, auxiliando na tomada de
decisão”.
5. CICLO DE CAIXA
O fluxo de caixa é uma maneira simples e visualmente fácil de representar as quatro
dimensões do dinheiro, pois trata-se da ocorrência das entradas e saídas do dinheiro em
determinado período que podem ser dias, semanas, meses, trimestres, semestres, anos
etc. (ROSSETTI et al., 2008).
O autor destaca que normalmente os fluxos de caixa que representam entradas e saídas
de caixa nas empresas são diários, mensais ou anuais. Para decisões de investimentos de
curto prazo, na maioria das vezes, adopta-se o fluxo de caixa e para decisões de
investimento a longo prazo, divide-se o tempo em semestres e anos.
Conforme D’Avila (2011), o fluxo de caixa é o instrumento utilizado pelo administrador
financeiro, com a finalidade de detectar se o saldo inicial de caixa adicionado ao
10
somatório de ingressos, menos o somatório de desembolsos em determinado período,
apresentará excedentes de caixa ou escassez de recursos financeiros pela empresa.
O fluxo de caixa é uma ferramenta importante, pois envolve todos os sectores da
empresa com o objectivo de maximizar a produtividade, as receitas e ainda controlar os
prazos de pagamentos, planejar compras e demais negociações, entre outros benefícios.
Segundo Santos (2001), o fluxo de caixa possui quatro finalidades básicas:
a) Planejar a contratação de empréstimos e financiamentos;
b) Maximizar o rendimento das aplicações de sobras de caixa;
c) Avaliar o impacto financeiro de variações de custo;
d) Avaliar o impacto financeiro de aumento de vendas.
Conforme Cardeal (2006), a determinação de um saldo mínimo de caixa possibilita a
capacidade de melhor gerenciamento, e o acompanhamento diário destes recursos
determinará as decisões e a consecução da rentabilidade. O fluxo de caixa faculta este
acompanhamento, pois neles são registados os recursos a receber e a pagar.
A organização que planeja o fluxo de caixa consegue prever antecipadamente sua
capacidade de pagamento antes de assumir seus compromissos financeiros e têm um
planejamento adequado para os períodos de sazonalidade do mercado (ALMEIDA;
ALVARENGA, 2012).
O fluxo de caixa informa quanto a capacidade que a empresa tem para liquidar seus
compromissos financeiros a curto e longo prazo. Desta forma, é possível afirmar que o
fluxo de caixa é uma ferramenta indispensável para a administração financeira e
controle dos recursos que deverão ficar disponíveis em caixa. É fundamental para
sinalizar os rumos que as finanças de uma empresa devem tomar.
Segundo Caixeta (2012), a aplicação do fluxo de caixa como ferramenta gerencial não
implica dizer que a empresa resolverá todos os seus problemas financeiros, mas que
minimizará os erros visando um equilíbrio financeiro.
5.1. A IMPORTÂNCIA DO FLUXO DE CAIXA.
O fluxo de caixa, definido como controle das entradas e saídas financeiras das
empresas, e proporciona uma visão geral como: pagamento, recebimentos, compra de
matéria-prima e mercadorias, impostos entre outros. Permite ainda projectar, para
determinado período, suas disponibilidades e conhecer antecipadamente suas
11
necessidades, mediante controlo e acompanhamento das entradas e saídas de recursos
financeiros.
Fluxo de caixa é uma demonstração das entradas e saídas de recursos na empresa, para
um determinado período de tempo, podendo ser diário, semanal ou também mensal,
para a elaboração de um fluxo de caixa, inicialmente, deve-se definir o prazo desejado
para fazer as projecções e relacionar todas as receitas e despesas existentes e as
previstas para realizarem-se as projecções.
A administração do fluxo de caixa esta inserida no contexto de finanças das empresas, é
através dele que tem o entendimento de como as organizações geram, aplicam e
gerenciam seus recursos financeiros, ou também em um conjunto de que tem por
objectivo preservar e assegurar a saúde financeira das empresas em geral. Conforme
Quintana, (2009, p.13).
A Demonstração do Fluxo de Caixa, além de ser um importante documento contábil,
pode contribuir de forma expressiva para a gestão financeira, pois grande parte dos fatos
que ocorrem nas empresas envolve a movimentação de recursos financeiros. Por isso, a
gestão financeira acaba tornando-se um elemento indispensável no processo de gestão
das empresas.
De acordo com o autor o fluxo de caixa envolve movimentação de recursos financeiros
sendo imprescindível sua utilização e tem relevante importância na gestão das
organizações, se considerado como um instrumento gerencial é aquele que permite
apoiar o processo decisório da organização, de maneira que ela esteja orientada para os
resultados pretendidos e evidenciar a existência de ferramentas eficazes na gestão
empresarial.
A projecção de fluxo de caixa permite avaliar a capacidade da empresa de gerar
recursos, retratando a situação real da empresa. Precisando dispor de informações de
entradas e saídas, contas á receber e contas á pagar. Sendo a principal dificuldade é de
gerenciar adequadamente as informações financeiras.
Com a adequada formulação do fluxo de caixa obtém-se a real posição de liquidez, se
conhecem quais as variações que provocaram as alterações na liquidez, tendo em vista
as alternativas de movimentação de fundos, assim como as políticas que devem ser
orientadas para o planejamento de liquidez.
12
5.2. OBJETIVOS DO FLUXO DE CAIXA
O fluxo de caixa ajuda ao empreendedor á tomar decisões e ainda permitir diversas
situações tais como, instrumento de controlo que auxilia com previsão, visualização e
controlar as movimentações financeiras da empresa, possibilitar o planejamento melhor
das acções futuras e acompanhar seu desempenho.
Projecções de receitas de vendas, recebimentos e cobrança, despesas financeiras, avaliar
se as vendas presentes serão suficientes para cobrir desembolsos futuros, calcular
momentos ideais para reposição de estoques, saber se é possível conceder prazo para
pagamento ao clientes, planejar prazos de pagamentos e recebimentos, auxiliar o
empresário ou gestor a tomar decisões antecipadas sobre o fluxo financeiro da empresa.
Controlar as entradas e saídas de caixa num período determinado de tempo, diário,
mensal ou vários meses. Auxiliar o empresário ou gestor de negócios a tomar decisões
antecipadas sobre o fluxo financeiro da empresa, demonstrar a situação do Caixa da
empresa de forma antecipada, permitindo eventuais ajustes quando for necessário.
5.3. Tipos de Fluxo de Caixa
Podendo ser elaborado de duas formas: Fluxo de Caixa Planejado ou Projectado e Fluxo
de Caixa Real ou Realizado.
Pode ser utilizado o Fluxo de Caixa Real ou o Fluxo de Caixa Planejado. O Real são as
movimentações que estão ocorrendo na empresa, sendo feitas através do disponível da
empresa. Já, o Planejado é feito através de dados que serão recebidos ou pagos
futuramente, para saber em quais períodos haverá dessintonia entre os ingressos e saídas
de numerários, antecipando se às decisões futuras. (GIMENES et al., 2011, p.2)
Ambos os tipos de fluxo de caixa necessitam estar em sintonia para que possa obter o
controlo do que na realidade aconteceu e do que foi planejado.
5.3.1. Fluxo de Caixa Real
O Fluxo de Caixa Real ou Realizado registra o que de fato está ocorrendo na
movimentação dos numerários da empresa, através das entradas e saídas de dinheiro.
Tófoli (2008), O Fluxo de Caixa Real registra os fatos efectivos de movimentação de
numerários que ocorrem na empresa.
Conforme José Segundo Filho (2005), a boa gestão de caixa é um dos factores mais
importantes para a liquidez e rentabilidade de empresa.
13
Faz necessário que a empresa utilize o Fluxo de Caixa para obter um controle eficiente
em relação aos recursos da empresa, por meia dessa ferramenta será obtida as
informações em relação à liquidez da empresa.
5.3.2. Fluxo de Caixa Planejado
O Fluxo de Caixa Planejado ou projectado tem como um dos seus objectivos principais
planejar e controlar o máximo como serão feitas as destinações do controle de sobras e
faltas de recursos do próximo mês, utilizando como factor primordial o Fluxo de Caixa
Real que fornecerá os dados precisos que de fato ocorreram na empresa, através desses
poderá ser constituído o Fluxo de Caixa Planeja para o próximo mês.
O Fluxo de Caixa Planejado pode ser constituído em várias periodicidades, tais como:
a) Diário;
b) Semanal;
c) Quinzenal;
d) Mensal;
e) Anual;
f) Quinquenal.
14
6. Conclusão
Chegado ao fim deste trabalho concluímos que a rentabilidade de uma empresa é
medida pela relação entre o lucro e o investimento realizado na empresa. Os recursos
investidos nas organizações são provenientes de capital próprio, que representa os
recursos investidos pelos sócios e accionistas, ou de capital de terceiros, que são os
recursos de indivíduos ou entidades emprestados à empresa. A administração financeira
é uma técnica ou ferramenta utilizada para controlar com eficiência as finanças da
empresa, de forma a englobar variáveis como a concessão de crédito para clientes, o
planejamento empresarial, a análise de investimentos ou meios viáveis para a obtenção
de recursos.
15
Bibliografia
BRAGA, Roberto. Fundamentos e técnicas de administração financeira. São Paulo:
Atlas, 1989.
BRIGHAM, E. F.; GAPENSKI, L. C.; EHRHART, M. C. Administração financeira:
teoria e prática. Tradução Alexandre Loureiro Guimarães Alcântara, José Nicolas
Albuja Salazar; revisão técnica José Carlos Guimarães Alcântara. São Paulo: Atlas,
2001.
CARDEAL, J. D. A administração do caixa em empresas de pequeno porte: estudo
de casos no setor hoteleiro de Salvador – BA.
DEANGELO, H.; DEANGELO, L.; STULZ, R. M. Dividend policy and the
earned/contributed capital mix: a test of the life-cycle theory. Journal of Financial
economics, v. 81, n. 2, p. 227-254, 2006.
FORTI, C. A. B.; PEIXOTO, F. M.; ALVES, D. L. E. Factores determinantes do
pagamento de dividendos no Brasil. Revista Contabilidade & Finanças, v. 26, n. 68, p.
167-180, 2015.
LEMES JR. A. B.; RIGO, C. M.; CHEROBIM, A. P. M. S. Administração financeira:
princípios, fundamentos e práticas brasileiras. 3. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2010.
MATARAZZO, D. C. Análise financeira de balanços. 6. ed. São Paulo: Atlas, 2003.
SILVA, E. C. Como administrar o fluxo de caixa das empresas: guia prático e
objectivo de apoio aos executivos. 2. ed. São Paulo: Atlas, 2006.
SANTOS, E. O. Administração financeira da pequena e média empresa. São Paulo:
Atlas, 2001.
ZDANOWICZ, J. E. Fluxo de caixa: uma decisão de planejamento e controle
financeiro. 10. ed. Porto Alegre: Sagra Luzzato, 2004.

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A rendabilidade da empresa

  • 1. Índice 1. Introdução........................................................................................................................1 1.1. Objectivos ................................................................................................................2 1.1.1.Objectivo Geral............................................................................................................2 1.1.2. Objectivos Específicos ................................................................................................2 2. A RENDABILIDADE DA EMPRESA..............................................................................3 2.1. NÍVEIS DE RENTABILIDADE.....................................................................................4 3. TECNICAS DE ADMINISTRAÇÃO DE CAIXA..............................................................6 4. NECESSIDADES E RECURSOS FINANCEIROS ............................................................8 5. CICLO DE CAIXA ..........................................................................................................9 5.1. A IMPORTÂNCIA DO FLUXO DE CAIXA. ...............................................................10 5.2. OBJETIVOS DO FLUXO DE CAIXA..........................................................................12 5.3. Tipos de Fluxo de Caixa...............................................................................................12 5.3.1. Fluxo de Caixa Real..................................................................................................12 5.3.2. Fluxo de Caixa Planejado ..........................................................................................13 6. Conclusão ......................................................................................................................14 Bibliografia........................................................................................................................15
  • 2. 1 1. Introdução O presente trabalho que tem como tema a rendabilidade da empresa, A rentabilidade é medida pela relação entre o lucro e o investimento realizado na empresa. O controlo eficiente do caixa pode contribuir significativamente para maximização dos lucros da empresa e auxilia os empresários nas decisões para manter sua empresa no mercado. Actualmente os gestores encontram desafios para manter a empresa no mercado, como a falta de recursos próprios e o alto custo para captação de recursos terceiros, juntamente com a falta de controlo. Assim, administrar eficazmente o caixa torna-se um diferencial de sucesso para as empresas. O Fluxo de Caixa ou ciclo de caixa é o instrumento que permite ao administrador financeiro planejar, organizar, coordenar e que auxilia na previsão, visualização e controle das movimentações financeiras e controlar os recursos financeiros da empresa para determinado período, assim poderá a administração visualizar com antecedência as possibilidades de investimento, de controlo de contas a pagar, contas a receber, acompanhamento de saldos de aplicações bancárias, visando seu crescimento e sua rentabilidade.
  • 3. 2 1.1.Objectivos 1.1.1.Objectivo Geral  Fazer um estudo sobre a Rendabilidade das Empresas. 1.1.2. Objectivos Específicos  Explicar como é feita a rendabilidade das empresas e técnicas na administração de caixa.  Descrever sobre as necessidades e recursos financeiros de uma empresa.  Identificar como é composta o ciclo de caixa de uma empresa.
  • 4. 3 2. A RENDABILIDADE DA EMPRESA A rentabilidade é medida pela relação entre o lucro e o investimento realizado na empresa. Os recursos investidos nas organizações são provenientes de capital próprio, que representa os recursos investidos pelos sócios e accionistas, ou de capital de terceiros, que são os recursos de indivíduos ou entidades emprestados à empresa. Os índices de rentabilidade apontam qual a rentabilidade dos capitais investidos, ou seja, quanto renderam os investimentos e o grau de êxito económico da empresa (MATARAZZO, 2003). Ressalta-se que maior rentabilidade gera maior conforto aos gestores das empresas, aumentando a propensão ao pagamento ou crédito de dividendos (DEANGELO; DEANGELO; STULZ, 2006), além de empresas com maior rentabilidade gerarem expectativa, nos accionistas, de dividendos maiores (FORTI; PEIXOTO; ALVES, 2015). Existem inúmeras medições de rentabilidade, que permitem a avaliação dos lucros da empresa em relação a certo nível de vendas e o nível de activos ou ao volume de capital investido pelos proprietários. Para Gitman (2010), sem lucros uma empresa não poderia atrair capital externo. Além disso, destaca que os proprietários, credores e administradores preocupam-se muito com lucro, pois isso é visto como algo muito importante no mercado. Os lucros contábeis medem a diferença entre as receitas e os custos. Por outro lado, as medidas contábeis de rentabilidade não podem oferecer um padrão de comparação por ignorarem o risco. Em geral uma empresa é rentável, no sentido económico, somente quando a rentabilidade é superior àquela que os investidores poderiam conseguir em outros investimentos. Conforme Assaf Neto e Martins (1986), são indicadores que visam avaliar os resultados auferidos por uma empresa em relação a determinados parâmetros que melhor apontam suas dimensões. Suas principais bases de comparação adoptadas para o estudo dos resultados empresariais são o activo total, o património líquido e as receitas de vendas. Utiliza normalmente os resultados de lucro operacional (apurado pelos activos) e o lucro líquido (após o imposto de renda). Os indicadores de rentabilidade possibilitam relacionar o resultado final obtido pela empresa aos diferentes factores a serem remunerados, permitindo avaliar a situação económica da empresa (MATARAZZO, 2003; TRACY, 2004; GITMAN, 2010). Os índices de rentabilidade têm como objectivo demonstrar qual foi a rentabilidade dos capitais investidos em determinada organização. Para isso, o grupo desses indicadores
  • 5. 4 busca através de análise de demonstrações financeiras, encontrar a taxa de retorno sobre investimentos, retorno sobre vendas e também sobre o capital próprio. Segundo PADOVEZE e BENEDICTO (2007), a análise da rentabilidade pode ser considerada como uma das mais importantes para a análise das demonstrações financeiras, pois seu objectivo é apresentar o retorno do capital investido e identificar as razões que levaram a esta taxa de rentabilidade. Todo investidor ou empresário, ao realizar algum tipo de investimento espera que seu capital seja remunerado da melhor maneira possível, e da mesma forma, fornecedores e financiadores de capital querem ter a certeza de que o investimento seja capaz de gerar lucros suficientes para honrar os financiamentos. Dentro desse contexto, as ferramentas oferecidas pelos índices de Rentabilidade, permitem que empresários e accionistas visualizem a real situação vivenciada pelos investimentos realizados no negócio, além de servirem como ferramenta de controlo e comparação. MARTINEWSKI (2009) defende que os índices de Rentabilidade indicam precisamente a rentabilidade que os capitais investidos na empresa atingiram, ou seja, quanto os investimentos empresariais obtiveram como retorno, o que determina o grau de excelência económica da empresa. Os indicadores de rentabilidade podem ser considerados como de aspecto económico, pois demonstram a capacidade de vendas de uma organização, além de indicar sua capacidade em gerar recursos e auxiliar os gestores na tomada de decisões. 2.1. NÍVEIS DE RENTABILIDADE Rentabilidade do activo A Rentabilidade do Ativo mede a capacidade de resultado produzido pela empresa em suas atividades em relação ao ativo. É a junção da margem líquida com o giro do ativo, demonstrando o potencial de capitalização da empresa, já que o lucro obtido é revertido para o BP. Também é chamada de Retorno do Investimento, pois “mede a eficácia geral da administração de uma empresa em termos de geração de lucros com os ativos disponíveis” (Gitman, 2004, p. 55). Rentabilidade do Ativo=( 𝐿𝑢𝑐𝑟𝑜 𝑎𝑐𝑡𝑖𝑣𝑜 𝐴𝑐𝑡𝑖𝑣𝑜 𝑇𝑜𝑡𝑎𝑙 )x100 Rentabilidade das vendas antes de encargos financeiros e impostos Mede a capacidade da empresa para gerar resultados quer na sequência das Vendas e outros proveitos de exploração quer a partir de aplicações financeiras e operacionais
  • 6. 5 extraordinárias, mas antes de ser considerado o custo do financiamento e o imposto sobre o rendimento Rácios de Rentabilidade das vendas antes de impostos Este indicador permite, quando comparado com a rentabilidade das vendas e outros proveitos de exploração, antes de encargos financeiros e impostos, detectar o peso dos encargos financeiros no resultado. Para empresas muito endividadas a diferença entre os dois rácios é, geralmente, bastante significativa. Rentabilidade líquida das vendas Obtém-se a partir da margem líquida obtida pela empresa após a dedução de todos os encargos. Este indicador indica quanto os donos da empresa ganham por cada euro que vendem Quando comparado com a Rentabilidade das vendas antes de impostos, determinar o peso do imposto sobre o rendimento indicando que parcela das vendas é canalizada para o imposto. O valor encontrado para a rentabilidade líquida das vendas e outros proveitos de exploração depende de diversos factores: o sector; política de preços; estrutura de custos operativos; resultado das aplicações financeiras; resultados extraordinários; nível de endividamento e encargos financeiros suportados Rentabilidade Financeira A rendibilidade dos capitais próprios analisa a remuneração que eles geram. Este rácio pode considerar-se o mais importante em finanças empresariais. Mede a rentabilidade absoluta entregue aos accionistas. Um bom número traz êxito ao negócio, tornando fácil atrair novos fundos que permitirão à empresa crescer, havendo condições favoráveis de mercado, e isso, por sua vez, conduz a maiores proveitos. É a medida de eficiência privilegiada dos accionistas e investidores. Rentabilidade de Produção Exprime a geração de fundos que a produção proporciona após remunerar os diferentes factores produtivos e pagar os impostos que incidem sobre o rendimento das sociedades, Adequado para empresas industriais.
  • 7. 6 Rentabilidade operativa das vendas É independente da política financeira adoptada pela empresa (antes de encargos financeiros) e a incidência fiscal resultante da sua política de investimento (dotações às amortizações), dependendo evidentemente, do sector de actividade em causa e do grau de integração vertical do ciclo de produção. Mede a capacidade da empresa para gerar resultados a partir das vendas e dos outros proveitos de exploração -A melhoria deste indicador pode surgir na sequência de: -Uma política de preços de venda diferente -Uma quantidade vendida decorrente de uma melhor implementação da empresa no mercado, do lançamento e novos produtos e da conquista de novos mercados -Um mix de produtos vendidos mais interessante -Uma estrutura de custos mais eficiente -Redução dos preços dos factores produtivos 3. TECNICAS DE ADMINISTRAÇÃO DE CAIXA O caixa é composto por valores em moeda, mantidos na tesouraria da empresa ou depositados em contas correntes bancárias, de liquidez imediata, e livre para serem usados a qualquer momento (LEMES JR; RIGO; CHEROBIM, 2010). Para os autores, a gestão do caixa é de responsabilidade da tesouraria da empresa, que tem como função acompanhar os reflexos das políticas de investimentos, de vendas, de crédito, de compras e estoques. O gestor de caixa participa das definições dessas políticas oferecendo orientação para evitar problemas com a liquidez da empresa. Para administrar o caixa é importante a utilização do orçamento ou planejamento de caixa, pois demonstra as entradas e saídas de caixa projectadas da empresa durante algum período de tempo especificado (BRIGHAM; GAPENSKI; EHRHARDT, 2001). As principais contas patrimoniais operacionais que possuem forte impacto no caixa são: contas a receber, contas a pagar e estoque. Quando comprado à vista, o estoque tem forte impacto no caixa, pois é sentido imediatamente, e quando comprado a prazo, o impacto será mediante o pagamento da duplicata. As contas a receber são advindas das vendas a prazo e as contas a pagar são provenientes de compras a prazo, obrigações fiscais e trabalhistas e fornecem recursos para financiar os activos operacionais (SILVA, 2006).
  • 8. 7 O planejamento de caixa estabelece com antecedência as acções que serão executadas para atingir os objectivos fixados, pois a geração de caixa é considerada a principal forma de financiamento, sendo que a incapacidade de gerar caixa compromete a liquidez e, consequentemente, a sobrevivência da organização (BRAGA, 1989). De acordo com Cardeal (2006), muitos são os casos de empresas que, mesmo apresentando lucro no exercício, com demanda para seus produtos e bom posicionamento de mercado, não conseguem sobreviver em função da má administração do caixa. A inexistência de uma gestão de caixa eficaz pode levar uma empresa à falência. Segundo Silva (2006), existem algumas funções básicas da administração do caixa: a) Controlar os recursos financeiros que se encontram disponíveis nos bancos e em caixa; b) Elaborar e verificar a demonstração do fluxo de caixa realizado; c) Prover recursos para atender a escassez de caixa; d) Aplicar os recursos excedentes do caixa; e) Verificar alternativas de financiamento de capital de giro; f) Analisar antecipações de recebimentos e pagamentos. Administrar o caixa abrange as actividades de planejamento e controle do caixa e das aplicações de curto prazo, sendo o fluxo de caixa uma das ferramentas mais importantes que se apresenta na administração destes recursos (CARDEAL, 2006). O controlo de caixa é uma actividade que lida com as sobras ou insuficiência de caixa e busca fazer uma distribuição dos saldos de acordo com os prazos. O controlo é uma actividade que não possui vínculos com o planejamento de caixa, mas as duas actividades se complementam (SANTOS, 2001). Na percepção de Hoji (2003), o controle eficiente do caixa contribui significativamente para maximização dos lucros da empresa. A finalidade da gestão do caixa é manter um saldo adequado à suas actividades, devido aos fluxos de recebimentos e pagamentos. O saldo apropriado de caixa envolve um equilíbrio entre os custos de oportunidade da manutenção de um saldo excessivo e os custos de transacção decorrentes da manutenção de um saldo muito pequeno (MACHADO, 2002).
  • 9. 8 4. NECESSIDADES E RECURSOS FINANCEIROS O ato de gerenciar uma empresa exige do administrador, além de horas de trabalho e uma elevada energia emocional, um amplo conhecimento sobre o mercado em que pretende actuar, sobre sua concorrência, sobre a administração de empresas e suas especificidades, tal como as finanças. A administração financeira tem como um de seus objectivos que a empresa opere com baixos custos e alta rentabilidade. Para que isso ocorra, não é permitido que ocorra qualquer tipo de indecisão sobre o que fazer com os recursos financeiros da empresa, principalmente no que tange ao curto prazo, para que seja garantida a liquidez do negócio. Com a aplicação do fluxo de caixa como um instrumento de auxílio na gestão financeira, é possível prognosticar possíveis períodos em que ocorrerão sobras ou falta de recursos financeiros no caixa, contribuindo assim, para que o administrador financeiro tome as medidas necessárias para prevenir tais fatos. Para Assef Neto (2002, p. 35), [...] o fluxo de caixa é de fundamental importância para as empresas, constituindo-se numa indispensável sinalização dos rumos financeiros dos negócios. Para se manterem em operação, as empresas devem liquidar correctamente seus vários compromissos, devendo como condição básica apresentar o respectivo saldo em sue caixa nos momentos dos vencimentos. A insuficiência de caixa pode determinar cortes nos créditos, suspensão de entregas de materiais e mercadorias, e ser causa da descontinuidade em suas operações. Na maior parte das empresas, suas dificuldades financeiras tem relação directa com desequilíbrio entre a entrada e saída de recursos financeiros do caixa. Como o fluxo de caixa retrata as origens e saídas de recursos financeiros da empresa, conforme as efectivas datas de recebimentos e pagamentos, possibilita a realização de uma avaliação entre as receitas e despesas. É importante é ressaltar que, para um bom equilíbrio financeiro da empresa o volume das entradas e saídas de caixa necessitam estar equilibradas, de acordo com o que afirma Campos Filho (1999, p. 23) “[...] o ritmo das entradas de caixa provenientes das operações deve estar coerente com os desembolsos por elas provocadas [...]”. Para que a empresa mantenha um equilíbrio constante de seus recursos financeiros, é necessário que haja um constante monitoramento por parte da administração financeira, mantendo o foco nos factores que podem gerar falta de recursos na empresa, e consequentemente, desequilibrá-la financeiramente. Nesse sentindo, o planejamento do fluxo de caixa é um instrumento que pode ser utilizado pelas empresas para sanar tais
  • 10. 9 problemas, porque de acordo com Zdanowicz (2004, p.54): “É o instrumento mais preciso e útil para levantamentos financeiros a curtos e longos prazos”. Uma empresa que mantém um fluxo de caixa actualizado poderá dimensionar de maneira mais precisa a quantidade de ingressos e de desembolsos de recursos financeiros, assim como fixar o nível de caixa desejado para o período seguinte. Para que isso aconteça, o planejamento de caixa surge como um importante instrumento, e Zdanowicz (2004, p. 55) indica dois motivos para se planejar o fluxo de caixa: - Indica com certa antecedência as necessidades de recursos financeiros para os vários compromissos assumidos, com data certa para serem liquidados. - Permite que se visualizem os períodos em que ocorrerá diminuição dos recursos ingressastes, seja por questões de mercado, seja por questões económicas regional e/ou nacional, para que a empresa não programe desembolsos vultuosos para esses período. É inegável que as empresas necessitam controlar seus valores a receber e a pagar, diante disso, o fluxo de caixa projectado surge como uma importante ferramenta a ser utilizada, possibilitando a verificação da existência de possíveis excedentes de caixa e a melhora maneira de aplicá-los, como também a possibilidade de prever possíveis ausências de recursos e as possibilidades de financiamentos com o intuito de evitar futuras dificuldades. Para Zdanowicz (2004, p. 22) o planejamento do fluxo de caixa é “um instrumento utilizado para elaborar, de forma eficaz e eficiente, o planejamento e o controle financeiros das actividades e de capital da empresa, auxiliando na tomada de decisão”. 5. CICLO DE CAIXA O fluxo de caixa é uma maneira simples e visualmente fácil de representar as quatro dimensões do dinheiro, pois trata-se da ocorrência das entradas e saídas do dinheiro em determinado período que podem ser dias, semanas, meses, trimestres, semestres, anos etc. (ROSSETTI et al., 2008). O autor destaca que normalmente os fluxos de caixa que representam entradas e saídas de caixa nas empresas são diários, mensais ou anuais. Para decisões de investimentos de curto prazo, na maioria das vezes, adopta-se o fluxo de caixa e para decisões de investimento a longo prazo, divide-se o tempo em semestres e anos. Conforme D’Avila (2011), o fluxo de caixa é o instrumento utilizado pelo administrador financeiro, com a finalidade de detectar se o saldo inicial de caixa adicionado ao
  • 11. 10 somatório de ingressos, menos o somatório de desembolsos em determinado período, apresentará excedentes de caixa ou escassez de recursos financeiros pela empresa. O fluxo de caixa é uma ferramenta importante, pois envolve todos os sectores da empresa com o objectivo de maximizar a produtividade, as receitas e ainda controlar os prazos de pagamentos, planejar compras e demais negociações, entre outros benefícios. Segundo Santos (2001), o fluxo de caixa possui quatro finalidades básicas: a) Planejar a contratação de empréstimos e financiamentos; b) Maximizar o rendimento das aplicações de sobras de caixa; c) Avaliar o impacto financeiro de variações de custo; d) Avaliar o impacto financeiro de aumento de vendas. Conforme Cardeal (2006), a determinação de um saldo mínimo de caixa possibilita a capacidade de melhor gerenciamento, e o acompanhamento diário destes recursos determinará as decisões e a consecução da rentabilidade. O fluxo de caixa faculta este acompanhamento, pois neles são registados os recursos a receber e a pagar. A organização que planeja o fluxo de caixa consegue prever antecipadamente sua capacidade de pagamento antes de assumir seus compromissos financeiros e têm um planejamento adequado para os períodos de sazonalidade do mercado (ALMEIDA; ALVARENGA, 2012). O fluxo de caixa informa quanto a capacidade que a empresa tem para liquidar seus compromissos financeiros a curto e longo prazo. Desta forma, é possível afirmar que o fluxo de caixa é uma ferramenta indispensável para a administração financeira e controle dos recursos que deverão ficar disponíveis em caixa. É fundamental para sinalizar os rumos que as finanças de uma empresa devem tomar. Segundo Caixeta (2012), a aplicação do fluxo de caixa como ferramenta gerencial não implica dizer que a empresa resolverá todos os seus problemas financeiros, mas que minimizará os erros visando um equilíbrio financeiro. 5.1. A IMPORTÂNCIA DO FLUXO DE CAIXA. O fluxo de caixa, definido como controle das entradas e saídas financeiras das empresas, e proporciona uma visão geral como: pagamento, recebimentos, compra de matéria-prima e mercadorias, impostos entre outros. Permite ainda projectar, para determinado período, suas disponibilidades e conhecer antecipadamente suas
  • 12. 11 necessidades, mediante controlo e acompanhamento das entradas e saídas de recursos financeiros. Fluxo de caixa é uma demonstração das entradas e saídas de recursos na empresa, para um determinado período de tempo, podendo ser diário, semanal ou também mensal, para a elaboração de um fluxo de caixa, inicialmente, deve-se definir o prazo desejado para fazer as projecções e relacionar todas as receitas e despesas existentes e as previstas para realizarem-se as projecções. A administração do fluxo de caixa esta inserida no contexto de finanças das empresas, é através dele que tem o entendimento de como as organizações geram, aplicam e gerenciam seus recursos financeiros, ou também em um conjunto de que tem por objectivo preservar e assegurar a saúde financeira das empresas em geral. Conforme Quintana, (2009, p.13). A Demonstração do Fluxo de Caixa, além de ser um importante documento contábil, pode contribuir de forma expressiva para a gestão financeira, pois grande parte dos fatos que ocorrem nas empresas envolve a movimentação de recursos financeiros. Por isso, a gestão financeira acaba tornando-se um elemento indispensável no processo de gestão das empresas. De acordo com o autor o fluxo de caixa envolve movimentação de recursos financeiros sendo imprescindível sua utilização e tem relevante importância na gestão das organizações, se considerado como um instrumento gerencial é aquele que permite apoiar o processo decisório da organização, de maneira que ela esteja orientada para os resultados pretendidos e evidenciar a existência de ferramentas eficazes na gestão empresarial. A projecção de fluxo de caixa permite avaliar a capacidade da empresa de gerar recursos, retratando a situação real da empresa. Precisando dispor de informações de entradas e saídas, contas á receber e contas á pagar. Sendo a principal dificuldade é de gerenciar adequadamente as informações financeiras. Com a adequada formulação do fluxo de caixa obtém-se a real posição de liquidez, se conhecem quais as variações que provocaram as alterações na liquidez, tendo em vista as alternativas de movimentação de fundos, assim como as políticas que devem ser orientadas para o planejamento de liquidez.
  • 13. 12 5.2. OBJETIVOS DO FLUXO DE CAIXA O fluxo de caixa ajuda ao empreendedor á tomar decisões e ainda permitir diversas situações tais como, instrumento de controlo que auxilia com previsão, visualização e controlar as movimentações financeiras da empresa, possibilitar o planejamento melhor das acções futuras e acompanhar seu desempenho. Projecções de receitas de vendas, recebimentos e cobrança, despesas financeiras, avaliar se as vendas presentes serão suficientes para cobrir desembolsos futuros, calcular momentos ideais para reposição de estoques, saber se é possível conceder prazo para pagamento ao clientes, planejar prazos de pagamentos e recebimentos, auxiliar o empresário ou gestor a tomar decisões antecipadas sobre o fluxo financeiro da empresa. Controlar as entradas e saídas de caixa num período determinado de tempo, diário, mensal ou vários meses. Auxiliar o empresário ou gestor de negócios a tomar decisões antecipadas sobre o fluxo financeiro da empresa, demonstrar a situação do Caixa da empresa de forma antecipada, permitindo eventuais ajustes quando for necessário. 5.3. Tipos de Fluxo de Caixa Podendo ser elaborado de duas formas: Fluxo de Caixa Planejado ou Projectado e Fluxo de Caixa Real ou Realizado. Pode ser utilizado o Fluxo de Caixa Real ou o Fluxo de Caixa Planejado. O Real são as movimentações que estão ocorrendo na empresa, sendo feitas através do disponível da empresa. Já, o Planejado é feito através de dados que serão recebidos ou pagos futuramente, para saber em quais períodos haverá dessintonia entre os ingressos e saídas de numerários, antecipando se às decisões futuras. (GIMENES et al., 2011, p.2) Ambos os tipos de fluxo de caixa necessitam estar em sintonia para que possa obter o controlo do que na realidade aconteceu e do que foi planejado. 5.3.1. Fluxo de Caixa Real O Fluxo de Caixa Real ou Realizado registra o que de fato está ocorrendo na movimentação dos numerários da empresa, através das entradas e saídas de dinheiro. Tófoli (2008), O Fluxo de Caixa Real registra os fatos efectivos de movimentação de numerários que ocorrem na empresa. Conforme José Segundo Filho (2005), a boa gestão de caixa é um dos factores mais importantes para a liquidez e rentabilidade de empresa.
  • 14. 13 Faz necessário que a empresa utilize o Fluxo de Caixa para obter um controle eficiente em relação aos recursos da empresa, por meia dessa ferramenta será obtida as informações em relação à liquidez da empresa. 5.3.2. Fluxo de Caixa Planejado O Fluxo de Caixa Planejado ou projectado tem como um dos seus objectivos principais planejar e controlar o máximo como serão feitas as destinações do controle de sobras e faltas de recursos do próximo mês, utilizando como factor primordial o Fluxo de Caixa Real que fornecerá os dados precisos que de fato ocorreram na empresa, através desses poderá ser constituído o Fluxo de Caixa Planeja para o próximo mês. O Fluxo de Caixa Planejado pode ser constituído em várias periodicidades, tais como: a) Diário; b) Semanal; c) Quinzenal; d) Mensal; e) Anual; f) Quinquenal.
  • 15. 14 6. Conclusão Chegado ao fim deste trabalho concluímos que a rentabilidade de uma empresa é medida pela relação entre o lucro e o investimento realizado na empresa. Os recursos investidos nas organizações são provenientes de capital próprio, que representa os recursos investidos pelos sócios e accionistas, ou de capital de terceiros, que são os recursos de indivíduos ou entidades emprestados à empresa. A administração financeira é uma técnica ou ferramenta utilizada para controlar com eficiência as finanças da empresa, de forma a englobar variáveis como a concessão de crédito para clientes, o planejamento empresarial, a análise de investimentos ou meios viáveis para a obtenção de recursos.
  • 16. 15 Bibliografia BRAGA, Roberto. Fundamentos e técnicas de administração financeira. São Paulo: Atlas, 1989. BRIGHAM, E. F.; GAPENSKI, L. C.; EHRHART, M. C. Administração financeira: teoria e prática. Tradução Alexandre Loureiro Guimarães Alcântara, José Nicolas Albuja Salazar; revisão técnica José Carlos Guimarães Alcântara. São Paulo: Atlas, 2001. CARDEAL, J. D. A administração do caixa em empresas de pequeno porte: estudo de casos no setor hoteleiro de Salvador – BA. DEANGELO, H.; DEANGELO, L.; STULZ, R. M. Dividend policy and the earned/contributed capital mix: a test of the life-cycle theory. Journal of Financial economics, v. 81, n. 2, p. 227-254, 2006. FORTI, C. A. B.; PEIXOTO, F. M.; ALVES, D. L. E. Factores determinantes do pagamento de dividendos no Brasil. Revista Contabilidade & Finanças, v. 26, n. 68, p. 167-180, 2015. LEMES JR. A. B.; RIGO, C. M.; CHEROBIM, A. P. M. S. Administração financeira: princípios, fundamentos e práticas brasileiras. 3. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2010. MATARAZZO, D. C. Análise financeira de balanços. 6. ed. São Paulo: Atlas, 2003. SILVA, E. C. Como administrar o fluxo de caixa das empresas: guia prático e objectivo de apoio aos executivos. 2. ed. São Paulo: Atlas, 2006. SANTOS, E. O. Administração financeira da pequena e média empresa. São Paulo: Atlas, 2001. ZDANOWICZ, J. E. Fluxo de caixa: uma decisão de planejamento e controle financeiro. 10. ed. Porto Alegre: Sagra Luzzato, 2004.