O documento descreve a vida e obra de Abel Salazar, médico e artista português nascido em 1889. Abel Salazar formou-se em medicina na Escola Médico-Cirúrgica do Porto e tornou-se professor catedrático de Histologia e Embriologia na mesma instituição em 1919, onde fundou o Instituto de Histologia. Foi afastado da universidade pelo regime do Estado Novo em 1935 devido às suas ideias progressistas. Após isso, dedicou-se à escrita, arte e ativismo político.
Abel Salazar, o médico artista - Artur Filipe dos Santos - História do Porto
1. ABEL SALAZAR
Artur Filipe dos Santos 1
Coleção de Manuais da Universidade
Sénior Contemporânea
Professor Doutor
Artur Filipe dos Santos
Cadeira de
HISTÓRIA DO PORTO
O Médico Artista
2. AUTOR
Artur Filipe dos Santos
artur.filipe@uvigo.es
www.arturfilipesantos.wix.com/arturfilipesantos
www.politicsandflags.wordpress.com
www.omeucaminhodesantiago.wordpress.com
Artur Filipe dos Santos, Doutorado em Comunicação, Publicidade Relações Públicas e
Protocolo, pela Universidade de Vigo, Galiza, Espanha, Professor Universitário,
consultor e investigador em Comunicação Institucional e Património, Protocolista.
Director Académico e Professor Titular na Universidade Sénior Contemporânea,
membro da Sociedad de Estudios Institucionales, Madrid, Espanha, membro da Direção
do OIDECOM-Observatório Iberoamericano de Investigação e Desenvolvimento em
Comunicação, membro da APEP- Associação Portuguesa de Estudos de Protocolo.
Professor convidado e membro do Grupo de Investigação em Comunicação (ICOM-X1)
da Faculdade de Ciências Sociais e da Comunicação da Universidade de Vigo, membro
do Grupo de Investigação em Turismo e Comunicação da Universidade de Westminster.
Professor convidado das Escola Superior de Saúde do Instituto Piaget (Portugal).
Orador e palestrante convidado em várias instituições de ensino superior. Formador em
Networking e Sales Communication no Network Group +Negócio Portugal.
Especialista na temática dos Caminhos de Santiago, aborda esta temática em várias
instituições de ensino e em várias organizações culturais.
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Artur Filipe dos Santos - artur.filipe@uvigo.es
3. A Universidade Sénior
Contemporânea
Web: www.usc.pt
Email: usc@usc.pt
Edições online: www.edicoesuscontemporanea.webnode.com
A Universidade Sénior Contemporânea é uma instituição
vocacionada para a ocupação de tempos livres dos indivíduos que
se sintam motivados para a aprendizagem constante de diversas
matérias teóricas e práticas, adquirindo conhecimentos em
múltiplas áreas, como línguas, ciências sociais, saúde,
informática, internet, dança, teatro, entre outras, tendo ainda a
oportunidade de participação em actividades como o Grupo de
Teatro, Coro da USC, USC Web TV, conferências, colóquios, visitas
de estudo. Desenvolve manuais didáticos das próprias cadeiras
lecionadas(23), acessíveis a seniores, estudantes e profissionais
através de livraria online.
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Universidade Sénior Contemporânea – www.usc.pt
4. AbelSalazar
Abel Salazar
1889-1946
Médico, cientista, professor, artista plástico,
crítico de Arte, prosador epensador
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“O médico que só sabe medicina nem medicina sabe”.
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Abel Salazar, o Médico Artista
5. AbelSalazar
Abel Salazar
1889-1946
Médico, cientista, professor, artista plástico, crítico de Arte,
prosador epensador
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(...)"Inteligência deslumbradora, tudo abrangendo e tudo compreendendo; sempre numa
atitude de firme tolerância, que é a única arma capaz de romper os diques que a intolerância
opõe à libertação do espírito; alma de generosidade espontânea, dissipando às mãos cheias os
primores da Ciência e da Arte para que todos os colham e considerem seu património; Abel
Salazar é figura dum transcendente humanismo, ultrapassando o tempo e o meio em que
viveu."(...)
(Discurso proferido pelo Dr. Eduardo dos Santos Silva no funeral do Sr. Professor Abel Salazar)
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Abel Salazar, o Médico Artista
6. AbelSalazar
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A 19 de Julho de 1889, nasceu em Guimarães Abel Salazar, filho mais velho de Adolfo Barroso
Pereira Salazar e de Adelaide da Luz Silva Lima Salazar.
Na "cidade berço", o seu pai trabalhava como secretário e bibliotecário da Sociedade Martins
Sarmento, era professor de Francês na Escola Industrial Francisco de Holanda e escrevia na
"Revista Guimarães". Nesta cidade, Abel Salazar completou a escola primária e fez parte dos
estudos liceais no Seminário-Liceu, onde foi colega de Manuel Gonçalves Cerejeira, futuro
Cardeal Patriarca.
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História do Porto – Artur filipe dos Santos
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7. A exclusão do Francês dos currículos escolares vimaranenses terá motivado a vinda
da família para o Porto.
Em 1903 ingressou no Liceu Central do Porto, em S. Bento da Vitória, onde concluiu a
7ª classe de Ciências (1906-1907). Já então se fazia notar o seu sentido republicano e
democrático, que viria a marcar toda a sua vida. Inspirado pelo momento político,
publicou, com outros estudantes, um jornal escolar de pendor republicano ("O
Arquivo"), que refletia, não só os seus interesses pelos ideais revolucionários, mas
também as suas aptidões artísticas, uma vez que encarregou de fazer caricaturas de
colegas e de professores.).
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8. Em 1909 matriculou-se na Escola Médico-Cirúrgica do Porto,
provavelmente por influência familiar, pois mais tarde confessaria que o
seu desejo era mesmo "tirar" Engenharia Civil.
Perdeu a Engenharia e ganharam as Ciências da Saúde. Obteve o
diploma em 1915 com a apresentação da tese "Ensaio de Psicologia Filosófica", à
qual foi atribuída a classificação de vinte valores.
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9. Em 2 de Maio de 1914 foi nomeado 2º assistente provisório
da 4º classe - Anatomia - Patológica, passando a 1º
assistente provisório da 8ª classe - Medicina - por decreto de
23 de Outubro de 1915. Por deliberação do Conselho Escolar,
foi contratado para reger a cadeira de Histologia, em 18 de
Outubro de 1916, sendo pelo decreto de 21 de Abril de 1917
nomeado professor extraordinário da 2ª classe - Histologia e
Fisiologia.
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10. Foi, depois, provido no lugar de professor ordinário
(artº 105º do decreto nº 4554 do Estatuto
Universitário, publicado no Diário do Governo de 9
de Julho de 1918), em 1918.
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11. Em 1919, apenas com 30 anos, foi professor
catedrático de Histologia e Embriologia.
Nesse mesmo ano fundou e dirigiu o Instituto
de Histologia e Embriologia, centro
homologado pelo Senado da Universidade do
Porto, na sessão de 4 de Agosto, juntamente com o
Instituto de Anatomia, cuja direcção foi entregue a Joaquim
Alberto Pires de Lima, renomado médico e etnógrafo
(clique no link para ver as obras deste autor).
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Romanceiro Minhoto
De Joaquim Alberto
Pires de Lima
12. O Instituto de Histologia tinha uma dotação
financeira irrisória e, em toda a sua existência,
lutou sempre com a aflitiva falta de recursos;
contudo, isso não desencorajou Abel Salazar que
conseguiu realizar aí brilhantes trabalhos de
investigação.
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13. Enquanto cientista e professor representou a
Faculdade de Medicina da Universidade do
Porto em diversos congressos e visitas pela
Europa.
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14. Como professor, foi original: nas aulas seguiu uma inovadora orientação
pedagógica, com a qual defendia um ensino aberto apoiado na observação, na
investigação e na discussão científica e promovia o autodidatismo dos alunos.
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15. Na sua vertente de investigador, efetuou várias pesquisas para clarificar a
estrutura e evolução do ovário, criando o famoso método de coloração tano-
férrico, de análise microscópica (Método tano-férrico de Salazar). Entre 1919 e
1925 o seu trabalho ganhou fama mundial.
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16. Sendo editado em inúmeras revistas científicas. Publicou cento e treze
trabalhos científicos nas áreas dos aparelhos de Golgi e Para Golgi,
Método Tano-Férrico, ovário, tecido conjuntivo, anatomia do cérebro,
tecido celular, sangue, técnica de desenho microscópico e outros temas.
Com Athias Marck e Celestino da Costa, fundou os Arquivos Portugueses
de Ciências Biológicas, que chegou a dirigir.
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17. Em 1921 casa-se com Zélia de Barros, de quem não
chegou a ter filhos. Em 1926, ao fim de 10 anos de um
notável trabalho, mas em condições adversas, sofreu um
esgotamento e interrompeu a sua atividade por um
período de 4 anos.
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18. Quando regressou à faculdade em 1931,
cheio de projetos, teve uma enorme
desilusão: o Instituto, o seu instituto
encontrava-se praticamente ao
abandono e desprovido da biblioteca,
entretanto absorvida por Anatomia.
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19. Nos anos que se seguiram ao reinício da vida ativa, reconstruiu
o laboratório e prosseguiu o trabalho nas suas diversas áreas de
interesse, tais como a Ciência, a Arte e a Filosofia. Participou em
dois "Congressos dos Anatomistas" (a 27ª e 28ª reuniões,
respetivamente em 1932, em Nancy, e em Lisboa, em 1933) e
escreveu obras e artigos, nomeadamente na revista "Medicina"
dos Estudantes de Medicina de Lisboa.
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20. Abel Salazar foi afastado da Universidade em 1935 ("da
sua cátedra e do laboratório, estando proibido de
frequentar a biblioteca e de se ausentar do país).
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21. O regime do Estado Novo invoca "a
influência deletéria da sua ação pedagógica
sobre a mocidade universitária" (Portaria
de 5 de Junho de 1935), Abel Salazar
abandona a docência.
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Na mesma altura, foram também expulsos outros
professores da Universidade do Porto, como Aurélio
Quintanilha, Manuel Rodrigues Lapa, Sílvio Lima e
Norton de Matos.
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Antigo edifício da Faculdade
de Medicina da Universidade
do Porto.
Atualmente é o Instituto de
Ciências Biomédicas Abel
Salazar
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Fora da Universidade centrou, então, as suas preocupações no domínio dos
problemas sociais, filosóficos (ideais progressistas), políticos (antifascista),
estéticos e literários, assim como na produção artística. Como pensador, escreveu
essencialmente sobre a filosofia das Ciências e das Religiões, em livros, revistas e
jornais como "O Diabo", "Sol Nascente", "O Trabalho", "Esfera" e "Seara Nova".
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A Seara Nova é uma revista fundada em Lisboa, no ano de
1921, por iniciativa de Raul Proença e de um grupo de
intelectuais portugueses da época.
Na sua origem era uma publicação essencialmente
doutrinária e crítica, assumidamente com fins pedagógicos e
políticos. Ainda existe na atualidade, tendo mudado a sua
periodicidade para publicação trimestral
24. apreciável número de trabalhos científicos no Arquivo de Patologia Pública. Em 1944 publica Hematologia.
Nos Anos 30 na qualidade de prosador, deu à estampa crónicas
do tempo passado no exílio parisiense e pitorescas descrições em
obras como "As recordações do Minho Arcaico". Na sua vertente de
crítico de arte elaborou, entre outros, exaustivos estudos sobre
Henrique Pousão, Soares dos Reis e Columbano.
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25. apreciável número de trabalhos científicos no Arquivo de Patologia Pública. Em 1944 publica Hematologia.
E na vertente de artista autodidata, produziu na sua casa uma vasta obra na qual são
latentes o espírito humanista e o gosto pela experimentação, composta por: gravuras,
pinturas (paisagens, retratos, ilustração da vida da mulher trabalhadora e da mulher
parisiense), pintura mural, aguarelas, desenhos, caricaturas, escultura e invulgares e
muito apreciados cobres martelados.
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26. Em 1941, numa aberta da Ditadura, dirigiu o Centro de Estudos
Microescópicos, da Faculdade de Farmácia da Universidade do
Porto, criado pelo Instituto para a Alta Cultura, por sugestão do
Professor Mário de Figueiredo, Ministro da Educação Nacional.
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Casa-Museu Abel Salazar, em S. Mamede de Infesta. O espaço museológico foi inaurgurado em 1947
27. Apesar das evidentes restrições financeiras e materiais, prosseguiu a sua
investigação, contando com a colaboração de Adelaide Estrada. A partir de
1942 trabalhou igualmente com o Instituto Português de Oncologia, a
convite de Francisco Gentil, vindo a publicar um apreciável número de
trabalhos científicos no Arquivo de Patologia Pública. Em 1944
publica Hematologia.
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Casa-Museu Abel Salazar, em S. Mamede de Infesta. O espaço museológico foi inaurgurado em 1947
28. Falece a 29 de Dezembro de 1946. As qualidades deste
extraordinário homem da arte e da ciência foram enaltecidas
pelos Drs. Lobo Vilela, Ruy Luís Gomes, Eduardo dos Santos
Silva, Virgílio Marques Guedes e Araújo Lima e pelo
estudante Carlos Barroso. O ataúde foi carregado aos
ombros de cidadãos anónimos, que de dez em dez passos,
eram rendidos.
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29. Junto ao mausoléu, as palavras finais foram proferidas pelo Dr.
Barata da Rocha. No dia seguinte, 1 de Janeiro de 1949, o seu amigo
pessoal, Dr. Ruy Luís Gomes foi detido pela polícia política e
interrogado acerca do que se passara no funeral.
No ano da sua morte, foi instituída a Fundação Abel Salazar, com
os objetivos de preservar e divulgar a sua valiosa e diversificada
obra-
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Casa-Museu, criada em 1947 pela Fundação Abel Salazar
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Uma obra constituída por esculturas, desenhos, manequins, pinturas, paisagens,
cobres martelados, retratos a óleo e trabalhos em gravura (águas fortes, pontas
secas e monotipias). Anos depois, em 1965, a Fundação Calouste Gulbenkian
adquiriu a sua casa, em S. Mamede Infesta, Matosinhos, onde vivera durante 30
anos, e todo o seu recheio. Em 1971, a mesma instituição comprou a coleção de
obras do artista, que estavam na posse de sua irmã. A Fundação Calouste
Gulbenkian patrocinou obras de restauro da Casa e Museu e construiu um
pavilhão de exposições, tendo, em 1975, doado este precioso espólio à
Universidade do Porto.
Desde 1989 que a Casa é gerida pela Associação Divulgadora da
Casa-Museu.
Integra a Rede Portuguesa de Museus.
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31. Obras de arte de Abel Salazar
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32. Obras de arte de Abel Salazar
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33. Obras de arte de Abel Salazar
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34. Muitos dos documentos relativos à vida e obra de Abel Salazar podem ser
consultados na Casa-Museu, em S. Mamede de Infesta, Matosinhos ou no
site casacomum.org , projeto online realizado pela Fundação Mário Soares
O documento que se encontra na imagem srge no seguimento de um
desacordo com o escritor, pensador e político António Sérgio devido a uma
publicação do autor nascido em Damão, índia, no nº 515 do Seara Nova.