Meus destaques do Summit Mobilidade Estadão 2018

Meus destaques do
Summit Mobilidade Urbana
Latam 2018
- Ana Paula Rocha -
São Paulo, 25 de maio de 2018

Gabe Klein – co-fundador da CityFi, empresa dos EUA
que atua no “gerenciamento de transformações urbanas”
“É menos sobre
transporte e mais
sobre automação”

Gabe Klein – CityFi
Resgatou como os espaços urbanos eram inicialmente usados
pelas pessoas a pé, com poucos veículos. Esses, por sua vez,
quando existiam, eram em sua maioria coletivos

Falência dos sistemas de uso
de transporte individual em
todo o mundo

88% dos novos domicílios de
Washington DC são car-free, ou
seja, não possuem vagas de
garagem
Geração Z não tem mais a
ambição de possuir carros
(ponto também exposto por
outros palestrantes)

Tendência de crescimento na
oferta de serviços de delivery,
para evitar que as pessoas
tenham que se deslocar para
comprar produtos.

Quanto seu deslocamento
custa para a sociedade?
Estudo mostrou que ao dirigir
um carro individual, a cada um
dólar gasto pelo motorista, a
sociedade como um todo gasta
cerca de 9 dólares

Metrópoles mundiais cada vez
mais restringem o acesso de
carros aos centros das cidades:
caso mais consolidado é o de
Paris. Oslo, na Noruega,
também está atuando neste
sentido
“Quando Paris fechou sua via principal para carros, metade de
seu congestionamento simplesmente desapareceu”

Tratou sobre design de vias, de forma
a identificar claramente que tipo de
veículo pode transitar em cada
espaço, dando mais segurança e
fluidez aos veículos coletivos.

Arquivos interessantes disponíveis para download
Disponível para download em:
https://globaldesigningcities.org/wp-content/uploads/
guides/global-street-design-guide.pdf
Disponível para
download em:
http://www.urbanmobilityla.com/download/

Ao falar sobre os veículos autônomos,
mostrou o exemplo deste protótipo,
que transportaria no máximo 12
pessoas, trafegando nas vias de
menor tráfego – informação recebida
por sistema de GPS. Foi desenvolvido
por um colombiano chamado Edgar
Sarmiento

Debate sobre propostas públicas para os próximos anos
Diretora de Pesquisa e
Políticas Públicas da 99, app
para transporte em veículos
individuais, Ana Guerrini
apresentou dados da
empresa que mostram que
em cidades como Fortaleza, o
maior uso do app se dá nos
bairros mais pobres
Os mapas ao lado mostram
em vermelho as áreas com
maior concentração de
veículos e em verde as áreas
de bairros mais ricos, para
ilustrar isso.

O mesmo se observa em São Paulo

Altos índices de uso do 99 para
deslocamentos que têm como
origem ou destino as estações de
metrô ou grandes terminais de
ônibus.
99 tem feito parcerias com
prefeituras para cedência e análise
de dados de tráfego, inclusive Porto
Alegre.

Para a prefeitura de Porto Alegre,
99 está desenvolvendo um mapa de
congestionamento

Diretora executiva do Instituto de
Políticas de Transporte e
Desenvolvimento, Clarisse Linke
trouxe dados com projeções de
frota de veículos, ressaltou a
importância de haver mudanças
estruturais nos sistemas de
transporte público.
Considera que o 99 e outros apps
do tipo estão preenchendo uma
lacuna deixada pelo poder público
no que diz respeito ao transporte
público. Obs. minha: o quanto esses
apps estão servindo de alento aos
administradores públicos sem
iniciativa suficiente para
transformar o transporte público de
suas cidades radicalmente e
beneficiar a população?

Conforme Clarisse, Paris e cidades da Alemanha têm
discutido o conceito de tarifa zero no transporte público,
pois entendem que é a única forma de as pessoas abolirem
o uso de carros e de fato combater a poluição.
Outro participante do painel, o pesquisador da CEPESP/FGV
Ciro Biderman considera que a tarifa zero é um “equívoco
completo”. Para ele, a elasticidade de preço é baixa. Ou
seja: as pessoas tendem a aderir mais quando há qualidade
do que quando há redução de tarifa.
Ciro também acredita que as vans voltarão a ser usadas no
transporte público, por serem mais eficientes que ônibus
pequenos.

Debate muito voltado à análise de dados de tráfego como forma de mapear ocorrências e
pensar em formas de combatê-las.
Pablo Cerdeira, coordenador do Centro de Tecnologia e Sociedade da FGV Direito (RJ), citou o
exemplo de um estudo feito para a prefeitura do Rio, que identificou que havia sobreposição
de cerca de 87% da frota de ônibus da cidade.
Rio foi a primeira cidade brasileira, segundo ele, a obter dados de tráfego de dois anos e meio
do Waze. A partir dos registros deixados por usuários do app, identificaram que havia uma
diferença entre a lista dos pontos com mais ocorrência e dos pontos que mais causavam
transtorno aos usuários. Havia lugares que tinham quantidade menor de acidentes, mas
causavam um impacto muito grande nos transtornos.
Debate sobre segurança no trânsito

Pedro Baumgartz, coordenador-executivo da Iniciativa
Bloomberg para Segurança Viária, também tratou da análise
de dados e de como eles devem ser usados para se pernsar
em soluções para evitar novos acidentes.
“Em sistemas seguros, erros acontecem e têm que ser
previstos”
“Mesmo quando eu for imprudente, tenho que ter um
sistema que me perdoe”

Silvia Lisboa, coordenadora do Movimento
paulista para Segurança no Trânsito, falou
de como o governo do Estado de São Paulo
vem trabalhando a análise de dados –
projeto Infosiga. Os slides a seguir
resumem a fala dela.

Obrigada pela atenção!
Esse é um breve resumo das palestras
e painéis que mais curti no evento.
Você esteve lá também? Do que mais
gostou?
anapauladarocha@gmail.com

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