2. Plano Integrado de Enfrentamento ao
Crack e outras Drogas
DEC 7.179, de 20mai10
Política Nacional sobre
Drogas - PNAD
com vistas à prevenção do uso, ao tratamento e à
reinserção social de usuários e ao enfrentamento
do tráfico de crack e outras drogas ilícitas.
3. Política Nacional sobre Drogas - PNAD
As ações deverão ser executadas de forma descentralizada e
integrada, por meio da conjugação de esforços entre a
União, os Estados, o DF e os Municípios, observadas a
intersetorialidade, a interdisciplinaridade, a
integralidade, a participação da sociedade civil e o
controle social
4. Fundamento
integração e articulação permanente entre
as políticas e ações:
de saúde e assistência social,
segurança pública e educação,
Desporto e cultura,
direitos humanos,
juventude.
5. • Emenda Parlamentar
• são recursos orçamentários inseridos na
LOA por parlamentares destinados a
determinada (s) instituições.
• Subvenção Social
• é uma modalidade de transferência de
recursos financeiros públicos para
instituições privadas e públicas, de caráter
assistencial, sem fins lucrativos, com o
objetivo de cobrir despesas de custeio.
FONTES DE RECURSOS
10. Diferentes por que ...?
Nível sócio-econômico, uns famosos outros não
Contexto familiar
Tipo de substância utilizada
Sintomas de abstinência
Gravidade da dependência
Comorbidades clínicas e psiquiátricas associadas
Processo de recuperação
11. Com tanto em comum...
São todos dependentes químicos.... pessoas que
além e apesar das drogas... Têm famílias que
adoecem juntos.... projetos perdidos ou
esquecidos.... dor e sofrimento , com
exposições diversas... vivenciam o
preconceito... e a complexidade de vidas
devastadas pela "guerra química"....
12.
13.
14. O que é droga?
Toda substância natural ou sintética capaz
de provocar modificações ao serem
introduzidas no organismo humano, seja no
comportamento, na estrutura e/ou no
funcionamento.
15. DEPENDÊNCIA QUÍMICA:
Consumo incontrolável, geralmente associado a
prejuízos sérios para o indivíduo.
sentimento de perda de controle
(comportamento obssessivo-compulsivo)
síndrome de abstinência
tolerância
16. Solidão, inabilidade em relacionar-se.
(# de isolamento =busca ativa de ficar só)
Não suportar frustrações.
Insatisfação constante
Imediatista do prazer
Gosto pela novidade e pelo proibido
Autodestrutividade (ativa e passiva)
Influenciabilidade
Onipotência
Necessidade de aceitação
Busca de completar-se (dependência de outrem)
OS PAIS NECESSITAM AVALIAR SUAS CONDUTAS
>ELAS PODEM SER VISTAS COMO EXEMPLOS
17. Processo de planejamento, implantação e
implementação de
múltiplas estratégias
voltadas para redução de
fatores de risco e
fortalecimento dos
fatores de proteção.
18. FATORES DE RISCO
Condições que aumentam a probabilidade de
ocorrência de comportamentos com potencial
para afetar a saúde em seus componentes
biológicos, psicológicos e sociais.
19. EXEMPLOS DE
FATORES DE RISCO
Baixo custo e disponibilidade da droga;
Baixa auto-estima;
Necessidade de novas experiências;
Intolerância a frustrações;
Ausência de regras ou limites;
Carência de vínculo familiar;
Dificuldade no acesso à educação e serviços
de saúde;
Violência..
20. FATORES DE PROTEÇÃO
Condições que amenizam ou neutralizam o
impacto dos fatores de risco contribuindo para
o desenvolvimento biopsicossocial do indivíduo.
21. EXEMPLOS DE FATORES DE PROTEÇÃO
Prática de esportes; Lazer;
Vínculo familiar satisfatório;
Boa auto-estima;
Acesso à educação e serviços de saúde;
Alimentação adequada;
Regras sociais e familiares claras ;
Presença de redes sociais de apoio.
22. negar
subestimar
conversar somente quando surge o problema
supervalorizar
buscar um “culpado”
julgar “normal” – “próprio da juventude”
esperar “curas mágicas”
avaliar o poder de persuasão dos amigos
linhas punitivas não substituem educativas
esperar que jovem largue as drogas por gratidão
jogar com o poder econômico
23. dar aos jovens a liberdade de usar as drogas
dar respostas inadequadas às perguntas sobre drogas
queixar-se das próprias dores em vez de ouvir o
usuário
propor metas difíceis (ou impossíveis) de serem
realizadas
considerar o usuário “um caso perdido”
“soltar” os jovens pode complicar - num momento em
que mesmo que seja para brigar precisam dos pais
buscar como e/ou com quem adquiriu a droga
Fonte: Içami Tiba – “Saiba mais sobre maconha e jovens” Editora Agora,
3ªedição
24. “O ÁLCOOL NÃO É UMA DROGA, É UM ALIMENTO”
CONCENTRAÇÃO DE ÁLCOOL :
cerveja : 5% = 150 calorias
vinhos (maioria) : 12% = 100 calorias
uísque e cachaça : 40 a 50% = 60 calorias
- o álcool impede a absorção das vitaminas B e C,
comprometendo a saúde em geral
- algumas pessoas que bebem excessivamente
engordam, outras emagrecem = metabolismo
- a cerveja não sofre grandes alterações na
alimentação - os que engordam > alimentação
inadequada
= quem bebe e emagrece está, comumente, bebendo
destilados e suando a bebida como fonte calórica.
25. “QUALQUER CONSUMO DE ÁLCOOL DEVE SER
CONSIDERADO ALCOOLISMO”
80% da população seria alcoólatra, somente 20%
abstêmias.
Metabolismo diferente homens / mulheres > +gordura pelo
corpo= + concentração
“O ALCOOLISMO É UMA DOENÇA” –
doença é a síndrome da dependência do álcool -
gradativa
“A PESSOA JÁ NASCE DEPENDENTE DO ÁLCOOL” –
pode ocorrer pré disposição para a dependência
“É SEMPRE FÁCIL IDENTIFICAR UM ALCOOLISTA”
nem sempre será possível, principalmente no início.
Somente na fase crônica
26. “O ÁLCOOL AJUDA A RELAXAR E ESQUECER OS
PROBLEMAS”
produz euforia, seguida de depressão do SNC
“O ÁLCOOL AFETA PRINCIPALMENTE O FÍGADO”
30% fígado / 50 A 70% - SNC : memória, raciocínio,
julgamento .
10% - irreversíveis – podendo chegar à demência
*ABSTINÊNCIA SEMPRE MELHORA O QUADRO GERAL
“QUANDO O DEPENDENTE DE ÁLCOOL PÁRA DE
BEBER, NÃO SENTE FALTA DA BEBIDA”
Não é mágica. Sente falta por muito tempo – formas de
tratamento, condições de adaptação a nova condição.
Continua alcoólatra, está em abstinência.
Vigilância permanente
27. “QUANDO A PESSOA É ALCOOLISTA, NEM A FAMÍLIA PODE AJUDAR”
“ A INTERNAÇÃO É O ÚNICO TRATAMENTO EFICAZ PARA O ALCOOLISMO”
“A MELHOR REAÇÃO DA FAMÍLIA É O CONFRONTO COM O ALCOOLISTA”
“A RECAÍDA SIGNIFICA QUE O TRATAMENTO NÃO SEU CERTO”
** “ ALCOOLISMO” Ronaldo Laranjeira e Ilana Pinsky, Editora Contexto
28. A recaída é falha no tratamento
A recaída ocorre somente no momento
que o paciente usa álcool ou drogas.
A recaída do dependente só ocorre
quando ele usa a própria droga.
A recaída é sinal de pouca motivação
A recaída anula o que o paciente havia
conquistado.
A ausência de recaídas garante a
recuperação do paciente.
A recaída é um acidente.
A recaída é um erro evitável, podendo ser utilizada para
detecção de estímulos antes desconhecidos.
A recaída começa dias antes do consumo. Mudanças de
comportamento e atitudes, exposições inadvertidas a
situações de risco precedem o consumo da droga.
A recaída ocorre quando qualquer droga que altera o
psiquismo (incluindo o álcool) é consumida pelo paciente
(exceto medicações prescritas por médico).
Álcool freqüentemente inicia o processo de recaída do
dependente de cocaína.
Mesmo o paciente mais motivado apresenta recaídas. O
processo de prevenção de recaídas é árduo e longo.
O paciente vai estruturando sua rotina paulatinamente, e
quando ocorre a recaída, muitas das modificações são
mantidas, devendo ser reforçadas as "pistas" que esta
recaída forneceu.
Existem pacientes que não recaem, mas que nunca se
recuperam dos prejuízos que a dependência proporcionou
(ausência de mudança do estilo de vida).
A recaída é previsível e evitável.
29. CAUSAS DA BUSCA POR TRATAMENTO:
Dificilmente está convencido de que está usando álcool ou
outras drogas demasiadamente.
PRINCIPAIS RAZÕES:
problemas e prejuízos ao longo da vida
complicações médicas (p.ex. convulsões),
ocupacionais (p.ex. perda de emprego),
interpessoais (separação conjugal, imposição familiar),
legais (delitos e/ou sentença judicial),
financeiras (dívidas ou atrasos nos compromissos)
psíquicas (depressão ou alucinações decorrentes do
consumo).
30. INTERNAÇÃO COMPULSÓRIA:
FALÁCIA OU EFICÁCIA ?
INTERNAÇÃO # INTERNAMENTO
FALÁCIA = SÓ FALA
EFICÁCIA = EFICAZ = RESOLVE A QUESTÃO
> COMO RESOLVER A ADICÇÃO ?
= INCURÁVEL
31. REDUÇÃO DE DANOS
Estratégia (iniciada pela Saúde Pública) que busca
controlar possíveis conseqüências adversas ao consumo de SPAs
– lícitas ou ilícitas – sem, necessariamente, interromper esse
uso, e buscando inclusão social e cidadania para usuários de
drogas.
O princípio fundamental que orienta é o respeito à liberdade de
escolha, à medida que os estudos e a experiência dos serviços
demonstram que muitos usuários, por vezes, não conseguem ou
não querem deixar de usar drogas e, mesmo esses, precisam ter
o risco de infecção pelo HIV e hepatites minimizados.
32. “- Redução de danos é muito mais que minimizar riscos de
infecção, é despertar o censo critico; é viver para usar e
não usar para viver. Não estou aqui fazendo nenhuma
apologia ao uso de drogas. O melhor é não usar. O que
estou propondo aqui é uma estratégia para minimização das
resistências, possibilitando ao usuário de drogas a reflexão
de que “Se eu quero viver eu preciso deixar de usar
drogas”, ou seja, refletindo sua existência no período em
que está a fazer uso. Ai ele não vai sair fugindo por ai em
busca da emancipação de tão dolorosa situação.”
(Depoimento de adicto em recuperação )
33. Trabalhar com a realidade que se apresenta,
Buscar ao máximo penetrar nesta
procurando identificar-se com a problemática, de forma calorosa,
empática e significativa,
objetivar uma relação de qualidade acreditando na “arte do encontro”.
Possibilitar o cuidado e a atenção psicossocial,
“...aprendendo a sutil diferença entre dar a mão e acorrentar uma alma,
estabelecemos um vinculo não com vista à institucionalizá-los, e sim na
perspectiva da redução de danos que nos é própria, a que visa
empoderar para a possível emancipação da condição de vulnerabilidade e
dependência psicossocial em decorrência ou não do uso problemático de
álcool e outras drogas.”
34. “Somente uma sociedade que aprende a tratar com respeito e
dignidade aqueles que consideram os piores, poderá um dia
respeitar integralmente a todos os seus cidadãos
Antonio Carlos Gomes da Costa
(Pedagogia da Presença)
35. A INFLUÊNCIA DA ESPIRITUALIDADE NA RECUPERAÇÃO
DE DEPENDENTES QUÍMICOS
*Formas de
como a
espiritualidade
ajuda no
processo de
recuperação
- Mudanças positivas
durante a recuperação
(tratamento)
- Alívio
- Mudança na visão
pessoal
- Proporciona insight
- Sentimento de perdoar-se
- Mudanças positivas
após recuperação
- Melhora nos
relacionamentos
- Sentimento de alívio
- Autocontrole e
Limites
- Cuidado com corpo físico
- Falar dos problemas
36. A INFLUÊNCIA DA ESPIRITUALIDADE NA RECUPERAÇÃO DE DEPENDENTES QUÍMICOS
Giselle Caroline Fuchs *e Martha Caroline Henning **
- Formas como a
espiritualidade
atrapalha no
processo de
recuperação
- Dificuldades durante
recuperação
- Vergonha de lembrar-se do passado
- Sentimento de culpa
- Confiar nos outros adictos
- Dificuldade na manifestação de afeto
- Dificuldades após
recuperação
- Perda da naturalidade devido à
preocupação em não errar
- Pressão em ter que ajudar os outros
- Existência de um Deus “punitivo”
* Psicóloga. Terapeuta Cognitivo Comportamental. Atuante na Associação Terapêutica Novo Amanhecer – ATENA.
∗∗Psicóloga. Terapeuta Relacional Sistêmica. Professora de Psicologia da Universidade do Contestado – Campus Mafra – SC. Mestre
em Psicologia pela UFSC. - [gise_fuchs@yahoo.com.br]* e - [martha@mfa.unc.br]**
37. PARA OS QUE VIRÃO
Como sei pouco, e sou pouco,
faço o pouco que me cabe
me dando inteiro.
Sabendo que não vou ver
o homem que quero ser.
Já sofri o suficiente
para não enganar a ninguém:
principalmente aos que sofrem
na própria vida, a garra
da opressão, e nem sabem.
38. Não tenho o sol escondido
no meu bolso de palavras.
Sou simplesmente um homem
para quem já a primeira
e desolada pessoa
do singular - foi deixando,
devagar, sofridamente
de ser, para transformar-se
- muito mais sofridamente -
na primeira e profunda pessoa
do plural.
Não importa que doa: é tempo
de avançar de mão dada
com quem vai no mesmo rumo,
mesmo que longe ainda esteja
de aprender a conjugar
o verbo amar.
39. É tempo sobretudo
de deixar de ser apenas
a solitária vanguarda
de nós mesmos.
Se trata de ir ao encontro.
( Dura no peito, arde a límpida
verdade dos nossos erros. )
Se trata de abrir o rumo.
Os que virão, serão povo,
e saber serão, lutando
Thiago de Mello
fav@ - FAVARON,
Luiz Carlos
favaronce@hotmail.com