SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 69
CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM USER EXPERIENCE
ARIEL ECKER DE AGUIAR
My Casting: oportunidades de negócio nas etapas da fotografia
publicitária
Porto Alegre
2018
1
ARIEL ECKER DE AGUIAR
My Casting: oportunidades de negócio nas etapas da fotografia
publicitária
Trabalho de conclusão de curso apresentado ao Centro
Universitário Ritter dos Reis, como requisito parcial
para obtenção do título de Especialista em User
Experience.
Orientador: Prof. Me. Alessandro Valério Dias
2
EPÍGRAFE
Se o brilho estiver se apagando, peça para olharem acima da
lente. É o suficiente para a luz iluminar o olhar.
Platon.
3
DEDICATÓRIA
Dedico este trabalho aos meus pais
que sempre estiveram ao meu lado e
me apoiaram em toda a trajetória
deste caminho. Aos meus irmãos,
que com sabedoria me passaram
conhecimento e me ajudaram a não
tropeçar.
À memória do professor Gabriel
Rymsza, falecido em 27/02/2017,
que me mostrou o caminho da
Experiência do Usuário.
Por fim, ao professor orientador
Alessandro Valério Dias que teve
paciência e sabedoria em todo o
processo de construção do presente
trabalho.
4
LISTA DE FIGURAS
Figura 1 - O casting na fotografia publicitária 13
Figura 2 - Double Diamond 18
Figura 3 - Sentimentos positivos e negativos 21
Figura 4 - Jornada do usuário: primeira parte 22
Figura 5 - Inserção dos metadados no programa Adobe Photoshop Lightroom 23
Figura 6 - Dados preenchidos a mão 24
Figura 7 - Fotos selecionadas e filtradas com uso do programa Adobe Photoshop
Lightroom 25
Figura 8 - Email para cadastro recebido pelo modelo 26
Figura 9 - Tela de cadastro aberta no navegador 26
Figura 10 - Galeria de fotos do modelo dentro do site GreatStudio 27
Figura 11 - Idades dos respondentes 33
Figura 12 - Quantidade de tempo que possui vínculo com uma agência 34
Figura 13 - Quantidade de castings frequentados mensalmente 35
Figura 14 - Retorno sobre o desempenho em um casting 35
Figura 15 - Investimento anual em fotos 36
Figura 16 - Índice de aprovação em castings no ano de 2018 37
Figura 17 - Motivações 38
Figura 18 - Nuvem de palavras 39
Figura ​19 - Pontos negativos 40
Figura 20 - Persona 41
Figura 21 - Fluxograma de um trabalho de fotografia publicitária centralizado no 42
My Casting®
Figura 22 - Funções do produto 44
Figura 23 - Acessando/cadastrando: tela inicial 45
Figura 24 - Acessando/cadastrando: tela inicial instrução 46
Figura 25 - Acessando/cadastrando: tela inicial começar 47
Figura 26 - Acessando/cadastrando: tentativa de autenticação 48
Figura 27 - Acessando/cadastrando: novo usuário 49
Figura 28 - Acessando/cadastrando: campos para cadastro 50
Figura 29 - Acessando/cadastrando: preenchendo cadastro 51
Figura 30 - Comprando foto: galeria do Modelo 52
Figura 31 - Comprando foto: visualização fotos 53
Figura 32 - Comprando foto: adicionar ao carrinho 54
Figura 33 - Comprando foto: foto já comprada 55
Figura 34 - Comprando foto: adicionada ao carrinho 56
Figura 35 - Comprando foto: finaliza compra 57
5
Figura 36 - Card Sorting: embaralhar e distribuir 59
Figura 37 - Card Sorting: ordenar telas de cadastro 60
Figura 38 - Card Sorting: ordenar telas de cadastro 61
6
LISTA DE QUADROS
Quadro 1 - Execução Double Diamond 19
Quadro 2 - Análise das entrevistas 30
Quadro 3 - Problemas e oportunidades 43
7
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO 9
2 FOTOGRAFIA PUBLICITÁRIA 10
3 OBJETIVOS 1​​2
3.1 OBJETIVO GERAL 1​2
3.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS 1​2
4 JUSTIFICATIVA: NOVOS DESTINOS E EXPERIÊNCIAS OTIMIZADAS 13
5 METODOLOGIA 15
5.1 DOUBLE DIAMOND 16
6 COMPREENDER 18
6.1 A JORNADA DO USUÁRIO NO CENÁRIO DE CASTINGS 18
6.2 PESQUISAS 27
6.3 ENTREVISTAS 27
6.4 QUESTIONÁRIO 30
6.5 PERCEPÇÕES DO CENÁRIO COMPETITIVO 37
7 DEFINIR 39
7.1 PERSONA 39
7.2 MAPEAMENTO DE JORNADA DO USUÁRIO NO FUTURO 40
7.3 MAPEANDO OPORTUNIDADES 42
8 DESENVOLVER 44
8.1 PROTÓTIPO - APLICATIVO PARA SMARTPHONE 44
9 ENTREGAR 58
10 CONSIDERAÇÕES FINAIS 62
8
1 INTRODUÇÃO
Barthes (1990, p. 28), afirma que ao contrário do discurso jornalístico,
por exemplo, a publicidade sempre é franca, e ao terminarmos a leitura de uma
peça publicitária, fica clara sua intenção, que na maioria das vezes, é a
sugestão de aquisição de um produto através de apelos visuais claros. Assim,
a publicidade, em sua fase de consolidação, sempre esteve ligada à promoção
do consumo, que ao passar dos anos deu forma à Sociedade do Consumo de
Lipovetsky, estabelecida no século passado.
Historicamente, o estudo do comportamento do consumidor enfatizou o
comportamento de compra dos mesmos ou o “motivo pelo qual as pessoas
compram”. Mais recentemente, os pesquisadores e praticantes têm focado na
análise de consumo, porque e como as pessoas consomem, além de por que e
como elas compram (BLACKWELL; MINIARD; ENGEL, 2005, p. 7-8).
Já para Cobra (1993, p. 109), a compreensão do comportamento de
consumo está intimamente ligada à ideia de observação das necessidades dos
indivíduos. Para ele, os indivíduos consomem buscando a satisfação de uma
necessidade, que pode ser racional ou emocional, e também pode nem mesmo
ser percebida conscientemente. Assim, complementando a afirmativa de
Cobra, a subjetividade é a essência da experiência, pois está intimamente
ligada a “fatores humanos (sua habilidade em usar caixas eletrônicos, sua
visão, sua habilidade motora, sua capacidade de ler e entender o que está
escrito na tela, seu humor naquele momento etc.)” (TEIXEIRA, 2014, p. 2). De
acordo com o autor, embora as experiências sejam subjetivas, elas foram
projetadas por alguém que pensou na solução de um problema. Embora por
outro lado possamos afirmar que o consumo era fruto de oferta e demanda, e
que fomentado pela publicidade delineou dogmas sociais, hoje temos visões
mais claras sobre o papel dos objetos em nossas vidas.
Miller (2012) traz como exemplo o mito de Narciso, que nos ajuda a
entender a sociedade do consumo: por determinação biológica estamos
constantemente admirando a nós mesmos, procurando melhorar nossa
9
imagem para o mundo. O autor completa esta ideia afirmando que na
sociedade do consumo os objetos converteram-se rapidamente em vetores
sociais, pois são facilmente personalizáveis e aparentemente acessíveis a
todos, ou seja, somos extensão do que consumimos e usamos. Nesse contexto
as ferramentas usadas pela publicidade utilizam a fotografia como ferramenta
para ilustrar o propósito de um anúncio publicitário através da representação
dos vetores.
De acordo com Barthes (1982, p. 117), o que evidencia a existência da
fotografia é a pose, pois se dá no instante de tempo entre o momento que
acabara de passar antes do registro. A seguir, nos próximos capítulos, serão
evidenciados os objetivos do presente trabalho de Experiência do Usuário, bem
como as ideias para resolver os problemas presentes nas rotinas do nosso
público-alvo, os modelos fotográficos no cenário da fotografia publicitária que
abrange também a moda.
2 FOTOGRAFIA PUBLICITÁRIA
A fotografia sempre esteve diretamente ligada à apropriação do assunto
fotografado e, no início da segunda metade do século XIX, alcançou
importância tão grande na publicidade que levou entusiastas a valorizarem
ainda mais a representação imagética da vida real ou que se acreditava existir.
O que está escrito sobre uma pessoa ou um fato é, declaradamente,
uma interpretação, do mesmo modo que as manifestações visuais
feitas à mão, como pinturas e desenhos. Imagens fotografadas não
parecem manifestações a respeito do mundo, mas sim pedaços dele,
miniaturas da realidade que qualquer um pode fazer ou adquirir.
(SONTAG, 2004, p. 8).
Nos anos 80, Barthes, outro autor que se preocupou em refletir sobre a
existência da fotografia como ferramenta antropológica, afirmou que na
publicidade, ela limitou-se a ser usada para fazer retratos de pessoas para
grandes capas de revista. Entretanto, a relação entre a publicidade e a
fotografia era definida pela dependência entre essas duas ferramentas. Se
antes pensava-se que as evoluções tecnológicas encontrariam a solução para
10
promover e democratizar a fotografia entre os meios, a realidade nos mostra
que agora há uma representatividade da fotografia no contexto cultural.
Assim, a fotografia desenvolve-se na esteira de uma das atividades
modernas mais típicas: o turismo. Pela primeira vez na história,
pessoas viajam regularmente, em grande número, para fora de seu
ambiente habitual, durante breves períodos. Parece decididamente
anormal viajar por prazer sem levar uma câmera. As fotos oferecerão
provas incontestáveis de que a viagem se realizou, de que a
programação foi cumprida, de que houve diversão. As fotos
documentam sequências de consumo realizadas longe dos olhos da
família, dos amigos, dos vizinhos. Mas a dependência da câmera,
como o equipamento que torna real aquilo que a pessoa vivencia, não
se enfraquece quando as pessoas viajam mais. (SONTAG, 2004, p.
11).
Por outro lado, Sant’anna (2009, p. 116) afirma que a finalidade da
propaganda agora é desenvolver a personalidade do produto e da empresa,
exaltar e apresentar benefícios e vantagens, aumentando assim a certeza
emocional e racional do consumidor em relação ao objeto de consumo.
Bauman (2008, p. 22) afirma que “numa sociedade de consumidores, tornar-se
uma mercadoria desejável e desejada é matéria de que são feitos os sonhos e
os contos de fadas”. Costurando as reflexões de Bauman (2008, p. 22),
Sant’anna (2009), Sontag (2004), Barthes (1982), Miller (2012), Teixeira
(2014), Cobra (1993), Blackwell; Miniard; Engel, (2005), a publicidade e a
fotografia desenvolveram uma ligação projetada em seus primórdios: uma
alternativa imagética rentável que o ser humano encontrou para expressar
suas ideias.
11
3 OBJETIVOS
3.1 OBJETIVO GERAL
Este projeto tem como finalidade proporcionar a otimização do trabalho
dos modelos antes, durante e depois dos castings , gerando novas1
experiências que serão integradas em uma única plataforma.
3.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS
3.2.1 Identificar problemas que influenciam nas motivações, nos
interesses e nas dores dos usuários, propondo soluções viáveis;
3.2.2 Validar ou invalidar as hipóteses
● Os usuários precisam de fotos de boa qualidade
● O processo de execução dos castings pode ser
melhorado?
● Ter várias funcionalidades um pouco boas ou uma muito
boa?
3.2.3 Mapear possibilidades de desdobramento das principais
funcionalidades da plataforma para inovar processos de trabalho dos
stakeholders ​(partes interessadas, em livre tradução para o português);
3.2.4 Construir protótipos a partir de funcionalidades básicas e realizar
testes de usabilidade para resolver problemas de ​design​.
4 JUSTIFICATIVA: NOVOS DESTINOS E EXPERIÊNCIAS OTIMIZADAS
1
Essa menção em todas as suas ocorrências ao decorrer do presente trabalho trata-se de livre
tradução de testes de modelo ou seleção de elenco para fotografia de campanhas publicitárias
para o português.
12
Ao olharmos para as etapas da fotografia publicitária, podemos
identificar e entender stakeholders (partes interessadas, em livre tradução para
o português) ​dentro do processo de execução de um trabalho fotográfico para
uma campanha publicitária (ver Figura 1). Cada etapa possui variáveis entre as
quais podemos destacar a importância do modelo na fotografia em si, pois é
ele que irá incorporar a persona da obra fotográfica. De acordo com Meneghetti
(2018), o casting ​presencial é muito mais efetivo que o ​casting por ​composites​,
pois com ele é possível obter informações atualizadas no que diz respeito aos
aspectos físicos e à desenvoltura dos modelos.
Figura 1 - O casting na fotografia publicitária
​Fonte: O autor (2018).
Para cada trabalho de fotografia publicitária, centenas de fotos obtidas
em ​castings ​são descartadas, salvo as que são aproveitadas pelos fotógrafos
para seus portfólios. Observando essa cultura de descarte criou-se uma lista
de endereços de e-mails composta por modelos que já participaram de
castings no StudioMe (estúdio fotográfico), pois se os modelos que pelo
13
estúdio passavam, deixavam suas imagens, por quê não oferecê-las para eles
mesmos? Ou melhor que isso: por quê não vendê-las para os próprios
modelos?
Em momentos de crise financeira, reinventar formas tradicionais de
trabalho se tornaram tendência nas empresas do setor, fomentando de ponta a
ponta a indústria da fotografia no Brasil. Conforme relata Roitfield (2017), na
década de 60 houveram declínios econômicos de nível global na indústria da
publicidade, provocando mudanças no modo em que os novos fotógrafos
enxergavam e criavam a fotografia:
Tal cenário oferece novas oportunidades que, quando combinadas
com uma compreensão da fotografia profissional, possibilitam
executar um trabalho criativamente compensador e comercialmente
viável como criador de imagens e solucionador de problemas.
(ROITFIELD, 2017, p. 9).
Seguindo esse raciocínio, foi feita uma pesquisa na ​internet ​e foram
encontrados alguns ​sites ​que poderiam ser usados para venda de fotos digitais
cuja funcionalidade primordial buscada era a de o usuário poder ver fotos,
marcá-las, comprá-las online e recebê-las automaticamente após a
confirmação do pagamento.
O GreatStudio foi o ​site ​escolhido por oferecer melhor custo benefício
para o StudioMe, ele se posiciona como ferramenta para centralizar todas as
etapas de produção de um trabalho fotográfico. Entre as etapas podemos
destacar a gestão e seleção de fotos cumprindo com excelência os testes de
uso que foram realizadas internamente. Após enviar por e-mail as fotos obtidas
editadas dos modelos para os mesmos, percebeu-se uma grande taxa de
marcação de curtidas (​like​). Mas a eficiência das hipóteses relativas à atitude
de se coletar e-mails só poderia ser afirmada com a eficácia, ou seja, as
compras realizadas diretamente na plataforma GreatStudio.
Voltando ao contexto dos ​stakeholders​, nos deparamos com o
compromisso de validar essas ações afirmando cada vez mais a necessidade
de se encontrar inspirações inovadoras. Encontramos então o aplicativo ​mobile
Selfie Models que se posiciona como propulsor para a participação de modelos
14
amadores que querem se candidatar a trabalhos fotográficos profissionais, e de
forma totalmente digital, oferece suporte também para quem está à procura de
modelos para realizar um trabalho.
Através desse olhar para o mundo da fotografia publicitária, podemos
considerar o Selfie Models e o GreatStudio para analisarmos como
concorrentes e ferramentas para o nosso Produto Mínimo Viável, mais
conhecido como MVP.
15
5 METODOLOGIA
A metodologia (também conhecida como processo de ​design​) usada
neste trabalho foi ​Design Thinking​, apresentada por Harris e Ambrose (2010)
como a técnica de refinar e encontrar ideias criativas para a solução de
problemas dentro e fora do mundo do ​Design​. Na visão dos dois autores a
linha de tempo da metodologia é dividida em cinco métodos básicos que se
complementam e se validam conforme o avanço do processo:
1. Ideação - descobrir as necessidades e as motivações dos usuários e
entender as ideias geradas;
2. Prototipagem - desenvolver e selecionar as ideias para a solução
apresentando-as para grupos de usuários testarem e fornecerem
feedbacks;
3. Seleção - ​selecionar e validar as soluções estudadas. Algumas das
soluções podem ser práticas, mas podem não ser as melhores;
4. Implementação - desenvolver o design e como ele vai ser entregue ao
cliente;
5. Aprendizagem - coleta de ​feedbacks ​para encontrar novas formas de
melhorar o desempenho e prever melhorias que podem ser realizadas
no futuro.
Com a difusão do Design Thinking e sua emancipação à tecnologia,
novas empresas surgiram e desenvolveram suas próprias visões com
inspiração nos métodos levantados por Harris e Ambrose (2010), como é o
caso da IDEO, empresa de design global que tem como propósito o
comprometimento com a criação de impacto positivo no mundo:
1. Aprendizagem - esta etapa inicia com a pesquisa para obter empatia,
compreensão, inspirar outras ideias e testar a intuição do pesquisador;
2. Sintetização - interpretar as pesquisas para descobrir temas e insights;
3. Prototipagem - testar as ideias com o público-alvo.
4. Feedback e Iteração - É o centro do processo. Coletar ​feedbacks ​é
essencial para evoluir um produto, serviço ou uma experiência.
16
Tendo a metodologia de Design Thinking estabelecida, o próximo passo
do projeto foi escolher os métodos para garantir a melhor abordagem às
descobertas relacionadas ao nosso usuário.
5.1 DOUBLE DIAMOND
O método Double Diamond utilizado pelo British Council (2005) é usado
como ferramenta estratégica para prestar serviços de Design ao governo do
Reino Unido e trata-se da representação visual das etapas conhecidas no
Design Thinking. É o desenho de dois diamantes (ver Figura 2), um ao lado do
outro, ambos divididos em duas etapas cada. Temos então quatro etapas,
entre as quais, o pesquisador ou a equipe que está desenvolvendo a solução
para um problema tem o “pensamento divergente” que são as várias ideias
criadas durante o projeto e o “pensamento convergente” que é o refinamento
para se chegar na melhor ideia.
Portanto, interpretamos os dois pensamentos como geradores de
hipóteses, que de acordo com Goldenberg (1997, p. 79), "são afirmações
provisórias a respeito de determinado fenômeno em estudo. Uma hipótese é
uma suposição duvidosa, algo provável, que poderá ser posteriormente
confirmada ou rejeitada".
17
Figura 2 - Double Diamond
Fonte: Design Council (2015).
Ao nos aprofundarmos nas etapas do projeto, utilizamos ferramentas
que melhor se encaixavam no interior dos diamantes e que se confrontam
constantemente com as hipóteses (ver quadro 1) na tentativa de invalidá-las e
aprimorar as mais relevantes para os usuários.
18
Quadro 1 - Execução Double Diamond
Etapa Hipótese Ferramentas
Compreender Os usuários precisam
de fotos de boa
qualidade
● Cenário Competitivo
● Jornada do Usuário
● Cenário Atual
● Entrevistas com Usuários
Definir O processo de
execução dos
castings pode ser
melhorado?
● Jornada do Usuário no Futuro
● Cenário Futuro
● Persona
● Oportunidades
Desenvolver Ter várias
funcionalidades um
pouco boas ou uma
muito boa?
● Funcionalidades
● Protótipo
Entregar - ● Protótipo Navegável
● Coleta de Feedbacks
Fonte: O autor (2018).
6 COMPREENDER
O início do corpus do trabalho foi marcado pela descoberta de questões
que inspiraram a exploração do cenário, onde manifestaram-se os interesses
de monetização do trabalho. Este cenário trata-se do espaço no qual acontece
a experiência do público-alvo, que antes de tudo, é constituído de indivíduos
que estão ligados às agências de modelos. Foi explorando o cenário,
mapeando-o e segmentando o público que se conseguiu atingir o melhor
entendimento sobre a importância da fotografia para essas pessoas. Para isso,
foi explorado o microambiente, e a aproximação foi obtida realizando
entrevistas com esses usuários, desenhando a Jornada do Usuário para
entender as motivações, os interesses e as dores. Se descobriu nestas
pesquisas, que embora fossem chamados para vários castings, a proporção de
aprovação é extremamente baixa, em alguns casos chegando a ser nula.
O macroambiente foi observado, reconhecendo os impulsionadores de
negócios que povoam o cenário competitivo no qual estamos inseridos,
analisando as soluções oferecidas e identificando suas fraquezas.
19
6.1 A JORNADA DO USUÁRIO NO CENÁRIO DE CASTINGS
Ainda dentro do contexto da fotografia, o trabalho dos modelos
fotográficos como objeto é baseado na aparência: uma pessoa magra, gorda,
com altura ou tonalidade de pele específicas, por exemplo. Essas aparências
são conhecidas através das convenções sociais que ditam os estereótipos que
uma vez definidos representarão uma imagem social para o público que se
deseja impactar:
Um estereótipo é «a ideia que temos de...», a imagem que surge
espontaneamente, logo que se trate de… É a representação de um
objeto (coisas, pessoas, ideias) mais ou menos desligada da sua
realidade objetiva, partilhada pelos membros de um grupo social com
uma certa estabilidade. Corresponde a uma medida de economia na
percepção da realidade, visto que uma composição semântica
preexistente, geralmente muito concreta e imagética, organizada ao
redor de alguns elementos simbólicos simples, substitui ou orienta
imediatamente a informação objetiva ou a percepção real. Estrutura
cognitiva e não inata (submetida à influência do meio cultural, da
experiência pessoal, de instâncias e de influências privilegiadas como
as comunicações de massa), o estereótipo, no entanto, mergulha as
suas raízes no afetivo e no emocional, porque está ligado ao
preconceito por ele racionalizado, justificado ou engendrado.
(BARDIN, 1977, p.51).
Sendo assim, a etapa pertencente à pré-produção de uma fotografia
publicitária é conhecida como ​casting​, que são testes presenciais de modelos
onde eles são fotografados com objetivo de fornecer informações estéticas ao
dono do anúncio. Estudar o cenário dos ​castings ​e repensar o processo de
venda de fotos é fundamental para contextualizarmos o uso efetivo da nova
solução.
Embora se tenha uma plataforma que viabilizou nossas expectativas e o
compromisso que se assumiu ao coletar os endereços de email dos modelos,
percebe-se que seria possível melhorar todo o processo, eliminando a
redundância de dados. Para entender as fases de forma clara, foi desenhado o
mapa de Jornada do Usuário (ver Figura 3), que segundo Kaplan (2016), é
representado por linha de tempo. Na linha, apresentaram-se de forma visual,
20
os pontos positivos e os que precisam ser melhorados desde o início da
experiência.
Figura 3 - Sentimentos positivos e negativos
Fonte: O Autor (2018).
A fim de adaptar o produto final através do conhecimento dos fatores
externos que influenciam diretamente no cotidiano do público, foram
identificadas as tecnologias por eles usadas. Sendo assim, a jornada do
usuário dentro do cenário foi mapeada e dividida em duas partes. A primeira
parte foi representada visualmente pela Figura 4, que evidencia os passos que
o modelo dá até chegar no momento mais esperado: posar para a fotografia.
.
21
Figura 4 - Jornada do usuário: primeira parte
Fonte: O Autor (2018).
A segunda parte da jornada do usuário é apresentada em outros 9
passos que marcam o início do processo de venda de fotos. A união de todos
esses passos é o que pode se chamar de “desdobramento do casting”. Desta
forma, evidenciam-se os recursos técnicos que atuam como facilitadores na
execução de todo o processo pós casting.
22
1. o fotógrafo insere os metadados que achar necessário conforme Figura2
5). No campo ​keywords​, palavras-chave, em livre tradução do inglês, temos o
exemplo do nome do fotógrafo (Ariel Ecker de Aguiar), o que está sendo feito
(casting), onde está sendo feito (StudioMe) e por fim, o nome do modelo
(Alanna Teixeira).
Figura 5 - Inserção dos metadados no programa Adobe Photoshop Lightroom
Fonte: ​print screen​ (captura de tela) da aplicação no sistema operacional macOS (2018).
Tecnologias: computador, Adobe Photoshop Lightroom;
2. com tudo pronto, o fotógrafo pede para o modelo se posicionar em
frente à câmera e informa para qual segmento se destina o teste, pois se for
para uma marca de roupas fashion, o modelo sabe que tem que agir mais
sério, ou se for para uma marca popular de vestuário, este deve sorrir e
simpatizar com a câmera. O fotógrafo fotografa o modelo segurando o papel
com os dados e depois faz uma sessão de fotos rápida (ver Figura 6).
2
Segundo TAKAHASHI, Tadao (Org.) (2000, pg. 172), metadados “são dados a respeito de
outros dados, ou seja, qualquer dado usado para auxiliar na identificação, descrição e
localização de informações. Trata-se, em outras palavras, de dados estruturados que
descrevem as características de um recurso de informação”.
23
Figura 6 - Dados preenchidos a mão
Fonte: O autor (2018).
Tecnologias: computador, câmera, tripé, fundo para a foto, luzes e música no
ambiente;
3. o fotógrafo seleciona as fotos que serão enviadas ao cliente (ver Figura
7).
24
Figura 7 - Fotos selecionadas e filtradas com uso do programa Adobe Photoshop
Lightroom
Fonte: ​print screen​ (captura de tela) da aplicação no sistema operacional macOS (2018).
Tecnologias: computador, Adobe Photoshop Lightroom, seleção e edição das
fotos para envio ao cliente;
4. alguns dias depois o modelo recebe do fotógrafo um email que pede
para ele realizar um cadastro e poder receber suas fotos (ver Figuras 8 e 9).
25
Figura 8 - Email para cadastro recebido pelo modelo
Fonte: ​print screen​ (captura de tela) da aplicação no sistema operacional macOS (2018).
Figura 9 - Tela de cadastro aberta no navegador
Fonte: ​print screen​ (captura de tela) do navegador web Google Chrome no sistema operacional
macOS (2018).
26
Tecnologias: ​​computador para o fotógrafo enviar o email, planilha de excel,
Mailchimp (ferramenta para envio de emails para grande quantidade de
destinatários); smartphone ou computador para o modelo realizar o cadastro,
link para o formulário de cadastro, GreatStudio para obter o cadastro;
5. após realizar o cadastro o modelo recebe do GreatStudio um código
único que será usado para finalizar a compra das fotos preferidas.
Tecnologias: ​​GreatStudio para enviar o código automaticamente ao modelo;
6. o fotógrafo visualiza o cadastro do modelo e separa as melhores fotos
para fazer uma edição mais refinada.
Tecnologias: ​​computador, Adobe Photoshop Lightroom;
7. o fotógrafo envia as fotos editadas (ver Figura 10) e encaminha o link
delas para o modelo.
Figura 10 - Galeria de fotos do modelo dentro do site GreatStudio
Fonte: ​print screen​ (captura de tela) do navegador web Google Chrome no sistema operacional
macOS (2018).
27
Tecnologias: ​​GreatStudio para criar a galeria do modelo, fazer upload das
fotos e enviar o link para o modelo acessar.
8. o modelo seleciona as fotos e compra online;
Tecnologias:​​ GreatStudio para visualização, seleção e marcação das fotos.
9. o modelo finaliza a compra e digita seu código. Após confirmada a
compra, ele recebe um link para download das fotos compradas.
Tecnologias: ​​provedores de pagamento online, descompactador de arquivos
para visualizar as fotos.
6.2 PESQUISAS
Segundo Gil (1999), olhando para os objetivos do trabalho ou do estudo
podemos realizar a descrição dos dados coletados nas pesquisas. Os dados
foram obtidos em duas etapas: entrevistas e pesquisa por questionário.
Pesquisar é descobrir, tornar evidentes as informações que se sintetizam em
conhecimentos, entretanto "só se inicia uma pesquisa se existir uma pergunta,
uma dúvida para a qual se quer buscar a resposta" (GERHARDT e SILVEIRA,
2009, p. 12).
Portanto, a pergunta que se busca elucidar é: como proporcionar novas
experiências para os modelos ao oferecer benefícios para eles?
6.3 ENTREVISTAS
A entrevista como técnica de coleta mais adequada para aprofundar o
entendimento do entrevistador é chamada de Entrevista Semiestruturada:
O pesquisador organiza um conjunto de questões (roteiro) sobre o
tema que está sendo estudado, mas permite, e às vezes até
incentiva, que o entrevistado fale livremente sobre assuntos que vão
surgindo como desdobramentos do tema principal. (GERHARDT e
SILVEIRA, 2009, p. 72).
28
A análise do conteúdo obtido nas entrevistas gravadas em forma de
vídeo foi feita a partir da respectiva transcrição (ver apêndices A e B). Foram
entrevistados dois modelos no dia em que participaram dos ​castings. ​Por se
tratar de natureza interpretativa em sua etapa de análise "os dados qualitativos
consistem em descrições detalhadas de situações com o objetivo de
compreender os indivíduos em seus próprios termos" (GOLDENBERG. 1997,
p. 53).
Após a leitura das transcrições, se procuraram respostas para perguntas
que seriam interessantes de serem feitas. Assim, foi elaborado o Quadro 2 e
definidos os tópicos representados pela coluna da esquerda e os subtópicos
representados pela coluna central a partir dos assuntos mais abordados por
L.C e A.R transcritos na coluna da direita.
29
​Quadro 2 - Análise das entrevistas
Tópicos Subtópicos Assuntos mais abordados
1- Percepção
sobre
vocações
Razões para se
dedicar a uma
profissão principal
L.C - (...) mas como um bom
cozinheiro, apaixonado pela
profissão eu me mantive na área
da gastronomia.
Mas como a vida da gastronomia é
muito exigente eu realmente
confesso que eu foquei mais na
paixão do que nesse possível
paralelo né.
A.R ​​- ​​Comecei a trabalhar como
modelo tarde, mais ou menos aos
31, 32 anos.
Possibilidades de
investimento na
própria imagem
LC ​​- ​​Tem uma certa qualidade e
pode me proporcionar bons
trabalhos, a agência ou as
agências para qual os modelos
trabalham, pra qual eu trabalho,
me pede algumas fotos legais
eventualmente, e eu não tenho
esse material, não tenho acesso a
ele.
Então, eu vejo que é bem bacana
o modelo ter o seu próprio
material, ter o seu próprio álbum
virtual ou físico né, eu vejo como
isso impacta realmente
positivamente na questão de
conseguir bons trabalhos.
A.R ​​- ​Então é importantíssimo
estar sempre atualizado, com fotos
de boa qualidade, com luz, com
fotógrafo profissional porque isso
vai sempre… só soma né, quando
o pessoal vai analisar as imagens
pra qualquer teste aquilo ali é
muito melhor do que fotos
amadoras sem dúvida nenhuma.
*Para preservar a identidade dos entrevistados, seus nomes foram substituídos por L.C e A.R.
Fonte: O Autor (2018)
30
As entrevistas revelaram motivações que definem as atitudes dos
modelos perante a vida profissional. Embora L.C já seja um profissional da
gastronomia, é evidente que ele se dedicou mais a esta profissão do que para
ser um modelo profissional. E seguindo sua paixão, pode autorrealizar-se e
encontrar o caminho para se conectar com a essência de sua personalidade:
“(...) mas como um bom cozinheiro, apaixonado pela profissão eu me mantive
na área da gastronomia”.
Por outro lado, temos A.R, que por se considerar mais velho e
demonstrar interesse em mostrar seus fios brancos de cabelo, possui um
romantismo com sua juventude projetado em suas antigas fotos: “(...) a gente
vai envelhecendo e o cabelo vai ficando branco. Então eu ainda tenho
guardado um book porque é mais pra mim mesmo, com um monte de fotos
impressas, trabalhos impressos que eu guardo por… por questões românticas
mesmo, porque eu acho bonito”.
6.4 QUESTIONÁRIO
Realizou-se a segunda parte da pesquisa em forma de questionário com
seis questões de caráter quantitativo, com foco na objetivação das respostas
para analisá-las posteriormente e uma questão de caráter qualitativo para
compreender os motivos e até mesmo os analgésicos para as dores dos
entrevistados.
Embora as questões qualitativas não possam ser quantificadas, Fonseca
(2002, p. 20) explica que "a utilização conjunta da pesquisa qualitativa e
quantitativa permite recolher mais informações do que se poderia conseguir
isoladamente".
O questionário foi enviado para 113 endereços de e-mails coletados em
diferentes castings ao longo do ano de 2018, atingindo dez respondentes. A
lista de emails, que também pode ser chamada de ​mailing, é composta por
modelos que haviam demonstrado interesse em adquirir as fotos dos castings
em que participaram. De acordo com Gerhardt e Silveira (2009, p. 70), o
questionário está entre as técnicas existentes para coleta de dados a serem
31
analisados. As autoras afirmam que, para garantir a eficácia no processo de
elaboração do questionário, é necessário ter um conhecimento básico sobre o
objeto de estudo. Com isso, a possibilidade de direcionar as perguntas e obter
respostas rápidas e precisas é maior. Existem dois tipos de questões. As
abertas e as fechadas:
Nas questões abertas, o informante responde livremente, da forma
que desejar, e o entrevistador anota tudo o que for declarado. Nas
questões fechadas, o informante deve escolher uma resposta entre
as constantes de uma lista predeterminada, indicando aquela que
melhor corresponda à que deseja fornecer. Este último caso favorece
uma padronização e uniformização dos dados coletados pelo
questionário maior do que no caso
das perguntas abertas. (GERHARDT e SILVEIRA, 2009, p. 70).
Embora os dados quantitativos, numéricos, obtidos no questionário
sejam superficiais por se apresentarem em forma de números, cabe a nós
pesquisadores compreendermos sua utilidade, pois não há dados mais exatos
e confirmativos que os números. Sendo assim, podemos ir além de perceber
as ações e as atitudes de nossos usuários no início de suas experiências,
queremos, através dessa compreensão, desenvolver as personas baseadas
nos resultados da nossa pesquisa e entender como funcionam os hábitos de
consumo. Com isso, a hipótese (ver Quadro 1) levantada na etapa de
compreensão foi validada e revelou quais são os fatores que desmotivam os
modelos. Assim, podemos desenvolver os analgésicos essenciais para resolver
os problemas encontrados.
Na primeira pergunta buscou-se averiguar a faixa etária dos
respondentes como é mostrado na Figura 11.
32
Figura 11 - Idades dos respondentes
Fonte: ​print screen​ (captura de tela) das respostas coletadas com uso da aplicação web
Formulários Google no navegador web Google Chrome utilizado no sistema operacional
macOS (2018).
Embora sabe-se que 7 de 10 modelos que responderam o questionário
tenham entre 26 e 33 anos, constatou-se que as 3 frações restantes mostram
que existe demanda do mercado publicitário para modelos de todas as idades.
O gráfico a seguir, representado pela Figura 12, quantifica o fator tempo.
33
Figura 12 - Quantidade de tempo que possui vínculo com uma agência
Fonte: ​print screen​ (captura de tela) das respostas coletadas com uso da aplicação web
Formulários Google no navegador web Google Chrome utilizado no sistema operacional
macOS (2018).
Afirmações como “faz muito tempo que estou vinculado na minha
agência e fiz poucos trabalhos” podem expressar pouca demanda de suas
agências, visto que todos os respondentes possuem agenciadores que fazem a
gestão de suas carreiras.
Foi realizada uma questão com objetivo de verificar a quantidade de
castings frequentados por mês. Seus resultados são apresentados na Figura
13.
34
Figura 13 - Quantidade de castings frequentados mensalmente
Fonte: ​print screen​ (captura de tela) das respostas coletadas com uso da aplicação web
Formulários Google no navegador web Google Chrome utilizado no sistema operacional
macOS (2018).
Como se pode averiguar nos resultados da Figura 13, se considerarmos
que um mês tem 20 dias úteis, a maioria dos respondentes participa de menos
de um quarto de vezes. No entanto, um modelo pode participar de vários
castings ​durante o mês.
Como se pode constatar na questão a seguir, ilustrada pela Figura 14,
percebe-se alguma falha na comunicação entre a agência e o modelo.
Figura 14 - Retorno sobre o desempenho em um casting
Fonte: ​print screen​ (captura de tela) das respostas coletadas com uso da aplicação web
Formulários Google no navegador web Google Chrome utilizado no sistema operacional
macOS (2018).
35
De acordo com Harris e Ambrose (2010), os ​feedbacks ​são fatores que
definem o sucesso de um projeto de design, pois a aprendizagem é maior. O
fato de 2 de 10 agências de modelos sempre informarem a reprovação dos
modelos nos ​castings, ​se apresenta como 8 possibilidades descartadas de
reflexão sobre melhorias a se fazer como um modelo.
Já as respostas para a pergunta “quanto os modelos costumam pagar
pelas fotos no período de 1 ano” são exibidas na Figura 15.
Figura 15 - Investimento anual em fotos
Fonte: ​print screen​ (captura de tela) das respostas coletadas com uso da aplicação web
Formulários Google no navegador web Google Chrome utilizado no sistema operacional
macOS (2018).
Se tempo é sinônimo de experiência, “fazer” maior quantidade de
trabalhos tem mais importância que “ganhar bastante dinheiro”? Conforme
constatado nas entrevistas (ver apêndices A e B), o investimento na própria
imagem é importante para os modelos.
A questão da Figura 16 foi feita para se averiguar as quantidades de
reprovações ocorridas.
36
Figura 16 - Índice de aprovação em castings no ano de 2018
Fonte: ​print screen​ (captura de tela) das respostas coletadas com uso da aplicação web
Formulários Google no navegador web Google Chrome utilizado no sistema operacional
macOS (2018).
Conforme visto na Figura 1 no início do projeto, existem dois modos de
se realizar um ​casting: ​presencial ou composite. Embora sabe-se que há
empenho para se participar de testes, os respondentes parecem estar
passando por um momento de pouca procura, visto que juntas, a fatia azul e a
vermelha do gráfico representam menos de 6 trabalhos realizados no ano de
2018.
As respostas da última questão, dispostas na Figura 17, sintetizaram
todas as perguntas feitas até aqui.
37
Figura 17 - Motivações
Fonte: ​print screen​ (captura de tela) das respostas coletadas com uso da aplicação web
Formulários Google no navegador web Google Chrome utilizado no sistema operacional
macOS (2018).
Com a leitura e análise das respostas, foram viabilizadas soluções
essenciais para satisfazer as necessidades dos modelos, que variam entre
valores mais acessíveis e possibilidades de se pensar em formas que
diminuam o desapontamento dos modelos.
6.5 PERCEPÇÕES DO CENÁRIO COMPETITIVO
Com o Selfie Models e o GreatStudio partilhando o cenário onde se
encontra o My Casting®, podemos avaliá-los criando uma nuvem de palavras
apresentada pela Figura 18. Trata-se de uma síntese visual originada dos
textos de apresentação encontrados em seus ​sites . Esta técnica permitiu que3
3
​https://www.greatstudio.com.br/​ e ​https://www.selfiemodels.com.br/
38
se obtivesse um panorama de palavras-chave mais utilizadas, que transmitem
valores.
Figura 18 - Nuvem de palavras
Fonte: ​print screen​ (captura de tela) das respostas coletadas com uso da aplicação web
wordart.com no navegador web Google Chrome utilizado no sistema operacional macOS
(2018).
Com base nesse mapeamento visual das promessas de soluções
encontradas, as palavras com mais ocorrências se destacam entre as demais,
provocando assim reflexões que divergem às perspectivas de usabilidade.
Considera-se então que os usuários necessitam de autonomia e praticidade
para positivar os pontos negativos encontrados em suas jornadas (ver Figura
19). Essa definição acontece pela influência das palavras em maior destaque:
“facilidade”, “cliente”, “fotos”, “venda” e “contrato”, de modo que “fotos”,
“facilidade” e “contrato” estão presentes nos textos do Selfie Models e “cliente”
e “venda”, nos textos do GreatStudio.
39
Portanto, retomando o mapa de jornada do usuário construído na etapa
anterior do presente trabalho, cruzou-se as oportunidades que já foram
mapeadas, conforme Figura 19.
Figura 19 - Pontos negativos
Fonte: O Autor (2018).
Com isso, a utilização do recurso tecnológico “reconhecimento facial”,
será possível eliminar duas das três experiências negativas do usuário
(lembrança de dados). Com o reconhecimento facial, os dados do usuário
podem ser evocados sempre que tiver o rosto escaneado, eliminando a
necessidade de preencher os dados à mão e associando esses dados aos
metadados das fotos. Portanto, percebe-se que melhorar as experiências
significa também fornecer benefícios ao usuário.
7 DEFINIR
Agora que compreendemos os usuários e o contexto de uso em que se
encontram, começamos a cair na zona de convergência com a finalidade de
encontrarmos pontos-chave para a nossa solução. Para isso identificamos as
oportunidades baseadas nos problemas identificados.
7.1 PERSONA
Com objetivo de sintetizar os dados coletados e analisados, surgiu a
necessidade de se criar uma persona (ver figura 20). Conforme GARRET
(2010, p. 49) “uma persona é um personagem fictício construído para
representar as necessidades de toda uma gama de usuários reais”.
40
Figura 20 - Persona
​Fonte: O autor (2018).
Foi a partir da construção da persona que conseguimos alinhar as
soluções que nossos usuários, representados pela Alanna, realmente
precisam. Embora hajam oportunidades para propor funcionalidades na
solução My Casting®, foi necessário oferecer o básico para esses usuários que
carecem de material fotográfico próprio, pois imagem é sua principal
ferramenta para ganhar dinheiro.
7.2 MAPEAMENTO DE JORNADA DO USUÁRIO NO FUTURO
Ao revisitarmos as etapas apresentadas pela Figura 1, é possível
visualizar os pontos de mudança (ver Figura 21), e com isso, centralizar no My
Casting® todos os momentos de um ​casting​, independente de quem o realiza.
41
Figura 21 - Fluxograma de um trabalho de fotografia publicitária centralizado no
My Casting®
​Fonte: O autor (2018).
Embora as soluções relevantes para os usuários sejam viáveis, a opção
de “agendamento de castings” precisa de um solicitante, que no contexto atual
é o estúdio fotográfico. No entanto, os pontos negativos que precisavam ser
melhorados na experiência do usuário foram resolvidos atribuindo a eles
recursos que o My Casting® incorporou em sua versão básica.
7.3 MAPEANDO OPORTUNIDADES
Olhando para todo o caminho que percorremos até aqui, nosso
aprendizado nos mostrou que os problemas identificados poderiam ser
transformados em oportunidades de melhoria, sendo estes expostos no
Quadro 3.
42
Quadro 3 - Problemas e oportunidades
Problemas percebidos Oportunidades
Redundância de
informação e coleta de
dados
● Inserção dos dados no ato do cadastro na
plataforma My Casting®;
● Recurso de reconhecimento facial no ato do
casting
O modelo não fica
sabendo da não
aprovação. Apenas
quando é aprovado para
algum trabalho
● Agenda para programar lembretes de castings;
● Acompanhamento em tempo real das etapas do
casting;
● Mesmo reprovado no casting, ainda poderá
receber pontuação pelo desempenho,
diretamente do fotógrafo
Poucos trabalhos no
ano
● Fotos vendidas por valor unitário para quem
não tem disponibilidade de pagar por um book
O modelo recebe as
fotos em um arquivo
compactado
● O modelo pode pré-visualizar as fotos mas só
libera após a compra
Falta pesquisa refinada
de fotos no GreatStudio
● Inserir os dados do modelo nos metadados das
fotos compradas;
● Pesquisa refinada;
● Análise do perfil dos modelos mais aprovados
historicamente
​Fonte: O autor (2018).
43
8 DESENVOLVER
Este é o momento de assumir o pensamento divergente e transitar pelo
mundo dos negócios, passamos da parte estratégica (compreender e definir)
para a parte de execução (desenvolver e entregar) mostradas pela Figura 2.
Dessa forma, como já temos definidos os problemas certos para resolver,
precisamos agora desenvolver as soluções que correspondem aos problemas
dos futuros usuários do My Casting. E a partir das premissas de praticidade e
autonomia, construiu-se o fluxograma de funções do produto (ver Figura 22).
Figura 22 - Funções do produto
​Fonte: O autor (2018).
8.1 PROTÓTIPO - APLICATIVO PARA SMARTPHONE
Segundo Harris e Ambrose (2010), o propósito de um protótipo é
experimentar aspectos de uma solução, ele transmite uma ideia de como o
produto será. Para o My Casting®, foram definidas duas funcionalidades para
simular a interação do usuário com a interface: entrar no aplicativo/realizar um
cadastro de modelo e comprar uma foto.
Contudo, os aspectos de design começas a tomar forma, já seguindo
um padrão de cores e formas. Na primeira tela (Figura 23), o posicionamento
do My Casting® já é evidente: simples e fácil de usar.
44
Figura 23 - Acessando/cadastrando: tela inicial
Fonte: O autor (2018).
Na Figura 24, começam automaticamente as instruções que direcionam
o usuário para realizar o cadastro. Nota-se que as três esferas alinhadas
horizontalmente se propõem a mostrar quantos passos são, dando liberdade
ao usuário para voltar e ler novamente os passos anteriores.
45
Figura 24 - Acessando/cadastrando: tela inicial instrução
Fonte: O autor (2018).
Para o botão que representa uma chamada para ação, a palavra
“começar” foi usada para dar o entendimento de que o cadastro irá começar
logo após o usuário apertá-lo, supondo uma mudança total da tela (ver Figura
25).
46
Figura 25 - Acessando/cadastrando: tela inicial começar
Fonte: O autor (2018).
O caminho é o mesmo tanto para o usuário que já possui cadastro
quanto para o novo usuário. Enquanto o usuário enquadra o rosto, o aplicativo
acessa o banco de dados para confirmar o login, conforme mostra a Figura 26.
47
Figura 26 - Acessando/cadastrando: tentativa de autenticação
Fonte: O autor (2018).
Depois de consultar o banco de dados, o aplicativo informa em tom
descontraído que o usuário ainda não possui cadastro (ver Figura 27). Logo
abaixo há um botão com a chamada para ação de cadastrar.
48
Figura 27 - Acessando/cadastrando: novo usuário
Fonte: O autor (2018).
O modelo precisa inserir as informações (ver Figura 28), elas são
essenciais para o My Casting® trabalhar no futuro, pois trata-se de um banco
de dados que será constantemente acessado e atualizado.
49
Figura 28 - Acessando/cadastrando: campos para cadastro
Fonte: O autor (2018).
As informações inseridas ficam com o tom avermelhado, tendo
como objetivo fazer o Modelo pertencer gradativamente ao My
Casting®, como mostra a Figura 29.
50
Figura 29 - Acessando/cadastrando: preenchendo cadastro
Fonte: O autor (2018).
Suponhamos que o modelo já tenha fotos em seu perfil. O
cadeado representa um bloqueio (ver Figura 30), ou seja, para
desbloquear é necessário comprar a foto.
51
Figura 30 - Comprando foto: galeria do Modelo
Fonte: O autor (2018).
A foto clicada se posiciona no centro da tela com a próxima foto à
sua direita e a foto anterior à sua esquerda, seguindo sempre a ordem
da grade de fotos (ver Figura 31). Este modelo de visualização é
conhecido como carrossel.
52
Figura 31 - Comprando foto: visualização fotos
Fonte: O autor (2018).
O coração é conhecido no ambiente digital como símbolo de
gosto, que no My Casting®, se preenche de vermelho, e mais que isso,
vai direto para o carrinho de compras no canto superior direito (ver
Figura 32).
53
Figura 32 - Comprando foto: adicionar ao carrinho
Fonte: O autor (2018).
Após adicionada no carrinho, a foto fica com um coração
brancom no centro. Para confirmar que uma foto já foi comprada, o
símbolo conhecido como ​check ​(está tudo certo) aparece abaixo da
imagem (ver Figura 33).
54
Figura 33 - Comprando foto: foto já comprada
Fonte: O autor (2018).
De volta à grade de fotos (ver Figura 34), observa-se que a foto
que antes estava com cadeado, agora está com o coração, ou seja, o
usuário já viu ela, inspecionou e adicionou ao carrinho. Agora é só
apertar em “avançar” ou em “carrinho” no canto superior direito da tela.
55
Figura 34 - Comprando foto: adicionada ao carrinho
Fonte: O autor (2018).
O botão “avançar”, que estava presente na tela em todo o
momento, agora possui a chamada de ação “comprar” que efetiva a
solução My Casting®, ver Figura 35.
56
Figura 35 - Comprando foto: finaliza compra
Fonte: O autor (2018).
57
9 ENTREGAR
De acordo com o British Council (2005), esta última etapa representa o
lançamento do produto tendo como finalidade a validação do mesmo. Portanto,
realizamos testes de usabilidade, avaliando o conhecimento acerca do ​status
quo que temos hoje, a exemplo do aplicativo e rede social Instagram, no qual é
possível compartilhar fotos, vídeos, curtir, comentar e comprar produtos.
Acreditando que podemos preservar padrões visuais conhecidos,
podemos avaliar a eficácia da telas seguindo a técnica ​Card Sorting. ​Segundo
Albert e Tullis (2013), com o ​Card Sorting, podemos entender onde colocar
informações para o melhor entendimento do usuário. Para isso, o pesquisador
imprimiu as telas do protótipo, marcou o número das telas atrás das mesmas e
as distribuiu em duas mesas de testes, conforme Figura 36.
Na mesa da esquerda estavam as telas com as quais o testador
precisava realizar seu primeiro cadastro. Na tela da direita, as telas
representavam o processo de escolha e compra de uma foto. Tanto na mesa
da esquerda quanto na mesa da direita, foi pedido para o testador reorganizar
as telas por vontade própria, seguindo um pensamento lógico e narrando o que
se está pensando. Assim, foi possível identificar as telas que precisavam de
melhorias. Mas como medir isso? Pelos erros de posicionamento das telas.
58
Figura 36 - ​​Card Sorting​​: embaralhar e distribuir
Fonte: O autor (2018).
A nova ordenação das telas (em vermelho) representada pela Figura 37,
evidenciou 4 “erros” de entendimento.
59
Figura 37 - ​​Card Sorting​​: ordenar telas de cadastro
Fonte: O autor (2018).
Os erros de entendimento representam as melhoria de design que
precisavam ser feitas para se tornar mais amigável a interface do aplicativo.
Contudo
Como mostra a Figura 38, o processo de escolha e compra de uma foto
apresentou apenas duas necessidades de melhoria de design.
60
Figura 38 - ​​Card Sorting​​: ordenar telas de cadastro
Fonte: O autor (2018).
Para a Figura 38, o testador informou que para finalizar a compra da
foto, bastava apertar no botão de ​like (ver Figura 32). Com essa atitude, se
evidencia a necessidade de o sistema conversar com o utilizador, onde poderia
surgir um aviso logo após o usuário apertar no botão ​like. ​Interpreta-se também
que na rede social ​instagram, o botão representa o sentido de se gostar de
algo, e embora houvesse acerto do usuário ao utilizar este recurso, constata-se
que não houveram informações suficientes no design para deixar claro que o
aplicativo tinha o objetivo de vender fotos.
61
10 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Neste projeto de User Experience foi registrada uma proposta de inovar
o processo de ​casting ​na fotografia. As funcionalidades sugeridas pelo My
Casting® tem como principal diferencial o aproveitamento das oportunidades
de melhoria nas experiências dos modelos. Ao verificarmos a contribuição do
método escolhido para o desenvolvimento do presente trabalho, foi possível
concluir que o Double Diamond serviu como base de pensamento, contribuindo
integralmente à geração de ideias e soluções para as mesmas.
Quando os primeiros ​insights ​relativos à ideia inicial deste projeto
demonstraram força para crescer, por outro lado, existiam etapas no processo
de ​casting que ainda precisavam permanecer, no entanto poderiam ser
otimizadas: uma delas é o trabalho do fotógrafo na direção dos modelos no ato
do ensaio fotográfico e a outra é a escolha, edição e envio das fotos. Embora
as tecnologias estejam cada vez mais avançadas, ainda não temos uma
inteligência artificial capaz de “escolher e julgar” as fotos de uma sessão
fotográfica, ou editá-las com qualidade.
Outro ponto importante neste trabalho foi a percepção que sobre a
abrangência das soluções desenvolvidas, pois embora fosse necessário
cumprir prazos acadêmicos, enxergou-se possibilidades concretas de
empreendimento. Por outro lado, no início do ano de 2018 até sua metade, as
ideias divergentes que inflamavam a necessidade de enxergar os aprendizados
como possibilidades de trabalho ainda estavam em construção. Como é o caso
do autor que aqui vos escreve; que com o passar do tempo, cursando as
disciplinas de User Experience, foi estabelecendo ligações entre o que havia
aprendido na graduação em Publicidade e Propaganda, vivido nos ambientes
de trabalho e sua paixão pela fotografia.
Os conhecimentos desenvolvidos com os resultados que foram obtidos
ao longo do trabalho, mostraram que a aceitação dos modelos ao My Casting®
mostrou-se incentivada pela recompensa de poder analisar a si mesmo e
62
investir mais na própria imagem. Por outro lado, enxerga-se a expansão da
solução para diversos estúdios fotográficos, resultando assim, em galerias de
fotos mais ricas em qualidade para os modelos que utilizam a solução.
O presente trabalho buscou, sobretudo colaborar para a discussão
acadêmica que envolve o assunto, na tentativa de incentivar a geração de
soluções inovadoras em qualquer área. Embora a profissão de modelo ainda
seja uma forma alternativa de renda, durante o processo de pesquisa, foi
percebida uma carência dos entrevistados. O que pareceu ser reflexo da falta
de cuidado das agências de modelos em suas carreiras, contudo, a gestão de
contratos de trabalho pode ser centralizada em um único local. O My Casting®.
Frente aos desafios, as palavras de Cardoso (2011, p. 85) são mais que
significativas, mas acima de tudo inspiradoras para as reflexões que a área de
Experiência do Usuário possibilita. Enfim, “o mais difícil é permanecer imóvel.
Às vezes é preciso mudar muito para continuar sendo o mesmo.”
63
REFERÊNCIAS
ALBERT, William; TULLIS, Thomas. ​Measuring the user experience:
collecting, analyzing, and presenting usability metrics​​. Newnes, 2013.
AMBROSE, Gavin; HARRIS, Paul. ​Basics Design 08: Design Thinking, the
act or practice of using your mind to consider design​​. Switzerland: AVA
Publishing SA, 2010.
BARDIN. L. ​Análise de conteúdo​​. Lisboa: Editora Edições 70, 1977.
BARTHES, Roland. ​A retórica da imagem. O óbvio e o obtuso.​​ Rio de
Janeiro: Nova Fronteira, 1990.
______. ​A câmara clara: nota sobre a fotografia.​​ [Tradução de Júlio
Castañon Guimarães]. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, v. 58, 1984.
BAUMAN, Zygmunt. ​Vida para consumo​​: a transformação das pessoas em
mercadoria. Rio de Janeiro: Zahar, 2008.
BLACKWELL, Roger D.; MINIARD, Paul W.; ENGEL, James F.
Comportamento do Consumidor.​​ 9. ed. São Paulo: Pioneira Thomson
Learning, 2005.
CARDOSO, Rafael. ​Design para um mundo complexo​​. Cosac Naify, 2011.
COBRA, Marcos. ​Marketing competitivo: uma abordagem estratégica.
Brasília:
Atlas, 1993.
DESIGN COUNCIL. ​A study of the design process – The Double Diamond.
2005. Disponível em:
<​http://www.designcouncil.org.uk/sites/default/files/asset/document/ElevenLess
ons_Design_Council%20(2).pdf​>. Acesso em: 30 nov. 2018.
FONSECA, J. J. S. ​Metodologia da pesquisa científica. ​​Fortaleza: UEC,
2002. Apostila.
GARRET, Jesse James. ​Elements of user experience, the: user-centered
design for the web and beyond​​. Pearson Education, 2010.
GERHARDT, Tatiana Engel; SILVEIRA, Denise Tolfo. ​Métodos de pesquisa.
Plageder​​, 2009.
64
GIL, A. C. ​Métodos e técnicas de pesquisa social.​​ 5. ed. São Paulo: Atlas,
1999.
GOLDENBERG, M. ​A arte de pesquisar.​​ Rio de Janeiro: Record, 1997.
KAPLAN, K. ​When and How to Create Customer Journey Maps. ​​USA: NNg
Nielsen Norman Group, 2016. Disponível em:
<https://www.nngroup.com/articles/customer-journey-mapping/>. Acesso em 30
nov. 2018
MENEGHETTI, Claudio. ​StudioMe na pratica com Julianna Fraccaro. ​​2018.
(4:19). Disponível em: <​https://www.youtube.com/watch?v=sGN4cKmGIDw​>.
Acesso em: 18. out. 2018).
MILLER, Geoffrey. ​Darwin vai às compras: sexo, evolução e consumo.
Editora Best Seller Ltda., 2012.
SANT'ANNA, Armando; ROCHA JÚNIOR, Ismael ; GARCIA, Luiz Fernando
Dabul. ​Propaganda: teoria, técnica, prática.​​ 8. ed. São Paulo: Cengage
Learning, 2009.
SONTAG, Susan. ​Sobre fotografia.​​ Editora Companhia das Letras, 2004.
TAKAHASHI, Tadao. ​Sociedade da informação no Brasil: livro verde.
Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT), 2000.
TEIXEIRA, Fabricio. ​Introdução e Boas Práticas em UX Design.​​ São Paulo:
Casa do Código, 2014.
WEBSITE SELFIE MODELS. ​Página inicial.​​ Disponível em:
<https://www.selfiemodels.com.br/#pagina-inicial> Acesso em: 13 de novembro
de 2018.
WEBSITE GREATSTUDIO. ​Página inicial.​​ Disponível em:
<https://www.greatstudio.com.br> Acesso em: 13 de novembro de 2018.
65
APÊNDICE A – PRIMEIRA ENTREVISTA
Data da entrevista: 2 de outubro de 2018.
Nome do entrevistador: Ariel Ecker de Aguiar.
Tipo de entrevista: videogravação.
Duração: 3 minutos e 50 segundos.
Nome do entrevistado substituído por “LC”.
Você pode me dizer o seu nome e sua idade.
O meu nome é (...), eu tenho 31 anos e ou cozinheiro como profissão. O
que mais eu posso contribuir?
Há quanto tempo você trabalha como modelo ou ator?
É justamente… essa é uma questão muito impor… muito interessante e
que trouxe certa importância pra mim e… enfim… pra… pra minha base
profissional. Eu tive alguns incentivos né, na adolescência, no início da fase
adulta em relação a investir nesse mundo de modelo, de ator, enfim, eu gosto
muito de teatro e nunca tinha pensado em passarela ou modelar, então sempre
havia incentivo tanto da agência na qual eu faço trabalhos enfim. E… da família
também, mas como um bom cozinheiro, apaixonado pela profissão eu me
mantive na área da gastronomia e… a questão da… da possibilidade de ser
um modelo ou participar de comerciais e ter uma certa visibilidade né, na
mídia, enfim, me trouxe algumas vantagens com certeza por…
reconhecimento, por uma breve e pequena fama, mas muito mais a questão
financeira. No retorno financeiro e na possibilidade de ganho que esse mundo
me proporcionou. Então eu tive alguns trabalhos com bons cachês, eu tive
algumas campanhas legais que me possibilitaram ter essa visão, esse
gostinho, digamos assim de como é possível ter um bom ganho sendo um ator
ou um modelo.
Mas como a vida da gastronomia é muito exigente eu realmente
confesso que eu foquei mais na paixão do que nesse possível paralelo né.
Então… eu tive bons retornos, tive boas possibilidades mas foi por falta de
investimento mesmo que eu não segui nessa área.
66
Então, o que te motiva a adquirir imagens ou vídeos de trabalhos
onde tu participou para se autopromover?
Isso é bem bacana porque muitas vezes a gente sai de um estúdio, ããã,
querendo o material né… querendo ver como ficaram as fotos ou enfim, são
fotos boas, de profissionais da área da da imagem, que enfim… tem uma certa
qualidade e pode me proporcionar bons trabalhos, a agência ou as agências
para qual os modelos trabalham, pra qual eu trabalho, me pede algumas fotos
legais eventualmente, e eu não tenho esse material, não tenho acesso a ele.
Seria muito bom que eu tivesse, um pequeno material, uma pequena
amostra, sempre, enfim, gravada, pra que eu pudesse apresentar prontamente
e isso ajuda realmente a conseguir um trabalho quase que espontaneamente
assim. Então, eu vejo que é bem bacana o modelo ter o seu próprio material,
ter o seu próprio álbum virtual ou físico né, eu vejo como isso impacta
realmente positivamente na questão de conseguir bons trabalhos.
Beleza, como eu te falei, eu vou mostrar este vídeo ​só para o meu
orientador e para o coordenador.
Não tem problema, foi um prazer.
Obrigado.
67
APÊNDICE B – SEGUNDA ENTREVISTA
Data da entrevista: 2 de outubro de 2018.
Nome do entrevistador: Ariel Ecker de Aguiar.
Tipo de entrevista: videogravação.
Duração: 3 minutos e 17 segundos.
Nome do entrevistado substituído por “AR”.
Vamos lá
Oi, tudo bom? o meu nome é (...), eu tenho 50 anos, atualmente eu sou
da agência Radar. Comecei a trabalhar como modelo tarde, mais ou menos
aos 31, 32 anos e sigo, às vezes fazendo mais, fazendo menos, é natural isso.
E tô aí a esse tempo todo já, e também, paralelamente já fiz cursos e trabalho
como ator, mais amador e mais por paixão mesmo aqui no Rio Grande do Sul.
E pode falar também do material que tu já fez… do book.
Ah tá, pois é, eu comecei um tempo ainda que era película, o meu
primeiro book foi filme ainda, era caro, aquela coisa de não perder as fotos e
tal, porque era tudo muito caro. Faz tempo isso. Claro que aí eu já fiz vários
books, a gente vai envelhecendo e o cabelo vai ficando branco. Então eu ainda
tenho guardado um book porque é mais pra mim mesmo, com um monte de
fotos impressas, trabalhos impressos que eu guardo por… por questões
românticas mesmo, porque eu acho bonito. E é claro que é sempre importante
ter trabalhos, fotos e vídeos atualizados né. Até, coincidentemente essa
semana eu tava falando com o pessoal da minha agência que as minhas fotos
lá já tão defasadas principalmente por causa do cabelo e tal. E eu tenho que
fazer fotos atualizadas de boa qualidade. Então é importantíssimo estar
sempre atualizado, com fotos de boa qualidade, com luz, com fotógrafo
profissional porque isso vai sempre… só soma né, quando o pessoal vai
analisar as imagens pra qualquer teste aquilo ali é muito melhor do que fotos
amadores sem dúvida nenhuma.
E quais são os benefícios, eu sei que tu já falou né, os benefícios
de tu adquirir fotos né. Se tu adquiriria fotos de testes onde tu participou,
68
a importância que tem pra ti, se tu tem redes sociais tu também divulga,
cuida da tua imagens nas redes sociais, como é que funciona.
Isso é uma coisa que até há alguns anos atrás eu até já pensei porque a
gente faz muitos testes, e na maioria das vezes não é aprovado, é claro, faz
parte. E às vezes são fotos muito boas destes testes, de muita qualidade
mesmo que são deletadas, não são utilizadas. Então seria interessante, acho
que seria muito legal o modelo ter um meio, pagando profissionalmente, pra
adquirir algumas dessas fotos que não vão ser utilizadas mas que ficaram
muito boas, pra botar em redes sociais e porque realmente eu acho muito
legal, eu acho muito… muito útil mesmo.
Beleza, e como eu te falei esse vídeo não vai ser divulgado, só o
meu orientador e o meu coordenador que vão ver o vídeo. É pra fins de
pesquisa mesmo.
Tranquilo.
Tranquilo, obrigado.
69

Mais conteúdo relacionado

Semelhante a My Casting: oportunidades de negócio nas etapas da fotografia publicitária.

Monografia ""Mudanças são feitas de atitude, carinho e respeito. Natura e voc...
Monografia ""Mudanças são feitas de atitude, carinho e respeito. Natura e voc...Monografia ""Mudanças são feitas de atitude, carinho e respeito. Natura e voc...
Monografia ""Mudanças são feitas de atitude, carinho e respeito. Natura e voc...Iasmin Gimenes Sabbanelli
 
Publicidade e Surrealismo: Uma análise intertextual da Melting Campaign da Pe...
Publicidade e Surrealismo: Uma análise intertextual da Melting Campaign da Pe...Publicidade e Surrealismo: Uma análise intertextual da Melting Campaign da Pe...
Publicidade e Surrealismo: Uma análise intertextual da Melting Campaign da Pe...Thamiris Lima
 
Interfaces web como materialização das estratégias de experiência: Análise do...
Interfaces web como materialização das estratégias de experiência: Análise do...Interfaces web como materialização das estratégias de experiência: Análise do...
Interfaces web como materialização das estratégias de experiência: Análise do...Gabriela Steigleder
 
Skyfall para cada publico sua mensagem (guardado automaticamente)
Skyfall  para cada publico sua mensagem (guardado automaticamente)Skyfall  para cada publico sua mensagem (guardado automaticamente)
Skyfall para cada publico sua mensagem (guardado automaticamente)Susana Santos
 
Fotografia, linguagem e design
Fotografia, linguagem e designFotografia, linguagem e design
Fotografia, linguagem e designRaphael Araujo
 
A transposição das estratégias do branding para as mídias móveis. (com n...
A transposição das estratégias do branding para as mídias móveis. (com n...A transposição das estratégias do branding para as mídias móveis. (com n...
A transposição das estratégias do branding para as mídias móveis. (com n...Fabio Buss
 
eBook Consumo: imaginário, estratégia e experiência
eBook Consumo: imaginário, estratégia e experiênciaeBook Consumo: imaginário, estratégia e experiência
eBook Consumo: imaginário, estratégia e experiênciaPimenta Cultural
 
GERAÇÃO DE NEGÓCIOS NAS REDES SOCIAIS: O INSTAGRAM COMO UMA FERRAMENTA DE SU...
GERAÇÃO DE NEGÓCIOS NAS REDES SOCIAIS:  O INSTAGRAM COMO UMA FERRAMENTA DE SU...GERAÇÃO DE NEGÓCIOS NAS REDES SOCIAIS:  O INSTAGRAM COMO UMA FERRAMENTA DE SU...
GERAÇÃO DE NEGÓCIOS NAS REDES SOCIAIS: O INSTAGRAM COMO UMA FERRAMENTA DE SU...Rafael Ferreira
 
E-book free - Ferramentas Visuais para Estrategistas
E-book free - Ferramentas Visuais para EstrategistasE-book free - Ferramentas Visuais para Estrategistas
E-book free - Ferramentas Visuais para EstrategistasMarcelo Pimenta (menta90)
 
Teste_revista_planejamento1
Teste_revista_planejamento1Teste_revista_planejamento1
Teste_revista_planejamento1Bruna Ribeiro
 
O Motim 2.0: Marca versos Público - A relação entre marcas e opinião de co...
O Motim 2.0: Marca versos Público  -   A relação entre marcas e opinião de co...O Motim 2.0: Marca versos Público  -   A relação entre marcas e opinião de co...
O Motim 2.0: Marca versos Público - A relação entre marcas e opinião de co...Luana S. Mita
 
TCC Edson Espíndola Júnior - UX DESIGN – UM ESTUDO SOBRE A CRIAÇÃO DE INTERFA...
TCC Edson Espíndola Júnior - UX DESIGN – UM ESTUDO SOBRE A CRIAÇÃO DE INTERFA...TCC Edson Espíndola Júnior - UX DESIGN – UM ESTUDO SOBRE A CRIAÇÃO DE INTERFA...
TCC Edson Espíndola Júnior - UX DESIGN – UM ESTUDO SOBRE A CRIAÇÃO DE INTERFA...Diego Moreau
 
A utilização do in game advertising como ferramenta de marketing digital
A utilização do in game advertising como ferramenta de marketing digitalA utilização do in game advertising como ferramenta de marketing digital
A utilização do in game advertising como ferramenta de marketing digitalGuilherme Barbosa de Moraes
 
Tcc eca usp_diego_deoliveira
Tcc eca usp_diego_deoliveiraTcc eca usp_diego_deoliveira
Tcc eca usp_diego_deoliveiraDiego de Oliveira
 
#OiOiOi: Os usos sociais das tecnologias digitais em um mundo colaborativo
#OiOiOi: Os usos sociais das tecnologias digitais em um mundo colaborativo#OiOiOi: Os usos sociais das tecnologias digitais em um mundo colaborativo
#OiOiOi: Os usos sociais das tecnologias digitais em um mundo colaborativoBárbara Caparroz Sobral
 
A Gestão de Marcas no Marketing 3.0
A Gestão de Marcas no Marketing 3.0A Gestão de Marcas no Marketing 3.0
A Gestão de Marcas no Marketing 3.0Fabio Luz
 
Estrategista Visual - Planejamento
Estrategista Visual - PlanejamentoEstrategista Visual - Planejamento
Estrategista Visual - PlanejamentoRoniel Santana
 

Semelhante a My Casting: oportunidades de negócio nas etapas da fotografia publicitária. (20)

Monografia ""Mudanças são feitas de atitude, carinho e respeito. Natura e voc...
Monografia ""Mudanças são feitas de atitude, carinho e respeito. Natura e voc...Monografia ""Mudanças são feitas de atitude, carinho e respeito. Natura e voc...
Monografia ""Mudanças são feitas de atitude, carinho e respeito. Natura e voc...
 
Publicidade e Surrealismo: Uma análise intertextual da Melting Campaign da Pe...
Publicidade e Surrealismo: Uma análise intertextual da Melting Campaign da Pe...Publicidade e Surrealismo: Uma análise intertextual da Melting Campaign da Pe...
Publicidade e Surrealismo: Uma análise intertextual da Melting Campaign da Pe...
 
Interfaces web como materialização das estratégias de experiência: Análise do...
Interfaces web como materialização das estratégias de experiência: Análise do...Interfaces web como materialização das estratégias de experiência: Análise do...
Interfaces web como materialização das estratégias de experiência: Análise do...
 
TCC Camila Mayuri Yamashita Cardoso
TCC Camila Mayuri Yamashita CardosoTCC Camila Mayuri Yamashita Cardoso
TCC Camila Mayuri Yamashita Cardoso
 
Skyfall para cada publico sua mensagem (guardado automaticamente)
Skyfall  para cada publico sua mensagem (guardado automaticamente)Skyfall  para cada publico sua mensagem (guardado automaticamente)
Skyfall para cada publico sua mensagem (guardado automaticamente)
 
Fotografia, linguagem e design
Fotografia, linguagem e designFotografia, linguagem e design
Fotografia, linguagem e design
 
A transposição das estratégias do branding para as mídias móveis. (com n...
A transposição das estratégias do branding para as mídias móveis. (com n...A transposição das estratégias do branding para as mídias móveis. (com n...
A transposição das estratégias do branding para as mídias móveis. (com n...
 
eBook Consumo: imaginário, estratégia e experiência
eBook Consumo: imaginário, estratégia e experiênciaeBook Consumo: imaginário, estratégia e experiência
eBook Consumo: imaginário, estratégia e experiência
 
GERAÇÃO DE NEGÓCIOS NAS REDES SOCIAIS: O INSTAGRAM COMO UMA FERRAMENTA DE SU...
GERAÇÃO DE NEGÓCIOS NAS REDES SOCIAIS:  O INSTAGRAM COMO UMA FERRAMENTA DE SU...GERAÇÃO DE NEGÓCIOS NAS REDES SOCIAIS:  O INSTAGRAM COMO UMA FERRAMENTA DE SU...
GERAÇÃO DE NEGÓCIOS NAS REDES SOCIAIS: O INSTAGRAM COMO UMA FERRAMENTA DE SU...
 
E-book free - Ferramentas Visuais para Estrategistas
E-book free - Ferramentas Visuais para EstrategistasE-book free - Ferramentas Visuais para Estrategistas
E-book free - Ferramentas Visuais para Estrategistas
 
Marketing digital: Estudo de caso Zappos
Marketing digital: Estudo de caso Zappos Marketing digital: Estudo de caso Zappos
Marketing digital: Estudo de caso Zappos
 
Teste_revista_planejamento1
Teste_revista_planejamento1Teste_revista_planejamento1
Teste_revista_planejamento1
 
O Motim 2.0: Marca versos Público - A relação entre marcas e opinião de co...
O Motim 2.0: Marca versos Público  -   A relação entre marcas e opinião de co...O Motim 2.0: Marca versos Público  -   A relação entre marcas e opinião de co...
O Motim 2.0: Marca versos Público - A relação entre marcas e opinião de co...
 
TCC Edson Espíndola Júnior - UX DESIGN – UM ESTUDO SOBRE A CRIAÇÃO DE INTERFA...
TCC Edson Espíndola Júnior - UX DESIGN – UM ESTUDO SOBRE A CRIAÇÃO DE INTERFA...TCC Edson Espíndola Júnior - UX DESIGN – UM ESTUDO SOBRE A CRIAÇÃO DE INTERFA...
TCC Edson Espíndola Júnior - UX DESIGN – UM ESTUDO SOBRE A CRIAÇÃO DE INTERFA...
 
A utilização do in game advertising como ferramenta de marketing digital
A utilização do in game advertising como ferramenta de marketing digitalA utilização do in game advertising como ferramenta de marketing digital
A utilização do in game advertising como ferramenta de marketing digital
 
Tcc eca usp_diego_deoliveira
Tcc eca usp_diego_deoliveiraTcc eca usp_diego_deoliveira
Tcc eca usp_diego_deoliveira
 
#OiOiOi: Os usos sociais das tecnologias digitais em um mundo colaborativo
#OiOiOi: Os usos sociais das tecnologias digitais em um mundo colaborativo#OiOiOi: Os usos sociais das tecnologias digitais em um mundo colaborativo
#OiOiOi: Os usos sociais das tecnologias digitais em um mundo colaborativo
 
A Gestão de Marcas no Marketing 3.0
A Gestão de Marcas no Marketing 3.0A Gestão de Marcas no Marketing 3.0
A Gestão de Marcas no Marketing 3.0
 
Ferramentas visuais-para-estrategistas
Ferramentas visuais-para-estrategistasFerramentas visuais-para-estrategistas
Ferramentas visuais-para-estrategistas
 
Estrategista Visual - Planejamento
Estrategista Visual - PlanejamentoEstrategista Visual - Planejamento
Estrategista Visual - Planejamento
 

Último

Ética NO AMBIENTE DE TRABALHO, fundamentosdas relações.pdf
Ética NO AMBIENTE DE TRABALHO,  fundamentosdas relações.pdfÉtica NO AMBIENTE DE TRABALHO,  fundamentosdas relações.pdf
Ética NO AMBIENTE DE TRABALHO, fundamentosdas relações.pdfInsttLcioEvangelista
 
EP GRUPO - Mídia Kit 2024 - conexão de marcas e personagens
EP GRUPO - Mídia Kit 2024 - conexão de marcas e personagensEP GRUPO - Mídia Kit 2024 - conexão de marcas e personagens
EP GRUPO - Mídia Kit 2024 - conexão de marcas e personagensLuizPauloFerreira11
 
66ssssssssssssssssssssssssssssss4434.pptx
66ssssssssssssssssssssssssssssss4434.pptx66ssssssssssssssssssssssssssssss4434.pptx
66ssssssssssssssssssssssssssssss4434.pptxLEANDROSPANHOL1
 
Conferência SC 24 | A força da geolocalização impulsionada em ADS e Fullcomme...
Conferência SC 24 | A força da geolocalização impulsionada em ADS e Fullcomme...Conferência SC 24 | A força da geolocalização impulsionada em ADS e Fullcomme...
Conferência SC 24 | A força da geolocalização impulsionada em ADS e Fullcomme...E-Commerce Brasil
 
Conferência SC 24 | Estratégias de precificação para múltiplos canais de venda
Conferência SC 24 | Estratégias de precificação para múltiplos canais de vendaConferência SC 24 | Estratégias de precificação para múltiplos canais de venda
Conferência SC 24 | Estratégias de precificação para múltiplos canais de vendaE-Commerce Brasil
 
Conferência SC 24 | Estratégias de diversificação de investimento em mídias d...
Conferência SC 24 | Estratégias de diversificação de investimento em mídias d...Conferência SC 24 | Estratégias de diversificação de investimento em mídias d...
Conferência SC 24 | Estratégias de diversificação de investimento em mídias d...E-Commerce Brasil
 
Conferência SC 2024 | De vilão a herói: como o frete vai salvar as suas vendas
Conferência SC 2024 |  De vilão a herói: como o frete vai salvar as suas vendasConferência SC 2024 |  De vilão a herói: como o frete vai salvar as suas vendas
Conferência SC 2024 | De vilão a herói: como o frete vai salvar as suas vendasE-Commerce Brasil
 
Conferência SC 24 | Social commerce e recursos interativos: como aplicar no s...
Conferência SC 24 | Social commerce e recursos interativos: como aplicar no s...Conferência SC 24 | Social commerce e recursos interativos: como aplicar no s...
Conferência SC 24 | Social commerce e recursos interativos: como aplicar no s...E-Commerce Brasil
 
Questionárionnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnn
QuestionárionnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnQuestionárionnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnn
QuestionárionnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnGustavo144776
 
A LOGÍSTICA ESTÁ PREPARADA PARA O DECRESCIMENTO?
A LOGÍSTICA ESTÁ PREPARADA PARA O DECRESCIMENTO?A LOGÍSTICA ESTÁ PREPARADA PARA O DECRESCIMENTO?
A LOGÍSTICA ESTÁ PREPARADA PARA O DECRESCIMENTO?Michael Rada
 
Conferência SC 24 | Estratégias omnicanal: transformando a logística em exper...
Conferência SC 24 | Estratégias omnicanal: transformando a logística em exper...Conferência SC 24 | Estratégias omnicanal: transformando a logística em exper...
Conferência SC 24 | Estratégias omnicanal: transformando a logística em exper...E-Commerce Brasil
 
Conferência SC 2024 | Tendências e oportunidades de vender mais em 2024
Conferência SC 2024 | Tendências e oportunidades de vender mais em 2024Conferência SC 2024 | Tendências e oportunidades de vender mais em 2024
Conferência SC 2024 | Tendências e oportunidades de vender mais em 2024E-Commerce Brasil
 
Conferência SC 24 | Gestão logística para redução de custos e fidelização
Conferência SC 24 | Gestão logística para redução de custos e fidelizaçãoConferência SC 24 | Gestão logística para redução de custos e fidelização
Conferência SC 24 | Gestão logística para redução de custos e fidelizaçãoE-Commerce Brasil
 
Conferência SC 24 | Otimize sua logística reversa com opções OOH (out of home)
Conferência SC 24 | Otimize sua logística reversa com opções OOH (out of home)Conferência SC 24 | Otimize sua logística reversa com opções OOH (out of home)
Conferência SC 24 | Otimize sua logística reversa com opções OOH (out of home)E-Commerce Brasil
 
Analise Ergonomica FisioPrev aula de ergonomia
Analise Ergonomica FisioPrev aula de ergonomiaAnalise Ergonomica FisioPrev aula de ergonomia
Analise Ergonomica FisioPrev aula de ergonomiaGabrielPasquinelli1
 
Conferência SC 24 | Data Analytics e IA: o futuro do e-commerce?
Conferência SC 24 | Data Analytics e IA: o futuro do e-commerce?Conferência SC 24 | Data Analytics e IA: o futuro do e-commerce?
Conferência SC 24 | Data Analytics e IA: o futuro do e-commerce?E-Commerce Brasil
 
Conferência SC 24 | Estratégias de precificação: loja própria e marketplace
Conferência SC 24 | Estratégias de precificação: loja própria e marketplaceConferência SC 24 | Estratégias de precificação: loja própria e marketplace
Conferência SC 24 | Estratégias de precificação: loja própria e marketplaceE-Commerce Brasil
 
representações cartograficas - 1 ano.pptx
representações cartograficas - 1 ano.pptxrepresentações cartograficas - 1 ano.pptx
representações cartograficas - 1 ano.pptxCarladeOliveira25
 
Products Catalogue-01-Electronics thin wall heat shrink tubing wire and cable...
Products Catalogue-01-Electronics thin wall heat shrink tubing wire and cable...Products Catalogue-01-Electronics thin wall heat shrink tubing wire and cable...
Products Catalogue-01-Electronics thin wall heat shrink tubing wire and cable...Welldonelily Skype
 
Conferência SC 24 | Omnichannel: uma cultura ou apenas um recurso comercial?
Conferência SC 24 | Omnichannel: uma cultura ou apenas um recurso comercial?Conferência SC 24 | Omnichannel: uma cultura ou apenas um recurso comercial?
Conferência SC 24 | Omnichannel: uma cultura ou apenas um recurso comercial?E-Commerce Brasil
 

Último (20)

Ética NO AMBIENTE DE TRABALHO, fundamentosdas relações.pdf
Ética NO AMBIENTE DE TRABALHO,  fundamentosdas relações.pdfÉtica NO AMBIENTE DE TRABALHO,  fundamentosdas relações.pdf
Ética NO AMBIENTE DE TRABALHO, fundamentosdas relações.pdf
 
EP GRUPO - Mídia Kit 2024 - conexão de marcas e personagens
EP GRUPO - Mídia Kit 2024 - conexão de marcas e personagensEP GRUPO - Mídia Kit 2024 - conexão de marcas e personagens
EP GRUPO - Mídia Kit 2024 - conexão de marcas e personagens
 
66ssssssssssssssssssssssssssssss4434.pptx
66ssssssssssssssssssssssssssssss4434.pptx66ssssssssssssssssssssssssssssss4434.pptx
66ssssssssssssssssssssssssssssss4434.pptx
 
Conferência SC 24 | A força da geolocalização impulsionada em ADS e Fullcomme...
Conferência SC 24 | A força da geolocalização impulsionada em ADS e Fullcomme...Conferência SC 24 | A força da geolocalização impulsionada em ADS e Fullcomme...
Conferência SC 24 | A força da geolocalização impulsionada em ADS e Fullcomme...
 
Conferência SC 24 | Estratégias de precificação para múltiplos canais de venda
Conferência SC 24 | Estratégias de precificação para múltiplos canais de vendaConferência SC 24 | Estratégias de precificação para múltiplos canais de venda
Conferência SC 24 | Estratégias de precificação para múltiplos canais de venda
 
Conferência SC 24 | Estratégias de diversificação de investimento em mídias d...
Conferência SC 24 | Estratégias de diversificação de investimento em mídias d...Conferência SC 24 | Estratégias de diversificação de investimento em mídias d...
Conferência SC 24 | Estratégias de diversificação de investimento em mídias d...
 
Conferência SC 2024 | De vilão a herói: como o frete vai salvar as suas vendas
Conferência SC 2024 |  De vilão a herói: como o frete vai salvar as suas vendasConferência SC 2024 |  De vilão a herói: como o frete vai salvar as suas vendas
Conferência SC 2024 | De vilão a herói: como o frete vai salvar as suas vendas
 
Conferência SC 24 | Social commerce e recursos interativos: como aplicar no s...
Conferência SC 24 | Social commerce e recursos interativos: como aplicar no s...Conferência SC 24 | Social commerce e recursos interativos: como aplicar no s...
Conferência SC 24 | Social commerce e recursos interativos: como aplicar no s...
 
Questionárionnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnn
QuestionárionnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnQuestionárionnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnn
Questionárionnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnn
 
A LOGÍSTICA ESTÁ PREPARADA PARA O DECRESCIMENTO?
A LOGÍSTICA ESTÁ PREPARADA PARA O DECRESCIMENTO?A LOGÍSTICA ESTÁ PREPARADA PARA O DECRESCIMENTO?
A LOGÍSTICA ESTÁ PREPARADA PARA O DECRESCIMENTO?
 
Conferência SC 24 | Estratégias omnicanal: transformando a logística em exper...
Conferência SC 24 | Estratégias omnicanal: transformando a logística em exper...Conferência SC 24 | Estratégias omnicanal: transformando a logística em exper...
Conferência SC 24 | Estratégias omnicanal: transformando a logística em exper...
 
Conferência SC 2024 | Tendências e oportunidades de vender mais em 2024
Conferência SC 2024 | Tendências e oportunidades de vender mais em 2024Conferência SC 2024 | Tendências e oportunidades de vender mais em 2024
Conferência SC 2024 | Tendências e oportunidades de vender mais em 2024
 
Conferência SC 24 | Gestão logística para redução de custos e fidelização
Conferência SC 24 | Gestão logística para redução de custos e fidelizaçãoConferência SC 24 | Gestão logística para redução de custos e fidelização
Conferência SC 24 | Gestão logística para redução de custos e fidelização
 
Conferência SC 24 | Otimize sua logística reversa com opções OOH (out of home)
Conferência SC 24 | Otimize sua logística reversa com opções OOH (out of home)Conferência SC 24 | Otimize sua logística reversa com opções OOH (out of home)
Conferência SC 24 | Otimize sua logística reversa com opções OOH (out of home)
 
Analise Ergonomica FisioPrev aula de ergonomia
Analise Ergonomica FisioPrev aula de ergonomiaAnalise Ergonomica FisioPrev aula de ergonomia
Analise Ergonomica FisioPrev aula de ergonomia
 
Conferência SC 24 | Data Analytics e IA: o futuro do e-commerce?
Conferência SC 24 | Data Analytics e IA: o futuro do e-commerce?Conferência SC 24 | Data Analytics e IA: o futuro do e-commerce?
Conferência SC 24 | Data Analytics e IA: o futuro do e-commerce?
 
Conferência SC 24 | Estratégias de precificação: loja própria e marketplace
Conferência SC 24 | Estratégias de precificação: loja própria e marketplaceConferência SC 24 | Estratégias de precificação: loja própria e marketplace
Conferência SC 24 | Estratégias de precificação: loja própria e marketplace
 
representações cartograficas - 1 ano.pptx
representações cartograficas - 1 ano.pptxrepresentações cartograficas - 1 ano.pptx
representações cartograficas - 1 ano.pptx
 
Products Catalogue-01-Electronics thin wall heat shrink tubing wire and cable...
Products Catalogue-01-Electronics thin wall heat shrink tubing wire and cable...Products Catalogue-01-Electronics thin wall heat shrink tubing wire and cable...
Products Catalogue-01-Electronics thin wall heat shrink tubing wire and cable...
 
Conferência SC 24 | Omnichannel: uma cultura ou apenas um recurso comercial?
Conferência SC 24 | Omnichannel: uma cultura ou apenas um recurso comercial?Conferência SC 24 | Omnichannel: uma cultura ou apenas um recurso comercial?
Conferência SC 24 | Omnichannel: uma cultura ou apenas um recurso comercial?
 

My Casting: oportunidades de negócio nas etapas da fotografia publicitária.

  • 1. CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM USER EXPERIENCE ARIEL ECKER DE AGUIAR My Casting: oportunidades de negócio nas etapas da fotografia publicitária Porto Alegre 2018 1
  • 2. ARIEL ECKER DE AGUIAR My Casting: oportunidades de negócio nas etapas da fotografia publicitária Trabalho de conclusão de curso apresentado ao Centro Universitário Ritter dos Reis, como requisito parcial para obtenção do título de Especialista em User Experience. Orientador: Prof. Me. Alessandro Valério Dias 2
  • 3. EPÍGRAFE Se o brilho estiver se apagando, peça para olharem acima da lente. É o suficiente para a luz iluminar o olhar. Platon. 3
  • 4. DEDICATÓRIA Dedico este trabalho aos meus pais que sempre estiveram ao meu lado e me apoiaram em toda a trajetória deste caminho. Aos meus irmãos, que com sabedoria me passaram conhecimento e me ajudaram a não tropeçar. À memória do professor Gabriel Rymsza, falecido em 27/02/2017, que me mostrou o caminho da Experiência do Usuário. Por fim, ao professor orientador Alessandro Valério Dias que teve paciência e sabedoria em todo o processo de construção do presente trabalho. 4
  • 5. LISTA DE FIGURAS Figura 1 - O casting na fotografia publicitária 13 Figura 2 - Double Diamond 18 Figura 3 - Sentimentos positivos e negativos 21 Figura 4 - Jornada do usuário: primeira parte 22 Figura 5 - Inserção dos metadados no programa Adobe Photoshop Lightroom 23 Figura 6 - Dados preenchidos a mão 24 Figura 7 - Fotos selecionadas e filtradas com uso do programa Adobe Photoshop Lightroom 25 Figura 8 - Email para cadastro recebido pelo modelo 26 Figura 9 - Tela de cadastro aberta no navegador 26 Figura 10 - Galeria de fotos do modelo dentro do site GreatStudio 27 Figura 11 - Idades dos respondentes 33 Figura 12 - Quantidade de tempo que possui vínculo com uma agência 34 Figura 13 - Quantidade de castings frequentados mensalmente 35 Figura 14 - Retorno sobre o desempenho em um casting 35 Figura 15 - Investimento anual em fotos 36 Figura 16 - Índice de aprovação em castings no ano de 2018 37 Figura 17 - Motivações 38 Figura 18 - Nuvem de palavras 39 Figura ​19 - Pontos negativos 40 Figura 20 - Persona 41 Figura 21 - Fluxograma de um trabalho de fotografia publicitária centralizado no 42 My Casting® Figura 22 - Funções do produto 44 Figura 23 - Acessando/cadastrando: tela inicial 45 Figura 24 - Acessando/cadastrando: tela inicial instrução 46 Figura 25 - Acessando/cadastrando: tela inicial começar 47 Figura 26 - Acessando/cadastrando: tentativa de autenticação 48 Figura 27 - Acessando/cadastrando: novo usuário 49 Figura 28 - Acessando/cadastrando: campos para cadastro 50 Figura 29 - Acessando/cadastrando: preenchendo cadastro 51 Figura 30 - Comprando foto: galeria do Modelo 52 Figura 31 - Comprando foto: visualização fotos 53 Figura 32 - Comprando foto: adicionar ao carrinho 54 Figura 33 - Comprando foto: foto já comprada 55 Figura 34 - Comprando foto: adicionada ao carrinho 56 Figura 35 - Comprando foto: finaliza compra 57 5
  • 6. Figura 36 - Card Sorting: embaralhar e distribuir 59 Figura 37 - Card Sorting: ordenar telas de cadastro 60 Figura 38 - Card Sorting: ordenar telas de cadastro 61 6
  • 7. LISTA DE QUADROS Quadro 1 - Execução Double Diamond 19 Quadro 2 - Análise das entrevistas 30 Quadro 3 - Problemas e oportunidades 43 7
  • 8. SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO 9 2 FOTOGRAFIA PUBLICITÁRIA 10 3 OBJETIVOS 1​​2 3.1 OBJETIVO GERAL 1​2 3.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS 1​2 4 JUSTIFICATIVA: NOVOS DESTINOS E EXPERIÊNCIAS OTIMIZADAS 13 5 METODOLOGIA 15 5.1 DOUBLE DIAMOND 16 6 COMPREENDER 18 6.1 A JORNADA DO USUÁRIO NO CENÁRIO DE CASTINGS 18 6.2 PESQUISAS 27 6.3 ENTREVISTAS 27 6.4 QUESTIONÁRIO 30 6.5 PERCEPÇÕES DO CENÁRIO COMPETITIVO 37 7 DEFINIR 39 7.1 PERSONA 39 7.2 MAPEAMENTO DE JORNADA DO USUÁRIO NO FUTURO 40 7.3 MAPEANDO OPORTUNIDADES 42 8 DESENVOLVER 44 8.1 PROTÓTIPO - APLICATIVO PARA SMARTPHONE 44 9 ENTREGAR 58 10 CONSIDERAÇÕES FINAIS 62 8
  • 9. 1 INTRODUÇÃO Barthes (1990, p. 28), afirma que ao contrário do discurso jornalístico, por exemplo, a publicidade sempre é franca, e ao terminarmos a leitura de uma peça publicitária, fica clara sua intenção, que na maioria das vezes, é a sugestão de aquisição de um produto através de apelos visuais claros. Assim, a publicidade, em sua fase de consolidação, sempre esteve ligada à promoção do consumo, que ao passar dos anos deu forma à Sociedade do Consumo de Lipovetsky, estabelecida no século passado. Historicamente, o estudo do comportamento do consumidor enfatizou o comportamento de compra dos mesmos ou o “motivo pelo qual as pessoas compram”. Mais recentemente, os pesquisadores e praticantes têm focado na análise de consumo, porque e como as pessoas consomem, além de por que e como elas compram (BLACKWELL; MINIARD; ENGEL, 2005, p. 7-8). Já para Cobra (1993, p. 109), a compreensão do comportamento de consumo está intimamente ligada à ideia de observação das necessidades dos indivíduos. Para ele, os indivíduos consomem buscando a satisfação de uma necessidade, que pode ser racional ou emocional, e também pode nem mesmo ser percebida conscientemente. Assim, complementando a afirmativa de Cobra, a subjetividade é a essência da experiência, pois está intimamente ligada a “fatores humanos (sua habilidade em usar caixas eletrônicos, sua visão, sua habilidade motora, sua capacidade de ler e entender o que está escrito na tela, seu humor naquele momento etc.)” (TEIXEIRA, 2014, p. 2). De acordo com o autor, embora as experiências sejam subjetivas, elas foram projetadas por alguém que pensou na solução de um problema. Embora por outro lado possamos afirmar que o consumo era fruto de oferta e demanda, e que fomentado pela publicidade delineou dogmas sociais, hoje temos visões mais claras sobre o papel dos objetos em nossas vidas. Miller (2012) traz como exemplo o mito de Narciso, que nos ajuda a entender a sociedade do consumo: por determinação biológica estamos constantemente admirando a nós mesmos, procurando melhorar nossa 9
  • 10. imagem para o mundo. O autor completa esta ideia afirmando que na sociedade do consumo os objetos converteram-se rapidamente em vetores sociais, pois são facilmente personalizáveis e aparentemente acessíveis a todos, ou seja, somos extensão do que consumimos e usamos. Nesse contexto as ferramentas usadas pela publicidade utilizam a fotografia como ferramenta para ilustrar o propósito de um anúncio publicitário através da representação dos vetores. De acordo com Barthes (1982, p. 117), o que evidencia a existência da fotografia é a pose, pois se dá no instante de tempo entre o momento que acabara de passar antes do registro. A seguir, nos próximos capítulos, serão evidenciados os objetivos do presente trabalho de Experiência do Usuário, bem como as ideias para resolver os problemas presentes nas rotinas do nosso público-alvo, os modelos fotográficos no cenário da fotografia publicitária que abrange também a moda. 2 FOTOGRAFIA PUBLICITÁRIA A fotografia sempre esteve diretamente ligada à apropriação do assunto fotografado e, no início da segunda metade do século XIX, alcançou importância tão grande na publicidade que levou entusiastas a valorizarem ainda mais a representação imagética da vida real ou que se acreditava existir. O que está escrito sobre uma pessoa ou um fato é, declaradamente, uma interpretação, do mesmo modo que as manifestações visuais feitas à mão, como pinturas e desenhos. Imagens fotografadas não parecem manifestações a respeito do mundo, mas sim pedaços dele, miniaturas da realidade que qualquer um pode fazer ou adquirir. (SONTAG, 2004, p. 8). Nos anos 80, Barthes, outro autor que se preocupou em refletir sobre a existência da fotografia como ferramenta antropológica, afirmou que na publicidade, ela limitou-se a ser usada para fazer retratos de pessoas para grandes capas de revista. Entretanto, a relação entre a publicidade e a fotografia era definida pela dependência entre essas duas ferramentas. Se antes pensava-se que as evoluções tecnológicas encontrariam a solução para 10
  • 11. promover e democratizar a fotografia entre os meios, a realidade nos mostra que agora há uma representatividade da fotografia no contexto cultural. Assim, a fotografia desenvolve-se na esteira de uma das atividades modernas mais típicas: o turismo. Pela primeira vez na história, pessoas viajam regularmente, em grande número, para fora de seu ambiente habitual, durante breves períodos. Parece decididamente anormal viajar por prazer sem levar uma câmera. As fotos oferecerão provas incontestáveis de que a viagem se realizou, de que a programação foi cumprida, de que houve diversão. As fotos documentam sequências de consumo realizadas longe dos olhos da família, dos amigos, dos vizinhos. Mas a dependência da câmera, como o equipamento que torna real aquilo que a pessoa vivencia, não se enfraquece quando as pessoas viajam mais. (SONTAG, 2004, p. 11). Por outro lado, Sant’anna (2009, p. 116) afirma que a finalidade da propaganda agora é desenvolver a personalidade do produto e da empresa, exaltar e apresentar benefícios e vantagens, aumentando assim a certeza emocional e racional do consumidor em relação ao objeto de consumo. Bauman (2008, p. 22) afirma que “numa sociedade de consumidores, tornar-se uma mercadoria desejável e desejada é matéria de que são feitos os sonhos e os contos de fadas”. Costurando as reflexões de Bauman (2008, p. 22), Sant’anna (2009), Sontag (2004), Barthes (1982), Miller (2012), Teixeira (2014), Cobra (1993), Blackwell; Miniard; Engel, (2005), a publicidade e a fotografia desenvolveram uma ligação projetada em seus primórdios: uma alternativa imagética rentável que o ser humano encontrou para expressar suas ideias. 11
  • 12. 3 OBJETIVOS 3.1 OBJETIVO GERAL Este projeto tem como finalidade proporcionar a otimização do trabalho dos modelos antes, durante e depois dos castings , gerando novas1 experiências que serão integradas em uma única plataforma. 3.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS 3.2.1 Identificar problemas que influenciam nas motivações, nos interesses e nas dores dos usuários, propondo soluções viáveis; 3.2.2 Validar ou invalidar as hipóteses ● Os usuários precisam de fotos de boa qualidade ● O processo de execução dos castings pode ser melhorado? ● Ter várias funcionalidades um pouco boas ou uma muito boa? 3.2.3 Mapear possibilidades de desdobramento das principais funcionalidades da plataforma para inovar processos de trabalho dos stakeholders ​(partes interessadas, em livre tradução para o português); 3.2.4 Construir protótipos a partir de funcionalidades básicas e realizar testes de usabilidade para resolver problemas de ​design​. 4 JUSTIFICATIVA: NOVOS DESTINOS E EXPERIÊNCIAS OTIMIZADAS 1 Essa menção em todas as suas ocorrências ao decorrer do presente trabalho trata-se de livre tradução de testes de modelo ou seleção de elenco para fotografia de campanhas publicitárias para o português. 12
  • 13. Ao olharmos para as etapas da fotografia publicitária, podemos identificar e entender stakeholders (partes interessadas, em livre tradução para o português) ​dentro do processo de execução de um trabalho fotográfico para uma campanha publicitária (ver Figura 1). Cada etapa possui variáveis entre as quais podemos destacar a importância do modelo na fotografia em si, pois é ele que irá incorporar a persona da obra fotográfica. De acordo com Meneghetti (2018), o casting ​presencial é muito mais efetivo que o ​casting por ​composites​, pois com ele é possível obter informações atualizadas no que diz respeito aos aspectos físicos e à desenvoltura dos modelos. Figura 1 - O casting na fotografia publicitária ​Fonte: O autor (2018). Para cada trabalho de fotografia publicitária, centenas de fotos obtidas em ​castings ​são descartadas, salvo as que são aproveitadas pelos fotógrafos para seus portfólios. Observando essa cultura de descarte criou-se uma lista de endereços de e-mails composta por modelos que já participaram de castings no StudioMe (estúdio fotográfico), pois se os modelos que pelo 13
  • 14. estúdio passavam, deixavam suas imagens, por quê não oferecê-las para eles mesmos? Ou melhor que isso: por quê não vendê-las para os próprios modelos? Em momentos de crise financeira, reinventar formas tradicionais de trabalho se tornaram tendência nas empresas do setor, fomentando de ponta a ponta a indústria da fotografia no Brasil. Conforme relata Roitfield (2017), na década de 60 houveram declínios econômicos de nível global na indústria da publicidade, provocando mudanças no modo em que os novos fotógrafos enxergavam e criavam a fotografia: Tal cenário oferece novas oportunidades que, quando combinadas com uma compreensão da fotografia profissional, possibilitam executar um trabalho criativamente compensador e comercialmente viável como criador de imagens e solucionador de problemas. (ROITFIELD, 2017, p. 9). Seguindo esse raciocínio, foi feita uma pesquisa na ​internet ​e foram encontrados alguns ​sites ​que poderiam ser usados para venda de fotos digitais cuja funcionalidade primordial buscada era a de o usuário poder ver fotos, marcá-las, comprá-las online e recebê-las automaticamente após a confirmação do pagamento. O GreatStudio foi o ​site ​escolhido por oferecer melhor custo benefício para o StudioMe, ele se posiciona como ferramenta para centralizar todas as etapas de produção de um trabalho fotográfico. Entre as etapas podemos destacar a gestão e seleção de fotos cumprindo com excelência os testes de uso que foram realizadas internamente. Após enviar por e-mail as fotos obtidas editadas dos modelos para os mesmos, percebeu-se uma grande taxa de marcação de curtidas (​like​). Mas a eficiência das hipóteses relativas à atitude de se coletar e-mails só poderia ser afirmada com a eficácia, ou seja, as compras realizadas diretamente na plataforma GreatStudio. Voltando ao contexto dos ​stakeholders​, nos deparamos com o compromisso de validar essas ações afirmando cada vez mais a necessidade de se encontrar inspirações inovadoras. Encontramos então o aplicativo ​mobile Selfie Models que se posiciona como propulsor para a participação de modelos 14
  • 15. amadores que querem se candidatar a trabalhos fotográficos profissionais, e de forma totalmente digital, oferece suporte também para quem está à procura de modelos para realizar um trabalho. Através desse olhar para o mundo da fotografia publicitária, podemos considerar o Selfie Models e o GreatStudio para analisarmos como concorrentes e ferramentas para o nosso Produto Mínimo Viável, mais conhecido como MVP. 15
  • 16. 5 METODOLOGIA A metodologia (também conhecida como processo de ​design​) usada neste trabalho foi ​Design Thinking​, apresentada por Harris e Ambrose (2010) como a técnica de refinar e encontrar ideias criativas para a solução de problemas dentro e fora do mundo do ​Design​. Na visão dos dois autores a linha de tempo da metodologia é dividida em cinco métodos básicos que se complementam e se validam conforme o avanço do processo: 1. Ideação - descobrir as necessidades e as motivações dos usuários e entender as ideias geradas; 2. Prototipagem - desenvolver e selecionar as ideias para a solução apresentando-as para grupos de usuários testarem e fornecerem feedbacks; 3. Seleção - ​selecionar e validar as soluções estudadas. Algumas das soluções podem ser práticas, mas podem não ser as melhores; 4. Implementação - desenvolver o design e como ele vai ser entregue ao cliente; 5. Aprendizagem - coleta de ​feedbacks ​para encontrar novas formas de melhorar o desempenho e prever melhorias que podem ser realizadas no futuro. Com a difusão do Design Thinking e sua emancipação à tecnologia, novas empresas surgiram e desenvolveram suas próprias visões com inspiração nos métodos levantados por Harris e Ambrose (2010), como é o caso da IDEO, empresa de design global que tem como propósito o comprometimento com a criação de impacto positivo no mundo: 1. Aprendizagem - esta etapa inicia com a pesquisa para obter empatia, compreensão, inspirar outras ideias e testar a intuição do pesquisador; 2. Sintetização - interpretar as pesquisas para descobrir temas e insights; 3. Prototipagem - testar as ideias com o público-alvo. 4. Feedback e Iteração - É o centro do processo. Coletar ​feedbacks ​é essencial para evoluir um produto, serviço ou uma experiência. 16
  • 17. Tendo a metodologia de Design Thinking estabelecida, o próximo passo do projeto foi escolher os métodos para garantir a melhor abordagem às descobertas relacionadas ao nosso usuário. 5.1 DOUBLE DIAMOND O método Double Diamond utilizado pelo British Council (2005) é usado como ferramenta estratégica para prestar serviços de Design ao governo do Reino Unido e trata-se da representação visual das etapas conhecidas no Design Thinking. É o desenho de dois diamantes (ver Figura 2), um ao lado do outro, ambos divididos em duas etapas cada. Temos então quatro etapas, entre as quais, o pesquisador ou a equipe que está desenvolvendo a solução para um problema tem o “pensamento divergente” que são as várias ideias criadas durante o projeto e o “pensamento convergente” que é o refinamento para se chegar na melhor ideia. Portanto, interpretamos os dois pensamentos como geradores de hipóteses, que de acordo com Goldenberg (1997, p. 79), "são afirmações provisórias a respeito de determinado fenômeno em estudo. Uma hipótese é uma suposição duvidosa, algo provável, que poderá ser posteriormente confirmada ou rejeitada". 17
  • 18. Figura 2 - Double Diamond Fonte: Design Council (2015). Ao nos aprofundarmos nas etapas do projeto, utilizamos ferramentas que melhor se encaixavam no interior dos diamantes e que se confrontam constantemente com as hipóteses (ver quadro 1) na tentativa de invalidá-las e aprimorar as mais relevantes para os usuários. 18
  • 19. Quadro 1 - Execução Double Diamond Etapa Hipótese Ferramentas Compreender Os usuários precisam de fotos de boa qualidade ● Cenário Competitivo ● Jornada do Usuário ● Cenário Atual ● Entrevistas com Usuários Definir O processo de execução dos castings pode ser melhorado? ● Jornada do Usuário no Futuro ● Cenário Futuro ● Persona ● Oportunidades Desenvolver Ter várias funcionalidades um pouco boas ou uma muito boa? ● Funcionalidades ● Protótipo Entregar - ● Protótipo Navegável ● Coleta de Feedbacks Fonte: O autor (2018). 6 COMPREENDER O início do corpus do trabalho foi marcado pela descoberta de questões que inspiraram a exploração do cenário, onde manifestaram-se os interesses de monetização do trabalho. Este cenário trata-se do espaço no qual acontece a experiência do público-alvo, que antes de tudo, é constituído de indivíduos que estão ligados às agências de modelos. Foi explorando o cenário, mapeando-o e segmentando o público que se conseguiu atingir o melhor entendimento sobre a importância da fotografia para essas pessoas. Para isso, foi explorado o microambiente, e a aproximação foi obtida realizando entrevistas com esses usuários, desenhando a Jornada do Usuário para entender as motivações, os interesses e as dores. Se descobriu nestas pesquisas, que embora fossem chamados para vários castings, a proporção de aprovação é extremamente baixa, em alguns casos chegando a ser nula. O macroambiente foi observado, reconhecendo os impulsionadores de negócios que povoam o cenário competitivo no qual estamos inseridos, analisando as soluções oferecidas e identificando suas fraquezas. 19
  • 20. 6.1 A JORNADA DO USUÁRIO NO CENÁRIO DE CASTINGS Ainda dentro do contexto da fotografia, o trabalho dos modelos fotográficos como objeto é baseado na aparência: uma pessoa magra, gorda, com altura ou tonalidade de pele específicas, por exemplo. Essas aparências são conhecidas através das convenções sociais que ditam os estereótipos que uma vez definidos representarão uma imagem social para o público que se deseja impactar: Um estereótipo é «a ideia que temos de...», a imagem que surge espontaneamente, logo que se trate de… É a representação de um objeto (coisas, pessoas, ideias) mais ou menos desligada da sua realidade objetiva, partilhada pelos membros de um grupo social com uma certa estabilidade. Corresponde a uma medida de economia na percepção da realidade, visto que uma composição semântica preexistente, geralmente muito concreta e imagética, organizada ao redor de alguns elementos simbólicos simples, substitui ou orienta imediatamente a informação objetiva ou a percepção real. Estrutura cognitiva e não inata (submetida à influência do meio cultural, da experiência pessoal, de instâncias e de influências privilegiadas como as comunicações de massa), o estereótipo, no entanto, mergulha as suas raízes no afetivo e no emocional, porque está ligado ao preconceito por ele racionalizado, justificado ou engendrado. (BARDIN, 1977, p.51). Sendo assim, a etapa pertencente à pré-produção de uma fotografia publicitária é conhecida como ​casting​, que são testes presenciais de modelos onde eles são fotografados com objetivo de fornecer informações estéticas ao dono do anúncio. Estudar o cenário dos ​castings ​e repensar o processo de venda de fotos é fundamental para contextualizarmos o uso efetivo da nova solução. Embora se tenha uma plataforma que viabilizou nossas expectativas e o compromisso que se assumiu ao coletar os endereços de email dos modelos, percebe-se que seria possível melhorar todo o processo, eliminando a redundância de dados. Para entender as fases de forma clara, foi desenhado o mapa de Jornada do Usuário (ver Figura 3), que segundo Kaplan (2016), é representado por linha de tempo. Na linha, apresentaram-se de forma visual, 20
  • 21. os pontos positivos e os que precisam ser melhorados desde o início da experiência. Figura 3 - Sentimentos positivos e negativos Fonte: O Autor (2018). A fim de adaptar o produto final através do conhecimento dos fatores externos que influenciam diretamente no cotidiano do público, foram identificadas as tecnologias por eles usadas. Sendo assim, a jornada do usuário dentro do cenário foi mapeada e dividida em duas partes. A primeira parte foi representada visualmente pela Figura 4, que evidencia os passos que o modelo dá até chegar no momento mais esperado: posar para a fotografia. . 21
  • 22. Figura 4 - Jornada do usuário: primeira parte Fonte: O Autor (2018). A segunda parte da jornada do usuário é apresentada em outros 9 passos que marcam o início do processo de venda de fotos. A união de todos esses passos é o que pode se chamar de “desdobramento do casting”. Desta forma, evidenciam-se os recursos técnicos que atuam como facilitadores na execução de todo o processo pós casting. 22
  • 23. 1. o fotógrafo insere os metadados que achar necessário conforme Figura2 5). No campo ​keywords​, palavras-chave, em livre tradução do inglês, temos o exemplo do nome do fotógrafo (Ariel Ecker de Aguiar), o que está sendo feito (casting), onde está sendo feito (StudioMe) e por fim, o nome do modelo (Alanna Teixeira). Figura 5 - Inserção dos metadados no programa Adobe Photoshop Lightroom Fonte: ​print screen​ (captura de tela) da aplicação no sistema operacional macOS (2018). Tecnologias: computador, Adobe Photoshop Lightroom; 2. com tudo pronto, o fotógrafo pede para o modelo se posicionar em frente à câmera e informa para qual segmento se destina o teste, pois se for para uma marca de roupas fashion, o modelo sabe que tem que agir mais sério, ou se for para uma marca popular de vestuário, este deve sorrir e simpatizar com a câmera. O fotógrafo fotografa o modelo segurando o papel com os dados e depois faz uma sessão de fotos rápida (ver Figura 6). 2 Segundo TAKAHASHI, Tadao (Org.) (2000, pg. 172), metadados “são dados a respeito de outros dados, ou seja, qualquer dado usado para auxiliar na identificação, descrição e localização de informações. Trata-se, em outras palavras, de dados estruturados que descrevem as características de um recurso de informação”. 23
  • 24. Figura 6 - Dados preenchidos a mão Fonte: O autor (2018). Tecnologias: computador, câmera, tripé, fundo para a foto, luzes e música no ambiente; 3. o fotógrafo seleciona as fotos que serão enviadas ao cliente (ver Figura 7). 24
  • 25. Figura 7 - Fotos selecionadas e filtradas com uso do programa Adobe Photoshop Lightroom Fonte: ​print screen​ (captura de tela) da aplicação no sistema operacional macOS (2018). Tecnologias: computador, Adobe Photoshop Lightroom, seleção e edição das fotos para envio ao cliente; 4. alguns dias depois o modelo recebe do fotógrafo um email que pede para ele realizar um cadastro e poder receber suas fotos (ver Figuras 8 e 9). 25
  • 26. Figura 8 - Email para cadastro recebido pelo modelo Fonte: ​print screen​ (captura de tela) da aplicação no sistema operacional macOS (2018). Figura 9 - Tela de cadastro aberta no navegador Fonte: ​print screen​ (captura de tela) do navegador web Google Chrome no sistema operacional macOS (2018). 26
  • 27. Tecnologias: ​​computador para o fotógrafo enviar o email, planilha de excel, Mailchimp (ferramenta para envio de emails para grande quantidade de destinatários); smartphone ou computador para o modelo realizar o cadastro, link para o formulário de cadastro, GreatStudio para obter o cadastro; 5. após realizar o cadastro o modelo recebe do GreatStudio um código único que será usado para finalizar a compra das fotos preferidas. Tecnologias: ​​GreatStudio para enviar o código automaticamente ao modelo; 6. o fotógrafo visualiza o cadastro do modelo e separa as melhores fotos para fazer uma edição mais refinada. Tecnologias: ​​computador, Adobe Photoshop Lightroom; 7. o fotógrafo envia as fotos editadas (ver Figura 10) e encaminha o link delas para o modelo. Figura 10 - Galeria de fotos do modelo dentro do site GreatStudio Fonte: ​print screen​ (captura de tela) do navegador web Google Chrome no sistema operacional macOS (2018). 27
  • 28. Tecnologias: ​​GreatStudio para criar a galeria do modelo, fazer upload das fotos e enviar o link para o modelo acessar. 8. o modelo seleciona as fotos e compra online; Tecnologias:​​ GreatStudio para visualização, seleção e marcação das fotos. 9. o modelo finaliza a compra e digita seu código. Após confirmada a compra, ele recebe um link para download das fotos compradas. Tecnologias: ​​provedores de pagamento online, descompactador de arquivos para visualizar as fotos. 6.2 PESQUISAS Segundo Gil (1999), olhando para os objetivos do trabalho ou do estudo podemos realizar a descrição dos dados coletados nas pesquisas. Os dados foram obtidos em duas etapas: entrevistas e pesquisa por questionário. Pesquisar é descobrir, tornar evidentes as informações que se sintetizam em conhecimentos, entretanto "só se inicia uma pesquisa se existir uma pergunta, uma dúvida para a qual se quer buscar a resposta" (GERHARDT e SILVEIRA, 2009, p. 12). Portanto, a pergunta que se busca elucidar é: como proporcionar novas experiências para os modelos ao oferecer benefícios para eles? 6.3 ENTREVISTAS A entrevista como técnica de coleta mais adequada para aprofundar o entendimento do entrevistador é chamada de Entrevista Semiestruturada: O pesquisador organiza um conjunto de questões (roteiro) sobre o tema que está sendo estudado, mas permite, e às vezes até incentiva, que o entrevistado fale livremente sobre assuntos que vão surgindo como desdobramentos do tema principal. (GERHARDT e SILVEIRA, 2009, p. 72). 28
  • 29. A análise do conteúdo obtido nas entrevistas gravadas em forma de vídeo foi feita a partir da respectiva transcrição (ver apêndices A e B). Foram entrevistados dois modelos no dia em que participaram dos ​castings. ​Por se tratar de natureza interpretativa em sua etapa de análise "os dados qualitativos consistem em descrições detalhadas de situações com o objetivo de compreender os indivíduos em seus próprios termos" (GOLDENBERG. 1997, p. 53). Após a leitura das transcrições, se procuraram respostas para perguntas que seriam interessantes de serem feitas. Assim, foi elaborado o Quadro 2 e definidos os tópicos representados pela coluna da esquerda e os subtópicos representados pela coluna central a partir dos assuntos mais abordados por L.C e A.R transcritos na coluna da direita. 29
  • 30. ​Quadro 2 - Análise das entrevistas Tópicos Subtópicos Assuntos mais abordados 1- Percepção sobre vocações Razões para se dedicar a uma profissão principal L.C - (...) mas como um bom cozinheiro, apaixonado pela profissão eu me mantive na área da gastronomia. Mas como a vida da gastronomia é muito exigente eu realmente confesso que eu foquei mais na paixão do que nesse possível paralelo né. A.R ​​- ​​Comecei a trabalhar como modelo tarde, mais ou menos aos 31, 32 anos. Possibilidades de investimento na própria imagem LC ​​- ​​Tem uma certa qualidade e pode me proporcionar bons trabalhos, a agência ou as agências para qual os modelos trabalham, pra qual eu trabalho, me pede algumas fotos legais eventualmente, e eu não tenho esse material, não tenho acesso a ele. Então, eu vejo que é bem bacana o modelo ter o seu próprio material, ter o seu próprio álbum virtual ou físico né, eu vejo como isso impacta realmente positivamente na questão de conseguir bons trabalhos. A.R ​​- ​Então é importantíssimo estar sempre atualizado, com fotos de boa qualidade, com luz, com fotógrafo profissional porque isso vai sempre… só soma né, quando o pessoal vai analisar as imagens pra qualquer teste aquilo ali é muito melhor do que fotos amadoras sem dúvida nenhuma. *Para preservar a identidade dos entrevistados, seus nomes foram substituídos por L.C e A.R. Fonte: O Autor (2018) 30
  • 31. As entrevistas revelaram motivações que definem as atitudes dos modelos perante a vida profissional. Embora L.C já seja um profissional da gastronomia, é evidente que ele se dedicou mais a esta profissão do que para ser um modelo profissional. E seguindo sua paixão, pode autorrealizar-se e encontrar o caminho para se conectar com a essência de sua personalidade: “(...) mas como um bom cozinheiro, apaixonado pela profissão eu me mantive na área da gastronomia”. Por outro lado, temos A.R, que por se considerar mais velho e demonstrar interesse em mostrar seus fios brancos de cabelo, possui um romantismo com sua juventude projetado em suas antigas fotos: “(...) a gente vai envelhecendo e o cabelo vai ficando branco. Então eu ainda tenho guardado um book porque é mais pra mim mesmo, com um monte de fotos impressas, trabalhos impressos que eu guardo por… por questões românticas mesmo, porque eu acho bonito”. 6.4 QUESTIONÁRIO Realizou-se a segunda parte da pesquisa em forma de questionário com seis questões de caráter quantitativo, com foco na objetivação das respostas para analisá-las posteriormente e uma questão de caráter qualitativo para compreender os motivos e até mesmo os analgésicos para as dores dos entrevistados. Embora as questões qualitativas não possam ser quantificadas, Fonseca (2002, p. 20) explica que "a utilização conjunta da pesquisa qualitativa e quantitativa permite recolher mais informações do que se poderia conseguir isoladamente". O questionário foi enviado para 113 endereços de e-mails coletados em diferentes castings ao longo do ano de 2018, atingindo dez respondentes. A lista de emails, que também pode ser chamada de ​mailing, é composta por modelos que haviam demonstrado interesse em adquirir as fotos dos castings em que participaram. De acordo com Gerhardt e Silveira (2009, p. 70), o questionário está entre as técnicas existentes para coleta de dados a serem 31
  • 32. analisados. As autoras afirmam que, para garantir a eficácia no processo de elaboração do questionário, é necessário ter um conhecimento básico sobre o objeto de estudo. Com isso, a possibilidade de direcionar as perguntas e obter respostas rápidas e precisas é maior. Existem dois tipos de questões. As abertas e as fechadas: Nas questões abertas, o informante responde livremente, da forma que desejar, e o entrevistador anota tudo o que for declarado. Nas questões fechadas, o informante deve escolher uma resposta entre as constantes de uma lista predeterminada, indicando aquela que melhor corresponda à que deseja fornecer. Este último caso favorece uma padronização e uniformização dos dados coletados pelo questionário maior do que no caso das perguntas abertas. (GERHARDT e SILVEIRA, 2009, p. 70). Embora os dados quantitativos, numéricos, obtidos no questionário sejam superficiais por se apresentarem em forma de números, cabe a nós pesquisadores compreendermos sua utilidade, pois não há dados mais exatos e confirmativos que os números. Sendo assim, podemos ir além de perceber as ações e as atitudes de nossos usuários no início de suas experiências, queremos, através dessa compreensão, desenvolver as personas baseadas nos resultados da nossa pesquisa e entender como funcionam os hábitos de consumo. Com isso, a hipótese (ver Quadro 1) levantada na etapa de compreensão foi validada e revelou quais são os fatores que desmotivam os modelos. Assim, podemos desenvolver os analgésicos essenciais para resolver os problemas encontrados. Na primeira pergunta buscou-se averiguar a faixa etária dos respondentes como é mostrado na Figura 11. 32
  • 33. Figura 11 - Idades dos respondentes Fonte: ​print screen​ (captura de tela) das respostas coletadas com uso da aplicação web Formulários Google no navegador web Google Chrome utilizado no sistema operacional macOS (2018). Embora sabe-se que 7 de 10 modelos que responderam o questionário tenham entre 26 e 33 anos, constatou-se que as 3 frações restantes mostram que existe demanda do mercado publicitário para modelos de todas as idades. O gráfico a seguir, representado pela Figura 12, quantifica o fator tempo. 33
  • 34. Figura 12 - Quantidade de tempo que possui vínculo com uma agência Fonte: ​print screen​ (captura de tela) das respostas coletadas com uso da aplicação web Formulários Google no navegador web Google Chrome utilizado no sistema operacional macOS (2018). Afirmações como “faz muito tempo que estou vinculado na minha agência e fiz poucos trabalhos” podem expressar pouca demanda de suas agências, visto que todos os respondentes possuem agenciadores que fazem a gestão de suas carreiras. Foi realizada uma questão com objetivo de verificar a quantidade de castings frequentados por mês. Seus resultados são apresentados na Figura 13. 34
  • 35. Figura 13 - Quantidade de castings frequentados mensalmente Fonte: ​print screen​ (captura de tela) das respostas coletadas com uso da aplicação web Formulários Google no navegador web Google Chrome utilizado no sistema operacional macOS (2018). Como se pode averiguar nos resultados da Figura 13, se considerarmos que um mês tem 20 dias úteis, a maioria dos respondentes participa de menos de um quarto de vezes. No entanto, um modelo pode participar de vários castings ​durante o mês. Como se pode constatar na questão a seguir, ilustrada pela Figura 14, percebe-se alguma falha na comunicação entre a agência e o modelo. Figura 14 - Retorno sobre o desempenho em um casting Fonte: ​print screen​ (captura de tela) das respostas coletadas com uso da aplicação web Formulários Google no navegador web Google Chrome utilizado no sistema operacional macOS (2018). 35
  • 36. De acordo com Harris e Ambrose (2010), os ​feedbacks ​são fatores que definem o sucesso de um projeto de design, pois a aprendizagem é maior. O fato de 2 de 10 agências de modelos sempre informarem a reprovação dos modelos nos ​castings, ​se apresenta como 8 possibilidades descartadas de reflexão sobre melhorias a se fazer como um modelo. Já as respostas para a pergunta “quanto os modelos costumam pagar pelas fotos no período de 1 ano” são exibidas na Figura 15. Figura 15 - Investimento anual em fotos Fonte: ​print screen​ (captura de tela) das respostas coletadas com uso da aplicação web Formulários Google no navegador web Google Chrome utilizado no sistema operacional macOS (2018). Se tempo é sinônimo de experiência, “fazer” maior quantidade de trabalhos tem mais importância que “ganhar bastante dinheiro”? Conforme constatado nas entrevistas (ver apêndices A e B), o investimento na própria imagem é importante para os modelos. A questão da Figura 16 foi feita para se averiguar as quantidades de reprovações ocorridas. 36
  • 37. Figura 16 - Índice de aprovação em castings no ano de 2018 Fonte: ​print screen​ (captura de tela) das respostas coletadas com uso da aplicação web Formulários Google no navegador web Google Chrome utilizado no sistema operacional macOS (2018). Conforme visto na Figura 1 no início do projeto, existem dois modos de se realizar um ​casting: ​presencial ou composite. Embora sabe-se que há empenho para se participar de testes, os respondentes parecem estar passando por um momento de pouca procura, visto que juntas, a fatia azul e a vermelha do gráfico representam menos de 6 trabalhos realizados no ano de 2018. As respostas da última questão, dispostas na Figura 17, sintetizaram todas as perguntas feitas até aqui. 37
  • 38. Figura 17 - Motivações Fonte: ​print screen​ (captura de tela) das respostas coletadas com uso da aplicação web Formulários Google no navegador web Google Chrome utilizado no sistema operacional macOS (2018). Com a leitura e análise das respostas, foram viabilizadas soluções essenciais para satisfazer as necessidades dos modelos, que variam entre valores mais acessíveis e possibilidades de se pensar em formas que diminuam o desapontamento dos modelos. 6.5 PERCEPÇÕES DO CENÁRIO COMPETITIVO Com o Selfie Models e o GreatStudio partilhando o cenário onde se encontra o My Casting®, podemos avaliá-los criando uma nuvem de palavras apresentada pela Figura 18. Trata-se de uma síntese visual originada dos textos de apresentação encontrados em seus ​sites . Esta técnica permitiu que3 3 ​https://www.greatstudio.com.br/​ e ​https://www.selfiemodels.com.br/ 38
  • 39. se obtivesse um panorama de palavras-chave mais utilizadas, que transmitem valores. Figura 18 - Nuvem de palavras Fonte: ​print screen​ (captura de tela) das respostas coletadas com uso da aplicação web wordart.com no navegador web Google Chrome utilizado no sistema operacional macOS (2018). Com base nesse mapeamento visual das promessas de soluções encontradas, as palavras com mais ocorrências se destacam entre as demais, provocando assim reflexões que divergem às perspectivas de usabilidade. Considera-se então que os usuários necessitam de autonomia e praticidade para positivar os pontos negativos encontrados em suas jornadas (ver Figura 19). Essa definição acontece pela influência das palavras em maior destaque: “facilidade”, “cliente”, “fotos”, “venda” e “contrato”, de modo que “fotos”, “facilidade” e “contrato” estão presentes nos textos do Selfie Models e “cliente” e “venda”, nos textos do GreatStudio. 39
  • 40. Portanto, retomando o mapa de jornada do usuário construído na etapa anterior do presente trabalho, cruzou-se as oportunidades que já foram mapeadas, conforme Figura 19. Figura 19 - Pontos negativos Fonte: O Autor (2018). Com isso, a utilização do recurso tecnológico “reconhecimento facial”, será possível eliminar duas das três experiências negativas do usuário (lembrança de dados). Com o reconhecimento facial, os dados do usuário podem ser evocados sempre que tiver o rosto escaneado, eliminando a necessidade de preencher os dados à mão e associando esses dados aos metadados das fotos. Portanto, percebe-se que melhorar as experiências significa também fornecer benefícios ao usuário. 7 DEFINIR Agora que compreendemos os usuários e o contexto de uso em que se encontram, começamos a cair na zona de convergência com a finalidade de encontrarmos pontos-chave para a nossa solução. Para isso identificamos as oportunidades baseadas nos problemas identificados. 7.1 PERSONA Com objetivo de sintetizar os dados coletados e analisados, surgiu a necessidade de se criar uma persona (ver figura 20). Conforme GARRET (2010, p. 49) “uma persona é um personagem fictício construído para representar as necessidades de toda uma gama de usuários reais”. 40
  • 41. Figura 20 - Persona ​Fonte: O autor (2018). Foi a partir da construção da persona que conseguimos alinhar as soluções que nossos usuários, representados pela Alanna, realmente precisam. Embora hajam oportunidades para propor funcionalidades na solução My Casting®, foi necessário oferecer o básico para esses usuários que carecem de material fotográfico próprio, pois imagem é sua principal ferramenta para ganhar dinheiro. 7.2 MAPEAMENTO DE JORNADA DO USUÁRIO NO FUTURO Ao revisitarmos as etapas apresentadas pela Figura 1, é possível visualizar os pontos de mudança (ver Figura 21), e com isso, centralizar no My Casting® todos os momentos de um ​casting​, independente de quem o realiza. 41
  • 42. Figura 21 - Fluxograma de um trabalho de fotografia publicitária centralizado no My Casting® ​Fonte: O autor (2018). Embora as soluções relevantes para os usuários sejam viáveis, a opção de “agendamento de castings” precisa de um solicitante, que no contexto atual é o estúdio fotográfico. No entanto, os pontos negativos que precisavam ser melhorados na experiência do usuário foram resolvidos atribuindo a eles recursos que o My Casting® incorporou em sua versão básica. 7.3 MAPEANDO OPORTUNIDADES Olhando para todo o caminho que percorremos até aqui, nosso aprendizado nos mostrou que os problemas identificados poderiam ser transformados em oportunidades de melhoria, sendo estes expostos no Quadro 3. 42
  • 43. Quadro 3 - Problemas e oportunidades Problemas percebidos Oportunidades Redundância de informação e coleta de dados ● Inserção dos dados no ato do cadastro na plataforma My Casting®; ● Recurso de reconhecimento facial no ato do casting O modelo não fica sabendo da não aprovação. Apenas quando é aprovado para algum trabalho ● Agenda para programar lembretes de castings; ● Acompanhamento em tempo real das etapas do casting; ● Mesmo reprovado no casting, ainda poderá receber pontuação pelo desempenho, diretamente do fotógrafo Poucos trabalhos no ano ● Fotos vendidas por valor unitário para quem não tem disponibilidade de pagar por um book O modelo recebe as fotos em um arquivo compactado ● O modelo pode pré-visualizar as fotos mas só libera após a compra Falta pesquisa refinada de fotos no GreatStudio ● Inserir os dados do modelo nos metadados das fotos compradas; ● Pesquisa refinada; ● Análise do perfil dos modelos mais aprovados historicamente ​Fonte: O autor (2018). 43
  • 44. 8 DESENVOLVER Este é o momento de assumir o pensamento divergente e transitar pelo mundo dos negócios, passamos da parte estratégica (compreender e definir) para a parte de execução (desenvolver e entregar) mostradas pela Figura 2. Dessa forma, como já temos definidos os problemas certos para resolver, precisamos agora desenvolver as soluções que correspondem aos problemas dos futuros usuários do My Casting. E a partir das premissas de praticidade e autonomia, construiu-se o fluxograma de funções do produto (ver Figura 22). Figura 22 - Funções do produto ​Fonte: O autor (2018). 8.1 PROTÓTIPO - APLICATIVO PARA SMARTPHONE Segundo Harris e Ambrose (2010), o propósito de um protótipo é experimentar aspectos de uma solução, ele transmite uma ideia de como o produto será. Para o My Casting®, foram definidas duas funcionalidades para simular a interação do usuário com a interface: entrar no aplicativo/realizar um cadastro de modelo e comprar uma foto. Contudo, os aspectos de design começas a tomar forma, já seguindo um padrão de cores e formas. Na primeira tela (Figura 23), o posicionamento do My Casting® já é evidente: simples e fácil de usar. 44
  • 45. Figura 23 - Acessando/cadastrando: tela inicial Fonte: O autor (2018). Na Figura 24, começam automaticamente as instruções que direcionam o usuário para realizar o cadastro. Nota-se que as três esferas alinhadas horizontalmente se propõem a mostrar quantos passos são, dando liberdade ao usuário para voltar e ler novamente os passos anteriores. 45
  • 46. Figura 24 - Acessando/cadastrando: tela inicial instrução Fonte: O autor (2018). Para o botão que representa uma chamada para ação, a palavra “começar” foi usada para dar o entendimento de que o cadastro irá começar logo após o usuário apertá-lo, supondo uma mudança total da tela (ver Figura 25). 46
  • 47. Figura 25 - Acessando/cadastrando: tela inicial começar Fonte: O autor (2018). O caminho é o mesmo tanto para o usuário que já possui cadastro quanto para o novo usuário. Enquanto o usuário enquadra o rosto, o aplicativo acessa o banco de dados para confirmar o login, conforme mostra a Figura 26. 47
  • 48. Figura 26 - Acessando/cadastrando: tentativa de autenticação Fonte: O autor (2018). Depois de consultar o banco de dados, o aplicativo informa em tom descontraído que o usuário ainda não possui cadastro (ver Figura 27). Logo abaixo há um botão com a chamada para ação de cadastrar. 48
  • 49. Figura 27 - Acessando/cadastrando: novo usuário Fonte: O autor (2018). O modelo precisa inserir as informações (ver Figura 28), elas são essenciais para o My Casting® trabalhar no futuro, pois trata-se de um banco de dados que será constantemente acessado e atualizado. 49
  • 50. Figura 28 - Acessando/cadastrando: campos para cadastro Fonte: O autor (2018). As informações inseridas ficam com o tom avermelhado, tendo como objetivo fazer o Modelo pertencer gradativamente ao My Casting®, como mostra a Figura 29. 50
  • 51. Figura 29 - Acessando/cadastrando: preenchendo cadastro Fonte: O autor (2018). Suponhamos que o modelo já tenha fotos em seu perfil. O cadeado representa um bloqueio (ver Figura 30), ou seja, para desbloquear é necessário comprar a foto. 51
  • 52. Figura 30 - Comprando foto: galeria do Modelo Fonte: O autor (2018). A foto clicada se posiciona no centro da tela com a próxima foto à sua direita e a foto anterior à sua esquerda, seguindo sempre a ordem da grade de fotos (ver Figura 31). Este modelo de visualização é conhecido como carrossel. 52
  • 53. Figura 31 - Comprando foto: visualização fotos Fonte: O autor (2018). O coração é conhecido no ambiente digital como símbolo de gosto, que no My Casting®, se preenche de vermelho, e mais que isso, vai direto para o carrinho de compras no canto superior direito (ver Figura 32). 53
  • 54. Figura 32 - Comprando foto: adicionar ao carrinho Fonte: O autor (2018). Após adicionada no carrinho, a foto fica com um coração brancom no centro. Para confirmar que uma foto já foi comprada, o símbolo conhecido como ​check ​(está tudo certo) aparece abaixo da imagem (ver Figura 33). 54
  • 55. Figura 33 - Comprando foto: foto já comprada Fonte: O autor (2018). De volta à grade de fotos (ver Figura 34), observa-se que a foto que antes estava com cadeado, agora está com o coração, ou seja, o usuário já viu ela, inspecionou e adicionou ao carrinho. Agora é só apertar em “avançar” ou em “carrinho” no canto superior direito da tela. 55
  • 56. Figura 34 - Comprando foto: adicionada ao carrinho Fonte: O autor (2018). O botão “avançar”, que estava presente na tela em todo o momento, agora possui a chamada de ação “comprar” que efetiva a solução My Casting®, ver Figura 35. 56
  • 57. Figura 35 - Comprando foto: finaliza compra Fonte: O autor (2018). 57
  • 58. 9 ENTREGAR De acordo com o British Council (2005), esta última etapa representa o lançamento do produto tendo como finalidade a validação do mesmo. Portanto, realizamos testes de usabilidade, avaliando o conhecimento acerca do ​status quo que temos hoje, a exemplo do aplicativo e rede social Instagram, no qual é possível compartilhar fotos, vídeos, curtir, comentar e comprar produtos. Acreditando que podemos preservar padrões visuais conhecidos, podemos avaliar a eficácia da telas seguindo a técnica ​Card Sorting. ​Segundo Albert e Tullis (2013), com o ​Card Sorting, podemos entender onde colocar informações para o melhor entendimento do usuário. Para isso, o pesquisador imprimiu as telas do protótipo, marcou o número das telas atrás das mesmas e as distribuiu em duas mesas de testes, conforme Figura 36. Na mesa da esquerda estavam as telas com as quais o testador precisava realizar seu primeiro cadastro. Na tela da direita, as telas representavam o processo de escolha e compra de uma foto. Tanto na mesa da esquerda quanto na mesa da direita, foi pedido para o testador reorganizar as telas por vontade própria, seguindo um pensamento lógico e narrando o que se está pensando. Assim, foi possível identificar as telas que precisavam de melhorias. Mas como medir isso? Pelos erros de posicionamento das telas. 58
  • 59. Figura 36 - ​​Card Sorting​​: embaralhar e distribuir Fonte: O autor (2018). A nova ordenação das telas (em vermelho) representada pela Figura 37, evidenciou 4 “erros” de entendimento. 59
  • 60. Figura 37 - ​​Card Sorting​​: ordenar telas de cadastro Fonte: O autor (2018). Os erros de entendimento representam as melhoria de design que precisavam ser feitas para se tornar mais amigável a interface do aplicativo. Contudo Como mostra a Figura 38, o processo de escolha e compra de uma foto apresentou apenas duas necessidades de melhoria de design. 60
  • 61. Figura 38 - ​​Card Sorting​​: ordenar telas de cadastro Fonte: O autor (2018). Para a Figura 38, o testador informou que para finalizar a compra da foto, bastava apertar no botão de ​like (ver Figura 32). Com essa atitude, se evidencia a necessidade de o sistema conversar com o utilizador, onde poderia surgir um aviso logo após o usuário apertar no botão ​like. ​Interpreta-se também que na rede social ​instagram, o botão representa o sentido de se gostar de algo, e embora houvesse acerto do usuário ao utilizar este recurso, constata-se que não houveram informações suficientes no design para deixar claro que o aplicativo tinha o objetivo de vender fotos. 61
  • 62. 10 CONSIDERAÇÕES FINAIS Neste projeto de User Experience foi registrada uma proposta de inovar o processo de ​casting ​na fotografia. As funcionalidades sugeridas pelo My Casting® tem como principal diferencial o aproveitamento das oportunidades de melhoria nas experiências dos modelos. Ao verificarmos a contribuição do método escolhido para o desenvolvimento do presente trabalho, foi possível concluir que o Double Diamond serviu como base de pensamento, contribuindo integralmente à geração de ideias e soluções para as mesmas. Quando os primeiros ​insights ​relativos à ideia inicial deste projeto demonstraram força para crescer, por outro lado, existiam etapas no processo de ​casting que ainda precisavam permanecer, no entanto poderiam ser otimizadas: uma delas é o trabalho do fotógrafo na direção dos modelos no ato do ensaio fotográfico e a outra é a escolha, edição e envio das fotos. Embora as tecnologias estejam cada vez mais avançadas, ainda não temos uma inteligência artificial capaz de “escolher e julgar” as fotos de uma sessão fotográfica, ou editá-las com qualidade. Outro ponto importante neste trabalho foi a percepção que sobre a abrangência das soluções desenvolvidas, pois embora fosse necessário cumprir prazos acadêmicos, enxergou-se possibilidades concretas de empreendimento. Por outro lado, no início do ano de 2018 até sua metade, as ideias divergentes que inflamavam a necessidade de enxergar os aprendizados como possibilidades de trabalho ainda estavam em construção. Como é o caso do autor que aqui vos escreve; que com o passar do tempo, cursando as disciplinas de User Experience, foi estabelecendo ligações entre o que havia aprendido na graduação em Publicidade e Propaganda, vivido nos ambientes de trabalho e sua paixão pela fotografia. Os conhecimentos desenvolvidos com os resultados que foram obtidos ao longo do trabalho, mostraram que a aceitação dos modelos ao My Casting® mostrou-se incentivada pela recompensa de poder analisar a si mesmo e 62
  • 63. investir mais na própria imagem. Por outro lado, enxerga-se a expansão da solução para diversos estúdios fotográficos, resultando assim, em galerias de fotos mais ricas em qualidade para os modelos que utilizam a solução. O presente trabalho buscou, sobretudo colaborar para a discussão acadêmica que envolve o assunto, na tentativa de incentivar a geração de soluções inovadoras em qualquer área. Embora a profissão de modelo ainda seja uma forma alternativa de renda, durante o processo de pesquisa, foi percebida uma carência dos entrevistados. O que pareceu ser reflexo da falta de cuidado das agências de modelos em suas carreiras, contudo, a gestão de contratos de trabalho pode ser centralizada em um único local. O My Casting®. Frente aos desafios, as palavras de Cardoso (2011, p. 85) são mais que significativas, mas acima de tudo inspiradoras para as reflexões que a área de Experiência do Usuário possibilita. Enfim, “o mais difícil é permanecer imóvel. Às vezes é preciso mudar muito para continuar sendo o mesmo.” 63
  • 64. REFERÊNCIAS ALBERT, William; TULLIS, Thomas. ​Measuring the user experience: collecting, analyzing, and presenting usability metrics​​. Newnes, 2013. AMBROSE, Gavin; HARRIS, Paul. ​Basics Design 08: Design Thinking, the act or practice of using your mind to consider design​​. Switzerland: AVA Publishing SA, 2010. BARDIN. L. ​Análise de conteúdo​​. Lisboa: Editora Edições 70, 1977. BARTHES, Roland. ​A retórica da imagem. O óbvio e o obtuso.​​ Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1990. ______. ​A câmara clara: nota sobre a fotografia.​​ [Tradução de Júlio Castañon Guimarães]. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, v. 58, 1984. BAUMAN, Zygmunt. ​Vida para consumo​​: a transformação das pessoas em mercadoria. Rio de Janeiro: Zahar, 2008. BLACKWELL, Roger D.; MINIARD, Paul W.; ENGEL, James F. Comportamento do Consumidor.​​ 9. ed. São Paulo: Pioneira Thomson Learning, 2005. CARDOSO, Rafael. ​Design para um mundo complexo​​. Cosac Naify, 2011. COBRA, Marcos. ​Marketing competitivo: uma abordagem estratégica. Brasília: Atlas, 1993. DESIGN COUNCIL. ​A study of the design process – The Double Diamond. 2005. Disponível em: <​http://www.designcouncil.org.uk/sites/default/files/asset/document/ElevenLess ons_Design_Council%20(2).pdf​>. Acesso em: 30 nov. 2018. FONSECA, J. J. S. ​Metodologia da pesquisa científica. ​​Fortaleza: UEC, 2002. Apostila. GARRET, Jesse James. ​Elements of user experience, the: user-centered design for the web and beyond​​. Pearson Education, 2010. GERHARDT, Tatiana Engel; SILVEIRA, Denise Tolfo. ​Métodos de pesquisa. Plageder​​, 2009. 64
  • 65. GIL, A. C. ​Métodos e técnicas de pesquisa social.​​ 5. ed. São Paulo: Atlas, 1999. GOLDENBERG, M. ​A arte de pesquisar.​​ Rio de Janeiro: Record, 1997. KAPLAN, K. ​When and How to Create Customer Journey Maps. ​​USA: NNg Nielsen Norman Group, 2016. Disponível em: <https://www.nngroup.com/articles/customer-journey-mapping/>. Acesso em 30 nov. 2018 MENEGHETTI, Claudio. ​StudioMe na pratica com Julianna Fraccaro. ​​2018. (4:19). Disponível em: <​https://www.youtube.com/watch?v=sGN4cKmGIDw​>. Acesso em: 18. out. 2018). MILLER, Geoffrey. ​Darwin vai às compras: sexo, evolução e consumo. Editora Best Seller Ltda., 2012. SANT'ANNA, Armando; ROCHA JÚNIOR, Ismael ; GARCIA, Luiz Fernando Dabul. ​Propaganda: teoria, técnica, prática.​​ 8. ed. São Paulo: Cengage Learning, 2009. SONTAG, Susan. ​Sobre fotografia.​​ Editora Companhia das Letras, 2004. TAKAHASHI, Tadao. ​Sociedade da informação no Brasil: livro verde. Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT), 2000. TEIXEIRA, Fabricio. ​Introdução e Boas Práticas em UX Design.​​ São Paulo: Casa do Código, 2014. WEBSITE SELFIE MODELS. ​Página inicial.​​ Disponível em: <https://www.selfiemodels.com.br/#pagina-inicial> Acesso em: 13 de novembro de 2018. WEBSITE GREATSTUDIO. ​Página inicial.​​ Disponível em: <https://www.greatstudio.com.br> Acesso em: 13 de novembro de 2018. 65
  • 66. APÊNDICE A – PRIMEIRA ENTREVISTA Data da entrevista: 2 de outubro de 2018. Nome do entrevistador: Ariel Ecker de Aguiar. Tipo de entrevista: videogravação. Duração: 3 minutos e 50 segundos. Nome do entrevistado substituído por “LC”. Você pode me dizer o seu nome e sua idade. O meu nome é (...), eu tenho 31 anos e ou cozinheiro como profissão. O que mais eu posso contribuir? Há quanto tempo você trabalha como modelo ou ator? É justamente… essa é uma questão muito impor… muito interessante e que trouxe certa importância pra mim e… enfim… pra… pra minha base profissional. Eu tive alguns incentivos né, na adolescência, no início da fase adulta em relação a investir nesse mundo de modelo, de ator, enfim, eu gosto muito de teatro e nunca tinha pensado em passarela ou modelar, então sempre havia incentivo tanto da agência na qual eu faço trabalhos enfim. E… da família também, mas como um bom cozinheiro, apaixonado pela profissão eu me mantive na área da gastronomia e… a questão da… da possibilidade de ser um modelo ou participar de comerciais e ter uma certa visibilidade né, na mídia, enfim, me trouxe algumas vantagens com certeza por… reconhecimento, por uma breve e pequena fama, mas muito mais a questão financeira. No retorno financeiro e na possibilidade de ganho que esse mundo me proporcionou. Então eu tive alguns trabalhos com bons cachês, eu tive algumas campanhas legais que me possibilitaram ter essa visão, esse gostinho, digamos assim de como é possível ter um bom ganho sendo um ator ou um modelo. Mas como a vida da gastronomia é muito exigente eu realmente confesso que eu foquei mais na paixão do que nesse possível paralelo né. Então… eu tive bons retornos, tive boas possibilidades mas foi por falta de investimento mesmo que eu não segui nessa área. 66
  • 67. Então, o que te motiva a adquirir imagens ou vídeos de trabalhos onde tu participou para se autopromover? Isso é bem bacana porque muitas vezes a gente sai de um estúdio, ããã, querendo o material né… querendo ver como ficaram as fotos ou enfim, são fotos boas, de profissionais da área da da imagem, que enfim… tem uma certa qualidade e pode me proporcionar bons trabalhos, a agência ou as agências para qual os modelos trabalham, pra qual eu trabalho, me pede algumas fotos legais eventualmente, e eu não tenho esse material, não tenho acesso a ele. Seria muito bom que eu tivesse, um pequeno material, uma pequena amostra, sempre, enfim, gravada, pra que eu pudesse apresentar prontamente e isso ajuda realmente a conseguir um trabalho quase que espontaneamente assim. Então, eu vejo que é bem bacana o modelo ter o seu próprio material, ter o seu próprio álbum virtual ou físico né, eu vejo como isso impacta realmente positivamente na questão de conseguir bons trabalhos. Beleza, como eu te falei, eu vou mostrar este vídeo ​só para o meu orientador e para o coordenador. Não tem problema, foi um prazer. Obrigado. 67
  • 68. APÊNDICE B – SEGUNDA ENTREVISTA Data da entrevista: 2 de outubro de 2018. Nome do entrevistador: Ariel Ecker de Aguiar. Tipo de entrevista: videogravação. Duração: 3 minutos e 17 segundos. Nome do entrevistado substituído por “AR”. Vamos lá Oi, tudo bom? o meu nome é (...), eu tenho 50 anos, atualmente eu sou da agência Radar. Comecei a trabalhar como modelo tarde, mais ou menos aos 31, 32 anos e sigo, às vezes fazendo mais, fazendo menos, é natural isso. E tô aí a esse tempo todo já, e também, paralelamente já fiz cursos e trabalho como ator, mais amador e mais por paixão mesmo aqui no Rio Grande do Sul. E pode falar também do material que tu já fez… do book. Ah tá, pois é, eu comecei um tempo ainda que era película, o meu primeiro book foi filme ainda, era caro, aquela coisa de não perder as fotos e tal, porque era tudo muito caro. Faz tempo isso. Claro que aí eu já fiz vários books, a gente vai envelhecendo e o cabelo vai ficando branco. Então eu ainda tenho guardado um book porque é mais pra mim mesmo, com um monte de fotos impressas, trabalhos impressos que eu guardo por… por questões românticas mesmo, porque eu acho bonito. E é claro que é sempre importante ter trabalhos, fotos e vídeos atualizados né. Até, coincidentemente essa semana eu tava falando com o pessoal da minha agência que as minhas fotos lá já tão defasadas principalmente por causa do cabelo e tal. E eu tenho que fazer fotos atualizadas de boa qualidade. Então é importantíssimo estar sempre atualizado, com fotos de boa qualidade, com luz, com fotógrafo profissional porque isso vai sempre… só soma né, quando o pessoal vai analisar as imagens pra qualquer teste aquilo ali é muito melhor do que fotos amadores sem dúvida nenhuma. E quais são os benefícios, eu sei que tu já falou né, os benefícios de tu adquirir fotos né. Se tu adquiriria fotos de testes onde tu participou, 68
  • 69. a importância que tem pra ti, se tu tem redes sociais tu também divulga, cuida da tua imagens nas redes sociais, como é que funciona. Isso é uma coisa que até há alguns anos atrás eu até já pensei porque a gente faz muitos testes, e na maioria das vezes não é aprovado, é claro, faz parte. E às vezes são fotos muito boas destes testes, de muita qualidade mesmo que são deletadas, não são utilizadas. Então seria interessante, acho que seria muito legal o modelo ter um meio, pagando profissionalmente, pra adquirir algumas dessas fotos que não vão ser utilizadas mas que ficaram muito boas, pra botar em redes sociais e porque realmente eu acho muito legal, eu acho muito… muito útil mesmo. Beleza, e como eu te falei esse vídeo não vai ser divulgado, só o meu orientador e o meu coordenador que vão ver o vídeo. É pra fins de pesquisa mesmo. Tranquilo. Tranquilo, obrigado. 69