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ÉTICA E
CIDADANIA
Ronildo Alves dos Santos
2020
ÉTICA E CIDADANIA
Que é ética?
ÉTICA
“Nós somos seres passionais, nós temos
paixões. E as paixões, como o amor, o
ódio, a cólera, a vingança, a tristeza, a
alegria, a generosidade, elas atuam,
agem sobre o nosso caráter, sobre a
nossa índole, e produzem resultados
terríveis. Nos colocam desorientados, na
vertigem, desvairados, dilacerados, sem
saber o que fazer.
A imagem que os antigos usavam para
mostrar o que eram as paixões agindo
sobre o nosso caráter, sobre o nosso
temperamento, era a de um barquinho
solto no mar durante a tempestade.
ÉTICA
E o barquinho sobe com as ondas, vai para
o fundo d’água, é arrastado pelos ventos
para a direita, para a esquerda. Fica sem
destino, fica à deriva. E é porque as
paixões fazem isso conosco que é preciso a
educação do nosso temperamento, do
nosso caráter, e que é a educação da nossa
vontade.
A nossa vontade, recebendo uma formação
racional, nos ajuda a escolher entre o bem
e o mal, entre o vício e a virtude.
A ética, portanto, é essa educação da
vontade pela razão para a vida justa, bela e
feliz, à qual nos estamos destinados por
natureza.”
Marilena Chaui
ÉTICA
No coração da Ética estão duas questões:
Que devo fazer?
Que tipo de pessoa quero ser?
a visualização de nossos
valores/crenças/vontades é
fundamental para determinarmos
a qualidade de nossas ações
ÉTICA
"A moral é um sistema de normas,
princípios e valores, segundo o qual são
regulamentadas as relações mútuas entre
os indivíduos ou entre eles e a
comunidade, de tal maneira que estas
normas, dotadas de um caráter histórico
e social, sejam acatadas livres e
conscientemente, por uma convicção
íntima, e não de uma maneira mecânica,
externa ou impessoal.“
Sánches Vásquez
(Ética. Civilização Brasileira: Rio de Janeiro, 1980)
ÉTICA
Cabe a nós, à medida que
desenvolvemos a reflexão
crítica, colocarmos em
questão esses valores
herdados
Refletimos sobre as
normas e decidimos
aceitá-las ou negá-las
ÉTICA
A decisão de acatar uma
norma é fruto de uma
reflexão pessoal
consciente, que se chama
interiorização.
Essa interiorização da
norma é que qualifica o
ato como moral
ÉTICA
A interação do caráter
social da moral, que é algo
herdado,
e da
convicção pessoal de
aceitação ou negação das
normas
pode gerar conflitos
ÉTICA
https://www.ted.com/talks/kakenya_ntaiya_a_girl_who_demanded_
school?language=pt-br
ÉTICA
Na moral encontramos dois planos:
NORMATIVO
constituído pelas normas ou regras de ação,
que prescrevem como as pessoas
devem se comportar;
por exemplo: não roubar
FACTUAL
constituído pelas ações efetivamente
realizadas;
por exemplo: um roubo
ÉTICA
A ação realizada será
moral ou imoral, conforme
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ÉTICA
A moral efetiva
compreende
não somente normas ou
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também - como
comportamento que deve
ser - os atos com ela
conformes
ATO MORAL
é sempre um ato sujeito à sanção dos
demais; isto é, passível de aprovação ou
de desaprovação, de acordo com as
normas comumente aceitas
ÉTICA
AGENTE MORAL
é aquele moralmente responsável por
alguma coisa, ou seja, digno de um
particular tipo de reação – elogio,
censura ou algo parecido – por ter feito
ou falhado em fazer uma ação
moralmente significante
http://plato.stanford.edu/entries/moral-responsibility/
ÉTICA
ESTRUTURA DO ATO PROPRIAMENTE MORAL
O MOTIVO
Aquilo que impulsiona a agir ou a
procurar alcançar determinado fim
O motivo - aquilo que induz o sujeito a realizar um
ato - não é suficiente para atribuir a tal ato um
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pode reconhecê-lo claramente
ÉTICA
ESTRUTURA DO ATO PROPRIAMENTE MORAL
O FIM VISADO
CONSCIÊNCIA E A DECISÃO DE REALIZÁ-LO
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fim, ou antecipação ideal de um
resultado
A consciência do fim e a decisão de alcançá-lo dão
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ÉTICA
ESTRUTURA DO ATO PROPRIAMENTE MORAL
A CONSCIÊNCIA DOS
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O emprego dos meios adequados não
pode entender-se - quando se trata de
um ato moral - no sentido de que todos
os meios sejam bons para alcançar um
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ÉTICA
ESTRUTURA DO ATO PROPRIAMENTE MORAL
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O ato moral, no que diz respeito ao
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seja, na realização ou concretização do
fim desejado
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ÉTICA
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ÉTICA E CIDADANIA
ÉTICA E
CIDADANIA
Ronildo Alves dos Santos
2020
ÉTICA
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SOCIALIZAÇÃO
Processo por meio do qual o indivíduo
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INTERIORIZAÇÃO
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ÉTICA
SOCIALIZAÇÃO
INTERIORIZAÇÃO
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ÉTICA
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ÉTICA
"O comportamento moral é tanto
comportamento de indivíduos quanto de
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coletivo, mas deliberado, livre e consciente.
Contudo, mesmo quando se trata da conduta
de um indivíduo, não estamos diante de uma
conduta rigorosamente individual que afete
somente ou interesse exclusivamente a ele.
Trata-se de uma conduta que tem
conseqüências, de uma ou de outra maneira,
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A. Vásquez,
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  • 3. ÉTICA “Nós somos seres passionais, nós temos paixões. E as paixões, como o amor, o ódio, a cólera, a vingança, a tristeza, a alegria, a generosidade, elas atuam, agem sobre o nosso caráter, sobre a nossa índole, e produzem resultados terríveis. Nos colocam desorientados, na vertigem, desvairados, dilacerados, sem saber o que fazer. A imagem que os antigos usavam para mostrar o que eram as paixões agindo sobre o nosso caráter, sobre o nosso temperamento, era a de um barquinho solto no mar durante a tempestade.
  • 4. ÉTICA E o barquinho sobe com as ondas, vai para o fundo d’água, é arrastado pelos ventos para a direita, para a esquerda. Fica sem destino, fica à deriva. E é porque as paixões fazem isso conosco que é preciso a educação do nosso temperamento, do nosso caráter, e que é a educação da nossa vontade. A nossa vontade, recebendo uma formação racional, nos ajuda a escolher entre o bem e o mal, entre o vício e a virtude. A ética, portanto, é essa educação da vontade pela razão para a vida justa, bela e feliz, à qual nos estamos destinados por natureza.” Marilena Chaui
  • 5. ÉTICA No coração da Ética estão duas questões: Que devo fazer? Que tipo de pessoa quero ser? a visualização de nossos valores/crenças/vontades é fundamental para determinarmos a qualidade de nossas ações
  • 6. ÉTICA "A moral é um sistema de normas, princípios e valores, segundo o qual são regulamentadas as relações mútuas entre os indivíduos ou entre eles e a comunidade, de tal maneira que estas normas, dotadas de um caráter histórico e social, sejam acatadas livres e conscientemente, por uma convicção íntima, e não de uma maneira mecânica, externa ou impessoal.“ Sánches Vásquez (Ética. Civilização Brasileira: Rio de Janeiro, 1980)
  • 7. ÉTICA Cabe a nós, à medida que desenvolvemos a reflexão crítica, colocarmos em questão esses valores herdados Refletimos sobre as normas e decidimos aceitá-las ou negá-las
  • 8. ÉTICA A decisão de acatar uma norma é fruto de uma reflexão pessoal consciente, que se chama interiorização. Essa interiorização da norma é que qualifica o ato como moral
  • 9. ÉTICA A interação do caráter social da moral, que é algo herdado, e da convicção pessoal de aceitação ou negação das normas pode gerar conflitos
  • 11. ÉTICA Na moral encontramos dois planos: NORMATIVO constituído pelas normas ou regras de ação, que prescrevem como as pessoas devem se comportar; por exemplo: não roubar FACTUAL constituído pelas ações efetivamente realizadas; por exemplo: um roubo
  • 12. ÉTICA A ação realizada será moral ou imoral, conforme esteja de acordo ou não com a norma estabelecida
  • 13. ÉTICA A moral efetiva compreende não somente normas ou regras de ação, mas também - como comportamento que deve ser - os atos com ela conformes
  • 14. ATO MORAL é sempre um ato sujeito à sanção dos demais; isto é, passível de aprovação ou de desaprovação, de acordo com as normas comumente aceitas ÉTICA
  • 15. AGENTE MORAL é aquele moralmente responsável por alguma coisa, ou seja, digno de um particular tipo de reação – elogio, censura ou algo parecido – por ter feito ou falhado em fazer uma ação moralmente significante http://plato.stanford.edu/entries/moral-responsibility/ ÉTICA
  • 16. ESTRUTURA DO ATO PROPRIAMENTE MORAL O MOTIVO Aquilo que impulsiona a agir ou a procurar alcançar determinado fim O motivo - aquilo que induz o sujeito a realizar um ato - não é suficiente para atribuir a tal ato um significado moral, porque o agente nem sempre pode reconhecê-lo claramente ÉTICA
  • 17. ESTRUTURA DO ATO PROPRIAMENTE MORAL O FIM VISADO CONSCIÊNCIA E A DECISÃO DE REALIZÁ-LO O ato moral implica na produção de um fim, ou antecipação ideal de um resultado A consciência do fim e a decisão de alcançá-lo dão ao ato moral a qualidade de ato voluntário ÉTICA
  • 18. ESTRUTURA DO ATO PROPRIAMENTE MORAL A CONSCIÊNCIA DOS MEIOS O emprego dos meios adequados não pode entender-se - quando se trata de um ato moral - no sentido de que todos os meios sejam bons para alcançar um fim ou que o fim justifique os meios Um fim elevado não justifica o uso dos meios mais baixos ÉTICA
  • 19. ESTRUTURA DO ATO PROPRIAMENTE MORAL O RESULTADO O ato moral, no que diz respeito ao agente, consuma-se no resultado, ou seja, na realização ou concretização do fim desejado Mas, como fato real, deve ser relacionado com a norma que aplica e que faz parte do "código moral" da comunidade respectiva ÉTICA
  • 23. ÉTICA SOCIALIZAÇÃO Processo por meio do qual o indivíduo aprende a ser um membro da sociedade Imposição de padrões sociais à conduta individual
  • 24. ÉTICA SOCIALIZAÇÃO MECANISMO PARA A SOCIALIZAÇÃO O mecanismo fundamental consiste num processo de interação e de identificação com os outros
  • 25. ÉTICA SOCIALIZAÇÃO INTERAÇÃO E IDENTIFICAÇÃO O que a mãe transmite ao filho não é apenas uma série de atitudes, mas sim um padrão social geral de conduta que pode ser designado como o “papel de mãe”
  • 26. ÉTICA SOCIALIZAÇÃO INTERIORIZAÇÃO Um dos termos usados para definir socialização
  • 27. ÉTICA SOCIALIZAÇÃO INTERIORIZAÇÃO CONSCIÊNCIA É basicamente a interiorização dos comandos e proibições de ordem moral vindos do exterior
  • 28. ÉTICA INDIVIDUALIDADE A SOCIALIZAÇÃO configura a individualidade, Mas não pode configurá-la em toda extensão
  • 33. ÉTICA "O comportamento moral é tanto comportamento de indivíduos quanto de grupos sociais, cujas ações têm um caráter coletivo, mas deliberado, livre e consciente. Contudo, mesmo quando se trata da conduta de um indivíduo, não estamos diante de uma conduta rigorosamente individual que afete somente ou interesse exclusivamente a ele. Trata-se de uma conduta que tem conseqüências, de uma ou de outra maneira, para os demais e que, por esta razão, é objeto de sua aprovação ou reprovação." A. Vásquez, (Ética, ed.4a., p. 54)