O documento discute os Estudos Culturais e Teorias Jornalísticas. Apresenta a origem e principais conceitos dos Estudos Culturais e como eles se relacionam com a comunicação. Também resume as principais teorias jornalísticas como a do Espelho, Gatekeeper, Organizacional, Agendamento, Newsmarking e Espiral do Silêncio.
2. Estudos Culturais
Origem: Centro para Estudos Culturais Contemporâneos:
Escola de Birmingham, Inglaterra- década de 60.
Principais nomes : Raymond Williams, E.P. Thompson,
Stuart Hall..
Teoria multidisciplinar : multiplicidade de objetos de
investigação .
Cultura: Como manifestação heterogênea e diferenciada,
que não significa simplesmente sabedoria recebida ou
experiência passiva, mas um grande número de
intervenções ativas.
3. Estudos Culturais
Os Estudos Culturais formam um viés metodológico interdisciplinar
para os estudos na área da cultura mas restrito do universo das
sociedades industriais contemporâneas e suas inter-relações de
poder .
Na sua agenda temática estão gênero e sexualidade, identidades
nacionais, pós-colonialismo , etnia, cultura popular e seus públicos,
políticas de identidade, práticas político-estéticas, discurso e
textualidade, pós-modernidade, multiculturalismo e globalização,
entre outros.
Um traço importante de atuação dos estudos culturais é o
compromisso de interagir diretamente com as práticas políticas,
sociais e culturais, também objetos de sua abordagem.
4. Conceitos
A cultura não é homogênea, manifesta-se de maneiras diferentes em
qualquer formação social ou período histórico ;.
Redefinição do conceito de cultura;.
A cultura pode ganhar legitimidade;.
As práticas culturais são formas materiais simbólicas;.
A realidade é uma construção social;.
A identidade é uma construção social;.
Códigos Culturais criam identidades para o produto e receptor.
5. Estudos Culturais e Comunicação
”Seria preciso inventar uma nova palavra para designar este novo
analfabetismo que a maioria dos produtos da indústria cultural, às vezes
não sem sucesso, espalha entre as classes populares hoje totalmente
alfabetizada”.Hoggart.
• Pensar o processo comunicacional enquanto resultado de uma
negociação, junto à instância receptora, na qual se constrói o sentido.
• A cultura para os Estudos Culturais, manifesta-se de maneira diferente em
qualquer formação social ou época e diferente do que ocorria em
momentos anteriores à sua aparição, presta atenção a formas de expressão
cultural não tradicionais, como o cotidiano, por exemplo, legitimando a
cultura popular de forma crítica e interventora.
6. Teorias Jornalisticas
No estudo sobre Teoria Jornalística existem dois tipos de argumentação
teórica: a que afirma a inexistência de um interesse jornalístico , ou seja
epistemologicamente legítimo e de uma particularidade de um objeto
que já não seja compreendido pelas outras disciplinas, tem um grande
ênfase , recentemente , pelos Estudos Literários e da Linguagem e é a
que mais aponta o Jornalismo como uma ciência totalmente autônoma
e que não necessita de outros campos para a compreensão de suas
praticas e que , por isso , define a atuação profissional e os processos ,
técnicas e produtos de empresa jornalística.
7. Principais Teorias
Teoria do Espelho
A Teoria do Espelho é de 1850, sendo considerada a mais
antiga. Inspirada no Positivismo do filósofo francês Auguste
Comte (1798-1857), ela surgiu durante mudanças na imprensa
dos Estados Unidos.
Seu princípio básico seria a separação de fatos e opiniões, ou
seja, o jornalista descreveria objetivamente os fatos. É com
base nessa teoria que o jornalista deveria contar a verdade
sempre, “doa a quem doer”.
Teoria do Gatekeeper
Também conhecida como Teoria da Ação Pessoal, ela prega
que as notícias seriam filtradas pelo GateKeeper – ou seja,
porteiro/editor – que definiria o que deve ou não ser publicado.
A Teoria do Gatekeeper surgiu em 1950 e foi aplicada ao
jornalismo por David Manning White.
8. Principais Teorias
Teoria Organizacional
A Teoria Organizacional originou-se na
Administração e Psicologia, sendo adaptada
recentemente – em 1995 – ao jornalismo pelo
sociólogo norte-americano Warren-Breed
De acordo com ela, o jornalismo é um mercado e
as notícias são seus produtos,portanto é
necessária a organização das empresas, situação
evidente no livro de Cremilda Medina, ‘Notícia: um
produto à venda’. “As notícias são como são
porque as empresas e organizações jornalísticas
assim as determinam”.
Teoria do Agendamento
Também conhecida como Agenda Settings, essa
teoria diz que o público tende a considerar os
assuntos veiculados na mídia como os mais
importantes, “agendando” suas conversas por eles.
9. Principais Teorias
Teoria do Newsmarking
A Teoria do Newsmarking se opõe à Teoria do Espelho
ao rejeitar que as notícias não são reflexos da
realidade, e defende que o jornalismo é uma
construção da realidade.
Por esta visão, o jornalismo “está longe de ser o
espelho do real. É, antes, a construção de uma
suposta realidade” (PENA, 2010, p.128)
Teoria Espiral do Silêncio
A Teoria Espiral do Silêncio começou a ser estuda na
década de 60, sendo elaborada pela socióloga e
cientista política alemã Elizabeth Noelle-Neuman.
O conceito da Teoria do Espiral do Silêncio surgiu pela
primeira vez em 1972, em um congresso internacional de
psicologia, em Tóquio, com a participação da alemã Noelle-
Neuman. Todavia, somente em 1984 a teoria foi publicada
em forma de livro “Espiral do Silêncio”.
10. Teorias Jornalisticas
As Teorias do Jornalismo representam um claro avanço na
construção do jornalismo como área de conhecimento humano.
De forma bastante satisfatória, elas ganham cada vez mais
espaço nos meios acadêmicos.
O jornalismo, portanto, se solidifica cada vez mais como uma
área do conhecimento humano, que exige de seus profissionais
reflexão de conhecimento específico, principalmente numa era
global da informação, que envolve diversos interesses
econômicos e sociais privados e governamentais, e as teorias
ajudam muito nessas compreensão.