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COMPETÊNCIAS
HABILIDADES
Philippe Perrenoud
“Competência em educação é a faculdade de
mobilizar um conjunto de recursos cognitivos - como
saberes, habilidades e informações - para solucionar
com pertinência e eficácia uma série de situações”.
Quem é Philippe Perrenoud?
Philippe Perrenoud nasceu na Suíça, em 1944.
Doutor em Sociologia e Antropologia,
atualmente, é professor da Faculdade de
Psicologia e de Ciências da Educação, na
Universidade de Genebra das áreas de
currículo escolar, práticas pedagógicas e
instituições de formação. Também é diretor do
Laboratório de Pesquisas sobre a Inovação na
Formação e na Educação (Life), de Genebra.
É uma referência para os educadores no Brasil
pelo fato de suas ideias pioneiras sobre a
profissionalização de professores e a
avaliação de alunos serem hoje consideradas
fonte única para todos pesquisadores em
educação e assessores em políticas
educacionais, estando na base, inclusive, dos
Novos Parâmetros Curriculares Nacionais e do
Programa de Formação e Professores
Alfabetizadores do MEC (PROFA),
estabelecidos pelo MEC.
É autor de vários títulos importantes na área
de formação de professores, tais como:
Avaliação – da excelência à regulação das
aprendizagens;
Pedagogia Diferenciada; Construir as
competências desde a escola;
Dez novas competências para ensinar.
Seu interesse em estudar as problemáticas
educacionais surgiu durante o
seu doutorado em Sociologia, quando teve
a oportunidade de estudar o processo de
evasão escolar e suas referências com as
desigualdades sociais. Perrenoud propõe, a
partir de suas experiências na área
pedagógica, um modelo educacional
baseado em ciclos de três anos, no qual a
criança dispõe desse período para
desenvolver as competências de sua faixa
etária.
Definições – Competências e Habilidades
Competência: entendida
de três modos:
1) Competência como
condição prévia do sujeito,
herdada ou adquirida.
2) Competência como
condição do objeto,
independente do sujeito que
o utiliza.
3) Competência é
interdependente, ou seja, não
basta ser muito entendido em
uma matéria, não basta
possuir objetos potentes e
adequados, pois o importante
aqui é o "como esses fatores
interagem".
Habilidades
" As habilidades estão
associadas ao saber fazer:
ação física ou mental que
indica a capacidade
adquirida. Assim, identificar
variáveis, compreender
fenômenos, relacionar
informações, analisar
situações-problema, sintetizar,
julgar, correlacionar e
manipular são exemplos de
habilidades.
COMPETÊNCIA
Competências mais específicas a trabalhar em formação
contínua
1. Organizar e dirigir situa-
ções de aprendizagem
i. Conhecer, para determinada disciplina, os conteúdos a serem
ensinados e sua tradução em objetivos de aprendizagem.
ii. Trabalhar a partir das representações dos alunos.
iii. Trabalhar a partir dos erros e dos obstáculos à aprendizagem.
iv. Construir e planear dispositivos e sequências didáticas.
v. Envolver os alunos em atividades de pesquisa, em projetos de
Conhecimento
2. Administrar a progressão
das aprendizagens
i. Conceber e administrar situações- problema ajustadas ao nível e
às possibilidades dos alunos.
ii. Adquirir uma visão longitudinal dos objetivos do ensino.
iii. Estabelecer laços com as teorias subjacentes às atividades de
aprendizagem.
iv. Observar e avaliar os alunos em situações de aprendizagem, de
acordo com uma abordagem formativa.
v. Fazer balanços periódicos de competências e tomar decisões de
progressão.
COMPETÊNCIAS
COMPETÊNCIA
Competências mais específicas a trabalhar em formação
contínua
3. Conceber e fazer evoluir os
dispositivos de diferenciação
i. Administrar a heterogeneidade no âmbito de uma turma.
ii. Abrir, ampliar a gestão de classe para um espaço mais vasto.
iii. Fornecer apoio integrado, trabalhar com alunos portadores de
grandes dificuldades.
iv. Desenvolver a cooperação entre os alunos e certas formas simples
de ensino mútuo.
4. Envolver os alunos em suas
aprendizagem e em seu trabalho
i. Suscitar o desejo de aprender, explicitar a relação com o saber, o
sentido do trabalho escolar e desenvolver na criança a capacidade
de auto-avaliação.
ii. Instituir um conselho de alunos e negociar com eles diversos tipos
de regras e de contratos.
iii. Oferecer actividades opcionais de formação, à la carte.
iv. Favorecer a definição de um projecto pessoal do aluno.
COMPETÊNCIAS
COMPETÊNCIA
Competências mais específicas a trabalhar em formação
contínua
5. Trabalhar em equipe
i. Elaborar um projeto em equipe, representações comuns.
ii. Dirigir um grupo de trabalho, conduzir reuniões.
iii. Formar e renovar uma equipe pedagógica.
iv. Enfrentar e analisar em conjunto situações complexas, práticas e
problemas profissionais.
v. Administrar crises ou conflitos interpessoais.
6. Participar da administração
da escola
i. Elaborar, negociar um projecto da instituição.
ii. Administrar os recursos da escola.
iii. Coordenar, dirigir uma escola com todos os seus parceiros.
iv. Organizar e fazer evoluir, no âmbito da escola, a participação dos
alunos
COMPETÊNCIAS
COMPETÊNCIA
Competências mais específicas a trabalhar em formação
contínua
7. Informar e envolver os pais
i. Dirigir reuniões de informação e de debate.
ii. Fazer entrevistas.
iii. Envolver os pais na construção dos saberes.
8. Utilizar novas tecnologias
i. Utilizar editores de texto.
ii. Explorar as potencialidades didáticas dos programas em relação
aos objetivos do ensino.
iii. Comunicar-se à distância por meio da telemática.
iv. Utilizar as ferramentas multimídia no ensino
9. Enfrentar os deveres e os
dilemas éticos da profissão
I. Prevenir a violência na escola e fora dela.
II. Lutar contra os preconceitos e as discriminações sexuais, étnicas
e sociais.
III. Analisar a relação pedagógica, a autoridade e a comunicação
em aula.
COMPETÊNCIAS
COMPETÊNCIA
Competências mais específicas a trabalhar em formação
contínua
10 Administrar sua própria
formação contínua
i. Saber explicitar as próprias práticas.
ii. Estabelecer seu próprio balanço de competências e seu
programa pessoal de formação contínua.
iii. Envolver-se em tarefas em escala de uma ordem de ensino ou
do, sistema educativo.
iv. Acolher a formação dos colegas e participar dela.
COMPETÊNCIAS
Competências mais específicas Sugestões/Indicações
1.1. Conhecer os conteúdos a serem
ensinados e sua tradução em
objetivos de aprendizagem.
- Relacionar os conteúdos com os objetivos e as situações de aprendizagem.
- Dominar os conteúdos com suficiente fluência para construí-los em situações abertas ou
em tarefas complexas.
- Os saberes e os saber-fazer são construídos em situações múltiplas e complexas, cada
uma delas dizendo respeito a vários objetivos/disciplinas.
- Explorar acontecimentos e interesses dos alunos para favorecer a apropriação ativa e
a transferência dos saberes.
- O professor deve saber identificar „noções-núcleo’ (Meirieu, 1989) ou „competências-
chave‟ (Perrenoud, 1998) para organizar as aprendizagens, orientar o trabalho em aula e
estabelecer prioridades.
1.2. Trabalhar a partir das
representações dos alunos.
- Uma boa pedagogia não ignora o que os alunos pensam e sabem.
- É errado trabalhar a partir das representações dos alunos para a seguir as desvalorizar.
- Resta trabalhar a partir das concepções dos alunos, dialogar com eles, fazer com que
sejam avaliadas para aproximá-las dos conhecimentos científicos a serem ensinados.
1.3. Trabalhar a partir dos erros
e dos obstáculos à aprendizagem.
- Aprender não é primeiramente memorizar, retocar informação, mas reestruturar o seu
sistema de compreensão do mundo.
- A didáctica das disciplinas interessa-se cada vez mais pelos erros e tenta compreendê-
los, antes de combatê-los.
- Astolfi propõe que se considere o erro como uma ferramenta para ensinar, um
revelador dos mecanismos de pensamento do aluno.
COMPETÊNCIAS
Competências mais específicas Sugestões/Indicações
1.4. Construir e planear dispositivos
e sequências didáticas
- Uma situação de aprendizagem insere-se num dispositivo e numa
sequência didática na qual cada tarefa é uma etapa em progressão.
- o dispositivo depende dos conteúdos, do nível dos alunos, das opções do professor.
- A competência consiste na busca de um amplo repertório de dispositivos e de
sequências de aprendizagem e na identificação do que eles/as mobilizam e ensinam.
1.5. Envolver os alunos em
atividades de pesquisa,
em projetos de conhecimento
- O mais importante permanece implícito porque uma sequência didática só se
desenvolve se os alunos a aceitarem e tiverem realmente vontade de saber.
- A dinâmica de uma pesquisa é sempre simultaneamente intelectual, emocional e
relacional. Daí o delicado equilíbrio entre a estruturação didática e a dinâmica da
turma.
- A competência passa pela arte de comunicar, seduzir, encorajar, mobilizar,
envolvendo-se como pessoa.
2.1.Conceber e administrar
Situações problema ajustadas
ao nível e às possibilidades
dos alunos.
- Características de uma situação-problema:
(i) constituir um obstáculo para a turma.
(ii) estudo de 1 situação concreta, hipóteses.
(iii) 1 verdadeiro enigma para ser resolvido.
(iv) necessidade de usar instrumentos com vista à resolução.
(v) oferecer resistência suficiente.
(vi) situar-se na zona de desenvolvimento proximal (Vygotky).
(vii) antecipação dos resultados precede a busca
(viii) debate científico dentro da classe.
(ix) a validação da solução é feita conjuntamente (não pelo prof).
COMPETÊNCIAS
Competências mais específicas Sugestões/Indicações
2.2. Adquirir uma visão longitudinal
Dos objetivos do ensino.
- A massificação e a urbanização generalizaram as classes de um único nível com prejuízo da
visão longitudinal dos objetivos programáticos.
- Felizmente que nem todas as escolas funcionam assim, facilitando a
construção de estratégias de ensino-aprendizagem a longo prazo.
- Não se pode pretender que os alunos alcancem num ano a capacidade de ler, escrever,
refletir, argumentar, expressar-se pelo desenho ou pela música, cooperar, realizar projetos.
- Para colmatar esta insuficiência é fundamental o trabalho em equipa entre os colegas que
ensinam vários níveis.
- O verdadeiro desafio é o domínio da totalidade da formação de 1 ciclo de aprendizagem e,
se possível, de todo o ensino básico.
2.3. Estabelecer laços com as
teorias subjacentes às atividades
de aprendizagem.
- As atividades de aprendizagem são escolhidas em função de uma „teoria‟- científica ou
ingénua, pessoal ou partilhada.
- Saber escolher e modular as atividades de aprendizagem é uma competência essencial, que
supõe um bom conhecimento dos mecanismos gerais do desenvolvimento e da
aprendizagem, não isoladamente, mas em cooperação com os colegas.
2.4. Observar e avaliar os alunos
em situações de aprendizagem,
de acordo com uma abordagem
formativa.
- Nada substitui a observação dos alunos no trabalho, quando se quer conhecer as suas
competências.
- A primeira intenção é formativa e deve contribuir para levar o aluno a aprender melhor
e a ter uma melhor percepção do seu trabalho.
- O prof. deve: estimular a auto avaliação, a avaliação mútua, a metocognição, ter uma
percepção da classe para (re)orientar o ensino.
COMPETÊNCIAS
HABILIDADESQual a diferença entre competência e habilidade?
Resolver problemas, por exemplo, é
uma competência que supõe o
domínio de várias habilidades.
Calcular, ler, interpretar, tomar
decisões, responder por escrito, etc.,
são exemplos de habilidades
requeridas para a solução de
problemas de aritmética. Mas, se
saímos do contexto de problema e
se consideramos a complexidade
envolvida no desenvolvimento de
cada uma dessas habilidades,
podemos valorizá-las como
competências que, por sua vez,
requerem outras tantas habilidades
DIFERENÇA...
• As competências pressupõem
operações mentais, capacidades
para usar as habilidades,
emprego de atitudes, adequadas
à realização de tarefas e
conhecimentos;
DIFERENÇA...
Qual a diferença entre
competência e habilidade de ler?
Saber ler, como habilidade, não é o
mesmo que saber ler como
competência relacional. Em muitas
situações (quando temos de ler em
público, por exemplo), ou não
sabemos ler, ou temos dificuldades
para isso. Como coordenar as
perspectivas do texto, dos ouvintes
e do leitor? Todos conhecemos
escritores brilhantes, mas que não
são bons conferencistas. Na escola
ocorre algo semelhante quando se
trata de ler poesias ou contar
histórias: nem todos os professores
sabem como fazê-lo.
HABILIDADES
Qual a diferença entre competência e habilidade?
• " As habilidades estão associadas ao saber
fazer: ação física ou mental que indica a
capacidade adquirida. Assim, identificar
variáveis, compreender fenômenos, relacionar
informações, analisar situações-problema,
sintetizar,julgar, correlacionar e manipular são
exemplos de habilidades.
Já as competências são um conjunto de
habilidades harmonicamente desenvolvidas
e que caracterizam por exemplo uma
função/profissão específica: ser arquiteto,
médico ou professor de química. As
habilidades devem ser desenvolvidas na
busca das competências.“
Conjunto de habilidades, agrupadas em diversas
competências básicas
• 1. Habilidade de bem utilizar os sentidos
e de aprimorar a acuidade dos sentidos
(aprender a perceber)
• 2. Habilidade de entender e corretamente
interpretar a linguagem corporal
• 3. Habilidade de entender a linguagem
verbal falada e escrita e desenvolvimento
da capacidade de ler com compreensão e
rapidez
• 4. Habilidade de se expressar bem em língua
materna falada e escrita
• 5. Habilidade de se expressar bem em língua
estrangeira (em especial, no caso do Brasil, o
Inglês e o Espanhol)
• 6. Habilidade de se expressar bem através da
linguagem não-verbal (especialmente a
corporal)
• 7. Habilidade de buscar e pesquisar a
informação em qualquer dos meios em que
esteja armazenada
• 8. Habilidade de memorizar a informação
essencial e de uso constante
• 9. Habilidade de organizar organizar e
arquivar a informação e de localizar e
recuperar com facilidade e rapidez a
informação não memorizada
• 10. Habilidade de analisar criticamente e
avaliar a informação textual, numérica,
estatística, gráfica, sonora, e visual
• 11. Habilidade de raciocinar logicamente
• 12. Habilidade de perceber padrões,
conformações, tendências, analogias, sutilezas,
ironias, sarcasmos, humor,etc.
I. Competência na Absorção da Informação
II. Competência na Transmissão da
Informação e na Comunicação
III. Competência no Acesso à Informação
IV. Competência na Análise da Informação
Conclusão
Concluo trabalhando o conceito de competência trabalhado nas empresas em nossos
dias ao que parece, veio para ficar. É a concepção expressa a partir do ideograma CHA.
Este ideograma “CHA”, que serve para designar (Conhecimento, Habilidade e Atitude) é
uma maneira de se procurar definir o sentido de competência a partir de um referencial no
qual ela possa ser mensurada, e até mesmo comparada a padrões internacionais. E é um
dos modelos mais atuais com o quais as melhores empresas trabalham hoje para avaliar
seus colaboradores.
O C significa conhecimento sobre um determinado assunto. Diz respeito à pessoa dominar
um determinado Know-how a respeito de algo que tenha valor para empresa e para ela
mesma. É o saber.
O H significa habilidade para produzir resultados com o conhecimento que se possui. Diz
respeito à pessoa conseguir fazer algum uso real do conhecimento que têm, produzindo
algo efetivamente. É o saber fazer.
O A significa atitude assertiva e pró ativa__ iniciativa. Diz respeito ao indivíduo não esperar
as coisas acontecerem ou alguém ter que dar ordens, e fazer o que percebe que deve ser
feito por conta própria. É o querer fazer.
CHA
Competências e Habilidades
Competências e Habilidades
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Competências e Habilidades

  • 2. Philippe Perrenoud “Competência em educação é a faculdade de mobilizar um conjunto de recursos cognitivos - como saberes, habilidades e informações - para solucionar com pertinência e eficácia uma série de situações”.
  • 3. Quem é Philippe Perrenoud? Philippe Perrenoud nasceu na Suíça, em 1944. Doutor em Sociologia e Antropologia, atualmente, é professor da Faculdade de Psicologia e de Ciências da Educação, na Universidade de Genebra das áreas de currículo escolar, práticas pedagógicas e instituições de formação. Também é diretor do Laboratório de Pesquisas sobre a Inovação na Formação e na Educação (Life), de Genebra. É uma referência para os educadores no Brasil pelo fato de suas ideias pioneiras sobre a profissionalização de professores e a avaliação de alunos serem hoje consideradas fonte única para todos pesquisadores em educação e assessores em políticas educacionais, estando na base, inclusive, dos Novos Parâmetros Curriculares Nacionais e do Programa de Formação e Professores Alfabetizadores do MEC (PROFA), estabelecidos pelo MEC. É autor de vários títulos importantes na área de formação de professores, tais como: Avaliação – da excelência à regulação das aprendizagens; Pedagogia Diferenciada; Construir as competências desde a escola; Dez novas competências para ensinar. Seu interesse em estudar as problemáticas educacionais surgiu durante o seu doutorado em Sociologia, quando teve a oportunidade de estudar o processo de evasão escolar e suas referências com as desigualdades sociais. Perrenoud propõe, a partir de suas experiências na área pedagógica, um modelo educacional baseado em ciclos de três anos, no qual a criança dispõe desse período para desenvolver as competências de sua faixa etária.
  • 4. Definições – Competências e Habilidades Competência: entendida de três modos: 1) Competência como condição prévia do sujeito, herdada ou adquirida. 2) Competência como condição do objeto, independente do sujeito que o utiliza. 3) Competência é interdependente, ou seja, não basta ser muito entendido em uma matéria, não basta possuir objetos potentes e adequados, pois o importante aqui é o "como esses fatores interagem". Habilidades " As habilidades estão associadas ao saber fazer: ação física ou mental que indica a capacidade adquirida. Assim, identificar variáveis, compreender fenômenos, relacionar informações, analisar situações-problema, sintetizar, julgar, correlacionar e manipular são exemplos de habilidades.
  • 5. COMPETÊNCIA Competências mais específicas a trabalhar em formação contínua 1. Organizar e dirigir situa- ções de aprendizagem i. Conhecer, para determinada disciplina, os conteúdos a serem ensinados e sua tradução em objetivos de aprendizagem. ii. Trabalhar a partir das representações dos alunos. iii. Trabalhar a partir dos erros e dos obstáculos à aprendizagem. iv. Construir e planear dispositivos e sequências didáticas. v. Envolver os alunos em atividades de pesquisa, em projetos de Conhecimento 2. Administrar a progressão das aprendizagens i. Conceber e administrar situações- problema ajustadas ao nível e às possibilidades dos alunos. ii. Adquirir uma visão longitudinal dos objetivos do ensino. iii. Estabelecer laços com as teorias subjacentes às atividades de aprendizagem. iv. Observar e avaliar os alunos em situações de aprendizagem, de acordo com uma abordagem formativa. v. Fazer balanços periódicos de competências e tomar decisões de progressão. COMPETÊNCIAS
  • 6. COMPETÊNCIA Competências mais específicas a trabalhar em formação contínua 3. Conceber e fazer evoluir os dispositivos de diferenciação i. Administrar a heterogeneidade no âmbito de uma turma. ii. Abrir, ampliar a gestão de classe para um espaço mais vasto. iii. Fornecer apoio integrado, trabalhar com alunos portadores de grandes dificuldades. iv. Desenvolver a cooperação entre os alunos e certas formas simples de ensino mútuo. 4. Envolver os alunos em suas aprendizagem e em seu trabalho i. Suscitar o desejo de aprender, explicitar a relação com o saber, o sentido do trabalho escolar e desenvolver na criança a capacidade de auto-avaliação. ii. Instituir um conselho de alunos e negociar com eles diversos tipos de regras e de contratos. iii. Oferecer actividades opcionais de formação, à la carte. iv. Favorecer a definição de um projecto pessoal do aluno. COMPETÊNCIAS
  • 7. COMPETÊNCIA Competências mais específicas a trabalhar em formação contínua 5. Trabalhar em equipe i. Elaborar um projeto em equipe, representações comuns. ii. Dirigir um grupo de trabalho, conduzir reuniões. iii. Formar e renovar uma equipe pedagógica. iv. Enfrentar e analisar em conjunto situações complexas, práticas e problemas profissionais. v. Administrar crises ou conflitos interpessoais. 6. Participar da administração da escola i. Elaborar, negociar um projecto da instituição. ii. Administrar os recursos da escola. iii. Coordenar, dirigir uma escola com todos os seus parceiros. iv. Organizar e fazer evoluir, no âmbito da escola, a participação dos alunos COMPETÊNCIAS
  • 8. COMPETÊNCIA Competências mais específicas a trabalhar em formação contínua 7. Informar e envolver os pais i. Dirigir reuniões de informação e de debate. ii. Fazer entrevistas. iii. Envolver os pais na construção dos saberes. 8. Utilizar novas tecnologias i. Utilizar editores de texto. ii. Explorar as potencialidades didáticas dos programas em relação aos objetivos do ensino. iii. Comunicar-se à distância por meio da telemática. iv. Utilizar as ferramentas multimídia no ensino 9. Enfrentar os deveres e os dilemas éticos da profissão I. Prevenir a violência na escola e fora dela. II. Lutar contra os preconceitos e as discriminações sexuais, étnicas e sociais. III. Analisar a relação pedagógica, a autoridade e a comunicação em aula. COMPETÊNCIAS
  • 9. COMPETÊNCIA Competências mais específicas a trabalhar em formação contínua 10 Administrar sua própria formação contínua i. Saber explicitar as próprias práticas. ii. Estabelecer seu próprio balanço de competências e seu programa pessoal de formação contínua. iii. Envolver-se em tarefas em escala de uma ordem de ensino ou do, sistema educativo. iv. Acolher a formação dos colegas e participar dela. COMPETÊNCIAS
  • 10. Competências mais específicas Sugestões/Indicações 1.1. Conhecer os conteúdos a serem ensinados e sua tradução em objetivos de aprendizagem. - Relacionar os conteúdos com os objetivos e as situações de aprendizagem. - Dominar os conteúdos com suficiente fluência para construí-los em situações abertas ou em tarefas complexas. - Os saberes e os saber-fazer são construídos em situações múltiplas e complexas, cada uma delas dizendo respeito a vários objetivos/disciplinas. - Explorar acontecimentos e interesses dos alunos para favorecer a apropriação ativa e a transferência dos saberes. - O professor deve saber identificar „noções-núcleo’ (Meirieu, 1989) ou „competências- chave‟ (Perrenoud, 1998) para organizar as aprendizagens, orientar o trabalho em aula e estabelecer prioridades. 1.2. Trabalhar a partir das representações dos alunos. - Uma boa pedagogia não ignora o que os alunos pensam e sabem. - É errado trabalhar a partir das representações dos alunos para a seguir as desvalorizar. - Resta trabalhar a partir das concepções dos alunos, dialogar com eles, fazer com que sejam avaliadas para aproximá-las dos conhecimentos científicos a serem ensinados. 1.3. Trabalhar a partir dos erros e dos obstáculos à aprendizagem. - Aprender não é primeiramente memorizar, retocar informação, mas reestruturar o seu sistema de compreensão do mundo. - A didáctica das disciplinas interessa-se cada vez mais pelos erros e tenta compreendê- los, antes de combatê-los. - Astolfi propõe que se considere o erro como uma ferramenta para ensinar, um revelador dos mecanismos de pensamento do aluno. COMPETÊNCIAS
  • 11. Competências mais específicas Sugestões/Indicações 1.4. Construir e planear dispositivos e sequências didáticas - Uma situação de aprendizagem insere-se num dispositivo e numa sequência didática na qual cada tarefa é uma etapa em progressão. - o dispositivo depende dos conteúdos, do nível dos alunos, das opções do professor. - A competência consiste na busca de um amplo repertório de dispositivos e de sequências de aprendizagem e na identificação do que eles/as mobilizam e ensinam. 1.5. Envolver os alunos em atividades de pesquisa, em projetos de conhecimento - O mais importante permanece implícito porque uma sequência didática só se desenvolve se os alunos a aceitarem e tiverem realmente vontade de saber. - A dinâmica de uma pesquisa é sempre simultaneamente intelectual, emocional e relacional. Daí o delicado equilíbrio entre a estruturação didática e a dinâmica da turma. - A competência passa pela arte de comunicar, seduzir, encorajar, mobilizar, envolvendo-se como pessoa. 2.1.Conceber e administrar Situações problema ajustadas ao nível e às possibilidades dos alunos. - Características de uma situação-problema: (i) constituir um obstáculo para a turma. (ii) estudo de 1 situação concreta, hipóteses. (iii) 1 verdadeiro enigma para ser resolvido. (iv) necessidade de usar instrumentos com vista à resolução. (v) oferecer resistência suficiente. (vi) situar-se na zona de desenvolvimento proximal (Vygotky). (vii) antecipação dos resultados precede a busca (viii) debate científico dentro da classe. (ix) a validação da solução é feita conjuntamente (não pelo prof). COMPETÊNCIAS
  • 12. Competências mais específicas Sugestões/Indicações 2.2. Adquirir uma visão longitudinal Dos objetivos do ensino. - A massificação e a urbanização generalizaram as classes de um único nível com prejuízo da visão longitudinal dos objetivos programáticos. - Felizmente que nem todas as escolas funcionam assim, facilitando a construção de estratégias de ensino-aprendizagem a longo prazo. - Não se pode pretender que os alunos alcancem num ano a capacidade de ler, escrever, refletir, argumentar, expressar-se pelo desenho ou pela música, cooperar, realizar projetos. - Para colmatar esta insuficiência é fundamental o trabalho em equipa entre os colegas que ensinam vários níveis. - O verdadeiro desafio é o domínio da totalidade da formação de 1 ciclo de aprendizagem e, se possível, de todo o ensino básico. 2.3. Estabelecer laços com as teorias subjacentes às atividades de aprendizagem. - As atividades de aprendizagem são escolhidas em função de uma „teoria‟- científica ou ingénua, pessoal ou partilhada. - Saber escolher e modular as atividades de aprendizagem é uma competência essencial, que supõe um bom conhecimento dos mecanismos gerais do desenvolvimento e da aprendizagem, não isoladamente, mas em cooperação com os colegas. 2.4. Observar e avaliar os alunos em situações de aprendizagem, de acordo com uma abordagem formativa. - Nada substitui a observação dos alunos no trabalho, quando se quer conhecer as suas competências. - A primeira intenção é formativa e deve contribuir para levar o aluno a aprender melhor e a ter uma melhor percepção do seu trabalho. - O prof. deve: estimular a auto avaliação, a avaliação mútua, a metocognição, ter uma percepção da classe para (re)orientar o ensino. COMPETÊNCIAS
  • 13. HABILIDADESQual a diferença entre competência e habilidade? Resolver problemas, por exemplo, é uma competência que supõe o domínio de várias habilidades. Calcular, ler, interpretar, tomar decisões, responder por escrito, etc., são exemplos de habilidades requeridas para a solução de problemas de aritmética. Mas, se saímos do contexto de problema e se consideramos a complexidade envolvida no desenvolvimento de cada uma dessas habilidades, podemos valorizá-las como competências que, por sua vez, requerem outras tantas habilidades DIFERENÇA... • As competências pressupõem operações mentais, capacidades para usar as habilidades, emprego de atitudes, adequadas à realização de tarefas e conhecimentos;
  • 14. DIFERENÇA... Qual a diferença entre competência e habilidade de ler? Saber ler, como habilidade, não é o mesmo que saber ler como competência relacional. Em muitas situações (quando temos de ler em público, por exemplo), ou não sabemos ler, ou temos dificuldades para isso. Como coordenar as perspectivas do texto, dos ouvintes e do leitor? Todos conhecemos escritores brilhantes, mas que não são bons conferencistas. Na escola ocorre algo semelhante quando se trata de ler poesias ou contar histórias: nem todos os professores sabem como fazê-lo. HABILIDADES Qual a diferença entre competência e habilidade? • " As habilidades estão associadas ao saber fazer: ação física ou mental que indica a capacidade adquirida. Assim, identificar variáveis, compreender fenômenos, relacionar informações, analisar situações-problema, sintetizar,julgar, correlacionar e manipular são exemplos de habilidades. Já as competências são um conjunto de habilidades harmonicamente desenvolvidas e que caracterizam por exemplo uma função/profissão específica: ser arquiteto, médico ou professor de química. As habilidades devem ser desenvolvidas na busca das competências.“
  • 15. Conjunto de habilidades, agrupadas em diversas competências básicas • 1. Habilidade de bem utilizar os sentidos e de aprimorar a acuidade dos sentidos (aprender a perceber) • 2. Habilidade de entender e corretamente interpretar a linguagem corporal • 3. Habilidade de entender a linguagem verbal falada e escrita e desenvolvimento da capacidade de ler com compreensão e rapidez • 4. Habilidade de se expressar bem em língua materna falada e escrita • 5. Habilidade de se expressar bem em língua estrangeira (em especial, no caso do Brasil, o Inglês e o Espanhol) • 6. Habilidade de se expressar bem através da linguagem não-verbal (especialmente a corporal) • 7. Habilidade de buscar e pesquisar a informação em qualquer dos meios em que esteja armazenada • 8. Habilidade de memorizar a informação essencial e de uso constante • 9. Habilidade de organizar organizar e arquivar a informação e de localizar e recuperar com facilidade e rapidez a informação não memorizada • 10. Habilidade de analisar criticamente e avaliar a informação textual, numérica, estatística, gráfica, sonora, e visual • 11. Habilidade de raciocinar logicamente • 12. Habilidade de perceber padrões, conformações, tendências, analogias, sutilezas, ironias, sarcasmos, humor,etc. I. Competência na Absorção da Informação II. Competência na Transmissão da Informação e na Comunicação III. Competência no Acesso à Informação IV. Competência na Análise da Informação
  • 16. Conclusão Concluo trabalhando o conceito de competência trabalhado nas empresas em nossos dias ao que parece, veio para ficar. É a concepção expressa a partir do ideograma CHA. Este ideograma “CHA”, que serve para designar (Conhecimento, Habilidade e Atitude) é uma maneira de se procurar definir o sentido de competência a partir de um referencial no qual ela possa ser mensurada, e até mesmo comparada a padrões internacionais. E é um dos modelos mais atuais com o quais as melhores empresas trabalham hoje para avaliar seus colaboradores. O C significa conhecimento sobre um determinado assunto. Diz respeito à pessoa dominar um determinado Know-how a respeito de algo que tenha valor para empresa e para ela mesma. É o saber. O H significa habilidade para produzir resultados com o conhecimento que se possui. Diz respeito à pessoa conseguir fazer algum uso real do conhecimento que têm, produzindo algo efetivamente. É o saber fazer. O A significa atitude assertiva e pró ativa__ iniciativa. Diz respeito ao indivíduo não esperar as coisas acontecerem ou alguém ter que dar ordens, e fazer o que percebe que deve ser feito por conta própria. É o querer fazer. CHA