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VARIAÇÕES
LINGUÍSTICAS
O QUE É LINGUAGEM?
Capacidade de se comunicar por meio de
um CÓDIGO.

CÓDIGO: conjunto de sinais utilizados para
passar uma determinada mensagem.
LINGUAGEM VERBAL
Aquela que utiliza a língua (oral ou
escrita), que manifesta-se por meio das
PALAVRAS.

“Batatinha quando nasce esparrama pelo chão.
Mamãezinha quando dorme põe a mão no
coração.”
LINGUAGEM NÃO-VERBAL

Aquela que utiliza qualquer código que não
seja a palavra: pintura, dança, música,
gesto, mímica etc ...
LINGUAGEM MISTA
VARIEDADE LINGÜÍSTICA


Em um único sistema lingüístico podemos
encontrar variações no que se refere ao
modo como ele é utilizado pelos falantes.
É isso que caracteriza as variações
lingüísticas.
Tipos de variedades:
1. Os dialetos - ocorrem em função das
pessoas que usam a língua, ou seja, dos
emissores. (regional, social, idade, sexo,
geração, função);
2. Os registros - ocorrem em função do uso
que se faz da língua, da mensagem, da
situação. (grau de formalismo).
VARIAÇÕES DIALETAIS
IDADE:
Dois bons filhos                 Paulo Mendes Campos

Outro dia um senhor de cinqüenta anos me falava da mãe
dele mais ou menos assim:
- Se há alguém que eu adoro neste mundo é minha
mãezinha. Ela vai fazer 73 anos no dia 19 de maio. Está
forte, graças a Deus e muito lúcida. Há 41 anos que está
viúva, papai, coitado, faleceu muito moço, com uma espinha
de peixe atravessada no esôfago: pois não há dia em que
mãezinha não se lembre dele com um amor tão bonito, com
um respeito...
Deu-se que no mesmo dia encontrei um rapaz de dezoito
anos, que me contou mais ou menos assim:
- Velha bacaninha é a minha. Quando ela está meio
adernada, mais pra lá do que pra cá, ela ainda me dá uma
broncazinha. Bronca de mãe não pega, meu chapa. Eu manjo
ela todinha: lá em casa só tem bronca quando ela encheu a
cara demais. A velha toma pra valer! Ou então foi um troço
em que eu não meto a cara. Que é que eu tenho com a vida
da velha? Pensa que eu me manco. Quando ela tá de bronca,
o titio aqui já sabe: taco-lhe três equanil. É batata. Daí a
pouco ela fica macia e vai soltando o tutu...
SEXO:


Homem: - Cara, preciso te contar o que
aconteceu ontem na festa...
Mulher: - Ai, menino! Preciso te contar o que
aconteceu ontem na festa...


Homem: - Comprei uma camisa legal.
Mulher: - Comprei uma blusinha linda!
REGIÃO:
Dentro do próprio Brasil:
Mandioca, aipim, macaxeira.

Entre Brasil e Portugal:
“(...) numa revista portuguesa, vê-se um anúncio de um
refrigerante, mundialmente conhecido (...) Ao lado da
famosa marca, a única frase da peça publicitária: “A vida
sabe bem”. Que se entende disso? Em português e em
outras línguas latinas, o verbo “saber” (que vem do latim
“sapere”, que significa justamente “ter sabor”) pode ser
usado com a idéia de “ter gosto”, “ter saber” (...) Esse uso é
vivíssimo no italiano, no espanhol, no português de Portugal.
No do Brasil, parece que se restringiu aos textos
literários.”
Pasquale Cipro Neto: “A vida sabe bem”. Revista Cult, nº 56.
GERAÇÃO, ÉPOCA:
“Exmo. Sr.
Unicamente a necessidade me sujerio a publicação deste
punhado de rimas (...) Eu e minha esposa, moça
igualmente enferma, desde que entramos no hospital, há
quasi dois annos que, por exclusiva injustiça, estamos
privados das quotas dos donativos feitos pela caridade
aos que, como nós, vieram esconder seu infortúnio sob o
tecto hospitalar. E nem roupa nem um lençol recebemos
do estabelecimento estipendiado pela municipalidade,
cujo prefeito Dr. Miguel Penteado não se dignou prestar
attenção às minhas queixas. Resumindo, somos víctimas
de vezano pouco caso pelo direito dos fracos (...)”
Firmo Anônio. Argueiros, 1924.
SÓCIO-ECONÔMICA:
VÁRIAS IDÉIAS                FERRÉZ

Acordou cedo, gritou: “Zica maldita!”. Rapaz, o
vocabulário do tranca-ruas é ziquizira. “Rapaz, num vacila
de madruga, entendeu?” “Entendi, os P.M. sobe o gás.
Então vamos sumariar. Quantos de nóis cê quer matar?
Grota, granja, boca, biqueira, movimento, verme, milho a
vida inteira. Mil grau, frenético, qual que é a urucubaca?
Que cê faz se não tiver que voltar para casa? Quem te
deu um sorriso hoje, pique pá alguém de longe (...) Muitos
sofre, eta que sofre, mas poucos lembra. Povo gado, voto
mal dado, fila quilométrica para encher prato de
deputado. Picha os muro, xinga os putos, mete a boca,
depois cheira dentro da goma. (...)
Caros Amigos nº 89.
FUNÇÃO:
Plural majestático:
“Nós queremos que o povo dessa cidade se sinta
seguro. Por isso reforçaremos nossa polícia para
que possa dar maior segurança aos cidadãos.”
VARIAÇÕES DE REGISTRO
A) Senhora Diretora, Sr. Vice-Presidente, Dignos
Convidados, Estimados e Distintos Colegas da nobre
Profissão de Ensinar.
Considero uma honra e um privilégio ter sido convidado a vir
diante de vós nesta ocasião, um convite que aceitei com o
mais profundo prazer e gratidão. É meu propósito, estando
aqui esta noite, repartir convosco um pouco das
experiências que tenho vivido na minha função de
enriquecer os conhecimentos das novas gerações, daqueles
que continuarão quando já estiver chegado ao fim o nosso
tempo neste mundo. Espero e creio que estas experiências
não serão desprovidas de interesse para aqueles que
estarão, entre vós, trabalhando na mesma vinha, pois juntos
conseguiremos a mais rica colheita.
B) Senhoras e Senhores:
Estou realmente feliz por ter sido convidado pelo vosso
Vice-Presidente, Senhor Horácio Foladori, para vos falar,
esta noite, sobre o tema “Da Variação Múltipla do Registro
no Ensino de Inglês”. Espero ser capaz de apresentar umas
idéias que deverão ser tanto sugestivas quanto relevantes
para vossas tarefas como professores de Inglês.


C) Boa noite, amigos:
O Senhor Foladori pediu-me para falar a vocês, esta noitem
sobre um assunto tão amplo como o Ensino de Inglês.
Espero ser capaz de dizer umas poucas coisas que serão de
algum interesse para vocês e que talvez possam ajudá-los a
serem professores mais eficientes.
D) Ei pessoal:
Horácio pediu-me que viesse aqui e falasse a vocês todos a
respeito de como ensinar Inglês. Disse-me que poderia
tocar em qualquer dos aspectos que quisesse, desde que eu
não me tornasse muito técnico, pois ao contrário ninguém
entenderia uma só palavra que eu dissesse.


A) Vá a merda! Cê é um fedaputa!
B) Deixe-me em paz! Você é uma pessoa que não merece
consideração!
A) Na hora da dolorosa, caiu duro.
B) Quando a conta foi apresentada, assustou-se.
NORMA CULTA E LÍNGUA
            COLOQUIAL
A Norma ou Língua Culta é um tipo de variação
lingüística que se caracteriza por seguir as
normas estabelecidas de acordo com a gramática
normativa. Ela é falada e escrita em situações que
exigem formalidade.
A Língua Coloquial é a variação lingüística utilizada
em situações informais. É a língua do cotidiano.
DISTINÇÕES ENTRE A NORMA CULTA E A LÍNGUA
               COLOQUIAL

    USO COLOQUIAL             USO CULTO

Pronúncia descuidada de     Maior cuidado com a
certas palavras             pronúncia


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Né, aí, pois é...

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USO COLOQUIAL             USO CULTO

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Indevida colocação       Devida colocação
pronominal segundo a     pronominal segundo a
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Repetições

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  • 2. O QUE É LINGUAGEM? Capacidade de se comunicar por meio de um CÓDIGO. CÓDIGO: conjunto de sinais utilizados para passar uma determinada mensagem.
  • 3. LINGUAGEM VERBAL Aquela que utiliza a língua (oral ou escrita), que manifesta-se por meio das PALAVRAS. “Batatinha quando nasce esparrama pelo chão. Mamãezinha quando dorme põe a mão no coração.”
  • 4. LINGUAGEM NÃO-VERBAL Aquela que utiliza qualquer código que não seja a palavra: pintura, dança, música, gesto, mímica etc ...
  • 6. VARIEDADE LINGÜÍSTICA Em um único sistema lingüístico podemos encontrar variações no que se refere ao modo como ele é utilizado pelos falantes. É isso que caracteriza as variações lingüísticas.
  • 7. Tipos de variedades: 1. Os dialetos - ocorrem em função das pessoas que usam a língua, ou seja, dos emissores. (regional, social, idade, sexo, geração, função); 2. Os registros - ocorrem em função do uso que se faz da língua, da mensagem, da situação. (grau de formalismo).
  • 8. VARIAÇÕES DIALETAIS IDADE: Dois bons filhos Paulo Mendes Campos Outro dia um senhor de cinqüenta anos me falava da mãe dele mais ou menos assim: - Se há alguém que eu adoro neste mundo é minha mãezinha. Ela vai fazer 73 anos no dia 19 de maio. Está forte, graças a Deus e muito lúcida. Há 41 anos que está viúva, papai, coitado, faleceu muito moço, com uma espinha de peixe atravessada no esôfago: pois não há dia em que mãezinha não se lembre dele com um amor tão bonito, com um respeito...
  • 9. Deu-se que no mesmo dia encontrei um rapaz de dezoito anos, que me contou mais ou menos assim: - Velha bacaninha é a minha. Quando ela está meio adernada, mais pra lá do que pra cá, ela ainda me dá uma broncazinha. Bronca de mãe não pega, meu chapa. Eu manjo ela todinha: lá em casa só tem bronca quando ela encheu a cara demais. A velha toma pra valer! Ou então foi um troço em que eu não meto a cara. Que é que eu tenho com a vida da velha? Pensa que eu me manco. Quando ela tá de bronca, o titio aqui já sabe: taco-lhe três equanil. É batata. Daí a pouco ela fica macia e vai soltando o tutu...
  • 10. SEXO: Homem: - Cara, preciso te contar o que aconteceu ontem na festa... Mulher: - Ai, menino! Preciso te contar o que aconteceu ontem na festa... Homem: - Comprei uma camisa legal. Mulher: - Comprei uma blusinha linda!
  • 11. REGIÃO: Dentro do próprio Brasil: Mandioca, aipim, macaxeira. Entre Brasil e Portugal: “(...) numa revista portuguesa, vê-se um anúncio de um refrigerante, mundialmente conhecido (...) Ao lado da famosa marca, a única frase da peça publicitária: “A vida sabe bem”. Que se entende disso? Em português e em outras línguas latinas, o verbo “saber” (que vem do latim “sapere”, que significa justamente “ter sabor”) pode ser usado com a idéia de “ter gosto”, “ter saber” (...) Esse uso é vivíssimo no italiano, no espanhol, no português de Portugal. No do Brasil, parece que se restringiu aos textos literários.” Pasquale Cipro Neto: “A vida sabe bem”. Revista Cult, nº 56.
  • 12. GERAÇÃO, ÉPOCA: “Exmo. Sr. Unicamente a necessidade me sujerio a publicação deste punhado de rimas (...) Eu e minha esposa, moça igualmente enferma, desde que entramos no hospital, há quasi dois annos que, por exclusiva injustiça, estamos privados das quotas dos donativos feitos pela caridade aos que, como nós, vieram esconder seu infortúnio sob o tecto hospitalar. E nem roupa nem um lençol recebemos do estabelecimento estipendiado pela municipalidade, cujo prefeito Dr. Miguel Penteado não se dignou prestar attenção às minhas queixas. Resumindo, somos víctimas de vezano pouco caso pelo direito dos fracos (...)” Firmo Anônio. Argueiros, 1924.
  • 13. SÓCIO-ECONÔMICA: VÁRIAS IDÉIAS FERRÉZ Acordou cedo, gritou: “Zica maldita!”. Rapaz, o vocabulário do tranca-ruas é ziquizira. “Rapaz, num vacila de madruga, entendeu?” “Entendi, os P.M. sobe o gás. Então vamos sumariar. Quantos de nóis cê quer matar? Grota, granja, boca, biqueira, movimento, verme, milho a vida inteira. Mil grau, frenético, qual que é a urucubaca? Que cê faz se não tiver que voltar para casa? Quem te deu um sorriso hoje, pique pá alguém de longe (...) Muitos sofre, eta que sofre, mas poucos lembra. Povo gado, voto mal dado, fila quilométrica para encher prato de deputado. Picha os muro, xinga os putos, mete a boca, depois cheira dentro da goma. (...) Caros Amigos nº 89.
  • 14. FUNÇÃO: Plural majestático: “Nós queremos que o povo dessa cidade se sinta seguro. Por isso reforçaremos nossa polícia para que possa dar maior segurança aos cidadãos.”
  • 15. VARIAÇÕES DE REGISTRO A) Senhora Diretora, Sr. Vice-Presidente, Dignos Convidados, Estimados e Distintos Colegas da nobre Profissão de Ensinar. Considero uma honra e um privilégio ter sido convidado a vir diante de vós nesta ocasião, um convite que aceitei com o mais profundo prazer e gratidão. É meu propósito, estando aqui esta noite, repartir convosco um pouco das experiências que tenho vivido na minha função de enriquecer os conhecimentos das novas gerações, daqueles que continuarão quando já estiver chegado ao fim o nosso tempo neste mundo. Espero e creio que estas experiências não serão desprovidas de interesse para aqueles que estarão, entre vós, trabalhando na mesma vinha, pois juntos conseguiremos a mais rica colheita.
  • 16. B) Senhoras e Senhores: Estou realmente feliz por ter sido convidado pelo vosso Vice-Presidente, Senhor Horácio Foladori, para vos falar, esta noite, sobre o tema “Da Variação Múltipla do Registro no Ensino de Inglês”. Espero ser capaz de apresentar umas idéias que deverão ser tanto sugestivas quanto relevantes para vossas tarefas como professores de Inglês. C) Boa noite, amigos: O Senhor Foladori pediu-me para falar a vocês, esta noitem sobre um assunto tão amplo como o Ensino de Inglês. Espero ser capaz de dizer umas poucas coisas que serão de algum interesse para vocês e que talvez possam ajudá-los a serem professores mais eficientes.
  • 17. D) Ei pessoal: Horácio pediu-me que viesse aqui e falasse a vocês todos a respeito de como ensinar Inglês. Disse-me que poderia tocar em qualquer dos aspectos que quisesse, desde que eu não me tornasse muito técnico, pois ao contrário ninguém entenderia uma só palavra que eu dissesse. A) Vá a merda! Cê é um fedaputa! B) Deixe-me em paz! Você é uma pessoa que não merece consideração! A) Na hora da dolorosa, caiu duro. B) Quando a conta foi apresentada, assustou-se.
  • 18. NORMA CULTA E LÍNGUA COLOQUIAL A Norma ou Língua Culta é um tipo de variação lingüística que se caracteriza por seguir as normas estabelecidas de acordo com a gramática normativa. Ela é falada e escrita em situações que exigem formalidade. A Língua Coloquial é a variação lingüística utilizada em situações informais. É a língua do cotidiano.
  • 19. DISTINÇÕES ENTRE A NORMA CULTA E A LÍNGUA COLOQUIAL USO COLOQUIAL USO CULTO Pronúncia descuidada de Maior cuidado com a certas palavras pronúncia Uso de a gente Uso de nós Né, aí, pois é... Uso de gírias e palavrões
  • 20. USO COLOQUIAL USO CULTO Não utilização das Utilização das marcas marcas de concordância de concordância Indevida colocação Devida colocação pronominal segundo a pronominal segundo a gramática gramática Repetições Uso excessivo de Uso moderado de gerúndio e gerúndio e estrangeirismos estrangeirismos