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• Relação entre microbiota e depressão;
• Como modular a microbiota intestinal;
• Suplementação de probióticos podem ser favoráveis na
depressão e transtornos da ansiedade.
5 ANOS!
O estudo da microbiota intestinal evolui
de forma rápida. Artigos dos últimos 2 -3
anos são mais significativos.
A função e composição do microbioma
humano tem sido elucidado através de
sequenciamento genético e técnicas
computacionais.
O QUE É A
DEPRESSÃO?
5 patologias associadas
1
2
3
Transtorno Disruptivo da Desregulação do Humor
Transtorno Depressivo Maior
Transtorno Depressivo Persistente
Transtorno Disruptivo da Desregulação do Humor
Crises de humor esporádicas (3 – 4x por semana)
Transtorno Depressivo Maior
Sintomas relacionados a estado depressivo por mais de duas semanas.
Transtorno Depressivo
Persistente
Transtorno Disfórico Pré-menstrual ou Tensão pré-menstrual
4
5
Transtorno Disfórico Pré-menstrual
Transtorno Depressivo Induzido por Substância/Medicamento
Tristeza e/ou luto
Comportamentos depressivos ultrapassam 2 anos
no adulto e 1 ano na criança.
A Síndrome Pré-Menstrual (SPM) ou Tensão pré-menstrual (TPM) trata-se do
conjunto de queixas somáticas e/ou psicológicas recorrentes que ocorrem
especificamente durante a fase lútea do ciclo menstrual (tipicamente nas duas últimas
semanas do ciclo menstrual) e que desaparecem logo após o surgimento da menstruação
ou após o final desta, sendo as alterações suficientemente intensas para interferir com o
normal funcionamento da mulher, com a sua qualidade de vida e as suas relações
interpessoais.
É considerada síndrome, pois engloba sintomas muito abrangentes, tanto
psíquicos como físicos. Os principais são: depressão, confusão, irritabilidade, fadiga,
dor nas mamas, distensão abdominal, dor de cabeça, edema, ganho de peso e acne
discreta.
O sistema endócrino, o reprodutor e o serotoninérgico tendem a realizar a
regulação do comportamento. As alterações nos níveis de estrógeno e de progesterona,
durante o ciclo menstrual, agem sobre a função serotoninérgica e em mulheres mais
sensíveis, podem ocorrer manifestações emocionais da síndrome pré-menstrual.
Pode ser classificada em:
 Síndrome pré-menstrual: Grande variação no número, duração e gravidade dos
sintomas.
 Transtorno disfórico pré-menstrual: Presença de sintomas físicos e/ou psíquicos
severos no período pré-menstrual promovendo prejuízos sociais, familiares ou
profissionais.
SILVA, C.M.L. e Colaboradores. Estudo Populacional de síndrome pré-menstrual. Rev Saúde
Pública. Vol. 40. Num. 1. São Paulo, jan./fev., 2006.
SADLER, C.; SMITH, H.; HAMMOND, J.; BAYLY, R.; BORLAND, S., PANAY, N. et al.
Lifestyle factors, hormonal symptoms: the United Kingdom Southampton Women’s Survey. J.
Women’s Health (Larchmt) v. 19, p. 391-6, 2010.
SAMPSON, G. Premenstrual syndrome. Baill. Clin. Obstet. Gynecol., volume 3, número 4, págs.
687-704, 1989.
Transtorno Depressivo Induzido por Substância/Medicamento
Depressão ou TDM
A depressão é uma condição relativamente comum, de curso crônico e
recorrente. Está frequentemente associada com incapacitação funcional6 e
comprometimento da saúde física. Os pacientes deprimidos apresentam limitação da sua
atividade e bem-estar, além de uma maior utilização de serviços de saúde. No entanto, a
depressão segue sendo sub diagnosticada e sub tratada. Entre 30 e 60% dos casos
de depressão não são detectados pelo médico clínico em cuidados primários. Muitas
EXEMPLO DE FORMULAÇÃO PARA TPM
Tensão pré-menstrual (com dor nas mamas)
Componentes da fórmula:
Mix de Tocoferóis – 800mg
Piridoxal-5-fosfato - 20mg
Magnésio quelado – 250mg
Aviar X doses em cápsulas* qsp.
Posologia:
Consumir uma dose ao dia.
*Cápsulas transparentes, isentas de açúcar, corantes, edulcorantes artificiais e lactose.
Associar com:
Oenothera biennies, Óleo de prímula, padronizado a 20% de ácido gama-linolênico – 1g
Aviar X doses em cápsulas oleosas qsp.
Posologia:
Consumir uma dose ao dia.
*Cápsulas transparentes, isentas de açúcar, corantes, edulcorantes artificiais e lactose.
vezes, os pacientes deprimidos também não recebem tratamentos suficientemente
adequados e específicos. A morbimortalidade associada à depressão pode ser em boa
parte, prevenida (em torno de 70%) com o tratamento correto.
FLECK, M. P. et al. Revisão das diretrizes da Associação Médica Brasileira para o
tratamento da depressão (Versão integral). Revista Brasileira de Psiquiatria, v.31,
suppl.1, p.S7-S17, 2009.
Sinais e sintomas:
• Tristeza prolongada;
• Desânimo;
• Cansaço;
• Isolamento;
• Lentificação ou agitação
psicomotora;
• Humor deprimido ou irritável;
• Perda do prazer e interesse pelas
atividades habituais (anedonia);
• Alteração do padrão do sono
(insônia ou hipersônia);
• Alterações do apetite;
• Alterações de atenção,
concentração e memória;
• Pensamentos de conteúdo
negativo como morte, culpa,
ruína e sentimento de
inferioridade e até ideação
suicida em casos mais graves.
Diagnóstico é feito pelo médico psiquiatra através
de critérios específicos.
ATENÇÃO: quando esses
comportamentos ultrapassam 2
semanas – principalmente em
indivíduos que apresentam em um
período superior a 2 anos.
A depressão atinge 350 milhões de pessoas no mundo.
Aumento de mais de 18%entre 2005 e 2015.
11 milhõesde pessoas no Brasil.
O Brasil tem maior taxa de transtorno de ansiedade do mundo.
Ansiedade e a depressão afeta 5,8%da população.
A depressão será a maior causa de afastamento
do trabalho no mundo em 2020.
CAUSAS
Genética Ambiente intrauterino Abuso sexual e trauma na infância
Pós-parto
Cobrança
excessiva
“INFOxicação” Falta de gerenciamento de
tempo e informações
Alimentação Sedentarismo Alterações químicas
cerebrais
 Serotonina;
 Noradrenalina;
 Dopamina.
Alterações sistêmicas
Recaptação.
Inibidores da recaptação seletiva de serotonina!
Recaptação de serotonina!
Alterações intestinais
Alterações na conexão
entre intestino e cérebro
Adrenalina Noradrenalina Dopamina Serotonina
Luta
Fuga
Concentração
Aprendizado
Memória
Prazer
Recompensa
Humor
Ácido
Amino
Gama-
butiríco
Acetilcolina Glutamato Endorfinas
Calmante Aprendizado
Memória
Atenção
Memória Euforia
MORITZ, B.; MANOSSO, L. M. Nutrição Clínica Funcional:
Neurologia. São Paulo: Valeria Paschoal Editora Ltda., 2013.
ANSIEDADE (transtorno do humor)
Tanto o eixo HPA como o eixo simpático-adrenal são ativados pela ansiedade ou
estresse.
 HIPOTÁLAMO - Hormônio Liberador de Corticotrofina;
 HIPÓFISE ANTERIOR– ACTH - hormônio adrenocorticotrófico OU
corticotrofina;
 ADRENAL – Cortisol.
A ansiedade é a emoção relacionada ao comportamento de avaliação de risco
que é evocado em situações em que o perigo é incerto (ameaça potencial), seja porque o
contexto é novo ou porque o estímulo do perigo (ex: um predador) esteve presente no
passado, mas não está mais no meio ambiente. Ao contrário, o medo está relacionado a
estratégias defensivas que ocorrem em resposta ao perigo real que está a certa distância
da vítima (ameaça presente).
Na ansiedade aguda, a ativação do eixo HPA é adaptativa, já que, entre outras
coisas, os corticoides parecem reduzir o medo percebido, prejudicando a recuperação da
memória de informações que estimulam a emoção. Na ansiedade crônica, no entanto, a
ativação de longo prazo do eixo HPA pode se tornar prejudicial, já que os corticoides
dificultam os mecanismos de resiliência no hipocampo.
A exposição crônica aos hormônios do estresse, independente se ocorre durante
o período do pré-natal, infância, adolescência, idade adulta ou envelhecimento, também
tem um impacto sobre as estruturas cerebrais envolvidas na cognição e saúde mental. O
excesso de glicocorticoides durante situações de estresse crônico prejudica várias fases
da formação e consolidação da memória. Esses efeitos ocorrem pela ação do excesso de
glicocorticoides no hipocampo, que é capaz de aumentar a morte de neurônicos nessa
região cerebral, diminuir neurogênese no giro denteado (principalmente pela ativação
do eixo HPA e pelo estímulo de receptores de glicocorticoides) e ocasionar alterações
neuroquímicas e morfológicas sobre os neurônios.
MORITZ, B.; MANOSSO, L. M. Nutrição Clínica Funcional:
Neurologia. São Paulo: Valeria Paschoal Editora Ltda., 2013.
Cortisol Aldosterona
• Aumenta a glicose na corrente
sanguínea;
• Estimula o estado de alerta;
• Reflexos mais ativos para fuga.
• Retém sódio e excreta potássio –
mais ativos para fuga;
• Porém aumenta a retenção hídrica
excretar minerais importantes
pela urina;
• Perda de massa muscular;
Consequências do estresse crônico:
Estresse crônico
Celulite – retenção de sódio
Perda de massa muscular – proteólise para manter
os níveis de glicose.
Deficiência de potássio e
magnésio.
Cortisol elevado:
• Ativação crônica - Alteração
do hipocampo (memória,
aprendizado);
• Alteração na amigdala;
• Redução do córtex pré-
frontal.
Cortisol diminui a sensibilidade dos receptores de 5-HT no hipocampo,
prejudicando o mecanismo de lidar com o estresse (RESILIÊNCIA).
E também contribui para o aumento da permeabilidade intestinal pelo fator
liberador da corticotropina (CRF) e seus receptores (CRFR1 e CRFR2), os quais
desempenham um papel fundamental na disfunção da permeabilidade intestinal
induzida pelo estresse.
GRAEFF, Frederico G. Ansiedade, pânico e o eixo hipotálamo-
pituitária-adrenal. Revista Brasileira de Psiquiatria, v. 29, 2007.
Perda de memória e
↓ função cognitiva
Demência Depressão
Diabetes
De fato, muitos estudos relacionam a microbiota com ansiedade e depressão.
Outros estudos mostram que a disbiose ou hiperpermeabilidade intestinal está
associada ao aumento do risco de depressão – em pacientes com SII, obesidade e colite
(situações comuns de disbiose).
Disponível no
material de apoio
Disponível no
material de apoio
Disponível no
material de apoio
WINTER, Gal et al. Gut microbiome and depression: what we know and
what we need to know. Reviews in the Neurosciences, 2018.
DINAN, Timothy G. et al. Collective unconscious: how gut microbes shape
human behavior. Journal of psychiatric research, v. 63, p. 1-9, 2015.
Serotonina:
A serotonina (5-hidroxitriptamina ou 5-HT) é a mais estudada como um
neurotransmissor do sistema nervoso central e é predominantemente secretada no
intestino. Estima-se que 95% da 5-HT seja encontrada no intestino, principalmente
dentro das células enterocromafinas, enquanto cerca de 5% é encontrada no cérebro.
A 5-HT é uma importante molécula de sinalização entérica e é bem conhecida
por desempenhar um papel fundamental nas funções sensório-motoras e secretoras no
intestino. Nos últimos tempos, estudos descobrindo várias novas funções da 5-HT
derivada do intestino indicam que muitos mais ainda serão descobertos. Estudos
recentes revelaram que a 5-HT desempenha um papel fundamental na ativação de
células imunes e na geração / perpetuação da inflamação no intestino. Além de seus
vários papéis no intestino, agora existem evidências emergentes que sugerem um papel
importante da 5-HT derivada do intestino em outros processos biológicos além do
intestino, como a remodelação óssea e a homeostase metabólica.
BANSKOTA, Suhrid; GHIA, Jean-eric; KHAN, Waliul I.. Serotonin in the gut: Blessing or a
curse. Biochimie, [s.l.], p.1-4, jun. 2018.
85 bilhões de
neurônios
100
neurotransmissores
Produz 50% de
toda dopamina
5% de toda
serotonina
40
Neurotransmissores
500
milhões de
neurônios
Produz 50% de toda dopamina
90% de toda serotonina
SEROTONINA do INTESTINO É IGUAL DO
CÉREBRO
• Motilidade gastrointestinal e secreções intestinais;
• Serotonina produzida no SNC - regulação do estresse e das emoções, do apetite
e do sono.
• Serotonina produzida no intestino: ação no humor e na serotonina cerebral
produzida.
Células que produzem a serotonina são diferentes:
A Microbiota influencia o nível de serotonina do corpo
Enterocromafinas Neurônios de rafe
Intestino: Cérebro:
A microbiota intestinal também pode utilizar diretamente o triptofano, limitando
assim potencialmente sua disponibilidade ao hospedeiro. Além das exigências de
crescimento para bactérias, certas cepas bacterianas abrigam uma enzima triptofanase
que produz o indol a partir do triptofano. Bacteroides fragilis, por exemplo, tem essa
capacidade enzimática que foi recentemente associada a anormalidades gastrointestinais
nos transtornos do espectro do autismo. O significado fisiológico direto da produção de
ácido indol-3-acético (AIA) a partir do triptofano para o hospedeiro não é bem
compreendido, mas é relevante para a fisiologia bacteriana e interações planta-micróbio
onde seus efeitos podem ser benéficos e prejudiciais.
Ao contrário de eucariotos, as bactérias também podem sintetizar o triptofano
via enzimas como a triptofano sintase. Curiosamente, cepas bacterianas específicas
também podem produzir serotonina a partir de triptofano, pelo menos in vitro. Alguns
microrganismos, principalmente bactérias gram-positivas, também são suscetíveis a
drogas serotoninérgicas administradas ao hospedeiro, como os inibidores seletivos da
recaptação da serotonina (ISRSs).
O equilíbrio entre a utilização do triptofano bacteriano e o metabolismo, síntese
de triptofano, produção de serotonina e, de fato, a resposta bacteriana a elevações
exógenas na serotonina provavelmente desempenha um papel importante na
determinação da disponibilidade local de triptofano gastrointestinal e circulante para o
hospedeiro, além do suprimento dietético deste aminoácido ácido essencial.
O’MAHONY, S.m. et al. Serotonin, tryptophan metabolism and the brain-gut-
microbiome axis. Behavioural Brain Research, [s.l.], v. 277, p.32-48, jan. 2015.
Esses resultados sustentam ainda mais a visão atual de que a microbiota intestinal
desempenha um papel crucial na promoção da produção de 5-HT livremente
biologicamente ativo. A desconjugação do 5-HT conjugado com glucuronida por
enzimas bacterianas é provavelmente um dos mecanismos que contribuem para a
produção de 5-HT livre no lúmen intestinal.
Elaine Hsiao, pesquisadora da
Universidade da Califórnia, Los Angeles
(EUA), estuda serotonina no contexto do
eixo do intestino-cérebro.
“O intestino e o cérebro [são] os dois
órgãos mais intimamente conectados
dentro do corpo”.
• Ativação vagal;
• Produção de neurotransmissores;
• Alteração no eixo HHA;
• Citocinas do Sistema imunológico;
• Vitaminas – Complexo B;
• AGCC.
WINTER, Gal et al. Gut microbiome and depression: what we know and what we need
to know. Reviews in the Neurosciences, 2018
DINAN, Timothy G. et al. Collective unconscious: how gut microbes shape human
behavior. Journal of psychiatric research, v. 63, p. 1-9, 2015.
• SNC;
• SNA;
• SNE;
• S. Endócrino;
• S. Imunológico.
As fibras aferentes projetam informações do intestino para os centros subcortical
e cortical do cérebro, incluindo o córtex cerebral, cingulado e regiões insulares,
enquanto as fibras eferentes se projetam para os músculos lisos do intestino.
Há múltiplas rotas bidirecionais de comunicação entre o cérebro e a microbiota
intestinal. Essas rotas incluem o nervo vago, o eixo hipotálamo-hipófise-
adrenal (HPA), citoquinas produzidas pelo sistema imunológico, metabolismo de
triptofano e produção de ácidos graxos de cadeia curta. Os AGCC ultrapassam a
BARREIRA HEMATOENCEFÁLICA e tem efeitos antidepressivos e ansiolíticos
A Barreira hematoencefálica (BHE):
Os vasos sanguíneos transportam sangue do coração para cada tecido e órgão
por todo o corpo, o que é essencial para fornecer oxigênio e nutrientes aos tecidos,
remover dióxido de carbono e resíduos metabólicos dos tecidos, transmitir sinalização
hormonal entre os tecidos, bem como mediar à interação dos tecidos. O sistema
imunológico periférico com cada tecido. A árvore vascular é composta de artérias e
arteríolas, que distribuem sangue para os tecidos, o leito capilar, que é essencial para a
troca de gases e nutrientes nos tecidos, e vênulas e veias, que drenam o sangue dos
tecidos. Cada segmento tem propriedades diferentes, dependendo de onde estão na
árvore vascular e de qual órgão elas vascularizam. Em particular, a microvasculatura,
composta pelos capilares e vênulas pós-capilares, tem propriedades diferentes para
atender às necessidades específicas do tecido que elas vascularizam.
A barreira hematoencefálica (BHE) é um termo usado para descrever as
propriedades únicas da microvasculatura do sistema nervoso central (SNC). Os vasos do
SNC são vasos contínuos não fenestrados, mas também contêm uma série de
propriedades adicionais que lhes permitem regular rigorosamente o movimento de
moléculas, íons e células entre o sangue e o SNC. Essa capacidade de barreira altamente
restritiva permite que as células endoteliais da BHB regulem rigidamente a homeostase
do SNC, o que é crítico para permitir a função neuronal adequada, bem como proteger o
SNC de toxinas, patógenos, inflamação, lesões e doenças. A natureza restritiva do BHE
proporciona um obstáculo para a entrega do fármaco ao SNC, e, assim, grande esforços
foram feitos para gerar métodos para modular ou ignorar o BHE para a entrega de
terapêuticas. A perda de algumas ou muitas destas propriedades de barreira durante
doenças neurológicas incluindo acidente vascular cerebral, esclerose múltipla (MS),
traumas cerebrais e distúrbios neurodegenerativos, é um componente importante da
patologia e progressão destas doenças. A disfunção da BHE pode levar à desregulação
iônica, alteração da homeostase de sinalização, bem como a entrada de células e
moléculas imunológicas no SNC, processos que levam à disfunção e degeneração
neuronal.
DANEMAN, Richard; PRAT, Alexandre. The Blood–Brain Barrier. Cold Spring
Harbor Perspectives In Biology, [s.l.], v. 7, n. 1, p.1-23, jan. 2015.
AGCC ultrapassam a BHE efeitos antidepressivos e ansiolíticos. Influenciam a
integridade da barreira hematoencefálica (BHE), aumentando a produção das proteínas
de junção apertada claudina-5 e ocludina. Esta maior integridade da BHE limita a
entrada de metabólitos indesejáveis no tecido cerebral.
Sampson TR, Mazmanian SK (2015) Control of brain development, function, and
behavior by the microbiome. Cell Host Microbe 17(5):565–576.
Disponível no
material de apoio
O trato gastrointestinal (GI) abriga vários micro-organismos, cujo genoma
coletivo é denominado microbioma intestinal.
No TGI - 50 filos diferentes, 1000 espécies bacterianas diferentes e
1014
bactérias viáveis por grama de conteúdo luminal.
A densidade do microbioma humano é maior no cólon. Firmicutes (64%),
Bacteroidetes (23%), Proteobacteria (8%) e Actinobacteria (3%) mais abundantes.
Quatro bactérias que produzem a maior parte da serotonina:
Lactobacillus
Bifidobacterium
Produzem GABA - relaxante
Cândida
Streptococcus
Escherichia
Enterococcus
Bactérias que produzem a maior parte da serotonina
Bacillus
Serratia
Produzem Dopamina - motivação
Lyte, M. (2011) Probiotics function mechanistically as delivery vehicles for neuroactive
compounds: Microbial endocrinology in the design and use of probiotics. Bioessays
3(8):574-581.
Disponível no
material de apoio
WINTER, Gal et al. Gut microbiome and depression: what we know and what we need to
know. Reviews in the Neurosciences, 2018.
Composição da microbiota
intestinal alterada
(riqueza e diversidade)
AZUL População do gênero é aumentada em
resposta ao estresse
AMARELO População do gênero é diminuída
em resposta ao estresse
PRETO Evidências conflitantes para da
microbiota em resposta ao estresse
Via de mão-dupla:
1. Depressão e estresse modificam a microbiota intestinal – cortisol reduz IgA –
importante para microbiota (prego no muco) e reduz lactobacillus e
bifidobacterium.
Noradrenalina liberada pelo estresse – aumenta reprodução de 10.000 vezes
Escherichia Colli.
2. Microbiota intestinal contribui para depressão: muitas evidências sugerem que a
modulação da microbiota intestinal têm efeitos comportamentais semelhantes
aos antidepressivos.
Microbiota intestinal
contribui para
depressão
Depressão e Estresse
modificam a
microbiota intestinal
Modulação da microbiota:
Efeitos comportamentais em
seres humanos semelhantes aos
antidepressivos.
Alterações sistêmicas da Depressão
LINDQVIST, Daniel et al. Oxidative stress, inflammation
and treatment response in major
depression. Psychoneuroendocrinology, v. 76, p. 197-205,
2017.
Pessoas
inflamadas!!
Marcadores inflamatórios
TNF-α
IL-6
Estresse oxidativo
8-OHdG e F2-isoprostanos
Alto nível de cortisol - Hiperatividade do Eixo
HHA  dessensibilização dos receptores de 5-
HT no hipocampo.
• Alteração de microbiota;
• Alta permeabilidade intestinal;
• Danos no SNE;
• ↑ Recaptação e ↓ produção de Neurotransmissores;
• Baixo BDNF;
• Baixa neurogênese.
SAIBA MAIS
BDNF
O fator neurotrófico derivado do cérebro (BDNF) pertence à superfamília da
neurotrofina e tem um papel essencial na neurogênese e neuroplasticidade do cérebro.
A sinalização do BDNF apoia a sobrevivência dos neurônios existentes e encoraja a
proliferação e diferenciação de novos neurônios e sinapses no sistema nervoso central
e periférico. No cérebro, o BDNF é altamente expresso no hipocampo, no córtex e no
prosencéfalo basal e tem um papel importante em regiões vitais para a aprendizagem e
a memória.
TOH, Yi Long et al. Impact of brain-derived neurotrophic
factor genetic polymorphism on cognition: A systematic
review. Brain And Behavior, [s.l.], p.1-14, 1 jun. 2018.
Trends in Neurosciences 39.11 (2016): 763–781.
Alteração da
microbiota
Marcadores
inflamatórios: IL-1β,
IL-6, TNF-α,
interferon gama (IFN-
γ) e PCR
Desregulação do
Eixo Hipotálamo
Hipófise Adrenal
Redução da
disponibilidade de
precursores de
neutrotransmissores.
Danos nos neurônios
entéricos
Disponível no
material de apoio
34 pacientes
Internados em clínicas psiquiátricas com
depressão.
Menor riqueza e diversidade
da microbiota
SAIBA MAIS
Triptofano
Na presença de citocinas inflamatórias, como o TNF-α, ocorre um estimulo da
enzima indoleamina 2,3-dioxigenase (ISSO). Dessa forma, o triptofano diminui sua
conversão para serotonina e se transforma mais em L-quinurenina. A L-quinurenina
pode dar origem o ácido quinurênico, um antagonista do receptor N-metil-D-aspartao
(NMDA) ou em ácido quinolínico, um agonista do receptor NMDA. A associação da
diminuição da serotonina com um aumento da ativação dos receptores NMDA, pode
predispor o indivíduo à depressão e a um maior risco de suicídio.
MORITZ, B.; MANOSSO, L. M. Nutrição Clínica
Funcional: Neurologia. São Paulo: VP Editora, 2015.
Triptofano
L-Quinurenina 5-hidroxi-triptofano
Serotonina
3(OH) quinurenina
3(OH) antranílico
Ácido quinolínico
Nicotinamida
Ácido quinurênico
Receptor NMDA
Depressão
Risco de suicídio
IDO
TNF-α
+ acetato que butirato
AGCC: Efeito sistêmico - BUTIRATO
↓Butirato
Transplante de microbiota fecal de pacientes deprimidos para ratos com depleção de
microbiota.
BDNF
Fator de crescimento Neurotrófico produzido no hipocampo.
Ansiedade
Anedonia
Alteração no metabolismo
do triptofano.
Efeitos:
Antidepressivo
Memória e
cognitivo
Doença neurodegenerativas:
Parkinson, Alzheimer e Demência
Humor
Microbiota e BDNF
Butirato
DINAN, Timothy G. et al. Collective unconscious: how gut microbes shape
human behavior. Journal of psychiatric research, v. 63, p. 1-9, 2015.
Baixos níveis de BDNF no
hipocampo associados à ansiedade
e à depressão.
Microbiota interfere no BDNF.
Expressão de BDNF no hipocampo.
Bifidobacterium breve e longum  BDNF
DISBIOSE REDUZ BDNF e NMDA
Estresse
Ativação eixo HHA
BDNF
SAIBA MAIS
Disbiose
A microbiota exerce papel de proteção contra bactérias patogênicas,
prevenindo a disbiose. Disfunção na diversidade e composição bacteriana intestinal é
chamado de disbiose. Essas disfunções acarretam em um aumento da permeabilidade
intestinal, aumentando a passagem de lipopolissacarídeo (LPS) para a circulação, o
que leva ao desenvolvimento de um estado inflamatório crônico.
As bactérias patogênicas, acabam se ligando por sítios de ligação nas células
epiteliais e na camada da mucosa, além de diminuir alterações nas tight junction e
aumentar a produção e liberação de IgA secretora. Com isso, sintomas como gases,
diarreia ou constipação, e há o favorecimento para doenças como: doenças
cardiovasculares, síndrome metabólica e desordens do sistema nervoso central.
MORAES, M. S. et al. Efeitos funcionais dos probióticos com ênfase na atuação do kefir no tratamento da
disbiose intestinal. Revista UNILUS Ensino e Pesquisa v. 14, n. 37, out/Dez, 2017. HARPER, Ashton;
NAGHIBI, Malwina; GARCHA, Davinder. The Role of Bacteria, Probiotics and Diet in Irritable Bowel
Syndrome. Foods, [s.l.], v. 7, n. 2, p.13, 26 jan. 2018.
N-metil D Aspartato
Produzido a partir do
BDNF
Plasticidade sináptica e
Função cognitiva
Disbiose BDNF e N-metil D Aspartato
BDNF altera microbiota intestinal
O nervo vago modula a expressão do BDNF e a neurogênese
no hipocampo
Microbiota interfere no nível de
BDNF
The Kaohsiung journal of medical sciences, v. 34, n. 3, p. 134-141,
2018.
BDNF reduz permeabilidade intestinal.
Yarandi SS, Peterson DA, Treisman GJ, et al. Modulatory effects of gut microbiota on
the central nervous system: how gut could play a role in neuropsychiatric health and
diseases. J Neurogastroenterol Motil 2016;22(2):201-212.
SAIBA MAIS
Ocludina e Zonulina
Um grande número de proteínas faz parte da estrutura das tight junctions: i) as
proteínas integrais de membrana, ou proteínas transmembranares, que incluem a
família de proteínas das Cld e são associadas com outras proteínas transmembranares,
as Ocl; ii) o complexo juncional de proteínas, que inclui a zonulaocludens (ZO)-1 e
outras proteínas citoplasmáticas, como ZO-2 e ZO-3, fazem parte desse sistema; e iii)
as estruturas do citoesqueleto da célula, como os microtúbulos e microfilamentos.
As tight junctions estão envolvidas em uma série de funções chave do epitélio
intestinal, tanto em circunstâncias fisiológicas quanto patológicas. Proteínas das tight
junctions são desreguladas ou podem ser geneticamente defeituosas em numerosas
doenças.
LAUFFER, Adriana. Efeito do estresse agudo, crônico e ambos
combinados na permeabilidade intestinal de ratos.2015. 98 f. Tese
(Doutorado) - Curso de Ciências em Gastroenterologia e Hepatologia,
Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, 2015.
Estresse emocional e crônico
Permeabilidade
intestinal
O aumento da permeabilidade intestinal favorece a maior passagem de
lipopolissacarídeos.
Proteína de junção
Permeabilidade intestinal
Envoltório de célula gram-negativa
O aumento da permeabilidade faz com que esses lipopolissacarídeos (LPS) sejam
absorvidos, via paracelular. Os LPS ativam receptores da inflamação comoTLR4
chegando ao SNC, gerando neuroinflamação e alteram funções que regulam cognição,
humor e comportamento.
Resumo:
Yarandi SS, Peterson DA, Treisman GJ, et al. Modulatory effects of gut microbiota on the central
nervous system: how gut could play a role in neuropsychiatric health and diseases. J
Neurogastroenterol Motil 2016;22(2):201-212.
Estado emocional
alterado e estresse
crônico
Afeta a composição e
função da microbiota
intestinal.
LPS e peptídeos
neuroativos
circulação
Áreas do sistema
nervoso que regulam
a cognição, humor e
comportamento são
afetadas.
DISBIOSE = ↑
gram-negativas
A Permeabilidade Intestinal gera um fenótipo inflamatório contribuindo para depressão
de diversas maneiras.
Mayer EA. Gut feelings: the emerging biology of gut-brain
communication. Nat Rev Neurosci. 2011;12(8):453-466.
SAIBA MAIS
Lipopolissacarídeos
Componentes bacterianos como o lipopolissacarídeo, encontrados na parede celular de
bactérias Gram-negativas, representam importantes e potentes estimuladores de
secreção celular de várias citocinas e fatores de crescimento via mediada por
Receptores Toll-Like. A ligação do lipopolissacarídeo ao TLR4 induz produção de
citocinas inflamatórias da resposta imune inata, que contribuem com a destruição
tecidual.
FERRAZ,
E. G. et al. Receptores Toll-Like: ativação e regulação da
resposta imune. RGO, Rev. gaúch. odontol.
(Online) vol.59 no.3 Porto Alegre Jul./Set. 2011.
1 Alterando o metabolismo dos neurotransmissores
2 Reduzindo a disponibilidade de precursores de
neurotransmissores
Ativando o eixo HPA
3
Permeabilidade intestinal
KELLY, John R. et al. Breaking down the barriers: the gut microbiome, intestinal
permeability and stress-related psychiatric disorders. Frontiers in cellular neuroscience,
v. 9, 2015.
LPS em TRL neuronal
Microbioma de adultos - estável
MOHAJERI, M. Hasan et al. Relationship between the gut microbiome and
brain function. Nutrition Reviews, 2018.
Vários fatores podem influenciar drasticamente sua composição em um período
relativamente curto de tempo.
MOHAJERI, M. Hasan et al. Relationship between the gut microbiome and brain
function. Nutrition Reviews, 2018.
Microbiota é formada até os 3
anos de idade!
T. Yatsunenko, F.E. Rey, M.J. Manary, I. Trehan, M.G. Dominguez-
Bello, M. Contreras, et al.Human gut microbiome viewed across
age and geography Nature, 486 (2012), pp. 222-227
Antibiótico Estresse Infecção
Genética do
hospedeiro
Estado
nutricional
Alteração do ritmo
circadiano Dieta
Cada indivíduo tem um microbioma ÚNICO! O
microbioma pode ser considerado uma impressão digital,
nenhum microbioma é igual ao outro.
Uma mudança aguda na dieta - por exemplo, para uma que é estritamente
baseada em animais ou vegetal - altera a composição microbiana em apenas 24 h.
“... é a composição da dieta e o estado nutricional que tem repetidamente demonstrado
ser um dos fatores modificáveis mais críticos que regulam a microbiota intestinal.”
COMO MODULAR
A MICROBIOTA?
FERRARIO, C. et al. Modulation of fecal Clostridiales bacteria and butyrate by
probiotic intervention with Lactobacillus paracasei DG varies among healthy adults. J
Nutr., v. 144, n.11, p. 1787–1796. 2014.
VAMOS COMEÇAR PELA
ALIMENTAÇÃO!
Avanços no sequenciamento de genes 16S
rRNA gene, trouxe uma evolução na
Nutrição associada à microbiota.
SANDHU, Kiran V. et al. Feeding the microbiota-gut-brain axis: diet, microbiome, and
neuropsychiatry. Translational Research, v. 179, p. 223-244, 2017.
Western diet - consumo excessivo de açúcares refinados, sal e gordura saturada,
baixo consumo de fibra alimentar e baixa variabilidade alimentar geral.
Dietas que consistem em fast food e alimentos
processados têm sido associadas ao aumento da
permeabilidade intestinal e sintomas depressivos.
A glicose aumenta a permeabilidade do intestino e produz mudanças na
distribuição da principal proteína de junção na linha celular humana Caco-2, indicando
vazamento intercelular.
Uma dieta rica em açúcar, resulta em uma maior produção de AGEs (produtos
de glicação avançada) o que leva a um aumento na permeabilidade intestinal.
Dietas ocidentais são ricas em aditivos alimentares, como maltodextrina, que é
amplamente utilizada e tem há muito tempo o status de SEGURA, promove a expressão
de genes de virulência em Escherichia coli e promove invasão da microbiota para a
camada de muco em animais.
A invasão de patógenos para a camada de muco gera prejuízos na função
intestinal e na barreira intestinal.
CHASSAING, Benoit; VIJAY-KUMAR, Matam; GEWIRTZ, Andrew T. How diet can
impact gut microbiota to promote or endanger health. Current opinion in
gastroenterology, v. 33, n. 6, p. 417-421, 2017.
SAIBA MAIS
Barreira mucosa
O epitélio do trato gastrointestinal é coberto por muco, um sistema protetor
que se desenvolveu precocemente em termos evolutivos. O muco é totalmente
transparente e age como uma barreira que protege o epitélio de uma ampla variedade
de ameaças que pode encontrar. Por exemplo, nós ingerimos alimentos sólidos que
causam estresse mecânico no epitélio. Também temos que lidar produtos produzidos
endogenamente do sistema digestivo, como ácido clorídrico, enzimas proteolíticas e
ácidos biliares. Finalmente, o desafio mais extremo é da nossa microbiota, composta
pelos trilhões de microrganismos que residem em nosso trato digestivo inferior. A
primeira linha de defesa contra o estresse mecânico, o sistema digestivo endógeno e
os microrganismos é o muco que cobre todas as superfícies epiteliais potencialmente
expostas.
JOHANSSON, M. E. V.. Mucus Layers in Inflammatory Bowel
Disease. Inflammatory Bowel Diseases, [s.l.], v. 20, n. 11, p.2124-2131, nov. 2014.
Os emulsificantes são adicionados à maioria dos alimentos processados para
melhorar a textura dos alimentos e prolongar a vida de prateleira. Os carboximetil
celulose (CMC) e polissorbato 80 (P80) promovem o sobrecrescimento bacteriano no
intestino delgado (ratos) e facilitam a translocação de bactérias.
CHASSAING, Benoit; VIJAY-KUMAR, Matam; GEWIRTZ, Andrew T. How diet can
impact gut microbiota to promote or endanger health. Current opinion in
gastroenterology, v. 33, n. 6, p. 417-421, 2017.
ADOÇANTES ARTIFICIAIS
Adoçantes artificiais e emulsificantes dietéticos podem alterar a microbiota,
resultando em perturbação e inflamação.
SAIBA MAIS
Emulsificante
São aditivos utilizados pela indústria de alimentos a fim de melhorar a textura,
a estabilidade, o volume, a maciez, a aeração e a homogeneidade, agregando
qualidade aos produtos. Esses aditivos podem modificar a fase contínua de um
produto, conferindo-lhe um efeito específico desejado, como o uso da lecitina em
chocolates para reduzir a sua viscosidade e facilitar o seu manuseio.
A maioria dos emulsificantes é derivada de mono e diacilgliceróis ou de
álcoois.
A estrutura dos emulsificantes é composta por uma parte hidrofílica, que
interage com a fase aquosa e outra lipofílica, que interage com a fase oleosa.
Essa estrutura permite a sua atuação na interface de duas substâncias
imiscíveis. Para esta aplicação em especial, torna-se imprescindível o correto balanço
entre a hidrofilicidade e lipofilicidade (HLB) da molécula do emulsificante. Quanto
maior o valor do HLB, maior a hidrofilicidade e, quanto menor o valor do HLB, maior
a lipofilicidade. Dependendo desse balanço, o aditivo poderá ser usado em emulsões
do tipo água em óleo (A/O) ou óleo em água (O/A).
Bergjohann, P.; Costa, S. M.; Dalpubel, V.; Maciel, M. J.; Souza, C. F. V..
ADITIVOS ALIMENTARES. Cap. 30. In: Alimentação e nutrição nos ciclos da vida
/ Fernanda Scherer Adami, Simara Rufatto Conde (Orgs.) - Lajeado: Ed. da Univates,
2016.
A maioria dos estudos em animais (especialmente
ratos). Há a necessidade de estudos em humanos.
 Eritritol;
 Maltitol;
 Taumatina.
5 dias
Dois protocolos:
As bactérias começaram a mudar seu comportamento após 24 horas em cada dieta.
1 Uma dieta “baseada em plantas” – Grãos, Legumes, Frutas e Vegetais
2 Uma dieta “baseada em animais” – Carnes, Ovos e Queijos
de 22 espécies bacterianas, e entre
elas micro-organismos tolerantes à
bile!
SAIBA MAIS
Micro-organismos tolerantes à bile
Bactérias probióticas tolerantes à bile são diferentes de bactérias patogênicas
(gram-negativas) tolerantes à bile.
Entenda: Os probióticos devem ser resistentes ao processo de digestão no
estômago e no trato intestinal como aos ácidos biliares. Os ácidos biliares primários
sofrem ação da microbiota benéfica e são convertidos a ácidos biliares secundários
(conjugados) (litocólico e desoxicólico) ativando TGR5 o qual desempenha um papel
na regulação do metabolismo basal, do gasto energético (ativa o tecido adiposo
marrom), anti-inflamatório. Além disso os ácidos biliares aumentaram a liberação dos
transmissores peristálticos, a 5-hidroxitriptamina (serotonina).
Em uma dieta rica em carnes, há um aumento de bactérias como Bilophila ssp.
e Alistirpes ssp., as quais são gram-negativas e anaeróbias e tolerantes à bile
dificultando assim a conjugação do ácido biliar e a ativação do TGR5 implicando nos
efeitos benéficos da conjugação dos ácidos biliares.
TORRES-FUENTES, Cristina et al. The microbiota–gut–brain axis in obesity. The
Lancet Gastroenterology & Hepatology, [s.l.], v. 2, n. 10, p.747-756, out. 2017.
20 adultos saudáveis
3 dias de sucos com frutas e
vegetais
Polifenois
Nitrato
Oligossacarídeos
Fibras
6 garrafas/dia com misturas de vegetais, raízes, cítricos, limão,
pimenta caiena e fava de baunilha.
Seguido por uma dieta mais tradicional de 14
dias.
Modulação da microbiota - perda de peso
1310 kcal/dia
CADA SUCO:
266 kcal, 20% de gordura e 28 g de fibra.
SAIBA MAIS
Conheça os 6 tipos diferentes de misturas vegetais/frutas foram preparados a partir
das seguintes frutas e vegetais:
Sucos verdes com misturas de maçã, pepino, aipo, alface romana, limão e quantidade
limitada (<2%) de espinafre, couve e salsa.
A mistura de citros continha maçã, abacaxi e quantidade muito limitada (<1%) de
limão e hortelã.
Sucos verde com raiz – suco de maçã, limão, gengibre e beterraba.
Sucos verde com gengibre
A água caiena de limão: água filtrada com pimenta caiena e limão;
Amêndoa de baunilha: mistura de amêndoas, tâmaras, sal marinho e fava de baunilha
Disponível no
material de apoio
PROTEÍNA
Principal fonte de nitrogênio para o crescimento microbiano do cólon.
Essencial para a assimilação de carboidratos e a produção de produtos como
AGCC.
As proteínas da dieta sofrem proteólise luminal e subsequente metabolismo pela
microbiota do intestino grosso.
A fermentação bacteriana de aminoácidos e proteínas  no cólon distal gera
uma gama de metabólitos  potencial tóxico.
 Sulfeto de hidrogênio;
 Ácidos graxos de cadeia
ramificada;
 Fenol;
 Indol;
 p-cresol;
 Indoxilsulfato;
 p-cresilsulfato;
 Amônia.
A disbiose aumenta a permeabilidade intestinal.
3 – 5 dias
Plantas e sucos
Problema:
EXCESSO!
Gases fétidos = disbiose.
SAIBA MAIS
Gases fétidos
Bactérias intestinais são capazes de metabolizar compostos orgânicos como
aminoácidos sulfurados e sulfato inorgânicos e produzem compostos como gás sulfídrico.
Uma dieta rica em enxofre (ovos, algas, queijo, carnes no geral, cebola, brócolis, trigo, entre
outros) pode levar a flatulência com uma maior porcentagem de sulfeto de hidrogênio - o
cheiro clássico de gás de ovo podre.
O sulfeto de hidrogênio é tão potente que mesmo uma quantidade muito pequena
pode resultar em flatulência de mau cheiro. Geralmente quanto pior a digestão, maior a
chance do sulfeto de hidrogênio se acumular no cólon.
MAFRA, Denise; BARROS, Amanda F; FOUQUE, Denis. Dietary protein metabolism by gut
microbiota and its consequences for chronic kidney disease patients. Future Microbiology,
[s.l.], v. 8, n. 10, p.1317-1323, out. 2013.
Disbiose e o consumo de carne ↑ os compostos tóxicos.
Bactérias anaeróbias tolerantes à bile, como Bacteroides, Alistipes e Bilophila,
aumentaram com o consumo de proteínas baseadas em animais.
Journal of Translational Medicine. 2017;15:73.
Carne vermelha:
SANDHU, Kiran V. et al. Feeding the microbiota-gut-brain axis: diet,
microbiome, and neuropsychiatry. Translational Research, v. 179, p. 223-
244, 2017.
 Bacteroides
 Atopodium
 Clostridium
 Prevotella
 Veillonella sp.
 Bilophila
 Ácidos biliares secundários
 Firmicutes
O EXCESSO - O metabolismo microbiano da l- carnitina, abundante na carne
vermelha, pode gerar produtos como o trimetilamina- N- óxido, que podem aumentar o
risco de aterosclerose.
 O consumo de soro e extrato de proteína de ervilha aumenta
as Bifidobacterium e Lactobacillus.
 Soro do Leite - diminui os Bacteroides fragilis e Clostridium perfringens.
 A proteína de ervilha aumenta os níveis de AGCC intestinal.
Journal of Translational Medicine. 2017;15:73.
SAIBA MAIS
TMAO
Uma das associações mais proeminentes entre a microbiota intestinal e a doença a
ser descoberto nos últimos anos é uma ligação entre o metabolismo microbiano do intestino
de metabólitos contendo trimetilamônio (colina, fosfatidilcolina, carnitina) e doença
cardiovascular (DCV). Os micróbios convertem a colina em trimetilamina (TMA)
principalmente através de uma proeminente via bacteriana codificada pelo cluster de genes
de utilização de colina (corte). A TMA produzida no intestino viaja para o fígado, onde é
oxidada em N-óxido de trimetilamina (TMAO) pelas monooxigenases hepáticas da flavina.
A literatura sugere que o TMAO aumenta os receptores de sequestradores de
macrófagos e reduz o transporte reverso de colesterol, levando à formação de células
espumosas macrofágicas e ao desenvolvimento aterosclerótico. Estudos de
acompanhamento mostraram que o TMAO promove o recrutamento de leucócitos ativados
para células endoteliais e induz a inflamação ativando a cascata de sinalização da proteína
quinase ativada por mitógeno (MAPK) e do fator nuclear kB (NF-kB).
ZHU, Weifei et al. Gut Microbial Metabolite TMAO Enhances Platelet Hyperreactivity and
Thrombosis Risk. Cell, [s.l.], v. 165, n. 1, p.111-124, mar. 2016.
GORDURAS
Uma dieta rica em gordura aumenta a microflora anaeróbica total e as contagens
de Bacteroides.
EVITE DIETAS
HIPERLIPÍDICAS
(trans e saturadas)
SAIBA MAIS
Endotoxemia
A endotoxemia metabólica se caracteriza por níveis plasmáticos elevados de LPS,
sendo o principal fator na inflamação de baixo grau e na resistência à insulina. A
endotoxemia metabólica é um exemplo de disbiose (isto é, uma ruptura do equilíbrio normal
e saudável entre a microbiota intestinal e o hospedeiro) que reflete as decisões de estilo de
vida (por exemplo, dieta, exercício) e as interações genômicas do hospedeiro.
O LPS pode aumentar a liberação de citocinas pró-inflamatórias adiposas (por
exemplo, TNF-α e IL-6) e a resistência à insulina. Considerados em conjunto, estas
investigações em animais e seres humanos, sugerem fortemente que a microbiota intestinal e
a dieta contribuem para a endotoxemia metabólica relacionada ao LPS de forma
independente e concomitante.
ARMSTRONG, Lawrence E.; LEE, Elaine C.; ARMSTRONG, Elizabeth M.. Interactions of Gut
Microbiota, Endotoxemia, Immune Function, and Diet in Exertional Heatstroke. Journal Of Sports
Medicine, [s.l.], v. 2018, p.1-33, 2018.
CARBOIDRATOS - DIGERÍVEIS e NÃO DIGERÍVEIS
DIGERÍVEIS
Amidos e açúcares, como glicose,
frutose, sacarose e lactose.
Carboidratos DIGERÍVEIS são
prejudiciais para a
microbiota?
Glicose, frutose e sacarose na forma de
frutose das FRUTAS
Prejudicial para a função intestinal
Limite diário: 25g de frutose da fruta para
pacientes com disbiose e permeabilidade
intestinal
25gde frutose
Saiba mais
Confira a quantidade de frutose em algumas frutas
Fruta (100g) Frutose (g/100 de alimento)
Abacaxi 2,1
Ameixa 3,1
Banana 5
Caqui 5,5
Maçã Fuji 6,5
Laranja 2,2
Confira a tabela completa disponível no material de apoio.
PUJOL, A. P. Estratégia Low Carb. Camboriú: o Autor, 2017.
Parvin S. Nutritional analysis of date fruits (Phoenix dactylifera L.) in perspective of
Bangladesh. Am J Life Sci. 2015;3:274.
Eid N, Enani S, Walton G, Corona G, Costabile A, Gibson G, et al. The impact of date
palm fruits and their component polyphenols, on gut microbial ecology, bacterial
metabolites and colon cancer cell proliferation. J Nutr Sci. 2014;3:e46.
Pessoas alimentadas com altos
níveis de glicose, frutose e
sacarose na forma de frutose
das FRUTAS
A abundância relativa
de Bifidobacteria e
reduziram Bacteroides.
Fonte: United States Department of Agriculture - Agricultural Research Service -
USDA Food Composition Databases.
Jefery I, O’Toole P. Diet-microbiota interactions and their implica- tions for healthy
living. Nutrients. 2013;5:234–52.
Francavilla R, Calasso M, Calace L, Siragusa S, Ndagijimana M, Vernocchi P, et al.
Efect of lactose on gut microbiota and metabo- lome of infants with cow’s milk allergy.
Pediatr Allergy Immunol. 2012;23:420–7.
0 2 4 6 8 10 12 14
Manga
Banana
Mirtilo
Abacaxi
Damasco
Melancia
Pêssego
Mamão papaya
Morango
Framboesa
Abacate
Composição de açúcares nas frutas
por porcentagem
Galactose
Maltose
Frutose
Sacarose
Glicose
Lactose
Bifidobacteria e AGCC
Bacteroides espécies de
Clostridia
NÃO DIGERÍVEIS
MACs
Fibras/prebióticos
Amido resistente
Carboidratos acessíveis a
microbiota
SAIBA MAIS
MACs
Os MACs são carboidratos que resistem à digestão pelo intestino humano, mas
podem ser metabolizados pela microbiota intestinal que fermenta e produz AGCC ou
metaboliza em compostos fenólicos.
A quantidade de MACs alimentares presentes numa única fonte de alimentos difere
para cada indivíduo, uma vez que a metabolização dos carboidratos é dependente da adesão
da microbiota de cada pessoa.
Os MACs podem promover certos micro-organismos, diretamente (aqueles que
consomem um substrato), ou indiretamente (através de interações cruzadas).
PUJOL, A. P. Estratégia Low Carb. Camboriú: o autor, 2017.
SAIBA MAIS
ARTIGO
A microbiota gastrointestinal tem um papel importante na saúde humana, e há um
interesse crescente na utilização de abordagens dietéticas para modular a composição e a
função metabólica das comunidades microbianas que colonizam o trato gastrointestinal para
melhorar a saúde e prevenir ou tratar doenças. Uma estratégia alimentar para modular a
microbiota é o consumo de fibra dietética e prebióticos que podem ser metabolizados por
micróbios no trato gastrointestinal. Enzimas alimentares humanas não são capazes de digerir a
maioria dos carboidratos complexos e polissacarídeos de plantas. Em vez disso, esses
polissacarídeos são metabolizados por micróbios que geram ácidos graxos de cadeia curta
(AGCCs), incluindo acetato, propionato e butirato. Este artigo revisa os conhecimentos atuais
sobre o impacto do consumo de fibras e prebióticos na composição e função metabólica da
microbiota gastrintestinal humana, incluindo os efeitos das propriedades físico-químicas de
carboidratos complexos, dosagens adequadas de ingestão e tratamento e as respostas
fenotípicas relacionadas à composição da microbiota humana.
Leia o artigo na íntegra no material de apoio:
Fibra alimentar e prebióticos e a microbiota
gastrointestinal.
A do tipo solúvel!
QUAL TIPO DE FIBRA
SERIAA MAIS BENÉFICA?
Saiba mais
Classificação das fibras conforme solubilidade
Classificação das
fibras
Características
Insolúveis
Não são viscosas, são formadoras de volume fecal, fracas e
lentamente fermentáveis no cólon. Agem principalmente no
intestino grosso, produzindo fezes macias e acelerando o
trânsito colônico.
Solúveis
Têm alta capacidade de retenção de água e possuem a
propriedade de formar géis em solução aquosa. Uma vez no
estômago e no intestino delgado, as fibras solúveis
aumentam a viscosidade do bolo alimentar, diminuindo a
atividade de certas enzimas digestivas, influenciando
diretamente na taxa de digestão e absorção de nutrientes.
São mais fermentáveis que as fibras insolúveis.
Fibras insolúveis: Celulose → não é metabolizada pela
microbiota.
São formadoras de volume fecal, e favorece o bom
funcionamento intestinal.
Fibras solúveis
RECOMENDAÇÃO DE
FIBRAS – de 25 a 30g no
mínimo!
Na prática:
40g no mínimo!
MICROBIOTA INTESTINAL muito mais DIVERSIFICADA em comparação
com microbiotas de indivíduos de PAÍSES OCIDENTAIS.
Saiba mais
Conheça as principais fontes de fibras solúveis e
insolúveis
Ingestão de FIBRAS pode chegar de 50-120g/dia
Fibras solúveis Fibras insolúveis
Glucomanan
(Amorphophallus konjac)
Inulina
(Batata Yacon)
Goma guar
(Cyamposis tetragonolobus)
Psyllium FOS – fruto-
oligossacarídeo
Hemicelulose
Celulose
Lignina
MUCO INTESTINAL:
O muco intestinal é composto principalmente de mucinas que são aglomerados
complexos de glicoproteínas estruturais com glicanos específicos ligados a O (O-
glicano) produzidos por células especializadas do hospedeiro chamadas células
caliciformes. As mucinas podem ser secretadas e formar um gel, ou ser produzidas
como glicoproteínas ligadas à membrana que fazem parte do glicocálix epitelial. Estas
glicoproteínas compartilham uma estrutura comum feita de aminoácidos repetidos em
série ricos em prolina, treonina e serina e são chamados de domínios PTS.
A barreira mucosa tem um papel importante na regulação da gravidade das
doenças infecciosas. Ele fornece proteção contra muitos patógenos intestinais, incluindo
Yersinia enterocolitica, Shigella flexneri, Salmonella e Citrobacter rodentium.
Uma alteração da integridade da mucosa está geralmente associada a problemas
de saúde, tais como doenças inflamatórias do intestino, incluindo colite ulcerativa e
doença de Crohn. Durante a colite ulcerativa, a alteração da integridade do muco resulta
em uma camada de muco mais fina devido à depleção das células caliciformes e
redução da O-glicosilação e sulfatação das mucinas. Durante a doença de Crohn, a
camada de muco é essencialmente contínua e comparável à mucosa saudável, embora
haja evidências de expressão anormal e glicosilação da mucina. Estas alterações no
ambiente mucoso também podem estar ligadas à disbiose, uma alteração anormal na
composição da microbiota intestinal devido à doença de Crohn. Uma vez
comprometida, a barreira mucosa torna-se permeável a bactérias que são capazes de
acessar o epitélio e, portanto, causar inflamação, razão pela qual a integridade da
camada de muco é crítica para a manutenção de uma relação homeostática entre a
microbiota intestinal e seu hospedeiro.
SICARD, Jean-félix et al. Interactions of Intestinal Bacteria with Components of the
Intestinal Mucus. Frontiers In Cellular And Infection Microbiology, v. 7, 5 set. 2017.
MUCO - primeira linha de defesa contra os micróbios comensais e patógenos invasores.
Mahesh S. Desai et al. A Dietary Fiber-Deprived Gut Microbiota Degrades the Colonic Mucus
Barrier and Enhances Pathogen Susceptibility. Cell, November 2016.
Erosão do muco!
A deficiência de fibras
“Já que não me deram comida (fibras), eu
vou comer o muco que tem polissacarídeo”
Micro-organismos que produzem enzimas
que digerem glicoproteínas presentes na
camada de muco.
EROSÃO DO MUCO:
 Risco para absorção de bactérias patogênicas;
 Risco para permeabilidade intestinal;
 Inflamação da mucosa;
 Risco para câncer de cólon.
BRÁSSICAS
7g de crucíferas por kg de peso
14 dias
WU, Yuanfeng et al. Hydrolysis before stir-frying increases the
isothiocyanate content of broccoli. Journal of Agricultural and Food
Chemistry, 2018.
Alterou favoravelmente a
microbiota intestinal
Glucosinolato rico em compostos
sulforafanos.
Glucorofanina
MAKINO, Yoshio et al. Storage in high-barrier pouches increases the sulforaphane
concentration in broccoli florets. PLoS ONE, v. 13, n. 2, 2018.
EMBALAR A VÁCUO
(Aproximadamente 2 – 3 dias)
A concentração de sulforafano em brócolis
foi significativamente elevada em 1,9 a 2,8
vezes.
GRÃOS INTEIROS
AVEIA
Quanto mais íntegros, maior o tamanho!
O tamanho dos flocos de grãos pode levar a diferentes respostas bacterianas.
Flocos de aveia maiores (0,85-1,00 mm) aumentaram MAIS os números de
bifidobacteria.
Connolly ML, Lovegrove JA & Tuohy KM (2010) In vitro evaluation of the microbiota
modulation abilities of different sized whole oat grain flakes. Anaerobe 16, 483–488.
Mingau de aveia: 60g em 150ml de água/dia.
Valeur J, Puaschitz NG, Midtvedt T et al. Oatmeal porridge: impact on microflora-
associated characteristics in healthy subjects. Br J Nutr. 2016 Jan 14;115(1):62-7.
1 semana
Atividade prebiótica
Doença Celíaca
O glúten, principalmente suas frações proteicas a gliadina e a glutenina, foi
estabelecido como um agente causador da doença celíaca. Caracterizada por lesão no
intestino delgado e ativação do sistema imunológico.
Na doença celíaca (DC), uma reação autoimune mediada por células T é
desencadeada por peptídeos derivados do glúten. A cascata inflamatória autoimune é
localizada no intestino delgado, onde leva a síndrome clássica de enteropatia e a má
absorção. As manifestações clínicas são heterogêneas e vai desde diarreia, perda de peso
e desnutrição, até a má-absorção seletiva de micronutrientes (ferro, vitamina B12,
cálcio).
Alergia ao trigo
A alergia ao trigo representa outro tipo de reação imunológica adversa às
proteínas contidas no trigo e grãos relacionados, com apresentações clínicas diferentes
dependendo da via de exposição. Neste contexto, os anticorpos de imunoglobulina E
(IgE) medeiam à resposta inflamatória a várias proteínas alergênicas, como a glutenina
e a gliadina. Supõe-se que as gliadinas sejam as frações ativas do glúten. Isso porque
elas contêm os peptídeos imunogênicos capazes de exercer um efeito citotóxico direto
na célula.
Disponível no
material de apoio
Sensibilidade ao Glúten Não Celíaca (SGNC)
A sensibilidade ao glúten não celíaca é uma síndrome
caracterizada por sintomas intestinais e extra-intestinais
relacionados à ingestão de alimentos que contêm glúten
em indivíduos não afetados pela doença celíaca e nem pela
alergia ao trigo. A SGNC se caracteriza por sintomas que
em geral ocorrem pouco após a ingestão de alimentos com
glúten, e desaparece com a suspensão.
A apresentação “clássica” da SGNC é uma combinação de sintomas similares
aos da síndrome do intestino irritável (SII), incluindo:
 Dor abdominal;
 Inchaço;
 Diarreia ou constipação;
 Confusão mental;
 Dormência de membros;
 Dor nas articulações;
 Fadiga;
 Dor de Cabeça;
 Dermatite;
 Depressão;
 Anemia.
A prevalência da SGNC ainda não está claramente definida, e evidências
indiretas sugerem que seja ligeiramente mais comum que a DC, pois esta última afeta
cerca de 1% da população geral. A SGNC foi principalmente descrita em adultos,
sobretudo entre mulheres na faixa etária de 30 a 50 anos. No entanto, também houve
relatos de séries de casos pediátricos. Como a SGNC pode ser transitória, a tolerância ao
glúten precisa ser reavaliada ao longo do tempo nos pacientes que apresentam essa
condição.
Diagnóstico – Como Identificar?
O espectro de distúrbios relacionados ao glúten inclui
doença celíaca, alergia ao trigo e sensibilidade ao glúten não
celíaca. Nas três condições, os sintomas melhoram com a
retirada do glúten.
Investigação Doença celíaca
(resposta imune
adaptativa)*
Alergia ao trigo
(resposta imune
alérgica)**
Sensibilidade ao glúten não
celíaca (resposta imune
inata)***
Sorologia celíaca Positivo Negativo Negativo
Biópsias
duodenais
Atrofia de vilosidades Normal Normal ou quase normal com
aumento dos linfócitos
intraepiteliais
IgE sérica ou teste
cutâneo para trigo
Negativo Positivo Negativo
* A doença celíaca apresenta sorologia celíaca positiva e atrofia de vilosidades nas biópsias duodenais;
** Na alergia ao trigo, há presença de positividade da sorologia para IgE ou teste cutâneo para trigo
positivo;
*** Na sensibilidade ao glúten não celíaca, há sorologia celíaca negativa, teste negativo para alergia ao
trigo e biópsias duodenais normais a quase normais.
Fonte: FENACELBRA.
Glúten e Depressão
Nos últimos anos diversos estudos investigaram a
relação entre ingestão de alimentos que contêm glúten e
aparecimento de sintomas/distúrbios neurológicos e
psiquiátricos, tais como ataxia, neuropatia periférica,
esquizofrenia, autismo, depressão, ansiedade e
alucinações (denominadas de psicose do glúten).
A diminuição da concentração cerebral de 5-HT tem sido sugerida há
muito tempo como causa da depressão
Estudo em ratos demonstrou que o consumo de alimentos com trigo demonstrou
reduzir as concentração de triptofano no cérebro, sugerindo que as vias da serotonina (5-
HT) são notavelmente sensíveis a várias proteínas presentes nesses alimentos.
Exorfinas do glúten
Esses peptídeos opióides derivados de proteínas alimentares parcialmente
digeridas, incluindo o glúten, podem modular a função intestinal e atravessar a barreira
hematoencefálica, interferindo nos sistemas inibitórios da dor, nos processos de
emocionalidade e memória.
PETERS, S. L. et al. Randomized clinical trial: gluten may cause depression in subjects
with non‐coeliac gluten sensitivity–an exploratory clinical study. Alimentary
pharmacology & therapeutics, v. 39, n. 10, p. 1104-1112, 2014.
Disbiose intestinal e Comportamento Emocional
Evidências sustentam uma importante influência da microbiota intestinal no
comportamento emocional e nos mecanismos cerebrais subjacentes estão bem
estabelecidas em roedores e está emergindo em humanos. Um estudo recente forneceu a
primeira evidência de que os probióticos podem modular a atividade das regiões do
cérebro envolvidas no processamento de emoções e sensações em mulheres adultas.
Glúten e Microbiota Intestinal
A dieta influencia a composição e função da microbiota intestinal e, portanto, a
saúde do hospedeiro, particularmente em pacientes que sofrem de doenças relacionadas
à alimentação. Nestes pacientes, os peptídeos do glúten desencadeiam uma resposta
imune anormal que causa lesão do tecido caracterizada por atrofia vilosa, hiperplasia da
cripta e aumento do número de linfócitos intraepiteliais e da lâmina própria.
Estudos recentes indicam que pacientes celíacos apresentam a microbiota
desequilibrada que pode desempenhar papel patogênico ou constituir fator de risco para
esse distúrbio. Normalmente o tratamento para a DC é uma dieta livre de glúten (GFD)
que leva à normalização da histologia da mucosa e a remissão dos sintomas clínicos.
Sanz Y. Efects of a gluten-free diet on gut microbiota and immune function in healthy adult
humans. Gut Microbes. 1:135–7.
Bonder MJ, Tigchelaar EF, Cai X, Trynka G, Cenit MC, Hrdlickova B, et al. The infuence of a
short-term gluten-free diet on the human gut microbiome. Genome Med. 2016;8:45.
Gliadina Gliadina
Paracelular = entre as células
Glúten ou FODMAPs?
Há também acúmulo de evidências do possível papel dos chamados
oligossacarídeos, dissacarídeos, monossacarídeos e polióis fermentáveis (FODMAPs,
na sigla em inglês) na indução de manifestações intestinais, como inchaço abdominal,
constipação ou diarreia, flatulência excessiva e síndrome do intestino irritável.
Lamentavelmente a SGNC e a intolerância aos FODMAPs podem apresentar certo nível
de sobreposição, já que os alimentos ricos em glúten, sobretudo o trigo, também contêm
teor elevado de FODMAPs.
Alimentos fonte de FODMAPs:
Tipos de FODMAP Onde encontrar?
Monossacarídeos
(frutose)
Xarope de milho, mel, néctar de agave, maçã, pera, manga,
aspargos, cereja, melancia, sucos de fruta, ervilha.
Dissacarídeos
(lactose)
Leite de vaca, leite de cabra, leite de ovelha, soverte,
iogurte, nata, creme, queijo ricota e cottage.
Oligossacarídeos Cebola, alho, alho-poro, trigo, centeio, caqui, melancia,
chicória, dente-de-leão, alcachofra, beterraba, aspargos,
cenoura, quiabo, chicória, couve manteiga e leguminosas.
Polióis Xilitol, manitol, sorbitol, glicerina, maçã, damasco,
pêssego, nectarina, pêra, ameixa, cereja, abacate, amora,
lichia, couve-flor, cogumelos.
Fonte: Federação Brasileira de Gastroenterologia, 2017.
Aplicativo para controle de dieta livre de FODMAPs:
Benefícios para a saúde e efeitos adversos de uma dieta
livre de glúten
Grãos contendo glúten compõem uma grande parte da dieta ocidental
moderna. Isto é, em parte, devido à sua palatabilidade, facilidade de cultivo e procissão
em uma ampla variedade de alimentos, capacidade de produção em larga escala e alto
conteúdo nutricional em peso. Entretanto, nas últimas três décadas a ingestão de
alimentos sem glúten aumentou, e em 2016 mais de US$15,5 bilhões foram gastos em
vendas no varejo de alimentos sem glúten no mundo.
Grande parte desse aumento do consumo de produtos sem glúten se deve pela
exposição da mídia social, que alega existir benefícios em uma dieta isenta de glúten
para a saúde. No entanto a substituição de alimentos sem glúten, geralmente, ocorre por
alimentos refinados e com menor qualidade nutricional, podendo levar ao aparecimento
de:
 Deficiências de micronutrientes;
 Aumento do teor de gordura nos
alimentos;
 Hiperlipidemia;
 Hiperglicemia;
 Doença arterial coronariana.
Por isso o consumo de glúten por pessoas não-celíacas não deve ser evitado e sim
consumido de maneira mais seleta e com menor frequência.
Disponível no
material de apoio
Grãos Integrais
Os benefícios de consumir grãos integrais para a saúde são
relacionados ao conteúdo de fibras. As fibras dietéticas dos
cereais integrais geralmente resistem à digestão no trato
gastrointestinal superior e agem como um combustível para a
microbiota intestinal, podendo modificar a ecofisiologia
bacteriano através dos metabólitos microbianos, tais como os
Ácidos Graxos de Cadeia Curta (AGCC´s).
Os grãos integrais também fornecem prebióticos capazes de modular a
microbiota intestinal do hospedeiro
A microbiota intestinal fermenta as matrizes de fibra dietética, e porções de
compostos fenólicos são gradualmente liberadas e absorvidas no lúmen intestinal. Os
compostos fenólicos não absorvidos podem exercer ação antioxidante e atividade
antibacteriana podendo diminuir as bactérias patogênicas (Escherichia coli,
Clostridium) no cólon. Além disso, estudos in vitro e in vivo demonstraram que os
compostos fenólicos da dieta podem exercer efeitos prebióticos ao estimular o
crescimento de bactérias benéficas (Lactobacillus e Bifidobacterium).
Disponível no
material de apoio
O que são prebióticos?
São componentes alimentares não digeríveis que estimulam seletivamente a
proliferação ou atividade de populações de bactérias desejáveis no intestino (cólon),
beneficiando o indivíduo hospedeiro dessas bactérias. Os prebióticos devem exercer
algumas características importantes como resistir à acidez gástrica e à hidrolise por
enzimas intestinais, e não ser absorvido pelo trato gastrointestinal.
MOHAJERI, M.S. et al. The role of the microbiome for human health:
from basic science to clinical applications. European Journal of
Nutrition. v. 57, s.1, p. 1-14, 2018.
Consumo de prebióticos altera o estado emocional
A resiliência ao estresse ambiental parece ser fortemente influenciada pela
composição microbiana. Este efeito provavelmente depende de alterações do eixo HPA
e pode ser influenciado positivamente por certas espécies de bactérias probióticas. Em
apoio a esta sugestão, a recente descoberta é que o tratamento com prebióticos, que é
conhecido por aumentar os níveis de probióticos no intestino, altera a resposta ao
despertar do cortisol e a reação emocional em indivíduos saudáveis.
Tipos de prebióticos:
Fruto-oligossacaídeos
(FOS)
Galacto-oligossacarídeos
(GOS)
Bimuno-galacto-
oligossacarídeos (B-GOS)
Beta-glucanas Pectina Amido resitente
Alimentos fontes de prebióticos:
Aspargus
 FOS e Inulina;
 Modo de preparo: frescos e crus, ou ligeramente cozidos no vapor.
Alho-poró e Cebola
 Maiores concentrações de FOS e Inulina;
 Modo de preparo: frescos e crus, ou ligeramente cozidos.
Alho
 FOS e Inulina;
 Estimula o crescimento de Bifidobacteria e promover um ambiente de pH baixo
(ácido) no cólon, o que é favorável para bactérias benéficas.
Mastigar ou esmagar o alho cru!
Raiz de Chicória e Alcachofra
 Inulina.
Leguminosas
 Galacto-oligossacarídeos (GOS), Rafinose-oligossacaídeos (ROS) e Amido
resistente;
 Pré-preparo: deixar a leguminosa em remolho por 12 horas em água e
substância ácida (limão ou vinagre de maçã), trocando a água no mínimo 3 vezes
e incluir subtância ácida (soro do iogurte, limão ou vinagre de maçã). Cozinhar
normalmente após esse preparo.
Maior concentração de fruto-
oligossacarídeos
 Atenção a flatulência: utilizar especiarias carminativas como a erva doce, o
gengibre ou o caminho. Incluir Digeliv®
sobre a leguminosa na hora de
consumir.
TUCK, Caroline J. et al. Oral Î-Galactosidase Improves Gastrointestinal Tolerance
to a Diet High in Galacto-Oligosaccharides: Adjunct Therapy to a Low Fodmap
Diet in Irritable Bowel Syndrome. Gastroenterology, v. 152, n. 5, p. S45, 2017.
Banana Verde
 Amido resistente;
 Modo de preparo: lavar bem as bananas, descascar e conservar no freezer.
 Utilizar ainda crua, evitando o processo de cocção.
Batata Inglesa Cozida e Refrigerada
 Amido resistente;
 Modo de consumo: Cozida e Refrigerada.
O resfriamento/congelamento eleva o teor de amido resitente devido à
retrogradação do amido. Trata-se de um processo no qual as cadeias de amilose e
amilopectina que foram desagregadas na gelatinização do amido, durante o
aquecimento, se reagrupam para formar estruturas mais ordenadas. Este processo é
desejado em termos de significância nutricional, devido à digestão enzimática mais
lenta e à liberação moderada de glicose na corrente sanguínea.
Batata-Yacon
 Inulina e Fruto-oligossacarídeo;
 Modo de consumo: crua.
Cogumelo Ganoderma lucidum
200 a 500 mg
 Capacidade de reverter a disbiose intestinal induzida por dietas ricas em
gorduras;
 Mantem a integridade da barreira intestinal;
 Reduz a endotoximia metabólica;
Tratamento para a obesidade:
A modulação da microbiota intestinal é uma das ferramentas promissoras para
combater a obesidade. Recentemente pesquisadores mostraram que o extrato do
cogumelo Ganoderma lucidum reduziu a obesidade em animais, através do seu efeito
prebiótico, e também diminuiu o percentual de gordura, a homeostase da glicose e a
inflamação do tecido adiposo. Além disso, a administração do Ganoderma lucidum
reduziu os níveis séricos de lipopolissacarídeos (LPS) e impediu a ativação hepática da
via do receptor Toll-like 4.
Micronutrientes
Muitos trabalhos mostram que em pacientes deficientes em micronutrientes
ocorre um comprometimento na microbiota e aumento da permeabilidade intestinal. Os
micronutrientes influenciam o metabolismo e o funcionamento dos órgãos através de
um efeito direto após a absorção e transferência para as células ou órgãos alvo, ou um
efeito indireto mediado pela microbiota intestinal.
Vitamina B2 (Riboflavina)
 Atua como um combustível microbiano para Faecalibacterium prausnitzii
(biomarcador de um intestino saudável);
 Um estudo piloto aberto com 100mg/dia de riboflavina mostrou um aumento no
número de bactérias benéficas e redução da E. coli nos participantes.
Magnésio
 A deficiência de magnésio desempenha papel na desregulação biológica que
contribui para o surgimento da depressão e de transtornos de humor;
 4 dias de deficiência de magnésio contribui para a inflamação sistêmica e
composição da microbiota intestinal.
WINTHER, G. et al. Dietary magnesium deficiency alters gut
microbiota and leads to depressive-like behavior Act
Neuropsychiatry, 27 (03) (2015), pp. 168-176
Zinco
 Em modelos animais, a suplementação de zinco, demonstrou aumentar a
concentração de ácidos graxos de cadeia curta e a diversidade de espécies na
microbiota intestinal, principalmente lactobacillus;
 A suplementação afeta a resposta imune local e sistêmica e a integridade das
mucosas das membranas.
BIESALSKI, Hans K. Nutrition meets the microbiome: micronutrients and
the microbiota. Annals of the New York Academy of Sciences, v. 1372,
n. 1, p. 53-64, 2016.
Tratamento para a Permeabilidade Intestinal
Ácidos Graxos de Cadeia Curta:
Os AGCCs compreendem principalmente o acetato, o propionato e o butirato, e
são produzidos sob condições anaeróbicas no intestino grosso pela fermentação de
fibras alimentares. Eles têm a função de manter a barreira intestinal reduzindo o pH
luminal, alimentando as células epiteliais e aumentando a produção de mucina, podendo
ser eficaz na inibição da sobrevivência de microrganismos patogênicos.
O butirato é o principal substrato energético utilizado pelos colonócitos e de 70
a 90% do butirato é metabolizado por essas células.
VINOLO, M.A.R. Effect of short chain fatty acids on
neutrophils function. Instituto de Ciências Biomédicas da
Universidade de São Paulo, 2010.
Glutamina
Evidências sugerem a glutamina como sendo a principal fonte de nutrição dos
enterócitos, desempenhando assim, importante papel na manutenção das atividades
metabólicas do intestino.
A mucosa do intestino apresenta grande concentração de glutaminase em suas
células epiteliais, demonstrando compatibilidade com as taxas de captação e consumo
da glutamina. Em casos de suplementação, a concentração plasmática da glutamina
aumenta conforme a dose, sua absorção total no organismo humano pode variar de 60 a
90%. Outro aspecto a ser considerado no que tange a importância da glutamina para o
trato gastrointestinal é o fato de que a mesma apresenta capacidade imunomoduladora,
propiciando a reparação da mucosa intestinal.
BUCHMAN, A. Glutamina. In: SHILS, M.; OLSON, J.; SHIKE, M.; ROSS, C. Barueri:
Manole, 2009. p.601-607.
DIESTAL, C.F. et al. Efeito da suplementação oral de l- glutamina na parede colônica
de ratos submetidos à irradiação abdominal. Acta Cirúrgica Brasileira, v.20, n.1, p.94-
100, 2005.
NEVES, J.S. et al. Influência da glutamina na mucosa do intestino delgado de ratos
submetidos à enterectomia extensa. Rev Col Bras Cir., v.30, n.6, p.406-15, 2003.
XAVIER, H. et al. Relação do consumo de glutamina na melhora do trato
gastrointestinal: Revisão sistemática. O papel da glutamina no trato gastrointestinal.
Revista Brasileira de Obesidade, Nutrição e Emagrecimento, v.3, n.18, p.504-512, 2009.
Formulação para reparo da mucosa intestinal:
Glutamina – 5g
Aviar X doses em pó
Posologia:
Consumir uma dose pela manhã em jejum.
Whey Protein
A proteína do soro do leite demonstrou agir como fator de crescimento para os
probióticos Lactobacillus acidophilus e Bifidobacterium lactis, e servir como fonte de
energia para os colonócitos, melhorando a permeabilidade intestinal.
SARON, M.L.G. Aproveitamento do permeado do soro de leite bovino
através da transformação da lactose em lactulose e como ingrediente para
meios de cultura de bactérias probióticas. Dissertação. Campinas: Faculdade
de Engenharia de Alimentos, Universidade Estadual de Campinas, 2004.
Chá Verde
Os polifenóis do chá verde são metabolizados pela microbiota intestinal e
apresentam efeitos prebióticos, podendo inibir o crescimento de bactérias patogênicas
como Clostridium difficile e Staphylococcus spp, e estimular o crescimento de bactérias
benéficas como Bifidobacterium spp.
JANSSENS, P.L. et al. Long-term green tea supplementation does not
change the human gut microbiota. Plos One. v. 11, n.4, 2016.
Enzimas digestivas
 Digestão de proteínas.
Curcumina
 Redução da permeabilidade intestinal.
Raiz de alcaçuz
 Redução da permeabilidade intestinal, aumento da mucosa gástrica e da acidez
do estômago;
 500mg, 3 vezes ao dia.
Quercetina
 Atua nas proteínas de junção.
Vitamina D
 Induz a expressão de vários peptídeos antimicrobianos e é importante na
manutenção da formação de ligações firmes e adequadas.
Estresse e Microbiota Intestinal
O estresse pode afetar a trajetória de desenvolvimento da barreira intestinal e
tem sido associado a um aumento na permeabilidade do intestino.
5-hidroxitriptofano (5-HTP)
Diminui significativamente a permeabilidade intestinal em indivíduos saudáveis.
Produtos finais de glicação avançada (AGES) e
Permeabilidade Intestinal
AGES nos alimentos
Alimento Quantidade de
AGES
Alimento Quantidade de
AGES
Banana 82 Manteiga 264 873
Abacate 1 577 Maionese 94 000
Tomate cru 234 Peito de Frango
sem pele
grelhado/15min
58 281
Batata
cozida/25min
174
Batata frita 15 219 Gema cozida/12
min
18 616
Fatores que afetam a formação de AGES nos alimentos:
Preparo e temperatura no nível de AGEs no alimento
Ovos mexidos preparados em uma panela destampada em fogo médio-baixo
tem cerca de METADE de AGES de ovos preparados da mesma forma, mas em fogo
alto.
J Am Diet Assoc. 2010 Jun; 110(6): 911–16.e12.
Grelhar
Aumento de 10 a 200 vezes nos
níveis de AGEs.
Chapear, Tostar ou
Assar
Fritar
Frango Escaldado ou cozido no vapor tem MENOS DE ¼ de AGES de frango
assado ou grelhado.
J Am Diet Assoc. 2010 Jun; 110(6): 911–16.e12.
Reduzir AGES das Carnes
Marinando
Carne Crua
Carne assada a 150ºC por 15 minutos, sem vinagre ou limão
Carne assada a 150ºC por 15 minutos, após marinar no vinagre ou limão por 1
hora
Marinada de Limão e Alecrim
Ingredientes:
 4 dentes de alho
 2 ramos de alecrim
 ½ xícara de azeite de oliva
 ½ xícara de suco de limão
 Sal e pimenta
Modo de preparo:
Em um liquidificador, coloque o alho, folhas de alecrim, azeite, limão, sal e pimenta.
Triture até formar uma pasta.Coloque a carne em uma assadeira e cubra com o
marinado. Faça furos com um garfo dos dois lados da carne e espalhe bem o tempero
para que cubra a carne toda. Leve para a geladeira por 4-8 horas para marinar. Retire o
excesso de líquido do marinado e grelhe a carne em frigideira bem quente por 7 minutos
de cada lado
3
1
2
Probióticos
Principais funções:
 Devem colonizar a camada mucosa intestinal;
 Devem resistir ao pH ácido do estômago;
 Aumentar a expressão de mucina nas células epiteliais intestinais;
 Servirem de barreira e inibir patógenos;
 Devem modular a resposta imune;
 Prevenção e Tratamento da constipação.
Probióticos e Ansiedade
Os alimentos fermentados que contêm probióticos podem ter um efeito protetor
contra os sintomas de ansiedade social para aqueles com maior risco genético.
HILIMIRE, Matthew R.; DEVYLDER, Jordan E.; FORESTELL,
Catherine A. Fermented foods, neuroticism, and social anxiety: An
interaction model. Psychiatry research, v. 228, n. 2, p. 203-208, 2015.
Estudos recentes mostram que os gêneros Lactobacillus e Bifidobacterium têm
sido beneficamente usados como probióticos na ansiedade e na depressão, pois estão
diretamente ligados à produção de GABA.
BARRETT, E. et al. Gamma-Aminobutyric acid production by culturable
bacteria from the human intestine. J Appl Microbiol, v. 113, n. 2, p. 411-
7, 2012.
Micro-organismos vivos que,
quando administrados em
quantidades apropriadas, conferem
benefício à saúde do hospedeiro.
Alimentos fontes de Probióticos
Kefir
 Composto por mais de 50 espécies de bactérias probióticas e leveduras,
incluindo:
o Lactobacillus helveticus;
o Lactobacillus brevis;
o Lactobacillus kefir;
o Lactobacillus plantarum;
o Lactobacillus
acidophilus;
o Lactobacillus
kefiranofaciens;
o Kluyveromyces lactis;
o Saccharomyces
lipolytica.
Esta microflora vive simbioticamente numa matriz insolúvel de
polissacáridos;
Iogurte com
lactobacillus
Kefir
Picles
Kombucha
Excelente resistência
gastrointestinal e capacidade de
colonização.
GUZEL-SEYDIM, Z. B. et al. Functional properties of kefir. Critical
reviews in food science and nutrition, v. 51, n. 3, p. 261-268, 2011.
SILVESTRE, C. M. R. F. O diálogo entre o cérebro e o intestino: qual o
papel dos probióticos?: revisão de literatura. 2016. Tese de Doutorado.
Suplementos probióticos
Journal of Translational Medicine. 2017;15:73.
Psicobióticos
São definidos como probióticos que quando consumidos conferem benefícios
para a saúde mental, através de interações com bactérias intestinais do hospedeiro.
Exercem efeitos ansiolíticos e antidepressivos caracterizados por alterações nos índices
emocionais, cognitivo, sistêmico e neural.
Bifidobacteria;
Lactobacillos;
Streptococcus;
Total
aeróbica/anaeróbicas.
Coliformes;
Helicobacteria pylori;
Escherichia coli.
Os efeitos psicofisiológicos dos psicobióticos se enquadram nas seguintes
categorias:
1. Efeitos psicológicos nos processos emocionais e cognitivos;
2. Efeitos sistêmicos no eixo hipotálamo adrenal e resposta ao estresse de
glicocorticoides;
3. Reduz a inflamação, pelo aumento de citocinas pró-inflamatórias 10. Estas
citocinas compartilham uma associação positiva com condições psiquiátricas, em
especial a depressão;
Quanto maior a inflamação e estresse oxidativo menor é a resposta aos
antidepressivos inibidor seletivo da recaptação da serotonina (SSRI)
4. Aumento de 5-HT no hipocampo;
5. Ativação do Nervo-vago;
6. Manutenção do BDNF;
7. Aumento do triptofano plasmático;
8. Síntese de cofatores – B6; B12; Ácido fólico.
Trends in neurosciences. v. 39, n. 11, p. 763-781, 2016.
Biomedicine & Prevention. v. 2, p. 111, 2017.
Psychoneuroendocrinology, v. 76, p. 197-205, 2017.
PROBIÓTICOS com efeitos PSICOBIÓTICOS:
 Lactobacillus helveticus e Bifidobacterium longum – redução de cortisol e
melhora do humor;
 Lactobacillus casei Shirota – melhora do humor e da memória, redução do
estresse acadêmico;
 Bifidobacterium animalis, Streptococcus thermophiles, Lactobacillus
bulgaricus e Lactococcus lactis – modulação da reação em situações negativas;
 β- Galacto-oligossacarídeos – atenuou o estado de vigilância, sugerindo atenção
reduzida e reatividade às emoções negativas.
Trends in neurosciences. v. 39, n. 11, p. 763-781, 2016.
Psicobióticos e o eixo do intestino-cérebro: na busca da felicidade
Psicobióticos: a nova classe dos psicotrópicos
Teoria dos Psicobióticos
O que dizem os estudos...
 Estudo randomizado, duplo cego, separado por placebo, realizado em humanos,
durante 30 dias;
 Suplementação de 3 x 109
- Lactobacillus helveticus + Bifidobacterium longum
A suplementação atenuou o sofrimento psicológico e reduziu o cortisol!
MESSAOUDI, M. et al. Beneficial psychological effects of a probiotic
formulation (Lactobacillus helveticus R0052 and Bifidobacterium longum
R0175) in healthy human volunteers. Gut microbes, v. 2, n. 4, p. 256-261,
2011.
PSs - Escala de
estresse percebida
HADs – Escala de
ansiedade e depressão
Probiótico
s
Placebo
 Estudo em humanos realizado durante 3 semanas;
 Suplementação de 3 bilhões de UFC/dia – Lactobacillus acidophilus e
Bifidobacterium longum
DIOP, L. et al. Probiotic food supplement reduces stress-induced
gastrointestinal symptoms in volunteers: a double-blind, placebo-
controlled, randomized trial. Nutr Res. v. 28, n.1, p. 1-5, 2008.
 Estudo randomizado, duplo-cego, controlado por placebo. Determinou os efeitos
de um iogurte probiótico e da suplementação de cápsulas probióticas com
multiespécies sobre a saúde mental e o eixohipotálamo-hipófise-adrenal em
trabalhadores petroquímicos;
 Os indivíduos foram divididos aleatoriamente em três grupos para
receber iogurte probiótico de 100g/dia + uma cápsula de placebo (n = 25) ou
uma cápsula probiótica diária + iogurte convencional de 100g/dia (n = 25) ou
iogurte convencional de 100g/dia + um cápsula de placebo (n = 20) por 6
semanas;
O consumo de probióticos reduziu significativamente os
sintomas gastrointestinais, como dor abdominal, náusea e
vômitos, induzidos pelo estresse.
 Foi avaliado parâmetros de ansiedade e de estresse;
Houve melhora nos participantes suplementados com iogurte probiótico ou
cápsula probiótica.
MOHAMMADI, A. A. et al. The effects of probiotics on mental health and
hypothalamic–pituitary–adrenal axis: A randomized, double-blind, placebo-
controlled trial in petrochemical workers. Nutritional Neuroscience, 2016.
Lactobacillus casei 3 × 103
L. acidophilus 3 × 107
L. rhamnosus 7 × 109
L. bulgaricus 5 × 108
Bifidobacterium breve 2 × 1010
B. longum 1 × 109
S thermophilus 3 × 108
UFC
100mg de fruto-oligossacarídeos com lactose como excipiente
Segundo os autores: este é o primeiro estudo a mostrar que os probióticos podem
melhorar os escores de depressão, bem como alterar os padrões de atividade cerebral em
pacientes com Síndrome do Intestino Irritável (SII) com comorbidades como depressão
e ansiedade.
Após 6 semanas de suplementação de Bifidobacterium longum em pacientes com SII,
houve diminuição dos escores de depressão e diminuição da atividade cerebral em áreas
envolvidas no processamento de emoções negativas.
Melhorou os sintomas gerais da SII e a qualidade de vida.
 Pessoas saudáveis receberam probióticos por 30 dias.
Em pessoas com síndrome de fadiga crônica, a administração de
probióticos durante um experimento de dois meses resultou em menos
sintomas relacionados à ansiedade.
Os pesquisadores usaram vários
questionários para testar os efeitos dos
probióticos no estresse, ansiedade,
depressão e enfrentamento.
Seus resultados mostraram que o
grupo de probióticos apresentava
menor estresse psicológico do que
o grupo controle.
DESVONNET, L. et al. Effects of the probiotic Bifidobacterium infantis in the
maternal separation model of depression. Neuroscience. 2010;170:1179.
OHLAND, C.L. et al. Effects of Lactobacillus helveticuson murine behavior are
dependent on diet and genotype and correlate with alterations in the gut
microbiome. Psychoneuroendocrinology. 2013;38:1738
Lactobacillus rhamnosus JB-1 reduziu os
comportamentos relacionados à ansiedade e
à depressão.
Bravo JA, Forsythe P, Chew MV, Escaravage E, Savignac HM, Dinan TG, Bienenstock J,
Cryan JF. Ingestion of Lactobacillus strain regulates emotional behavior and central
GABA receptor expression in a mouse via the vagus nerve. Proc Natl Acad Sci U S
A. 2011;108:16050–16055.
O tratamento crônico com Bifidobacterium
infantis atenuou mudanças imunológicas induzidas
pelo estresse no início da vida e comportamentos
depressivos quando adultos.
Lactobacillus helveticus ROO52 também mostrou
reduzir o comportamento semelhante à ansiedade e
aliviar a disfunção da memória.
B. longum e depressão em pacientes com SII
Pacientes com SII suplementados com Bifidobacterium
longum, durante 10 semanas, apresentaram menores escores
de depressão, em comparação com os pacientes placebo.
A Ressonância Magnética mostrou que a melhora nos escores
de depressão foi associada a mudanças em várias áreas do
cérebro envolvidas no controle do humor.
PINTO-SANCHEZ, M.I. et al. Probiotic bifidobacterium longum
NCC3001 reduces depression scores and alters brais activity: a pilot study
in patients with irritable bowel syndrome. Gastroenterology. v. 153, n.2, p.
448-459, 2017.
 Estudo randomizado, duplo-cego, controlado por placebo;
 Suplementação de 3 cepas probióticas: Lactobacillus acidophilus (2 x 109
);
Lactobacillus casei (2 x 109
) e Bifidobacterium bifidum (2 x 109
) durante 8
semanas;
AKKASHEH, G. et al. Clinical and metabolic response to probiotic
administration in patients with major depressive disorder: A randomized,
double-blind, placebo-controlled trial. Nutrition 2016 Mar;32(3):315-320.
Índices de depressão no transtorno depressivo maior (MDD)
Níveis séricos de insulina
Níveis de glutationa antioxidante
STEENBERGEN, L. et al. A randomized controlled trial to test the effect
of multispecies probiotics on cognitive reactivity to sad mood. Brain
Behav Immun 2015;48:258-264.
Lactobacillus
acidophilus
Lactobacillus
helveticus
Lactobacillus
casei Shirota
Lactobacillus
casei
Lactobacillus
rhamnosus
Lactobacillus
salivarius
Lactococcus
lactis
Bifidobacterium
bifidum
Bifidobacterium
brevis
Bifidobacterium
infantis
Bifidobacterium
lactis
Bifidobacterium
longum
Mesmo em pessoas não deprimidas, as cepas
probióticas - B. bifidum, B. lactis, L.
acidophilus, L. brevis, L. casei, L. salivarius e
Lactococcus lactis (5 bilhões de UFC)
reduziram a reatividade cognitiva geral e os
pensamentos negativos.
Cepas probióticas para
Ansiedade e Depressão
1. É necessário conservação em geladeira?
DEPENDE!
Liofilizados não necessitam de refrigeração!
Dryning (Secamento)
o Mantêm as cepas estáveis em temperatura acima de 25ºC;
o Maior vida útil;
o Estáveis em pH ácido.
A liofilização é uma tecnologia de secagem que constitui na remoção da água
através da sublimação. Ocorre quando o alimento congelado, isto é, quando todo o seu
conteúdo de água está na forma de gelo, é submetido a condições de pressões muito
baixas. O produto é colocado em câmaras herméticas, o ar de dentro é removido através
de bombas de alto vácuo, criando a condição para que ocorra a sublimação da água.
A água passa de seu estado sólido para o gasoso a temperaturas muito baixas e
sem a presença de oxigênio, fatores muito favoráveis para a preservação das
características nutricionais de um alimento. Indicado para produtos que tenham
elementos sensíveis ao calor, como proteínas e vitaminas, a liofilização conserva as
propriedades nutritivas, pois as membranas das células não se rompem com a perda do
vapor de água. Praticada em pequena escala no Brasil há mais de dez anos, passa agora
Aspectos práticos da prescrição de
probióticos
para a produção de alimentos disponíveis em supermercados, como frutas, legumes e
verduras, carnes, sopas, sucos em pó, etc.
TERRONI, H. C. et al. LIOFILIZAÇÃO. Revista científica UNILAGO.
Disponível em:
http://www.unilago.edu.br/revista/edicaoanterior/Sumario/2013/downloads/2
013/LIOFILIZA%C3%87%C3%83O.pdf. Acesso em: 18/06/2018
IACONELLI, C. et al. Drying process strongly affects probiotics viability
and functionalities. Journal of biotechnology, v. 214, p. 17-26, 2015.
BROECKX, G. et al. Drying techniques of probiotic bacteria as an important
step towards the development of novel pharmabiotics. International
Journal of Pharmaceutics. v. 505, n. 1, p. 303-18, 2016.
Cápsulas Gastrorresistentes
“Todas as cepas testadas apresentaram alta sensibilidade às condições ácidas e
sugeriram que a maioria desses micro-organismos não apresentaria viabilidade
quando imerso no estômago em jejum”
Caillard, Romain, and Nicolas Lapointe. "In vitro gastric survival of commercially
available probiotic strains and oral dosage forms." International journal of
pharmaceutics 519.1 (2017): 125-127.
2. Qual o melhor horário para o consumo de probióticos?
30 minutos após as refeições...
 Menor sobrevida dos probióticos;
 Maior quantidade de ácido clorídrico;
 Menor pH do estômago.
TOMPKINS, T.; MAINVILLE, I.; ARCAND, Y. The impact of meals on a probiotic
during transit through a model of the human upper gastrointestinal tract. Beneficial
Microbes, v. 2, n. 4, p. 295-303, 2011.
Antes das refeições
ou
Durante as refeições
Somente 1 artigo!
A sobrevivência de todas as bactérias no produto
era melhor quando administrada com uma
refeição ou 30 minutos antes de uma refeição
TAMPONAMENTO DO pH
3. Melhor refeição para consumir junto com probióticos?
MINGAU DE AVEIA
Ingredientes:
200 ml de Leite Desnatado
2 colheres de sopa de Farelo de Aveia
1 colher de café de Essência de Baunilha
Modo de preparo:
Em uma panela adicione o leite desnatado e deixe aquecer em fogo baixo, acrescente a
aveia e a essência de baunilha e misture bem até começar a engrossar e soltar do fundo
da panela. Despeje em uma taça, salpique canela por cima e sirva em seguida.
4. Qual a dosagem?
No mínimo 2 bilhões de UFC!
Início do Tratamento – 5 bilhões de UFC
Manutenção – 2 bilhões de UFC
Lactobacillus
+
Bifidobacterium
5. Combinado ou Isolado?
6. 4 horas de intervalo quando associar com antibióticos!
Cepas combinadas são mais eficazes
na melhora dos sintomas do intestino
irritável, na função imunológica e na
saúde digestiva.
7. 2 horas após uso de fitoterápicos antibacterianos!
8. Cápsulas vegetais!
9. Excipientes: Inulina, FOS, Goma Acácia, Celulose
microcristalina e aerosil.
Excipientes ou ingredientes inativos:
São substâncias destituídas de poder terapêutico, usadas para assegurar a
estabilidade e as propriedades físico-químicas e organolépticas dos produtos
farmacêuticos.
Os excipientes de medicamentos para uso interno podem ser: conservantes,
corantes, aromatizantes (flavorizantes), adoçantes (edulcorantes) espessantes,
emulsificantes, estabilizantes ou antioxidantes. Eles mantêm os remédios livres de
microrganismos e adequados ao consumo por mais tempo, além de torná-los palatáveis,
favorecendo a adesão ao tratamento.
BALBANI, A. P. S.; STELZER, L. B.; MONTOVANI, J. C.
Excipientes de medicamentos e as informações da bula. Rev Bras
Otorrinolaringol 2006;72(3):400-6.
Quais cepas prescrever?
Saúde digestiva:
 Lactobacillus plantarum
 Lactobacillus acidophilus
 Bifidobacterium lactis
 Bifidobacterium longum
 Lactobacillus rhamnosus
 Lactobacillus fermentum
 Bifidobacterium bifidum
 Lactobacillus reuteri
 Lactobacillus helveticus
 Lactobacillus brevis
Saúde imune:
 Lactobacillus plantarum
 Lactobacillus acidophilus
 Bifidobacterium lactis
 Lactobacillus brevis
 Lactobacillus salivarius
 Lactobacillus paracasei
Recuperação antibiótica:
 Saccharomyces boulardi
 Lactobacillus rhamnosus
 Saccharomyces thermophilus
 Bifidobacterium lactis
 Lactobacillus acidophilus
 Lactobacillus casei
 Lactobacillus bulgaricus
 Bifidobacterium infantis
 Lactobacillus paracasei
Alívio da Síndrome do Intestino Irritável
 Saccharomyces boulardi
 Lactobacillus rhamnosus
 Bifidobacterium bifidum
 Bifidobacterium coagulans
 Lactobacillus acidophilus
 Lactobacillus bulgaricus
 Bifidobacterium infantis
 Enterococcus faecium
Ansiedade, Depressão e Modulação do Cortisol
 Lactobacillus acidophilus
 Lactobacillus helveticus
 Lactobacillus casei shirota
 Lactobacillus casei
 Lactobacillus rhamnosus
 Lactobacillus salivarius
 Bifidobacterium bifidum
 Bifidobacterium brevir
 Bifidobacterium infantis
 Bifidobacterium lactis
 Bifidobacterium longum
 Lactococcus lactis
E o uso em pessoas saudáveis...
Lactobacillus rhamnosus e Bifidobacterium animalis
Probióticos mortos também funcionam?
ADAMS, C.A. The probiotic paradox: live and dead cells are biological
response modifiers. Nutrition Research Reviews. v. 23, p. 37-46, 2010.
Quando o probiótico é “morto” os MAMPs são liberados da
membrana.
BIOMAMPs: fragmentos de bactérias distintas
Patenteados no Brasil:
Bio-MAMPs Lactobacillus acidophilus
Bio-MAMPs L. rhamnosus
Bio-MAMPs L. paracasei
Bio-MAMPs L. helveticus
Bio-MAMPs Bifidobacterium lactis
BioMAMPs Streptococcus thermophilus
Bio-MAMPs L. gasseri:
Utilizado para depressão!
Agem nos receptores NOD (do inglês, Nucleotide-binding
oligomerization domain) que estimulam o sistema
imunológico.
SIM
 Sistema imunológico;
 Modulação da inflamação
10mg
NISHIDA, K. et al. Daily administration of paraprobiotic Lactobacillus
gasseri CP2305 ameliorates chronic stress-associated symptoms in
Japanese medical students. Journal of Functional Foods. v. 36, 2017.
Journal of Translational Medicine. 2017;15:73.
Melhora da
qualidade do
sono
Redução do
cortisol salivar
Melhora dos
hábitos
intestinais
Consuma:
Alimentos ricos em polifenois!
A microbiota torna o polifenol biodisponível por transformar
da forma glicosídica para a forma aglicona.
Bactérias
patogênicas
Lactobacillus
e
Bifidobacteria
Behav Brain Res. 2014; 268: 1–7
Int Immunopharmacol. 2008; 8: 484–494
Behav Brain Res. 2012; 228: 359–366
Cacau em pó
Chá verde
Romã
Amêndoas
Alcachofra
Mirtilo
Morango
Maçã
Cebola
Vinho Tinto
Resveratrol -
BDNF
Fisetina
TNF-α, PG2 em
microglia
Efeito
antidepressivo
CURCUMINA
Kulkarni, S.K.. et al. Antidepressant activity of curcumin: involvement
of serotonin and dopamine system. Psychopharmacology
(Berl). 2008; 201: 435–442
CHÁ VERDE - Camellia sinensis
Zhu, W.L., Shi, H.S., Wei, Y.M. et al. Green tea polyphenols produce
antidepressant-like effects in adult mice. Pharmacol Res. 2012; 65: 74–80
Mazzio, E.A., Harris, N., and Soliman, K.F. Food constituents attenuate
monoamine oxidase activity and peroxide levels in C6 astrocyte
cells. Planta Med. 1998; 64: 603–606
Regula a aprendizagem e a
memória
Previnem a neuroinflamação
Modificam os níveis de
neurotransmissores
Consumo por 7 dias em camundongos - efeitos semelhantes
aos antidepressivos com efeitos na ativação do eixo HPA.
Modulação da atividade da enzima monoamina oxidase,
aumentando assim as concentrações de monoamina.
ROMÃ
Promove significativamente o crescimento de Bifidobacterium
breve e Bifidobacterium infantis em 275% e 241%.
BIALONSKA, D. et al. The effect of pomegranate (Punica granatum L.)
byproducts and ellagitannins on the growth of human gut bacteria. Journal
of agricultural and food chemistry, v. 57, n. 18, p. 8344-8349, 2009.
Qual a melhor dieta para a microbiota intestinal?
Plano
Alimentar
Polifenois
Probióticos
Prebióticos
Paraprobióticos
ESTRATÉGIA 5P
ESTILO DE VIDA
ALLEN, Jacob M. et al. Exercise Alters Gut
Microbiota Composition and Function in Lean and
Obese Humans. Urbana, v. 51, p. 61801, 2017.
YOGA E MEDITAÇÃO
CAHN, B. Rael et al. Yoga, meditation and mind-body health:
increased BDNF, cortisol awakening response, and altered
inflammatory marker expression after a 3-month yoga and
meditation retreat. Frontiers in human neuroscience, v. 11, p.
315, 2017.
Duração de 30 a 60 minutos
O treinamento físico induz mudanças tanto na composição quanto na função da
microbiota do intestino humano independentemente da dieta!
3 vezes por semana durante 6 semanas
Exercício cardiovascular
Sinalização de vias inflamatórias
Maior resiliência e bem-estar ao
estresse
Atuação nas vias
neurotróficas
Atividade do eixo HPA
↑ altamente significativo
de 3 vezes no nível de
BDNF
COMBINAÇÃO DE TRATAMENTOS
Exercício físico Alimentação
Suplementação
Terapia
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Microbiota intestinal e depressão

  • 1.
  • 2. • Relação entre microbiota e depressão; • Como modular a microbiota intestinal; • Suplementação de probióticos podem ser favoráveis na depressão e transtornos da ansiedade. 5 ANOS! O estudo da microbiota intestinal evolui de forma rápida. Artigos dos últimos 2 -3 anos são mais significativos. A função e composição do microbioma humano tem sido elucidado através de sequenciamento genético e técnicas computacionais.
  • 3. O QUE É A DEPRESSÃO? 5 patologias associadas 1 2 3 Transtorno Disruptivo da Desregulação do Humor Transtorno Depressivo Maior Transtorno Depressivo Persistente
  • 4. Transtorno Disruptivo da Desregulação do Humor Crises de humor esporádicas (3 – 4x por semana) Transtorno Depressivo Maior Sintomas relacionados a estado depressivo por mais de duas semanas. Transtorno Depressivo Persistente Transtorno Disfórico Pré-menstrual ou Tensão pré-menstrual 4 5 Transtorno Disfórico Pré-menstrual Transtorno Depressivo Induzido por Substância/Medicamento Tristeza e/ou luto Comportamentos depressivos ultrapassam 2 anos no adulto e 1 ano na criança.
  • 5. A Síndrome Pré-Menstrual (SPM) ou Tensão pré-menstrual (TPM) trata-se do conjunto de queixas somáticas e/ou psicológicas recorrentes que ocorrem especificamente durante a fase lútea do ciclo menstrual (tipicamente nas duas últimas semanas do ciclo menstrual) e que desaparecem logo após o surgimento da menstruação ou após o final desta, sendo as alterações suficientemente intensas para interferir com o normal funcionamento da mulher, com a sua qualidade de vida e as suas relações interpessoais. É considerada síndrome, pois engloba sintomas muito abrangentes, tanto psíquicos como físicos. Os principais são: depressão, confusão, irritabilidade, fadiga, dor nas mamas, distensão abdominal, dor de cabeça, edema, ganho de peso e acne discreta. O sistema endócrino, o reprodutor e o serotoninérgico tendem a realizar a regulação do comportamento. As alterações nos níveis de estrógeno e de progesterona, durante o ciclo menstrual, agem sobre a função serotoninérgica e em mulheres mais sensíveis, podem ocorrer manifestações emocionais da síndrome pré-menstrual. Pode ser classificada em:  Síndrome pré-menstrual: Grande variação no número, duração e gravidade dos sintomas.  Transtorno disfórico pré-menstrual: Presença de sintomas físicos e/ou psíquicos severos no período pré-menstrual promovendo prejuízos sociais, familiares ou profissionais. SILVA, C.M.L. e Colaboradores. Estudo Populacional de síndrome pré-menstrual. Rev Saúde Pública. Vol. 40. Num. 1. São Paulo, jan./fev., 2006. SADLER, C.; SMITH, H.; HAMMOND, J.; BAYLY, R.; BORLAND, S., PANAY, N. et al. Lifestyle factors, hormonal symptoms: the United Kingdom Southampton Women’s Survey. J. Women’s Health (Larchmt) v. 19, p. 391-6, 2010. SAMPSON, G. Premenstrual syndrome. Baill. Clin. Obstet. Gynecol., volume 3, número 4, págs. 687-704, 1989.
  • 6. Transtorno Depressivo Induzido por Substância/Medicamento Depressão ou TDM A depressão é uma condição relativamente comum, de curso crônico e recorrente. Está frequentemente associada com incapacitação funcional6 e comprometimento da saúde física. Os pacientes deprimidos apresentam limitação da sua atividade e bem-estar, além de uma maior utilização de serviços de saúde. No entanto, a depressão segue sendo sub diagnosticada e sub tratada. Entre 30 e 60% dos casos de depressão não são detectados pelo médico clínico em cuidados primários. Muitas EXEMPLO DE FORMULAÇÃO PARA TPM Tensão pré-menstrual (com dor nas mamas) Componentes da fórmula: Mix de Tocoferóis – 800mg Piridoxal-5-fosfato - 20mg Magnésio quelado – 250mg Aviar X doses em cápsulas* qsp. Posologia: Consumir uma dose ao dia. *Cápsulas transparentes, isentas de açúcar, corantes, edulcorantes artificiais e lactose. Associar com: Oenothera biennies, Óleo de prímula, padronizado a 20% de ácido gama-linolênico – 1g Aviar X doses em cápsulas oleosas qsp. Posologia: Consumir uma dose ao dia. *Cápsulas transparentes, isentas de açúcar, corantes, edulcorantes artificiais e lactose.
  • 7. vezes, os pacientes deprimidos também não recebem tratamentos suficientemente adequados e específicos. A morbimortalidade associada à depressão pode ser em boa parte, prevenida (em torno de 70%) com o tratamento correto. FLECK, M. P. et al. Revisão das diretrizes da Associação Médica Brasileira para o tratamento da depressão (Versão integral). Revista Brasileira de Psiquiatria, v.31, suppl.1, p.S7-S17, 2009. Sinais e sintomas: • Tristeza prolongada; • Desânimo; • Cansaço; • Isolamento; • Lentificação ou agitação psicomotora; • Humor deprimido ou irritável; • Perda do prazer e interesse pelas atividades habituais (anedonia); • Alteração do padrão do sono (insônia ou hipersônia); • Alterações do apetite; • Alterações de atenção, concentração e memória; • Pensamentos de conteúdo negativo como morte, culpa, ruína e sentimento de inferioridade e até ideação suicida em casos mais graves. Diagnóstico é feito pelo médico psiquiatra através de critérios específicos.
  • 8. ATENÇÃO: quando esses comportamentos ultrapassam 2 semanas – principalmente em indivíduos que apresentam em um período superior a 2 anos. A depressão atinge 350 milhões de pessoas no mundo. Aumento de mais de 18%entre 2005 e 2015. 11 milhõesde pessoas no Brasil. O Brasil tem maior taxa de transtorno de ansiedade do mundo. Ansiedade e a depressão afeta 5,8%da população. A depressão será a maior causa de afastamento do trabalho no mundo em 2020.
  • 9. CAUSAS Genética Ambiente intrauterino Abuso sexual e trauma na infância Pós-parto Cobrança excessiva “INFOxicação” Falta de gerenciamento de tempo e informações Alimentação Sedentarismo Alterações químicas cerebrais  Serotonina;  Noradrenalina;  Dopamina.
  • 10. Alterações sistêmicas Recaptação. Inibidores da recaptação seletiva de serotonina! Recaptação de serotonina! Alterações intestinais Alterações na conexão entre intestino e cérebro
  • 11. Adrenalina Noradrenalina Dopamina Serotonina Luta Fuga Concentração Aprendizado Memória Prazer Recompensa Humor Ácido Amino Gama- butiríco Acetilcolina Glutamato Endorfinas Calmante Aprendizado Memória Atenção Memória Euforia MORITZ, B.; MANOSSO, L. M. Nutrição Clínica Funcional: Neurologia. São Paulo: Valeria Paschoal Editora Ltda., 2013. ANSIEDADE (transtorno do humor) Tanto o eixo HPA como o eixo simpático-adrenal são ativados pela ansiedade ou estresse.  HIPOTÁLAMO - Hormônio Liberador de Corticotrofina;  HIPÓFISE ANTERIOR– ACTH - hormônio adrenocorticotrófico OU corticotrofina;  ADRENAL – Cortisol.
  • 12. A ansiedade é a emoção relacionada ao comportamento de avaliação de risco que é evocado em situações em que o perigo é incerto (ameaça potencial), seja porque o contexto é novo ou porque o estímulo do perigo (ex: um predador) esteve presente no passado, mas não está mais no meio ambiente. Ao contrário, o medo está relacionado a estratégias defensivas que ocorrem em resposta ao perigo real que está a certa distância da vítima (ameaça presente). Na ansiedade aguda, a ativação do eixo HPA é adaptativa, já que, entre outras coisas, os corticoides parecem reduzir o medo percebido, prejudicando a recuperação da memória de informações que estimulam a emoção. Na ansiedade crônica, no entanto, a ativação de longo prazo do eixo HPA pode se tornar prejudicial, já que os corticoides dificultam os mecanismos de resiliência no hipocampo. A exposição crônica aos hormônios do estresse, independente se ocorre durante o período do pré-natal, infância, adolescência, idade adulta ou envelhecimento, também tem um impacto sobre as estruturas cerebrais envolvidas na cognição e saúde mental. O excesso de glicocorticoides durante situações de estresse crônico prejudica várias fases da formação e consolidação da memória. Esses efeitos ocorrem pela ação do excesso de glicocorticoides no hipocampo, que é capaz de aumentar a morte de neurônicos nessa região cerebral, diminuir neurogênese no giro denteado (principalmente pela ativação do eixo HPA e pelo estímulo de receptores de glicocorticoides) e ocasionar alterações neuroquímicas e morfológicas sobre os neurônios. MORITZ, B.; MANOSSO, L. M. Nutrição Clínica Funcional: Neurologia. São Paulo: Valeria Paschoal Editora Ltda., 2013.
  • 13. Cortisol Aldosterona • Aumenta a glicose na corrente sanguínea; • Estimula o estado de alerta; • Reflexos mais ativos para fuga. • Retém sódio e excreta potássio – mais ativos para fuga; • Porém aumenta a retenção hídrica excretar minerais importantes pela urina; • Perda de massa muscular; Consequências do estresse crônico: Estresse crônico Celulite – retenção de sódio Perda de massa muscular – proteólise para manter os níveis de glicose. Deficiência de potássio e magnésio. Cortisol elevado: • Ativação crônica - Alteração do hipocampo (memória, aprendizado); • Alteração na amigdala; • Redução do córtex pré- frontal.
  • 14. Cortisol diminui a sensibilidade dos receptores de 5-HT no hipocampo, prejudicando o mecanismo de lidar com o estresse (RESILIÊNCIA). E também contribui para o aumento da permeabilidade intestinal pelo fator liberador da corticotropina (CRF) e seus receptores (CRFR1 e CRFR2), os quais desempenham um papel fundamental na disfunção da permeabilidade intestinal induzida pelo estresse. GRAEFF, Frederico G. Ansiedade, pânico e o eixo hipotálamo- pituitária-adrenal. Revista Brasileira de Psiquiatria, v. 29, 2007. Perda de memória e ↓ função cognitiva Demência Depressão Diabetes
  • 15. De fato, muitos estudos relacionam a microbiota com ansiedade e depressão. Outros estudos mostram que a disbiose ou hiperpermeabilidade intestinal está associada ao aumento do risco de depressão – em pacientes com SII, obesidade e colite (situações comuns de disbiose). Disponível no material de apoio Disponível no material de apoio Disponível no material de apoio
  • 16. WINTER, Gal et al. Gut microbiome and depression: what we know and what we need to know. Reviews in the Neurosciences, 2018. DINAN, Timothy G. et al. Collective unconscious: how gut microbes shape human behavior. Journal of psychiatric research, v. 63, p. 1-9, 2015. Serotonina: A serotonina (5-hidroxitriptamina ou 5-HT) é a mais estudada como um neurotransmissor do sistema nervoso central e é predominantemente secretada no intestino. Estima-se que 95% da 5-HT seja encontrada no intestino, principalmente dentro das células enterocromafinas, enquanto cerca de 5% é encontrada no cérebro. A 5-HT é uma importante molécula de sinalização entérica e é bem conhecida por desempenhar um papel fundamental nas funções sensório-motoras e secretoras no intestino. Nos últimos tempos, estudos descobrindo várias novas funções da 5-HT derivada do intestino indicam que muitos mais ainda serão descobertos. Estudos recentes revelaram que a 5-HT desempenha um papel fundamental na ativação de células imunes e na geração / perpetuação da inflamação no intestino. Além de seus vários papéis no intestino, agora existem evidências emergentes que sugerem um papel importante da 5-HT derivada do intestino em outros processos biológicos além do intestino, como a remodelação óssea e a homeostase metabólica. BANSKOTA, Suhrid; GHIA, Jean-eric; KHAN, Waliul I.. Serotonin in the gut: Blessing or a curse. Biochimie, [s.l.], p.1-4, jun. 2018. 85 bilhões de neurônios 100 neurotransmissores Produz 50% de toda dopamina 5% de toda serotonina 40 Neurotransmissores 500 milhões de neurônios Produz 50% de toda dopamina 90% de toda serotonina
  • 17. SEROTONINA do INTESTINO É IGUAL DO CÉREBRO • Motilidade gastrointestinal e secreções intestinais; • Serotonina produzida no SNC - regulação do estresse e das emoções, do apetite e do sono. • Serotonina produzida no intestino: ação no humor e na serotonina cerebral produzida. Células que produzem a serotonina são diferentes: A Microbiota influencia o nível de serotonina do corpo Enterocromafinas Neurônios de rafe Intestino: Cérebro:
  • 18. A microbiota intestinal também pode utilizar diretamente o triptofano, limitando assim potencialmente sua disponibilidade ao hospedeiro. Além das exigências de crescimento para bactérias, certas cepas bacterianas abrigam uma enzima triptofanase que produz o indol a partir do triptofano. Bacteroides fragilis, por exemplo, tem essa capacidade enzimática que foi recentemente associada a anormalidades gastrointestinais nos transtornos do espectro do autismo. O significado fisiológico direto da produção de ácido indol-3-acético (AIA) a partir do triptofano para o hospedeiro não é bem compreendido, mas é relevante para a fisiologia bacteriana e interações planta-micróbio onde seus efeitos podem ser benéficos e prejudiciais. Ao contrário de eucariotos, as bactérias também podem sintetizar o triptofano via enzimas como a triptofano sintase. Curiosamente, cepas bacterianas específicas também podem produzir serotonina a partir de triptofano, pelo menos in vitro. Alguns microrganismos, principalmente bactérias gram-positivas, também são suscetíveis a drogas serotoninérgicas administradas ao hospedeiro, como os inibidores seletivos da recaptação da serotonina (ISRSs). O equilíbrio entre a utilização do triptofano bacteriano e o metabolismo, síntese de triptofano, produção de serotonina e, de fato, a resposta bacteriana a elevações exógenas na serotonina provavelmente desempenha um papel importante na determinação da disponibilidade local de triptofano gastrointestinal e circulante para o hospedeiro, além do suprimento dietético deste aminoácido ácido essencial. O’MAHONY, S.m. et al. Serotonin, tryptophan metabolism and the brain-gut- microbiome axis. Behavioural Brain Research, [s.l.], v. 277, p.32-48, jan. 2015. Esses resultados sustentam ainda mais a visão atual de que a microbiota intestinal desempenha um papel crucial na promoção da produção de 5-HT livremente biologicamente ativo. A desconjugação do 5-HT conjugado com glucuronida por enzimas bacterianas é provavelmente um dos mecanismos que contribuem para a produção de 5-HT livre no lúmen intestinal.
  • 19. Elaine Hsiao, pesquisadora da Universidade da Califórnia, Los Angeles (EUA), estuda serotonina no contexto do eixo do intestino-cérebro. “O intestino e o cérebro [são] os dois órgãos mais intimamente conectados dentro do corpo”.
  • 20. • Ativação vagal; • Produção de neurotransmissores; • Alteração no eixo HHA; • Citocinas do Sistema imunológico; • Vitaminas – Complexo B; • AGCC. WINTER, Gal et al. Gut microbiome and depression: what we know and what we need to know. Reviews in the Neurosciences, 2018 DINAN, Timothy G. et al. Collective unconscious: how gut microbes shape human behavior. Journal of psychiatric research, v. 63, p. 1-9, 2015. • SNC; • SNA; • SNE; • S. Endócrino; • S. Imunológico.
  • 21. As fibras aferentes projetam informações do intestino para os centros subcortical e cortical do cérebro, incluindo o córtex cerebral, cingulado e regiões insulares, enquanto as fibras eferentes se projetam para os músculos lisos do intestino. Há múltiplas rotas bidirecionais de comunicação entre o cérebro e a microbiota intestinal. Essas rotas incluem o nervo vago, o eixo hipotálamo-hipófise- adrenal (HPA), citoquinas produzidas pelo sistema imunológico, metabolismo de triptofano e produção de ácidos graxos de cadeia curta. Os AGCC ultrapassam a BARREIRA HEMATOENCEFÁLICA e tem efeitos antidepressivos e ansiolíticos A Barreira hematoencefálica (BHE): Os vasos sanguíneos transportam sangue do coração para cada tecido e órgão por todo o corpo, o que é essencial para fornecer oxigênio e nutrientes aos tecidos, remover dióxido de carbono e resíduos metabólicos dos tecidos, transmitir sinalização hormonal entre os tecidos, bem como mediar à interação dos tecidos. O sistema imunológico periférico com cada tecido. A árvore vascular é composta de artérias e arteríolas, que distribuem sangue para os tecidos, o leito capilar, que é essencial para a troca de gases e nutrientes nos tecidos, e vênulas e veias, que drenam o sangue dos tecidos. Cada segmento tem propriedades diferentes, dependendo de onde estão na árvore vascular e de qual órgão elas vascularizam. Em particular, a microvasculatura, composta pelos capilares e vênulas pós-capilares, tem propriedades diferentes para atender às necessidades específicas do tecido que elas vascularizam. A barreira hematoencefálica (BHE) é um termo usado para descrever as propriedades únicas da microvasculatura do sistema nervoso central (SNC). Os vasos do SNC são vasos contínuos não fenestrados, mas também contêm uma série de propriedades adicionais que lhes permitem regular rigorosamente o movimento de moléculas, íons e células entre o sangue e o SNC. Essa capacidade de barreira altamente restritiva permite que as células endoteliais da BHB regulem rigidamente a homeostase do SNC, o que é crítico para permitir a função neuronal adequada, bem como proteger o SNC de toxinas, patógenos, inflamação, lesões e doenças. A natureza restritiva do BHE proporciona um obstáculo para a entrega do fármaco ao SNC, e, assim, grande esforços foram feitos para gerar métodos para modular ou ignorar o BHE para a entrega de terapêuticas. A perda de algumas ou muitas destas propriedades de barreira durante doenças neurológicas incluindo acidente vascular cerebral, esclerose múltipla (MS),
  • 22. traumas cerebrais e distúrbios neurodegenerativos, é um componente importante da patologia e progressão destas doenças. A disfunção da BHE pode levar à desregulação iônica, alteração da homeostase de sinalização, bem como a entrada de células e moléculas imunológicas no SNC, processos que levam à disfunção e degeneração neuronal. DANEMAN, Richard; PRAT, Alexandre. The Blood–Brain Barrier. Cold Spring Harbor Perspectives In Biology, [s.l.], v. 7, n. 1, p.1-23, jan. 2015. AGCC ultrapassam a BHE efeitos antidepressivos e ansiolíticos. Influenciam a integridade da barreira hematoencefálica (BHE), aumentando a produção das proteínas de junção apertada claudina-5 e ocludina. Esta maior integridade da BHE limita a entrada de metabólitos indesejáveis no tecido cerebral. Sampson TR, Mazmanian SK (2015) Control of brain development, function, and behavior by the microbiome. Cell Host Microbe 17(5):565–576. Disponível no material de apoio
  • 23. O trato gastrointestinal (GI) abriga vários micro-organismos, cujo genoma coletivo é denominado microbioma intestinal. No TGI - 50 filos diferentes, 1000 espécies bacterianas diferentes e 1014 bactérias viáveis por grama de conteúdo luminal. A densidade do microbioma humano é maior no cólon. Firmicutes (64%), Bacteroidetes (23%), Proteobacteria (8%) e Actinobacteria (3%) mais abundantes. Quatro bactérias que produzem a maior parte da serotonina: Lactobacillus Bifidobacterium Produzem GABA - relaxante Cândida Streptococcus Escherichia Enterococcus Bactérias que produzem a maior parte da serotonina Bacillus Serratia Produzem Dopamina - motivação Lyte, M. (2011) Probiotics function mechanistically as delivery vehicles for neuroactive compounds: Microbial endocrinology in the design and use of probiotics. Bioessays 3(8):574-581. Disponível no material de apoio
  • 24. WINTER, Gal et al. Gut microbiome and depression: what we know and what we need to know. Reviews in the Neurosciences, 2018. Composição da microbiota intestinal alterada (riqueza e diversidade) AZUL População do gênero é aumentada em resposta ao estresse AMARELO População do gênero é diminuída em resposta ao estresse PRETO Evidências conflitantes para da microbiota em resposta ao estresse
  • 25. Via de mão-dupla: 1. Depressão e estresse modificam a microbiota intestinal – cortisol reduz IgA – importante para microbiota (prego no muco) e reduz lactobacillus e bifidobacterium. Noradrenalina liberada pelo estresse – aumenta reprodução de 10.000 vezes Escherichia Colli. 2. Microbiota intestinal contribui para depressão: muitas evidências sugerem que a modulação da microbiota intestinal têm efeitos comportamentais semelhantes aos antidepressivos. Microbiota intestinal contribui para depressão Depressão e Estresse modificam a microbiota intestinal Modulação da microbiota: Efeitos comportamentais em seres humanos semelhantes aos antidepressivos.
  • 26. Alterações sistêmicas da Depressão LINDQVIST, Daniel et al. Oxidative stress, inflammation and treatment response in major depression. Psychoneuroendocrinology, v. 76, p. 197-205, 2017. Pessoas inflamadas!! Marcadores inflamatórios TNF-α IL-6 Estresse oxidativo 8-OHdG e F2-isoprostanos Alto nível de cortisol - Hiperatividade do Eixo HHA  dessensibilização dos receptores de 5- HT no hipocampo.
  • 27. • Alteração de microbiota; • Alta permeabilidade intestinal; • Danos no SNE; • ↑ Recaptação e ↓ produção de Neurotransmissores; • Baixo BDNF; • Baixa neurogênese. SAIBA MAIS BDNF O fator neurotrófico derivado do cérebro (BDNF) pertence à superfamília da neurotrofina e tem um papel essencial na neurogênese e neuroplasticidade do cérebro. A sinalização do BDNF apoia a sobrevivência dos neurônios existentes e encoraja a proliferação e diferenciação de novos neurônios e sinapses no sistema nervoso central e periférico. No cérebro, o BDNF é altamente expresso no hipocampo, no córtex e no prosencéfalo basal e tem um papel importante em regiões vitais para a aprendizagem e a memória. TOH, Yi Long et al. Impact of brain-derived neurotrophic factor genetic polymorphism on cognition: A systematic review. Brain And Behavior, [s.l.], p.1-14, 1 jun. 2018.
  • 28. Trends in Neurosciences 39.11 (2016): 763–781. Alteração da microbiota Marcadores inflamatórios: IL-1β, IL-6, TNF-α, interferon gama (IFN- γ) e PCR Desregulação do Eixo Hipotálamo Hipófise Adrenal Redução da disponibilidade de precursores de neutrotransmissores. Danos nos neurônios entéricos Disponível no material de apoio 34 pacientes Internados em clínicas psiquiátricas com depressão. Menor riqueza e diversidade da microbiota
  • 29.
  • 30. SAIBA MAIS Triptofano Na presença de citocinas inflamatórias, como o TNF-α, ocorre um estimulo da enzima indoleamina 2,3-dioxigenase (ISSO). Dessa forma, o triptofano diminui sua conversão para serotonina e se transforma mais em L-quinurenina. A L-quinurenina pode dar origem o ácido quinurênico, um antagonista do receptor N-metil-D-aspartao (NMDA) ou em ácido quinolínico, um agonista do receptor NMDA. A associação da diminuição da serotonina com um aumento da ativação dos receptores NMDA, pode predispor o indivíduo à depressão e a um maior risco de suicídio. MORITZ, B.; MANOSSO, L. M. Nutrição Clínica Funcional: Neurologia. São Paulo: VP Editora, 2015. Triptofano L-Quinurenina 5-hidroxi-triptofano Serotonina 3(OH) quinurenina 3(OH) antranílico Ácido quinolínico Nicotinamida Ácido quinurênico Receptor NMDA Depressão Risco de suicídio IDO TNF-α
  • 31. + acetato que butirato AGCC: Efeito sistêmico - BUTIRATO ↓Butirato
  • 32. Transplante de microbiota fecal de pacientes deprimidos para ratos com depleção de microbiota. BDNF Fator de crescimento Neurotrófico produzido no hipocampo. Ansiedade Anedonia Alteração no metabolismo do triptofano.
  • 34. Microbiota e BDNF Butirato DINAN, Timothy G. et al. Collective unconscious: how gut microbes shape human behavior. Journal of psychiatric research, v. 63, p. 1-9, 2015. Baixos níveis de BDNF no hipocampo associados à ansiedade e à depressão. Microbiota interfere no BDNF. Expressão de BDNF no hipocampo. Bifidobacterium breve e longum  BDNF
  • 35. DISBIOSE REDUZ BDNF e NMDA Estresse Ativação eixo HHA BDNF SAIBA MAIS Disbiose A microbiota exerce papel de proteção contra bactérias patogênicas, prevenindo a disbiose. Disfunção na diversidade e composição bacteriana intestinal é chamado de disbiose. Essas disfunções acarretam em um aumento da permeabilidade intestinal, aumentando a passagem de lipopolissacarídeo (LPS) para a circulação, o que leva ao desenvolvimento de um estado inflamatório crônico. As bactérias patogênicas, acabam se ligando por sítios de ligação nas células epiteliais e na camada da mucosa, além de diminuir alterações nas tight junction e aumentar a produção e liberação de IgA secretora. Com isso, sintomas como gases, diarreia ou constipação, e há o favorecimento para doenças como: doenças cardiovasculares, síndrome metabólica e desordens do sistema nervoso central. MORAES, M. S. et al. Efeitos funcionais dos probióticos com ênfase na atuação do kefir no tratamento da disbiose intestinal. Revista UNILUS Ensino e Pesquisa v. 14, n. 37, out/Dez, 2017. HARPER, Ashton; NAGHIBI, Malwina; GARCHA, Davinder. The Role of Bacteria, Probiotics and Diet in Irritable Bowel Syndrome. Foods, [s.l.], v. 7, n. 2, p.13, 26 jan. 2018.
  • 36. N-metil D Aspartato Produzido a partir do BDNF Plasticidade sináptica e Função cognitiva Disbiose BDNF e N-metil D Aspartato
  • 37. BDNF altera microbiota intestinal O nervo vago modula a expressão do BDNF e a neurogênese no hipocampo Microbiota interfere no nível de BDNF
  • 38. The Kaohsiung journal of medical sciences, v. 34, n. 3, p. 134-141, 2018. BDNF reduz permeabilidade intestinal.
  • 39. Yarandi SS, Peterson DA, Treisman GJ, et al. Modulatory effects of gut microbiota on the central nervous system: how gut could play a role in neuropsychiatric health and diseases. J Neurogastroenterol Motil 2016;22(2):201-212. SAIBA MAIS Ocludina e Zonulina Um grande número de proteínas faz parte da estrutura das tight junctions: i) as proteínas integrais de membrana, ou proteínas transmembranares, que incluem a família de proteínas das Cld e são associadas com outras proteínas transmembranares, as Ocl; ii) o complexo juncional de proteínas, que inclui a zonulaocludens (ZO)-1 e outras proteínas citoplasmáticas, como ZO-2 e ZO-3, fazem parte desse sistema; e iii) as estruturas do citoesqueleto da célula, como os microtúbulos e microfilamentos. As tight junctions estão envolvidas em uma série de funções chave do epitélio intestinal, tanto em circunstâncias fisiológicas quanto patológicas. Proteínas das tight junctions são desreguladas ou podem ser geneticamente defeituosas em numerosas doenças. LAUFFER, Adriana. Efeito do estresse agudo, crônico e ambos combinados na permeabilidade intestinal de ratos.2015. 98 f. Tese (Doutorado) - Curso de Ciências em Gastroenterologia e Hepatologia, Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, 2015. Estresse emocional e crônico Permeabilidade intestinal
  • 40. O aumento da permeabilidade intestinal favorece a maior passagem de lipopolissacarídeos. Proteína de junção Permeabilidade intestinal
  • 41. Envoltório de célula gram-negativa O aumento da permeabilidade faz com que esses lipopolissacarídeos (LPS) sejam absorvidos, via paracelular. Os LPS ativam receptores da inflamação comoTLR4 chegando ao SNC, gerando neuroinflamação e alteram funções que regulam cognição, humor e comportamento. Resumo: Yarandi SS, Peterson DA, Treisman GJ, et al. Modulatory effects of gut microbiota on the central nervous system: how gut could play a role in neuropsychiatric health and diseases. J Neurogastroenterol Motil 2016;22(2):201-212. Estado emocional alterado e estresse crônico Afeta a composição e função da microbiota intestinal. LPS e peptídeos neuroativos circulação Áreas do sistema nervoso que regulam a cognição, humor e comportamento são afetadas.
  • 43. A Permeabilidade Intestinal gera um fenótipo inflamatório contribuindo para depressão de diversas maneiras. Mayer EA. Gut feelings: the emerging biology of gut-brain communication. Nat Rev Neurosci. 2011;12(8):453-466. SAIBA MAIS Lipopolissacarídeos Componentes bacterianos como o lipopolissacarídeo, encontrados na parede celular de bactérias Gram-negativas, representam importantes e potentes estimuladores de secreção celular de várias citocinas e fatores de crescimento via mediada por Receptores Toll-Like. A ligação do lipopolissacarídeo ao TLR4 induz produção de citocinas inflamatórias da resposta imune inata, que contribuem com a destruição tecidual. FERRAZ, E. G. et al. Receptores Toll-Like: ativação e regulação da resposta imune. RGO, Rev. gaúch. odontol. (Online) vol.59 no.3 Porto Alegre Jul./Set. 2011. 1 Alterando o metabolismo dos neurotransmissores 2 Reduzindo a disponibilidade de precursores de neurotransmissores Ativando o eixo HPA 3
  • 44. Permeabilidade intestinal KELLY, John R. et al. Breaking down the barriers: the gut microbiome, intestinal permeability and stress-related psychiatric disorders. Frontiers in cellular neuroscience, v. 9, 2015. LPS em TRL neuronal Microbioma de adultos - estável MOHAJERI, M. Hasan et al. Relationship between the gut microbiome and brain function. Nutrition Reviews, 2018.
  • 45. Vários fatores podem influenciar drasticamente sua composição em um período relativamente curto de tempo. MOHAJERI, M. Hasan et al. Relationship between the gut microbiome and brain function. Nutrition Reviews, 2018. Microbiota é formada até os 3 anos de idade! T. Yatsunenko, F.E. Rey, M.J. Manary, I. Trehan, M.G. Dominguez- Bello, M. Contreras, et al.Human gut microbiome viewed across age and geography Nature, 486 (2012), pp. 222-227 Antibiótico Estresse Infecção Genética do hospedeiro Estado nutricional Alteração do ritmo circadiano Dieta Cada indivíduo tem um microbioma ÚNICO! O microbioma pode ser considerado uma impressão digital, nenhum microbioma é igual ao outro.
  • 46. Uma mudança aguda na dieta - por exemplo, para uma que é estritamente baseada em animais ou vegetal - altera a composição microbiana em apenas 24 h. “... é a composição da dieta e o estado nutricional que tem repetidamente demonstrado ser um dos fatores modificáveis mais críticos que regulam a microbiota intestinal.” COMO MODULAR A MICROBIOTA?
  • 47. FERRARIO, C. et al. Modulation of fecal Clostridiales bacteria and butyrate by probiotic intervention with Lactobacillus paracasei DG varies among healthy adults. J Nutr., v. 144, n.11, p. 1787–1796. 2014. VAMOS COMEÇAR PELA ALIMENTAÇÃO! Avanços no sequenciamento de genes 16S rRNA gene, trouxe uma evolução na Nutrição associada à microbiota.
  • 48. SANDHU, Kiran V. et al. Feeding the microbiota-gut-brain axis: diet, microbiome, and neuropsychiatry. Translational Research, v. 179, p. 223-244, 2017. Western diet - consumo excessivo de açúcares refinados, sal e gordura saturada, baixo consumo de fibra alimentar e baixa variabilidade alimentar geral. Dietas que consistem em fast food e alimentos processados têm sido associadas ao aumento da permeabilidade intestinal e sintomas depressivos. A glicose aumenta a permeabilidade do intestino e produz mudanças na distribuição da principal proteína de junção na linha celular humana Caco-2, indicando vazamento intercelular. Uma dieta rica em açúcar, resulta em uma maior produção de AGEs (produtos de glicação avançada) o que leva a um aumento na permeabilidade intestinal.
  • 49. Dietas ocidentais são ricas em aditivos alimentares, como maltodextrina, que é amplamente utilizada e tem há muito tempo o status de SEGURA, promove a expressão de genes de virulência em Escherichia coli e promove invasão da microbiota para a camada de muco em animais. A invasão de patógenos para a camada de muco gera prejuízos na função intestinal e na barreira intestinal. CHASSAING, Benoit; VIJAY-KUMAR, Matam; GEWIRTZ, Andrew T. How diet can impact gut microbiota to promote or endanger health. Current opinion in gastroenterology, v. 33, n. 6, p. 417-421, 2017. SAIBA MAIS Barreira mucosa O epitélio do trato gastrointestinal é coberto por muco, um sistema protetor que se desenvolveu precocemente em termos evolutivos. O muco é totalmente transparente e age como uma barreira que protege o epitélio de uma ampla variedade de ameaças que pode encontrar. Por exemplo, nós ingerimos alimentos sólidos que causam estresse mecânico no epitélio. Também temos que lidar produtos produzidos endogenamente do sistema digestivo, como ácido clorídrico, enzimas proteolíticas e ácidos biliares. Finalmente, o desafio mais extremo é da nossa microbiota, composta pelos trilhões de microrganismos que residem em nosso trato digestivo inferior. A primeira linha de defesa contra o estresse mecânico, o sistema digestivo endógeno e os microrganismos é o muco que cobre todas as superfícies epiteliais potencialmente expostas. JOHANSSON, M. E. V.. Mucus Layers in Inflammatory Bowel Disease. Inflammatory Bowel Diseases, [s.l.], v. 20, n. 11, p.2124-2131, nov. 2014.
  • 50. Os emulsificantes são adicionados à maioria dos alimentos processados para melhorar a textura dos alimentos e prolongar a vida de prateleira. Os carboximetil celulose (CMC) e polissorbato 80 (P80) promovem o sobrecrescimento bacteriano no intestino delgado (ratos) e facilitam a translocação de bactérias. CHASSAING, Benoit; VIJAY-KUMAR, Matam; GEWIRTZ, Andrew T. How diet can impact gut microbiota to promote or endanger health. Current opinion in gastroenterology, v. 33, n. 6, p. 417-421, 2017.
  • 51. ADOÇANTES ARTIFICIAIS Adoçantes artificiais e emulsificantes dietéticos podem alterar a microbiota, resultando em perturbação e inflamação. SAIBA MAIS Emulsificante São aditivos utilizados pela indústria de alimentos a fim de melhorar a textura, a estabilidade, o volume, a maciez, a aeração e a homogeneidade, agregando qualidade aos produtos. Esses aditivos podem modificar a fase contínua de um produto, conferindo-lhe um efeito específico desejado, como o uso da lecitina em chocolates para reduzir a sua viscosidade e facilitar o seu manuseio. A maioria dos emulsificantes é derivada de mono e diacilgliceróis ou de álcoois. A estrutura dos emulsificantes é composta por uma parte hidrofílica, que interage com a fase aquosa e outra lipofílica, que interage com a fase oleosa. Essa estrutura permite a sua atuação na interface de duas substâncias imiscíveis. Para esta aplicação em especial, torna-se imprescindível o correto balanço entre a hidrofilicidade e lipofilicidade (HLB) da molécula do emulsificante. Quanto maior o valor do HLB, maior a hidrofilicidade e, quanto menor o valor do HLB, maior a lipofilicidade. Dependendo desse balanço, o aditivo poderá ser usado em emulsões do tipo água em óleo (A/O) ou óleo em água (O/A). Bergjohann, P.; Costa, S. M.; Dalpubel, V.; Maciel, M. J.; Souza, C. F. V.. ADITIVOS ALIMENTARES. Cap. 30. In: Alimentação e nutrição nos ciclos da vida / Fernanda Scherer Adami, Simara Rufatto Conde (Orgs.) - Lajeado: Ed. da Univates, 2016.
  • 52. A maioria dos estudos em animais (especialmente ratos). Há a necessidade de estudos em humanos.  Eritritol;  Maltitol;  Taumatina. 5 dias
  • 53. Dois protocolos: As bactérias começaram a mudar seu comportamento após 24 horas em cada dieta. 1 Uma dieta “baseada em plantas” – Grãos, Legumes, Frutas e Vegetais 2 Uma dieta “baseada em animais” – Carnes, Ovos e Queijos de 22 espécies bacterianas, e entre elas micro-organismos tolerantes à bile!
  • 54. SAIBA MAIS Micro-organismos tolerantes à bile Bactérias probióticas tolerantes à bile são diferentes de bactérias patogênicas (gram-negativas) tolerantes à bile. Entenda: Os probióticos devem ser resistentes ao processo de digestão no estômago e no trato intestinal como aos ácidos biliares. Os ácidos biliares primários sofrem ação da microbiota benéfica e são convertidos a ácidos biliares secundários (conjugados) (litocólico e desoxicólico) ativando TGR5 o qual desempenha um papel na regulação do metabolismo basal, do gasto energético (ativa o tecido adiposo marrom), anti-inflamatório. Além disso os ácidos biliares aumentaram a liberação dos transmissores peristálticos, a 5-hidroxitriptamina (serotonina). Em uma dieta rica em carnes, há um aumento de bactérias como Bilophila ssp. e Alistirpes ssp., as quais são gram-negativas e anaeróbias e tolerantes à bile dificultando assim a conjugação do ácido biliar e a ativação do TGR5 implicando nos efeitos benéficos da conjugação dos ácidos biliares. TORRES-FUENTES, Cristina et al. The microbiota–gut–brain axis in obesity. The Lancet Gastroenterology & Hepatology, [s.l.], v. 2, n. 10, p.747-756, out. 2017. 20 adultos saudáveis 3 dias de sucos com frutas e vegetais
  • 55. Polifenois Nitrato Oligossacarídeos Fibras 6 garrafas/dia com misturas de vegetais, raízes, cítricos, limão, pimenta caiena e fava de baunilha. Seguido por uma dieta mais tradicional de 14 dias.
  • 56. Modulação da microbiota - perda de peso 1310 kcal/dia CADA SUCO: 266 kcal, 20% de gordura e 28 g de fibra.
  • 57. SAIBA MAIS Conheça os 6 tipos diferentes de misturas vegetais/frutas foram preparados a partir das seguintes frutas e vegetais: Sucos verdes com misturas de maçã, pepino, aipo, alface romana, limão e quantidade limitada (<2%) de espinafre, couve e salsa. A mistura de citros continha maçã, abacaxi e quantidade muito limitada (<1%) de limão e hortelã. Sucos verde com raiz – suco de maçã, limão, gengibre e beterraba. Sucos verde com gengibre A água caiena de limão: água filtrada com pimenta caiena e limão; Amêndoa de baunilha: mistura de amêndoas, tâmaras, sal marinho e fava de baunilha Disponível no material de apoio
  • 58. PROTEÍNA Principal fonte de nitrogênio para o crescimento microbiano do cólon. Essencial para a assimilação de carboidratos e a produção de produtos como AGCC. As proteínas da dieta sofrem proteólise luminal e subsequente metabolismo pela microbiota do intestino grosso. A fermentação bacteriana de aminoácidos e proteínas  no cólon distal gera uma gama de metabólitos  potencial tóxico.  Sulfeto de hidrogênio;  Ácidos graxos de cadeia ramificada;  Fenol;  Indol;  p-cresol;  Indoxilsulfato;  p-cresilsulfato;  Amônia. A disbiose aumenta a permeabilidade intestinal. 3 – 5 dias Plantas e sucos Problema: EXCESSO!
  • 59. Gases fétidos = disbiose. SAIBA MAIS Gases fétidos Bactérias intestinais são capazes de metabolizar compostos orgânicos como aminoácidos sulfurados e sulfato inorgânicos e produzem compostos como gás sulfídrico. Uma dieta rica em enxofre (ovos, algas, queijo, carnes no geral, cebola, brócolis, trigo, entre outros) pode levar a flatulência com uma maior porcentagem de sulfeto de hidrogênio - o cheiro clássico de gás de ovo podre. O sulfeto de hidrogênio é tão potente que mesmo uma quantidade muito pequena pode resultar em flatulência de mau cheiro. Geralmente quanto pior a digestão, maior a chance do sulfeto de hidrogênio se acumular no cólon. MAFRA, Denise; BARROS, Amanda F; FOUQUE, Denis. Dietary protein metabolism by gut microbiota and its consequences for chronic kidney disease patients. Future Microbiology, [s.l.], v. 8, n. 10, p.1317-1323, out. 2013.
  • 60. Disbiose e o consumo de carne ↑ os compostos tóxicos. Bactérias anaeróbias tolerantes à bile, como Bacteroides, Alistipes e Bilophila, aumentaram com o consumo de proteínas baseadas em animais. Journal of Translational Medicine. 2017;15:73. Carne vermelha: SANDHU, Kiran V. et al. Feeding the microbiota-gut-brain axis: diet, microbiome, and neuropsychiatry. Translational Research, v. 179, p. 223- 244, 2017.  Bacteroides  Atopodium  Clostridium  Prevotella  Veillonella sp.  Bilophila  Ácidos biliares secundários  Firmicutes
  • 61. O EXCESSO - O metabolismo microbiano da l- carnitina, abundante na carne vermelha, pode gerar produtos como o trimetilamina- N- óxido, que podem aumentar o risco de aterosclerose.  O consumo de soro e extrato de proteína de ervilha aumenta as Bifidobacterium e Lactobacillus.  Soro do Leite - diminui os Bacteroides fragilis e Clostridium perfringens.  A proteína de ervilha aumenta os níveis de AGCC intestinal. Journal of Translational Medicine. 2017;15:73. SAIBA MAIS TMAO Uma das associações mais proeminentes entre a microbiota intestinal e a doença a ser descoberto nos últimos anos é uma ligação entre o metabolismo microbiano do intestino de metabólitos contendo trimetilamônio (colina, fosfatidilcolina, carnitina) e doença cardiovascular (DCV). Os micróbios convertem a colina em trimetilamina (TMA) principalmente através de uma proeminente via bacteriana codificada pelo cluster de genes de utilização de colina (corte). A TMA produzida no intestino viaja para o fígado, onde é oxidada em N-óxido de trimetilamina (TMAO) pelas monooxigenases hepáticas da flavina. A literatura sugere que o TMAO aumenta os receptores de sequestradores de macrófagos e reduz o transporte reverso de colesterol, levando à formação de células espumosas macrofágicas e ao desenvolvimento aterosclerótico. Estudos de acompanhamento mostraram que o TMAO promove o recrutamento de leucócitos ativados para células endoteliais e induz a inflamação ativando a cascata de sinalização da proteína quinase ativada por mitógeno (MAPK) e do fator nuclear kB (NF-kB). ZHU, Weifei et al. Gut Microbial Metabolite TMAO Enhances Platelet Hyperreactivity and Thrombosis Risk. Cell, [s.l.], v. 165, n. 1, p.111-124, mar. 2016.
  • 62. GORDURAS Uma dieta rica em gordura aumenta a microflora anaeróbica total e as contagens de Bacteroides. EVITE DIETAS HIPERLIPÍDICAS (trans e saturadas)
  • 63. SAIBA MAIS Endotoxemia A endotoxemia metabólica se caracteriza por níveis plasmáticos elevados de LPS, sendo o principal fator na inflamação de baixo grau e na resistência à insulina. A endotoxemia metabólica é um exemplo de disbiose (isto é, uma ruptura do equilíbrio normal e saudável entre a microbiota intestinal e o hospedeiro) que reflete as decisões de estilo de vida (por exemplo, dieta, exercício) e as interações genômicas do hospedeiro. O LPS pode aumentar a liberação de citocinas pró-inflamatórias adiposas (por exemplo, TNF-α e IL-6) e a resistência à insulina. Considerados em conjunto, estas investigações em animais e seres humanos, sugerem fortemente que a microbiota intestinal e a dieta contribuem para a endotoxemia metabólica relacionada ao LPS de forma independente e concomitante. ARMSTRONG, Lawrence E.; LEE, Elaine C.; ARMSTRONG, Elizabeth M.. Interactions of Gut Microbiota, Endotoxemia, Immune Function, and Diet in Exertional Heatstroke. Journal Of Sports Medicine, [s.l.], v. 2018, p.1-33, 2018.
  • 64. CARBOIDRATOS - DIGERÍVEIS e NÃO DIGERÍVEIS DIGERÍVEIS Amidos e açúcares, como glicose, frutose, sacarose e lactose. Carboidratos DIGERÍVEIS são prejudiciais para a microbiota? Glicose, frutose e sacarose na forma de frutose das FRUTAS Prejudicial para a função intestinal Limite diário: 25g de frutose da fruta para pacientes com disbiose e permeabilidade intestinal 25gde frutose
  • 65. Saiba mais Confira a quantidade de frutose em algumas frutas Fruta (100g) Frutose (g/100 de alimento) Abacaxi 2,1 Ameixa 3,1 Banana 5 Caqui 5,5 Maçã Fuji 6,5 Laranja 2,2 Confira a tabela completa disponível no material de apoio. PUJOL, A. P. Estratégia Low Carb. Camboriú: o Autor, 2017. Parvin S. Nutritional analysis of date fruits (Phoenix dactylifera L.) in perspective of Bangladesh. Am J Life Sci. 2015;3:274. Eid N, Enani S, Walton G, Corona G, Costabile A, Gibson G, et al. The impact of date palm fruits and their component polyphenols, on gut microbial ecology, bacterial metabolites and colon cancer cell proliferation. J Nutr Sci. 2014;3:e46. Pessoas alimentadas com altos níveis de glicose, frutose e sacarose na forma de frutose das FRUTAS A abundância relativa de Bifidobacteria e reduziram Bacteroides.
  • 66. Fonte: United States Department of Agriculture - Agricultural Research Service - USDA Food Composition Databases. Jefery I, O’Toole P. Diet-microbiota interactions and their implica- tions for healthy living. Nutrients. 2013;5:234–52. Francavilla R, Calasso M, Calace L, Siragusa S, Ndagijimana M, Vernocchi P, et al. Efect of lactose on gut microbiota and metabo- lome of infants with cow’s milk allergy. Pediatr Allergy Immunol. 2012;23:420–7. 0 2 4 6 8 10 12 14 Manga Banana Mirtilo Abacaxi Damasco Melancia Pêssego Mamão papaya Morango Framboesa Abacate Composição de açúcares nas frutas por porcentagem Galactose Maltose Frutose Sacarose Glicose Lactose Bifidobacteria e AGCC Bacteroides espécies de Clostridia
  • 67. NÃO DIGERÍVEIS MACs Fibras/prebióticos Amido resistente Carboidratos acessíveis a microbiota SAIBA MAIS MACs Os MACs são carboidratos que resistem à digestão pelo intestino humano, mas podem ser metabolizados pela microbiota intestinal que fermenta e produz AGCC ou metaboliza em compostos fenólicos. A quantidade de MACs alimentares presentes numa única fonte de alimentos difere para cada indivíduo, uma vez que a metabolização dos carboidratos é dependente da adesão da microbiota de cada pessoa. Os MACs podem promover certos micro-organismos, diretamente (aqueles que consomem um substrato), ou indiretamente (através de interações cruzadas). PUJOL, A. P. Estratégia Low Carb. Camboriú: o autor, 2017.
  • 68. SAIBA MAIS ARTIGO A microbiota gastrointestinal tem um papel importante na saúde humana, e há um interesse crescente na utilização de abordagens dietéticas para modular a composição e a função metabólica das comunidades microbianas que colonizam o trato gastrointestinal para melhorar a saúde e prevenir ou tratar doenças. Uma estratégia alimentar para modular a microbiota é o consumo de fibra dietética e prebióticos que podem ser metabolizados por micróbios no trato gastrointestinal. Enzimas alimentares humanas não são capazes de digerir a maioria dos carboidratos complexos e polissacarídeos de plantas. Em vez disso, esses polissacarídeos são metabolizados por micróbios que geram ácidos graxos de cadeia curta (AGCCs), incluindo acetato, propionato e butirato. Este artigo revisa os conhecimentos atuais sobre o impacto do consumo de fibras e prebióticos na composição e função metabólica da microbiota gastrintestinal humana, incluindo os efeitos das propriedades físico-químicas de carboidratos complexos, dosagens adequadas de ingestão e tratamento e as respostas fenotípicas relacionadas à composição da microbiota humana. Leia o artigo na íntegra no material de apoio: Fibra alimentar e prebióticos e a microbiota gastrointestinal.
  • 69. A do tipo solúvel! QUAL TIPO DE FIBRA SERIAA MAIS BENÉFICA?
  • 70. Saiba mais Classificação das fibras conforme solubilidade Classificação das fibras Características Insolúveis Não são viscosas, são formadoras de volume fecal, fracas e lentamente fermentáveis no cólon. Agem principalmente no intestino grosso, produzindo fezes macias e acelerando o trânsito colônico. Solúveis Têm alta capacidade de retenção de água e possuem a propriedade de formar géis em solução aquosa. Uma vez no estômago e no intestino delgado, as fibras solúveis aumentam a viscosidade do bolo alimentar, diminuindo a atividade de certas enzimas digestivas, influenciando diretamente na taxa de digestão e absorção de nutrientes. São mais fermentáveis que as fibras insolúveis. Fibras insolúveis: Celulose → não é metabolizada pela microbiota. São formadoras de volume fecal, e favorece o bom funcionamento intestinal.
  • 71. Fibras solúveis RECOMENDAÇÃO DE FIBRAS – de 25 a 30g no mínimo! Na prática: 40g no mínimo!
  • 72. MICROBIOTA INTESTINAL muito mais DIVERSIFICADA em comparação com microbiotas de indivíduos de PAÍSES OCIDENTAIS. Saiba mais Conheça as principais fontes de fibras solúveis e insolúveis Ingestão de FIBRAS pode chegar de 50-120g/dia Fibras solúveis Fibras insolúveis Glucomanan (Amorphophallus konjac) Inulina (Batata Yacon) Goma guar (Cyamposis tetragonolobus) Psyllium FOS – fruto- oligossacarídeo Hemicelulose Celulose Lignina
  • 73. MUCO INTESTINAL: O muco intestinal é composto principalmente de mucinas que são aglomerados complexos de glicoproteínas estruturais com glicanos específicos ligados a O (O- glicano) produzidos por células especializadas do hospedeiro chamadas células caliciformes. As mucinas podem ser secretadas e formar um gel, ou ser produzidas como glicoproteínas ligadas à membrana que fazem parte do glicocálix epitelial. Estas glicoproteínas compartilham uma estrutura comum feita de aminoácidos repetidos em série ricos em prolina, treonina e serina e são chamados de domínios PTS. A barreira mucosa tem um papel importante na regulação da gravidade das doenças infecciosas. Ele fornece proteção contra muitos patógenos intestinais, incluindo Yersinia enterocolitica, Shigella flexneri, Salmonella e Citrobacter rodentium. Uma alteração da integridade da mucosa está geralmente associada a problemas de saúde, tais como doenças inflamatórias do intestino, incluindo colite ulcerativa e doença de Crohn. Durante a colite ulcerativa, a alteração da integridade do muco resulta em uma camada de muco mais fina devido à depleção das células caliciformes e redução da O-glicosilação e sulfatação das mucinas. Durante a doença de Crohn, a camada de muco é essencialmente contínua e comparável à mucosa saudável, embora haja evidências de expressão anormal e glicosilação da mucina. Estas alterações no ambiente mucoso também podem estar ligadas à disbiose, uma alteração anormal na composição da microbiota intestinal devido à doença de Crohn. Uma vez comprometida, a barreira mucosa torna-se permeável a bactérias que são capazes de acessar o epitélio e, portanto, causar inflamação, razão pela qual a integridade da camada de muco é crítica para a manutenção de uma relação homeostática entre a microbiota intestinal e seu hospedeiro. SICARD, Jean-félix et al. Interactions of Intestinal Bacteria with Components of the Intestinal Mucus. Frontiers In Cellular And Infection Microbiology, v. 7, 5 set. 2017.
  • 74. MUCO - primeira linha de defesa contra os micróbios comensais e patógenos invasores. Mahesh S. Desai et al. A Dietary Fiber-Deprived Gut Microbiota Degrades the Colonic Mucus Barrier and Enhances Pathogen Susceptibility. Cell, November 2016. Erosão do muco! A deficiência de fibras “Já que não me deram comida (fibras), eu vou comer o muco que tem polissacarídeo” Micro-organismos que produzem enzimas que digerem glicoproteínas presentes na camada de muco.
  • 75. EROSÃO DO MUCO:  Risco para absorção de bactérias patogênicas;  Risco para permeabilidade intestinal;  Inflamação da mucosa;  Risco para câncer de cólon.
  • 76. BRÁSSICAS 7g de crucíferas por kg de peso 14 dias
  • 77. WU, Yuanfeng et al. Hydrolysis before stir-frying increases the isothiocyanate content of broccoli. Journal of Agricultural and Food Chemistry, 2018. Alterou favoravelmente a microbiota intestinal Glucosinolato rico em compostos sulforafanos. Glucorofanina
  • 78. MAKINO, Yoshio et al. Storage in high-barrier pouches increases the sulforaphane concentration in broccoli florets. PLoS ONE, v. 13, n. 2, 2018. EMBALAR A VÁCUO (Aproximadamente 2 – 3 dias) A concentração de sulforafano em brócolis foi significativamente elevada em 1,9 a 2,8 vezes.
  • 79. GRÃOS INTEIROS AVEIA Quanto mais íntegros, maior o tamanho! O tamanho dos flocos de grãos pode levar a diferentes respostas bacterianas. Flocos de aveia maiores (0,85-1,00 mm) aumentaram MAIS os números de bifidobacteria. Connolly ML, Lovegrove JA & Tuohy KM (2010) In vitro evaluation of the microbiota modulation abilities of different sized whole oat grain flakes. Anaerobe 16, 483–488. Mingau de aveia: 60g em 150ml de água/dia. Valeur J, Puaschitz NG, Midtvedt T et al. Oatmeal porridge: impact on microflora- associated characteristics in healthy subjects. Br J Nutr. 2016 Jan 14;115(1):62-7. 1 semana Atividade prebiótica
  • 80. Doença Celíaca O glúten, principalmente suas frações proteicas a gliadina e a glutenina, foi estabelecido como um agente causador da doença celíaca. Caracterizada por lesão no intestino delgado e ativação do sistema imunológico. Na doença celíaca (DC), uma reação autoimune mediada por células T é desencadeada por peptídeos derivados do glúten. A cascata inflamatória autoimune é localizada no intestino delgado, onde leva a síndrome clássica de enteropatia e a má absorção. As manifestações clínicas são heterogêneas e vai desde diarreia, perda de peso e desnutrição, até a má-absorção seletiva de micronutrientes (ferro, vitamina B12, cálcio). Alergia ao trigo A alergia ao trigo representa outro tipo de reação imunológica adversa às proteínas contidas no trigo e grãos relacionados, com apresentações clínicas diferentes dependendo da via de exposição. Neste contexto, os anticorpos de imunoglobulina E (IgE) medeiam à resposta inflamatória a várias proteínas alergênicas, como a glutenina e a gliadina. Supõe-se que as gliadinas sejam as frações ativas do glúten. Isso porque elas contêm os peptídeos imunogênicos capazes de exercer um efeito citotóxico direto na célula. Disponível no material de apoio
  • 81. Sensibilidade ao Glúten Não Celíaca (SGNC) A sensibilidade ao glúten não celíaca é uma síndrome caracterizada por sintomas intestinais e extra-intestinais relacionados à ingestão de alimentos que contêm glúten em indivíduos não afetados pela doença celíaca e nem pela alergia ao trigo. A SGNC se caracteriza por sintomas que em geral ocorrem pouco após a ingestão de alimentos com glúten, e desaparece com a suspensão. A apresentação “clássica” da SGNC é uma combinação de sintomas similares aos da síndrome do intestino irritável (SII), incluindo:  Dor abdominal;  Inchaço;  Diarreia ou constipação;  Confusão mental;  Dormência de membros;  Dor nas articulações;  Fadiga;  Dor de Cabeça;  Dermatite;  Depressão;  Anemia. A prevalência da SGNC ainda não está claramente definida, e evidências indiretas sugerem que seja ligeiramente mais comum que a DC, pois esta última afeta cerca de 1% da população geral. A SGNC foi principalmente descrita em adultos, sobretudo entre mulheres na faixa etária de 30 a 50 anos. No entanto, também houve relatos de séries de casos pediátricos. Como a SGNC pode ser transitória, a tolerância ao glúten precisa ser reavaliada ao longo do tempo nos pacientes que apresentam essa condição. Diagnóstico – Como Identificar? O espectro de distúrbios relacionados ao glúten inclui doença celíaca, alergia ao trigo e sensibilidade ao glúten não celíaca. Nas três condições, os sintomas melhoram com a retirada do glúten.
  • 82. Investigação Doença celíaca (resposta imune adaptativa)* Alergia ao trigo (resposta imune alérgica)** Sensibilidade ao glúten não celíaca (resposta imune inata)*** Sorologia celíaca Positivo Negativo Negativo Biópsias duodenais Atrofia de vilosidades Normal Normal ou quase normal com aumento dos linfócitos intraepiteliais IgE sérica ou teste cutâneo para trigo Negativo Positivo Negativo * A doença celíaca apresenta sorologia celíaca positiva e atrofia de vilosidades nas biópsias duodenais; ** Na alergia ao trigo, há presença de positividade da sorologia para IgE ou teste cutâneo para trigo positivo; *** Na sensibilidade ao glúten não celíaca, há sorologia celíaca negativa, teste negativo para alergia ao trigo e biópsias duodenais normais a quase normais. Fonte: FENACELBRA. Glúten e Depressão Nos últimos anos diversos estudos investigaram a relação entre ingestão de alimentos que contêm glúten e aparecimento de sintomas/distúrbios neurológicos e psiquiátricos, tais como ataxia, neuropatia periférica, esquizofrenia, autismo, depressão, ansiedade e alucinações (denominadas de psicose do glúten). A diminuição da concentração cerebral de 5-HT tem sido sugerida há muito tempo como causa da depressão Estudo em ratos demonstrou que o consumo de alimentos com trigo demonstrou reduzir as concentração de triptofano no cérebro, sugerindo que as vias da serotonina (5- HT) são notavelmente sensíveis a várias proteínas presentes nesses alimentos. Exorfinas do glúten Esses peptídeos opióides derivados de proteínas alimentares parcialmente digeridas, incluindo o glúten, podem modular a função intestinal e atravessar a barreira hematoencefálica, interferindo nos sistemas inibitórios da dor, nos processos de emocionalidade e memória. PETERS, S. L. et al. Randomized clinical trial: gluten may cause depression in subjects with non‐coeliac gluten sensitivity–an exploratory clinical study. Alimentary pharmacology & therapeutics, v. 39, n. 10, p. 1104-1112, 2014.
  • 83. Disbiose intestinal e Comportamento Emocional Evidências sustentam uma importante influência da microbiota intestinal no comportamento emocional e nos mecanismos cerebrais subjacentes estão bem estabelecidas em roedores e está emergindo em humanos. Um estudo recente forneceu a primeira evidência de que os probióticos podem modular a atividade das regiões do cérebro envolvidas no processamento de emoções e sensações em mulheres adultas. Glúten e Microbiota Intestinal A dieta influencia a composição e função da microbiota intestinal e, portanto, a saúde do hospedeiro, particularmente em pacientes que sofrem de doenças relacionadas à alimentação. Nestes pacientes, os peptídeos do glúten desencadeiam uma resposta imune anormal que causa lesão do tecido caracterizada por atrofia vilosa, hiperplasia da cripta e aumento do número de linfócitos intraepiteliais e da lâmina própria. Estudos recentes indicam que pacientes celíacos apresentam a microbiota desequilibrada que pode desempenhar papel patogênico ou constituir fator de risco para esse distúrbio. Normalmente o tratamento para a DC é uma dieta livre de glúten (GFD) que leva à normalização da histologia da mucosa e a remissão dos sintomas clínicos. Sanz Y. Efects of a gluten-free diet on gut microbiota and immune function in healthy adult humans. Gut Microbes. 1:135–7. Bonder MJ, Tigchelaar EF, Cai X, Trynka G, Cenit MC, Hrdlickova B, et al. The infuence of a short-term gluten-free diet on the human gut microbiome. Genome Med. 2016;8:45. Gliadina Gliadina Paracelular = entre as células
  • 84. Glúten ou FODMAPs? Há também acúmulo de evidências do possível papel dos chamados oligossacarídeos, dissacarídeos, monossacarídeos e polióis fermentáveis (FODMAPs, na sigla em inglês) na indução de manifestações intestinais, como inchaço abdominal, constipação ou diarreia, flatulência excessiva e síndrome do intestino irritável. Lamentavelmente a SGNC e a intolerância aos FODMAPs podem apresentar certo nível de sobreposição, já que os alimentos ricos em glúten, sobretudo o trigo, também contêm teor elevado de FODMAPs. Alimentos fonte de FODMAPs: Tipos de FODMAP Onde encontrar? Monossacarídeos (frutose) Xarope de milho, mel, néctar de agave, maçã, pera, manga, aspargos, cereja, melancia, sucos de fruta, ervilha. Dissacarídeos (lactose) Leite de vaca, leite de cabra, leite de ovelha, soverte, iogurte, nata, creme, queijo ricota e cottage. Oligossacarídeos Cebola, alho, alho-poro, trigo, centeio, caqui, melancia, chicória, dente-de-leão, alcachofra, beterraba, aspargos, cenoura, quiabo, chicória, couve manteiga e leguminosas. Polióis Xilitol, manitol, sorbitol, glicerina, maçã, damasco, pêssego, nectarina, pêra, ameixa, cereja, abacate, amora, lichia, couve-flor, cogumelos. Fonte: Federação Brasileira de Gastroenterologia, 2017. Aplicativo para controle de dieta livre de FODMAPs:
  • 85. Benefícios para a saúde e efeitos adversos de uma dieta livre de glúten Grãos contendo glúten compõem uma grande parte da dieta ocidental moderna. Isto é, em parte, devido à sua palatabilidade, facilidade de cultivo e procissão em uma ampla variedade de alimentos, capacidade de produção em larga escala e alto conteúdo nutricional em peso. Entretanto, nas últimas três décadas a ingestão de alimentos sem glúten aumentou, e em 2016 mais de US$15,5 bilhões foram gastos em vendas no varejo de alimentos sem glúten no mundo. Grande parte desse aumento do consumo de produtos sem glúten se deve pela exposição da mídia social, que alega existir benefícios em uma dieta isenta de glúten para a saúde. No entanto a substituição de alimentos sem glúten, geralmente, ocorre por alimentos refinados e com menor qualidade nutricional, podendo levar ao aparecimento de:  Deficiências de micronutrientes;  Aumento do teor de gordura nos alimentos;  Hiperlipidemia;  Hiperglicemia;  Doença arterial coronariana. Por isso o consumo de glúten por pessoas não-celíacas não deve ser evitado e sim consumido de maneira mais seleta e com menor frequência. Disponível no material de apoio
  • 86. Grãos Integrais Os benefícios de consumir grãos integrais para a saúde são relacionados ao conteúdo de fibras. As fibras dietéticas dos cereais integrais geralmente resistem à digestão no trato gastrointestinal superior e agem como um combustível para a microbiota intestinal, podendo modificar a ecofisiologia bacteriano através dos metabólitos microbianos, tais como os Ácidos Graxos de Cadeia Curta (AGCC´s). Os grãos integrais também fornecem prebióticos capazes de modular a microbiota intestinal do hospedeiro A microbiota intestinal fermenta as matrizes de fibra dietética, e porções de compostos fenólicos são gradualmente liberadas e absorvidas no lúmen intestinal. Os compostos fenólicos não absorvidos podem exercer ação antioxidante e atividade antibacteriana podendo diminuir as bactérias patogênicas (Escherichia coli, Clostridium) no cólon. Além disso, estudos in vitro e in vivo demonstraram que os compostos fenólicos da dieta podem exercer efeitos prebióticos ao estimular o crescimento de bactérias benéficas (Lactobacillus e Bifidobacterium). Disponível no material de apoio
  • 87. O que são prebióticos? São componentes alimentares não digeríveis que estimulam seletivamente a proliferação ou atividade de populações de bactérias desejáveis no intestino (cólon), beneficiando o indivíduo hospedeiro dessas bactérias. Os prebióticos devem exercer algumas características importantes como resistir à acidez gástrica e à hidrolise por enzimas intestinais, e não ser absorvido pelo trato gastrointestinal. MOHAJERI, M.S. et al. The role of the microbiome for human health: from basic science to clinical applications. European Journal of Nutrition. v. 57, s.1, p. 1-14, 2018. Consumo de prebióticos altera o estado emocional
  • 88. A resiliência ao estresse ambiental parece ser fortemente influenciada pela composição microbiana. Este efeito provavelmente depende de alterações do eixo HPA e pode ser influenciado positivamente por certas espécies de bactérias probióticas. Em apoio a esta sugestão, a recente descoberta é que o tratamento com prebióticos, que é conhecido por aumentar os níveis de probióticos no intestino, altera a resposta ao despertar do cortisol e a reação emocional em indivíduos saudáveis. Tipos de prebióticos: Fruto-oligossacaídeos (FOS) Galacto-oligossacarídeos (GOS) Bimuno-galacto- oligossacarídeos (B-GOS) Beta-glucanas Pectina Amido resitente Alimentos fontes de prebióticos: Aspargus  FOS e Inulina;  Modo de preparo: frescos e crus, ou ligeramente cozidos no vapor. Alho-poró e Cebola  Maiores concentrações de FOS e Inulina;  Modo de preparo: frescos e crus, ou ligeramente cozidos. Alho  FOS e Inulina;  Estimula o crescimento de Bifidobacteria e promover um ambiente de pH baixo (ácido) no cólon, o que é favorável para bactérias benéficas.
  • 89. Mastigar ou esmagar o alho cru! Raiz de Chicória e Alcachofra  Inulina. Leguminosas  Galacto-oligossacarídeos (GOS), Rafinose-oligossacaídeos (ROS) e Amido resistente;  Pré-preparo: deixar a leguminosa em remolho por 12 horas em água e substância ácida (limão ou vinagre de maçã), trocando a água no mínimo 3 vezes e incluir subtância ácida (soro do iogurte, limão ou vinagre de maçã). Cozinhar normalmente após esse preparo. Maior concentração de fruto- oligossacarídeos
  • 90.  Atenção a flatulência: utilizar especiarias carminativas como a erva doce, o gengibre ou o caminho. Incluir Digeliv® sobre a leguminosa na hora de consumir. TUCK, Caroline J. et al. Oral Î-Galactosidase Improves Gastrointestinal Tolerance to a Diet High in Galacto-Oligosaccharides: Adjunct Therapy to a Low Fodmap Diet in Irritable Bowel Syndrome. Gastroenterology, v. 152, n. 5, p. S45, 2017. Banana Verde  Amido resistente;  Modo de preparo: lavar bem as bananas, descascar e conservar no freezer.  Utilizar ainda crua, evitando o processo de cocção. Batata Inglesa Cozida e Refrigerada  Amido resistente;  Modo de consumo: Cozida e Refrigerada. O resfriamento/congelamento eleva o teor de amido resitente devido à retrogradação do amido. Trata-se de um processo no qual as cadeias de amilose e amilopectina que foram desagregadas na gelatinização do amido, durante o aquecimento, se reagrupam para formar estruturas mais ordenadas. Este processo é desejado em termos de significância nutricional, devido à digestão enzimática mais lenta e à liberação moderada de glicose na corrente sanguínea. Batata-Yacon  Inulina e Fruto-oligossacarídeo;  Modo de consumo: crua. Cogumelo Ganoderma lucidum 200 a 500 mg
  • 91.  Capacidade de reverter a disbiose intestinal induzida por dietas ricas em gorduras;  Mantem a integridade da barreira intestinal;  Reduz a endotoximia metabólica; Tratamento para a obesidade: A modulação da microbiota intestinal é uma das ferramentas promissoras para combater a obesidade. Recentemente pesquisadores mostraram que o extrato do cogumelo Ganoderma lucidum reduziu a obesidade em animais, através do seu efeito prebiótico, e também diminuiu o percentual de gordura, a homeostase da glicose e a inflamação do tecido adiposo. Além disso, a administração do Ganoderma lucidum reduziu os níveis séricos de lipopolissacarídeos (LPS) e impediu a ativação hepática da via do receptor Toll-like 4. Micronutrientes Muitos trabalhos mostram que em pacientes deficientes em micronutrientes ocorre um comprometimento na microbiota e aumento da permeabilidade intestinal. Os micronutrientes influenciam o metabolismo e o funcionamento dos órgãos através de um efeito direto após a absorção e transferência para as células ou órgãos alvo, ou um efeito indireto mediado pela microbiota intestinal. Vitamina B2 (Riboflavina)  Atua como um combustível microbiano para Faecalibacterium prausnitzii (biomarcador de um intestino saudável);  Um estudo piloto aberto com 100mg/dia de riboflavina mostrou um aumento no número de bactérias benéficas e redução da E. coli nos participantes. Magnésio  A deficiência de magnésio desempenha papel na desregulação biológica que contribui para o surgimento da depressão e de transtornos de humor;  4 dias de deficiência de magnésio contribui para a inflamação sistêmica e composição da microbiota intestinal.
  • 92. WINTHER, G. et al. Dietary magnesium deficiency alters gut microbiota and leads to depressive-like behavior Act Neuropsychiatry, 27 (03) (2015), pp. 168-176 Zinco  Em modelos animais, a suplementação de zinco, demonstrou aumentar a concentração de ácidos graxos de cadeia curta e a diversidade de espécies na microbiota intestinal, principalmente lactobacillus;  A suplementação afeta a resposta imune local e sistêmica e a integridade das mucosas das membranas. BIESALSKI, Hans K. Nutrition meets the microbiome: micronutrients and the microbiota. Annals of the New York Academy of Sciences, v. 1372, n. 1, p. 53-64, 2016. Tratamento para a Permeabilidade Intestinal Ácidos Graxos de Cadeia Curta: Os AGCCs compreendem principalmente o acetato, o propionato e o butirato, e são produzidos sob condições anaeróbicas no intestino grosso pela fermentação de fibras alimentares. Eles têm a função de manter a barreira intestinal reduzindo o pH luminal, alimentando as células epiteliais e aumentando a produção de mucina, podendo ser eficaz na inibição da sobrevivência de microrganismos patogênicos. O butirato é o principal substrato energético utilizado pelos colonócitos e de 70 a 90% do butirato é metabolizado por essas células. VINOLO, M.A.R. Effect of short chain fatty acids on neutrophils function. Instituto de Ciências Biomédicas da Universidade de São Paulo, 2010. Glutamina Evidências sugerem a glutamina como sendo a principal fonte de nutrição dos enterócitos, desempenhando assim, importante papel na manutenção das atividades metabólicas do intestino. A mucosa do intestino apresenta grande concentração de glutaminase em suas células epiteliais, demonstrando compatibilidade com as taxas de captação e consumo da glutamina. Em casos de suplementação, a concentração plasmática da glutamina aumenta conforme a dose, sua absorção total no organismo humano pode variar de 60 a 90%. Outro aspecto a ser considerado no que tange a importância da glutamina para o
  • 93. trato gastrointestinal é o fato de que a mesma apresenta capacidade imunomoduladora, propiciando a reparação da mucosa intestinal. BUCHMAN, A. Glutamina. In: SHILS, M.; OLSON, J.; SHIKE, M.; ROSS, C. Barueri: Manole, 2009. p.601-607. DIESTAL, C.F. et al. Efeito da suplementação oral de l- glutamina na parede colônica de ratos submetidos à irradiação abdominal. Acta Cirúrgica Brasileira, v.20, n.1, p.94- 100, 2005. NEVES, J.S. et al. Influência da glutamina na mucosa do intestino delgado de ratos submetidos à enterectomia extensa. Rev Col Bras Cir., v.30, n.6, p.406-15, 2003. XAVIER, H. et al. Relação do consumo de glutamina na melhora do trato gastrointestinal: Revisão sistemática. O papel da glutamina no trato gastrointestinal. Revista Brasileira de Obesidade, Nutrição e Emagrecimento, v.3, n.18, p.504-512, 2009. Formulação para reparo da mucosa intestinal: Glutamina – 5g Aviar X doses em pó Posologia: Consumir uma dose pela manhã em jejum. Whey Protein A proteína do soro do leite demonstrou agir como fator de crescimento para os probióticos Lactobacillus acidophilus e Bifidobacterium lactis, e servir como fonte de energia para os colonócitos, melhorando a permeabilidade intestinal. SARON, M.L.G. Aproveitamento do permeado do soro de leite bovino através da transformação da lactose em lactulose e como ingrediente para meios de cultura de bactérias probióticas. Dissertação. Campinas: Faculdade de Engenharia de Alimentos, Universidade Estadual de Campinas, 2004. Chá Verde Os polifenóis do chá verde são metabolizados pela microbiota intestinal e apresentam efeitos prebióticos, podendo inibir o crescimento de bactérias patogênicas como Clostridium difficile e Staphylococcus spp, e estimular o crescimento de bactérias benéficas como Bifidobacterium spp. JANSSENS, P.L. et al. Long-term green tea supplementation does not change the human gut microbiota. Plos One. v. 11, n.4, 2016. Enzimas digestivas  Digestão de proteínas. Curcumina  Redução da permeabilidade intestinal.
  • 94. Raiz de alcaçuz  Redução da permeabilidade intestinal, aumento da mucosa gástrica e da acidez do estômago;  500mg, 3 vezes ao dia. Quercetina  Atua nas proteínas de junção. Vitamina D  Induz a expressão de vários peptídeos antimicrobianos e é importante na manutenção da formação de ligações firmes e adequadas. Estresse e Microbiota Intestinal O estresse pode afetar a trajetória de desenvolvimento da barreira intestinal e tem sido associado a um aumento na permeabilidade do intestino.
  • 95. 5-hidroxitriptofano (5-HTP) Diminui significativamente a permeabilidade intestinal em indivíduos saudáveis. Produtos finais de glicação avançada (AGES) e Permeabilidade Intestinal
  • 96. AGES nos alimentos Alimento Quantidade de AGES Alimento Quantidade de AGES Banana 82 Manteiga 264 873 Abacate 1 577 Maionese 94 000 Tomate cru 234 Peito de Frango sem pele grelhado/15min 58 281 Batata cozida/25min 174 Batata frita 15 219 Gema cozida/12 min 18 616 Fatores que afetam a formação de AGES nos alimentos: Preparo e temperatura no nível de AGEs no alimento Ovos mexidos preparados em uma panela destampada em fogo médio-baixo tem cerca de METADE de AGES de ovos preparados da mesma forma, mas em fogo alto. J Am Diet Assoc. 2010 Jun; 110(6): 911–16.e12. Grelhar Aumento de 10 a 200 vezes nos níveis de AGEs. Chapear, Tostar ou Assar Fritar
  • 97. Frango Escaldado ou cozido no vapor tem MENOS DE ¼ de AGES de frango assado ou grelhado. J Am Diet Assoc. 2010 Jun; 110(6): 911–16.e12. Reduzir AGES das Carnes Marinando
  • 98. Carne Crua Carne assada a 150ºC por 15 minutos, sem vinagre ou limão Carne assada a 150ºC por 15 minutos, após marinar no vinagre ou limão por 1 hora Marinada de Limão e Alecrim Ingredientes:  4 dentes de alho  2 ramos de alecrim  ½ xícara de azeite de oliva  ½ xícara de suco de limão  Sal e pimenta Modo de preparo: Em um liquidificador, coloque o alho, folhas de alecrim, azeite, limão, sal e pimenta. Triture até formar uma pasta.Coloque a carne em uma assadeira e cubra com o marinado. Faça furos com um garfo dos dois lados da carne e espalhe bem o tempero para que cubra a carne toda. Leve para a geladeira por 4-8 horas para marinar. Retire o excesso de líquido do marinado e grelhe a carne em frigideira bem quente por 7 minutos de cada lado 3 1 2
  • 99. Probióticos Principais funções:  Devem colonizar a camada mucosa intestinal;  Devem resistir ao pH ácido do estômago;  Aumentar a expressão de mucina nas células epiteliais intestinais;  Servirem de barreira e inibir patógenos;  Devem modular a resposta imune;  Prevenção e Tratamento da constipação. Probióticos e Ansiedade Os alimentos fermentados que contêm probióticos podem ter um efeito protetor contra os sintomas de ansiedade social para aqueles com maior risco genético. HILIMIRE, Matthew R.; DEVYLDER, Jordan E.; FORESTELL, Catherine A. Fermented foods, neuroticism, and social anxiety: An interaction model. Psychiatry research, v. 228, n. 2, p. 203-208, 2015. Estudos recentes mostram que os gêneros Lactobacillus e Bifidobacterium têm sido beneficamente usados como probióticos na ansiedade e na depressão, pois estão diretamente ligados à produção de GABA. BARRETT, E. et al. Gamma-Aminobutyric acid production by culturable bacteria from the human intestine. J Appl Microbiol, v. 113, n. 2, p. 411- 7, 2012. Micro-organismos vivos que, quando administrados em quantidades apropriadas, conferem benefício à saúde do hospedeiro.
  • 100. Alimentos fontes de Probióticos Kefir  Composto por mais de 50 espécies de bactérias probióticas e leveduras, incluindo: o Lactobacillus helveticus; o Lactobacillus brevis; o Lactobacillus kefir; o Lactobacillus plantarum; o Lactobacillus acidophilus; o Lactobacillus kefiranofaciens; o Kluyveromyces lactis; o Saccharomyces lipolytica. Esta microflora vive simbioticamente numa matriz insolúvel de polissacáridos; Iogurte com lactobacillus Kefir Picles Kombucha Excelente resistência gastrointestinal e capacidade de colonização.
  • 101. GUZEL-SEYDIM, Z. B. et al. Functional properties of kefir. Critical reviews in food science and nutrition, v. 51, n. 3, p. 261-268, 2011. SILVESTRE, C. M. R. F. O diálogo entre o cérebro e o intestino: qual o papel dos probióticos?: revisão de literatura. 2016. Tese de Doutorado.
  • 102. Suplementos probióticos Journal of Translational Medicine. 2017;15:73. Psicobióticos São definidos como probióticos que quando consumidos conferem benefícios para a saúde mental, através de interações com bactérias intestinais do hospedeiro. Exercem efeitos ansiolíticos e antidepressivos caracterizados por alterações nos índices emocionais, cognitivo, sistêmico e neural. Bifidobacteria; Lactobacillos; Streptococcus; Total aeróbica/anaeróbicas. Coliformes; Helicobacteria pylori; Escherichia coli.
  • 103. Os efeitos psicofisiológicos dos psicobióticos se enquadram nas seguintes categorias: 1. Efeitos psicológicos nos processos emocionais e cognitivos; 2. Efeitos sistêmicos no eixo hipotálamo adrenal e resposta ao estresse de glicocorticoides; 3. Reduz a inflamação, pelo aumento de citocinas pró-inflamatórias 10. Estas citocinas compartilham uma associação positiva com condições psiquiátricas, em especial a depressão; Quanto maior a inflamação e estresse oxidativo menor é a resposta aos antidepressivos inibidor seletivo da recaptação da serotonina (SSRI) 4. Aumento de 5-HT no hipocampo; 5. Ativação do Nervo-vago; 6. Manutenção do BDNF; 7. Aumento do triptofano plasmático; 8. Síntese de cofatores – B6; B12; Ácido fólico. Trends in neurosciences. v. 39, n. 11, p. 763-781, 2016. Biomedicine & Prevention. v. 2, p. 111, 2017. Psychoneuroendocrinology, v. 76, p. 197-205, 2017.
  • 104. PROBIÓTICOS com efeitos PSICOBIÓTICOS:  Lactobacillus helveticus e Bifidobacterium longum – redução de cortisol e melhora do humor;  Lactobacillus casei Shirota – melhora do humor e da memória, redução do estresse acadêmico;  Bifidobacterium animalis, Streptococcus thermophiles, Lactobacillus bulgaricus e Lactococcus lactis – modulação da reação em situações negativas;  β- Galacto-oligossacarídeos – atenuou o estado de vigilância, sugerindo atenção reduzida e reatividade às emoções negativas. Trends in neurosciences. v. 39, n. 11, p. 763-781, 2016. Psicobióticos e o eixo do intestino-cérebro: na busca da felicidade Psicobióticos: a nova classe dos psicotrópicos Teoria dos Psicobióticos
  • 105. O que dizem os estudos...  Estudo randomizado, duplo cego, separado por placebo, realizado em humanos, durante 30 dias;  Suplementação de 3 x 109 - Lactobacillus helveticus + Bifidobacterium longum A suplementação atenuou o sofrimento psicológico e reduziu o cortisol! MESSAOUDI, M. et al. Beneficial psychological effects of a probiotic formulation (Lactobacillus helveticus R0052 and Bifidobacterium longum R0175) in healthy human volunteers. Gut microbes, v. 2, n. 4, p. 256-261, 2011. PSs - Escala de estresse percebida HADs – Escala de ansiedade e depressão Probiótico s Placebo
  • 106.  Estudo em humanos realizado durante 3 semanas;  Suplementação de 3 bilhões de UFC/dia – Lactobacillus acidophilus e Bifidobacterium longum DIOP, L. et al. Probiotic food supplement reduces stress-induced gastrointestinal symptoms in volunteers: a double-blind, placebo- controlled, randomized trial. Nutr Res. v. 28, n.1, p. 1-5, 2008.  Estudo randomizado, duplo-cego, controlado por placebo. Determinou os efeitos de um iogurte probiótico e da suplementação de cápsulas probióticas com multiespécies sobre a saúde mental e o eixohipotálamo-hipófise-adrenal em trabalhadores petroquímicos;  Os indivíduos foram divididos aleatoriamente em três grupos para receber iogurte probiótico de 100g/dia + uma cápsula de placebo (n = 25) ou uma cápsula probiótica diária + iogurte convencional de 100g/dia (n = 25) ou iogurte convencional de 100g/dia + um cápsula de placebo (n = 20) por 6 semanas; O consumo de probióticos reduziu significativamente os sintomas gastrointestinais, como dor abdominal, náusea e vômitos, induzidos pelo estresse.
  • 107.  Foi avaliado parâmetros de ansiedade e de estresse; Houve melhora nos participantes suplementados com iogurte probiótico ou cápsula probiótica. MOHAMMADI, A. A. et al. The effects of probiotics on mental health and hypothalamic–pituitary–adrenal axis: A randomized, double-blind, placebo- controlled trial in petrochemical workers. Nutritional Neuroscience, 2016. Lactobacillus casei 3 × 103 L. acidophilus 3 × 107 L. rhamnosus 7 × 109 L. bulgaricus 5 × 108 Bifidobacterium breve 2 × 1010 B. longum 1 × 109 S thermophilus 3 × 108 UFC 100mg de fruto-oligossacarídeos com lactose como excipiente
  • 108. Segundo os autores: este é o primeiro estudo a mostrar que os probióticos podem melhorar os escores de depressão, bem como alterar os padrões de atividade cerebral em pacientes com Síndrome do Intestino Irritável (SII) com comorbidades como depressão e ansiedade. Após 6 semanas de suplementação de Bifidobacterium longum em pacientes com SII, houve diminuição dos escores de depressão e diminuição da atividade cerebral em áreas envolvidas no processamento de emoções negativas. Melhorou os sintomas gerais da SII e a qualidade de vida.
  • 109.  Pessoas saudáveis receberam probióticos por 30 dias. Em pessoas com síndrome de fadiga crônica, a administração de probióticos durante um experimento de dois meses resultou em menos sintomas relacionados à ansiedade. Os pesquisadores usaram vários questionários para testar os efeitos dos probióticos no estresse, ansiedade, depressão e enfrentamento. Seus resultados mostraram que o grupo de probióticos apresentava menor estresse psicológico do que o grupo controle.
  • 110. DESVONNET, L. et al. Effects of the probiotic Bifidobacterium infantis in the maternal separation model of depression. Neuroscience. 2010;170:1179. OHLAND, C.L. et al. Effects of Lactobacillus helveticuson murine behavior are dependent on diet and genotype and correlate with alterations in the gut microbiome. Psychoneuroendocrinology. 2013;38:1738 Lactobacillus rhamnosus JB-1 reduziu os comportamentos relacionados à ansiedade e à depressão. Bravo JA, Forsythe P, Chew MV, Escaravage E, Savignac HM, Dinan TG, Bienenstock J, Cryan JF. Ingestion of Lactobacillus strain regulates emotional behavior and central GABA receptor expression in a mouse via the vagus nerve. Proc Natl Acad Sci U S A. 2011;108:16050–16055. O tratamento crônico com Bifidobacterium infantis atenuou mudanças imunológicas induzidas pelo estresse no início da vida e comportamentos depressivos quando adultos. Lactobacillus helveticus ROO52 também mostrou reduzir o comportamento semelhante à ansiedade e aliviar a disfunção da memória.
  • 111. B. longum e depressão em pacientes com SII Pacientes com SII suplementados com Bifidobacterium longum, durante 10 semanas, apresentaram menores escores de depressão, em comparação com os pacientes placebo.
  • 112. A Ressonância Magnética mostrou que a melhora nos escores de depressão foi associada a mudanças em várias áreas do cérebro envolvidas no controle do humor. PINTO-SANCHEZ, M.I. et al. Probiotic bifidobacterium longum NCC3001 reduces depression scores and alters brais activity: a pilot study in patients with irritable bowel syndrome. Gastroenterology. v. 153, n.2, p. 448-459, 2017.
  • 113.  Estudo randomizado, duplo-cego, controlado por placebo;  Suplementação de 3 cepas probióticas: Lactobacillus acidophilus (2 x 109 ); Lactobacillus casei (2 x 109 ) e Bifidobacterium bifidum (2 x 109 ) durante 8 semanas; AKKASHEH, G. et al. Clinical and metabolic response to probiotic administration in patients with major depressive disorder: A randomized, double-blind, placebo-controlled trial. Nutrition 2016 Mar;32(3):315-320. Índices de depressão no transtorno depressivo maior (MDD) Níveis séricos de insulina Níveis de glutationa antioxidante
  • 114. STEENBERGEN, L. et al. A randomized controlled trial to test the effect of multispecies probiotics on cognitive reactivity to sad mood. Brain Behav Immun 2015;48:258-264. Lactobacillus acidophilus Lactobacillus helveticus Lactobacillus casei Shirota Lactobacillus casei Lactobacillus rhamnosus Lactobacillus salivarius Lactococcus lactis Bifidobacterium bifidum Bifidobacterium brevis Bifidobacterium infantis Bifidobacterium lactis Bifidobacterium longum Mesmo em pessoas não deprimidas, as cepas probióticas - B. bifidum, B. lactis, L. acidophilus, L. brevis, L. casei, L. salivarius e Lactococcus lactis (5 bilhões de UFC) reduziram a reatividade cognitiva geral e os pensamentos negativos. Cepas probióticas para Ansiedade e Depressão
  • 115. 1. É necessário conservação em geladeira? DEPENDE! Liofilizados não necessitam de refrigeração! Dryning (Secamento) o Mantêm as cepas estáveis em temperatura acima de 25ºC; o Maior vida útil; o Estáveis em pH ácido. A liofilização é uma tecnologia de secagem que constitui na remoção da água através da sublimação. Ocorre quando o alimento congelado, isto é, quando todo o seu conteúdo de água está na forma de gelo, é submetido a condições de pressões muito baixas. O produto é colocado em câmaras herméticas, o ar de dentro é removido através de bombas de alto vácuo, criando a condição para que ocorra a sublimação da água. A água passa de seu estado sólido para o gasoso a temperaturas muito baixas e sem a presença de oxigênio, fatores muito favoráveis para a preservação das características nutricionais de um alimento. Indicado para produtos que tenham elementos sensíveis ao calor, como proteínas e vitaminas, a liofilização conserva as propriedades nutritivas, pois as membranas das células não se rompem com a perda do vapor de água. Praticada em pequena escala no Brasil há mais de dez anos, passa agora Aspectos práticos da prescrição de probióticos
  • 116. para a produção de alimentos disponíveis em supermercados, como frutas, legumes e verduras, carnes, sopas, sucos em pó, etc. TERRONI, H. C. et al. LIOFILIZAÇÃO. Revista científica UNILAGO. Disponível em: http://www.unilago.edu.br/revista/edicaoanterior/Sumario/2013/downloads/2 013/LIOFILIZA%C3%87%C3%83O.pdf. Acesso em: 18/06/2018 IACONELLI, C. et al. Drying process strongly affects probiotics viability and functionalities. Journal of biotechnology, v. 214, p. 17-26, 2015. BROECKX, G. et al. Drying techniques of probiotic bacteria as an important step towards the development of novel pharmabiotics. International Journal of Pharmaceutics. v. 505, n. 1, p. 303-18, 2016. Cápsulas Gastrorresistentes “Todas as cepas testadas apresentaram alta sensibilidade às condições ácidas e sugeriram que a maioria desses micro-organismos não apresentaria viabilidade quando imerso no estômago em jejum” Caillard, Romain, and Nicolas Lapointe. "In vitro gastric survival of commercially available probiotic strains and oral dosage forms." International journal of pharmaceutics 519.1 (2017): 125-127.
  • 117. 2. Qual o melhor horário para o consumo de probióticos? 30 minutos após as refeições...  Menor sobrevida dos probióticos;  Maior quantidade de ácido clorídrico;  Menor pH do estômago. TOMPKINS, T.; MAINVILLE, I.; ARCAND, Y. The impact of meals on a probiotic during transit through a model of the human upper gastrointestinal tract. Beneficial Microbes, v. 2, n. 4, p. 295-303, 2011. Antes das refeições ou Durante as refeições Somente 1 artigo! A sobrevivência de todas as bactérias no produto era melhor quando administrada com uma refeição ou 30 minutos antes de uma refeição TAMPONAMENTO DO pH
  • 118. 3. Melhor refeição para consumir junto com probióticos? MINGAU DE AVEIA Ingredientes: 200 ml de Leite Desnatado 2 colheres de sopa de Farelo de Aveia 1 colher de café de Essência de Baunilha Modo de preparo: Em uma panela adicione o leite desnatado e deixe aquecer em fogo baixo, acrescente a aveia e a essência de baunilha e misture bem até começar a engrossar e soltar do fundo da panela. Despeje em uma taça, salpique canela por cima e sirva em seguida. 4. Qual a dosagem? No mínimo 2 bilhões de UFC! Início do Tratamento – 5 bilhões de UFC Manutenção – 2 bilhões de UFC Lactobacillus + Bifidobacterium
  • 119. 5. Combinado ou Isolado? 6. 4 horas de intervalo quando associar com antibióticos! Cepas combinadas são mais eficazes na melhora dos sintomas do intestino irritável, na função imunológica e na saúde digestiva.
  • 120. 7. 2 horas após uso de fitoterápicos antibacterianos! 8. Cápsulas vegetais! 9. Excipientes: Inulina, FOS, Goma Acácia, Celulose microcristalina e aerosil. Excipientes ou ingredientes inativos: São substâncias destituídas de poder terapêutico, usadas para assegurar a estabilidade e as propriedades físico-químicas e organolépticas dos produtos farmacêuticos. Os excipientes de medicamentos para uso interno podem ser: conservantes, corantes, aromatizantes (flavorizantes), adoçantes (edulcorantes) espessantes, emulsificantes, estabilizantes ou antioxidantes. Eles mantêm os remédios livres de microrganismos e adequados ao consumo por mais tempo, além de torná-los palatáveis, favorecendo a adesão ao tratamento. BALBANI, A. P. S.; STELZER, L. B.; MONTOVANI, J. C. Excipientes de medicamentos e as informações da bula. Rev Bras Otorrinolaringol 2006;72(3):400-6.
  • 121. Quais cepas prescrever? Saúde digestiva:  Lactobacillus plantarum  Lactobacillus acidophilus  Bifidobacterium lactis  Bifidobacterium longum  Lactobacillus rhamnosus  Lactobacillus fermentum  Bifidobacterium bifidum  Lactobacillus reuteri  Lactobacillus helveticus  Lactobacillus brevis Saúde imune:  Lactobacillus plantarum  Lactobacillus acidophilus  Bifidobacterium lactis  Lactobacillus brevis  Lactobacillus salivarius  Lactobacillus paracasei Recuperação antibiótica:  Saccharomyces boulardi  Lactobacillus rhamnosus  Saccharomyces thermophilus  Bifidobacterium lactis  Lactobacillus acidophilus  Lactobacillus casei  Lactobacillus bulgaricus  Bifidobacterium infantis  Lactobacillus paracasei
  • 122. Alívio da Síndrome do Intestino Irritável  Saccharomyces boulardi  Lactobacillus rhamnosus  Bifidobacterium bifidum  Bifidobacterium coagulans  Lactobacillus acidophilus  Lactobacillus bulgaricus  Bifidobacterium infantis  Enterococcus faecium Ansiedade, Depressão e Modulação do Cortisol  Lactobacillus acidophilus  Lactobacillus helveticus  Lactobacillus casei shirota  Lactobacillus casei  Lactobacillus rhamnosus  Lactobacillus salivarius  Bifidobacterium bifidum  Bifidobacterium brevir  Bifidobacterium infantis  Bifidobacterium lactis  Bifidobacterium longum  Lactococcus lactis E o uso em pessoas saudáveis... Lactobacillus rhamnosus e Bifidobacterium animalis
  • 123. Probióticos mortos também funcionam? ADAMS, C.A. The probiotic paradox: live and dead cells are biological response modifiers. Nutrition Research Reviews. v. 23, p. 37-46, 2010. Quando o probiótico é “morto” os MAMPs são liberados da membrana. BIOMAMPs: fragmentos de bactérias distintas Patenteados no Brasil: Bio-MAMPs Lactobacillus acidophilus Bio-MAMPs L. rhamnosus Bio-MAMPs L. paracasei Bio-MAMPs L. helveticus Bio-MAMPs Bifidobacterium lactis BioMAMPs Streptococcus thermophilus Bio-MAMPs L. gasseri: Utilizado para depressão! Agem nos receptores NOD (do inglês, Nucleotide-binding oligomerization domain) que estimulam o sistema imunológico. SIM  Sistema imunológico;  Modulação da inflamação 10mg
  • 124. NISHIDA, K. et al. Daily administration of paraprobiotic Lactobacillus gasseri CP2305 ameliorates chronic stress-associated symptoms in Japanese medical students. Journal of Functional Foods. v. 36, 2017. Journal of Translational Medicine. 2017;15:73. Melhora da qualidade do sono Redução do cortisol salivar Melhora dos hábitos intestinais Consuma: Alimentos ricos em polifenois!
  • 125. A microbiota torna o polifenol biodisponível por transformar da forma glicosídica para a forma aglicona. Bactérias patogênicas Lactobacillus e Bifidobacteria Behav Brain Res. 2014; 268: 1–7 Int Immunopharmacol. 2008; 8: 484–494 Behav Brain Res. 2012; 228: 359–366
  • 126. Cacau em pó Chá verde Romã Amêndoas Alcachofra Mirtilo Morango Maçã Cebola Vinho Tinto Resveratrol - BDNF Fisetina TNF-α, PG2 em microglia Efeito antidepressivo
  • 127. CURCUMINA Kulkarni, S.K.. et al. Antidepressant activity of curcumin: involvement of serotonin and dopamine system. Psychopharmacology (Berl). 2008; 201: 435–442 CHÁ VERDE - Camellia sinensis Zhu, W.L., Shi, H.S., Wei, Y.M. et al. Green tea polyphenols produce antidepressant-like effects in adult mice. Pharmacol Res. 2012; 65: 74–80 Mazzio, E.A., Harris, N., and Soliman, K.F. Food constituents attenuate monoamine oxidase activity and peroxide levels in C6 astrocyte cells. Planta Med. 1998; 64: 603–606 Regula a aprendizagem e a memória Previnem a neuroinflamação Modificam os níveis de neurotransmissores Consumo por 7 dias em camundongos - efeitos semelhantes aos antidepressivos com efeitos na ativação do eixo HPA. Modulação da atividade da enzima monoamina oxidase, aumentando assim as concentrações de monoamina.
  • 128. ROMÃ Promove significativamente o crescimento de Bifidobacterium breve e Bifidobacterium infantis em 275% e 241%. BIALONSKA, D. et al. The effect of pomegranate (Punica granatum L.) byproducts and ellagitannins on the growth of human gut bacteria. Journal of agricultural and food chemistry, v. 57, n. 18, p. 8344-8349, 2009. Qual a melhor dieta para a microbiota intestinal?
  • 130. ESTILO DE VIDA ALLEN, Jacob M. et al. Exercise Alters Gut Microbiota Composition and Function in Lean and Obese Humans. Urbana, v. 51, p. 61801, 2017. YOGA E MEDITAÇÃO CAHN, B. Rael et al. Yoga, meditation and mind-body health: increased BDNF, cortisol awakening response, and altered inflammatory marker expression after a 3-month yoga and meditation retreat. Frontiers in human neuroscience, v. 11, p. 315, 2017. Duração de 30 a 60 minutos O treinamento físico induz mudanças tanto na composição quanto na função da microbiota do intestino humano independentemente da dieta! 3 vezes por semana durante 6 semanas Exercício cardiovascular Sinalização de vias inflamatórias Maior resiliência e bem-estar ao estresse Atuação nas vias neurotróficas Atividade do eixo HPA ↑ altamente significativo de 3 vezes no nível de BDNF
  • 131. COMBINAÇÃO DE TRATAMENTOS Exercício físico Alimentação Suplementação Terapia Terapias Alternativas Medicação Sono