Este plano de aula tem como objetivo mostrar a formação do cangaço durante a República Velha, destacando as causas políticas e sociais e a figura de Lampião. Os alunos assistirão a um vídeo sobre o cangaço e Lampião e depois discutirão a dualidade da imagem dele como herói ou bandido. Eles também produzirão cartas sobre o cangaço.
1. Universidade Estadual da Paraíba (UEPB)
Centro de Educação (CEDUC)
Departamento de História
Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência - PIBID/CAPES
Escola Estadual de Ensino Fundamental Senador Humberto Lucena
Série: 9º Ano/A/Ensino Fundamental II
Data: 26/09/2017 Carga horária: 01 aula de 45 minutos
Professor Supervisor: Thiago Acácio Raposo
Bolsistas: Donizete Emanoel de Couto Rodrigues; Marília Cristina de Queiroz; Mylla
Christtie Montenegro Bezerra; Tissiane Emanuella Albuquerque Gomes; Valdeir Alves Dos
Santos.
PLANO DE AULA
Tema:
República Velha: o cangaço.
Eixo de problematização:
O presente plano de aula tem o intuito de mostrar a formação do cangaço a partir do
recorte temporal da Primeira República, destacando as causas, os efeitos e o
imaginário formado em torno do cangaço e em particular na figura de Lampião.
Objetivo Geral:
Mostrar através da exibição de vídeo e da discussão gerada, a formação do cangaço no
território conhecido hoje como Nordeste, enfatizando a situação política vigente
durante a República Velha, o vídeo destaca a atuação do cangaço através da figura de
Virgulino Ferreira da Silva, o Lampião e a dualidade discursiva gerada em torno de
sua atuação. Afinal Lampião era Herói ou bandido?
2. Objetivos Específicos:
Analisar a perspectiva dos alunos diante do conteúdo apresentado, através da
discussão gerada;
Mostrar a fundamentação do Cangaço e sua atuação.
Mostrar que um conteúdo histórico pode ser representado através do imaginário
popular.
Justificativa:
A República velha que é comumente caracterizada pela dominação política dos
coronéis e pela alternância pelo poder nacional entre Minas Gerais e São Paulo, a conhecida
política do café com leite, no entanto, a República Velha também se caracteriza pelas
inúmeras revoltas que tinham em suas reivindicações uma maior participação popular na
economia e na política exigindo melhores condições de vida para a população, além de grupos
armados que percorriam a região que hoje conhecemos como Nordeste, o cangaço.
O cangaço caracteriza-se por ser uma ação de bandos armados que percorriam o
Nordeste saqueando fazendas, feiras, vilas e cidades que em alguns momentos vinculavam-se
ao discurso da justiça social. Eram em sua grande maioria formados por sertanejos que se
enquadram nos chamados “bandidos sociais” que considerados bandidos pelo estado eram
vistos como heróis pela população que não pertencia as famílias tradicionalmente detentoras
do poder.
Já no século XVII grupos armados percorriam o sertão a serviço de fazendeiros para
conquistar as terras dos índios e instalar fazendas de gado, esses grupos serviam a quem lhe
pagava. No período da República Velha, bandos armados passam a atuar de maneira
independente, viviam saqueando e em confrontos constantes com a polícia, era o chamado
Cangaço Independente, os lideres mais conhecidos do cangaço independente foram Antônio
Silvino e Virgulino Ferreira da Silva, o Lampião.
Virgulino Ferreira da Silva, o Lampião, pernambucano de Serra Talhada formou um
bando de cangaceiros que saia pelo sertão nordestino saqueando pequenas cidades, por sua
atuação entrou para o imaginário popular por sua dualidade, ao mesmo tempo em que
saqueava fazendas e feiras, a relatos que o seu bando ajudava aos pobres. O bando justiceiro
invadia as fazendas, saqueava os comerciantes e distribuía com os mais pobres uma parte do
que recolhia atraindo para si tanto a ira do estado como a simpatia popular. O bando de
3. Lampião chegou ao fim no dia 28 de julho de 1938, no povoado de Poço Redondo em
Sergipe, O ataque comandado pelo tenente João Bezerra conseguiu matar Lampião, Maria
Bonita (sua esposa) e mais nove cangaceiros.
Metodologia:
Será transmitida aos alunos a formação do Cangaço, destacando a situação política
durante a República Velha com a atuação dos Coronéis e o imaginário formado através da
dualidade da figura de Lampião.
Recursos Didáticos:
TV;
Vídeo;
Apostilas.
Avaliação:
A avaliação se processará através da produção dos alunos de cartas sobre o Cangaço.
Referências
JÚNIOR, Alfredo Boulos. História Sociedade & Cidadania, 9º ano – 1° Edição. – São
Paulo: FTD, 2006. – (coleção História, Sociedade & Cidadania).