Os Caingangues atualmente vivem em áreas reduzidas nos estados do sul do Brasil, com cerca de 3.000 pessoas. Eles praticam a agricultura, criação de animais e artesanato para sua subsistência. Falam a língua caingangue e o português, dividindo-se em dois grupos chamados kamé e kanhru para casamentos e rituais religiosos.
2. Onde vivem:
• Atualmente, os caingangues ocupam
cerca de trinta áreas reduzidas,
distribuídas sobre seu antigo território,
nos estados de São Paulo, Paraná, Santa
Catarina e Rio Grande do Sul, no Brasil.
• Sua população é aproximadamente de
3000 pessoas. Os caingangues estão
entre os cinco povos indígenas mais
numerosos no Brasil atualmente.
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4. O que fazem?
• Antigamente viviam da caça, pesca, da coleta
de frutos e do plantio;
• Hoje em dia sua atividade principal continua
sendo a agricultura,criação de animais mas
também o comércio de artesanato e ervas
medicinais.
• Muitos índios já tem um curso superior e
trabalham como professores, enfermeiros... E
outros até se arriscam na carreira política.
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6. Qual o seu idioma?
• Sua língua, a língua caingangue, pertence à
família linguística jê, a qual, por sua vez,
pertence ao tronco linguístico macro-jê. Sua
cultura desenvolveu-se à sombra dos pinheirais.
• Na literatura internacional, o termo
"caingangues" tem designado o povo que, na
literatura de língua portuguesa, é chamado
"xoclengue”.
• Como a maioria destes índios foi catequizada
por padres cauchinhos no sudeste e jesuítas no
sul, também aprenderam e falam o português.
7. Como são suas casas?
• Antigamente as casas eram feitas de esteira ao redor.
• Eram cobertas de capim liso e também de folhas de
palmeiras.
• Era colocado um esteio no meio da casa. Amarrava-se
alguns paus, colocava-se as folhas de palmeira e depois
o arrodeamento era de esteira, de baixo para cima até
chegar no coberto.
• Depois de pronta, era só morar lá nessas casas, que
não molhavam nem um pouquinho, ficavam bem
protegidas, mas eram feitas no meio do mato.
• Ouando alguém ia construir uma casa, todos ajudavam
para que aprontassem logo.
8. • Hoje as casas são de tijolo para morar,
mas muitos índios sofrem porque não têm
condições de construir uma então muitos
fazem elas de madeira .
• Atualmente o governo federal tem
disponibilizado recursos federais para a
construção de casas populares com
energia elétrica e saneamento básico.
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10. Religião, Mitos e Cerimônias
• Cada aldeia caingangue se divide em
duas metades
chamadas kaiurukré e kamé (ou, usando
a escrita da própria língua: Kanhru e
Kamẽ). Os membros de cada metade só
podem se casar com os membros da
outra metade . Os filhos (de ambos os
sexos) sempre pertencerão à metade (ou
à marca) do pai.
12. • Nos casamentos, os caingangues também
cruzam os clãs, como os Ticuna. Mas, entre os
Caingangue, a nova família vai morar junto ao
pai da noiva.
• Na hierarquia das comunidades a maior
autoridade é o cacique, eleito democraticamente
entre os homens maiores de 15 anos.
• O cacique eleito indica um vice-cacique,
geralmente vindo de outra “metade”, com o
intuito de facilitar o planejamento político, já que
punições só podem ser aplicadas por indivíduos
da mesma “metade” .
13. • O kiki é a religião caingangue.
• Trata-se de um ritual realizado todos os anos na época do pinhão.
Os índios velhos é que realizam a cerimônia, são os rezadores dos
grupos kamé e kanhru.
• Alguns dias antes da festa eles cortam o pinheiro, que servirá de
cocho para o preparo da guarapa, que é feita com aguardente, mel
e açúcar.
• São feitos três fogos para o kamé e três para o kanhru em frente ao
cocho, rezam no idioma.
• Logo após é feita a procissão até o cemitério onde vão rezar para
os mortos das duas metades, lá cantam; rezam e agitam seus
maracás.
• Este ritual é feito para que os espíritos dos mortos se acomodem e
não voltem a "incomodar".
14. • Antigamente sepultavam os mortos fazendo uma urna
de barro, era como um túmulo de barro, colocavam os
mortos sentados dentro do vaso. Enterravam no
cemitério numa cova de sete palmos de fundura.
• Hoje já mudou bastante o jeito de sepultar as pessoas .
Não colocam mais o morto no "pote de barro", mas num
caixão que muitas vezes é doado pela prefeitura.
• Hoje quando as pessoas morrem são veladas na igreja
por uma noite, depois o morto é levado até o cemitério,
onde estão enterradas todas as pessoas que já
morreram na comunidade.
15. • Antigamente não existiam remédios de farmácia. Quando as
crianças ficavam doentes eles faziam remédios do mato para seus
filhos.
• A doença mais frequente era caimeira de sangue que se originava
da diarréia.
• O remédio, eles mesmos faziam: chá da troperova, de folha roxa
com parreirinha e 7 sangria do banhado, cozinhavam e tomavam
por água.
• Os velhos também faziam remédios de casa para as crianças que
tinham dor de dente. Eles cozinhavam aroeira e deixavam esfriar
para as crianças bochecharem.
• Eles faziam remédios para o sarampo: era a folha de milho roxo
cozida com Jasmim.
• Remédio para caxumba? Era fácil. Só esquentar na banha o
"mexedô" de polenta e passar no lugar que dói para a cachumba se
espalhar e sarar.
16. • Nos dias de hoje quando as pessoas
ficam doentes são levadas para a
enfermaria, muitas aldeias possuem um
posto médico.
• Lá tem remédios para dor de cabeça,
para dor de dente, xarope... mas quando
as pessoas estão muito doentes levam
para o hospital.
17. Artesanato
• O artesanato servia para guardar muitas coisas:
• O cesto era para guardar pinhão, milho e lenha picada.
• A peneira grossa era para abanar feijão, canjica e milho.
• A peneira fina era para abanara farinha.
• O balaio grande era para guardar o milho debulhado.
• Na cesta eles carregavam produtos e guardavam outras coisas.
• A tuia era para guardar feijão e erva moída para que ela ficasse
com gosto bom.
• O balaio “teo fó” era o balanço para embalar as crianças.
• O chapéu de trança de taquara e de cipó servia para proteger a
cabeça do sol.
• A lança e a flecha serviam para caçar ou se defender dos animais
selvagens.
18. • Hoje o artesanato do mato e feito para
vender e comprar
alimentos para a família.
• Fazem arcos e flechas, tuias, balaios
grandes e pequenos, cestos, colares,
chapéus, cocares. ..que são
comercializados nas cidades próximas à
aldeia.
19. Principais problemas
• Demarcação e terras;
• Preconceito;
• Descaso com a população indígena com
relação a saneamento básico, educação,
saúde;
20. • Precisamos lembrar que os índios sãos
verdadeiros donos desta terra.
• E além do mais são seres humanos que
tem direitos como todos nós a saúde,
educação, moradia, saneamento básico,
segurança.
• Vamos proteger e procurar saber mais da
cultura deste povo do qual também
fazemos parte!