A República Oligárquica (1894-1930) se caracteriza pela alternância de poder entre as oligarquias cafeeiras dos estados de Minas Gerais e de São Paulo. Os estados tentam, mas não conseguem alcançar o poder presidencial dominado por São Paulo e Minas Gerais
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...
História 2as-bases-república-oligárquica
1. AS BASES POLÍTICAS DA REPÚBLICA
OLIGÁRQUICA NO BRASIL
Aula de História para as 2as. Séries do EM
01 e 02 de Dezembro de 2021
Semana 8
Profa. Gisele Finatti
2. Habilidades
Analisar os fundamentos da ética em diferentes
culturas, tempos e espaços, identificando
processos que contribuem para a formação de
sujeitos éticos que valorizem a liberdade, a
cooperação, a autonomia, o empreendedorismo,
a convivência democrática e a solidariedade.
Profa. Gisele Finatti
3. HISTÓRIA, 2ª. série do Ensino do Médio
As bases políticas da República Oligárquica
Algumas questões são necessárias para se discutir a
República das Oligarquias:
1. O que foi a República
Oligárquica?
2. Quais as bases políticas que
constituíram o período que se
refere à Primeira República ou
República Oligárquica?
Profa. Gisele Finatti
4. Para melhor compreensão da estrutura política
da república oligárquica, é necessário
relacionar os fatores que encaminharam a
proclamação da República.
Abordar com o vídeo “Nasce a República”, disponível em:
http://www.youtube.com/watch?v=AxE_l8FHjdY&feature=related
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5. Muito mais do que uma simples troca de chefes
de Estado, a saída de um marechal e a entrada
de um cafeicultor representavam uma
mudança no equilíbrio de forças no país. Com
ela, o poder saiu das forças políticas das
Forças Armadas e retornou às oligarquias do
Sudeste.
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6. A consolidação da República
Os representantes políticos da classe dominante das
principais províncias defendiam a ideia da República
Federativa, que asseguraria um grau considerável de
autonomia às unidades regionais.
São Paulo Minas Gerais
Rio Grande do Sul
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7. A República concretizou a autonomia estadual dando plena
expressão aos interesses de cada região. Isso se refletiu no plano
da política, na formação dos partidos republicanos restritos a
cada Estado. Controlados por uma elite reduzida, os partidos
republicanos decidiam os destinos da política nacional, fechando
os acordos para a indicação do candidato à presidência da
República.
Uma característica peculiar da política
brasileira durante a República
Oligárquica foi a "Política dos
Estados", vulgarmente conhecida
como "política dos governadores",
instituída no governo de Campos
Sales.
Imagem: O mapa do Brasil no ano do Centenário de Independência / Autor
Desconhecido / Digitalizado por Selma Silveira / Domínio Público.
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8. Quem representava as oligarquias?
As oligarquias eram constituídas por grandes
proprietários de terra que exerciam o
monopólio do poder local. Este período da
história republicana é caracterizado pela
defesa dos interesses destes grupos,
particularmente da oligarquia cafeeira.
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9. Os grupos oligárquicos vão garantir a dominação política no país,
através:
1. do coronelismo;
2. do voto do cabresto;
3. da política dos governadores e da política de valorização do
café.
A política dos governadores foi um acordo entre os governadores dos
Estados e o governo central. A Política dos Governadores ocorreu em três
níveis: no federal, o Presidente conta com o apoio dos deputados federais
sendo ocasional a oposição; na esfera estadual, o governador,
representante do sistema oligárquico estadual, atua sem oposição nas
assembleias legislativas; e, no plano municipal, o domínio é do coronel, o
mandão local.
Fonte: http://www.portalsaofrancisco.com.br/alfa/republica-velha/republica-velha-3.php#ixzz1yr7RUGCN
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10. Como esse tipo de política dominava uma grande
massa da população?
• No final do século XIX, existia uma grande massa de
analfabetos, num país essencialmente agrícola.
1. 80% da população livre era analfabeta.
2. 17% da população entre 6 e 15 anos frequentava
escolas.
3. Cerca de 22 mil alunos estavam matriculados em
colégios secundários.
4. 80% das pessoas se dedicavam às atividades
agrícolas; 13% aos serviços e 7% à indústria.
FAUSTO, Boris. História Concisa do Brasil, 2009, p.134,135.
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11. Política oligárquica
Grande massa de analfabeto: massa de controle político e eleitoral
Clientelismo
Mandonismo
Coronelismo
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12. Os governadores apoiavam o presidente,
concordando com sua política. Em troca, o
governo federal só reconheceria a vitória de
deputados e senadores que representassem
estes governadores. Desta forma, o
governador controlaria o poder estadual e o
presidente da República não teria oposição no
Congresso Nacional.
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13. Durante o governo do presidente Campo Sales (1898-1902), a
República Oligárquica efetivou o que marcou
fundamentalmente a Primeira República: a chamada política
dos governadores, que se baseava nos acordos e alianças entre
o presidente da República e os governadores de Estado, que
foram denominados Presidentes de Estado. Estes sempre
apoiariam os candidatos fiéis ao governo federal; em troca, o
governo federal nunca interferiria nas eleições locais
(estaduais).
http://www.brasilescola.com/historiab/republica-oligarquica.htm
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14. Pacto oligárquico – política clientelista
O fundamento do pacto oligárquico, envolvendo presidente da
República, governadores estaduais, deputados, senadores e
outros cargos públicos, era a troca de favores. O coronel manda
no município, nomeia, arranja empregos para seus aliados; o
governador não sofre oposição na Assembleia Legislativa, assim
como o Presidente, que tem todas suas iniciativas aprovadas
pelo Congresso Nacional.
Fonte: http://www.portalsaofrancisco.com.br/alfa/republica-velha/republica-velha-3.php#ixzz1yr7RUGCN
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15. Política do café com leite
A Primeira República é conhecida, no senso comum,
como política do café com leite, o que exprime a ideia
de que uma aliança entre São Paulo (café) e Minas
Gerias (leite) comandou no período a política nacional.
O que representavam as diversas oligarquias estaduais?
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16. • Em São Paulo, a elite política
oligárquica esteve mais próxima dos
interesses dominantes, ligados à
economia cafeeira e, com o correr
do tempo , também à indústria;
• a oligarquia paulista soube organizar
o estado de São Paulo tendo em
vista os interesses da classe
dominante;
A Estação da Luz é o símbolo de
evidência do poder do café
Imagem: Avenida Tiradentes, São Paulo, 1900 / Guilherme
Gaensly (1843-1928) / Domínio Público.
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17. • tanto a oligarquia gaúcha quanto a mineira, que
controlavam o PRR e o PRM, respectivamente,
tiveram bastante autonomia em suas relações com a
sociedade;
• assim, a escolha do presidente ficava com o Partido
Republicano Paulista (PRP) e o Partido Republicano
Mineiro (PRM). Essa política era muito criticada
pelos empresários ligados à indústria, que, naquele
período, estavam em expansão.
http://pt.wikipedia.org/wiki/Rep%C3%BAblica_Velha
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18. Política do Café com Leite
A Política do Café com Leite, como ficou conhecida essa aliança,
permitiu à burguesia cafeeira paulista controlar no âmbito
nacional a política monetária e cambial, a negociação no exterior
de empréstimos para a compra das sacas de café excedentes,
enfim, uma política de intervenção que garantia aos cafeicultores
lucros seguros. Para Minas Gerais, o apoio a São Paulo garantia a
nomeação dos membros da elite mineira para cargos na área
federal e verbas para obras públicas, como a construção de
ferrovias. Os paulistas e os mineiros ocupavam os cargos de
Presidente da República e os ministérios da Justiça, das Finanças,
da Agricultura, Vice- -presidência etc.
Fonte: http://www.portalsaofrancisco.com.br/alfa/republica-velha/republica-velha-3.php#ixzz1yr6iKjkb
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19. A união das oligarquias paulista e mineira foi um
elemento fundamental da história política da
Primeira República. A união foi feita com a
preponderância de uma ou de outra das duas
forças.
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20. • A postura dos políticos mineiros era diferente. Eles
representavam um Estado economicamente
fragmentado entre o café, o gado e, de certo modo, a
indústria;
• Minas não tinha o potencial econômico de São Paulo
e dependia dos benefícios da união;
• os mineiros exerciam forte influência na Câmara dos
Deputados , onde tinham uma bancada de 37
membros enquanto os paulistas eram apenas 22.
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21. O Presidente Campos Sales buscou em especial o apoio
de Minas Gerais, que tinha 37 deputados federais,
constituindo-se na maior bancada, devido a sua
população. Em 1899, Silviano Brandão, governador de
Minas Gerais, aceitou o pacto com São Paulo; era a
oportunidade para Minas Gerais ocupar uma situação
privilegiada, tirando vantagens políticas e econômicas
para a elite mineira.
Fonte: http://www.portalsaofrancisco.com.br/alfa/republica-velha/republica-velha-3.php#ixzz1yr6XlMuJ
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22. • A situação foi diversa em Minas Gerais, onde as divergências de
grupos só se acalmaram com a fundação do PRM. Daí para a frente
, a presença mineira na política nacional cresceu cada vez mais;
• a oligarquia mineira controlava o poder através do Partido
Republicano Mineiro. A lista dos candidatos era organizada pela
Comissão Executiva do PRM, que mandava os nomes para serem
homologados pelo governador do Estado. Para integrar esta lista o
candidato tinha que ser da confiança dos chefes políticos da região,
os coronéis, ou indicados pelo governo devido ao talento e cultura.
Não havia lugar no Partido para os dissidentes, que eram expulsos;
Fonte: http://www.portalsaofrancisco.com.br/alfa/republica-velha/republica-velha-3.php#ixzz1yr77mEab
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23. • Nos Estados as famílias oligárquicas ocupavam os cargos de Governador do
Estado e as Secretárias das Finanças, da Educação e Saúde, a Prefeitura da
Capital, a Chefia de Polícia Estadual, a Diretoria da Imprensa Oficial, a
presidência dos Bancos Estaduais e da Assembleia Legislativa;
• A Política dos Governadores consolidou o poder das famílias ricas dos Estados
formando as oligarquias. Em Minas as principais famílias eram representadas
por: Cesário Alvim, Bias Fortes, Bueno Brandão, Afonso Pena, Francisco Sales,
Artur Bernardes entre outras. Para integrar a oligarquia mineira contavam "os
laços de família, educação e dinheiro" estando aberta aos indivíduos
talentosos que formavam-se principalmente em Direito nas Universidades do
Rio de Janeiro e São Paulo;
• De volta ao Estado, ele tornava-se promotor público, juiz, casava-se com moça
da elite da cidade, podia tornar-se político elegendo-se vereador, prefeito e
deputado.
Fonte: http://www.portalsaofrancisco.com.br/alfa/republica-velha/republica-velha-3.php#ixzz1yr6xb9iK
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24. Ainda hoje, São Paulo e Minas Gerais exercem enorme
poder na política brasileira, principalmente graças ao
grande número de eleitores que possuem e,
portanto, graças a sua influência no nível federal.
Atividade de pesquisa: dos presidentes eleitos após o fim da ditadura,
identificar os representantes de Minas Gerais e São Paulo e que partidos
políticos defendiam.
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25. A estrela do Rio Grande do Sul:
• a presença dos gaúchos na política nacional
teve a peculiaridade de relacionar-se com a
presença militar. Entre 1894 e 1910, estiveram
quase ausentes da administração federal.
Reapareceram na eleição do marechal Hermes
da Fonseca;
• o PRR impôs-se como uma máquina política
forte, inspirada numa versão autoritária do
positivismo, arbitrando os interesses de
estancieiros e imigrantes em ascensão.
FAUSTO, Boris. História Concisa do Brasil, 2009, p.148
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26. A estrela do Rio Grande do Sul começou a dar sinais
de vida por ocasião dos entendimentos que
levaram à candidatura do mineiro Afonso Pena. A
partir do governo Hermes, ela passou a brilhar
como estrela de terceira grandeza na constelação
do café com leite.
FAUSTO, Boris. História Concisa do Brasil, 2009, p.154
A presença gaúcha na política
nacional foi significativa. A
Oligarquia gaúcha ascendeu após
1910 com grande presença nos
ministérios.
Imagem: Fazenda na província do Rio Grande do Sul / Autor
Desconhecido/ Domínio Público.
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27. • Em 1930 ocorreriam eleições para presidência e, de
acordo com a política do café com leite, era a vez de
assumir um político mineiro do PRM. Porém, o Partido
Republicano Paulista do presidente Washington Luís
indicou um político paulista, Julio Prestes, à sucessão,
rompendo com o café com leite. Descontente, o PRM
junta-se com políticos da Paraíba e do Rio Grande do Sul
(forma-se a Aliança Liberal) para lançar a presidência o
gaúcho Getúlio Vargas;
• Júlio Prestes sai vencedor nas eleições de abril de 1930,
deixando descontentes os políticos da Aliança Liberal, que
alegam fraudes eleitorais. Liderados por Getúlio Vargas,
políticos da Aliança Liberal e militares descontentes
provocam a Revolução de 1930. É o fim da República
Velha e início da Era Vargas.
Fonte: http://www.portalsaofrancisco.com.br/alfa/republica-velha/republica-velha-3.php#ixzz1yr5ynHFy
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As bases políticas da República Oligárquica
Profa. Gisele Finatti
28. Atividade Em seu caderno responda ao seguinte
questionamento:
As práticas políticas clientelistas foram muito
presentes na estrutura de poder durante a
República Oligárquica.
Essas práticas ainda persistem hoje?
De que forma?
Como combatê-las ?
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As bases políticas da República Oligárquica
Profa. Gisele Finatti
29. Tabela de Imagens
n° do
slide
direito da imagem como está ao lado da
foto
link do site onde se consegiu a informação Data do
Acesso
7 O mapa do Brasil no ano do Centenário de
Independência / Autor Desconhecido /
Digitalizado por Selma Silveira / Domínio
Público.
http://commons.wikimedia.org/wiki/File%3AMapa_
do_Brasil_-_1922.jpg
28/08/2012
16 Avenida Tiradentes, São Paulo, 1900 /
Guilherme Gaensly (1843-1928) / Domínio
Público.
http://commons.wikimedia.org/wiki/File%3AGuilher
me_Gaensly_-
_Esta%C3%A7%C3%A3o_da_Luz%2C_c._1900.jpg
28/08/2012
26 Fazenda na província do Rio Grande do Sul /
Autor Desconhecido/ Domínio Público.
http://commons.wikimedia.org/wiki/File%3AFarm_
province_Rio_Grande_do_Sul_1885_00.jpg
28/08/2012