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Rota de Portugal para a Índia (linha) e o retorno (tracejado)
Imagem: smartkids.com.br
Como aconteceu o descobrimento do Brasil
Para aproveitar o sucesso da viagem em que Vasco da Gama havia estabelecido um caminho
marítimo de Portugal para a Índia, evitando o Mar Mediterrâneo então sob domínio das nações
italianas e dos mouros, o rei português Dom Manuel I se apressou em aparelhar uma nova
frota para a Índia. Uma vez que a pequena frota com 4 embarcações de Vasco da Gama teve
dificuldades de impor o interesses comerciais portugueses na Ásia, a próxima expedição
marítima seria a maior até então constituída.
Em 9 de março de 1500, partiu de Lisboa para Índia uma frota composta por 13 navios e
aproximadamente 1500 homens, com o objetivo de estabelecer contatos diplomáticos, realizar
acordos comerciais e trazer um grande carregamento de especiarias. Estima-se que esta
armada levasse mantimentos para dezoito meses e a empreitada foi liderada pelo experimente
navegador Pedro Álvares Cabral, contando com a presença do cosmógrafo Duarte Pacheco
Pereira, entre outros experientes comandantes e navegadores.
Depois da partida os navios se afastaram da costa africana, contrariando a tradicional rota de
navegação daquele continente para a chegada à Índia. Nos registros dessa viagem não há
menção a nenhum tipo dificuldade ou imprevisto que justificasse a mudança de trajetória. No
dia 22 de março de 1500 os navegadores passaram pela Ilha de Cabo Verde e, logo depois,
rumaram para o oeste. Esta atitude nunca teve uma explicação clara.
Após um mês de viagem e aproximadamente 3600 quilômetros percorridos, no dia 22 de abril
de 1500 os tripulantes tiveram um primeiro contato visual com um elevado que ganhou o nome
de Monte Pascoal (pois se encontravam no oitavo dia da páscoa cristã). Nos relatos de Pero
Vaz de Caminha, integrante da viagem e responsável por seu registro, não existe nenhuma
menção sobre um possível encantamento ou surpresa com a “novidade” da descoberta.
Óleo sobre tela "Desembarque de Cabral em Porto Seguro" - Oscar Pereira da Silva (1904)
Imagem: brasil.gov.br
Os navios portugueses primeiramente aportaram na região onde hoje se localiza o município
baiano de Santa Cruz Cabrália e enviaram um tradutor judeu chamado Gaspar Gama em um
grupo comandado pelo capitão Nicolau Coelho para entrar em contato com os nativos. Depois
de um primeiro contato amigável com os habitantes, os portugueses decidiram aportar em uma
região mais segura e navegaram para a atual região de Porto Seguro. Neste local organizaram
na atual Praia da Coroa Vermelha uma missa em 26 de abril de 1500 (domingo de Páscoa)
dirigida pelo Frei Henrique de Coimbra, oficializando a descoberta das novas terras.
No dia 2 de maio de 1500, Cabral envia para Portugal um navio comandado por Gaspar de
Lemos portando o relato de Pero Vaz de Caminha, com informações gerais sobre a região
explorada e o potencial econômico local. No mesmo dia Cabral partiu para a Índia à frente de
12 embarcações, chegando a seu destino em 13 de setembro de 1500 com 6 navios, após
naufrágios e extravios de alguns navios devido a tempestades.
Óleo sobre tela "A primeira missa no Brasil" - Victor Meirelles de Lima (1922)
Imagem: historiabrasileira.com
O Tratado de Tordesilhas
Expedições marítimas secretas, espionagem e negociações diplomáticas culminaram no
Tratado de Tordesilhas, onde Portugal e Espanha defendiam seus interesses usando pressões
políticas, econômicas e militares para garantir o máximo lucro possível.
O Tratado de Tordesilhas foi um acordo diplomático realizado em 7 de junho de 1494 entre o
Reino de Portugal e o recém-formado reino da Espanha para dividir as terras "descobertas e
por descobrir" por ambos os reinos fora da Europa.
Este tratado surgiu como consequência da contestação portuguesa às pretensões da Coroa
Espanhola resultantes da viagem de Cristóvão Colombo, que ano e meio antes chegou à
América, reclamando as novas terras para Isabel, rainha do reino espanhol de Castela.
O Tratado estabelecia a divisão das áreas de influência dos dois reinos, cabendo a Portugal as
terras "descobertas e por descobrir" situadas a leste (direita) de uma linha imaginária que
passaria a 370 léguas marítimas (aproximadamente 2055 Km) a oeste das ilhas de Cabo
Verde, e à Espanha as terras que ficassem a oeste (esquerda) dessa linha.
Em 22 de abril de 1529, o outro lado do planeta também seria dividido por outra linha
imaginária que delimitava as zonas de influência portuguesa e espanhola na Ásia através do
Tratado de Saragoça, que definia a continuação do Meridiano de Tordesilhas no hemisfério
oposto, a 297,5 léguas náuticas (aproximadamente 1651 Km) a leste das ilhas Molucas.
Os ingleses, franceses e holandeses contestaram e ignoraram esta divisão do mundo e através
de ações comerciais, diplomáticas e militares garantiram seus interesses na América, Ásia e
África.
Os meridianos de Tordesilhas
Imagem: www2.crb.ucp.pt
- - - - -
Perspectivas e reflexões: descobrimento do Brasil ou chegada ao Brasil?
Há um crescente número de historiadores que preferem o termo "chegada ao Brasil" ao invés
de "descobrimento do Brasil" por considerar que o termo "descobrimento" é válido somente
numa perspectiva ocidental e europeia. Há estimativas que habitavam no atual território
brasileiro de 2 a 5 milhões de pessoas em 1500, quando Pedro Álvares Cabral e sua expedição
oficializaram na Europa a "descoberta" desta terra. A população de Portugal nesta época era
de pouco mais de um milhão de habitantes.
Se há indícios e provas de que outros europeus e asiáticos estiveram na América antes de
1492, considera-se oficialmente como descobrimento e colonização o período após o qual se
estabeleceu um contato permanente, comercial e militar, entre a Europa e a América.
Os habitantes da América foram chamados genericamente de "índios" pela primeira vez pelo
navegador italiano Cristóvão Colombo em 1492, quando imaginou inicialmente ter chegado à
Índia ou suas proximidades, pois este era o objetivo de sua viagem.
Mesmo quando os europeus perceberam que não estavam na Ásia, mas num continente
desconhecido, continuaram chamando os povos nativos de índios por ser mais fácil e devido
ao desinteresse em conhecer ou respeitar as particularidades das culturas locais, já
desenvolvendo então estratégias e políticas de conquista e conversão das populações nativas
para os interesses europeus.
É digno de reflexão perceber e entender os motivos pelos quais até nos tempos atuais nós,
brasileiros, continuamos a definir genericamente como "índios" as tribos e povos nativos que
vivem no Brasil. A tribo Guarani-Kaiowá no Mato Grosso do Sul tem língua, religião e costumes
diferentes da Waimiri Atroari, no Amazonas, que por sua vez não tem semelhanças ou contato
significativos com a tribo Tucuju, no Amapá. Definir populações diferentes e distantes como
estas em um único termo genérico e superficial é indício de que no século XXI os “brasileiros
civilizados” têm uma visão colonialista (desinteressada ou preconceituosa) sobre populações
que considera diferentes e não dignas de maior atenção ou respeito.
Outra reflexão interessante é sobre os motivos pelos quais usualmente define-se
como "americanos" apenas os nascidos nos Estados Unidos da América e não todas as
pessoas nascidas no continente da América. A divisão da América em três (América do Norte,
América Central e América do Sul) é consequência de uma separação mais econômica do que
geográfica. O termo “América Latina” define os territórios de colonizadores de língua com
origem latina (espanhóis e portugueses), diferenciando dos colonizadores de origem
anglo-saxônica (ingleses). No entanto, a América do Norte inclui o Canadá, cuja colonização foi
inicialmente francesa (de língua latina) que ainda hoje possui grande influência na identidade
nacional. A diferenciação entre América do Norte e Latina, que a princípio seria cultural,
consolidou-se como econômica e política. Quais os motivos para a manutenção desta divisão?
Não são usuais os termos “Europa do Norte” e “Europa Latina”, que poderiam ser usados
seguindo a lógica para a classificação da América.
Imagem: blogdoeduardobomfim.blogspot.com
Curiosidades, verdades e mentiras sobre o descobrimento do Brasil
O navegador espanhol Vicente Yáñez Pinzón participou como capitão da caravela La Niña na
frota comandada por Cristóvão Colombo que descobriu a América para os europeus em
1492. Em 1498 a Coroa Espanhola decide incentivar que particulares realizassem viagens de
descobrimento. Pinzón partiu em 19 de novembro de 1499 do porto de Palos de La Frontera,
no sul da Espanha, com La Niña e outras três pequenas caravelas, com seus próprios recursos
recebidos como recompensa pela descoberta de 1492. Em 26 de janeiro de 1500 (três meses
antes de Cabral) teria alcançado a costa brasileira, avistando um cabo que denominou
como Santa Maria de la Consolación, tendo desembarcado na que é identificada atualmente
como Praia do Paraíso, no cabo de Santo Agostinho, em Pernambuco. Outra hipótese é que o
local de desembarque tenha sido na atual Ponta do Mucuripe (Ceará), 10 quilômetros ao sul de
onde atualmente situa-se Fortaleza.
Prosseguindo sua viagem margeando a costa em direção ao norte, em fevereiro alcançou a foz
do rio Amazonas, que batizou como Mar Dulce. Rumando mais ao norte, chegou à atual
Ilha Trindad, Porto Rico e Bahamas. Nesta última região, duas das quatro caravelas ficaram
presas em um banco de areia e Pizón retorna à Espanha em setembro do mesmo ano.
Pizón teria sido o primeiro a conhecer as três Américas (norte, sul e central), mas a viagem de
Pinzón ao Brasil não consta na maior parte das obras oficiais da História do Brasil, pois pelos
termos do Tratado de Tordesilhas (1494) as terras descobertas pertenciam a Portugal.
Alguns historiadores defendem que o primeiro português a chegar ao Brasil foi o navegador
Duarte Pacheco Pereira, muito hábil em astronomia, navegação e geografia e homem de
confiança do rei de Portugal, D. Manoel I. Duarte Pacheco teria chegado ao Brasil um ano e
meio antes de Cabral, entre novembro e dezembro de 1498. O primeiro português a confirmar
que existiam terras do outro lado do Oceano Atlântico teria desembarcado num ponto
localizado nas proximidades da fronteira do Maranhão com o Pará. De lá, iniciou uma viagem
para o norte pela costa, indo à ilha do Marajó e à foz do rio Amazonas. Quando regressou a
Portugal, o rei determinou que a expedição deveria ser tratada como segredo de Estado, pois
parte das terras descobertas encontravam-se em área espanhola, de acordo com a divisão
estabelecida pelo Tratado de Tordesilhas.
O Brasil teve diferentes nomes logo após seu descobrimento:
• Pindorama (até 1500) em tupi-guarani significa "Terra das Palmeiras" e era essa a forma
como era chamada a terra pelos nativos na região de desembarque dos portugueses.
• Ilha de Vera Cruz (1500 a 1501) acreditando que a terra descoberta era uma grande ilha.
• Terra de Santa Cruz (1501 a 1503) quando foi constatado que a terra descoberta era um
continente.
• Brasil (a partir de 1503) em função da grande quantidade de árvores de pau-brasil existentes
na região do litoral.
- - - - -
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O descobrimento do Brasil

  • 1. Rota de Portugal para a Índia (linha) e o retorno (tracejado) Imagem: smartkids.com.br Como aconteceu o descobrimento do Brasil Para aproveitar o sucesso da viagem em que Vasco da Gama havia estabelecido um caminho marítimo de Portugal para a Índia, evitando o Mar Mediterrâneo então sob domínio das nações italianas e dos mouros, o rei português Dom Manuel I se apressou em aparelhar uma nova frota para a Índia. Uma vez que a pequena frota com 4 embarcações de Vasco da Gama teve dificuldades de impor o interesses comerciais portugueses na Ásia, a próxima expedição marítima seria a maior até então constituída. Em 9 de março de 1500, partiu de Lisboa para Índia uma frota composta por 13 navios e aproximadamente 1500 homens, com o objetivo de estabelecer contatos diplomáticos, realizar acordos comerciais e trazer um grande carregamento de especiarias. Estima-se que esta armada levasse mantimentos para dezoito meses e a empreitada foi liderada pelo experimente navegador Pedro Álvares Cabral, contando com a presença do cosmógrafo Duarte Pacheco Pereira, entre outros experientes comandantes e navegadores. Depois da partida os navios se afastaram da costa africana, contrariando a tradicional rota de navegação daquele continente para a chegada à Índia. Nos registros dessa viagem não há menção a nenhum tipo dificuldade ou imprevisto que justificasse a mudança de trajetória. No dia 22 de março de 1500 os navegadores passaram pela Ilha de Cabo Verde e, logo depois, rumaram para o oeste. Esta atitude nunca teve uma explicação clara. Após um mês de viagem e aproximadamente 3600 quilômetros percorridos, no dia 22 de abril de 1500 os tripulantes tiveram um primeiro contato visual com um elevado que ganhou o nome de Monte Pascoal (pois se encontravam no oitavo dia da páscoa cristã). Nos relatos de Pero Vaz de Caminha, integrante da viagem e responsável por seu registro, não existe nenhuma menção sobre um possível encantamento ou surpresa com a “novidade” da descoberta.
  • 2. Óleo sobre tela "Desembarque de Cabral em Porto Seguro" - Oscar Pereira da Silva (1904) Imagem: brasil.gov.br Os navios portugueses primeiramente aportaram na região onde hoje se localiza o município baiano de Santa Cruz Cabrália e enviaram um tradutor judeu chamado Gaspar Gama em um grupo comandado pelo capitão Nicolau Coelho para entrar em contato com os nativos. Depois de um primeiro contato amigável com os habitantes, os portugueses decidiram aportar em uma região mais segura e navegaram para a atual região de Porto Seguro. Neste local organizaram na atual Praia da Coroa Vermelha uma missa em 26 de abril de 1500 (domingo de Páscoa) dirigida pelo Frei Henrique de Coimbra, oficializando a descoberta das novas terras. No dia 2 de maio de 1500, Cabral envia para Portugal um navio comandado por Gaspar de Lemos portando o relato de Pero Vaz de Caminha, com informações gerais sobre a região explorada e o potencial econômico local. No mesmo dia Cabral partiu para a Índia à frente de 12 embarcações, chegando a seu destino em 13 de setembro de 1500 com 6 navios, após naufrágios e extravios de alguns navios devido a tempestades. Óleo sobre tela "A primeira missa no Brasil" - Victor Meirelles de Lima (1922) Imagem: historiabrasileira.com
  • 3. O Tratado de Tordesilhas Expedições marítimas secretas, espionagem e negociações diplomáticas culminaram no Tratado de Tordesilhas, onde Portugal e Espanha defendiam seus interesses usando pressões políticas, econômicas e militares para garantir o máximo lucro possível. O Tratado de Tordesilhas foi um acordo diplomático realizado em 7 de junho de 1494 entre o Reino de Portugal e o recém-formado reino da Espanha para dividir as terras "descobertas e por descobrir" por ambos os reinos fora da Europa. Este tratado surgiu como consequência da contestação portuguesa às pretensões da Coroa Espanhola resultantes da viagem de Cristóvão Colombo, que ano e meio antes chegou à América, reclamando as novas terras para Isabel, rainha do reino espanhol de Castela. O Tratado estabelecia a divisão das áreas de influência dos dois reinos, cabendo a Portugal as terras "descobertas e por descobrir" situadas a leste (direita) de uma linha imaginária que passaria a 370 léguas marítimas (aproximadamente 2055 Km) a oeste das ilhas de Cabo Verde, e à Espanha as terras que ficassem a oeste (esquerda) dessa linha. Em 22 de abril de 1529, o outro lado do planeta também seria dividido por outra linha imaginária que delimitava as zonas de influência portuguesa e espanhola na Ásia através do Tratado de Saragoça, que definia a continuação do Meridiano de Tordesilhas no hemisfério oposto, a 297,5 léguas náuticas (aproximadamente 1651 Km) a leste das ilhas Molucas. Os ingleses, franceses e holandeses contestaram e ignoraram esta divisão do mundo e através de ações comerciais, diplomáticas e militares garantiram seus interesses na América, Ásia e África. Os meridianos de Tordesilhas Imagem: www2.crb.ucp.pt - - - - - Perspectivas e reflexões: descobrimento do Brasil ou chegada ao Brasil? Há um crescente número de historiadores que preferem o termo "chegada ao Brasil" ao invés de "descobrimento do Brasil" por considerar que o termo "descobrimento" é válido somente numa perspectiva ocidental e europeia. Há estimativas que habitavam no atual território brasileiro de 2 a 5 milhões de pessoas em 1500, quando Pedro Álvares Cabral e sua expedição oficializaram na Europa a "descoberta" desta terra. A população de Portugal nesta época era de pouco mais de um milhão de habitantes.
  • 4. Se há indícios e provas de que outros europeus e asiáticos estiveram na América antes de 1492, considera-se oficialmente como descobrimento e colonização o período após o qual se estabeleceu um contato permanente, comercial e militar, entre a Europa e a América. Os habitantes da América foram chamados genericamente de "índios" pela primeira vez pelo navegador italiano Cristóvão Colombo em 1492, quando imaginou inicialmente ter chegado à Índia ou suas proximidades, pois este era o objetivo de sua viagem. Mesmo quando os europeus perceberam que não estavam na Ásia, mas num continente desconhecido, continuaram chamando os povos nativos de índios por ser mais fácil e devido ao desinteresse em conhecer ou respeitar as particularidades das culturas locais, já desenvolvendo então estratégias e políticas de conquista e conversão das populações nativas para os interesses europeus. É digno de reflexão perceber e entender os motivos pelos quais até nos tempos atuais nós, brasileiros, continuamos a definir genericamente como "índios" as tribos e povos nativos que vivem no Brasil. A tribo Guarani-Kaiowá no Mato Grosso do Sul tem língua, religião e costumes diferentes da Waimiri Atroari, no Amazonas, que por sua vez não tem semelhanças ou contato significativos com a tribo Tucuju, no Amapá. Definir populações diferentes e distantes como estas em um único termo genérico e superficial é indício de que no século XXI os “brasileiros civilizados” têm uma visão colonialista (desinteressada ou preconceituosa) sobre populações que considera diferentes e não dignas de maior atenção ou respeito. Outra reflexão interessante é sobre os motivos pelos quais usualmente define-se como "americanos" apenas os nascidos nos Estados Unidos da América e não todas as pessoas nascidas no continente da América. A divisão da América em três (América do Norte, América Central e América do Sul) é consequência de uma separação mais econômica do que geográfica. O termo “América Latina” define os territórios de colonizadores de língua com origem latina (espanhóis e portugueses), diferenciando dos colonizadores de origem anglo-saxônica (ingleses). No entanto, a América do Norte inclui o Canadá, cuja colonização foi inicialmente francesa (de língua latina) que ainda hoje possui grande influência na identidade nacional. A diferenciação entre América do Norte e Latina, que a princípio seria cultural, consolidou-se como econômica e política. Quais os motivos para a manutenção desta divisão? Não são usuais os termos “Europa do Norte” e “Europa Latina”, que poderiam ser usados seguindo a lógica para a classificação da América. Imagem: blogdoeduardobomfim.blogspot.com
  • 5. Curiosidades, verdades e mentiras sobre o descobrimento do Brasil O navegador espanhol Vicente Yáñez Pinzón participou como capitão da caravela La Niña na frota comandada por Cristóvão Colombo que descobriu a América para os europeus em 1492. Em 1498 a Coroa Espanhola decide incentivar que particulares realizassem viagens de descobrimento. Pinzón partiu em 19 de novembro de 1499 do porto de Palos de La Frontera, no sul da Espanha, com La Niña e outras três pequenas caravelas, com seus próprios recursos recebidos como recompensa pela descoberta de 1492. Em 26 de janeiro de 1500 (três meses antes de Cabral) teria alcançado a costa brasileira, avistando um cabo que denominou como Santa Maria de la Consolación, tendo desembarcado na que é identificada atualmente como Praia do Paraíso, no cabo de Santo Agostinho, em Pernambuco. Outra hipótese é que o local de desembarque tenha sido na atual Ponta do Mucuripe (Ceará), 10 quilômetros ao sul de onde atualmente situa-se Fortaleza. Prosseguindo sua viagem margeando a costa em direção ao norte, em fevereiro alcançou a foz do rio Amazonas, que batizou como Mar Dulce. Rumando mais ao norte, chegou à atual Ilha Trindad, Porto Rico e Bahamas. Nesta última região, duas das quatro caravelas ficaram presas em um banco de areia e Pizón retorna à Espanha em setembro do mesmo ano. Pizón teria sido o primeiro a conhecer as três Américas (norte, sul e central), mas a viagem de Pinzón ao Brasil não consta na maior parte das obras oficiais da História do Brasil, pois pelos termos do Tratado de Tordesilhas (1494) as terras descobertas pertenciam a Portugal. Alguns historiadores defendem que o primeiro português a chegar ao Brasil foi o navegador Duarte Pacheco Pereira, muito hábil em astronomia, navegação e geografia e homem de confiança do rei de Portugal, D. Manoel I. Duarte Pacheco teria chegado ao Brasil um ano e meio antes de Cabral, entre novembro e dezembro de 1498. O primeiro português a confirmar que existiam terras do outro lado do Oceano Atlântico teria desembarcado num ponto localizado nas proximidades da fronteira do Maranhão com o Pará. De lá, iniciou uma viagem para o norte pela costa, indo à ilha do Marajó e à foz do rio Amazonas. Quando regressou a Portugal, o rei determinou que a expedição deveria ser tratada como segredo de Estado, pois parte das terras descobertas encontravam-se em área espanhola, de acordo com a divisão estabelecida pelo Tratado de Tordesilhas. O Brasil teve diferentes nomes logo após seu descobrimento: • Pindorama (até 1500) em tupi-guarani significa "Terra das Palmeiras" e era essa a forma como era chamada a terra pelos nativos na região de desembarque dos portugueses. • Ilha de Vera Cruz (1500 a 1501) acreditando que a terra descoberta era uma grande ilha. • Terra de Santa Cruz (1501 a 1503) quando foi constatado que a terra descoberta era um continente. • Brasil (a partir de 1503) em função da grande quantidade de árvores de pau-brasil existentes na região do litoral. - - - - - Humor: Imagem: donadequinha.blogspot.com