2. Humor, Emoção
e Afetos
Emoção - Resposta a curto prazo, desencadeada por uma perceção
(interna ou externa) e que evoca mudanças fisiológicas, como
choro, riso, medo, etc.
Afeto - Padrão de comportamentos observáveis que resultam da
expressão de emoções. Consiste na resposta emocional do paciente
em determinado momento, a sua reação.
Sentimentos - Constituem a experiência subjetiva da emoção, são
mais estáveis e duradouros. (Ex: amor, alegria, tristeza…)
Humor - Estado afetivo do sujeito, sendo o sinónimo de estado de
ânimo, que pode ser espontânea ou ser precedida por estímulos
internos ou externos. (Ex: cansado, stressado, relaxado, bem
disposto, etc.)
3. Alterações patológicas do Humor
ALTERAÇÕES HIPERTÍMICAS
PATOLÓGICAS
ALTERAÇÕES HIPOTÍMICAS
PATOLÓGICAS
-Euforia – alegria
desproporcionada (mania)
- Expansão- estado de alegria
associada a dificuldade de controlo
das próprias emoções, e elevada
desinibição. (mania)
- Exaltação - euforia com aumento
da convicção do próprio
valor/megalomania e grande
agitação psicomotora. (mania)
- Êxtase - estado de
alegria intensa, experiência de
beatitude (mania, transe, epilepsia
e esquizofrenia)
Humor depressivo - É o sintoma
de base das perturbações
depressivas. Contém alterações
da líbido, do sono, redução da
energia vital, da atividade motora.
A pessoa não consegue sair desta
tristeza desproporcionada e tem
frequentemente ideias suicidas.
5. Ambivalência
Sentimentos positivos e negativos direcionados
para um mesmo objeto. Presente frequentemente nos
doentes esquizofrénicos, mas também em perturbações
de personalidade borderline.
Por exemplo, "eu adoro o meu pai; é a coisa melhor do
mundo para mim, mas às vezes apetece-me matá-lo,
odeio-o de tal forma ... ";
6. Paratimia
As emoções não correspondem ao contexto das
vivências.
Por exemplo: O doente poderá, por exemplo, rir-se e
mostrar-se alegre ao falar da morte de um familiar.
Pode ocorrer na esquizofrenia e nas síndromes psico-
orgânicas;
7. Pobreza afetiva
Diz-se de alguém que é pobre em sentimentos, que se encontra afetivamente
paralisado, esvaziado, quando existe uma carência ou uma perda da
capacidade de resposta e de modulação afetiva, bem como uma indiferença
emocional.
Tais pessoas não manifestam sentimentos em relação aos outros, são frias,
insensíveis, incapazes de amar, indiferentes, incapazes de participar ou
também, por vezes, rudes, brutais e friamente insensíveis. A pobreza de
sentimentos pode ser igualmente extensível aos sentimentos de valor próprio:
tais pessoas são incapazes de experimentar sentimentos de culpa,
arrependimento, vergonha, mas também de orgulho.
8. Sentimentos de
insensibilidade
Alguns deprimidos queixam-se de um vazio e de um deserto
afetivo, de que os seus sentimentos morreram, de que já não
conseguem sentir qualquer alegria, amor, dor ou tristeza.
Isto conjuga-se quase sempre com uma forte diminuição dos
sentimentos vitais (alegria, prazer, apreciação).
9. Rigidez afectiva
Perda da capacidade de modular a resposta afetiva
de acordo com a situação de cada momento. Assim,
independentemente dos acontecimentos externos, o
estado de humor do paciente será mais ou menos o
mesmo.
A rigidez afetiva ocorre na esquizofrenia, na depressão,
na demência e, às vezes, na mania crônica irritável.
10. Tenacidade afectiva
Persistência anormal de certos estados afetivos, como o
ressentimento, o ódio e o rancor.
Em virtude dessa fixação prolongada de sentimentos desa-
gradáveis, o enfermo está sempre de mau humor e encara todos
os acontecimentos da vida através de um prisma pessimista. É
própria dos epilépticos.
11. Incontinência afectiva
Falta de controlo na expressão dos afetos, estados afetivos
que surgem rapidamente e atingem uma intensidade
excessiva que não pode ser dominada.
Pode surgir, por exemplo, na mania, nas síndromes psico-orgânicas
e nas demências;
12. Alguns links interessantes
https://prezi.com/jyhxmzbx_dx0/psicopatologia-da-
afetividade/
http://psiquiatriaufmg.blogspot.com/p/afetividade.html