O documento discute tensões de cisalhamento em vigas. Apresenta hipóteses básicas sobre tensões de cisalhamento e fórmulas para calcular tensões de cisalhamento em seções retangulares e circulares. Inclui exemplos sobre dimensionamento de vigas considerando tensões normais e de cisalhamento.
1. CAPÍTULO 5:
CISALHAMENTO
Prof. Romel Dias Vanderlei
Universidade Estadual de Maringá
Centro de Tecnologia
Departamento de Engenharia Civil
Curso de Engenharia Civil
Prof.RomelDiasVanderlei
5.1 Tensões de Cisalhamento em Vigas sob
Flexão
Hipóteses Básicas:
a) As tensões de cisalhamento τ
são admitidas paralelas à força de
cisalhamento V, portanto paralela a
“y’’.
b) As tensões τ não variam ao longo
da largura da seção, e sim na altura.
c) As tensões normais σ não ficam
afetadas pelas deformações
provocadas pelas tensões de
cisalhamento.
<
4
1
h
b
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5.1 Tensões de Cisalhamento em Vigas sob
Flexão
Analisando o elemento, vemos que existem
tensões de cisalhamento horizontais agindo
entre as camadas horizontais.
Para y = ±h/2, então τ =0, pois não existem
forças de cisalhamento na superfície da
barra.
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5.2 Fórmula de Cisalhamento em uma Viga
É mais fácil determinar as tensões de cisalhamento
horizontais agindo entre camadas da viga.
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5.2 Fórmula de Cisalhamento em uma Viga
Modelo de cálculo:
zI
yM ⋅
−=1σ
( )
zI
ydMM ⋅+
−=2σ
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5.2 Fórmula de Cisalhamento em uma Viga
A face superior da barra está livre de tensões de
cisalhamento.
A face de baixo é submetida a tensões de
cisalhamento τ.
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5.2 Fórmula de Cisalhamento em uma Viga
Analisando o equilíbrio na direção x do elemento mp
m1p1, vemos que como σ1 ≠ σ2 , é necessário a tensão τ
para equilibrar.
As tensões verticais nos planos mp e m1p1 não estão
sendo consideradas, pois iremos analisar apenas o
equilíbrio na direção x.
Diagrama de corpo livre do elemento mp m1p1:
dA
I
yM
dAF
z
⋅
⋅
=⋅= ∫∫ 11 σ
( ) dA
I
ydMM
dAF
z
⋅
⋅+
=⋅= ∫∫ 22 σ
onde y varia de y1 até h/2.
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5.2 Fórmula de Cisalhamento em uma Viga
Fazendo o equilíbrio do elemento na direção x:
123231 0 FFFFFF −=∴=−+
∫ ⋅⋅= dAy
I
dM
F
z
3
( ) dA
I
ydM
dA
I
yM
dA
I
ydMM
F
zzz
⋅
⋅
=⋅
⋅
−⋅
⋅+
= ∫∫∫3
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5.2 Fórmula de Cisalhamento em uma Viga
F3 também pode ser vista em função da tensão τ:
F3 = τ . b . dx , onde (b . dx) é a área da parte inferior
do elemento.
Logo:
∫∫ ⋅⋅
⋅
⋅=⇒⋅⋅=⋅⋅ dAy
Ibdx
dM
dAy
I
dM
dxb
zz
1
ττ
neutra.linhaarelaçãoem
sombreadaáreadaEstáticoMomento
tocisalhamendeforça:onde
→=⋅
→=
∫ sMdAy
V
dx
dM
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Com essa notação temos:
5.2 Fórmula de Cisalhamento em uma Viga
toCisalhamendeFórmula→
⋅
⋅
=
z
s
Ib
MV
τ
Observações:
V, b e Iz são constantes em uma seção.
Ms varia com a distância y1.
Na fórmula de cisalhamento tratamos todos os
elementos como valores positivos, pois sabemos
que a tensão τ atua na mesma direção da força
de cisalhamento V.
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5.2.1 Distribuição das Tensões de
Cisalhamento na Seção Retangular
( )
22
22
1
11 2
h
y
h
y
h
y
s
y
bdybydAyM
⋅=⋅⋅=⋅= ∫∫
−⋅=
−⋅=
2
1
22
1
2
4228
y
hbyh
bMs
−⋅⋅
⋅
=
⋅
⋅
=
2
1
2
42
y
hb
Ib
V
Ib
MV
zz
s
τ
−⋅
⋅
=
2
1
2
42
y
h
I
V
z
τ
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5.2.1 Distribuição das Tensões de
Cisalhamento na Seção Retangular
Variação quadrática com a distância y1.
−⋅
⋅
=
2
1
2
42
y
h
I
V
z
τ
A
V
I
hV
y
z
máx
⋅
⋅
=
⋅
⋅
=→=
2
3
8
0para
2
1 τ
0
2
para 1 =→= τ
h
y
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5.2.2 Tensões de Cisalhamento na Seção
Circular
Não podemos assumir que as tensões
de cisalhamento agem paralelamente ao
eixo y.
Em um ponto m na superfície, a tensão
deve agir de forma tangente.
As tensões de cisalhamento na Linha
Neutra, onde as tensões são máximas,
podem ser assumidas como: paralelas a
y e intensidade constante ao longo da
largura.
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5.2.2 Tensões de Cisalhamento na Seção
Circular
Logo, na Linha Neutra podemos usar a fórmula de
cisalhamento:
z
s
máx
Ib
MV
⋅
⋅
=τ
Onde:
4
4
r
Iz
⋅
=
π
3
2
3
4
2
32
rrr
yAMs
⋅
=
⋅
⋅
⋅
⋅
=⋅=
π
π
rb ⋅= 2
2
3
4
3
4
3
24
2 r
Vr
rr
V
máx
⋅⋅
⋅
=
⋅
⋅
⋅
⋅
⋅
=
ππ
τ
A
V
máx
⋅
⋅
=
3
4
τ
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5.2.2 Tensões de Cisalhamento na Seção
Circular
Para seção circular vazada:
( )4
1
4
2
4
rrIz −⋅=
π
( )3
1
3
2
3
2
rrMs −⋅=
( )122 rrb −⋅=
+
+⋅+
⋅
⋅
⋅
=
⋅
⋅
= 2
1
2
2
2
112
2
2
3
4
rr
rrrr
A
V
Ib
MV
z
s
máxτ
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Exemplo 1: De acordo com a viga de madeira
mostrada, determine o máximo valor para P se a
tensão admissível na flexão é σadm = 11MPa (para
tração e compressão) e a tensão admissível para
cisalhamento horizontal é τadm = 1,2MPa.
Desconsidere o peso próprio.
5.2 Fórmula de Cisalhamento em uma Viga
P
0,5m 0,5m
P
100mm
150mm
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Exemplo 1
a) Diagrama de Esforços Internos:
A C D B
P
PD.E.C.
A C D B
0,5P
D.M.F.
Cisalhamento trecho AC e DB
Flexão Máxima trecho CD
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Exemplo 1
b) Características geométricas:
2
22
3
375
6
1510
6
2
cm
hb
h
I
W =
×
=
⋅
==
2
1501510 cmhbA =×=×=
WM
W
M
admmáxadm
máx
máx ⋅=⇒≤= σσσ
3
2
2
3 adm
máxadm
máx
máx
A
V
A
V τ
ττ
⋅⋅
=⇒≤
⋅
⋅
=
c) Carga Máxima:
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Exemplo 1
5,0
103751011
5,0
66 −
⋅×⋅
=
⋅
=
W
P adm
flexão
σ
KNPflexão 25,8=
3
102,1101502
3
2 64
.
⋅×⋅×
=
⋅⋅
=
−
adm
cisalh
A
P
τ
KNPcisalh 12=
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Exemplo 2: Dimensionar uma seção circular para a
estrutura mostrada abaixo, de modo que não sejam
ultrapassadas as seguintes tensões:
7..;70).( == SCMPaTRuptσ
8..;56).( == SCMPaCRuptσ
MPaadm 2,1=τ
B
40kN/m
A
4m2m
30kN
5.2 Fórmula de Cisalhamento em uma Viga
11. Prof.RomelDiasVanderlei
Exemplo 2
a) Tensões admissíveis:
MPa
SC
TRupt
Tadm 10
7
70
..
).(
)( ===
σ
σ
MPa
SC
CRupt
Cadm 7
8
56
..
).(
)( ===
σ
σ
kNRVA 125=
kNRVB 65= D.E.C.
A C B
30
65
95
b) Seções críticas:
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Exemplo 2
Trecho :AC
( )xV −⋅+−= 64065
mxxV 375,4040175 =⇒=⋅−=
mKNM A .60230 −=×−=
( ) ( ) mKNMC .81,52
2
375,46
40375,4665
2
=
−
×−−×=
Seções críticas: A e C
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c) Tensões Normais Máximas:
Seção A:
)(Cadm
z
A
I
rM
σ≤
⋅
⇒⋅≤
⋅
×⋅ 6
4
3
107
4
1060
r
r
π
mr 222,0≥
Exemplo 2
rCC 21 ==
z
A
I
rM ⋅
== 21 σσ
Como σ1 = σ2 , verificar para menor σadm:
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d) Tensão de Cisalhamento Máxima:
adm
máx
máx
A
V
ττ ≤
⋅
⋅
=
3
4
mr 183,0≥
6
2
3
102,1
3
10954
⋅≤
⋅×
⋅×
rπ
⇒≥ mr 22,0 cmr 23=
Exemplo 2
Logo,
13. Prof.RomelDiasVanderlei
As tensões de cisalhamento nos flanges da viga
atuam em ambas as direções, verticais e horizontais.
5.3 Tensões de Cisalhamento em Almas de
Vigas com Flange
Alma
Mesa ou Flange
Mesa ou Flange
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5.3 Tensões de Cisalhamento em Almas de
Vigas com Flange
As tensões de cisalhamento na alma de viga de
flange largo são verticais e são maiores que as
tensões nos flanges.
Devido a complexidade da distribuição das tensões
de cisalhamento no flange, iremos considerar
apenas as tensões agindo na alma da viga.
14. Prof.RomelDiasVanderlei
5.3.1 Tensão de Cisalhamento na Alma
Vamos determinar a tensão de cisalhamento na linha ef.
z
s
Ib
MV
⋅
⋅
=τ onde b = t e Ms é da área sombreada
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5.3.1 Tensão de Cisalhamento na Alma
Momento Estático da área sombreada.
−⋅=
22
1
1
hh
bA
2
22
2
1
1
1
hh
h
y
−
+=
−⋅= 1
1
2
2
y
h
tA
2
2 1
1
12
y
h
yy
−
+=
( ) ( )2
1
2
1
2
1
2
2211 4
88
yh
t
hh
b
yAyAM s ⋅−⋅+−⋅=⋅+⋅=
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5.3.1 Tensão de Cisalhamento na Alma
Logo:
( ) ( )[ ]2
1
2
1
2
1
2
4
8
yhthhb
It
V
It
MV
zz
s
⋅−⋅+−⋅⋅
⋅⋅
=
⋅
⋅
=τ
( ) ( )3
1
3
1
3
3
1
3
12
1
1212
hthbhb
htbhb
Iz ⋅+⋅−⋅⋅=
⋅−
−
⋅
=onde:
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5.3.2 Tensões de Cisalhamento Máximas e
Mínimas
τmáx ocorre na Linha Neutra, y1 = 0.
τmín ocorre no encontro alma-flange, y1 = ±h1/2.
Logo:
[ ]
[ ]2
1
2
2
1
2
1
2
8
8
hh
It
V
hthbhb
It
V
z
mín
z
máx
−⋅
⋅⋅
=
⋅+⋅−⋅⋅
⋅⋅
=
τ
τ
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5.3.3 Força de Cisalhamento na Alma
A alma resiste a maior parte da força de cisalhamento
e os flanges são superponíveis por uma pequena
parcela.
( )mínmáxalma
ht
V ττ +⋅⋅
⋅
= 2
3
1
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5.3 Tensões de Cisalhamento em Almas de
Vigas com Flange
Exemplo 3: Considere a viga em balanço com seção
transversal em T. Pede-se para determinar a tensão
de cisalhamento máxima, e a tensão de cisalhamento
a 3 cm da borda superior da viga, na seção de
engastamento.
50kN
2m 25cm
5cm
5cm
45cm
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Exemplo 3
a) Centróide e Momento de Inércia:
cm
A
Ay
y 57,18
1
11
=
⋅
=
∑
∑
( ) 42
'
4,88452 cmdAII iizz
=⋅+= ∑25cm
5cm
5cm
45cm
x
y
z
y
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Exemplo 3
b) Diagrama de Esforço Cortante:
kNVmáx 50=
50kN
+
D.E.C.
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Exemplo 3
c) Tensão de Cisalhamento Máxima:
z
s
Ib
MV
⋅
⋅
=τ
( )43,315
2
43,31
1 ××=⋅= AyMs
3
61,2469 cmMs =
=
×
×
= −−
−
82
63
10.4,8845210.5
10.61,246910.50
máxτ MPa79,2
25cm
5cm
5cm
45cm
z
y1
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Exemplo 3
d) Tensão a 3 cm de borda superior:
( ) ( )
3
1
9,448
355,143,31
cmM
AyM
s
s
=
××−=⋅=
=
×
×
= −−
−
82
63
10.4,8845210.5
10.9,44810.50
máxτ MPa51,0
z
25cm
5cm
5cm
45cmy1
3cm
19. Prof.RomelDiasVanderlei
Exemplo 4: Determinar a maior carga “q” (kN/m) que
a viga representada abaixo suporta, sabendo-se que
σadm = 10MPa, τadm = 1,5MPa e a = 2m.
5.3 Tensões de Cisalhamento em
Almas de Vigas com Flange
q
A B
a aa
D EC
aq aq aq
a
10cm5 5
20cm55
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Exemplo 4
a) Centróide e Momento de Inércia:
cmy
cmx
15
10
=
=
12
2010
12
3020 33
.)(int(ext.)
×
−
×
=−= zzz III
4
33,333.38 cmIz =
20. Prof.RomelDiasVanderlei
Exemplo 4
b) Esforços internos máximos:
RVB = 4,5q e RVD = 3,5q
qM B ⋅−= 4 qqqM C −=+⋅−= 78 qM D ⋅−= 4
Logo: qM máx ⋅−= 4 qVmáx ⋅= 5,2
Seções críticas: B, C e D.
2q
2,5q
0,5q
1,5q
2q
- -
+ +
A B C D E
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Exemplo 4
c) Verificação da σadm:
MPa
I
eM
adm
z
1021 =≤
⋅
== σσσ
⇒⋅≤
⋅
×⋅⋅
−
−
6
8
2
1010
1033,38333
10154 q
mkNq /39,6≤
22. Prof.RomelDiasVanderlei
5.4 Fluxo de Cisalhamento
Fluxo de Cisalhamento (f) é a força de cisalhamento
horizontal por unidade de distância ao longo do eixo
longitudinal da viga.
∫ ⋅⋅⋅== dAy
Idx
dM
dx
F
f
13
V
dx
dM
= sMdAy =⋅∫
I
MV
f s⋅
=
onde:
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5.4 Fluxo de Cisalhamento
Áreas utilizadas para o cálculo do momento estático:
23. Prof.RomelDiasVanderlei
Exemplo 5: Uma viga em caixa de madeira é construída com duas
tábuas de 40x180mm, que servem como flanges para duas almas de
compensados de 15mm de espessura. A altura total da viga é de
280mm. O compensado é preso aos flanges por parafusos cuja força
de cisalhamento admissível de F=800N cada. Se a força de
cisalhamento V é de 10,5kN, determine o máximo espaçamento
permissível S dos parafusos.
5.4 Fluxo de Cisalhamento
Prof.RomelDiasVanderlei
Exemplo 5
a) Centróide e Momento de Inércia:
mmy
mmx
140
105
=
=
46
33
.)(int(ext.)
102,264
12
200180
12
280210
mmI
I
III
z
z
zzz
×=
×
−
×
=
−=
24. Prof.RomelDiasVanderlei
Exemplo 5
b) Fluxo de Cisalhamento:
s
F
I
MV
f s
=
⋅
=
( ) 33
1086412018040 mmdAM fflanges ⋅=××=⋅=
mmNf /3,34
102,264
10864105,10
6
33
=
×
⋅×⋅
=
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Exemplo 5
c) Espaçamento dos parafusos:
Força admissível F=800N
2 parafusos por comprimento S 2F
Logo:
3,34
800222 ×
==⇒=
f
F
Sf
S
F
mmS 6,46=
25. Prof.RomelDiasVanderlei
5.5 Carregamento Assimétrico em Barras de
Parede Fina. Centro de Cisalhamento.
z
x
I
yM ⋅
−=σ
bI
MV
z
s
⋅
⋅
=τe
PV = xPM ⋅=eCarga no plano de simetria
Prof.RomelDiasVanderlei
5.5 Carregamento Assimétrico em Barras de
Parede Fina. Centro de Cisalhamento.
z
x
I
yM ⋅
−=σ
PV = xPM ⋅=e
Carga fora do plano de simetria
26. Prof.RomelDiasVanderlei
5.5 Carregamento Assimétrico em Barras de
Parede Fina. Centro de Cisalhamento.
As tensões de cisalhamento não podem ser
determinadas pela equação , pois a seção
não tem plano de simetria vertical.
Esta barra irá sofrer flexão e torção sob ação da
carga P.
bI
MV
z
s
⋅
⋅
=τ
Prof.RomelDiasVanderlei
5.5 Carregamento Assimétrico em Barras de
Parede Fina. Centro de Cisalhamento.
Se a barra flexionar sem torção, poderíamos usar a
fórmula de cisalhamento já conhecida. Para isso, a
carga P tem que ser aplicada em um ponto específico
da seção transversal, conhecido como Centro de
Cisalhamento (S).
O centro de cisalhamento está em um eixo de
simetria. Então, em seções duplamente simétricas o
Centro de Cisalhamento (S) e o Centróide (C)
coincidem.
27. Prof.RomelDiasVanderlei
5.5.1 Fluxo de Cisalhamento em Elementos
de Paredes Finas
Considere uma viga de seção transversal arbitrária, cuja
linha de centro seja a curva mm, e a carga P age paralela
ao eixo “y” através do Centro de Cisalhamento (S).
onde “y” e “z” são eixos centroidais.
Prof.RomelDiasVanderlei
5.5.1 Fluxo de Cisalhamento em Elementos
de Paredes Finas
As tensões normais podem ser obtidas pela fórmula de
flexão:
z
x
I
yM ⋅
−=σ
28. Prof.RomelDiasVanderlei
5.5.1 Fluxo de Cisalhamento em Elementos
de Paredes Finas
0321 =−− FFF
dxtF ⋅⋅=τ3 ∫∫ ⋅⋅−=⋅=
s
z
z
s
x dAy
I
M
dAF
0
1
0
1 σ
∫∫ ⋅⋅−=⋅=
s
z
z
s
x dAy
I
M
dAF
0
2
0
2 σ
As tensões de cisalhamento no elemento abcd são
obtidas pelo equilíbrio das forças:
onde:
Prof.RomelDiasVanderlei
5.5.1 Fluxo de Cisalhamento em Elementos
de Paredes Finas
Assim, obtemos:
∫ ⋅⋅
⋅
⋅
−
=
s
z
zz
dAy
tIdx
MM
0
12 1
τ
y
zz
V
dx
dM
dx
MM
==
− 12onde: , que é paralela a y e positiva
em sentido de P.
tI
MV
z
zsy
⋅
⋅
=
)(
τ Fórmula de CisalhamentoLogo:
29. Prof.RomelDiasVanderlei
5.5.1 Fluxo de Cisalhamento em Elementos
de Paredes Finas
As tensões de cisalhamento estão direcionadas ao
longo da linha de centro da seção, paralelas às bordas.
τ é constante através as espessura t da parede.
O fluxo de cisalhamento (f) é igual ao produto da
tensão τ pela espessura t.
z
zsy
I
MV
tf
)(⋅
=⋅=τ
Prof.RomelDiasVanderlei
5.5.2 Centros de Cisalhamento de Seções
Abertas e Paredes Finas
Seção C ou Canal:
O Centro de Cisalhamento está localizado no eixo de
simetria (eixo z).
30. Prof.RomelDiasVanderlei
5.5.2 Centros de Cisalhamento de Seções
Abertas e Paredes Finas
Baseado na fórmula de cisalhamento, as tensões de
cisalhamento variam linearmente nos flanges e
parabolicamente na alma.
Prof.RomelDiasVanderlei
5.5.2 Centros de Cisalhamento de Seções
Abertas e Paredes Finas
A tensão de cisalhamento que atua em um elemento
de seção transversal de área dA = t.ds produz a força
dF = ττττ . dA ou dF = f . ds , e .
z
s
I
MV
tf
⋅
=⋅=τ
ds
dA
31. Prof.RomelDiasVanderlei
5.5.2 Centros de Cisalhamento de Seções
Abertas e Paredes Finas
A resultante das forças que age nos flanges AB e DE é
a força horizontal F1;
As tensões que atuam na alma BD vão ter como
resultante uma força igual à força cortante V na seção:
∫ ⋅=
B
A
dsfF1
∫ ⋅==
D
B
dsfVF2
AB
D E
ds
h
Prof.RomelDiasVanderlei
5.5.2 Centros de Cisalhamento de Seções
Abertas e Paredes Finas
As forças F1 provocam um momento em relação ao
centróide de M = F1 . h, onde h é a distância entre as
linhas de centro das mesas. Este momento que é
responsável pela resistência da seção à torção.
Para eliminar o efeito desse momento, a força cortante V
deve ser deslocada para a esquerda de uma distância
“e”, de modo que:
( ) hFeV mesa ⋅=⋅ ( )
V
hF
e mesa ⋅
=→
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5.5.2 Centros de Cisalhamento de Seções
Abertas e Paredes Finas
Onde conclui-se que não vai ocorrer torção na barra se
a força P for aplicada em um ponto distante “e” da linha
central da alma BD.
A interação da linha de ação com o eixo de simetria “z”,
representa o Centro de Cisalhamento da seção (S).
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5.5.2 Centros de Cisalhamento de Seções
Abertas e Paredes Finas
No caso da força P ser inclinada, acha-se as
componentes Pz e Py atuando no ponto “S”.
P Py
Pz
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5.5.2 Centros de Cisalhamento de Seções
Abertas e Paredes Finas
Seções que não possuem nenhum plano de simetria:
Seção Cantoneira:
A carga P atua perpendicularmente ao eixo principal z.
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Abertas e Paredes Finas
Força elementar:
,
dsfdF ⋅=
z
s
I
MV
f
⋅
=sendo
dF
ds
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Abertas e Paredes Finas
∫ ⋅=
S
A
dsfF1
∫ ⋅=
B
S
dsfF2
Forças Resultantes:
F1
F2
A
B
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5.5.2 Centros de Cisalhamento de Seções
Abertas e Paredes Finas
Como as resultantes F1 e F2 passam pelo ponto “S”,
deduzimos que a força cortante V da seção deve
passar por “S” também.
O Centro de Cisalhamento é então o vértice da seção,
pois a força V não provocará torção, independente da
sua direção.
,
35. Prof.RomelDiasVanderlei
Exemplo 6: Determinar o Centro de Cisalhamento S do
perfil canal, de espessura uniforme e dimensões:
b=100mm, h=150mm e t=3mm.
,
( )
( )
zz
zs
I
htsV
I
MV
f 2
⋅⋅⋅
=
⋅
=
zI
htsV
f
⋅
⋅⋅⋅
=
2
Fluxo de Cisalhamento:
5.5 Carregamento Assimétrico em Barras de
Parede Fina. Centro de Cisalhamento.
t
t
t
AB
D
E
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Exemplo 6
Força Resultante no flange AB:
,
dss
I
htV
I
htsV
dsfF
b
z
b
z
B
A ∫∫∫ ⋅⋅
⋅
⋅⋅
=
⋅
⋅⋅⋅
=⋅=
00
1
22
z
b
z I
bhtVs
I
htV
F
⋅
⋅⋅⋅
=
⋅
⋅
⋅⋅
=
422
2
0
2
36. Prof.RomelDiasVanderlei
Centro de Cisalhamento:
,
zz I
bht
V
h
I
bhtV
V
hF
e
⋅
⋅⋅
=⋅
⋅
⋅⋅⋅
=
⋅
=
44
22
flangesalmaz III ⋅+= 2
( )
⋅⋅
+
⋅
⋅+
⋅
= tb
hbtht
I z
212
2
12
233
Exemplo 6
( )hb
httbhtbht
I z +⋅⋅
⋅
=
⋅⋅
+
⋅
+
⋅
= 6
122612
2233
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Centro de Cisalhamento:
,
( )hb
ht
tbh
e
+⋅⋅
⋅
⋅
⋅⋅
=
6
12
4
2
22
hb
b
e
+⋅
⋅
=
6
3 2
Exemplo 6
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Exemplo 7: Determinar, para o perfil canal, a
distribuição de tensões de cisalhamento causada por
uma força cortante vertical V de 800kN de intensidade,
aplicada no Centro de Cisalhamento S.
b=100mm, h=150mm, t=3mm, e = 40mm.
,
t
t
t
AB
D
E
5.5 Carregamento Assimétrico em Barras de
Parede Fina. Centro de Cisalhamento.
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Tensão no flange AB:
,
zzz
s
I
hsV
tI
htsV
tI
MV
⋅
⋅⋅
=
⋅⋅
⋅⋅⋅
=
⋅
⋅
=
22
τ
2
h
tsMs ××=
Exemplo 7
Distribuição Linear
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Tensão em B:
,
( )hb
ht
Iz +⋅⋅
⋅
= 6
12
2
( ) ( )hbht
bV
hb
ht
hbV
B
+⋅⋅⋅
⋅⋅
=
+⋅⋅
⋅
⋅
⋅⋅
=
6
6
6
12
2
2
τ
( )
=
+×⋅×
××
=
15,01,0615,0003,0
1,08006
Bτ MPa422,1
Exemplo 7
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Tensões de Cisalhamento na Alma BD: (Parabólica)
,
tI
MV
z
s
⋅
⋅
=τ
( )hb
thh
t
hh
tbMs +⋅⋅
⋅
=⋅⋅+⋅⋅= 4
8422
Exemplo 7
39. Prof.RomelDiasVanderlei
Tensões de Cisalhamento na Alma BD: (Parabólica)
,
( )
( )
( )
( )hbht
hbV
thb
ht
hb
th
V
máx
+⋅⋅⋅⋅
+⋅⋅⋅
=
⋅+⋅⋅
⋅
+⋅⋅
⋅
⋅
=
62
43
6
12
4
8
2
τ
( )
( )
=
+××××
+×××
=
15,01,0615,0003,02
15,01,048003
máxτ MPa956,1
Exemplo 7
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Aplicações
Exercício 1: Uma viga caixão quadrada é feita de duas
pranchas de 20 x 80mm e duas pranchas de 20 x
120mm pregadas entre si, como mostra a figura.
Sabendo que o espaçamento entre os pregos é s =
30mm e que a força cortante vertical na viga é V =
1200N, determine (a) a força cortante em cada prego,
(b) a tensão de cisalhamento máxima na viga.
,
40. Prof.RomelDiasVanderlei
Aplicações
Exercício 2: Para a viga e carregamento mostrado,
determine a largura b mínima necessária, sabendo que,
para o tipo de madeira usada, σadm = 12MPa e τadm =
825kPa. ,
Prof.RomelDiasVanderlei
Aplicações
Exercício 3: A viga mostrada na figura foi feita colando-
se várias tábuas. Sabendo que a viga está sujeita a
uma força cortante de 5,5kN, determine a tensão de
cisalhamento nas juntas coladas (a) em A, (b) em B.,
41. Prof.RomelDiasVanderlei
Aplicações
Exercício 4: Várias tábuas são coladas para formas a
viga caixão mostrada na figura. Sabendo que a viga
está sujeita a uma força cortante vertical de 3kN,
determine a tensão de cisalhamento nas junta colada
(a) em A, (b) em B.
,