I. A espiritualidade e religião são importantes para o bem-estar físico e emocional dos pacientes, especialmente aqueles com doenças terminais. II. Os cuidados paliativos envolvem o alívio do sofrimento físico, emocional, social e espiritual dos pacientes e familiares. III. A espiritualidade pode ajudar os pacientes a lidarem com a morte e encontrarem significado até o fim da vida.
2. Transitoriedade da Vida
• Que é a vossa vida? Sois,
simplesmente, como a
neblina que aparece por
algum tempo e logo se
dissipa. Tg. 4.14
• Tu arrastas os homens na
correnteza da vida; são
breves como o sono; são
todos como a relva que brota
com a alvorada, germina e
floresce pela manhã, mas, ao
pôr-do-sol, murcha e seca.
Sl, 90.5,6
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3. Estudo da espiritualidade/religião & saúde:
I. Maior atenção aos valores religiosos.
II. Sentido crescente entre prestadores de cuidados de saúde e
pesquisadores.
III. Papel da religião nos comportamentos pertinentes à saúde e
tomada de decisão.
IV. Espiritualidade/religiosidade pode ser importante para os
resultados médicos.
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4. Espiritualidade e Religião
• A espiritualidade é encontrada
em todas as culturas humanas.
• Expressado diferentemente em
crenças religiosas.
• Mecanismo comum para a
transcendência.
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5. DESILUSÃO
• Como a folha no vento pelo espaço
Eu sinto o coração aqui no peito,
De ilusão e de sonho já desfeito,
A bater e a pulsar com embaraço.
Se é de dia, vou indo passo a passo
Se é de noite, me estendo sobre o leito,
Para o mal incurável não há jeito,
É sem cura que eu vejo o meu fracasso.
Do parnaso não vejo o belo monte,
Minha estrela brilhante no horizonte
Me negou o seu raio de esperança,
Tudo triste em meu ser se manifesta,
Nesta vida cansada só me resta
As saudades do tempo de criança.
Patativa do Assaré
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6. Morte
• “Morte, você é valente
O seu rancor é profundo
Quando eu cheguei neste mundo
Você já matava gente
Eu guardei na minha mente
Sua força e seu rigor
Porém me faça um favor
Para ir ao Campo Santo
Não me deixe sofrer tanto
Morte me leve sem dor.”
Patativa do Assaré
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8. Enfrentamento
• Entenda como enfrentamento (tradução
do original, em inglês, “coping”) o
conjunto de estratégias para lidar com
algo que é percebido pelo indivíduo
como uma ameaça iminente, como uma
sobrecarga às suas capacidades
cognitivas e comportamentais do
momento.
(Folkman, Lazarus, Gruen & DeLonguis, 1986).
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9. Elaborar a dor da
perda
• A expressão alemã Schmerz é
adequada para ser utilizada
quando se fala de dor do luto
porque sua definição mais ampla
inclui a dor física que muitas
pessoas sentem e a dor
emocional e comportamental
associada à perda.
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11. Conversando
sobre o luto
Espiritualidade
“Só existem
duas formas de
viver a vida. A
primeira é
pensando que o
milagre não
existe; outra é
pensando que
tudo é milagre.”
Albert Einstein
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12. Importante
•Antes de tudo, o
respeito às crenças e à
fé de cada pessoa ou a
não crença é
necessário, o viés laico
é prioritário.
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13. Vicktor Frankl, médico
psiquiatra austríaco
• “uma vez que não
é certeza eu morrer
nos próximos dias,
vou continuar a
viver e a agir
acreditando no
amanhã”.
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14. Espiritualidade
• Para uma pessoa com doença
grave, a espiritualidade no
fim da vida é dada pela
reconciliação com tudo e
todos, o que se resume a
cinco frases:
– “Perdoe-me!”
– “Eu perdoo você!”
– “Obrigado (a)!”
– “Eu te amo!”
– “Adeus!”
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15. Espiritualidade
• Para Viktor Frankl, nossa liberdade é restrita, nunca estamos
completamente livres das circunstâncias, sejam elas de ordem
biológica, psicológica ou sociológica.
•“Se não pudermos mudar a circunstância, ainda
resta-nos a liberdade de mudarmos nossa atitude
frente a essa situação”.
• “Espiritualidade” – Caderno Cuidados Paliativos do Cremesp (Conselho Regional de Medicina do Estado de São
Paulo).
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16. Visão do
Paciente
• “Ninguém questiona como me sinto. Estão todos
consternados e com medo. Conversam sobre tudo, menos
sobre isso. Acho realmente triste esse jeito desesperado
de evitar o assunto. Vocês não entendem? Vou morrer!
Esse é o único pensamento que me ocorre”.
Heiner Schmitz
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17. Visão do
Paciente
Normalmente, o diagnóstico de
uma doença grave, com ou sem
possibilidade de cura é
comunicada ao paciente.
Será que é possível esconder do
paciente a gravidade de seu
estado e ele não perceber a sua
terminalidade?
Seria isso justo?
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18. Oliver Sacks
• “Eu não posso fingir que não
estou com medo. Mas meu
sentimento predominante é a
gratidão. Eu amei e fui amado;
Eu dei muito e sempre recebi
algo de volta; Eu lí e viajei, e
pensei, e escrevi. Eu tive um
encontro com o mundo, um
encontro especial com escritores
e leitores. Acima de tudo, eu
fui um ser consciente, um animal
que pensa, neste belo planeta, e
que em si foi um enorme
privilégio e aventura”.
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19. É de Cicely
Saunders o
conceito de
DOR TOTAL:
• – dor física
• – dor
psíquica/emocional
• – dor social
• – dor espiritual
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20. Espiritualidade
em final de vida
• “Hoje há muitas
evidências científicas
de que a fé e métodos
como a oração e
meditação ajudam os
indivíduos”.
• (Thomas Mc Cormick – Departamento
de história e Ética Médica da
Universidade de Washington)
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21. Cuidados Paliativos
• Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), em conceito
definido em 1990 e atualizado em 2002, "cuidados paliativos
consistem na assistência promovida por uma equipe multidisciplinar,
que objetiva a melhoria da qualidade de vida do paciente e seus
familiares, diante de uma doença que ameace a vida, por meio da
prevenção e alívio do sofrimento, da identificação precoce, avaliação
impecável e tratamento de dor e demais sintomas físicos, sociais,
psicológicos e espirituais".
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22. Os princípios dos cuidados paliativos são:
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• · Reafirmar vida e a morte como processos naturais.
• · Integrar os aspectos psicológicos, sociais e espirituais ao aspecto
clínico de cuidado do paciente.
• · Oferecer um sistema de apoio para ajudar a família a lidar com a
doença do paciente, em seu próprio ambiente.
• · Usar uma abordagem interdisciplinar para acessar necessidades
clínicas e psicossociais dos pacientes e suas famílias, incluindo
aconselhamento e suporte ao luto.
23. Espiritualidade em fim de vida
• O médico Harold Koening, da Universidade de
Duke (EUA), observou que pessoas que
possuem práticas religiosas ou mantêm
alguma espiritualidade apresentam 40%
menos chance de sofrer hipertensão, têm um
sistema de defesa mais forte, são menos
hospitalizadas, se recuperam mais rápido e
tendem a sofrer menos depressão quando se
encontram debilitadas por enfermidades.
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24. Espiritualidade em fim de
vida
• “ A ciência biomédica sozinha está
frequentemente focada na cura ou no
consertar e identificar problemas. Em geral,
em Cuidados Paliativos, muitos problemas não
podem ser consertados ou curados, mas há
sempre uma oportunidade para a
cura...quando o cuidado físico sozinho não
pode mais aliviar o sofrimento. O Cuidado
espiritual pode impactar o modo como os
pacientes enfrentarão o sofrimento, a dor e a
conformação”.
Christina Puchalski
rrCirqueira
25. Espiritualidade em fim de
vida
• “Como eu não deveria
tentar curar os olhos sem
a cabeça, ou a cabeça
sem o corpo, assim eu
não deveria tentar curar o
corpo sem a alma, pois a
parte nunca pode estar
bem a não ser que o todo
esteja bem. Portanto, se a
cabeça e o corpo não
estão bem, você precisa
começar a curar a alma”.
Platão
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Na Segunda Guerra Mundial juntamente com sua mulher grávida e família, foram deportados para diferentes campos de concentração. Quando ele próprio estava em uma situação impossível de sobrevivência e a ele diziam que terminaria numa câmara de gás, Frankl escreveu,
Ao termino da guerra Frankl tomou conhecimento de que sua mulher morreu, além dela, seus pais e irmão no Holocausto nazista. Mesmo diante de situação desumana, ele manteve sua liberdade de espírito.