O documento apresenta os resultados de uma pesquisa sobre sistemas hídricos e análises de pH da cidade de São Luís do Maranhão. Foram realizadas medições de pH em diferentes pontos da cidade, como praias, lagos e rios, variando de 6,4 a 8,6. Os resultados indicam que a qualidade da água está dentro dos padrões, apesar de algumas áreas sofrerem influência da poluição urbana.
Análise da qualidade da água nos principais ecossistemas aquáticos de São Luís
1. 1
UM ESTUDO SOBRE SISTEMAS HIDRICOS E
ANALISES DE PHMETRAGEM DOS PRINCIPAIS
ECOSISTEMAS AQUIFEROS DA CIDADE DE SÃO
LUIS DO MARANHÃO
Roosevelt Ferreira Abrantes
Pós-graduado em MBA de Gestão Financeira e Controladoria
Graduado em Gestão Publica
Especialista Técnico em Meio Ambiente
E-mail: roosevelt_abrantes@hotmail.com
Contatos: (098) 99907-9243 / WhatsApp: (098) 98545-4918
SÃO LUIS – MA
2012
2. 2
UM ESTUDO SOBRE SISTEMAS HIDRICOS E ANALISES DE
PHMETRAGEM DOS PRINCIPAIS ECOSISTEMAS AQUIFEROS DA
CIDADE DE SÃO LUIS DO MARANHÃO
ABRANTES, Roosevelt F. / São Luis – Ma 2012
INTRODUÇÃO
A água é uma substância líquida incolor, inodora e insípida (sem sabor), essencial a
toda forma de vida, composta por hidrogênio e oxigênio. As águas utilizadas para consumo
humano e para as atividades socioeconômicas são retiradas de rios, lagos, represas e
aquíferos, também conhecidos como águas interiores. A Terra é o único planeta do Sistema
Solar que contém uma superfície com água. A água cobre 71% da Terra (sendo que disso
97% é água do mar e 3% é água doce).
As fontes hídricas são abundantes, porém mal distribuídas na superfície do planeta.
Em algumas áreas, as retiradas são bem maiores que a oferta, causando um desequilíbrio
nos recursos hídricos disponíveis. Essa situação tem acarretado uma limitação em termos
de desenvolvimento para algumas regiões, restringindo o atendimento às necessidades
humanas e degradando ecossistemas aquáticos. Os recursos hídricos são de fundamental
importância no desenvolvimento de diversas atividades econômicas.
A água pode representar até 90% da composição física das plantas; a falta de água
pode destruir lavouras. Na indústria, as quantidades de água necessárias são superiores ao
volume produzido.
A utilização de métodos para o tratamento da água é viável; porém, podem produzir
problemas cujas soluções são difíceis, pois que afetam a qualidade do meio ambiente, a
saúde pública e outros serviços. Por sua vez, as águas das bacias hidrográficas não são
confiáveis e recomendáveis para o consumo da população por não possuírem as
características padrões de qualidade ambiental. Com relação ao abastecimento público de
água, a portaria n° 36 do Ministério da Saúde, estabelece como padrão de potabilidade
1.000 mg/L de sólidos totais dissolvidos. No caso da Resolução CONAMA nº 20, o valor
máximo é de 500 mg/L.
A Hidrologia é uma importante ciência que trata do estudo da água na natureza e
abrange em especial, as propriedades, os fenômenos e as distribuições da água na
atmosfera, na superfície da Terra e no subsolo, subentende-se água como sendo um
elemento da natureza, um recurso renovável, encontrado em três estados físicos: sólido
(gelo), gasoso (vapor) e líquido. Na atmosfera ela está em estado gasoso, proveniente da
evaporação de todas as superfícies úmidas – mares, rios e lagos.
Este trabalho também possui em seu foco verificar o quanto às águas em seus vários
sistemas hídricos espalhados pela cidade de São Luís do Maranhão, ficou prejudicada
devido à intensa intervenção humana nas últimas décadas. Este estudo faz a verificação do
Ph da água, realizados recentemente em pontos desse centro urbano (estudo técnico
3. 3
realizado por alunos do curso técnico em meio ambiente do colégio universitário –
COLUN/UFMA em Novembro de 2011, em comemoração ao ano internacional da química
no mundo), conta como um dado importante para os técnicos, graduados e estudiosos deste
setor, no que tange o monitoramento da qualidade mundial das águas, além é claro de
disponibiliza para a população local e para todos no planeta, como anda a saúde de nossas
fontes hídricas.
A análise de soluções aquosas caracteriza uma das atividades mais importantes na
área das ciências ambientais. O controle da qualidade dessas substâncias pode ser realizado
através da determinação de Ph (Potencial Hidrogeniônico) que indica a quantidade de íons
de hidrogênio existentes em uma solução informando colorimetricamente ou
eletrônicamente um resultado.
No presente relatório serão apresentadas medições de Phs em áreas expostas a altos
níveis de poluição, que interfere qualitativamente no equilíbrio e na atividade regular dos
principais nichos aquáticos de São Luís (praias, lagunas, mangues e rios) nas grandes
cidades onde estes habitats estão abruptamente exposto as ações antrópicas, onde
encontram-se os agentes de desequilíbrios mais danosos ao ambiente (Esgotamento
Sanitário, Lixo Doméstico e despejo de produtos químicos e contaminantes oriundos das
industrias e fabricas).
Nesta coleta foi essencial o uso das substâncias (Azul Depromotimol e Púrpura
Metracrepol) utilizadas neste estudo para medição do nível de pHs destes locais. Com bases
nestes parâmetros realizados foi possível descrever os procedimentos de leitura (uso da
tabela de Phmetro) na confirmação das análises. As informações coletadas nesta pesquisa
será publicada no site http://quimica2011.org.br, que ajudara estudiosos de todo o planeta,
na verificação da saúde de nossas águas, trabalho este referente ao ano internacional da
química no mundo.
O significado químico de cada solução analisada, o trabalho na recuperação de
águas, solos e ar requerem alem de inúmeros outros estudos, a medição do Ph do meio
analisado, possibilitando o trabalho para torná-lo apropriado as formas de vida existente a
sua sobrevivência no nicho.
Todas as plantas têm uma faixa de Ph em que elas estão bem, para absorverem os
nutrientes. Fora desta faixa, existem muitos fatores que fazem com que os nutrientes
estejam na solução nutritiva, mas não se encontrem “disponíveis para as plantas”. Um
desvio do valor correto do Ph, pode afetar a correta absorção de nutrientes, por parte das
plantas.
A água também necessita de valores de Ph determinados para espécies animais e
vegetais que nela existem, assim como para consumo. Por isso a importância na medição e
conhecimento do Ph para as análises ambientais feitas pelos profissionais Técnicos em
Meio Ambiente.
A tabela de verificação de Ph constatar a existência dos diferentes valores de
potencial hidrogeniônico para cada substância e concentração, além de entender melhor
como caracterizá-las e medi-las no que diz respeito a sua “força”. A acidez das soluções e
4. 4
materiais é determinada com base na escala de Ph, porem esta escala de Ph está relacionada
com a concentração de íons hidrogênio (H+ ou H3O+) presentes na solução.
Essa escala varia de 0 a 14, embora algumas soluções possam apresentar valores
fora dela. Para isso, eles desenvolveram uma grandeza denominada Ph, que fornece
medidas em uma escala que varia de 0 a 14.
De acordo com essa escala, podemos saber se um material é ácido ou básico
(alcalino). Materiais que apresentam Ph abaixo de 7 são denominados ácidos, enquanto que
materiais com valores de Ph acima de 7 são alcalinos, conforme esquema abaixo.
Exemplo de Tabela Phmetro:
Na Idade Média, ao estudar os materiais, os alquimistas perceberam que muitas
substâncias e materiais podiam ser classificados quanto à alteração que produziam na cor
de certos extratos vegetais, quando em contato com eles.
O teste da mudança de cor já era bastante difundido, mas Robert Boyle está entre os
primeiros a notar que todos os ácidos, e não apenas alguns, realizavam a mudança de cor
nas substâncias usadas como indicadores. Ele também foi um dos primeiros a perceber que
os indicadores poderiam ser usados ainda para testar a alcalinidade.
Os indicadores são substâncias orgânicas que possuem moléculas grandes que se
alteram em função da acidez do meio.
Ao terem suas estruturas moleculares alteradas, as substâncias passam a apresentar
cores diferentes. Há diversas substâncias que servem de indicadores, atuando em diferentes
faixas de acidez. Veja na tabela a seguir a coloração de alguns indicadores usados em
laboratório.
OBJETIVOS DESTA PESQUISA
Estudar analiticamente o elemento água e as suas propriedades e verificar a
Phmetragem dos sistemas hídricos da cidade de São Luís do Maranhão.
5. 5
PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL
Adotou-se o uso de uma pesquisa mais sistemática sobre o tema, a referência de
outros trabalhos e autores, consolidou a comparação de informações e a afirmação de
outros, provocando na equipe de técnicos ambientais uma nova coleta de dados.
Fonte: Arquivo de pesquisa / Imagem: Teste de phmetragem feita no rio pimenta
O mapeamento estratégico dos locais a serem visitados, facilitou o roteiro linear e
prático da pesquisa, as instruções de trabalho de campo, bem como do uso e manuseio dos
materiais, direcionaram pontualmente a coleta de Phmetragem das águas da ilha de São
Luis do maranhão.
A utilização de dois tipos de reagentes (Azul Depromotimol e Púrpura Metracrepol)
auxiliaram os estudos necessários, na conclusão das provas e contraprovas de todas as
amostras, com o uso e auxílio de uma tabela de Phmetro e de laminas de Phmetro,
confirmou-se o teor de acides e de poluição das águas, que oscilaram entre uma média
considerada tolerável, variantes entre as mínimas de 6.4 e máximas de 8.6.
Os valores podem ser observados nas listagens de materiais e reagentes, bem como
nas tabelas e gráficos apresentados abaixo.
6. 6
LISTAGENS DOS PRINCIPAIS MATERIAIS E REAGENTES
MATERIAIS E REAGENTES USADOS NESTA PESQUISA
MATERIAIS REAGENTES
Béquer de 25ml Azul Depromotimol
Laminas de pHmetro Púrpura Metracrepol
Tabela pHmetro
Fonte: Dados da pesquisa
DADOS COMPLEMENTARES A PESQUISA
1-Tabela de Dados:
Tabela - Resultados da previsão do tempo na região de São Luís/Ma.
Temperatura Umidade Chuvas Ventos
Max 34° C 81% 10% 12 Km/h
Min 27° C 57% 0% N
Fonte: www.jornaldotempo.uol.com.br
2-Dados Meteorológicos:
Região nordeste – 17/10/2011 – sol e poucas nuvens com possibilidades de pancadas de
chuvas durante o dia.
Fonte: www.jornaldotempo.uol.com.br
3-Dados do Gráfico:
0 20 40 60 80 100 120
minimas de 6.4
oscilações de
7.4
variantes de 8.2
maximas de 8.6
Praia de São Marcos
Laguna da Jansen
Praia da Ponta D' areia
Fonte: Arquivo de pesquisa
7. 7
4 – Dados Fotográficos:
Tipo: Coleta / Amostragem
Procedimento: Teste de Phmetragem
Local: Praia da Ponta da Areia
Fonte: Arquivo de pesquisa / Imagem: Teste de phmetragem das águas, feitas pelos
Técnicos Ambientais do colégio universitário da UFMA em São Luís-Ma.
8. 8
RESULTADOS E DISCUSSÕES OBTIDOS DA PESQUISA
Tabela de dados:
Tabela - Resultados obtidos na medição de Ph dos pontos de São Luis /ma
LOCAL PONTOS HORA PH MEDIA ANALISTA
Laguna da Jansen
Próximo ao Quiosque
da Laguna
09:00 7.6 /8.2 Roosevelt / Alberto
09:15 7.6 /8.2 Roosevelt / Alberto
09:20 7.6 / 8.6 Mirian / Willian
Ponta Dáreia
Próximo ao Restaurante
Kitaro
09: 30 7.4 / 8.2 Devison / Elinajara
09:36 7.4 / 8.2 Elinajara / Ruan
09:45 7.6 / 8.6 Roosevelt / Mirian
Praia de São
Marcos
Próximo a praça
10:00 7.4 / 8.2 Riulla / Raquel
10:15 7.4 / 8.2 Riulla / Raquel
10:22 7.6 / 8.2 Riulla / Jonh Lee
Rio Pimenta
Próximo a Praia do
Olho Dágua
10:30 6.6 Willian / Roosevelt
10:36 6.4 Willian / Roosevelt
10:40 6.6 Willian / Roosevelt
Praia do Olho
Dágua
Próximo a Entrada
Principal da Praia
10:50 7.8 / 8.2 Willian / Roosevelt
10:55 7.6 / 8.2 Raquel / Ruan
11:00 7.4 / 8.2 Priscila / Alberto
Praia do Araçagi
Próximo a Entrada
Principal da Praia
11:15 7.8 / 8.4 Willian / Roosevelt
11:15 7.2 / 7.4 Mirian / Alberto
11:16 7.6 / 8.2 Ruan / Raquel
Beira Rio
Próximo ao Bar Beira
Rio
11:30 7.0 Mirian / Alberto
11:35 6.6 Ruan / Raquel
11:35 6.6 Jonh Lee / Roosevelt
9. 9
Rio Anil
Próximo ao Escola
Cintra
12:10 6.4 Tatiana / Ulisses
12:12 6.4 Mirian / Ulisses
12:13 6.4 Roosevelt / Jonh Lee
10. 10
ESTUDO SOBRE OS PROCESSOS DA ÁGUA
PRINCIPAIS PROCESSOS DA ÁGUA
1. Transpiração: é a forma como a água existente nos organismos passa para a
atmosfera. Consiste na passagem da água do solo (estado líquido) para a atmosfera
(estado de vapor) através das plantas, que bombeiam a água pelas raízes e a transferem
para a atmosfera através de pequenas aberturas na superfície das folhas. Este processo
é responsável por grande parte da perda de vapor em uma bacia de drenagem cuja
superfície é denominada por áreas vegetadas.
2. Evapotranspiração: é o processo conjunto pelo qual a água que cai é absorvida pelas
plantas, voltando à atmosfera através da transpiração ou evaporação direta (quando não
absorvida).
3. Condensação: é a transformação do vapor de água em água líquida, com a criação de
nuvens e nevoeiro.
4. Precipitação: consiste no vapor de água condensado que cai sobre a superfície
terrestre.
5. Infiltração: consiste no fluxo de água da superfície que se infiltra no solo.
6. Escoamento Superficial: é o movimento das águas na superfície terrestre,
nomeadamente do solo para os mares.
7. Evaporação: é a transformação da água no seu estado líquido para o estado gasoso à
medida que se desloca da superfície para a atmosfera.
PRINCIPIOS DA TEMPERATURA DA ÁGUA
A temperatura da água é ditada pela radiação solar, salvo nos casos de despejos
industriais, de termelétricas e de usinas atômicas que operem nas margens do lago ou
reservatório. A temperatura exerce maior influência nas atividades biológicas e no
crescimento.
Também governa os tipos de organismos que podem viver ali: peixes, insetos,
zooplâncton, fitoplâncton e outras espécies aquáticas, todas têm uma faixa preferida de
temperatura para se desenvolverem. Se essa faixa for ultrapassada (para menos ou para
mais), o número de indivíduos das espécies diminui até se extinguirem totalmente.
A temperatura também influi na química da água. A água fria, por exemplo, contém
mais oxigênio dissolvido do que a água quente. Por outro lado, alguns compostos são mais
tóxicos para a vida aquática nas temperaturas mais elevadas.
11. 11
A temperatura comanda uma importante característica física da água: a densidade. A
água difere da maioria dos compostos porque ela é menos densa no estado sólido do que no
seu estado líquido (o normal).
Quando as diferenças de temperatura geram camadas de água com diferentes
densidades, formando uma barreira física que impede que se misturem e se a energia do
vento não for suficiente para misturá-las, o calor não se distribui uniformemente na coluna
d´água, criando assim a condição de estabilidade térmica.
Quando ocorre este fenômeno, o ecossistema aquático está estratificado
termicamente. Os estratos ou camadas formadas frequentemente estão diferenciados físicos,
químicos e biologicamente.
CONCEITOS DE HIDROSFERA
Hidrosfera é toda camada descontínua de água presente na Terra, ou seja, é toda a
parte líquida contida no planeta; incluindo todos os organismos vivos presentes nos meios
aquáticos.
A hidrosfera compreende os oceanos, rios, lagos, calotas de gelo, água no subsolo e
atmosfera, etc. Os oceanos compõem a maior parte da hidrosfera, representando cerca de
97% dela.
1. A quantidade de água livre sobre a Terra atinge 1.370 milhões de km3.
2. Apenas 0,6% de água doce líquida se torna disponível naturalmente, correspondendo a
8,2 milhões de km3.
3. Desse valor, somente 1,2% se apresenta sob a forma de rios e lagos, sendo o restante
(98,8%) constituído de água subterrânea, da qual somente a metade é utilizável pois a
outra parte está abaixo de 800 m, inviável para a captação pelo homem.
4. Assim, restam aproveitáveis 98.400 km3 nos rios e lagos e 4.050.800 km3 nos
mananciais subterrâneos, o que corresponde a cerca de 0,3% do total de água livre do
planeta.
12. 12
GRÁFICO REPRESENTATIVO DAS RESERVAS DE ÁGUAS NÃO POTÁVEIS E
POTAVEIS DO PLANETA TERRA
Reservatórios Volume Percentagem
(Km3 x 106) do total
Oceanos 1370 97.25
Camadas de gelo e geladeiras 29 2.05
Águas subterrâneas 9.5 0.68
Lagos 0.125 0.01
Umidade do solo 0.065 0.005
Atmosfera 0.013 0.001
Rios e córregos 0.0017 0.0001
Biosfera 0.0006 0.00004
Fonte: www.mundoeducacao.com.br
TIPOS DE POLUIÇÃO DAS ÁGUAS
1. Poluição Difusa: A poluição difusa se dá quando os poluentes atingem os corpos
d´água de modo aleatório, não havendo possibilidade de estabelecer qualquer padrão
de lançamento, seja em termos de quantidade, frequência ou composição. Por esse
motivo o seu controle é bastante difícil em comparação com a poluição pontual
(Mierzwa, 2001). Exemplos típicos de poluição difusa são os lançamentos das
drenagens urbanas, escoamento de água de chuva sobre campos agrícolas e acidentes
com produtos químicos ou combustíveis.
2. Poluição Química: Dois tipos de poluentes caracterizam a poluição química, as mais
graves serão descritas abaixo:
a) Biodegradáveis: são produtos químicos que ao final de um tempo, são decompostos
pela ação de bactérias. São exemplos de poluentes biodegradáveis os detergentes,
inseticidas, fertilizantes, petróleo, etc.
b) Persistentes: são produtos químicos que se mantém por longo tempo no meio ambiente
e nos organismos vivos. Estes poluentes podem causar graves problemas como a
contaminação de alimentos, peixes e crustáceos. São exemplos de poluentes
persistentes o DDT (diclodifenitricloroetano), o mercúrio, etc.
3. Poluição Física: Denomina-se poluição física aquela que altera as características
físicas da água, as principais são: poluição térmica e poluição por sólidos.
a) Poluição térmica: decorre do lançamento nos rios da água aquecida usada no processo
de refrigeração de refinarias, siderúrgicas e usinas termoelétricas.
13. 13
b) Poluição por resíduos sólidos: podem ser sólidos suspensos, coloidais e dissolvidos.
Em geral esses sólidos podem ser provenientes de ressuspensão de fundo devido à
circulação hidrodinâmica intensa, provenientes de esgotos industriais e domésticos e da
erosão de solos carregados pelas chuvas ou erosão das margens.
GRÁFICO REPRESENTATIVO DO CICLO DA ÁGUA
Fonte: www.mundoeducacao.com.br
4. Poluição Biológica: A água pode ser infectada por organismos patogênicos, existentes
nos esgotos. Assim, ela pode conter:
a) Bactérias: provocam infecções intestinais epidérmicas e endêmicas (febre tifoide, cólera,
shigelose, salmonelose, leptospirose);
b) Vírus: provocam hepatites e infecções nos olhos;
c) Protozoários: responsáveis pelas amebíases e giardíases;
d) Vermes: esquistossomose e outras infestações.
5. Poluição por Esgotamento Doméstico: As águas que compõe o esgoto doméstico,
compreendem as águas utilizadas para higiene pessoal, cocção e lavagem de alimentos e
utensílios, além da água usada em vasos sanitários. Os esgotos domésticos são constituídos,
primeiramente por matéria orgânica biodegradável, microrganismos (bactérias, vírus, etc.),
nutrientes (nitrogênio e fósforo), óleos e graxas, detergentes e metais (Benetti e
Bidone,1995). O Ciclo hidrológico (ou ciclo da água) é o nome que se dá à circulação
contínua da água na hidrosfera, ou seja, os continentes, os oceanos e a atmosfera, através da
energia solar que chega à superfície terrestre.
14. 14
6. Poluição Industrial: A poluição industrial sem dúvida é uma das mais graves e danosas
ao meio ambiente; os efeitos deste tipo de poluição muitas vezes são irreversíveis,
modificando o nicho de uma área permanentemente. A produção industrial é responsável
por mais da metade do consumo de água do planeta, e o que sobra deste uso é literalmente
lançando no ambiente, de forma irresponsável, são exemplos deste cenário as seguintes
sentenças:
7. As Refinarias: Os efluentes da indústria de refino de petróleo e seus derivados têm como
principal característica se espalhar sobre a água, formando uma camada que impede as
trocas gasosas e a passagem da luz. Isso provoca a asfixia dos animais e impossibilita a
realização da fotossíntese por parte dos vegetais e do plâncton. Exemplos: Uma das áreas
contaminadas por resíduos de petróleo é a área ocupada pela Refinaria Presidente Arthur
Bernardes da Petrobrás, em Cubatão e outra na Baia de Guanabara – REDUC.
8. As Industrias de Fertilizantes: Os principais poluentes desta indústria são: o nitrogênio
e o fósforo, que são nutrientes para as plantas aquáticas, especialmente para as algas, que
pode acarretar a eutrofização (fenômeno pelo qual a água é acrescida, principalmente por
compostos nitrogenados e fosforados). Elas promovem o desenvolvimento de uma
superpopulação de vegetais oportunistas e de microrganismos decompositores que
consomem o oxigênio, acarretando a morte das espécies aeróbicas. Presença predominante
de seres anaeróbicos, que produzem ácido sulfídrico.
ESTUDO SOBRE OS PROCESSOS DE EUTROFIZAÇÃO
Em ecologia, chama-se eutrofização ou eutroficação ao fenômeno causado pelo
excesso demasiado de milhares de nutrientes (compostos químicos riquíssimo em
fósforo ou nitrogênio, normalmente este fator é causado pela descarga de
efluentes agrícolas, urbanos ou industriais) num corpo de água mais ou menos fechado, o
que leva à proliferação excessiva de algas, que ao entrarem em decomposição estes
elementos, levam ao aumento do número de microrganismos e à consequente deterioração
da qualidade do corpo de água de muito afluentes (rios, lagos, baías, lagunas, estuários,
etc).
O termo eutrofização vem do grego "eu", que significa bom, verdadeiro, e
"trophein" vem de nutrir. Assim, eutrófico significa "bem nutrido". As principais fontes de
eutrofização são as atividades humanas industriais, domésticas e agrícolas, por exemplo,
os fertilizantes usados nas plantações podem escoar superficialmente ou dissolver-se e
infiltrarem-se nas águas subterrâneas e serem arrastados até os corpos de água
mencionados. Ao aumento rápido de algas relacionado com a acumulação de nutrientes
derivados do azoto(nitratos), do fósforo (fosfatos), do enxofre (sulfatos), mas também
de potássio, cálcio e magnésio, dá-se o nome de "florescimento" ou "bloom", dando uma
coloração azul-esverdeada, vermelha ou acastanhada à água, consoante as espécies de algas
favorecidas pela situação. Estas substâncias são os principais nutrientes do fitoplâncton (as
"algas" microscópicas que vivem na água), que se pode reproduzirem em grandes
quantidades, tornando a água esverdeada ou acastanhada.
15. 15
Quando estas algas - e o zooplâncton que delas se alimenta - começam a morrer, a
sua decomposição pode tornar aquela massa de água pobre em oxigênio, provocando a
morte de peixes e outros animais e a formação de gases tóxicos ou de cheiro desagradável.
Além disso, algumas espécies de algas produzem toxinas que contaminam as fontes de água
potável. Em suma, muitos efeitos ecológicos podem surgir da eutroficação, mas os três
principais impactos ecológicos são: perda de biodiversidade, alterações na composição das
espécies (invasão de outras espécies) e efeitos tóxicos. Quando esta situação ocorre, a
eliminação das causas da poluição pode levar o ecossistema de novo a uma situação
saudável, mas, se for um sistema fechado onde antes havia espécies que desapareceram por
causa deste problema, será necessária a reintrodução dessas espécies para tornar o sistema
semelhante ao que era antes. Estes problemas ocorreram em muitos rios da Europa e ainda
não estão totalmente sanados.
Fonte: arquivo de pesquisa / Imagem: Poluição causada por esgotamento doméstico
na ilha de São Luis-Ma.
16. 16
Algo semelhante vem ocorrendo a alguns anos na Laguna da Jansen e no rio
Bacanga em São Luís do maranhão, onde a eutrofização suprime rapidamente o oxigenação
destes corpos d´águas e respectivamente causa a mortandade de milhares de peixes e
organismos vivos ligados ao seus sistemas, nos dois casos, tais fatos estão relacionados
também a troca de água que deveria acontecer entre um ambiente e outro, neste caso, entre
a laguna e o mar, e entre o rio Bacanga e o seu Estuário, condições que manteriam a
quantidade necessária de oxigênio exigida pelos nichos em questão, ou seja a simples
renovação de suas águas, assim preservar-se-ia a vida e sustentabilidade do ecossistema
local.
Certos sistemas agrícolas também promovem a eutrofização dos seus tanques para
mais facilmente cultivarem espécies que se alimentam do fitoplâncton. Este na prática deve
ser extremamente bem controlado e os resíduos ou efluentes da instalação tratados de modo
a evitar a poluição do ambiente em redor. Ambientes eutróficos podem estar também
relacionados a processos naturais sem intervenção antrópica, como ambientes pantanosos,
por exemplo:
OS PRINCIPAIS ESTADOS TRÓFICOS SÃO:
Oligotrófico Mesotrófico
Eutrófico Hipertrófico
1. Oligotrófico: Bordas escarpadas; águas claras; baixo enriquecimento com nutrientes;
pouco desenvolvimento planctônico; baixa produtividade; poucas plantas aquáticas;
areia ou rochas ao longo da maior parte da costa; peixes de água fria; e elevado teor de
oxigênio dissolvido.
2. Mesotrófico: Moderado enriquecimento com nutrientes; moderado crescimento
planctônico; alguma acumulação de sedimentos na maior parte do fundo; e em geral,
suporta espécies de peixes de águas mais quentes.
3. Eutrófico: Elevado enriquecimento de nutrientes; muito crescimento planctônico (alta
produtividade); extensa área coberta com plantas aquáticas; muita acumulação de
sedimentos no fundo; baixos níveis de oxigênio dissolvido no fundo; e contém apenas
espécies de peixes de águas quentes.
4. Hipereutrófico: enriquecimento máximo de nutrientes; número excessivo de algas e
plantas aquáticas (a ponto de impedir ou dificultar a navegação). Exige intervenção do
homem.
.
17. 17
OS PRINCIPAIS IMPACTOS À QUALIDADE DA ÁGUA ASSOCIADOS COM A
EUTROFIZAÇÃO SÃO:
1. Algas nocivas: (escumas, verde-azúis, sabor e odor, visual).
2. Excessivo crescimento de macrófitas: (diminuição do espelho d´água).
3. Perda de transparência: (diminuição da profundidade do disco de Secchi).
4. Possível redução das macrófitas: (por força da limitação da luz pelas algas e
perifíton).
5. Baixo nível de oxigênio dissolvido: (perda do habitat e do alimento dos peixes).
6. Excessiva produção de matéria orgânica: (encobrimento de ovos e larvas).
7. Algas azuis-verdes incomestíveis por certos zooplâncton: (redução da eficiência da
cadeia alimentar).
8. Produção de gases tóxicos: (amônia, H2S) na água do fundo (mais perda do habitat
dos peixes).
9. Possíveis toxinas de algumas espécies de algas-azuis: (redução da eficiência da
cadeia alimentar).
10. Problemas nas ETA´s: formação do cloroforme (carcinógeno), pela reação da matéria
orgânica com o cloro.
18. 18
NÍVEIS DE EUTROFIZAÇÃO
Para investigar o nível de eutrofização da água, Carlson (1977) relacionou os
parâmetros: fósforo total, fosfato inorgânico e clorofila-a, com modificações para sistemas
tropicais. Essa relação gerou um índice chamado de Índice de Estado Trófico - IET,
mostrado na tabela abaixo:
Exemplos do Uso da Água
Usos litros
Doméstico
Banheira 100 á 150
Chuveiro 20 por min
Lavagem de roupas 75 á 100
Cozimento de alimentos 30
Descarga de sanitário (uma) 10 á 15
Molhar a grama 40 por min
Agricultura e Processamento de Alimentos
1 ovo 150
1 espigão de milho 300
1 pão 600
1 Kg de carne 19.000
Produtos Industriais e Comerciais
1 jornal de domingo 1.000
1 Kg de aço 220
1 Kg de borracha sintética 2.200
1 Kg de alumínio 7.200
1 automóvel 380.000
Fonte: www.mundoeducação.com.br
PRINCIPAIS PROBLEMAS ENCONTRADOS NA ÁGUA DECORRENTES DE
INTERFERENCIAS DA AÇÃO HUMANA
Depósitos de Lixo:
Os depósitos de lixo possuem resíduos sólidos de atividades domésticas,
hospitalares, industriais e agrícolas. A composição do lixo depende de fatores como nível
educacional, poder aquisitivo, hábitos e costumes da população. Entre os principais
impactos nos sistemas hídricos está o acúmulo deste material sólido em galerias e dutos,
impedindo o escoamento do esgoto pluvial e cloacal.
Podemos ainda citar a decomposição do lixo, que produz um líquido altamente
poluído e contaminado denominado chorume. Em caso de má disposição dos rejeitos, o
chorume atinge os mananciais subterrâneos e superficiais. Este líquido contém
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concentração de material orgânico equivalente a uma escala de 30 a 100 vezes o esgoto
sanitário, além de microrganismos patogênicos e metais pesados (Benetti e Bidone1995).
Navegação:
A atividade de navegação pode trazer prejuízos aos sistemas hídricos das seguintes
formas: vazamentos durante o transporte, lavagem dos tanques e acidentes.
Água de Lastro:
Os acidentes podem trazer muitos danos ao ambiente, pois em geral são liberadas
grandes quantidades de contaminantes. Como exemplo de grande acidente com
embarcações é o acidente com o navio tanque Bahamas no porto de Rio Grande (Pereira e
Niencheski, 2003; mirlean et al., 2001; niencheski et al., 2001; Fernandes e niencheski,
1998), onde 12000 toneladas de ácido sulfúrico tiveram que ser descarregadas no estuário
da Lagoa dos Patos.
Queima de Combustíveis Fósseis:
Entre as consequências da queima de combustíveis fosseis estão a chuva ácida e o
efeito estufa. A queima de combustíveis fósseis, produz gás carbônico, formas oxidadas de
carbono, nitrogênio e enxofre (Santos, 2002). O dióxido de enxofre e o óxido de nitrogênio
em contato com a água da chuva transformam-se em ácido sulfúrico e ácido nítrico,
respectivamente. Estes ácidos contidos nas gotículas de chuva trazem grandes prejuízos às
áreas atingidas.
Os efeitos maiores desta chuva em sistemas hídricos ocorrem quando a região
frequentemente atingida é um corpo d´água, pois atribui características ácidas à água,
diminui seu pH, que pode acarretar a morte da fauna daquele ambiente, bem como tornar
essa água indisponível para usos como recreação, abastecimento, irrigação, etc. Se a região
atingida é uma região de vegetação densa, estes ácidos podem acabar matando essa
vegetação deixando o solo exposto. Nesse caso, pode-se ter aumento da erosão do solo,
aumento da vazão média e ainda a drenagem dessa água contaminada para o rios, lagos e
açudes.
Um exemplo desse aspecto natural versos impactos provocados pela ação do
homem, estão potencializadas no aumento da construção civil, fluxo intenso de
investimentos turísticos, de comércios e industrias, a construção de barragens, diques,
espigão costeiro, asfaltamento e o aterramento de áreas naturais apenas atenuam as
problemáticas causadas pelas águas. As emissões de gases de combustão, alteração da
qualidade do ar, emissões de compostos clorados (cloretos, CFC’s), geração de chuva
ácida, geração de efluentes ácidos, alteração das águas superficiais, geração de esgotos
domésticos, contaminação de lençol subterrâneo, geração de embalagens contaminadas,
alteração da qualidade do solo, emissão de ruído, incômodos ou problemas de audição
(ruído), emissão de vibração, danos à flora, consumo de combustíveis fósseis, redução na
disponibilidade de recursos naturais, dentre outros, altera o equilíbrio sustentável do
planeta.
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Fonte: arquivo de pesquisa / Imagem: Alteração da paisagem costeira na praia da
ponta D’areia, reflexo da crescente atividade econômica vigente.
AS PRINCIPAIS RESERVAS DE ÁGUAS DO BRASIL
Uma das maiores reserva de águas subterrâneas do mundo é o famoso Aquífero
Guarani, que ocupa o subsolo do nordeste da Argentina, centro-
sudoeste do Brasil, noroeste do Uruguai e no sudeste do Paraguai.
No Brasil existem três grandes unidades hidrográficas que são o Amazonas, o São
Francisco e o Paraná onde estão concentrados cerca de 80% da produção hídrica do país.
Estas bacias cobrem cerca de 72% do território brasileiro, dando-se destaque à Bacia
Amazônica, que possui cerca de 57% da superfície do País.
Embora tamanha quantidade de água doce, há um grave problema de abastecimento
no País, que é devido ao crescimento das localidades e à degradação da qualidade da água.
O baixo nível tecnológico-organizacional está em condições primárias de uso, recebendo a
contribuição da ocupação rural, que aumenta o desmatamento das bacias hidrográficas.
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Fonte: Arquivo de pesquisa / Reserva de águas no Brasil sofrem com o despejo diário
de esgotamento doméstico e de outros poluentes lançados in natura.
O grande desenvolvimento dos processos erosivos do solo faz com que haja um
empobrecimento de pastagens nativas e redução das reservas de águas do solo, assim
produzindo a queda da produtividade natural. O Brasil possui a maior disponibilidade
hídrica do planeta, ou seja, 13,8% do deflúvio (volume de água que escoa da superfície de
uma determinada área devido a ocorrência de uma chuva torrencial sobre aquela área)
médio mundial.
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AS PRINCIPAIS RESERVAS DE ÁGUAS EM SÃO LUÍS DO MARANHÃO
Em São Luís o projeto ITALUIS é a principal fonte de abastecimento de água para
o centro urbano, porém com o forte crescimento populacional com que a cidade vem
passando nas últimas décadas, este sistema não vem suprindo ou mantendo-se tão eficiente
nesta distribuição, devido principalmente à grande demanda no consumo em litros de água
por km2 de área habitada, outro fator importante e a devastação antrópica, causadas pela
poluição, assoreamento e erosão destas fontes naturais, bem como da degradação de seus
principais leitos e afluentes que alimentam estes rios.
No maranhão as principais reservas de águas emersas em seu território, estão
completamente comprometidas, o alto nível de contaminação constatado nesta pesquisa,
demonstrou um considerável risco, com forte indicio de prejuízo à saúde humana.
Como a cidade de São Luís ainda não possuir um centro de tratamento de esgoto e
há a inexistência de saneamento básico no sistema de urbanização da cidade, todos os
dejetos produzidos neste grande centro acabam por serem despejados, de forma in natura,
nos córregos, rios, lagos e praias. Grande parte destes poluentes são impulsionadas e
atribuídas ás redes hoteleiras, condomínios, residências, comércios, indústrias, restaurantes,
shoppings e outras atividades comerciais e urbanas afins, que descartam seus detritos de
esgotamento sanitário diretamente nas redes e sistemas dos recursos hídricos naturais da
ilha, os mais afetados encontram-se próximas a áreas com intenso processo de urbanização
de massa.
A Caema órgão responsável por esta gestão no tratamento de água e esgoto sanitário
não possuir qualquer controle ou mesmo projetos de infraestrutura previstos para sanar as
problemáticas referidas a estes descartes de resíduos poluentes nos sistemas hídricos da
cidade. Algumas localidades visitadas e citadas nesta pesquisa foram enquadradas como
áreas de risco para a população, podendo o teor dos poluentes encontrados nestas águas,
comprometer a saúde pública do estado, tecnicamente estes sistemas estão impróprios para
o banho, consumo de suas águas e de seus mariscos.
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PRINCIPAIS SISTEMAS HIDRICOS EM SÃO LUIS DO MARANHÃO
CONSIDERADOS POLUIDOS APÓS A PESQUISA
Em São Luís do Maranhão muitos sistemas hídricos apresentaram em suas reservas
um alto nível de contaminação, causadas principalmente pelo despejo diário de
esgotamento doméstico e de outros poluentes químicos lançados in natura nestas
localidades, o alto teor de coliformes façais foi o agente poluente que mais alterou a
propriedade da água em inúmeras amostras. As áreas com este tipo de problemática
registraram uma phmetragem em média acima de 6.7, que é considerada bem acida.
Fonte: Arquivo de pesquisa / Área fortemente degradadas pela ação de despejos
domésticos e poluentes químicos.
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OS PONTOS E ÁREAS CONSIDERADOS MAIS POLUÍDAS DURANTE ESTA
PESQUISA FORAM:
1. A praia da ponta da areia, a praia de são marcos,
2. A praia do olho d’água,
3. A praia do Araçagi,
4. O rio pimenta, o rio anil, beira rio,
5. O sistema aquático da Laguna da Jansen,
6. E as áreas adjacentes com contato direto com as confluências dessas águas.
Estas regiões pesquisadas, foram consideradas áreas de risco iminente para a
população, podendo o teor destes poluentes vim a comprometer a saúde pública, estando
impróprias para o banho, consumo de suas águas e de seus mariscos.
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DISCURSÃO
Constatou-se que o Ph medido em todas estas áreas / regiões onde ocorreram as
coletas, manteve-se um nível tolerável de acidez das águas, a média variou entre as
mínimas de 6.4 e máximas de 8.6; valor considerado admissível e dentro da margem
esperada pelos principais órgãos mundiais de controle das bacias hidrográficas do planeta.
Verificou-se também que em ambientes aquáticos, onde possuem concentrações elevadas
de poluentes, observou-se uma maior elevação de acidez no nível de Ph dessas águas.
Os resultados encontrados mostram que as medidas de Phmetragem em algumas
dessas coletas efetuadas, exigiram por diversas vezes os contras provas dos testes, este
método possibilitou de forma mais precisa e exata a confirmação de todos os dados,
exatamente por se aproximar mais dos valores tabelados. Mas como cada amostra é única,
isto não indica que ela estava mais correta com relação às primeiras medições, já que esta
análise é feita apenas visualmente.
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CONSIDERAÇOES FINAIS
O estudo sistemático realizado sobre o elemento água, bem como a elaboração deste
trabalho, teve como prioridade verifica as condições de saúde dos sistemas hídricos da
cidade de São Luís do Maranhão.
Esta analise aprofundou ainda mais as noções já adquiridas acerca da importância e
controle do pH em diversas situações, para além das aqui focadas, durante o trabalho de
pesquisa. Adquiriu-se conhecimentos em diversas outras situações, como o caso verificado
das alterações de pH que exigiam contra prova. As variações de cores observadas indicam
que os extratos podem ser usados como soluções indicadoras de pH.
As ligeiras diferenças de cores entre os extratos das diferentes amostras, para um
mesmo valor de pH, podem ser atribuídas ao fenômeno de associação entre os corantes, que
é influenciado pela quantidade e pelos tipos de antocianinas presentes nos extratos.
Observou-se também que em ambientes aquáticos, onde possuem concentrações elevadas
de poluentes, maiores seriam as chances de confirmação do nível de acidez dessas águas.
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2000.
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2002.
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Bookman, 2006.
KOTZ, J.C. e TREICHEL Jr.,P., Química e reações químicas, Volume 1, 3ª edição. Rio de
Janeiro: LTC Editora, 1998.
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