1. ATIVIDADE DE HISTÓRIA
1)Entre os principais fatores que impulsionaram a Reforma estão a
instituição das indulgências, o crescente acúmulo de riquezas por
parte da Igreja, - e consequente afastamento dos ideais cristãos, e
o surgimento de uma nova classe social, a burguesia, que, ao
longo de seu esforço para libertar-se da opressão feudal e do
absolutismo posterior, valorizava o esforço individual, e
consequentemente, a salvação individual, que prescinde do
sacerdote católico. A reforma protestante é de fato a expressão
política de uma dissidência religiosa, e sua incorporação, como
ideologia, a um nascente movimento social e político.
2)Diversas correntes religiosas expressam essa movimentação: o
Luteranismo, mais marcadamente doutrinário, expressão de uma
reação virulenta à deformação dos pilares do cristianismo,
principalmente aquela que, em tempos modernos, passou a
denominar-se “Opção preferencial pelos pobres”, a prática
indiscriminada das indulgências, que gerava uma quantidade de
recursos econômicos tão grande que acabou motivando a criação
de uma nova instituição, o Banco, dentre outras práticas. O
acúmulo de bens materiais e propriedades, e o consequente
exercício de poder político – vale dizer, secular - por parte de
religiosos eram o principal alvo das críticas de Lutero. Outras
correntes continham um maior apreço por questões práticas e de
ordem ideológica, como o Calvinismo, ainda que sob a roupagem
da doutrina. A nascente burguesia, tornando-se forte e cada vez
mais independente economicamente do poder absoluto dos
monarcas e clérigos, necessitava de textos que não apenas
expusessem as mazelas da Igreja, mas também regulamentassem
a “nova” visão da salvação individual.
3)A reação da Igreja Católica foi um endurecimento de sua
autoridade, e entre as medidas tomadas incluem-se a volta da
Inquisição, a criação do Index de livros proibidos, e
a Catequese forçada das populações do Novo Mundo, além de
medidas administrativas, e uma tentativa de coibir o abuso das
indulgências.
4)A gravura pode simbolizar que a Igreja, no século XV, era uma
embarcação enfrentando mares revoltos, bem como sua expansão
ultramarina, uma vez que o Novo Mundo foi descoberto por reinos
católicos.