“guerra de longo curso” em ritmo acelerado ; agenda liberal- conservadora apoiada quase sem reservas, talvez última tentativa em criar barreiras à democratização social e politica, daí a rapidez do ataque.
Golpe e a hegemonia do liberal conservadorismo eftp (1)
1. Golpe e a hegemonia do
liberal-conservadorismo: o
ataque frontal
2. “guerra de longo curso” em ritmo acelerado ; agenda liberal- conservadora
apoiada quase sem reservas, talvez última tentativa em criar barreiras à
democratização social e politica, daí a rapidez do ataque. Tentativas
anteriores: projeto do “Centrão” na Assembléia Constituinte, Revisão
Constitucional de 93-94, governo FHC e agora.
Emenda Constitucional 95/2016 (PEC do teto dos gastos), reforma trabalhista
com livre negociação, primado do negociado sobre legislado , terceirização,
pejotização; aumento das desvinculações de receitas dos estados, Distrito
Federal e municípios, em discussão reforma Previdência (Emenda à
Constituição 287/2016), fim da obrigatoriedade da Petrobrás na exploração do
pré-sal, Programa de Parcerias público-privadas (Lei 13.334/2017), medida
provisória de reforma do ensino médio, regulação “grilagem”, Plano de
recuperação fiscal dos estados....
3. A neutralização da Lava-Jato com acirramento de disputas internas no aparato de
Estado ( entrecruzamento de disputas: executivo, procuradoria geral, judiciário,
partidos da situação). Fim de danos laterais. O que interessa de fato: impedir
candidatura Lula e nesse limite...
A vitória de Temer: rejeição da denúncia da Procuradoria Geral da República por
crime de corrupção passiva por 263/227. Será apresentada nova denúncia por
organização criminosa e obstrução da justiça. Fluxo pós Janot com nova
procuradora?
A muito provável permanência de Temer em um cenário de estagnação econômica,
complexidade das disputas no campo da situação ( velha direita, nova direita)
tendo em vista a aproximação de 2018 e o favoritismo de Lula/PT. Tratativas
reforma politica no semestre, com vistas a diminuir riscos. Razões permanência:
uso da máquina pública, falta de alternativa, apoio empresarial, falta de pressão
popular, fraqueza e ambiguidade oposição (aposta em 2018)
Refluxo da campanha Diretas Já
4. Cenários possíveis
Lula é condenado em segunda instância até agosto 2018 ( há diferentes
processos em curso). Eleições sem presença do principal candidato. Com
novas regras como “distritão ” , que poderá aniquilar o sistema
eleitoral/político como o conhecemos?
Reforma política mais ampla com mudança de regime de governo
(parlamentarismo) e voto por “distritão” ? Voto distrital e proporcional? Com
adiamento, a pretexto da paz social e necessidade de se construir um sistema
político ao gosto liberal-conservador?
Lula candidato, crise e insegurança social. Ganha em meio a uma nova
institucionalidade legal/constitucional, que limita ações de retomada de
políticas econômicas/sociais democráticas. Alternativa mais remota.