2. COMPLEXO DE GOLGI
• O complexo de Golgi, também conhecido como aparelho de Golgi, se trata de uma
organela membranosa que surgiu, muito provavelmente e em última instância, à partir
de invaginações da membrana plasmática. Isso se dá pelo fato da origem da organela
ser relacionada à ou diretamente da membrana ou por elementos destacados do
retículo endoplasmático que, por sua vez, se originou por invaginações da membrana.
• A estrutura recebe esse nome devido ao indivíduo que o descreveu pela primeira vez,
o biólogo Camilo Golgi. Sob o aspecto da estrutura do aparelho de Golgi, se diz
complexo pelo fato dele ser uma rede de vesículas e sacos interligados que se
organizam a fim de desempenhar uma função associada ao retículo endoplasmático.
Essa organela possui a localização e o tamanho variados, entretanto, sua posição,
geralmente, está associada às proximidades do núcleo e do retículo endoplasmático.
Já com relação ao tamanho, embora variável, a organela se apresenta bastante
desenvolvida em células secretoras.
4. ESTRUTURA
• Assim como o retículo endoplasmático, o complexo de Golgi é formado por membranas
que se dobram sobre si formando sacos membranosos achatados e empilhados. Cada um
desses sacos é denominado cisterna e, associadas a elas, existem vesículas que são,
geralmente, relacionadas ao transporte de moléculas.
• Além de se empilharem umas sobre as outras, as cisternas se mostram, frequentemente,
com determinada curvatura. Dessa forma, essa certa angulação de sua disposição acaba
por formar uma face côncava e uma convexa. Cada uma dessas faces recebe um nome
específico: a convexa é conhecida como face cis e a côncava como face trans. Nesse
sentido, existe uma rede de estruturas tubulares que se associam a essas faces, elas são a
rede cis e a rede trans do aparelho de Golgi.
• Com relação ao conteúdo das cisternas, ele também se trata de algo bastante variável de
acordo com o tipo e função da célula em questão. O que é possível afirmar é que esse
conteúdo possui uma variedade de enzimas e de moléculas relacionadas ao produto final,
um exemplo claro disso é o fato do conteúdo dessas cisternas ser composto, basicamente,
de glicoproteínas e enzimas relacionadas às reações delas.
5.
6. FUNÇÃO
• É notável que o aparelho golgiense possui uma relação bastante íntima com o retículo
endoplasmático. Com relação as suas funções isso não é diferente. As organelas
funcionam conjuntamente, sendo que o complexo de Golgi é análogo a uma central
de processamento e distribuição da célula.
• As proteínas são produzidas nos ribossomos associados à membrana do retículo e
então são transferidas para o retículo endoplasmático rugoso. Lá ocorrem
modificações e o transporte dessas proteínas e, após isso, elas podem ser
transportadas para o complexo de Golgi. Nessa organela essas moléculas recém
chegadas podem ser processadas e distribuídas pela a célula. Assim, esse
processamento se baseia na possibilidade de ocorrerem modificações nas proteínas
para que, então, possa ocorrer o seu transporte.
7. • Além da modificação e distribuição de moléculas, o complexo de Golgi também pode
exercer outras funções. Uma delas se refere à armazenar proteínas. Veja bem, muitas
vezes as proteínas são produzidas, mas não há a necessidade de utilizá-las ou secretá-
las de imediato. Sob esse aspecto é que o aparelho golgiense desempenha outra
função na célula, isto é, quando essas proteínas são produzidas para posterior
utilização, elas ficam armazenadas no complexo de Golgi.
• Outra atividade em que o aparelho de Golgi exerce papel importante é na produção
de outras estruturas da célula, como o acrossomo do espermatozoide e a lamela
média das células vegetais, entre outros. Isso acontece pelo fato das vesículas que
contêm material enzimático especifico destacarem-se da organela original e se
transformarem em organelas distintas, um exemplo disso é o que ocorre nas vesículas
com enzimas digestivas que viram os lisossomos.
• Enfim, o complexo de Golgi é uma organela composta por sacos membranosos
empilhados, denominados cisternas, e suas vesículas associadas que possuem em seu
interior enzimas e “matéria prima” para o produto final. Dessa forma, sua função está
relacionada com o processamento, armazenamento e distribuição de moléculas e
também com a formação de outras organelas.