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OBJETIVOS
1. Delinear as principais características das diferentes
síndromes hipertensivas da gestação
2. Apresentar a epidemiologia e descrever os principais fatores
de risco para pré-eclâmpsia
3. Discorrer brevemente sobre a etiopatogenia da pré-eclâmpsia
4. Apresentar o quadro clínico, diagnóstico, manejo e prevenção
da pré-eclâmpsia
1. Classificação
Hipertensão na gestação
RAYMOND ; PETERSON, 2011 ; MONTENEGRO; REZENDE FILHO, 2014 ; ZUGAIB, 2020.
Hipertensão
Arterial
Crônica
Pré-Eclâmpsia /
Eclâmpsia
Hipertensão
Gestacional
Pré-Eclâmpsia
Sobreposta
PA ≥ 140 x
90
IG < 20
semanas
PA ≥ 140 x 90
IG > 20 semanas
Sem
proteinúria/disfunção
orgânica
Resolve-se em até 12
semanas pós-parto
HAC
A partir de 20
semanas:
proteinúria ou
disfunção orgânica
PA ≥ 140 x 90
IG > 20 semanas
Precoce (< 34
semanas)
Tardia (> 34
semanas) - mais
comum
Proteinúria ou
disfunção orgânica
Hipertensão na gestação
Hipertensão Arterial
Crônica
Pré-Eclâmpsia /
Eclâmpsia
Hipertensão
Gestacional
Pré-Eclâmpsia
Sobreposta
PA ≥ 140 x 90
IG < 20
semanas
PA ≥ 140 x 90
IG > 20 semanas
Proteinúria/disfunção
orgânica
Precoce (< 34
semanas) - 10% dos
casos
Tardia (> 34
semanas) - mais
PA ≥ 140 x 90
IG > 20 semanas
Sem
proteinúria/disfunção
orgânica
Resolve-se em até 12
semanas pós-parto
HAC
A partir de 20
semanas:
proteinúria ou
disfunção orgânica
RAYMOND ; PETERSON, 2011 ; MONTENEGRO; REZENDE FILHO, 2014 ; ZUGAIB,
2020.
Hipertensão na gestação
Hipertensão Arterial
Crônica
Pré-Eclâmpsia /
Eclâmpsia
Hipertensão
Gestacional
Pré-Eclâmpsia
Sobreposta
PA ≥ 140 x 90
IG < 20
semanas
PA ≥ 140 x 90
IG > 20 semanas
Sem
proteinúria/disfunçã
o orgânica
Resolve-se em até
12 semanas pós-
parto
HAC
A partir de 20
semanas:
proteinúria ou
disfunção orgânica
PA ≥ 140 x 90
IG > 20 semanas
Proteinúria ou
disfunção orgânica
Precoce (< 34
semanas)
Tardia (> 34
semanas) - mais
comum
RAYMOND ; PETERSON, 2011 ; MONTENEGRO; REZENDE FILHO, 2014 ; ZUGAIB, 2020.
Hipertensão na gestação
Hipertensão Arterial
Crônica
Pré-Eclâmpsia /
Eclâmpsia
Hipertensão
Gestacional
Pré-Eclâmpsia
Sobreposta
PA ≥ 140 x 90
IG < 20
semanas
PA ≥ 140 x 90
IG > 20 semanas
Sem
proteinúria/disfunção
orgânica
Resolve-se em até 12
semanas pós-parto
HAC
A partir de 20
semanas:
proteinúria ou
disfunção
orgânica
PA ≥ 140 x 90
IG > 20 semanas
Proteinúria ou
disfunção orgânica
Precoce (< 34
semanas)
Tardia (> 34
semanas) - mais
comum
RAYMOND ; PETERSON, 2011 ; MONTENEGRO; REZENDE FILHO, 2014 ; ZUGAIB, 2020.
2. Epidemiologia
Pré-Eclâmpsia - Epidemiologia
2-5% das gestações no mundo (10% no Brasil)
14% dos óbitos maternos no mundo
12,9% nos países desenvolvidos
22,9% na América Latina
Principal causa de mortalidade materna no Brasil
Saldo anual 76,000 óbitos maternos
500,000óbitos fetais
MONTENEGRO, REZENDE FILHO, 2014 ; FIGO, 2019 ; ZUGAIB, 2020.
2. Fatores de risco
DIABETES PRÉ-
GESTACIONAL RR 3,7 (IC
95% 3,1 - 4,3)
Fatores de risco
CUNNINGHAM et al., 2018.
HISTÓRIA PRÉVIA
RR 8,4 (IC 95% 7,1 -
9,9)
HIPERTENSÃO CRÔNICA
RR 5,1 (IC 95% 4,0 - 6,5)
GESTAÇÃO MÚLTIPLA
RR 2,9 (IC 95% 2,6 - 3,1)
IMC > 30
RR 2,8 (IC 95% 2,6 - 3,1)
SÍNDROME
ANTIFOSFOLÍPIDE
RR 2,8 (IC 95% 1,8 -
4,3)
Fatores de risco
E o tabagismo? FATOR DE PROTEÇÃO
Metanálise 2015: RR 0,67 (95% CI 0.60 -
0.75)
CUNNINGHAM et al., 2018; WEI et al., 2015.
LÚPUS ERITEMATOSO
SISTÊMICO
NULIPARIDAD
E
IDADE > 35
ANOS
DOENÇA RENAL
CRÔNICA
REPRODUÇÃO
ASSISTIDA
RR 2,5 (IC 95% 1,0 - 6,3) RR 2,1 (IC 95% 1,9 - 2,4) RR 1,2 (IC 95% 1,1 - 1,3)
RR 1,8 (IC 95% 1,5 - 2,1) RR 1,8 (IC 95% 1,6 - 2,1)
3. Etiopatogenia
Placentação defeituosa
SHANMUGALINGAM et al., 2018 ; ZUGAIB 2020.
Isquemia
placentária
Fatores
genéticos
Fatores
imunológicos
Estresse
oxidativo
Fatores
ambientais
Disfunção endotelial
Fatores antiangiogênicos
(sFlt 1 e sEng)
Fatores angiogênicos
(VEGF, PIGF, TGFBeta)
MONTENEGRO; REZENDE FILHO, 2014 ; IVES et al., 2020 ; ZUGAIB 2020.
Aumento
vasoconstritores
(Endotelina 1, TXA2)
Redução vasodilatadores
(PGI2, NO)
Repercussão sistêmica
Vasoespasmo (maior sensibilidade
à angiotensina II)
Aumento da permeabilidade capilar
Dano microangiopático
ISQUEMIA
PLACENTÁRIA
Repercussão sistêmica
Redução TFG
Proteinúria
Retenção de ácido
úrico
Endoteliose capilar
glomerular
CUNNINGHAM et al., 2018 ; IVES et al., 2020 ; ZUGAIB 2020.
Encefalopati
a
hipertensiva
Necrose
hemorrágica
periportal
Repercussão sistêmica
CUNNINGHAM et al., 2018.
Hematoma
hepático
Edema vasogênico
(“encefalopatia
posterior
reversível”)
Hemorragia
cerebral
Repercussão sistêmica
Alterações uteroplacentárias
Insuficiência placentária
❖ RCIU
❖ Oligoâmnio
DPP
Hipertonia uterina
Hipercontratilidade
ZUGAIB, 2020.
4. Diagnóstico
Pré-Eclâmpsia
Proteinúria ≥ 300 mg/24h
ou
Proteinúria/creatinúria em amostra isolada ≥ 0,3
ou
Proteinúria 1+ em fita reagente
OU
PAS ≥ 140 mmHg ou PAD ≥ x 90 mmHg
ZUGAIB, 2020.
Disfunção de órgão-alvo (pré-eclâmpsia grave)
Pré-Eclâmpsia - Critérios de gravidade
PAs ≥ 160 mmHg ou PAD ≥ 110 mmHg
Creatinina sérica > 1,1 mg/dl ou aumento em 2x
Plaquetopenia < 100.000 mm³
AST ou ALT > 70 UI/L
Oligúria < 500 ml/24h
Edema pulmonar ou cianose
ZUGAIB, 2020.
Pré-Eclâmpsia - Critérios de gravidade
● Disfunção do SNC
○ 60-70%: cefaleia persistente
occipital, frontal ou difusa
○ 20-30%: distúrbios visuais:
escotomas, turvação, diplopia,
fotofobia, amaurose
○ hiperreflexia com aumento da área
reflexógena
● Epigastralgia ou dor em hipocôndrio
direito (25%) - distensão da cápsula
hepática
Eclâmpsia
MONTENEGRO; REZENDE FILHO, 2014.
Sintomas de iminência de eclâmpsia
Pré-Eclâmpsia - Critérios de gravidade
● Hemólise
○ Esquizócitos
○ BT > 1,2
○ DHL > 600
● Elevated de enzimas
hepáticas
○ AST > 70
● Plaquetopenia
○ < 100.000
plaquetas/mm³
Síndrome HELLP - anemia hemolítica microangiopática
HAS e proteinúria podem não estar presentes!
CUNNINGHAM et al., 2018 ; ZUGAIB, 2020.
Complicações: IRA (38%) / CIVD / DPP (6%) / ruptura
hepática (3%)
5. Tratamento
Pré-Eclâmpsia - Critérios de internação
❖ Ao diagnóstico
❖ Necessidade de doses crescentes de anti-hipertensivos
❖ Alteração da vitalidade fetal
❖ Aumento significativo da proteinúria
❖ Suspeita de lesão de órgão-alvo
❖ Sinais de gravidade
CUNNINGHAM et al., 2018.
Pré-eclâmpsia - Exames Laboratoriais
Anti-hipertensivos meta: PAS 110 - 140 mmHg e PAD 80-85 mmHg
Protocolo de Pré-eclâmpsia
Hemograma
Ureia
Creatinina
Pesquisa de esquizócitos
AST/ALT
Bilirrubinas totais e
frações
DHL
Ácido úrico
Urina 1
Proteinúria 24h ou
proteina/creatinina em
amostra isolada
Pré-eclâmpsia sem sinais de gravidade - Manejo
Anti-hipertensivos meta: PAS 110 - 140 mmHg e PAD 80-85 mmHg
Outras opções:
❖ Anlodipino/Nifedipino
❖ Metoprolol/Carvedilol
SOCIEDADE BRASILEIRA DE CARDIOLOGIA, 2020 ; ZUGAIB, 2020.
1ª escolha: Metildopa 250 mg VO
12/12h (dose máxima 3 g/dia)
Avaliação da vitalidade fetal
Crescimento fetal
AFU semanal
USG obstétrica mensal
Função placentária
dopplervelocimetria de a. umbilicais
semanal
Resposta hemodinâmica fetal
se alteração no doppler de umbilicais
avaliação da resposta fetal à hipóxia - doppler de
ACM e ducto venoso
Perfil biofísico fetal
semanal
Pré-eclâmpsia sem sinais de gravidade - Manejo
ZUGAIB, 2020.
Eclâmpsia / Pré-Eclâmpsia com sinais de gravidade - Manejo
1. Medidas gerais
❖ Decúbito lateral esquerdo
❖ O2 sob máscara
❖ Acesso venoso
❖ Coleta de exames
❖ Monitorização
❖ Sonda vesical de demora
2. Sulfato de magnésio
Zuspan
Pritchard
3.Anti-hipertensivos
4.Vitalidade fetal
ZUGAIB, 2020.
Sulfato de magnésio - Esquema de Zuspan
MgSO4 50% 10 ml +
SG 5% 490 ml -
infundir a 100
ml/hora em BIC
ou
MgSO4 10% 100 ml +
SG 5% 400 ml -
infundir a 100
ml/hora em BIC
ATAQUE
4 g EV em 20 minutos
MgSO4 50% 8 ml +
12 ml de água
destilada
ou
MgSO4 10% 40 ml
MANUTENÇÃO
1-2 g EV/hora
ZUGAIB, 2020.
Sulfato de magnésio - Esquema de Pritchard
ATAQUE
MgSO4 50% 4 g EV
+
MgSO4 50% 10 g IM (5 g em cada glúteo)
MANUTENÇÃO
MgSO4 50% 5 g IM de
4/4h
ZUGAIB, 2020.
EUSER; CIPOLLA, 2009.
Sulfato de magnésio - Cuidado com intoxicação
Sulfato de magnésio - Cuidado com intoxicação
MONITORAMENTO DA TOXICIDADE - SUSPENDER SE
❖ FR < 16 irpm
❖ Arreflexia patelar
❖ Diurese < 25 ml/h ou < 100 ml em 4h
MANEJO DA INTOXICAÇÃO
❖ Suspender infusão de MgSO4
❖ Administrar gluconato de cálcio a 10% 10 ml + água
destilada 10 ml IV em 2 a 5 minutos
MONTENEGRO; REZENDE FILHO, 2014.
Eclâmpsia / Pré-eclâmpsia com sinais de gravidade -
Anti-hipertensivos
Se PA >= 160x110 mmHg - hidralazina 5 mg a cada 15
min IV (dose máxima 30 mg)
Nifedipino VO de ação rápida é opção (sublingual é
proscrito)
SOCIEDADE BRASILEIRA DE CARDIOLOGIA, 2020.
Cuidado ao pensar em nitroprussiato (risco
intoxicação fetal por cianeto)
O parto
Quando interromper a gestação ?
PRÉ-ECLÂMPSIA SEM SINAIS DE GRAVIDADE
Manter até 37 - 40 semanas
PRÉ-ECLÂMPSIA COM SINAIS DE GRAVIDADE
Manter até 34 semanas (se possível)
IP ducto venoso > 1,0 e < 1,5
Oligoâmnio (ILA entre 3 e 5)
Iminência de eclâmpsia
Mau controle pressórico
Diástole reversa a. umbilical
IP ducto venoso >= 1,5
PBF <= 6 mantido
DIP II recorrentes
Oligoâmnio grave (ILA < 3) ZUGAIB, 2020.
Interrupção Imediata
Interrupção Mediata (após
corticoide antenatal)
O parto
Via de Parto
Indicação obstétrica - não
há contraindicação ao
parto normal, desde que:
❖ Mãe estável clínica e
laboratorialmente
❖ Feto com boa vitalidade
6. Prevenção
Prevenção
Medidas gerais
AAS 75 - 150 mg 1x/dia
Iniciar entre 12 e 16 semanas
de IG
Suspender após 36 semanas
Cálcio 1,5 a 2 g/dia
A partir de 12 semanas de IG
Manter até o fim da gestação
Indicado para todas as
pacientes com fatores de
risco.
Indicado para pacientes com fatores de
risco e baixa ingesta (< 600 mg/dia).
SOCIEDADE BRASILEIRA DE CARDIOLOGIA, 2020 ; IVES et al., 2020.
Prevenção
IVES et al., 2020.
Resumo
❖ No Brasil, a pré-eclâmpsia incide em 10% das grávidas, principalmente
primíparas, sendo a maior causa de mortalidade materna e perinatal.
❖ Na etiopatogenia sobressaem a placentação defeituosa e a disfunção
endotelial.
❖ Não é sempre que a paciente irá apresentar sintomas - trata-se de doença
lábil que pode evoluir sem prenúncio - importância de se rastrear medindo
a PA em todas as consultas.
❖ A pré-eclâmpsia sem sinais de gravidade pode ser acompanhada em
consultas semanais para avaliar as condições clinicolaboratoriais da mãe
e a vitalidade fetal.
❖ O tratamento de pré-eclâmpsia grave/eclâmpsia é realizado pela
sulfatação, hidralazina IV e interrupção da gravidez, após a estabilização
Referências
CUNNINGHAM, F Gary; LEVENO, Kenneth J.; BLOOM, Steven L. et al. Williams Obstetrics, 25th
edition. McGraw Hill Education, 2018. p. 1086
EUSER, Anna G.; CIPOLLA, Marilyn J. Magnesium Sulfate for the Treatment of Eclampsia.
Stroke, Vol. 40, Issue 4, April 2009.
FIGO - International Federation of Gynecology and Obstetrics. FIGO releases new guidelines
to combat Pre-Eclampsia. May 2019. Disponível em <https://www.figo.org/figo-releases-new-
guidelines-combat-pre-eclampsia> Acesso em 07 nov 2021.
IVES, Christopher W.; SINKEY, Rachel; RAJAPREYAR, Indranee et al. Preeclampsia -
Pathophysiology and clinical presentations. Journal of The American College of Cardiology,
Vol. 76, No. 14, May 8 2020.
MONTENEGRO, Carlos Antonio Barbosa; REZENDE FILHO, Jorge de. Rezende Obstetrícia
Fundamental. 13ª edição. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2014.
Referências
RAYMOND, Dahlia; PETERSON, Erika. A critical review of early-onset and late-onset
preeclampsia. Obstetrical & Gynecological Survey, 66(8), pp. 497-506. August 2o11.
SHANMUGALINGAM, Renuka; HENNESSY, Annemarie; MAKRIS, Angela. Aspirin in the prevention of
preeclampsia: the conundrum of how, who and when. Journal of Human Hypertension, 19
sept 2018.
SOCIEDADE BRASILEIRA DE CARDIOLOGIA. Posicionamento da Sociedade Brasileira de
Cardiologia para Gravidez e Planejamento Familiar na Mulher Portadora de Cardiopatia.
Arquivos Brasileiros de Cardiologia, Vol. 114, No. 5, Maio de 2020.
WEI, Jun; LIU, Cai-Xia; GONG, Ting-Ting et al. Cigarette smoking during pregnancy and
preeclampsia risk: a systematic review and meta-analysis of prospective studies. Oncotarget,
v. 6(41), 2015 December 22.
ZUGAIB, Marcelo. Zugaib Obstetrícia, 4ª edição. Barueri - SP: Manole, 2020.
Obrigada !
Contato: gcsraissa@gmail.com
HOSPITAL DILSON GODINHO, 2017
Gestante hipertensa crônica. Gesta II Para I, teve pré-eclâmpsia grave com óbito
fetal na gravidez anterior. Atualmente em uso de captopril 25 mg VO/dia, procura a
unidade básica de saúde para iniciar o pré-natal. Encontra-se com 12 semanas de
gravidez. A pressão arterial é de 120 x 80 mmHg. A conduta mais adequada é:
A) Suspender captopril, controle da pressão arterial, iniciar aspirina 100 mg
e carbonato de cálcio.
B) Suspender captopril e iniciar alfametildopa 750 mg VO/dia.
C) Manter captopril, controle da pressão arterial, iniciar aspirina 100 mg e
carbonato de cálcio.
D) Suspender captopril, iniciar alfametildopa 750 mg VO/dia e recomendar repouso
rigoroso durante toda gravidez.
E) Suspender captopril, associar alfametildopa e enoxaparina para
prevenção de pré-eclâmpsia.
1.
UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO PAULO, 2018
Primigesta, 35 anos de idade, gestação de 33 semanas e 2 dias, refere cefaleia e turvação
visual. Exame físico: bom estado geral, eupneica, anictéria, PA 160 X 110 mmg, pulso 80
bpm, altura uterina 28 cm, BCF 160 bpm, colo uterino grosso, posterior e impérvio.
Cardiotocografia anteparto com desacelerações tardias. Qual a conduta mais adequada?
A) Corticoterapia, sulfato de magnésio e avaliação da vitalidade fetal
B) Repouso, hiper-hidratação e reavaliação após 2 horas
C) Corticoterapia e resolução da gestação
D) Sulfato de magnésio e resolução da gestação
E) Corticoterapia, controle da pressão arterial e avaliação da vitalidade fetal
2.
SECRETARIA ESTADUAL DE SAÚDE - RIO DE JANEIRO - 2021
O conhecimento da fisiopatologia da pré-eclâmpsia é importante para o adequado
entendimento da doença e para a proposta de medidas de predição e prevenção. Sobre os
mecanismos propostos, é INCORRETO afirmar:
A) é observado um importante aumento da relação entre fatores angiogênicos e
fatores antiangiogênicos, com crescimento da ação dos primeiros e diminuição da produção
dos segundos
B) ocorre um processo de desregulação imunológica, com diminuição da tolerância imune
materna aos antígenos fetais e placentários
C) há aumento da ativação endotelial em resposta às alterações placentárias, com maior
resposta inflamatória sistêmica
D) não ocorrem, no leito placentário, as transformações das artérias espiraladas que mantêm
sua camada musculoelástica
3.
PROVA UNIFICADA DE SANTA CATARINA - 2012
R.T., 35 anos, GIII PII (vaginais), gestação de 37 semanas e 4 dias, é atendida na emergência
obstétrica xom queixa de cefaleia, epigastralgia e escotomas. Ao exame, PA 160 x 110 mmHg, AU:
35 cm, dinâmica uterina ausente, colo longo, médio, pérvio 2 cm. Apresentação cefálica.
Cardiotocografia feto ativo. A melhor conduta é:
A) Internação, exames laboratoriais, sulfato de magnésio e indução do parto com
ocitocina
B) Internação, exames laboratoriais, cesariana imediata
C) Internação, sulfato de magnésio e cesariana
D) Internação, exames laboratoriais, sulfato de magnésio e indução do parto com misoprostol
E) Internaçao, exames laboratoriais e somente após o resultado alterado dos exames, iniciar
sulfato de magnésio
4.
HOSPITAL PROFESSOR EDMUNDO VASCONCELOS, 2017
A melhor conduta para gestante de 35 anos de idade, primigesta e hipertensa crônica,
em uso de metildopa 750 mg/dia, 31 semanas de gestação, com diagnóstico de
centralização do fluxo fetal e cardiotocografia normal é:
A) Cesariana imediata.
B) Resolução por indução (misoprostol), porém com cardiotocografia contínua.
C) Adequar a medicação anti-hipertensiva para observar se ocorre a melhora do
Doppler.
D) Administrar corticoide, acompanhamento com cardiotocografia e cesariana após
48h.
E) Administrar corticoide, acompanhamento com cardiotocografia e Doppler.
5.
SANTA CASA DE MISERICÓRDIA DE BELO HORIZONTE, 2018
Em relação às síndromes hipertensivas na gestação, é correto afirmar:
A) A síndrome HELLP é sempre precedida pela hipertensão.
B) Mulheres com pré-eclâmpsia prévia não têm risco aumentado de hipertensão
gestacional em gravidez futura.
C) A incidência do acidente vascular encefálico (AVE) não aumenta com o avanço da
idade materna, porém o risco é maior em pacientes obesas e diabéticas.
D) Se ocorrer o aumento de transaminase hepática (TGO > 70) após a 20a
semana de gestação em pacientes com hipertensão arterial crônica, o diagnóstico
provável é de pré-eclâmpsia sobreposta.
6.
UNIVERSIDADE ESTADUAL DO PARA - SANTARÉM, 2018
As alterações morfológicas e funcionais do organismo da gestante com pré-eclampsia,
têm como causa fundamental:
A) redução da filtração glomerular.
B) lesão endotelial difusa comprometendo a integridade do sistema vascular,
associado ao vasoespasmo.
C) diminuição do tromboxano A2.
D) elevação das prostaciclinas.
E) diminuição da reatividade vascular da gestante.
7.
UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA MARIA, 2017
Em relação à pré-eclampsia é correto afirmar:
A) Mulheres pré-eclâmpticas apresentam sensibilidade diminuída a
angeotensina II, mesmo antes das manifestações clínicas.
B) Observam-se pequenas alterações no débito cardíaco, sendo o aumento na
pressão arterial dependente principalmente da elevação na resistência vascular
periférica.
C) A fisiopatologia vascular da pré-eclâmpsia não modifica as alterações fisiológicas
próprias da gravidez normal.
D) Não existem evidências morfológicas e/ou bioquímicas de que a pré-eclâmpsia é
precedida e/ou acompanhada por dano endotelial.
E) A lesão renal da pré-eclâmpsia pode ser responsável pelo aumento da
filtração glomerular e do clearance de ácido úrico, o ultimo causando a característica
hiperuricemia.
8.
Gabarito oficial
1- A
2- D
3- A
4- D
5- E
6- D
7- B
8- B

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Principais características das síndromes hipertensivas da gestação

  • 1.
  • 2. OBJETIVOS 1. Delinear as principais características das diferentes síndromes hipertensivas da gestação 2. Apresentar a epidemiologia e descrever os principais fatores de risco para pré-eclâmpsia 3. Discorrer brevemente sobre a etiopatogenia da pré-eclâmpsia 4. Apresentar o quadro clínico, diagnóstico, manejo e prevenção da pré-eclâmpsia
  • 4. Hipertensão na gestação RAYMOND ; PETERSON, 2011 ; MONTENEGRO; REZENDE FILHO, 2014 ; ZUGAIB, 2020. Hipertensão Arterial Crônica Pré-Eclâmpsia / Eclâmpsia Hipertensão Gestacional Pré-Eclâmpsia Sobreposta PA ≥ 140 x 90 IG < 20 semanas PA ≥ 140 x 90 IG > 20 semanas Sem proteinúria/disfunção orgânica Resolve-se em até 12 semanas pós-parto HAC A partir de 20 semanas: proteinúria ou disfunção orgânica PA ≥ 140 x 90 IG > 20 semanas Precoce (< 34 semanas) Tardia (> 34 semanas) - mais comum Proteinúria ou disfunção orgânica
  • 5. Hipertensão na gestação Hipertensão Arterial Crônica Pré-Eclâmpsia / Eclâmpsia Hipertensão Gestacional Pré-Eclâmpsia Sobreposta PA ≥ 140 x 90 IG < 20 semanas PA ≥ 140 x 90 IG > 20 semanas Proteinúria/disfunção orgânica Precoce (< 34 semanas) - 10% dos casos Tardia (> 34 semanas) - mais PA ≥ 140 x 90 IG > 20 semanas Sem proteinúria/disfunção orgânica Resolve-se em até 12 semanas pós-parto HAC A partir de 20 semanas: proteinúria ou disfunção orgânica RAYMOND ; PETERSON, 2011 ; MONTENEGRO; REZENDE FILHO, 2014 ; ZUGAIB, 2020.
  • 6. Hipertensão na gestação Hipertensão Arterial Crônica Pré-Eclâmpsia / Eclâmpsia Hipertensão Gestacional Pré-Eclâmpsia Sobreposta PA ≥ 140 x 90 IG < 20 semanas PA ≥ 140 x 90 IG > 20 semanas Sem proteinúria/disfunçã o orgânica Resolve-se em até 12 semanas pós- parto HAC A partir de 20 semanas: proteinúria ou disfunção orgânica PA ≥ 140 x 90 IG > 20 semanas Proteinúria ou disfunção orgânica Precoce (< 34 semanas) Tardia (> 34 semanas) - mais comum RAYMOND ; PETERSON, 2011 ; MONTENEGRO; REZENDE FILHO, 2014 ; ZUGAIB, 2020.
  • 7. Hipertensão na gestação Hipertensão Arterial Crônica Pré-Eclâmpsia / Eclâmpsia Hipertensão Gestacional Pré-Eclâmpsia Sobreposta PA ≥ 140 x 90 IG < 20 semanas PA ≥ 140 x 90 IG > 20 semanas Sem proteinúria/disfunção orgânica Resolve-se em até 12 semanas pós-parto HAC A partir de 20 semanas: proteinúria ou disfunção orgânica PA ≥ 140 x 90 IG > 20 semanas Proteinúria ou disfunção orgânica Precoce (< 34 semanas) Tardia (> 34 semanas) - mais comum RAYMOND ; PETERSON, 2011 ; MONTENEGRO; REZENDE FILHO, 2014 ; ZUGAIB, 2020.
  • 9. Pré-Eclâmpsia - Epidemiologia 2-5% das gestações no mundo (10% no Brasil) 14% dos óbitos maternos no mundo 12,9% nos países desenvolvidos 22,9% na América Latina Principal causa de mortalidade materna no Brasil Saldo anual 76,000 óbitos maternos 500,000óbitos fetais MONTENEGRO, REZENDE FILHO, 2014 ; FIGO, 2019 ; ZUGAIB, 2020.
  • 10. 2. Fatores de risco
  • 11. DIABETES PRÉ- GESTACIONAL RR 3,7 (IC 95% 3,1 - 4,3) Fatores de risco CUNNINGHAM et al., 2018. HISTÓRIA PRÉVIA RR 8,4 (IC 95% 7,1 - 9,9) HIPERTENSÃO CRÔNICA RR 5,1 (IC 95% 4,0 - 6,5) GESTAÇÃO MÚLTIPLA RR 2,9 (IC 95% 2,6 - 3,1) IMC > 30 RR 2,8 (IC 95% 2,6 - 3,1) SÍNDROME ANTIFOSFOLÍPIDE RR 2,8 (IC 95% 1,8 - 4,3)
  • 12. Fatores de risco E o tabagismo? FATOR DE PROTEÇÃO Metanálise 2015: RR 0,67 (95% CI 0.60 - 0.75) CUNNINGHAM et al., 2018; WEI et al., 2015. LÚPUS ERITEMATOSO SISTÊMICO NULIPARIDAD E IDADE > 35 ANOS DOENÇA RENAL CRÔNICA REPRODUÇÃO ASSISTIDA RR 2,5 (IC 95% 1,0 - 6,3) RR 2,1 (IC 95% 1,9 - 2,4) RR 1,2 (IC 95% 1,1 - 1,3) RR 1,8 (IC 95% 1,5 - 2,1) RR 1,8 (IC 95% 1,6 - 2,1)
  • 14. Placentação defeituosa SHANMUGALINGAM et al., 2018 ; ZUGAIB 2020. Isquemia placentária Fatores genéticos Fatores imunológicos Estresse oxidativo Fatores ambientais
  • 15. Disfunção endotelial Fatores antiangiogênicos (sFlt 1 e sEng) Fatores angiogênicos (VEGF, PIGF, TGFBeta) MONTENEGRO; REZENDE FILHO, 2014 ; IVES et al., 2020 ; ZUGAIB 2020. Aumento vasoconstritores (Endotelina 1, TXA2) Redução vasodilatadores (PGI2, NO) Repercussão sistêmica Vasoespasmo (maior sensibilidade à angiotensina II) Aumento da permeabilidade capilar Dano microangiopático ISQUEMIA PLACENTÁRIA
  • 16. Repercussão sistêmica Redução TFG Proteinúria Retenção de ácido úrico Endoteliose capilar glomerular CUNNINGHAM et al., 2018 ; IVES et al., 2020 ; ZUGAIB 2020.
  • 17. Encefalopati a hipertensiva Necrose hemorrágica periportal Repercussão sistêmica CUNNINGHAM et al., 2018. Hematoma hepático Edema vasogênico (“encefalopatia posterior reversível”) Hemorragia cerebral
  • 18. Repercussão sistêmica Alterações uteroplacentárias Insuficiência placentária ❖ RCIU ❖ Oligoâmnio DPP Hipertonia uterina Hipercontratilidade ZUGAIB, 2020.
  • 20. Pré-Eclâmpsia Proteinúria ≥ 300 mg/24h ou Proteinúria/creatinúria em amostra isolada ≥ 0,3 ou Proteinúria 1+ em fita reagente OU PAS ≥ 140 mmHg ou PAD ≥ x 90 mmHg ZUGAIB, 2020. Disfunção de órgão-alvo (pré-eclâmpsia grave)
  • 21. Pré-Eclâmpsia - Critérios de gravidade PAs ≥ 160 mmHg ou PAD ≥ 110 mmHg Creatinina sérica > 1,1 mg/dl ou aumento em 2x Plaquetopenia < 100.000 mm³ AST ou ALT > 70 UI/L Oligúria < 500 ml/24h Edema pulmonar ou cianose ZUGAIB, 2020.
  • 22. Pré-Eclâmpsia - Critérios de gravidade ● Disfunção do SNC ○ 60-70%: cefaleia persistente occipital, frontal ou difusa ○ 20-30%: distúrbios visuais: escotomas, turvação, diplopia, fotofobia, amaurose ○ hiperreflexia com aumento da área reflexógena ● Epigastralgia ou dor em hipocôndrio direito (25%) - distensão da cápsula hepática Eclâmpsia MONTENEGRO; REZENDE FILHO, 2014. Sintomas de iminência de eclâmpsia
  • 23. Pré-Eclâmpsia - Critérios de gravidade ● Hemólise ○ Esquizócitos ○ BT > 1,2 ○ DHL > 600 ● Elevated de enzimas hepáticas ○ AST > 70 ● Plaquetopenia ○ < 100.000 plaquetas/mm³ Síndrome HELLP - anemia hemolítica microangiopática HAS e proteinúria podem não estar presentes! CUNNINGHAM et al., 2018 ; ZUGAIB, 2020. Complicações: IRA (38%) / CIVD / DPP (6%) / ruptura hepática (3%)
  • 25. Pré-Eclâmpsia - Critérios de internação ❖ Ao diagnóstico ❖ Necessidade de doses crescentes de anti-hipertensivos ❖ Alteração da vitalidade fetal ❖ Aumento significativo da proteinúria ❖ Suspeita de lesão de órgão-alvo ❖ Sinais de gravidade CUNNINGHAM et al., 2018.
  • 26. Pré-eclâmpsia - Exames Laboratoriais Anti-hipertensivos meta: PAS 110 - 140 mmHg e PAD 80-85 mmHg Protocolo de Pré-eclâmpsia Hemograma Ureia Creatinina Pesquisa de esquizócitos AST/ALT Bilirrubinas totais e frações DHL Ácido úrico Urina 1 Proteinúria 24h ou proteina/creatinina em amostra isolada
  • 27. Pré-eclâmpsia sem sinais de gravidade - Manejo Anti-hipertensivos meta: PAS 110 - 140 mmHg e PAD 80-85 mmHg Outras opções: ❖ Anlodipino/Nifedipino ❖ Metoprolol/Carvedilol SOCIEDADE BRASILEIRA DE CARDIOLOGIA, 2020 ; ZUGAIB, 2020. 1ª escolha: Metildopa 250 mg VO 12/12h (dose máxima 3 g/dia)
  • 28. Avaliação da vitalidade fetal Crescimento fetal AFU semanal USG obstétrica mensal Função placentária dopplervelocimetria de a. umbilicais semanal Resposta hemodinâmica fetal se alteração no doppler de umbilicais avaliação da resposta fetal à hipóxia - doppler de ACM e ducto venoso Perfil biofísico fetal semanal Pré-eclâmpsia sem sinais de gravidade - Manejo ZUGAIB, 2020.
  • 29. Eclâmpsia / Pré-Eclâmpsia com sinais de gravidade - Manejo 1. Medidas gerais ❖ Decúbito lateral esquerdo ❖ O2 sob máscara ❖ Acesso venoso ❖ Coleta de exames ❖ Monitorização ❖ Sonda vesical de demora 2. Sulfato de magnésio Zuspan Pritchard 3.Anti-hipertensivos 4.Vitalidade fetal ZUGAIB, 2020.
  • 30. Sulfato de magnésio - Esquema de Zuspan MgSO4 50% 10 ml + SG 5% 490 ml - infundir a 100 ml/hora em BIC ou MgSO4 10% 100 ml + SG 5% 400 ml - infundir a 100 ml/hora em BIC ATAQUE 4 g EV em 20 minutos MgSO4 50% 8 ml + 12 ml de água destilada ou MgSO4 10% 40 ml MANUTENÇÃO 1-2 g EV/hora ZUGAIB, 2020.
  • 31. Sulfato de magnésio - Esquema de Pritchard ATAQUE MgSO4 50% 4 g EV + MgSO4 50% 10 g IM (5 g em cada glúteo) MANUTENÇÃO MgSO4 50% 5 g IM de 4/4h ZUGAIB, 2020.
  • 33. Sulfato de magnésio - Cuidado com intoxicação
  • 34. Sulfato de magnésio - Cuidado com intoxicação MONITORAMENTO DA TOXICIDADE - SUSPENDER SE ❖ FR < 16 irpm ❖ Arreflexia patelar ❖ Diurese < 25 ml/h ou < 100 ml em 4h MANEJO DA INTOXICAÇÃO ❖ Suspender infusão de MgSO4 ❖ Administrar gluconato de cálcio a 10% 10 ml + água destilada 10 ml IV em 2 a 5 minutos MONTENEGRO; REZENDE FILHO, 2014.
  • 35. Eclâmpsia / Pré-eclâmpsia com sinais de gravidade - Anti-hipertensivos Se PA >= 160x110 mmHg - hidralazina 5 mg a cada 15 min IV (dose máxima 30 mg) Nifedipino VO de ação rápida é opção (sublingual é proscrito) SOCIEDADE BRASILEIRA DE CARDIOLOGIA, 2020. Cuidado ao pensar em nitroprussiato (risco intoxicação fetal por cianeto)
  • 36. O parto Quando interromper a gestação ? PRÉ-ECLÂMPSIA SEM SINAIS DE GRAVIDADE Manter até 37 - 40 semanas PRÉ-ECLÂMPSIA COM SINAIS DE GRAVIDADE Manter até 34 semanas (se possível) IP ducto venoso > 1,0 e < 1,5 Oligoâmnio (ILA entre 3 e 5) Iminência de eclâmpsia Mau controle pressórico Diástole reversa a. umbilical IP ducto venoso >= 1,5 PBF <= 6 mantido DIP II recorrentes Oligoâmnio grave (ILA < 3) ZUGAIB, 2020. Interrupção Imediata Interrupção Mediata (após corticoide antenatal)
  • 37. O parto Via de Parto Indicação obstétrica - não há contraindicação ao parto normal, desde que: ❖ Mãe estável clínica e laboratorialmente ❖ Feto com boa vitalidade
  • 39. Prevenção Medidas gerais AAS 75 - 150 mg 1x/dia Iniciar entre 12 e 16 semanas de IG Suspender após 36 semanas Cálcio 1,5 a 2 g/dia A partir de 12 semanas de IG Manter até o fim da gestação Indicado para todas as pacientes com fatores de risco. Indicado para pacientes com fatores de risco e baixa ingesta (< 600 mg/dia). SOCIEDADE BRASILEIRA DE CARDIOLOGIA, 2020 ; IVES et al., 2020.
  • 41. Resumo ❖ No Brasil, a pré-eclâmpsia incide em 10% das grávidas, principalmente primíparas, sendo a maior causa de mortalidade materna e perinatal. ❖ Na etiopatogenia sobressaem a placentação defeituosa e a disfunção endotelial. ❖ Não é sempre que a paciente irá apresentar sintomas - trata-se de doença lábil que pode evoluir sem prenúncio - importância de se rastrear medindo a PA em todas as consultas. ❖ A pré-eclâmpsia sem sinais de gravidade pode ser acompanhada em consultas semanais para avaliar as condições clinicolaboratoriais da mãe e a vitalidade fetal. ❖ O tratamento de pré-eclâmpsia grave/eclâmpsia é realizado pela sulfatação, hidralazina IV e interrupção da gravidez, após a estabilização
  • 42. Referências CUNNINGHAM, F Gary; LEVENO, Kenneth J.; BLOOM, Steven L. et al. Williams Obstetrics, 25th edition. McGraw Hill Education, 2018. p. 1086 EUSER, Anna G.; CIPOLLA, Marilyn J. Magnesium Sulfate for the Treatment of Eclampsia. Stroke, Vol. 40, Issue 4, April 2009. FIGO - International Federation of Gynecology and Obstetrics. FIGO releases new guidelines to combat Pre-Eclampsia. May 2019. Disponível em <https://www.figo.org/figo-releases-new- guidelines-combat-pre-eclampsia> Acesso em 07 nov 2021. IVES, Christopher W.; SINKEY, Rachel; RAJAPREYAR, Indranee et al. Preeclampsia - Pathophysiology and clinical presentations. Journal of The American College of Cardiology, Vol. 76, No. 14, May 8 2020. MONTENEGRO, Carlos Antonio Barbosa; REZENDE FILHO, Jorge de. Rezende Obstetrícia Fundamental. 13ª edição. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2014.
  • 43. Referências RAYMOND, Dahlia; PETERSON, Erika. A critical review of early-onset and late-onset preeclampsia. Obstetrical & Gynecological Survey, 66(8), pp. 497-506. August 2o11. SHANMUGALINGAM, Renuka; HENNESSY, Annemarie; MAKRIS, Angela. Aspirin in the prevention of preeclampsia: the conundrum of how, who and when. Journal of Human Hypertension, 19 sept 2018. SOCIEDADE BRASILEIRA DE CARDIOLOGIA. Posicionamento da Sociedade Brasileira de Cardiologia para Gravidez e Planejamento Familiar na Mulher Portadora de Cardiopatia. Arquivos Brasileiros de Cardiologia, Vol. 114, No. 5, Maio de 2020. WEI, Jun; LIU, Cai-Xia; GONG, Ting-Ting et al. Cigarette smoking during pregnancy and preeclampsia risk: a systematic review and meta-analysis of prospective studies. Oncotarget, v. 6(41), 2015 December 22. ZUGAIB, Marcelo. Zugaib Obstetrícia, 4ª edição. Barueri - SP: Manole, 2020.
  • 45. HOSPITAL DILSON GODINHO, 2017 Gestante hipertensa crônica. Gesta II Para I, teve pré-eclâmpsia grave com óbito fetal na gravidez anterior. Atualmente em uso de captopril 25 mg VO/dia, procura a unidade básica de saúde para iniciar o pré-natal. Encontra-se com 12 semanas de gravidez. A pressão arterial é de 120 x 80 mmHg. A conduta mais adequada é: A) Suspender captopril, controle da pressão arterial, iniciar aspirina 100 mg e carbonato de cálcio. B) Suspender captopril e iniciar alfametildopa 750 mg VO/dia. C) Manter captopril, controle da pressão arterial, iniciar aspirina 100 mg e carbonato de cálcio. D) Suspender captopril, iniciar alfametildopa 750 mg VO/dia e recomendar repouso rigoroso durante toda gravidez. E) Suspender captopril, associar alfametildopa e enoxaparina para prevenção de pré-eclâmpsia. 1.
  • 46. UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO PAULO, 2018 Primigesta, 35 anos de idade, gestação de 33 semanas e 2 dias, refere cefaleia e turvação visual. Exame físico: bom estado geral, eupneica, anictéria, PA 160 X 110 mmg, pulso 80 bpm, altura uterina 28 cm, BCF 160 bpm, colo uterino grosso, posterior e impérvio. Cardiotocografia anteparto com desacelerações tardias. Qual a conduta mais adequada? A) Corticoterapia, sulfato de magnésio e avaliação da vitalidade fetal B) Repouso, hiper-hidratação e reavaliação após 2 horas C) Corticoterapia e resolução da gestação D) Sulfato de magnésio e resolução da gestação E) Corticoterapia, controle da pressão arterial e avaliação da vitalidade fetal 2.
  • 47. SECRETARIA ESTADUAL DE SAÚDE - RIO DE JANEIRO - 2021 O conhecimento da fisiopatologia da pré-eclâmpsia é importante para o adequado entendimento da doença e para a proposta de medidas de predição e prevenção. Sobre os mecanismos propostos, é INCORRETO afirmar: A) é observado um importante aumento da relação entre fatores angiogênicos e fatores antiangiogênicos, com crescimento da ação dos primeiros e diminuição da produção dos segundos B) ocorre um processo de desregulação imunológica, com diminuição da tolerância imune materna aos antígenos fetais e placentários C) há aumento da ativação endotelial em resposta às alterações placentárias, com maior resposta inflamatória sistêmica D) não ocorrem, no leito placentário, as transformações das artérias espiraladas que mantêm sua camada musculoelástica 3.
  • 48. PROVA UNIFICADA DE SANTA CATARINA - 2012 R.T., 35 anos, GIII PII (vaginais), gestação de 37 semanas e 4 dias, é atendida na emergência obstétrica xom queixa de cefaleia, epigastralgia e escotomas. Ao exame, PA 160 x 110 mmHg, AU: 35 cm, dinâmica uterina ausente, colo longo, médio, pérvio 2 cm. Apresentação cefálica. Cardiotocografia feto ativo. A melhor conduta é: A) Internação, exames laboratoriais, sulfato de magnésio e indução do parto com ocitocina B) Internação, exames laboratoriais, cesariana imediata C) Internação, sulfato de magnésio e cesariana D) Internação, exames laboratoriais, sulfato de magnésio e indução do parto com misoprostol E) Internaçao, exames laboratoriais e somente após o resultado alterado dos exames, iniciar sulfato de magnésio 4.
  • 49. HOSPITAL PROFESSOR EDMUNDO VASCONCELOS, 2017 A melhor conduta para gestante de 35 anos de idade, primigesta e hipertensa crônica, em uso de metildopa 750 mg/dia, 31 semanas de gestação, com diagnóstico de centralização do fluxo fetal e cardiotocografia normal é: A) Cesariana imediata. B) Resolução por indução (misoprostol), porém com cardiotocografia contínua. C) Adequar a medicação anti-hipertensiva para observar se ocorre a melhora do Doppler. D) Administrar corticoide, acompanhamento com cardiotocografia e cesariana após 48h. E) Administrar corticoide, acompanhamento com cardiotocografia e Doppler. 5.
  • 50. SANTA CASA DE MISERICÓRDIA DE BELO HORIZONTE, 2018 Em relação às síndromes hipertensivas na gestação, é correto afirmar: A) A síndrome HELLP é sempre precedida pela hipertensão. B) Mulheres com pré-eclâmpsia prévia não têm risco aumentado de hipertensão gestacional em gravidez futura. C) A incidência do acidente vascular encefálico (AVE) não aumenta com o avanço da idade materna, porém o risco é maior em pacientes obesas e diabéticas. D) Se ocorrer o aumento de transaminase hepática (TGO > 70) após a 20a semana de gestação em pacientes com hipertensão arterial crônica, o diagnóstico provável é de pré-eclâmpsia sobreposta. 6.
  • 51. UNIVERSIDADE ESTADUAL DO PARA - SANTARÉM, 2018 As alterações morfológicas e funcionais do organismo da gestante com pré-eclampsia, têm como causa fundamental: A) redução da filtração glomerular. B) lesão endotelial difusa comprometendo a integridade do sistema vascular, associado ao vasoespasmo. C) diminuição do tromboxano A2. D) elevação das prostaciclinas. E) diminuição da reatividade vascular da gestante. 7.
  • 52. UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA MARIA, 2017 Em relação à pré-eclampsia é correto afirmar: A) Mulheres pré-eclâmpticas apresentam sensibilidade diminuída a angeotensina II, mesmo antes das manifestações clínicas. B) Observam-se pequenas alterações no débito cardíaco, sendo o aumento na pressão arterial dependente principalmente da elevação na resistência vascular periférica. C) A fisiopatologia vascular da pré-eclâmpsia não modifica as alterações fisiológicas próprias da gravidez normal. D) Não existem evidências morfológicas e/ou bioquímicas de que a pré-eclâmpsia é precedida e/ou acompanhada por dano endotelial. E) A lesão renal da pré-eclâmpsia pode ser responsável pelo aumento da filtração glomerular e do clearance de ácido úrico, o ultimo causando a característica hiperuricemia. 8.
  • 53. Gabarito oficial 1- A 2- D 3- A 4- D 5- E 6- D 7- B 8- B

Notas do Editor

  1. HAC: mulher que sabidamente já era hipertensa antes da gestação OU mulher em que voce identificou hipertensão antes de 20 semanas de IG. HG: se resolve após 12 semanas do parto; do contrário, provavelmente a mulher tinha HAC mas nao detectamos antes de 20s devido a redução fisiológica da PA. Pré-ecl superajuntada: Hipertensão prévia a gestação detectada antes da 20 semana oom proteinúria {previamente ausente) surgida após a 20 semana. Na presença de proteinúria prévia: • Elevação súbita e progressiva da pressão arterial • Elevação repentina, substancial e sustentada da proteinüria • Trombocitopenia < 100.000/mm3 • Elevação das enzimas hepáticas • Dor em hipocôndrio direito ou cefaleia intensa • Piora da função renal • Edema pulmonar Segundo os critérios utilizados, observa-se amplo espectro de formas clinicas: pré-clâmpsia leve, pré-eclãmpsia grave, iminência de eclâmpsia, eclâmpsia, síndrome HELLP e hipertensão arterial crônica com ou sem pré-eclâmpsia sobreposta. A pré-eclâmpsia leve pode progredir rapidamente para as formas mais graves sem necessariamente apresentar todos os critérios de gravidade. A vigilância cuidadosa durante a assistência pré-natal é fundamental para evicar a piora clfnica. Sintomas como cefaleia e distúrbios visuais podem antecipar o agravamenco da hipertensão arterial e o surgimento das convulsões. Na iminência de eclãmpsia, destacam-se cefaleia. dor epigástrica e alterações visuais. A sCndrome HELLP é uma pré·eclâmpsia grave ou edâmpsia com hem61ise. elevação de enzimas he· páticas e plaquetopenia. Da mesma maneira, a edâmpsia é consequência de uma pré-«lâmpsia grave e caracteriza ·se pelo aparecimento de crises convulsivas tonicoclônicas. Todas as formas descritas podem surgir na gestante com hipertensão arterial crônica. ou seja. com doença hipertensiva anterior à gravidez
  2. HAC: mulher que sabidamente já era hipertensa antes da gestação OU mulher em que voce identificou hipertensão antes de 20 semanas de IG. HG: se resolve após 12 semanas do parto; do contrário, provavelmente a mulher tinha HAC mas nao detectamos antes de 20s devido a redução fisiológica da PA. Pré-ecl superajuntada: Hipertensão prévia a gestação detectada antes da 20 semana oom proteinúria {previamente ausente) surgida após a 20 semana. Na presença de proteinúria prévia: • Elevação súbita e progressiva da pressão arterial • Elevação repentina, substancial e sustentada da proteinüria • Trombocitopenia < 100.000/mm3 • Elevação das enzimas hepáticas • Dor em hipocôndrio direito ou cefaleia intensa • Piora da função renal • Edema pulmonar Segundo os critérios utilizados, observa-se amplo espectro de formas clinicas: pré-clâmpsia leve, pré-eclãmpsia grave, iminência de eclâmpsia, eclâmpsia, síndrome HELLP e hipertensão arterial crônica com ou sem pré-eclâmpsia sobreposta. A pré-eclâmpsia leve pode progredir rapidamente para as formas mais graves sem necessariamente apresentar todos os critérios de gravidade. A vigilância cuidadosa durante a assistência pré-natal é fundamental para evicar a piora clfnica. Sintomas como cefaleia e distúrbios visuais podem antecipar o agravamenco da hipertensão arterial e o surgimento das convulsões. Na iminência de eclãmpsia, destacam-se cefaleia. dor epigástrica e alterações visuais. A sCndrome HELLP é uma pré·eclâmpsia grave ou edâmpsia com hem61ise. elevação de enzimas he· páticas e plaquetopenia. Da mesma maneira, a edâmpsia é consequência de uma pré-«lâmpsia grave e caracteriza ·se pelo aparecimento de crises convulsivas tonicoclônicas. Todas as formas descritas podem surgir na gestante com hipertensão arterial crônica. ou seja. com doença hipertensiva anterior à gravidez
  3. With the greatest morbidity and mortality, preeclampsia affects 5% to 7% of all pregnant women but is responsible for over 70 000 maternal deaths and 500 000 fetal deaths worldwide every year. In the United States, it is a leading cause of maternal death, severe maternal morbidity, maternal intensive care admissions, cesarean section, and prematurity.
  4. https://www.scielo.br/j/rbgo/a/y7nQvgTR59tPFyWfLBbYWpN/?format=pdf&lang=en
  5. paciente com LES e SAF geralmente desenvolve um PE mais precoce (< 34 semanas) e mais grave
  6. paciente com LES e SAF geralmente desenvolve um PE mais precoce (< 34 semanas) e mais grave
  7. https://www.ajog.org/action/showPdf?pii=S0002-9378%2820%2931196-0
  8. Variante gravíssima da PE com critérios de gravidade Evolução galopante (evolui MUITO rapido)
  9. https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC4791258/ https://www.ahajournals.org/doi/full/10.1161/CIRCRESAHA.118.313276 https://www.ahajournals.org/doi/10.1161/STROKEAHA.108.527788 https://scihub.yncjkj.com/10.1038/s41371-018-0113-7 https://www.jacc.org/doi/pdf/10.1016/j.jacc.2020.08.014
  10. https://www.cureus.com/articles/65999-efficacy-of-magnesium-sulfate-on-maternal-mortality-in-eclampsia http://publicacoes.cardiol.br/portal/abc/portugues/2020/v11405/pdf/edicao/152/ https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC4791258/ https://www.ahajournals.org/doi/full/10.1161/CIRCRESAHA.118.313276 https://www.ahajournals.org/doi/10.1161/STROKEAHA.108.527788 https://scihub.yncjkj.com/10.1038/s41371-018-0113-7 https://www.jacc.org/doi/pdf/10.1016/j.jacc.2020.08.014
  11. A
  12. D