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1CAPÍTULO
3
UNIDADE
Rafael e a Fornarina
(Jean-Auguste Dominique Ingres (óleo
sobre tela, 1814)
“ Significantes mudanças
históricas alteraram os rumos
da produção e recepção
artística a partir das últimas
décadas do século XVIII. Um
novo movimento, de grande
expressão na escultura, pintura
e arquitetura, recusou a arte
imediatamente anterior – o
Barroco e o Rococó - ,
associada ao excesso, à
desmedida e aos detalhes
ornamentais...”
Rafael e a Fornarina
(Jean-Auguste Dominique Ingres (óleo
sobre tela, 1814)
1.1
...em um movimento de reação ao
estilo barroco, o Neoclassicismo faz
uma retomada a cultura clássica,
tendo na Grécia e a Roma antiga,
suas principais referencias estéticas,
mas, ao mesmo tempo, sugerindo
que os princípios dos valores
clássicos, deveriam ser adaptadas a
realidade moderna. Desaparecem
quase por completo as cenas
religiosas, dando lugar as pinturas
históricas, aos temas do cotidiano e
da mitologia greco-romana.
Jacques-Louis David: Marat assassinado
(óleo sobre tela, 1793)
A pintura deste período, é descritiva e de forte realismo; nela, o traço é mais importante
que a cor. As cenas são harmoniosas e os elementos apresentam contornos bem
definidos, dispostos em planos equilibrados.
La herencia clásica
Jacques-Louis David (óleo
sobre tela, 1780)
...criador de pinturas que retratam,
com exaltação, o dever cívico, m um
vibrante realismo. Foi o pintor
oficial da corte, e os quadros de
Napoleão destacam-se entre suas
obras.
Jacques-Louis David foi um pintor
francês, o mais característico
representante do neoclassicismo.
Controlou durante anos a atividade
artística francesa, sendo o pintor oficial
da corte francesa e de Napoleão
Bonaparte
Napoleão atravessando os Alpes, de
Jacques-Louis David (óleo sobre tela,
1901)
Coroação de Napoleão, de Jacques-Louis
David (óleo sobre tela, 1808)
Retrato de Amelia van Buren, de Jacques-Louis David
(óleo sobre tela, 1808)
...suas obras traziam contornos
nítidos e formas puras, seus
principais temas foram as
composições mitológicas, os nus,
retratos e paisagens.
Jean-Auguste Dominique Ingres,
mais conhecido simplesmente por
Ingres, foi um celebrado pintor e
desenhista francês, atuando na
passagem do neoclassicismo para o
romantismo
Retrato da Princesa de Broglie –
Jean-Auguste Dominique Ingres – óleo sobre tela 1853
O Estudo do Nu –
Jean-Auguste Dominique Ingres – óleo sobre
tela 1801.
O Banho Turco –
Jean-Auguste Dominique Ingres – óleo sobre
tela 1862.
“...surgidos praticamente ao mesmo tempo, o
Neoclassicismo e o Romantismo trouxeram
ao campo das artes plásticas, respostas a uma
necessidade comum: o desejo de mudança e
vontade de construir uma nova sociedade,
fundada em valores sólidos. Os temas das
representações, que eram
predominantemente religiosos até aquele
momento, assumem uma inspiração profana
seguida por uma proposta cada vez mais
independente dos artistas, sobretudo a partir
do inicio do séc.XIX.”
Napoleão entronizado–
Jean-Auguste Dominique Ingres – óleo sobre tela 1806.
A arquitetura neoclássica,
buscou inspiração na
Antiguidade clássica, com
fachadas sóbrias, sustentadas
por colunas dóricas e jônicas. O
Arco do Triunfo em Paris,
construído em comemoração as
vitórias militares de Napoleão
Bonaparte e inspirado nos
antigos arcos do Triunfo
romanos, nos serve de exemplo.
Também se destaca o
Panteão Francês, cuja
arquitetura remete ao
antigo templo romano.
Retratos, temas históricos
e mitológicos inspiraram
também a escultura
neoclássica. O maior
representante do período
foi o italiano Antonio
Canova, que, inspirado na
estatuaria antiga, criou
divindade, heróis e
heroínas inspirados na
mitologia grega, bem
como personagens
históricos.
Perseus – Antonio Cananova (1804-06)
Antonio Canova (1757 – 1822) foi
um desenhista, pintor, antiquário
e arquiteto italiano, mas é mais
lembrado como escultor,
desenvolvendo uma carreira
longa e produtiva. Seu estilo foi
fortemente inspirado na arte da
Grécia Antiga.
Madalena Penitente – Antonio Cananova
(1804-06)
2.1
Coroação de D.Pedro I – Jean-Baptiste Debret (litografia – 1818)
Em 1816 chegou ao Brasil a Missão Artística
Francesa, a convite de D. João VI, com objetivo
de fundar e dirigir no Rio de Janeiro uma
Escola de Artes e Ofícios, formando a primeira
geração de artistas brasileiros e retratando a
história e a politica do ponto de vista oficial,
encomendado pela nobreza. Eram pintores,
desenhistas e escultores que seguiam o estilo
neoclássico, com destaque para Jean-Baptiste
Debret, que reuniu seus trabalhos no livro
“Viagem pitoresca e histórica do Brasil”.
Em 1826 foi fundada a Academia Imperial de Belas-
Artes, atraído outros pintores estrangeiros, como
Auguste-Marie Taunay e Johann Moritz Rugendas
(1). Na arquitetura, Grandjean de Montigny (2)
destacou-se pelo projeto da Pontificia Universidade
Católica, no Rio de Janeiro, que adaptou estética
neoclássica ao clima tropical.
Os pintores brasileiros desse período são Manuel
de Araujo Porto Alegre (3), Rafael Mendes
Carvalho, Victor Meirelles (4) (entre outros).
(1)
(2) (3) (4)
Batalha de Guararapes – Victor Meirelles (óleo sobre tela, 1879)
A principal característica das obras de Victor Meirelles é a organização equilibrada do
conjunto, anulando o efeito do drama, como na obra acima.
“...os primeiros passos do
neoclassicismo no Brasil, deu-se pela
presença do arquiteto italiano Giuseppe
Antônio Landi em Belém, por meados
do séc. XVIII.
Porém, como dito anteriormente, ela
somente se consolida em terras
brasilienses em 1816, com a Missão
Artística Francesa, que importa da
Europa artistas dos quais atuam de
forma fundamental para inserir a nova
cultura visual no pais. Portanto, numa
visão geral, podemos considerar o
Neoclassicismo como o estilo do Império
brasileiro, assim como o Barroco esta
associado a experiência colonial, razão
da qual o torna extremamente avaliado
de forma critica pelos artistas adeptos
deste novo período.”
Igreja da Candelária – Rio de Janeiro
Catedral de Belém - Pará
“ Jean-Baptiste Debret, francês que veio com a
Missão, estudo em Paris, foi aluno de Jacques-Louis
David, onde aprendeu o Neoclassicismo em sua
origem. Tornou-se pintor oficial da corte nestas
terras, dedicou-se a pintura histórica e a realização
de cenários para as grandes celebrações da
monarquia. Foi responsável pela introdução do
estilo na Academia Imperial de Belas Artes do Rio
de Janeiro, inaugurada em 1826, criando um
sistema onde alunos e professores pudessem expor
seus trabalhos, difundindo o gosto artístico daquele
publico, ainda reduzido da corte.
Porém vale destacar que o cenário artístico desde
período no Brasil era retraído e desprovido de um
sistema que desse sustentação a estes artistas,
sendo considerado um local de experimentação e
adaptação.
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Loja de barbeiros - 1821
“ Nicolas-Antoine Taunay, experiente artista
francês, trabalhou para Napoleão, era pintor
de paisagens. No Brasil, este dedicou-se a
pintar paisagens que misturavam elementos
locais com formulas trazidas da Europa,
cenas urbanas instaurando um novo gênero
de paisagem no país, cenas histórias e
retratos da nascente elite local, exímio
pintor miniaturista...
...dizia ainda que a paisagem brasileira era
inspiradora e sua natureza estava próxima
dos ideais antigos, o que fazia creditar que o
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O teatro da loucura
Paisagem com ponte
Palácio Itamaraty –
Rio de Janeiro
“ Entre os artistas da Missão Francesa,
estava o arquiteto GrandJean de Montigny ,
responsável por introduzir o ensino formal a
arquitetura a Academia de Belas Artes e
grande responsável pela afirmação do
Neoclássico como estilo oficial da corte no
Rio de Janeiro.
Projetou o primeiro edifício da Academia de
Belas Artes, prédio que fora demolido em
1938, restando somente o frontão de
entrada, que fora reinstalado no Jardim
Botânico (RJ). Seus projetos caracterizam
pela simetria e regularidade geométrica,
bem como pelo emprego de elementos
clássicos, como colunas e frontões.
A linguagem arquitetônica Neoclássica, fora amplamente adotada durante o séc. XIX,
principalmente em edifícios oficiais, tendo como exemplo o Palacio do Itamaraty, que vimos
anteriormente e que apresentam a simetria e regularidade imposta pelo movimento.
Edificios ainda existentes: Casa França-Brasil , a residência particular de Grandjean (erguida
entre 1819 e 1828).
Casa França-Brasil – Rio de Janeiro (área central) – Hoje um dos mais importantes espaços culturais deste estado.
Residência particular de Grandjean di Montigny

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  • 1. 1CAPÍTULO 3 UNIDADE Rafael e a Fornarina (Jean-Auguste Dominique Ingres (óleo sobre tela, 1814)
  • 2. “ Significantes mudanças históricas alteraram os rumos da produção e recepção artística a partir das últimas décadas do século XVIII. Um novo movimento, de grande expressão na escultura, pintura e arquitetura, recusou a arte imediatamente anterior – o Barroco e o Rococó - , associada ao excesso, à desmedida e aos detalhes ornamentais...” Rafael e a Fornarina (Jean-Auguste Dominique Ingres (óleo sobre tela, 1814)
  • 3. 1.1 ...em um movimento de reação ao estilo barroco, o Neoclassicismo faz uma retomada a cultura clássica, tendo na Grécia e a Roma antiga, suas principais referencias estéticas, mas, ao mesmo tempo, sugerindo que os princípios dos valores clássicos, deveriam ser adaptadas a realidade moderna. Desaparecem quase por completo as cenas religiosas, dando lugar as pinturas históricas, aos temas do cotidiano e da mitologia greco-romana. Jacques-Louis David: Marat assassinado (óleo sobre tela, 1793)
  • 4. A pintura deste período, é descritiva e de forte realismo; nela, o traço é mais importante que a cor. As cenas são harmoniosas e os elementos apresentam contornos bem definidos, dispostos em planos equilibrados. La herencia clásica Jacques-Louis David (óleo sobre tela, 1780)
  • 5. ...criador de pinturas que retratam, com exaltação, o dever cívico, m um vibrante realismo. Foi o pintor oficial da corte, e os quadros de Napoleão destacam-se entre suas obras. Jacques-Louis David foi um pintor francês, o mais característico representante do neoclassicismo. Controlou durante anos a atividade artística francesa, sendo o pintor oficial da corte francesa e de Napoleão Bonaparte
  • 6. Napoleão atravessando os Alpes, de Jacques-Louis David (óleo sobre tela, 1901)
  • 7. Coroação de Napoleão, de Jacques-Louis David (óleo sobre tela, 1808)
  • 8. Retrato de Amelia van Buren, de Jacques-Louis David (óleo sobre tela, 1808)
  • 9. ...suas obras traziam contornos nítidos e formas puras, seus principais temas foram as composições mitológicas, os nus, retratos e paisagens. Jean-Auguste Dominique Ingres, mais conhecido simplesmente por Ingres, foi um celebrado pintor e desenhista francês, atuando na passagem do neoclassicismo para o romantismo
  • 10. Retrato da Princesa de Broglie – Jean-Auguste Dominique Ingres – óleo sobre tela 1853
  • 11. O Estudo do Nu – Jean-Auguste Dominique Ingres – óleo sobre tela 1801.
  • 12. O Banho Turco – Jean-Auguste Dominique Ingres – óleo sobre tela 1862.
  • 13. “...surgidos praticamente ao mesmo tempo, o Neoclassicismo e o Romantismo trouxeram ao campo das artes plásticas, respostas a uma necessidade comum: o desejo de mudança e vontade de construir uma nova sociedade, fundada em valores sólidos. Os temas das representações, que eram predominantemente religiosos até aquele momento, assumem uma inspiração profana seguida por uma proposta cada vez mais independente dos artistas, sobretudo a partir do inicio do séc.XIX.” Napoleão entronizado– Jean-Auguste Dominique Ingres – óleo sobre tela 1806.
  • 14. A arquitetura neoclássica, buscou inspiração na Antiguidade clássica, com fachadas sóbrias, sustentadas por colunas dóricas e jônicas. O Arco do Triunfo em Paris, construído em comemoração as vitórias militares de Napoleão Bonaparte e inspirado nos antigos arcos do Triunfo romanos, nos serve de exemplo.
  • 15. Também se destaca o Panteão Francês, cuja arquitetura remete ao antigo templo romano.
  • 16. Retratos, temas históricos e mitológicos inspiraram também a escultura neoclássica. O maior representante do período foi o italiano Antonio Canova, que, inspirado na estatuaria antiga, criou divindade, heróis e heroínas inspirados na mitologia grega, bem como personagens históricos. Perseus – Antonio Cananova (1804-06)
  • 17. Antonio Canova (1757 – 1822) foi um desenhista, pintor, antiquário e arquiteto italiano, mas é mais lembrado como escultor, desenvolvendo uma carreira longa e produtiva. Seu estilo foi fortemente inspirado na arte da Grécia Antiga.
  • 18. Madalena Penitente – Antonio Cananova (1804-06)
  • 19. 2.1 Coroação de D.Pedro I – Jean-Baptiste Debret (litografia – 1818)
  • 20. Em 1816 chegou ao Brasil a Missão Artística Francesa, a convite de D. João VI, com objetivo de fundar e dirigir no Rio de Janeiro uma Escola de Artes e Ofícios, formando a primeira geração de artistas brasileiros e retratando a história e a politica do ponto de vista oficial, encomendado pela nobreza. Eram pintores, desenhistas e escultores que seguiam o estilo neoclássico, com destaque para Jean-Baptiste Debret, que reuniu seus trabalhos no livro “Viagem pitoresca e histórica do Brasil”.
  • 21. Em 1826 foi fundada a Academia Imperial de Belas- Artes, atraído outros pintores estrangeiros, como Auguste-Marie Taunay e Johann Moritz Rugendas (1). Na arquitetura, Grandjean de Montigny (2) destacou-se pelo projeto da Pontificia Universidade Católica, no Rio de Janeiro, que adaptou estética neoclássica ao clima tropical. Os pintores brasileiros desse período são Manuel de Araujo Porto Alegre (3), Rafael Mendes Carvalho, Victor Meirelles (4) (entre outros). (1) (2) (3) (4)
  • 22. Batalha de Guararapes – Victor Meirelles (óleo sobre tela, 1879) A principal característica das obras de Victor Meirelles é a organização equilibrada do conjunto, anulando o efeito do drama, como na obra acima.
  • 23. “...os primeiros passos do neoclassicismo no Brasil, deu-se pela presença do arquiteto italiano Giuseppe Antônio Landi em Belém, por meados do séc. XVIII. Porém, como dito anteriormente, ela somente se consolida em terras brasilienses em 1816, com a Missão Artística Francesa, que importa da Europa artistas dos quais atuam de forma fundamental para inserir a nova cultura visual no pais. Portanto, numa visão geral, podemos considerar o Neoclassicismo como o estilo do Império brasileiro, assim como o Barroco esta associado a experiência colonial, razão da qual o torna extremamente avaliado de forma critica pelos artistas adeptos deste novo período.”
  • 24. Igreja da Candelária – Rio de Janeiro
  • 26. “ Jean-Baptiste Debret, francês que veio com a Missão, estudo em Paris, foi aluno de Jacques-Louis David, onde aprendeu o Neoclassicismo em sua origem. Tornou-se pintor oficial da corte nestas terras, dedicou-se a pintura histórica e a realização de cenários para as grandes celebrações da monarquia. Foi responsável pela introdução do estilo na Academia Imperial de Belas Artes do Rio de Janeiro, inaugurada em 1826, criando um sistema onde alunos e professores pudessem expor seus trabalhos, difundindo o gosto artístico daquele publico, ainda reduzido da corte. Porém vale destacar que o cenário artístico desde período no Brasil era retraído e desprovido de um sistema que desse sustentação a estes artistas, sendo considerado um local de experimentação e adaptação.
  • 29. “ Nicolas-Antoine Taunay, experiente artista francês, trabalhou para Napoleão, era pintor de paisagens. No Brasil, este dedicou-se a pintar paisagens que misturavam elementos locais com formulas trazidas da Europa, cenas urbanas instaurando um novo gênero de paisagem no país, cenas histórias e retratos da nascente elite local, exímio pintor miniaturista... ...dizia ainda que a paisagem brasileira era inspiradora e sua natureza estava próxima dos ideais antigos, o que fazia creditar que o país poderia alcançar o progresso tão propagado pelos iluministas.
  • 30. Vista do Rio de Janeiro, tomada pela Ilha das Cobras
  • 31. O teatro da loucura
  • 34. “ Entre os artistas da Missão Francesa, estava o arquiteto GrandJean de Montigny , responsável por introduzir o ensino formal a arquitetura a Academia de Belas Artes e grande responsável pela afirmação do Neoclássico como estilo oficial da corte no Rio de Janeiro. Projetou o primeiro edifício da Academia de Belas Artes, prédio que fora demolido em 1938, restando somente o frontão de entrada, que fora reinstalado no Jardim Botânico (RJ). Seus projetos caracterizam pela simetria e regularidade geométrica, bem como pelo emprego de elementos clássicos, como colunas e frontões. A linguagem arquitetônica Neoclássica, fora amplamente adotada durante o séc. XIX, principalmente em edifícios oficiais, tendo como exemplo o Palacio do Itamaraty, que vimos anteriormente e que apresentam a simetria e regularidade imposta pelo movimento. Edificios ainda existentes: Casa França-Brasil , a residência particular de Grandjean (erguida entre 1819 e 1828).
  • 35. Casa França-Brasil – Rio de Janeiro (área central) – Hoje um dos mais importantes espaços culturais deste estado.
  • 36. Residência particular de Grandjean di Montigny