SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 196
Baixar para ler offline
Saneamento do meio
Saneamento básico
64
Por que discutir saneamento básico?
Importância
65
Porque o abastecimento de água potável, o
esgoto sanitário, a limpeza urbana, o manejo de
resíduos sólidos, o controle dos meios
transmissores de doenças e a drenagem de
águas pluviais são necessários para a saúde e a
dignidade de vida.
Importância
66
O acesso à água potável e ao esgoto sanitário:
- erradicação da pobreza e da fome,
- erradicação da mortalidade infantil;
-sustentabilidade ambiental.
Saúde Pública e Melhoria da
Qualidade de Vida
67
Promoção da Saúde e Prevenção e Controle de
Doenças
Bem estar físico;
Prevenção e redução de doenças relacionadas à
carência de saneamento.
68
Direito Humano
Reconhecimento - Assembleia Geral da ONU (2013);
O acesso à água e ao saneamento é necessário para a
realização de alguns direitos humanos, incluindo: o
direito à moradia adequada.
Benefícios Econômicos na Saúde
Redução de Custos com Internações e gastos com
medicamentos;
Redução de dias ausentes no trabalho.
Proteção e Preservação Ambiental
69
Disponibilidade Hídrica (Brasil)
12% da disponibilidade hídrica global;
Má distribuição territorial dos recursos hídricos;
80,8% da disponibilidade hídrica na Região
Hidrográfica Amazônica;
Escassez hídrica – quantidade.
70
Degradação dos Corpos Hídricos
(Brasil)
61% do esgoto doméstico gerado não é tratado;
15,6 bilhões de litros de esgoto doméstico (6000
piscinas olímpicas) são lançados, diariamente, sem
tratamento, no solo e nos corpos hídricos;
 Escassez hídrica relacionada com a qualidade.
Importância Econômica
71
Adequada infraestrutura de saneamento básico
(atividade industrial, setor de serviços);
A prestação dos serviços e a execução de obras e
serviços tem alto potencial de geração de emprego e
renda.
72
Geração de Emprego e Renda
 Envolve 10 setores da atividade industrial;
 R$ 1,0 bilhão no investimento de saneamento sobre o
valor bruto da produção da economia gera um efeito
total de R$ 3,1 bilhões
Fonte: Documento “Saneamento: Oportunidade e ações para a universalização “ Confederação Nacional da Indústria
(CNI)
Setor de Turismo
 Universalização do Saneamento - crescimento anual
de R$ 1,9 bilhão no PIB do setor de turismo
(Instituto Trata Brasil/FGV)
Fonte: Benefícios econômicos da expansão do saneamento brasileiro – FGV/Instituto Trata Brasil
73
Valorização de Imóveis
 Rede coletora de esgoto - valorização média
de 18% dos imóveis (Instituto Trata
Brasil/FGV)
Fonte: Benefícios econômicos da expansão do saneamento brasileiro – FGV/Instituto Trata Brasil
 Lei nº 11.445/2007, considera-se saneamento
básico o conjunto de serviços, infraestruturas e
instalações operacionais de:
a) abastecimento de água potável;
b) esgotamento sanitário;
c) limpeza urbana e manejo de resíduos
sólidos;
d) drenagem e manejo das águas pluviais
urbanas.
Saneamento Básico
 Uma em cada três pessoas, ou 2,4
bilhões de cidadãos do planeta,
não possuem saneamento básico,
incluindo 946 milhões de pessoas
que defecam ao ar livre;
 A falta de progresso no
saneamento ameaça enfraquecer
a sobrevivência infantil e os
benefícios para a saúde, ambos
conquistados pelo melhor acesso à
água potável.
Fonte: UNICEF e OMS
Dados Internacionais
 Acesso à água potável: média nacional de 82,5% da
população;
 Atendimento da população com coleta de esgotos:
48,6%
 Há cerca de 3 milhões de pessoas sem serviço de
coleta regular de resíduos;
 Brasil - 5º maior gerador de resíduos sólidos do
mundo. São mais de 76 milhões de toneladas por ano.
Fonte: SNIS 2013 e 2011
Dados Nacionais
O Setor de Saneamento: Aspectos
Constitucionais e Legais
O Setor de Saneamento: Aspectos Constitucionais e
Legais
Constitucionais
Titularidade dos Municípios
 Entendimento histórico de que a
titularidade dos serviços de
saneamento é dos Municípios
 Considerados serviços de
interesse local
Conflito Federativo pela
Titularidade
 Disputa entre Estados e Municípios
pela titularidade dos serviços nas
Regiões Metropolitanas
 O Governo Federal tem atuação limitada no setor de saneamento: não é o
titular da prestação dos serviços
 A União não é o Ente Federado responsável direto pelo planejamento e
prestação dos serviços
Complexas Relações Federativas
 Relações de cooperação e de conflito entre os Entes Federativos
 Aspectos de competência comum entre os Entes Federativos
“Art. 23. É competência comum da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios:
............................................................................................................................
IX - promover programas de construção de moradias e a melhoria das condições habitacionais e
de saneamento básico;
...........................................................................................................................”
O Setor de Saneamento: Aspectos Constitucionais e
Legais
Legais
 A Lei nº 11.445, de 05 de Janeiro de 2007, instituiu das Diretrizes
Nacionais para o Saneamento Básico e da Política Federal de Saneamento
Básico
Conceito de Saneamento Básico
 Abastecimento de Água
 Esgotamento Sanitário
 Limpeza Urbana e Manejo de Resíduos
Sólidos Urbanos
 Drenagem Urbana e Manejo de Águas
Pluviais
Regulação da Prestação dos Serviços
 Obrigatória
 Responsabilidade do titular dos serviços
 Possibilidade de delegação para
outro órgão e entidade de outro
Ente Público, localizado no limite
territorial do Estado
Planejamento
 Obrigatoriedade do titular dos serviços
de definir uma política de saneamento
básico e elaborar seu respectivo plano de
saneamento básico
 Plano Nacional de Saneamento Básico
(PLANSAB)
Relação Contratual
 Obrigatoriedade de contrato de prestação
de serviços entre titular e prestadores
(contrato de concessão, contrato de
programa)
 Contrato de prestação de serviços entre
prestadores
Cooperação Federativa
 Possibilidade da Gestão Associada:
Convênios de Cooperação Federativa e
Consórcios Públicos
Controle Social
 Instrumentos de participação da sociedade
civil nos processos decisórios
 Transparência e publicidade das ações
O Plano Nacional de Saneamento
Básico (PLANSAB)
O Plano Nacional de Saneamento Básico (PLANSAB)
Aspectos Gerais
Previsto em Lei
 Lei nº 11.445/2007 - Diretrizes
Nacionais para o Saneamento Básico
Aprovado em 2013
 Decreto nº 8.141, 20 de novembro de
2013
 Portaria Interministerial nº 571, de 05
de dezembro de 2013
Plano Estratégico
 Visão técnico-política
 Não somente um plano de
investimento
Horizonte de 20 anos
 Período 2014-2033
 Revisão a cada 4 anos
 Avaliação anual
Metas
 Curto Prazo (2018)
 Médio Prazo (2023)
 Longo Prazo (2033)
Plano Nacional
 Desafios e responsabilidades para todos
os Entes de Governo, A Sociedade Civil e
a Iniciativa Privada
O Plano Nacional de Saneamento Básico (PLANSAB)
Indicador Ano Meta (%)
% de domicílios urbanos e rurais abastecidos
por rede de distribuição e por poço ou
nascente com canalização interna
2018 93
2023 95
2033 99
% de domicílios urbanos abastecidos por rede
de distribuição e por poço ou nascente com
canalização interna
2018 99
2023 100
2033 100
Metas - Abastecimento de Água
Plano Nacional de Saneamento Básico (PLANSAB) - Metas para
Abastecimento de Água. Brasil 2014-2033
Fonte: Plano Nacional de Saneamento Básico (PLANSAB).
 A Meta é Universalizar o abastecimento de água
junto aos domicílios urbanos até 2023
Metas – Esgotamento Sanitário
Indicador Ano Meta (%)
% de domicílios urbanos e rurais servidos por rede
coletora ou fossa séptica para os excretas ou esgotos
sanitários
2018 76
2023 81
2033 92
% de domicílios urbanos servidos por rede coletora ou
fossa séptica para os excretas ou esgotos sanitários
2018 82
2023 85
2033 93
% de tratamento do esgoto coletado
2018 69
2023 77
2033 93
Plano Nacional de Saneamento Básico (PLANSAB) - Metas para
Esgotamento Sanitário. Brasil 2014-2033
Fonte: Plano Nacional de Saneamento Básico (PLANSAB).
 A Meta é elevar o tratamento em relação ao
volume total de esgoto gerado de 39% para
86% até o ano de 2033
Necessidade de Investimentos
Fonte: Plano Nacional de Saneamento Básico (PLANSAB).
Gestão: parte dos investimentos em medidas estruturantes comum aos 4 componentes (planos e projetos; capacitação e assistência técnica; desenvolvimento
científico e tecnológico; adaptações às mudanças climáticas; contingências e emergências; etc.)
 O Setor terá que investir uma média anual, a valores presentes, de R$ 25,4
bilhões em abastecimento de água e esgotamento sanitário nos próximos 20
anos
0
100,000
200,000
300,000
400,000
500,000
600,000
Total Água Esgoto RSU Drenagem Gestão
508,452
122,149
181,893
23,361
68,705
112,345
R$ Bilhões
Panorama da Prestação dos Serviços de Água e Esgoto
Evolução da Cobertura dos Serviços - Abastecimento de Água
0
10
20
30
40
50
60
70
80
90
100
1970 1980 1991 2000 2010
54.4
76.1
87.8
89.8
91.9
32.8
54.9
70.7
77.8
82.9
Urbano
Total
Fonte: IBGE – Censo Demográfico 1970, 1980, 1991, 2000 e 2010
Evolução da Cobertura por rede de distribuição de água, domicílios
urbanos e domicílios totais. Brasil, 1970 a 2010
 13,8 milhões de pessoas residentes em áreas urbanas ainda não contam com rede de
distribuição de água
 ¼ dos sistemas de abastecimento de água apresentam problemas de intermitência
% de Atendimento
Evolução da Cobertura dos Serviços
Abastecimento de Água
Fonte: IBGE – Pesquisa Nacional de Amostra de Domicílios - PNAD
 No ritmo atual a meta de universalização dos serviços de
rede de distribuição junto aos domicílios urbanos não será
alcançada 2023
Percentual de Domicílios Urbanos atendidos por rede geral de distribuição de água por ano
92,5 92,5
93,2 93,2
93,3
93,6
93,2
93,9
93,8
91.5%
92.0%
92.5%
93.0%
93.5%
94.0%
94.5%
2004 2005 2006 2007 2008 2009 2011 2012 2013
Percentual de domicilios urbanos atendidos com rede geral de abastecimento de água
Evolução da Cobertura dos Serviços – Esgotamento
Sanitário
Fonte: IBGE – Censo Demográfico 1970, 1980, 1991, 2000 e 2010
Evolução da Cobertura por coletora de esgoto, domicílios urbanos e
domicílios totais. Brasil, 1970 a 2010
 60,9 milhões de pessoas residentes em áreas urbanas ainda não contam com
rede coletora de esgoto
0.0
10.0
20.0
30.0
40.0
50.0
60.0
70.0
1970 1980 1991 2000 2010
22.3
38.7
44.6
56.0
64.1
13.2
27.7
35.3
47.2
55.5
Urbano
Total
%
Evolução da Cobertura dos Serviços
Esgotamento Sanitário
Fonte: IBGE – Pesquisa Nacional de Amostra de Domicílios - PNAD
 Meta 2033 – Atendimento de 93% dos domicílios urbanos
 No ritmo atual a meta não será alcançada
Percentual de Domicílios Urbanos atendidos por rede coletora de esgoto por ano
56,1 56,3 56,4 59,5 61,0 61,0 63,1 65,6 67,1
0.0%
10.0%
20.0%
30.0%
40.0%
50.0%
60.0%
70.0%
80.0%
90.0%
100.0%
2004 2005 2006 2007 2008 2009 2011 2012 2013
Percentual de domicilios urbanos atendidos com rede coletora de esgotos
Evolução da Cobertura dos Serviços - Esgotamento
Sanitário
Fonte: IBGE – Pesquisa Nacional de Amostra de Domicílios - PNAD
 Ampliação dos Índices de Tratamento de Esgoto – maior desafio do setor
saneamento no Brasil
Percentuais de Esgoto Tratado sobre o Gerado e de Esgoto Tratado sobre o Coletado
no País, ano a ano
31.3
31.7
32.2
32.5
34.6
37.9
37.9
37.5
39.1
39.0
61.2
61.7
60.6
62.1
66.5
70.3
68.2
68.8
69.1
69.4
0
10
20
30
40
50
60
70
80
90
100
2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013
Percentual de Esgoto Tratado sobre o Gerado (%)
Percentual de Esgoto Tratado sobre o Coletado (%)
Metas 2033 (PLANSAB)
Tratamento
 93% sobre o coletado
 86% sobre o gerado
90
Saneamento Ambiental
Saúde, Saneamento e o Meio ambiente
 Organização Mundial de Saúde (OMS) - Conferência de Ottawa,
em 1986 - um dos mais importantes fatores determinantes da saúde
são as condições ambientais;
 Saúde: estado de completo bem-estar físico, mental e social;
 Saneamento:
- instrumento de promoção da saúde;
- superação dos entraves tecnológicos, políticos e
gerenciais para promover benefícios aos residentes em áreas rurais,
municípios e localidades de pequeno porte;
 Lei nº 6.938/81 – PNMA - ,“Meio ambiente é o conjunto de
condições, leis, influências e interações de ordem física, química e
biológica, que permite, abriga e rege a vida em todas as suas
formas”.
91
92
Saneamento Ambiental
Conjunto de ações socioeconômicas que têm por objetivo
alcançar Salubridade Ambiental.
- abastecimento de água potável;
- coleta e disposição sanitária de resíduos sólidos,
líquidos e gasosos;
- promoção sanitária de uso do solo;
- drenagem urbana;
- controle de doenças transmissíveis;
FINALIDADE
- proteger e melhorar as condições de vida nas áreas
urbana e rural.
93
Poluição do Meio Ambiente
 Interesse público em todas as partes do mundo;
 Crescimento econômico associado à exploração de recursos naturais;
 Implicações:
- aquecimento da temperatura da Terra;
- perda da biodiversidade;
- destruição da camada de ozônio;
- contaminação ou exploração dos oceanos;
- escassez e poluição das águas;
- superpopulação mundial;
- baixa qualidade da moradia;
- ausência de saneamento básico;
- degradação dos solos agricultáveis;
- destinação dos resíduos (lixo).
94
Sistemas Ambientais
 Água:
- Considerações gerais;
- Ciclo hidrológico;
- Distribuição geográfica da água;
- Utilização da água e as exigências de qualidade;
- Processos de poluição da água;
- Controle da poluição da água.
 Ar:
- Considerações gerais;
- Processos de poluição do ar;
- Controle da poluição do ar.
 Solo:
- Considerações gerais;
- Processos de poluição do solo;
- Controle da poluição do solo.
95
Educação Ambiental
“Educação Ambiental para uma sustentabilidade
equitativa é um processo de aprendizagem permanente,
baseado no respeito a todas as formas de vida”
O que é educação ambiental?
O que buscamos?
Por que é importante?
Como conseguir?
O que fazer?
Saneamento é o conjunto de medidas que visa
preservar ou modificar as condições do meio ambiente
com a finalidade de prevenir doenças e promover a saúde,
melhorar a qualidade de vida da população e à
produtividade do indivíduo e facilitar a atividade
econômica. No Brasil, o saneamento básico é um direito
assegurado pela Constituição como o conjunto dos
serviços, infraestrutura e Instalações operacionais de
abastecimento de água, esgotamento sanitário, limpeza
urbana, drenagem urbana, manejos de resíduos sólidos e
de águas pluviais.
Com foco maior nos serviços de acesso à água
potável, à coleta e ao tratamento dos esgotos.
O que é saneamento?
Ter saneamento básico é um fator essencial para um país poder ser
chamado de país desenvolvido. Os serviços de água tratada, coleta e
tratamento dos esgotos levam à melhoria da qualidade de vidas das
pessoas, sobretudo na Saúde Infantil com redução da mortalidade infantil,
melhorias na Educação, na expansão do Turismo, na valorização dos
Imóveis, na Renda do trabalhador, na Despoluição dos rios e Preservação
dos recursos hídricos, etc.
Estudo do Instituto Trata Brasil, por exemplo, mostrou que o Brasil
convive com centenas de milhares de casos de internação por diarreias
todos os ano (400 mil casos em 2011, sendo 53% de crianças de 0 a 5
anos), muito disso devido à falta de saneamento.
Estudo do BNDES estima que 65% das internações em hospitais de
crianças com menos de 10 anos sejam provocadas por males oriundos da
deficiência ou inexistência de esgoto e água limpa, que também surte efeito
no desempenho escolar, pois crianças que vivem em áreas sem
saneamento básico apresentam 18% a menos no rendimento escolar.
Sua importância
A importância da água
Ciclo Hidrológico
A Importância da Água
• A água em números:
• 97,3 %: oceanos
• 2,34 %: geleiras e lençóis freáticos profundos
• 0,36 %: rios, lagos ou alagados (consumo)
• 12 % dos mananciais do planeta estão no Brasil:
• 70% na Amazônia: onde se concentram apenas 7% da
população
Profª. Drª. Sonia V. W. B. de Oliveira
Grande São Paulo
Rio de Janeiro
O mesmo ponto
geográfico com outro
recurso de satélite realça
outras cidades. Por
exemplo: O ponto
luminoso acima da região
de São Paulo é a região
da cidade de Campinas.
A nordeste, as capitais
dos estados destacam-se
um pouco mais que as
outras cidades.
Salvador
Recife
Fortaleza
Brasília
Goiânia
Uberlândia
Belo Horizonte
Florianópolis
A Importância da Água
• Usos múltiplos:
• Abastecimento
• Geração de energia
• Navegação
• Recreação e harmonia
paisagística
• Aquicultura
• Regulador térmico
• Irrigação
• Diluição de resíduos
• Preservação da flora e da
fauna
• Cada uso exige uma qualidade
e uma quantidade específica
de água
• Gestão: estabelecimento de
critérios para atender a todos
os tipos de uso, qualitativa e
quantitativamente
Usos múltiplos
O Wasserstrassenkreuz (cruzamento de ruas de
água) é um canal-ponte sobre o Rio Elba, que
conecta as redes de vias navegáveis das antigas
Alemanhas Ocidental e Oriental
A Importância da Água
• Gestão por Bacia Hidrográfica
• Bacia: unidade de planejamento e ação;
• Estudo da água deve ser feito pensando-se na bacia e não num corpo d’água
isolado;
• o município é o espaço do cidadão;
• a bacia hidrográfica é o espaço da água.
• Gestão Descentralizada e Participativa:
Governo + Usuários + Sociedade
Aquífero Guarani
• Um dos maiores sistemas
aquíferos do mundo.
• Estende-se pelo Brasil
Paraguai, Uruguai e
Argentina.
Aquífero Guarani
Matéria Orgânica
• Alguns exemplos de poluentes e suas concentrações
(médias):
• Esgoto doméstico: 550 mg/L
• Vinhaça: 28.000 mg/L
• Sangue: 400.000 mg/L
• Esterco de porco: 98.000 mg/L
• Soro de leite (de queijo): 80.000 mg/L
• Leite: 210.000 mg/L
Auto-depuração
• Auto-depuração: capacidade natural de um corpo
d’água em assimilar um resíduo orgânico
• Envolve o trabalho de micro-organismos
• Quanto maior a carga poluidora, maior o consumo de
oxigênio dissolvido (O.D.)
• Quando o O.D. atinge níveis muito baixos, muitos
peixes e organismos aeróbios são sacrificados
Poluição e Auto-depuração
Eutrofização
• Origens: nitrogênio e fósforo nas águas (presentes nos esgotos)
• “Fertilização” das águas
• Proliferação de algas
• Crescimento de vegetação
• Tendência à anaerobiose (falta de oxigênio)
• Mortandade de peixes
• Elevação do custo do tratamento da água
Eutrofização Urbana
• “Maré Vermelha” – Lagoa Rodrigo de Freitas - RJ
5000 barris de óleo/dia de vazamento
Legislação das Águas
• Legislação Ambiental Federal:
• 1934 – Decreto n º 24.643 – Código das Águas
• 1981 – Lei 6.938 - Política Nacional do Meio Ambiente
• 1989 – Criação do IBAMA (Instituto Brasileiro do Meio
Ambiente), pela fusão da SEMA, SUDEPE, SUDEHVEA e
IBDF
• 1997 – Lei 9.433 – Política Nacional dos Recursos Hídricos
• 1998 – Lei 9.605 – Lei de Crimes Ambientais
• A legislação e a cobrança das autoridades
Doenças de veiculação hídrica (direta ou
indiretamente)
• Malária: transmitida de uma pessoa para outra pela
picada de mosquitos Anopheles
• Febre amarela e Dengue: mosquito do gênero Aedes
nas áreas urbanas e do gênero Haemagogus na área
de floresta
• Febre Tifóide: transmissão pela ingestão de água e
moluscos, assim como do leite e derivados
contaminados
• Hepatite A: transmissão fecal-oral, água contaminada,
alimentos contaminados
• Amebíase: ingestão de água ou alimentos
contaminados por dejetos, contendo cistos amebianos
Doenças de veiculação hídrica (direta ou
indiretamente)
• Giardíase e Ascaridíase: ingestão dos ovos infectantes do
parasita, procedentes do solo, água ou alimentos
contaminados com fezes humanas
• Esquistossomose: o ser humano elimina ovos do verme nas
fezes; o hospedeiro intermediário é o caramujo presente em
lagoas e a transmissão ocorre pelo contato do homem com a
água contendo cercárias de S. mansoni
• Leptospirose: transmitida pela urina de ratos; os surtos
ocorrem, principalmente, na época de enchentes, quando a
bactéria penetra no organismo através de pequenos
ferimentos ou pelas mucosas do nariz ou da boca
• Cólera: ingestão de água ou alimentos contaminados por fezes
ou vômitos de doentes ou portadores
Tratamento de Água
• Águas de poços profundos: geralmente só é necessária a desinfecção.
• Águas superficiais: várias fases de tratamento.
Floculador
Decantador
Filtro
Cloração
Consumo
Fases do Tratamento
• Coagulação:
• aplicação de coagulantes
como sulfato de alumínio
ou cloreto férrico;
• auxiliares de coagulação:
hidróxido de cálcio =cal,
carbonato de sódio=
barrilha etc.;
• retirada de partículas
coloidais ou dissolvidas.
Fases do Tratamento
• Floculação:
• auxiliar na formação de partículas
sedimentáveis;
• tanques com pás giratórias para
formação dos flocos.
120
Profª. Drª. Sonia V. W. B. de Oliveira
Fases do Tratamento
• Decantação:
• tanques de decantação:
decantadores;
• repouso prolongado (cerca de 3 h):
os flocos vão se depositando no
fundo destes tanques;
• remoção das partículas floculadas.
Fases do Tratamento
• Filtração:
• passagem da água através de
materiais porosos;
• remoção das impurezas que não
ficaram retidas no fundo dos
decantadores;
• retirada de cor e turbidez;
• remoção de 90 a 99% das bactérias.
Fases do Tratamento
• Desinfecção:
• destruição ou inativação de organismos patogênicos,
capazes de produzir doenças ou de outros organismos
indesejáveis;
• método mais utilizado: adição de cloro
• aplicado na forma de gás cloro ou em solução de hipoclorito;
• geralmente com uma concentração de 2 a 3 g/cm3, para se obter
um residual médio de 1 g/m3 na rede de distribuição.
• ultra-violeta: ótimo processo, porém a água pode se
recontaminar.
Fases do Tratamento
• Correção do pH:
• aplicação de produtos químicos visando corrigir acidez ou
alcalinidade excessivas da água;
• esta providência visa principalmente proteger estruturas
de armazenamento e distribuição da água.
• Fluoretação:
• os produtos mais utilizados: fluorsilicato de sódio ou ácido
fluorsilícico, aplicados na concentração de 0,7g/m3,
aproximadamente;
• esta aplicação reduz em até 60% a incidência de cáries
dentárias.
Cálculo da População por ha
Tipos de Bairros Pessoas por ha
Bairros Residenciais
Residências Unifamiliares 1 - 75
Residências Multifamiliares 75 - 250
Apartamentos 250 - 2500
Bairros Comerciais 37 - 75
Bairros Industriais 10 - 37
Observações
• Cloro: perigoso para a saúde, mas a condição da
tubulação e do armazenamento necessita de um
produto químico com residual ativo
• Vazamentos: em muitas cidades, até 50% da água é
perdida em vazamentos da tubulação urbana
• Desperdício dos próprios consumidores: lavagem de
calçadas, torneiras abertas sem necessidade, falta de
reparos nas instalações etc.
• Roubo: há um número muito grande de ligações
clandestinas de água, trazendo grandes prejuízos às
empresas de abastecimento
Dessalinização
• Osmose Reversa:
• ocorre quando é exercida pressão em uma solução salina;
• a água atravessa uma membrana semipermeável, com poros
microscópicos, que retém sais, microorganismos e outras impurezas;
• a água pura "sai" da solução salgada e fica separada em outro local.
• Dessalinização Térmica:
• é um dos processos mais antigos, imitando a circulação natural da
água;
• "destilação solar“: utilizada em lugares quentes, com a construção de
grandes tanques cobertos com vidro ou outro material transparente;
• a luz solar atravessa o vidro, a água do líquido bruto evapora, os
vapores se condensam na parte interna do vidro, transformando-se
novamente em água, que escorre para um sistema de recolhimento.
Dessalinização Térmica
Dessalinização
• Congelamento:
• quando congelamos a água, produzimos gelo puro, sem sal;
• então, pelo congelamento/ descongelamento pode-se obter água doce;
• esse método não foi testado em larga escala, porém, existem propostas para
a utilização de calotas polares (onde está boa parte da água doce do planeta)
para obtenção de água pura.
Classificação das águas residuárias
• Esgoto sanitário (doméstico): residências, comércio e
instituições
• Água de infiltração: parcela das águas do subsolo que
infiltra nas tubulações
• Águas pluviais (chuvas)
• Águas residuárias industriais
Sistema de Coleta de Águas Residuárias
• Instalações prediais
• Coletores tronco ou secundários
• Interceptor: recebe os coletores tronco
• Emissário: destino, sem contribuições
• Estação de tratamento
• Reuso ou
• Corpo d’água receptor
Objetivos do Tratamento
• Higiênico/ambiental: minimizar a carga poluidora
lançada na natureza (rios, represas, lagos, oceanos,
solo etc.)
• Legal: minimizar as multas dos órgãos fiscalizadores
• Objetivo principal do tratamento: remoção da matéria
orgânica (M.O.)
• Eficiência do tratamento: eficiência de remoção de
matéria orgânica, patogênicos, sólidos, tóxicos etc.
Níveis de Tratamento
• Preliminar (físico): retirada de sólidos grosseiros
• Primário (físico): retirada de
• Sólidos em suspensão sedimentáveis
• Matéria orgânica em suspensão sedimentável
• Secundário (biológico): retirada de
• Matéria orgânica em suspensão ou dissolvida
• Eventualmente nutrientes (Nitrogênio e Fósforo)
• Terciário (físico ou químico): remoção de
• Poluentes específicos
• Patogênicos
• Metais pesados
• Substâncias inorgânicas ou não biodegradáveis
• Nutrientes (N e P)
Tratamento e Disposição do Lodo
• Adensamento: remoção de umidade (adensador por
gravidade)
• Estabilização: remoção de matéria orgânica (digestor
anaeróbio)
• Condicionamento: preparo para a desidratação
(desidratador mecânico)
• Desidratação: remoção de umidade (leito de
secagem)
• Disposição: aterro sanitário, condicionamento de solo
Redução do uso da água
• Conscientização da população quanto ao desperdício
• Condições das redes públicas
• Fiscalização dos roubos de água
• Condições das instalações prediais
• Cobrança pelo uso da água em bacias
• Equipamentos economizadores
Água de Chuva
• Captação em residências: uso em piscinas, lavagem
de carros, rega de jardins, lavagem de pisos, jardim
japonês, criação de peixes etc.
• Descartar as águas das primeiras chuvas
• Reservatório:
• geralmente enterrado com sistema de bomba;
• se houver degradação (odores): fazer a cloração com
bomba dosadora ou pastilhas de cloro.
Introdução
• Primeiras formas de tratamento de resíduos:
• afastamento e degradação natural;
• problemas com saúde pública.
• Século XIX: descoberta dos vírus e bactérias e
relação com doenças
• 1876: primeiro incinerador para lixo para iluminar
as ruas
• Anos 70: incluída a preocupação ambiental
Introdução
• Lixo:
• Mistura de resíduos como vidros, plásticos, metais, papel e
matéria orgânica
• Resíduo:
• Apresenta potencial de uso com ou sem tratamento
• Pode ser aproveitado pelo gerador ou outro usuário
• Rejeito:
• Material residual inservível
• Sem possibilidade técnica ou econômica de
reaproveitamento
• Deve ser tratado e descartado de forma adequada
138
Caracterização de resíduos sólidos
• Modificação dos nossos costumes
• Fim da mulher no lar
• Vida cada vez mais corrida
• “Qualidade” e higiene dos alimentos
• Aumento do consumo em geral e do consumismo
• Produção per capita de lixo no Brasil:
• Varia de 0,3 a 1,5 kg/hab.dia
• Quanto maior o poder aquisitivo da população, maior é a
quantidade de lixo produzida por habitante.
139
Classificação dos Resíduos
• Existem várias formas de classificá-lo
• Composição química: matéria orgânica e matéria inorgânica
• Natureza física: seco e molhado
• Riscos potenciais à saúde pública e ao meio ambiente (periculosidade):
perigosos, não inertes e inertes
• Quanto à sua origem: domiciliar, comercial, de varrição e feiras livres, de
serviços de saúde, de aeroportos e terminais rodoviários e ferroviários,
industriais, agrícolas, podas e entulhos
140
Classificação quanto ao Risco
141
Classe I – Resíduos Perigosos
• Apresentam riscos à saúde pública e ao meio ambiente
• Exigem tratamento e disposição especiais em função de suas
características de:
• inflamabilidade;
• corrosividade;
• reatividade;
• toxicidade;
• patogenicidade.
142
Classe II – A – Não Perigosos
e não Inertes
• Não apresentam periculosidade
• Não são inertes
• Podem ter propriedades tais como:
• combustibilidade;
• biodegradabilidade;
• solubilidade em água.
• São basicamente os resíduos com as características do lixo doméstico
143
Classe II – B – Não Perigosos
e Inertes
• Quando submetidos aos testes de solubilização (NBR-
10.007 da ABNT):
• não têm nenhum de seus constituintes solubilizados em
concentrações superiores aos padrões de potabilidade da
água;
• a água permanecerá potável quando em contato com o
resíduo.
• Muitos destes resíduos são recicláveis
• Não se degradam ou não se decompõem quando
dispostos no solo (se degradam muito lentamente)
• Exemplo: entulhos de demolição, pedras e areias
retirados de escavações
144
Classificação quanto à Origem
145
Domiciliar Comercial Público De Serviços de Saúde
Resíduos comuns
Geralmente
recicláveis e
orgânicos.
Atividades
públicas/
coletivas
Resíduos de hospitais,
farmácias, clínicas,
laboratórios,
veterinários etc.
Ex.: material
orgânico, metais,
vidros, plásticos e
papel.
Ex.: papel,
papelão, restos de
alimentos,
plásticos, latas,
vidros.
Ex.: varrição,
feiras-livres,
podas, capina,
raspagem e o
que for largado
nas ruas.
Ex.: material
contaminado, pérfuro-
cortantes, órgãos e
tecidos removidos,
meios de cultura,
luvas descartáveis,
remédios etc.
Caracterização quanto à origem
146
Industriais Agrícolas Entulho
De diversos tipos de
indústrias, como química,
metalúrgica, papeleira,
alimentícia etc.
De atividades agrícolas e
da pecuária.
Resultantes dos processos
de construção e
demolição.
Ex.: lodo, cinzas, plásticos,
papel, madeira, fibras,
escórias, vidros,
cerâmicas, produtos
químicos, substâncias
tóxicas e radioativas.
Ex.: embalagens de
fertilizantes e de
defensivos agrícolas,
rações, restos de colheitas
etc.
Ex.: cacos de tijolos,
massa, concreto, madeira,
ferragens, terra, areia,
pedra, telhas, fibro-
cimento etc.
Responsabilidade
Origem
Possíveis
Classes
Responsável
Domiciliar II - A Prefeitura
Comercial II - A e B Prefeitura
Industrial I, II - A e B Gerador do resíduo
Público II - A e B Prefeitura
Serviços de saúde I, II - A e B Gerador do resíduo
Portos, aeroportos e
terminais ferroviários
I, II - A e B Gerador do resíduo
Agrícola I, II - A e B Gerador do resíduo
Entulho II - B Gerador do resíduo
147
Poluentes (ref. natureza)
• Físicos: Geralmente sólidos
• suspensão, sedimentáveis, coloidais ou dissolvidos.
• Químicos:
• compostos orgânicos, inorgânicos, radioativos; compostos orgânicos
sintéticos; derivados do petróleo; metais pesados; fertilizantes; substâncias
tóxicas; nutrientes etc.
• Biológicos:
• bactérias, algas, protozoários, vírus, fungos, organismos patogênicos.
Matéria Orgânica
• Medidas mais usadas para a quantificação
de matéria orgânica em corpos d’água:
• Demanda Química de Oxigênio (DQO): oxigênio necessário
para a oxidação química da matéria orgânica.
• Demanda Bioquímica de Oxigênio (DBO): oxigênio
necessário para estabilizar a matéria orgânica por processo
bioquímico.
Decomposição e poluição
• “Efeito bumerangue”: tudo que se joga na natureza volta de alguma
forma
• Composição média do lixo domiciliar no Brasil:
• 65 %: matéria orgânica;
• 25 %: papel;
• 4 %: metal;
• 3 %: vidro;
• 3 %: plástico.
150
Decomposição
Resíduo Tempo de Decomposição
Papel 3 meses
Pano 6 meses a 1 ano
Vidro Indeterminado
Filtro de cigarro 1 a 2 anos
Madeira pintada 13 anos
Fralda descartável 600 anos
Plástico 450 anos
Lata de alumínio 200 a 500 anos
Lata de conserva 100 anos
Pneus Indeterminado
Tampa de garrafa 150 anos
Nylon 30 anos
151
Seleção de Resíduos
• Local da seleção de resíduos sólidos:
• Seleção de resíduos orgânicos: poderá ser feita na origem
para posterior compostagem
• Seleção de resíduos recicláveis:
• o ideal é que seja feita no próprio local de geração;
• seu estado de conservação interfere no seu valor.
• Seleção de resíduos de saúde, industriais e perigosos: é
obrigatório que seja feita na fonte
152
Apresentação, Coleta e Destino
• Resíduos domiciliares:
• Apresentação: sacos plásticos de boa qualidade
• Coleta: sistema de coleta municipal
• Destino: geralmente é o aterro sanitário municipal
• Resíduos de serviços de saúde:
• Apresentação: deverá ser feita em saco plástico especial, branco leitoso
• Coleta: coleta especial do município
• Destino: incinerador (não recomendado), autoclave, microondas, tocha de
plasma, outros
153
Apresentação; Coleta e Destino
• Resíduos e rejeitos industriais e agrícolas:
• Estocagem: dentro das normas para o resíduo
• Coleta: responsabilidade do gerador
• Destino: responsabilidade do gerador ou corresponsabilidade do
fabricante (Ex.: embalagens de agrotóxicos e produtos químicos)
• Entulho:
• Apresentação: em caçambas apropriadas
• Coleta: particular contratada pelo gerador
• Destino: aterro de terrenos. Por ser material inerte não deve ser
depositado no aterro sanitário
154
155
Coleta e transporte
Lixo comum
Resíduos de
Serviços de
Saúde
Entulho
Coleta Seletiva
156
DRENAGEM URBANA
157
Drenagem é o termo empregado na designação das
instalações destinadas a
escoar o excesso de água, seja em rodovias, na zona rural ou na
malha urbana, sendo
que a drenagem desta última é o objetivo do nosso estudo. A
drenagem urbana não se restringe aos aspectos puramente técnicos
impostos pelos limites restritos à engenharia, pois compreende o
conjunto de todas as medidas a serem tomadas que visem à
atenuação dos riscos e dos prejuízos decorrentes de inundações aos
quais a sociedade está sujeita.
A maioria dos
problemas ambientais
sociais e econômicos que
o mundo de hoje enfrenta
esta localizado nas
megalópoles, sendo ainda
pior em países
subdesenvolvidos onde há
falta de recursos.
158
Causas da Drenagem Urbana
• Remoção da cobertura vegetal nativa: o que causa o assoreamento de rios que influência
diretamente no caminho natural percorrido pela agua, além de erosão, aquecimento e
nebulosidade são fatores que não só estão ligado diretamente na drenagem mas também com o
meio ambiente.
• Falta de profissionais qualificados: para execução e planejamento para obras de grande e médio
porte.
• Impermeabilização: os terrenos antes coberto com mata hoje com os aglomerados urbanos são
cobertos com asfalto, calcadas e etc..
• Conscientização da população em geral: com a falta de conscientização da população sobre o
risco que pode haver ao ocupar áreas de mananciais de forma irregular além de lixo jogado em
via pública que entope os bueiros e boca de lobo.
159
Impactos da urbanização sobreo ciclo
hidrológico
160
161
Impactos da urbanização sobreo ciclo
hidrológico
Sistema de Esgotamento Sanitário
É um conjunto de obras e instalações destinadas a realizar : coleta,
transporte e afastamento, disposição final das águas residuárias da
comunidade, de uma forma adequada do ponto de vista sanitário.
Benefícios:
 Melhorias das condições sanitárias locais
Eliminação dos focos de poluição e contaminação
Eliminação de problemas estéticos desagradáveis
Melhoria do potencial produtivo do ser humano
Vigilância ambiental
VIGILÂNCIA AMBIENTAL EM SAÚDE
• Conceito:
• É um conjunto de ações que proporciona o conhecimento e a detecção de
qualquer mudança nos fatores determinantes e condicionantes do meio
ambiente que interferem na saúde humana, com a finalidade de identificar as
medidas de prevenção e controle dos fatores de risco ambientais relacionados às
doenças ou outros agravos à saúde.
OBJETIVOS DA VIGILANCIA AMBIENTAL EM
SAÚDE
• a) produzir, integrar, processar e interpretar informações, visando a disponibilizar
ao SUS instrumentos para o planejamento e execução
de ações relativas às atividades de promoção da saúde e de prevenção e controle
de doenças relacionadas ao meio ambiente;
• b) estabelecer os principais parâmetros, atribuições, procedimentos e ações
relacionadas à vigilância ambiental em saúde nas diversas instâncias de
competência;
OBJETIVOS DA VIGILANCIA AMBIENTAL EM
SAÚDE
• c) identificar os riscos e divulgar as informações referentes aos fatores
ambientais condicionantes e determinantes das doenças e outros
agravos à saúde;
• d) intervir com ações diretas de responsabilidade do setor ou
demandando para outros setores, com vistas a eliminar os principais
fatores ambientais de riscos à saúde humana;
• e) promover, junto aos órgãos afins ações de proteção da saúde
humana relacionadas ao controle e recuperação do meio ambiente; e
• f) conhecer e estimular a interação entre saúde, meio ambiente e
desenvolvimento, visando ao fortalecimento da participação da
população na promoção da saúde e qualidade de vida.
OBJETIVOS DA VIGILANCIA AMBIENTAL EM
SAÚDE
INSTRUMENTOS E MÉTODOS
• Epidemiologia ambiental:
- Métodos:
• Epidemiologia Descritiva – que utiliza o método científico para
estudar a distribuição dos riscos e dos efeitos adversos à saúde da
população; e
• Epidemiologia analítica – que estuda a relação entre a exposição a
um determinado fator e algum efeito adverso à saúde.
INSTRUMENTOS E MÉTODOS
• Instrumentos da Epidemiologia Ambiental:
• os fatores de risco existentes (físicos, químicos, biológicos, mecânicos,
ergonômicos ou psicossociais);
• as características especiais do ambiente que interferem no padrão de saúde da
população; e
• os efeitos adversos à saúde relacionados à exposição a fatores de risco
ambientais.
INSTRUMENTOS E MÉTODOS
• g) Sistema de Informação de Vigilância em Saúde
Relacionado a Acidentes com Produtos Perigosos; e
• h) outros sistemas que se fizerem necessários.
Avaliação e gerenciamento de risco
• Avaliação de riscos no caso de substancias químicas que representam
possuem particular relevância nos problemas ambientais modernos;
• A avaliação de riscos é um procedimento utilizado para sintetizar as
informações disponíveis e os julgamentos sobre as mesmas com o
objetivo de estimar os riscos associados a uma determinada
exposição.
Avaliação e gerenciamento de risco
• Gerenciamento de riscos:
• Consiste na seleção e implementação de estratégias mais apropriadas
para o controle e prevenção de riscos, envolvendo a regulamentação,
a utilização de tecnologias de controle e remediação ambiental, a
análise de custo/benefício, a aceitabilidade de riscos e a análise de
seus impactos nas políticas públicas.
Indicadores de saúde e ambiente
• Construir indicadores que permitam uma visão abrangente e
integrada da relação saúde e ambiente PERMITE:
Entender um conjunto de ações de promoção e prevenção que visam
ao controle dos riscos ambientais e à melhoria das condições de meio
ambiente e de saúde das populações
IMPORTÂNCIA DOS INDICACORES
• Os indicadores de saúde ambiental serão utilizados para tomada de
decisões,por intermédio do uso de diferentes ferramentas, tais como
a estatística, a epidemiologia e a utilização destes nos sistemas de
informação geográfica.
Sistemas de Informação de
Vigilância Ambiental em Saúde
• A construção de um sistema de informação para a vigilância
ambiental em saúde que integre aspectos de saúde e de meio
ambiente, permite a produção de informações estatísticas
facilitadoras da interpretação da dinâmica com os demais sistemas,
possibilitem a construção e identificação de indicadores de saúde
ambiental.
INFORMAÇÕES ESPECÍFICAS DO SISTEMA DE
VIGILÂNCIA
• a) Sistema de Informação de Vigilância em Saúde de Fatores
Biológicos;
• b) Sistema de Informação de Vigilância em Saúde de Contaminantes
Ambientais;
• c) Sistema de Informação de Vigilância em Saúde Relacionado à
Qualidade da Água de Consumo Humano (Siságua);
• d) Sistema de Informação de Vigilância em Saúde Relacionado à
Qualidade do Ar;
• e) Sistema de Informação de Vigilância em Saúde Relacionado à
Qualidade do Solo;
• f) Sistema de Informação de Vigilância em Saúde Relacionado a
Desastres Naturais;
INFORMAÇÕES ESPECÍFICAS DO SISTEMA DE
VIGILÂNCIA
Instrumentos importantes
• Georeferenciamento de dados que é o processo usado para
referenciar registros tabulares a um lugar da superfície da terra ou
unidade territorial (bairro, município, localidade, etc.), possibilitando
assim, a elaboração de mapas de risco capazes de auxiliar a tomada
de decisão nas diversas instâncias do SUS.
INSTRUMENTOS E MÉTODOS
• A Vigilância Ambiental em Saúde deverá ser concebida e estruturada de forma
que seja plenamente compatível com os Sistemas de Informação da Vigilância
Epidemiológica e dos grandes bancos de dados de saúde existentes no país,
assegurando desta forma, que não haja duplicidade de ação e que a partir do
cruzamento das informações dos sistemas de informação do Sinvas com os
demais sistemas, possibilitem a construção e identificação de indicadores de
saúde ambiental.
INSTRUMENTOS E MÉTODOS
• A prática da integração interdisciplinar e a pesquisa
de tecnologias apropriadas às condições do país, são
grandes instrumentos para a estruturação da área de
vigilância ambiental em saúde.
INSTRUMENTOS E MÉTODOS
• Para a viabilização da Vigilância Ambiental em Saúde, considera-se
fundamental a realização de estudos e análises que permitam
relacionar os efeitos à saúde com determinados fatores ambientais,
utilizando indicadores de saúde e ambiente, sistemas de informação,
ou ainda, estudos epidemiológicos.
Estruturação da Vigilância
Ambiental em Saúde
• Organização:
- Aspectos Gerais:
A atuação articulada e constante com os diferentes atores para que as ações
integradas sejam implementadas de forma eficiente,
Assegurar aos setores envolvidos responsabilidades de atuar sobre os
problemas de saúde e ambiente em suas respectivas áreas.
Universo de atuação todos os fatores ambientais de riscos que interferem na
saúde humana; as interrelações entre o homem e o ambiente e vice-versa.
Estruturação da Vigilância
Ambiental em Saúde
• No âmbito do Ministério da Saúde, diversos órgãos e instituições desenvolvem
programas, projetos e ações relacionados à saúde ambiental;
• A estruturação e a operacionalização da Vigilância Ambiental em Saúde
• demanda articulação com diversos ministérios, como: Ministério do Meio
Ambiente, o Ministério do Trabalho, o Ministério das Relações Exteriores, o
Ministério da Educação e o Ministério do Planejamento,entre outros órgãos e
agências do Governo Federal.
Estruturação da Vigilância
Ambiental em Saúde
• No âmbito do SUS, a FUNASA fomentará e apoiará a estruturação da
área de Vigilância Ambiental em Saúde nas secretarias estaduais de
saúde e nas secretarias municipais de saúde, por meio da
Programação Pactuada Integrada de Epidemiologia e Controle de
Doenças (PPI-ECD) e de projetos estruturantes com apoio financeiro
do Projeto Vigisus e outras fontes de financiamento que venham a ser
identificadas.
Estrutura Organizacional da Coordenação geral da vigilância
ambiental (Cgvam)
Estrutura Organizacional da Coordenação geral da vigilância
ambiental (Cgvam)
• Destaca-se que a vigilância ambiental em saúde tem necessariamente
um caráter integrador inter e intra-setorial, considerando-se que é
impossível realizar atividades de vigilância e controle de riscos
ambientais para a saúde humana relacionados a qualquer de seus
fatores, sem uma avaliação e ação conjunta de todos os setores
envolvidos com o ambiente e a saúde humana em um determinado
território.
Coordenação de Vigilância e Controle
dos Fatores de Risco Biológicos (Cofab)
Coordenação de Vigilância e Controle
dos Fatores de Risco Biológicos (Cofab)
• Tem como finalidade o mapeamento de áreas de risco em
determinados territórios utilizando a vigilância ambiental e as suas
relações com a vigilância epidemiológica quanto à incidência e
prevalência destas doenças e do impacto das ações de controle, além
da interação com a rede de laboratórios de saúde pública e a inter-
relação com as ações de saneamento, visando ao controle ou à
eliminação dos riscos.
Coordenação de Vigilância e Controle
dos Fatores de Risco Não Biológicos (Conab)
Contaminantes ambientais
QUALIDADE DA AGUA
QUALIDADE DO AR
• Na área de vigilância da qualidade do ar é de interesse o
mapeamento e o cadastramento das principais áreas de risco de
poluição do ar, em particular nas áreas metropolitanas, identificando
a existência e a necessidade de sistemas de monitoramento da
qualidade do ar. O monitoramento deverá dar prioridade àquelas
substâncias químicas e a agentes físicos de comprovado ou suspeito
efeito deletério à qualidade da saúde humana.
QUALIDADE DO SOLO
• Na área de vigilância da qualidade do solo o objetivo maior é o mapeamento e o
cadastramento das áreas de contaminação ambiental da superfície e do subsolo
terrestre que tenham potencial risco à saúde humana, especialmente as áreas de
resíduos (passivos) perigosos e tóxicos. Além disto, pretende-se identificar
sistemas de monitoramento destas áreas visando identificar, caracterizar,
quantificar, cadastrar e monitorar substâncias, especialmente àquelas de
interesse à saúde humana.
Desastres naturais e acidentes com produtos
perigosos

Mais conteúdo relacionado

Semelhante a Saneamento básico: importância e desafios

Plano Nacional de Saneamento Básico
Plano Nacional de Saneamento BásicoPlano Nacional de Saneamento Básico
Plano Nacional de Saneamento BásicoEditora Fórum
 
1. Contextualizacao modelO ANA.pptx
1. Contextualizacao modelO ANA.pptx1. Contextualizacao modelO ANA.pptx
1. Contextualizacao modelO ANA.pptxpauloalexandrealves4
 
Manual drenagemurbanasustentavel2007
Manual drenagemurbanasustentavel2007Manual drenagemurbanasustentavel2007
Manual drenagemurbanasustentavel2007Frank Barroso
 
Sérgio Gonçalves
Sérgio Gonçalves Sérgio Gonçalves
Sérgio Gonçalves ProjetoBr
 
Desenvolvimento Sustentável através do Saneamento Básico
Desenvolvimento Sustentável através do Saneamento BásicoDesenvolvimento Sustentável através do Saneamento Básico
Desenvolvimento Sustentável através do Saneamento BásicoJuliana Matos
 
Importância das PPP para o desenvolvimento do saneamento nas economias emerge...
Importância das PPP para o desenvolvimento do saneamento nas economias emerge...Importância das PPP para o desenvolvimento do saneamento nas economias emerge...
Importância das PPP para o desenvolvimento do saneamento nas economias emerge...Fernando S. Marcato
 
Apresentação - Projeto de Lei 1991/2007 - Resíduos
Apresentação - Projeto de Lei 1991/2007 - ResíduosApresentação - Projeto de Lei 1991/2007 - Resíduos
Apresentação - Projeto de Lei 1991/2007 - ResíduosProjetoBr
 
Análise de critérios de prioridade para seleção de propostas de ações em sane...
Análise de critérios de prioridade para seleção de propostas de ações em sane...Análise de critérios de prioridade para seleção de propostas de ações em sane...
Análise de critérios de prioridade para seleção de propostas de ações em sane...http://bvsalud.org/
 
Prop agenda saneam
Prop agenda saneamProp agenda saneam
Prop agenda saneamVilanculo
 
Saneamento Básico no Brasil - Paraná
Saneamento Básico no Brasil - ParanáSaneamento Básico no Brasil - Paraná
Saneamento Básico no Brasil - ParanáGabriel Hubner
 
Ministério da Integraçao Nacional, Programa Agua Para Todos – Apresentaçao de...
Ministério da Integraçao Nacional, Programa Agua Para Todos – Apresentaçao de...Ministério da Integraçao Nacional, Programa Agua Para Todos – Apresentaçao de...
Ministério da Integraçao Nacional, Programa Agua Para Todos – Apresentaçao de...EUROsociAL II
 
Ludimila Aucar Filipe
Ludimila Aucar FilipeLudimila Aucar Filipe
Ludimila Aucar FilipeProjetoBr
 
TVJur.com - Aulas de Direito Ambiental - Saneamento básico - Fenando Bolque
TVJur.com - Aulas de Direito Ambiental - Saneamento básico - Fenando BolqueTVJur.com - Aulas de Direito Ambiental - Saneamento básico - Fenando Bolque
TVJur.com - Aulas de Direito Ambiental - Saneamento básico - Fenando BolqueTVJur.com
 
AP Contigencias Calamidades.pdf
AP Contigencias Calamidades.pdfAP Contigencias Calamidades.pdf
AP Contigencias Calamidades.pdfIncioFrana2
 
Anexo vii pd e anexo vii cartilha ministerios
Anexo vii pd e anexo vii cartilha ministeriosAnexo vii pd e anexo vii cartilha ministerios
Anexo vii pd e anexo vii cartilha ministeriossaneamentovisconde
 

Semelhante a Saneamento básico: importância e desafios (20)

Plano Nacional de Saneamento Básico
Plano Nacional de Saneamento BásicoPlano Nacional de Saneamento Básico
Plano Nacional de Saneamento Básico
 
1. Contextualizacao modelO ANA.pptx
1. Contextualizacao modelO ANA.pptx1. Contextualizacao modelO ANA.pptx
1. Contextualizacao modelO ANA.pptx
 
Manual drenagemurbanasustentavel2007
Manual drenagemurbanasustentavel2007Manual drenagemurbanasustentavel2007
Manual drenagemurbanasustentavel2007
 
O Futuro do Saneamento - 2030
O Futuro do Saneamento - 2030O Futuro do Saneamento - 2030
O Futuro do Saneamento - 2030
 
Sérgio Gonçalves
Sérgio Gonçalves Sérgio Gonçalves
Sérgio Gonçalves
 
Desenvolvimento Sustentável através do Saneamento Básico
Desenvolvimento Sustentável através do Saneamento BásicoDesenvolvimento Sustentável através do Saneamento Básico
Desenvolvimento Sustentável através do Saneamento Básico
 
Importância das PPP para o desenvolvimento do saneamento nas economias emerge...
Importância das PPP para o desenvolvimento do saneamento nas economias emerge...Importância das PPP para o desenvolvimento do saneamento nas economias emerge...
Importância das PPP para o desenvolvimento do saneamento nas economias emerge...
 
Manual do Saneamento Básico
Manual do Saneamento BásicoManual do Saneamento Básico
Manual do Saneamento Básico
 
Apresentação - Projeto de Lei 1991/2007 - Resíduos
Apresentação - Projeto de Lei 1991/2007 - ResíduosApresentação - Projeto de Lei 1991/2007 - Resíduos
Apresentação - Projeto de Lei 1991/2007 - Resíduos
 
Análise de critérios de prioridade para seleção de propostas de ações em sane...
Análise de critérios de prioridade para seleção de propostas de ações em sane...Análise de critérios de prioridade para seleção de propostas de ações em sane...
Análise de critérios de prioridade para seleção de propostas de ações em sane...
 
Prop agenda saneam
Prop agenda saneamProp agenda saneam
Prop agenda saneam
 
Saneamento Básico no Brasil - Paraná
Saneamento Básico no Brasil - ParanáSaneamento Básico no Brasil - Paraná
Saneamento Básico no Brasil - Paraná
 
Recursos Hídricos e Saneamento: Regulação e Desafios
Recursos Hídricos e Saneamento: Regulação e DesafiosRecursos Hídricos e Saneamento: Regulação e Desafios
Recursos Hídricos e Saneamento: Regulação e Desafios
 
ApresentaçãSeminário Saneamento | Apresentação GO Associados
ApresentaçãSeminário Saneamento | Apresentação GO AssociadosApresentaçãSeminário Saneamento | Apresentação GO Associados
ApresentaçãSeminário Saneamento | Apresentação GO Associados
 
Informativo insp 26
Informativo insp   26Informativo insp   26
Informativo insp 26
 
Ministério da Integraçao Nacional, Programa Agua Para Todos – Apresentaçao de...
Ministério da Integraçao Nacional, Programa Agua Para Todos – Apresentaçao de...Ministério da Integraçao Nacional, Programa Agua Para Todos – Apresentaçao de...
Ministério da Integraçao Nacional, Programa Agua Para Todos – Apresentaçao de...
 
Ludimila Aucar Filipe
Ludimila Aucar FilipeLudimila Aucar Filipe
Ludimila Aucar Filipe
 
TVJur.com - Aulas de Direito Ambiental - Saneamento básico - Fenando Bolque
TVJur.com - Aulas de Direito Ambiental - Saneamento básico - Fenando BolqueTVJur.com - Aulas de Direito Ambiental - Saneamento básico - Fenando Bolque
TVJur.com - Aulas de Direito Ambiental - Saneamento básico - Fenando Bolque
 
AP Contigencias Calamidades.pdf
AP Contigencias Calamidades.pdfAP Contigencias Calamidades.pdf
AP Contigencias Calamidades.pdf
 
Anexo vii pd e anexo vii cartilha ministerios
Anexo vii pd e anexo vii cartilha ministeriosAnexo vii pd e anexo vii cartilha ministerios
Anexo vii pd e anexo vii cartilha ministerios
 

Último

Música Meu Abrigo - Texto e atividade
Música   Meu   Abrigo  -   Texto e atividadeMúsica   Meu   Abrigo  -   Texto e atividade
Música Meu Abrigo - Texto e atividadeMary Alvarenga
 
Pedologia- Geografia - Geologia - aula_01.pptx
Pedologia- Geografia - Geologia - aula_01.pptxPedologia- Geografia - Geologia - aula_01.pptx
Pedologia- Geografia - Geologia - aula_01.pptxleandropereira983288
 
COMPETÊNCIA 4 NO ENEM: O TEXTO E SUAS AMARRACÕES
COMPETÊNCIA 4 NO ENEM: O TEXTO E SUAS AMARRACÕESCOMPETÊNCIA 4 NO ENEM: O TEXTO E SUAS AMARRACÕES
COMPETÊNCIA 4 NO ENEM: O TEXTO E SUAS AMARRACÕESEduardaReis50
 
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...azulassessoria9
 
VARIEDADES LINGUÍSTICAS - 1. pptx
VARIEDADES        LINGUÍSTICAS - 1. pptxVARIEDADES        LINGUÍSTICAS - 1. pptx
VARIEDADES LINGUÍSTICAS - 1. pptxMarlene Cunhada
 
Mapa mental - Classificação dos seres vivos .docx
Mapa mental - Classificação dos seres vivos .docxMapa mental - Classificação dos seres vivos .docx
Mapa mental - Classificação dos seres vivos .docxBeatrizLittig1
 
Urso Castanho, Urso Castanho, o que vês aqui?
Urso Castanho, Urso Castanho, o que vês aqui?Urso Castanho, Urso Castanho, o que vês aqui?
Urso Castanho, Urso Castanho, o que vês aqui?AnabelaGuerreiro7
 
PROGRAMA DE AÇÃO 2024 - MARIANA DA SILVA MORAES.pdf
PROGRAMA DE AÇÃO 2024 - MARIANA DA SILVA MORAES.pdfPROGRAMA DE AÇÃO 2024 - MARIANA DA SILVA MORAES.pdf
PROGRAMA DE AÇÃO 2024 - MARIANA DA SILVA MORAES.pdfMarianaMoraesMathias
 
Dicionário de Genealogia, autor Gilber Rubim Rangel
Dicionário de Genealogia, autor Gilber Rubim RangelDicionário de Genealogia, autor Gilber Rubim Rangel
Dicionário de Genealogia, autor Gilber Rubim RangelGilber Rubim Rangel
 
análise de redação completa - Dissertação
análise de redação completa - Dissertaçãoanálise de redação completa - Dissertação
análise de redação completa - DissertaçãoMaiteFerreira4
 
GEOGRAFIA - ENSINO FUNDAMENTAL ANOS FINAIS.pdf
GEOGRAFIA - ENSINO FUNDAMENTAL ANOS FINAIS.pdfGEOGRAFIA - ENSINO FUNDAMENTAL ANOS FINAIS.pdf
GEOGRAFIA - ENSINO FUNDAMENTAL ANOS FINAIS.pdfElianeElika
 
Slides Lição 04, Central Gospel, O Tribunal De Cristo, 1Tr24.pptx
Slides Lição 04, Central Gospel, O Tribunal De Cristo, 1Tr24.pptxSlides Lição 04, Central Gospel, O Tribunal De Cristo, 1Tr24.pptx
Slides Lição 04, Central Gospel, O Tribunal De Cristo, 1Tr24.pptxLuizHenriquedeAlmeid6
 
JOGO FATO OU FAKE - ATIVIDADE LUDICA(1).pptx
JOGO FATO OU FAKE - ATIVIDADE LUDICA(1).pptxJOGO FATO OU FAKE - ATIVIDADE LUDICA(1).pptx
JOGO FATO OU FAKE - ATIVIDADE LUDICA(1).pptxTainTorres4
 
Análise poema país de abril (Mauel alegre)
Análise poema país de abril (Mauel alegre)Análise poema país de abril (Mauel alegre)
Análise poema país de abril (Mauel alegre)ElliotFerreira
 
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...azulassessoria9
 
Construção (C)erta - Nós Propomos! Sertã
Construção (C)erta - Nós Propomos! SertãConstrução (C)erta - Nós Propomos! Sertã
Construção (C)erta - Nós Propomos! SertãIlda Bicacro
 
Nós Propomos! " Pinhais limpos, mundo saudável"
Nós Propomos! " Pinhais limpos, mundo saudável"Nós Propomos! " Pinhais limpos, mundo saudável"
Nós Propomos! " Pinhais limpos, mundo saudável"Ilda Bicacro
 
Atividade - Letra da música Esperando na Janela.
Atividade -  Letra da música Esperando na Janela.Atividade -  Letra da música Esperando na Janela.
Atividade - Letra da música Esperando na Janela.Mary Alvarenga
 
ENSINO RELIGIOSO 7º ANO INOVE NA ESCOLA.pdf
ENSINO RELIGIOSO 7º ANO INOVE NA ESCOLA.pdfENSINO RELIGIOSO 7º ANO INOVE NA ESCOLA.pdf
ENSINO RELIGIOSO 7º ANO INOVE NA ESCOLA.pdfLeloIurk1
 

Último (20)

Música Meu Abrigo - Texto e atividade
Música   Meu   Abrigo  -   Texto e atividadeMúsica   Meu   Abrigo  -   Texto e atividade
Música Meu Abrigo - Texto e atividade
 
Pedologia- Geografia - Geologia - aula_01.pptx
Pedologia- Geografia - Geologia - aula_01.pptxPedologia- Geografia - Geologia - aula_01.pptx
Pedologia- Geografia - Geologia - aula_01.pptx
 
COMPETÊNCIA 4 NO ENEM: O TEXTO E SUAS AMARRACÕES
COMPETÊNCIA 4 NO ENEM: O TEXTO E SUAS AMARRACÕESCOMPETÊNCIA 4 NO ENEM: O TEXTO E SUAS AMARRACÕES
COMPETÊNCIA 4 NO ENEM: O TEXTO E SUAS AMARRACÕES
 
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...
 
Bullying, sai pra lá
Bullying,  sai pra láBullying,  sai pra lá
Bullying, sai pra lá
 
VARIEDADES LINGUÍSTICAS - 1. pptx
VARIEDADES        LINGUÍSTICAS - 1. pptxVARIEDADES        LINGUÍSTICAS - 1. pptx
VARIEDADES LINGUÍSTICAS - 1. pptx
 
Mapa mental - Classificação dos seres vivos .docx
Mapa mental - Classificação dos seres vivos .docxMapa mental - Classificação dos seres vivos .docx
Mapa mental - Classificação dos seres vivos .docx
 
Urso Castanho, Urso Castanho, o que vês aqui?
Urso Castanho, Urso Castanho, o que vês aqui?Urso Castanho, Urso Castanho, o que vês aqui?
Urso Castanho, Urso Castanho, o que vês aqui?
 
PROGRAMA DE AÇÃO 2024 - MARIANA DA SILVA MORAES.pdf
PROGRAMA DE AÇÃO 2024 - MARIANA DA SILVA MORAES.pdfPROGRAMA DE AÇÃO 2024 - MARIANA DA SILVA MORAES.pdf
PROGRAMA DE AÇÃO 2024 - MARIANA DA SILVA MORAES.pdf
 
Dicionário de Genealogia, autor Gilber Rubim Rangel
Dicionário de Genealogia, autor Gilber Rubim RangelDicionário de Genealogia, autor Gilber Rubim Rangel
Dicionário de Genealogia, autor Gilber Rubim Rangel
 
análise de redação completa - Dissertação
análise de redação completa - Dissertaçãoanálise de redação completa - Dissertação
análise de redação completa - Dissertação
 
GEOGRAFIA - ENSINO FUNDAMENTAL ANOS FINAIS.pdf
GEOGRAFIA - ENSINO FUNDAMENTAL ANOS FINAIS.pdfGEOGRAFIA - ENSINO FUNDAMENTAL ANOS FINAIS.pdf
GEOGRAFIA - ENSINO FUNDAMENTAL ANOS FINAIS.pdf
 
Slides Lição 04, Central Gospel, O Tribunal De Cristo, 1Tr24.pptx
Slides Lição 04, Central Gospel, O Tribunal De Cristo, 1Tr24.pptxSlides Lição 04, Central Gospel, O Tribunal De Cristo, 1Tr24.pptx
Slides Lição 04, Central Gospel, O Tribunal De Cristo, 1Tr24.pptx
 
JOGO FATO OU FAKE - ATIVIDADE LUDICA(1).pptx
JOGO FATO OU FAKE - ATIVIDADE LUDICA(1).pptxJOGO FATO OU FAKE - ATIVIDADE LUDICA(1).pptx
JOGO FATO OU FAKE - ATIVIDADE LUDICA(1).pptx
 
Análise poema país de abril (Mauel alegre)
Análise poema país de abril (Mauel alegre)Análise poema país de abril (Mauel alegre)
Análise poema país de abril (Mauel alegre)
 
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...
 
Construção (C)erta - Nós Propomos! Sertã
Construção (C)erta - Nós Propomos! SertãConstrução (C)erta - Nós Propomos! Sertã
Construção (C)erta - Nós Propomos! Sertã
 
Nós Propomos! " Pinhais limpos, mundo saudável"
Nós Propomos! " Pinhais limpos, mundo saudável"Nós Propomos! " Pinhais limpos, mundo saudável"
Nós Propomos! " Pinhais limpos, mundo saudável"
 
Atividade - Letra da música Esperando na Janela.
Atividade -  Letra da música Esperando na Janela.Atividade -  Letra da música Esperando na Janela.
Atividade - Letra da música Esperando na Janela.
 
ENSINO RELIGIOSO 7º ANO INOVE NA ESCOLA.pdf
ENSINO RELIGIOSO 7º ANO INOVE NA ESCOLA.pdfENSINO RELIGIOSO 7º ANO INOVE NA ESCOLA.pdf
ENSINO RELIGIOSO 7º ANO INOVE NA ESCOLA.pdf
 

Saneamento básico: importância e desafios

  • 2.
  • 3.
  • 4.
  • 5.
  • 6.
  • 7.
  • 8.
  • 9.
  • 10.
  • 11.
  • 12.
  • 13.
  • 14.
  • 15.
  • 16.
  • 17.
  • 18.
  • 19.
  • 20.
  • 21.
  • 22.
  • 23.
  • 24.
  • 25.
  • 26.
  • 27.
  • 28.
  • 29.
  • 30.
  • 31.
  • 32.
  • 33.
  • 34.
  • 35.
  • 36.
  • 37.
  • 38.
  • 39.
  • 40.
  • 41.
  • 42.
  • 43.
  • 44.
  • 45.
  • 46.
  • 47.
  • 48.
  • 49.
  • 50.
  • 51.
  • 52.
  • 53.
  • 54.
  • 55.
  • 56.
  • 57.
  • 58.
  • 59.
  • 60.
  • 61.
  • 62.
  • 64. 64 Por que discutir saneamento básico?
  • 65. Importância 65 Porque o abastecimento de água potável, o esgoto sanitário, a limpeza urbana, o manejo de resíduos sólidos, o controle dos meios transmissores de doenças e a drenagem de águas pluviais são necessários para a saúde e a dignidade de vida.
  • 66. Importância 66 O acesso à água potável e ao esgoto sanitário: - erradicação da pobreza e da fome, - erradicação da mortalidade infantil; -sustentabilidade ambiental.
  • 67. Saúde Pública e Melhoria da Qualidade de Vida 67 Promoção da Saúde e Prevenção e Controle de Doenças Bem estar físico; Prevenção e redução de doenças relacionadas à carência de saneamento.
  • 68. 68 Direito Humano Reconhecimento - Assembleia Geral da ONU (2013); O acesso à água e ao saneamento é necessário para a realização de alguns direitos humanos, incluindo: o direito à moradia adequada. Benefícios Econômicos na Saúde Redução de Custos com Internações e gastos com medicamentos; Redução de dias ausentes no trabalho.
  • 69. Proteção e Preservação Ambiental 69 Disponibilidade Hídrica (Brasil) 12% da disponibilidade hídrica global; Má distribuição territorial dos recursos hídricos; 80,8% da disponibilidade hídrica na Região Hidrográfica Amazônica; Escassez hídrica – quantidade.
  • 70. 70 Degradação dos Corpos Hídricos (Brasil) 61% do esgoto doméstico gerado não é tratado; 15,6 bilhões de litros de esgoto doméstico (6000 piscinas olímpicas) são lançados, diariamente, sem tratamento, no solo e nos corpos hídricos;  Escassez hídrica relacionada com a qualidade.
  • 71. Importância Econômica 71 Adequada infraestrutura de saneamento básico (atividade industrial, setor de serviços); A prestação dos serviços e a execução de obras e serviços tem alto potencial de geração de emprego e renda.
  • 72. 72 Geração de Emprego e Renda  Envolve 10 setores da atividade industrial;  R$ 1,0 bilhão no investimento de saneamento sobre o valor bruto da produção da economia gera um efeito total de R$ 3,1 bilhões Fonte: Documento “Saneamento: Oportunidade e ações para a universalização “ Confederação Nacional da Indústria (CNI) Setor de Turismo  Universalização do Saneamento - crescimento anual de R$ 1,9 bilhão no PIB do setor de turismo (Instituto Trata Brasil/FGV) Fonte: Benefícios econômicos da expansão do saneamento brasileiro – FGV/Instituto Trata Brasil
  • 73. 73 Valorização de Imóveis  Rede coletora de esgoto - valorização média de 18% dos imóveis (Instituto Trata Brasil/FGV) Fonte: Benefícios econômicos da expansão do saneamento brasileiro – FGV/Instituto Trata Brasil
  • 74.  Lei nº 11.445/2007, considera-se saneamento básico o conjunto de serviços, infraestruturas e instalações operacionais de: a) abastecimento de água potável; b) esgotamento sanitário; c) limpeza urbana e manejo de resíduos sólidos; d) drenagem e manejo das águas pluviais urbanas. Saneamento Básico
  • 75.  Uma em cada três pessoas, ou 2,4 bilhões de cidadãos do planeta, não possuem saneamento básico, incluindo 946 milhões de pessoas que defecam ao ar livre;  A falta de progresso no saneamento ameaça enfraquecer a sobrevivência infantil e os benefícios para a saúde, ambos conquistados pelo melhor acesso à água potável. Fonte: UNICEF e OMS Dados Internacionais
  • 76.  Acesso à água potável: média nacional de 82,5% da população;  Atendimento da população com coleta de esgotos: 48,6%  Há cerca de 3 milhões de pessoas sem serviço de coleta regular de resíduos;  Brasil - 5º maior gerador de resíduos sólidos do mundo. São mais de 76 milhões de toneladas por ano. Fonte: SNIS 2013 e 2011 Dados Nacionais
  • 77. O Setor de Saneamento: Aspectos Constitucionais e Legais
  • 78. O Setor de Saneamento: Aspectos Constitucionais e Legais Constitucionais Titularidade dos Municípios  Entendimento histórico de que a titularidade dos serviços de saneamento é dos Municípios  Considerados serviços de interesse local Conflito Federativo pela Titularidade  Disputa entre Estados e Municípios pela titularidade dos serviços nas Regiões Metropolitanas  O Governo Federal tem atuação limitada no setor de saneamento: não é o titular da prestação dos serviços  A União não é o Ente Federado responsável direto pelo planejamento e prestação dos serviços Complexas Relações Federativas  Relações de cooperação e de conflito entre os Entes Federativos  Aspectos de competência comum entre os Entes Federativos “Art. 23. É competência comum da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios: ............................................................................................................................ IX - promover programas de construção de moradias e a melhoria das condições habitacionais e de saneamento básico; ...........................................................................................................................”
  • 79. O Setor de Saneamento: Aspectos Constitucionais e Legais Legais  A Lei nº 11.445, de 05 de Janeiro de 2007, instituiu das Diretrizes Nacionais para o Saneamento Básico e da Política Federal de Saneamento Básico Conceito de Saneamento Básico  Abastecimento de Água  Esgotamento Sanitário  Limpeza Urbana e Manejo de Resíduos Sólidos Urbanos  Drenagem Urbana e Manejo de Águas Pluviais Regulação da Prestação dos Serviços  Obrigatória  Responsabilidade do titular dos serviços  Possibilidade de delegação para outro órgão e entidade de outro Ente Público, localizado no limite territorial do Estado Planejamento  Obrigatoriedade do titular dos serviços de definir uma política de saneamento básico e elaborar seu respectivo plano de saneamento básico  Plano Nacional de Saneamento Básico (PLANSAB) Relação Contratual  Obrigatoriedade de contrato de prestação de serviços entre titular e prestadores (contrato de concessão, contrato de programa)  Contrato de prestação de serviços entre prestadores Cooperação Federativa  Possibilidade da Gestão Associada: Convênios de Cooperação Federativa e Consórcios Públicos Controle Social  Instrumentos de participação da sociedade civil nos processos decisórios  Transparência e publicidade das ações
  • 80. O Plano Nacional de Saneamento Básico (PLANSAB)
  • 81. O Plano Nacional de Saneamento Básico (PLANSAB) Aspectos Gerais Previsto em Lei  Lei nº 11.445/2007 - Diretrizes Nacionais para o Saneamento Básico Aprovado em 2013  Decreto nº 8.141, 20 de novembro de 2013  Portaria Interministerial nº 571, de 05 de dezembro de 2013 Plano Estratégico  Visão técnico-política  Não somente um plano de investimento Horizonte de 20 anos  Período 2014-2033  Revisão a cada 4 anos  Avaliação anual Metas  Curto Prazo (2018)  Médio Prazo (2023)  Longo Prazo (2033) Plano Nacional  Desafios e responsabilidades para todos os Entes de Governo, A Sociedade Civil e a Iniciativa Privada
  • 82. O Plano Nacional de Saneamento Básico (PLANSAB) Indicador Ano Meta (%) % de domicílios urbanos e rurais abastecidos por rede de distribuição e por poço ou nascente com canalização interna 2018 93 2023 95 2033 99 % de domicílios urbanos abastecidos por rede de distribuição e por poço ou nascente com canalização interna 2018 99 2023 100 2033 100 Metas - Abastecimento de Água Plano Nacional de Saneamento Básico (PLANSAB) - Metas para Abastecimento de Água. Brasil 2014-2033 Fonte: Plano Nacional de Saneamento Básico (PLANSAB).  A Meta é Universalizar o abastecimento de água junto aos domicílios urbanos até 2023
  • 83. Metas – Esgotamento Sanitário Indicador Ano Meta (%) % de domicílios urbanos e rurais servidos por rede coletora ou fossa séptica para os excretas ou esgotos sanitários 2018 76 2023 81 2033 92 % de domicílios urbanos servidos por rede coletora ou fossa séptica para os excretas ou esgotos sanitários 2018 82 2023 85 2033 93 % de tratamento do esgoto coletado 2018 69 2023 77 2033 93 Plano Nacional de Saneamento Básico (PLANSAB) - Metas para Esgotamento Sanitário. Brasil 2014-2033 Fonte: Plano Nacional de Saneamento Básico (PLANSAB).  A Meta é elevar o tratamento em relação ao volume total de esgoto gerado de 39% para 86% até o ano de 2033
  • 84. Necessidade de Investimentos Fonte: Plano Nacional de Saneamento Básico (PLANSAB). Gestão: parte dos investimentos em medidas estruturantes comum aos 4 componentes (planos e projetos; capacitação e assistência técnica; desenvolvimento científico e tecnológico; adaptações às mudanças climáticas; contingências e emergências; etc.)  O Setor terá que investir uma média anual, a valores presentes, de R$ 25,4 bilhões em abastecimento de água e esgotamento sanitário nos próximos 20 anos 0 100,000 200,000 300,000 400,000 500,000 600,000 Total Água Esgoto RSU Drenagem Gestão 508,452 122,149 181,893 23,361 68,705 112,345 R$ Bilhões
  • 85. Panorama da Prestação dos Serviços de Água e Esgoto Evolução da Cobertura dos Serviços - Abastecimento de Água 0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100 1970 1980 1991 2000 2010 54.4 76.1 87.8 89.8 91.9 32.8 54.9 70.7 77.8 82.9 Urbano Total Fonte: IBGE – Censo Demográfico 1970, 1980, 1991, 2000 e 2010 Evolução da Cobertura por rede de distribuição de água, domicílios urbanos e domicílios totais. Brasil, 1970 a 2010  13,8 milhões de pessoas residentes em áreas urbanas ainda não contam com rede de distribuição de água  ¼ dos sistemas de abastecimento de água apresentam problemas de intermitência % de Atendimento
  • 86. Evolução da Cobertura dos Serviços Abastecimento de Água Fonte: IBGE – Pesquisa Nacional de Amostra de Domicílios - PNAD  No ritmo atual a meta de universalização dos serviços de rede de distribuição junto aos domicílios urbanos não será alcançada 2023 Percentual de Domicílios Urbanos atendidos por rede geral de distribuição de água por ano 92,5 92,5 93,2 93,2 93,3 93,6 93,2 93,9 93,8 91.5% 92.0% 92.5% 93.0% 93.5% 94.0% 94.5% 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2011 2012 2013 Percentual de domicilios urbanos atendidos com rede geral de abastecimento de água
  • 87. Evolução da Cobertura dos Serviços – Esgotamento Sanitário Fonte: IBGE – Censo Demográfico 1970, 1980, 1991, 2000 e 2010 Evolução da Cobertura por coletora de esgoto, domicílios urbanos e domicílios totais. Brasil, 1970 a 2010  60,9 milhões de pessoas residentes em áreas urbanas ainda não contam com rede coletora de esgoto 0.0 10.0 20.0 30.0 40.0 50.0 60.0 70.0 1970 1980 1991 2000 2010 22.3 38.7 44.6 56.0 64.1 13.2 27.7 35.3 47.2 55.5 Urbano Total %
  • 88. Evolução da Cobertura dos Serviços Esgotamento Sanitário Fonte: IBGE – Pesquisa Nacional de Amostra de Domicílios - PNAD  Meta 2033 – Atendimento de 93% dos domicílios urbanos  No ritmo atual a meta não será alcançada Percentual de Domicílios Urbanos atendidos por rede coletora de esgoto por ano 56,1 56,3 56,4 59,5 61,0 61,0 63,1 65,6 67,1 0.0% 10.0% 20.0% 30.0% 40.0% 50.0% 60.0% 70.0% 80.0% 90.0% 100.0% 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2011 2012 2013 Percentual de domicilios urbanos atendidos com rede coletora de esgotos
  • 89. Evolução da Cobertura dos Serviços - Esgotamento Sanitário Fonte: IBGE – Pesquisa Nacional de Amostra de Domicílios - PNAD  Ampliação dos Índices de Tratamento de Esgoto – maior desafio do setor saneamento no Brasil Percentuais de Esgoto Tratado sobre o Gerado e de Esgoto Tratado sobre o Coletado no País, ano a ano 31.3 31.7 32.2 32.5 34.6 37.9 37.9 37.5 39.1 39.0 61.2 61.7 60.6 62.1 66.5 70.3 68.2 68.8 69.1 69.4 0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 Percentual de Esgoto Tratado sobre o Gerado (%) Percentual de Esgoto Tratado sobre o Coletado (%) Metas 2033 (PLANSAB) Tratamento  93% sobre o coletado  86% sobre o gerado
  • 90. 90 Saneamento Ambiental Saúde, Saneamento e o Meio ambiente  Organização Mundial de Saúde (OMS) - Conferência de Ottawa, em 1986 - um dos mais importantes fatores determinantes da saúde são as condições ambientais;  Saúde: estado de completo bem-estar físico, mental e social;  Saneamento: - instrumento de promoção da saúde; - superação dos entraves tecnológicos, políticos e gerenciais para promover benefícios aos residentes em áreas rurais, municípios e localidades de pequeno porte;  Lei nº 6.938/81 – PNMA - ,“Meio ambiente é o conjunto de condições, leis, influências e interações de ordem física, química e biológica, que permite, abriga e rege a vida em todas as suas formas”.
  • 91. 91
  • 92. 92 Saneamento Ambiental Conjunto de ações socioeconômicas que têm por objetivo alcançar Salubridade Ambiental. - abastecimento de água potável; - coleta e disposição sanitária de resíduos sólidos, líquidos e gasosos; - promoção sanitária de uso do solo; - drenagem urbana; - controle de doenças transmissíveis; FINALIDADE - proteger e melhorar as condições de vida nas áreas urbana e rural.
  • 93. 93 Poluição do Meio Ambiente  Interesse público em todas as partes do mundo;  Crescimento econômico associado à exploração de recursos naturais;  Implicações: - aquecimento da temperatura da Terra; - perda da biodiversidade; - destruição da camada de ozônio; - contaminação ou exploração dos oceanos; - escassez e poluição das águas; - superpopulação mundial; - baixa qualidade da moradia; - ausência de saneamento básico; - degradação dos solos agricultáveis; - destinação dos resíduos (lixo).
  • 94. 94 Sistemas Ambientais  Água: - Considerações gerais; - Ciclo hidrológico; - Distribuição geográfica da água; - Utilização da água e as exigências de qualidade; - Processos de poluição da água; - Controle da poluição da água.  Ar: - Considerações gerais; - Processos de poluição do ar; - Controle da poluição do ar.  Solo: - Considerações gerais; - Processos de poluição do solo; - Controle da poluição do solo.
  • 95. 95 Educação Ambiental “Educação Ambiental para uma sustentabilidade equitativa é um processo de aprendizagem permanente, baseado no respeito a todas as formas de vida” O que é educação ambiental? O que buscamos? Por que é importante? Como conseguir? O que fazer?
  • 96. Saneamento é o conjunto de medidas que visa preservar ou modificar as condições do meio ambiente com a finalidade de prevenir doenças e promover a saúde, melhorar a qualidade de vida da população e à produtividade do indivíduo e facilitar a atividade econômica. No Brasil, o saneamento básico é um direito assegurado pela Constituição como o conjunto dos serviços, infraestrutura e Instalações operacionais de abastecimento de água, esgotamento sanitário, limpeza urbana, drenagem urbana, manejos de resíduos sólidos e de águas pluviais. Com foco maior nos serviços de acesso à água potável, à coleta e ao tratamento dos esgotos. O que é saneamento?
  • 97. Ter saneamento básico é um fator essencial para um país poder ser chamado de país desenvolvido. Os serviços de água tratada, coleta e tratamento dos esgotos levam à melhoria da qualidade de vidas das pessoas, sobretudo na Saúde Infantil com redução da mortalidade infantil, melhorias na Educação, na expansão do Turismo, na valorização dos Imóveis, na Renda do trabalhador, na Despoluição dos rios e Preservação dos recursos hídricos, etc. Estudo do Instituto Trata Brasil, por exemplo, mostrou que o Brasil convive com centenas de milhares de casos de internação por diarreias todos os ano (400 mil casos em 2011, sendo 53% de crianças de 0 a 5 anos), muito disso devido à falta de saneamento. Estudo do BNDES estima que 65% das internações em hospitais de crianças com menos de 10 anos sejam provocadas por males oriundos da deficiência ou inexistência de esgoto e água limpa, que também surte efeito no desempenho escolar, pois crianças que vivem em áreas sem saneamento básico apresentam 18% a menos no rendimento escolar. Sua importância
  • 100. A Importância da Água • A água em números: • 97,3 %: oceanos • 2,34 %: geleiras e lençóis freáticos profundos • 0,36 %: rios, lagos ou alagados (consumo) • 12 % dos mananciais do planeta estão no Brasil: • 70% na Amazônia: onde se concentram apenas 7% da população
  • 101. Profª. Drª. Sonia V. W. B. de Oliveira Grande São Paulo Rio de Janeiro O mesmo ponto geográfico com outro recurso de satélite realça outras cidades. Por exemplo: O ponto luminoso acima da região de São Paulo é a região da cidade de Campinas. A nordeste, as capitais dos estados destacam-se um pouco mais que as outras cidades. Salvador Recife Fortaleza Brasília Goiânia Uberlândia Belo Horizonte Florianópolis
  • 102. A Importância da Água • Usos múltiplos: • Abastecimento • Geração de energia • Navegação • Recreação e harmonia paisagística • Aquicultura • Regulador térmico • Irrigação • Diluição de resíduos • Preservação da flora e da fauna • Cada uso exige uma qualidade e uma quantidade específica de água • Gestão: estabelecimento de critérios para atender a todos os tipos de uso, qualitativa e quantitativamente
  • 103. Usos múltiplos O Wasserstrassenkreuz (cruzamento de ruas de água) é um canal-ponte sobre o Rio Elba, que conecta as redes de vias navegáveis das antigas Alemanhas Ocidental e Oriental
  • 104. A Importância da Água • Gestão por Bacia Hidrográfica • Bacia: unidade de planejamento e ação; • Estudo da água deve ser feito pensando-se na bacia e não num corpo d’água isolado; • o município é o espaço do cidadão; • a bacia hidrográfica é o espaço da água. • Gestão Descentralizada e Participativa: Governo + Usuários + Sociedade
  • 105. Aquífero Guarani • Um dos maiores sistemas aquíferos do mundo. • Estende-se pelo Brasil Paraguai, Uruguai e Argentina.
  • 107. Matéria Orgânica • Alguns exemplos de poluentes e suas concentrações (médias): • Esgoto doméstico: 550 mg/L • Vinhaça: 28.000 mg/L • Sangue: 400.000 mg/L • Esterco de porco: 98.000 mg/L • Soro de leite (de queijo): 80.000 mg/L • Leite: 210.000 mg/L
  • 108. Auto-depuração • Auto-depuração: capacidade natural de um corpo d’água em assimilar um resíduo orgânico • Envolve o trabalho de micro-organismos • Quanto maior a carga poluidora, maior o consumo de oxigênio dissolvido (O.D.) • Quando o O.D. atinge níveis muito baixos, muitos peixes e organismos aeróbios são sacrificados
  • 110. Eutrofização • Origens: nitrogênio e fósforo nas águas (presentes nos esgotos) • “Fertilização” das águas • Proliferação de algas • Crescimento de vegetação • Tendência à anaerobiose (falta de oxigênio) • Mortandade de peixes • Elevação do custo do tratamento da água
  • 111. Eutrofização Urbana • “Maré Vermelha” – Lagoa Rodrigo de Freitas - RJ
  • 112.
  • 113. 5000 barris de óleo/dia de vazamento
  • 114. Legislação das Águas • Legislação Ambiental Federal: • 1934 – Decreto n º 24.643 – Código das Águas • 1981 – Lei 6.938 - Política Nacional do Meio Ambiente • 1989 – Criação do IBAMA (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente), pela fusão da SEMA, SUDEPE, SUDEHVEA e IBDF • 1997 – Lei 9.433 – Política Nacional dos Recursos Hídricos • 1998 – Lei 9.605 – Lei de Crimes Ambientais • A legislação e a cobrança das autoridades
  • 115. Doenças de veiculação hídrica (direta ou indiretamente) • Malária: transmitida de uma pessoa para outra pela picada de mosquitos Anopheles • Febre amarela e Dengue: mosquito do gênero Aedes nas áreas urbanas e do gênero Haemagogus na área de floresta • Febre Tifóide: transmissão pela ingestão de água e moluscos, assim como do leite e derivados contaminados • Hepatite A: transmissão fecal-oral, água contaminada, alimentos contaminados • Amebíase: ingestão de água ou alimentos contaminados por dejetos, contendo cistos amebianos
  • 116. Doenças de veiculação hídrica (direta ou indiretamente) • Giardíase e Ascaridíase: ingestão dos ovos infectantes do parasita, procedentes do solo, água ou alimentos contaminados com fezes humanas • Esquistossomose: o ser humano elimina ovos do verme nas fezes; o hospedeiro intermediário é o caramujo presente em lagoas e a transmissão ocorre pelo contato do homem com a água contendo cercárias de S. mansoni • Leptospirose: transmitida pela urina de ratos; os surtos ocorrem, principalmente, na época de enchentes, quando a bactéria penetra no organismo através de pequenos ferimentos ou pelas mucosas do nariz ou da boca • Cólera: ingestão de água ou alimentos contaminados por fezes ou vômitos de doentes ou portadores
  • 117. Tratamento de Água • Águas de poços profundos: geralmente só é necessária a desinfecção. • Águas superficiais: várias fases de tratamento. Floculador Decantador Filtro Cloração Consumo
  • 118.
  • 119. Fases do Tratamento • Coagulação: • aplicação de coagulantes como sulfato de alumínio ou cloreto férrico; • auxiliares de coagulação: hidróxido de cálcio =cal, carbonato de sódio= barrilha etc.; • retirada de partículas coloidais ou dissolvidas.
  • 120. Fases do Tratamento • Floculação: • auxiliar na formação de partículas sedimentáveis; • tanques com pás giratórias para formação dos flocos. 120 Profª. Drª. Sonia V. W. B. de Oliveira
  • 121. Fases do Tratamento • Decantação: • tanques de decantação: decantadores; • repouso prolongado (cerca de 3 h): os flocos vão se depositando no fundo destes tanques; • remoção das partículas floculadas.
  • 122. Fases do Tratamento • Filtração: • passagem da água através de materiais porosos; • remoção das impurezas que não ficaram retidas no fundo dos decantadores; • retirada de cor e turbidez; • remoção de 90 a 99% das bactérias.
  • 123. Fases do Tratamento • Desinfecção: • destruição ou inativação de organismos patogênicos, capazes de produzir doenças ou de outros organismos indesejáveis; • método mais utilizado: adição de cloro • aplicado na forma de gás cloro ou em solução de hipoclorito; • geralmente com uma concentração de 2 a 3 g/cm3, para se obter um residual médio de 1 g/m3 na rede de distribuição. • ultra-violeta: ótimo processo, porém a água pode se recontaminar.
  • 124. Fases do Tratamento • Correção do pH: • aplicação de produtos químicos visando corrigir acidez ou alcalinidade excessivas da água; • esta providência visa principalmente proteger estruturas de armazenamento e distribuição da água. • Fluoretação: • os produtos mais utilizados: fluorsilicato de sódio ou ácido fluorsilícico, aplicados na concentração de 0,7g/m3, aproximadamente; • esta aplicação reduz em até 60% a incidência de cáries dentárias.
  • 125. Cálculo da População por ha Tipos de Bairros Pessoas por ha Bairros Residenciais Residências Unifamiliares 1 - 75 Residências Multifamiliares 75 - 250 Apartamentos 250 - 2500 Bairros Comerciais 37 - 75 Bairros Industriais 10 - 37
  • 126. Observações • Cloro: perigoso para a saúde, mas a condição da tubulação e do armazenamento necessita de um produto químico com residual ativo • Vazamentos: em muitas cidades, até 50% da água é perdida em vazamentos da tubulação urbana • Desperdício dos próprios consumidores: lavagem de calçadas, torneiras abertas sem necessidade, falta de reparos nas instalações etc. • Roubo: há um número muito grande de ligações clandestinas de água, trazendo grandes prejuízos às empresas de abastecimento
  • 127. Dessalinização • Osmose Reversa: • ocorre quando é exercida pressão em uma solução salina; • a água atravessa uma membrana semipermeável, com poros microscópicos, que retém sais, microorganismos e outras impurezas; • a água pura "sai" da solução salgada e fica separada em outro local. • Dessalinização Térmica: • é um dos processos mais antigos, imitando a circulação natural da água; • "destilação solar“: utilizada em lugares quentes, com a construção de grandes tanques cobertos com vidro ou outro material transparente; • a luz solar atravessa o vidro, a água do líquido bruto evapora, os vapores se condensam na parte interna do vidro, transformando-se novamente em água, que escorre para um sistema de recolhimento.
  • 129. Dessalinização • Congelamento: • quando congelamos a água, produzimos gelo puro, sem sal; • então, pelo congelamento/ descongelamento pode-se obter água doce; • esse método não foi testado em larga escala, porém, existem propostas para a utilização de calotas polares (onde está boa parte da água doce do planeta) para obtenção de água pura.
  • 130. Classificação das águas residuárias • Esgoto sanitário (doméstico): residências, comércio e instituições • Água de infiltração: parcela das águas do subsolo que infiltra nas tubulações • Águas pluviais (chuvas) • Águas residuárias industriais
  • 131. Sistema de Coleta de Águas Residuárias • Instalações prediais • Coletores tronco ou secundários • Interceptor: recebe os coletores tronco • Emissário: destino, sem contribuições • Estação de tratamento • Reuso ou • Corpo d’água receptor
  • 132. Objetivos do Tratamento • Higiênico/ambiental: minimizar a carga poluidora lançada na natureza (rios, represas, lagos, oceanos, solo etc.) • Legal: minimizar as multas dos órgãos fiscalizadores • Objetivo principal do tratamento: remoção da matéria orgânica (M.O.) • Eficiência do tratamento: eficiência de remoção de matéria orgânica, patogênicos, sólidos, tóxicos etc.
  • 133. Níveis de Tratamento • Preliminar (físico): retirada de sólidos grosseiros • Primário (físico): retirada de • Sólidos em suspensão sedimentáveis • Matéria orgânica em suspensão sedimentável • Secundário (biológico): retirada de • Matéria orgânica em suspensão ou dissolvida • Eventualmente nutrientes (Nitrogênio e Fósforo) • Terciário (físico ou químico): remoção de • Poluentes específicos • Patogênicos • Metais pesados • Substâncias inorgânicas ou não biodegradáveis • Nutrientes (N e P)
  • 134. Tratamento e Disposição do Lodo • Adensamento: remoção de umidade (adensador por gravidade) • Estabilização: remoção de matéria orgânica (digestor anaeróbio) • Condicionamento: preparo para a desidratação (desidratador mecânico) • Desidratação: remoção de umidade (leito de secagem) • Disposição: aterro sanitário, condicionamento de solo
  • 135. Redução do uso da água • Conscientização da população quanto ao desperdício • Condições das redes públicas • Fiscalização dos roubos de água • Condições das instalações prediais • Cobrança pelo uso da água em bacias • Equipamentos economizadores
  • 136. Água de Chuva • Captação em residências: uso em piscinas, lavagem de carros, rega de jardins, lavagem de pisos, jardim japonês, criação de peixes etc. • Descartar as águas das primeiras chuvas • Reservatório: • geralmente enterrado com sistema de bomba; • se houver degradação (odores): fazer a cloração com bomba dosadora ou pastilhas de cloro.
  • 137. Introdução • Primeiras formas de tratamento de resíduos: • afastamento e degradação natural; • problemas com saúde pública. • Século XIX: descoberta dos vírus e bactérias e relação com doenças • 1876: primeiro incinerador para lixo para iluminar as ruas • Anos 70: incluída a preocupação ambiental
  • 138. Introdução • Lixo: • Mistura de resíduos como vidros, plásticos, metais, papel e matéria orgânica • Resíduo: • Apresenta potencial de uso com ou sem tratamento • Pode ser aproveitado pelo gerador ou outro usuário • Rejeito: • Material residual inservível • Sem possibilidade técnica ou econômica de reaproveitamento • Deve ser tratado e descartado de forma adequada 138
  • 139. Caracterização de resíduos sólidos • Modificação dos nossos costumes • Fim da mulher no lar • Vida cada vez mais corrida • “Qualidade” e higiene dos alimentos • Aumento do consumo em geral e do consumismo • Produção per capita de lixo no Brasil: • Varia de 0,3 a 1,5 kg/hab.dia • Quanto maior o poder aquisitivo da população, maior é a quantidade de lixo produzida por habitante. 139
  • 140. Classificação dos Resíduos • Existem várias formas de classificá-lo • Composição química: matéria orgânica e matéria inorgânica • Natureza física: seco e molhado • Riscos potenciais à saúde pública e ao meio ambiente (periculosidade): perigosos, não inertes e inertes • Quanto à sua origem: domiciliar, comercial, de varrição e feiras livres, de serviços de saúde, de aeroportos e terminais rodoviários e ferroviários, industriais, agrícolas, podas e entulhos 140
  • 142. Classe I – Resíduos Perigosos • Apresentam riscos à saúde pública e ao meio ambiente • Exigem tratamento e disposição especiais em função de suas características de: • inflamabilidade; • corrosividade; • reatividade; • toxicidade; • patogenicidade. 142
  • 143. Classe II – A – Não Perigosos e não Inertes • Não apresentam periculosidade • Não são inertes • Podem ter propriedades tais como: • combustibilidade; • biodegradabilidade; • solubilidade em água. • São basicamente os resíduos com as características do lixo doméstico 143
  • 144. Classe II – B – Não Perigosos e Inertes • Quando submetidos aos testes de solubilização (NBR- 10.007 da ABNT): • não têm nenhum de seus constituintes solubilizados em concentrações superiores aos padrões de potabilidade da água; • a água permanecerá potável quando em contato com o resíduo. • Muitos destes resíduos são recicláveis • Não se degradam ou não se decompõem quando dispostos no solo (se degradam muito lentamente) • Exemplo: entulhos de demolição, pedras e areias retirados de escavações 144
  • 145. Classificação quanto à Origem 145 Domiciliar Comercial Público De Serviços de Saúde Resíduos comuns Geralmente recicláveis e orgânicos. Atividades públicas/ coletivas Resíduos de hospitais, farmácias, clínicas, laboratórios, veterinários etc. Ex.: material orgânico, metais, vidros, plásticos e papel. Ex.: papel, papelão, restos de alimentos, plásticos, latas, vidros. Ex.: varrição, feiras-livres, podas, capina, raspagem e o que for largado nas ruas. Ex.: material contaminado, pérfuro- cortantes, órgãos e tecidos removidos, meios de cultura, luvas descartáveis, remédios etc.
  • 146. Caracterização quanto à origem 146 Industriais Agrícolas Entulho De diversos tipos de indústrias, como química, metalúrgica, papeleira, alimentícia etc. De atividades agrícolas e da pecuária. Resultantes dos processos de construção e demolição. Ex.: lodo, cinzas, plásticos, papel, madeira, fibras, escórias, vidros, cerâmicas, produtos químicos, substâncias tóxicas e radioativas. Ex.: embalagens de fertilizantes e de defensivos agrícolas, rações, restos de colheitas etc. Ex.: cacos de tijolos, massa, concreto, madeira, ferragens, terra, areia, pedra, telhas, fibro- cimento etc.
  • 147. Responsabilidade Origem Possíveis Classes Responsável Domiciliar II - A Prefeitura Comercial II - A e B Prefeitura Industrial I, II - A e B Gerador do resíduo Público II - A e B Prefeitura Serviços de saúde I, II - A e B Gerador do resíduo Portos, aeroportos e terminais ferroviários I, II - A e B Gerador do resíduo Agrícola I, II - A e B Gerador do resíduo Entulho II - B Gerador do resíduo 147
  • 148. Poluentes (ref. natureza) • Físicos: Geralmente sólidos • suspensão, sedimentáveis, coloidais ou dissolvidos. • Químicos: • compostos orgânicos, inorgânicos, radioativos; compostos orgânicos sintéticos; derivados do petróleo; metais pesados; fertilizantes; substâncias tóxicas; nutrientes etc. • Biológicos: • bactérias, algas, protozoários, vírus, fungos, organismos patogênicos.
  • 149. Matéria Orgânica • Medidas mais usadas para a quantificação de matéria orgânica em corpos d’água: • Demanda Química de Oxigênio (DQO): oxigênio necessário para a oxidação química da matéria orgânica. • Demanda Bioquímica de Oxigênio (DBO): oxigênio necessário para estabilizar a matéria orgânica por processo bioquímico.
  • 150. Decomposição e poluição • “Efeito bumerangue”: tudo que se joga na natureza volta de alguma forma • Composição média do lixo domiciliar no Brasil: • 65 %: matéria orgânica; • 25 %: papel; • 4 %: metal; • 3 %: vidro; • 3 %: plástico. 150
  • 151. Decomposição Resíduo Tempo de Decomposição Papel 3 meses Pano 6 meses a 1 ano Vidro Indeterminado Filtro de cigarro 1 a 2 anos Madeira pintada 13 anos Fralda descartável 600 anos Plástico 450 anos Lata de alumínio 200 a 500 anos Lata de conserva 100 anos Pneus Indeterminado Tampa de garrafa 150 anos Nylon 30 anos 151
  • 152. Seleção de Resíduos • Local da seleção de resíduos sólidos: • Seleção de resíduos orgânicos: poderá ser feita na origem para posterior compostagem • Seleção de resíduos recicláveis: • o ideal é que seja feita no próprio local de geração; • seu estado de conservação interfere no seu valor. • Seleção de resíduos de saúde, industriais e perigosos: é obrigatório que seja feita na fonte 152
  • 153. Apresentação, Coleta e Destino • Resíduos domiciliares: • Apresentação: sacos plásticos de boa qualidade • Coleta: sistema de coleta municipal • Destino: geralmente é o aterro sanitário municipal • Resíduos de serviços de saúde: • Apresentação: deverá ser feita em saco plástico especial, branco leitoso • Coleta: coleta especial do município • Destino: incinerador (não recomendado), autoclave, microondas, tocha de plasma, outros 153
  • 154. Apresentação; Coleta e Destino • Resíduos e rejeitos industriais e agrícolas: • Estocagem: dentro das normas para o resíduo • Coleta: responsabilidade do gerador • Destino: responsabilidade do gerador ou corresponsabilidade do fabricante (Ex.: embalagens de agrotóxicos e produtos químicos) • Entulho: • Apresentação: em caçambas apropriadas • Coleta: particular contratada pelo gerador • Destino: aterro de terrenos. Por ser material inerte não deve ser depositado no aterro sanitário 154
  • 155. 155 Coleta e transporte Lixo comum Resíduos de Serviços de Saúde Entulho
  • 157. DRENAGEM URBANA 157 Drenagem é o termo empregado na designação das instalações destinadas a escoar o excesso de água, seja em rodovias, na zona rural ou na malha urbana, sendo que a drenagem desta última é o objetivo do nosso estudo. A drenagem urbana não se restringe aos aspectos puramente técnicos impostos pelos limites restritos à engenharia, pois compreende o conjunto de todas as medidas a serem tomadas que visem à atenuação dos riscos e dos prejuízos decorrentes de inundações aos quais a sociedade está sujeita.
  • 158. A maioria dos problemas ambientais sociais e econômicos que o mundo de hoje enfrenta esta localizado nas megalópoles, sendo ainda pior em países subdesenvolvidos onde há falta de recursos. 158
  • 159. Causas da Drenagem Urbana • Remoção da cobertura vegetal nativa: o que causa o assoreamento de rios que influência diretamente no caminho natural percorrido pela agua, além de erosão, aquecimento e nebulosidade são fatores que não só estão ligado diretamente na drenagem mas também com o meio ambiente. • Falta de profissionais qualificados: para execução e planejamento para obras de grande e médio porte. • Impermeabilização: os terrenos antes coberto com mata hoje com os aglomerados urbanos são cobertos com asfalto, calcadas e etc.. • Conscientização da população em geral: com a falta de conscientização da população sobre o risco que pode haver ao ocupar áreas de mananciais de forma irregular além de lixo jogado em via pública que entope os bueiros e boca de lobo. 159
  • 160. Impactos da urbanização sobreo ciclo hidrológico 160
  • 161. 161 Impactos da urbanização sobreo ciclo hidrológico
  • 162. Sistema de Esgotamento Sanitário É um conjunto de obras e instalações destinadas a realizar : coleta, transporte e afastamento, disposição final das águas residuárias da comunidade, de uma forma adequada do ponto de vista sanitário. Benefícios:  Melhorias das condições sanitárias locais Eliminação dos focos de poluição e contaminação Eliminação de problemas estéticos desagradáveis Melhoria do potencial produtivo do ser humano
  • 163.
  • 164.
  • 166. VIGILÂNCIA AMBIENTAL EM SAÚDE • Conceito: • É um conjunto de ações que proporciona o conhecimento e a detecção de qualquer mudança nos fatores determinantes e condicionantes do meio ambiente que interferem na saúde humana, com a finalidade de identificar as medidas de prevenção e controle dos fatores de risco ambientais relacionados às doenças ou outros agravos à saúde.
  • 167. OBJETIVOS DA VIGILANCIA AMBIENTAL EM SAÚDE • a) produzir, integrar, processar e interpretar informações, visando a disponibilizar ao SUS instrumentos para o planejamento e execução de ações relativas às atividades de promoção da saúde e de prevenção e controle de doenças relacionadas ao meio ambiente; • b) estabelecer os principais parâmetros, atribuições, procedimentos e ações relacionadas à vigilância ambiental em saúde nas diversas instâncias de competência;
  • 168. OBJETIVOS DA VIGILANCIA AMBIENTAL EM SAÚDE • c) identificar os riscos e divulgar as informações referentes aos fatores ambientais condicionantes e determinantes das doenças e outros agravos à saúde; • d) intervir com ações diretas de responsabilidade do setor ou demandando para outros setores, com vistas a eliminar os principais fatores ambientais de riscos à saúde humana;
  • 169. • e) promover, junto aos órgãos afins ações de proteção da saúde humana relacionadas ao controle e recuperação do meio ambiente; e • f) conhecer e estimular a interação entre saúde, meio ambiente e desenvolvimento, visando ao fortalecimento da participação da população na promoção da saúde e qualidade de vida. OBJETIVOS DA VIGILANCIA AMBIENTAL EM SAÚDE
  • 170. INSTRUMENTOS E MÉTODOS • Epidemiologia ambiental: - Métodos: • Epidemiologia Descritiva – que utiliza o método científico para estudar a distribuição dos riscos e dos efeitos adversos à saúde da população; e • Epidemiologia analítica – que estuda a relação entre a exposição a um determinado fator e algum efeito adverso à saúde.
  • 171. INSTRUMENTOS E MÉTODOS • Instrumentos da Epidemiologia Ambiental: • os fatores de risco existentes (físicos, químicos, biológicos, mecânicos, ergonômicos ou psicossociais); • as características especiais do ambiente que interferem no padrão de saúde da população; e • os efeitos adversos à saúde relacionados à exposição a fatores de risco ambientais.
  • 172. INSTRUMENTOS E MÉTODOS • g) Sistema de Informação de Vigilância em Saúde Relacionado a Acidentes com Produtos Perigosos; e • h) outros sistemas que se fizerem necessários.
  • 173. Avaliação e gerenciamento de risco • Avaliação de riscos no caso de substancias químicas que representam possuem particular relevância nos problemas ambientais modernos; • A avaliação de riscos é um procedimento utilizado para sintetizar as informações disponíveis e os julgamentos sobre as mesmas com o objetivo de estimar os riscos associados a uma determinada exposição.
  • 174. Avaliação e gerenciamento de risco • Gerenciamento de riscos: • Consiste na seleção e implementação de estratégias mais apropriadas para o controle e prevenção de riscos, envolvendo a regulamentação, a utilização de tecnologias de controle e remediação ambiental, a análise de custo/benefício, a aceitabilidade de riscos e a análise de seus impactos nas políticas públicas.
  • 175. Indicadores de saúde e ambiente • Construir indicadores que permitam uma visão abrangente e integrada da relação saúde e ambiente PERMITE: Entender um conjunto de ações de promoção e prevenção que visam ao controle dos riscos ambientais e à melhoria das condições de meio ambiente e de saúde das populações
  • 176. IMPORTÂNCIA DOS INDICACORES • Os indicadores de saúde ambiental serão utilizados para tomada de decisões,por intermédio do uso de diferentes ferramentas, tais como a estatística, a epidemiologia e a utilização destes nos sistemas de informação geográfica.
  • 177. Sistemas de Informação de Vigilância Ambiental em Saúde • A construção de um sistema de informação para a vigilância ambiental em saúde que integre aspectos de saúde e de meio ambiente, permite a produção de informações estatísticas facilitadoras da interpretação da dinâmica com os demais sistemas, possibilitem a construção e identificação de indicadores de saúde ambiental.
  • 178. INFORMAÇÕES ESPECÍFICAS DO SISTEMA DE VIGILÂNCIA • a) Sistema de Informação de Vigilância em Saúde de Fatores Biológicos; • b) Sistema de Informação de Vigilância em Saúde de Contaminantes Ambientais; • c) Sistema de Informação de Vigilância em Saúde Relacionado à Qualidade da Água de Consumo Humano (Siságua);
  • 179. • d) Sistema de Informação de Vigilância em Saúde Relacionado à Qualidade do Ar; • e) Sistema de Informação de Vigilância em Saúde Relacionado à Qualidade do Solo; • f) Sistema de Informação de Vigilância em Saúde Relacionado a Desastres Naturais; INFORMAÇÕES ESPECÍFICAS DO SISTEMA DE VIGILÂNCIA
  • 180. Instrumentos importantes • Georeferenciamento de dados que é o processo usado para referenciar registros tabulares a um lugar da superfície da terra ou unidade territorial (bairro, município, localidade, etc.), possibilitando assim, a elaboração de mapas de risco capazes de auxiliar a tomada de decisão nas diversas instâncias do SUS.
  • 181. INSTRUMENTOS E MÉTODOS • A Vigilância Ambiental em Saúde deverá ser concebida e estruturada de forma que seja plenamente compatível com os Sistemas de Informação da Vigilância Epidemiológica e dos grandes bancos de dados de saúde existentes no país, assegurando desta forma, que não haja duplicidade de ação e que a partir do cruzamento das informações dos sistemas de informação do Sinvas com os demais sistemas, possibilitem a construção e identificação de indicadores de saúde ambiental.
  • 182. INSTRUMENTOS E MÉTODOS • A prática da integração interdisciplinar e a pesquisa de tecnologias apropriadas às condições do país, são grandes instrumentos para a estruturação da área de vigilância ambiental em saúde.
  • 183. INSTRUMENTOS E MÉTODOS • Para a viabilização da Vigilância Ambiental em Saúde, considera-se fundamental a realização de estudos e análises que permitam relacionar os efeitos à saúde com determinados fatores ambientais, utilizando indicadores de saúde e ambiente, sistemas de informação, ou ainda, estudos epidemiológicos.
  • 184. Estruturação da Vigilância Ambiental em Saúde • Organização: - Aspectos Gerais: A atuação articulada e constante com os diferentes atores para que as ações integradas sejam implementadas de forma eficiente, Assegurar aos setores envolvidos responsabilidades de atuar sobre os problemas de saúde e ambiente em suas respectivas áreas. Universo de atuação todos os fatores ambientais de riscos que interferem na saúde humana; as interrelações entre o homem e o ambiente e vice-versa.
  • 185. Estruturação da Vigilância Ambiental em Saúde • No âmbito do Ministério da Saúde, diversos órgãos e instituições desenvolvem programas, projetos e ações relacionados à saúde ambiental; • A estruturação e a operacionalização da Vigilância Ambiental em Saúde • demanda articulação com diversos ministérios, como: Ministério do Meio Ambiente, o Ministério do Trabalho, o Ministério das Relações Exteriores, o Ministério da Educação e o Ministério do Planejamento,entre outros órgãos e agências do Governo Federal.
  • 186. Estruturação da Vigilância Ambiental em Saúde • No âmbito do SUS, a FUNASA fomentará e apoiará a estruturação da área de Vigilância Ambiental em Saúde nas secretarias estaduais de saúde e nas secretarias municipais de saúde, por meio da Programação Pactuada Integrada de Epidemiologia e Controle de Doenças (PPI-ECD) e de projetos estruturantes com apoio financeiro do Projeto Vigisus e outras fontes de financiamento que venham a ser identificadas.
  • 187. Estrutura Organizacional da Coordenação geral da vigilância ambiental (Cgvam)
  • 188. Estrutura Organizacional da Coordenação geral da vigilância ambiental (Cgvam) • Destaca-se que a vigilância ambiental em saúde tem necessariamente um caráter integrador inter e intra-setorial, considerando-se que é impossível realizar atividades de vigilância e controle de riscos ambientais para a saúde humana relacionados a qualquer de seus fatores, sem uma avaliação e ação conjunta de todos os setores envolvidos com o ambiente e a saúde humana em um determinado território.
  • 189. Coordenação de Vigilância e Controle dos Fatores de Risco Biológicos (Cofab)
  • 190. Coordenação de Vigilância e Controle dos Fatores de Risco Biológicos (Cofab) • Tem como finalidade o mapeamento de áreas de risco em determinados territórios utilizando a vigilância ambiental e as suas relações com a vigilância epidemiológica quanto à incidência e prevalência destas doenças e do impacto das ações de controle, além da interação com a rede de laboratórios de saúde pública e a inter- relação com as ações de saneamento, visando ao controle ou à eliminação dos riscos.
  • 191. Coordenação de Vigilância e Controle dos Fatores de Risco Não Biológicos (Conab)
  • 194. QUALIDADE DO AR • Na área de vigilância da qualidade do ar é de interesse o mapeamento e o cadastramento das principais áreas de risco de poluição do ar, em particular nas áreas metropolitanas, identificando a existência e a necessidade de sistemas de monitoramento da qualidade do ar. O monitoramento deverá dar prioridade àquelas substâncias químicas e a agentes físicos de comprovado ou suspeito efeito deletério à qualidade da saúde humana.
  • 195. QUALIDADE DO SOLO • Na área de vigilância da qualidade do solo o objetivo maior é o mapeamento e o cadastramento das áreas de contaminação ambiental da superfície e do subsolo terrestre que tenham potencial risco à saúde humana, especialmente as áreas de resíduos (passivos) perigosos e tóxicos. Além disto, pretende-se identificar sistemas de monitoramento destas áreas visando identificar, caracterizar, quantificar, cadastrar e monitorar substâncias, especialmente àquelas de interesse à saúde humana.
  • 196. Desastres naturais e acidentes com produtos perigosos