(1) O documento discute equações algébricas e a origem da teoria de Galois, mencionando equações de primeiro e segundo grau. (2) As primeiras equações registradas foram no Papiro de Rhind e pelos babilônicos por volta de 1650 a.C. (3) A equação geral de primeiro grau é apresentada e resolvida usando o método da falsa posição.
PROJETO DE EXTENSÃO I - TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO Relatório Final de Atividade...
Equacoes-Algebricas-Galois.pdf
1. Equações Algébricas e a Origem da Teoria de Galois
Ronie Peterson Dario
Departamento Acadêmico de Matemática
Universidade Tecnológica Federal do Paraná
XV Semana da Matemática e I Encontro de Ensino de Matemática
Pato Branco-PR, 29 de setembro de 2010.
Ronie P. Dario (DAMAT - UTFPR) Equações e Galois 1 / 21
10. Equação de Primeiro Grau
Equações de Primeiro Grau
Ronie P. Dario (DAMAT - UTFPR) Equações e Galois 3 / 21
11. Equação de Primeiro Grau
Equações de Primeiro Grau
Dados os números a, b, a 6= 0, a equação geral de primeiro grau é
ax + b = 0
Ronie P. Dario (DAMAT - UTFPR) Equações e Galois 3 / 21
12. Equação de Primeiro Grau
Equações de Primeiro Grau
Dados os números a, b, a 6= 0, a equação geral de primeiro grau é
ax + b = 0
Exemplos: (1) 3x + 7 = 9
Ronie P. Dario (DAMAT - UTFPR) Equações e Galois 3 / 21
13. Equação de Primeiro Grau
Equações de Primeiro Grau
Dados os números a, b, a 6= 0, a equação geral de primeiro grau é
ax + b = 0
Exemplos: (1) 3x + 7 = 9 (2) x + x
4 = 15.
Ronie P. Dario (DAMAT - UTFPR) Equações e Galois 3 / 21
14. Equação de Primeiro Grau
Equações de Primeiro Grau
Dados os números a, b, a 6= 0, a equação geral de primeiro grau é
ax + b = 0
Exemplos: (1) 3x + 7 = 9 (2) x + x
4 = 15.
Primeiros Registros: Papiro de Rhind (egı́pcios) e Babilônicos, 1650 a.C.
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15. Equação de Primeiro Grau
Equações de Primeiro Grau
Dados os números a, b, a 6= 0, a equação geral de primeiro grau é
ax + b = 0
Exemplos: (1) 3x + 7 = 9 (2) x + x
4 = 15.
Primeiros Registros: Papiro de Rhind (egı́pcios) e Babilônicos, 1650 a.C.
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16. Equação de Primeiro Grau
Método da Falsa Posição
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17. Equação de Primeiro Grau
Método da Falsa Posição
x +
x
4
= 15
Ronie P. Dario (DAMAT - UTFPR) Equações e Galois 4 / 21
18. Equação de Primeiro Grau
Método da Falsa Posição
x +
x
4
= 15
Chute inicial: 4
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19. Equação de Primeiro Grau
Método da Falsa Posição
x +
x
4
= 15
Chute inicial: 4 → Resultado: 5
Ronie P. Dario (DAMAT - UTFPR) Equações e Galois 4 / 21
20. Equação de Primeiro Grau
Método da Falsa Posição
x +
x
4
= 15
Chute inicial: 4 → Resultado: 5
Mas 3 × 5 = 15.
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21. Equação de Primeiro Grau
Método da Falsa Posição
x +
x
4
= 15
Chute inicial: 4 → Resultado: 5
Mas 3 × 5 = 15.
Então 3 × 4 = 12 é a resposta.
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22. Equação de Primeiro Grau
Axiomas de Euclides, 300 a. C.
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23. Equação de Primeiro Grau
Axiomas de Euclides, 300 a. C.
(1) Se iguais forem somados a iguais, os resultados serão iguais.
Ronie P. Dario (DAMAT - UTFPR) Equações e Galois 5 / 21
24. Equação de Primeiro Grau
Axiomas de Euclides, 300 a. C.
(1) Se iguais forem somados a iguais, os resultados serão iguais.
(2) Se iguais forem subtraı́dos a iguais, os resultados serão iguais.
Ronie P. Dario (DAMAT - UTFPR) Equações e Galois 5 / 21
25. Equação de Primeiro Grau
Axiomas de Euclides, 300 a. C.
(1) Se iguais forem somados a iguais, os resultados serão iguais.
(2) Se iguais forem subtraı́dos a iguais, os resultados serão iguais.
ax + b = 0, a 6= 0
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26. Equação de Primeiro Grau
Axiomas de Euclides, 300 a. C.
(1) Se iguais forem somados a iguais, os resultados serão iguais.
(2) Se iguais forem subtraı́dos a iguais, os resultados serão iguais.
ax + b = 0, a 6= 0
⇒ ax + b − b = 0 − b
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27. Equação de Primeiro Grau
Axiomas de Euclides, 300 a. C.
(1) Se iguais forem somados a iguais, os resultados serão iguais.
(2) Se iguais forem subtraı́dos a iguais, os resultados serão iguais.
ax + b = 0, a 6= 0
⇒ ax + b − b = 0 − b
⇒ ax + 0 = −b
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28. Equação de Primeiro Grau
Axiomas de Euclides, 300 a. C.
(1) Se iguais forem somados a iguais, os resultados serão iguais.
(2) Se iguais forem subtraı́dos a iguais, os resultados serão iguais.
ax + b = 0, a 6= 0
⇒ ax + b − b = 0 − b
⇒ ax + 0 = −b
⇒ ax = −b
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29. Equação de Primeiro Grau
Axiomas de Euclides, 300 a. C.
(1) Se iguais forem somados a iguais, os resultados serão iguais.
(2) Se iguais forem subtraı́dos a iguais, os resultados serão iguais.
ax + b = 0, a 6= 0
⇒ ax + b − b = 0 − b
⇒ ax + 0 = −b
⇒ ax = −b
⇒ 1
a
ax = 1
a (−b)
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30. Equação de Primeiro Grau
Axiomas de Euclides, 300 a. C.
(1) Se iguais forem somados a iguais, os resultados serão iguais.
(2) Se iguais forem subtraı́dos a iguais, os resultados serão iguais.
ax + b = 0, a 6= 0
⇒ ax + b − b = 0 − b
⇒ ax + 0 = −b
⇒ ax = −b
⇒ 1
a
ax = 1
a (−b)
⇒ x = −b
a
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31. Equações de Segundo Grau
Equação geral de grau 2
Ronie P. Dario (DAMAT - UTFPR) Equações e Galois 6 / 21
32. Equações de Segundo Grau
Equação geral de grau 2
ax2
+bx+c = 0, a 6= 0
a, b, c constantes e a 6= 0.
Ronie P. Dario (DAMAT - UTFPR) Equações e Galois 6 / 21
33. Equações de Segundo Grau
Equação geral de grau 2
ax2
+bx+c = 0, a 6= 0
a, b, c constantes e a 6= 0.
Fórmula de Bhaskara (Sridhara, século IX)
Ronie P. Dario (DAMAT - UTFPR) Equações e Galois 6 / 21
34. Equações de Segundo Grau
Equação geral de grau 2
ax2
+bx+c = 0, a 6= 0
a, b, c constantes e a 6= 0.
Fórmula de Bhaskara (Sridhara, século IX)
x =
−b ±
√
b2 − 4ac
2a
Ronie P. Dario (DAMAT - UTFPR) Equações e Galois 6 / 21
35. Equações de Segundo Grau
Resolução
ax2
+bx+c = 0, a 6= 0
Ronie P. Dario (DAMAT - UTFPR) Equações e Galois 7 / 21
36. Equações de Segundo Grau
Resolução
ax2
+bx+c = 0, a 6= 0
⇒ x2
+
b
a
x +
c
a
= 0
Ronie P. Dario (DAMAT - UTFPR) Equações e Galois 7 / 21
37. Equações de Segundo Grau
Resolução
ax2
+bx+c = 0, a 6= 0
⇒ x2
+
b
a
x +
c
a
= 0
⇒ x2
+
b
a
x = −
c
a
Ronie P. Dario (DAMAT - UTFPR) Equações e Galois 7 / 21
38. Equações de Segundo Grau
Resolução
ax2
+bx+c = 0, a 6= 0
⇒ x2
+
b
a
x +
c
a
= 0
⇒ x2
+
b
a
x = −
c
a
⇒ x2
+
b
a
x +
b2
4a2
= −
c
a
+
b2
4a2
Ronie P. Dario (DAMAT - UTFPR) Equações e Galois 7 / 21
39. Equações de Segundo Grau
Resolução
ax2
+bx+c = 0, a 6= 0
⇒ x2
+
b
a
x +
c
a
= 0
⇒ x2
+
b
a
x = −
c
a
⇒ x2
+
b
a
x +
b2
4a2
= −
c
a
+
b2
4a2
⇒
x +
b
2a
2
=
b2 − 4ac
4a2
Ronie P. Dario (DAMAT - UTFPR) Equações e Galois 7 / 21
40. Equações de Segundo Grau
Resolução
ax2
+bx+c = 0, a 6= 0
⇒ x2
+
b
a
x +
c
a
= 0
⇒ x2
+
b
a
x = −
c
a
⇒ x2
+
b
a
x +
b2
4a2
= −
c
a
+
b2
4a2
⇒
x +
b
2a
2
=
b2 − 4ac
4a2
⇒
s
x +
b
2a
2
= ±
r
b2 − 4ac
4a2
Ronie P. Dario (DAMAT - UTFPR) Equações e Galois 7 / 21
41. Equações de Segundo Grau
Resolução
ax2
+bx+c = 0, a 6= 0
⇒ x2
+
b
a
x +
c
a
= 0
⇒ x2
+
b
a
x = −
c
a
⇒ x2
+
b
a
x +
b2
4a2
= −
c
a
+
b2
4a2
⇒
x +
b
2a
2
=
b2 − 4ac
4a2
⇒
s
x +
b
2a
2
= ±
r
b2 − 4ac
4a2
⇒ x +
b
2a
= ±
√
b2 − 4ac
2a
Ronie P. Dario (DAMAT - UTFPR) Equações e Galois 7 / 21
42. Equações de Segundo Grau
Resolução
ax2
+bx+c = 0, a 6= 0
⇒ x2
+
b
a
x +
c
a
= 0
⇒ x2
+
b
a
x = −
c
a
⇒ x2
+
b
a
x +
b2
4a2
= −
c
a
+
b2
4a2
⇒
x +
b
2a
2
=
b2 − 4ac
4a2
⇒
s
x +
b
2a
2
= ±
r
b2 − 4ac
4a2
⇒ x +
b
2a
= ±
√
b2 − 4ac
2a
x =
−b ±
√
b2 − 4ac
2a
Ronie P. Dario (DAMAT - UTFPR) Equações e Galois 7 / 21
43. Equações de Grau 3
Equação geral de grau 3
ax3
+ bx2
+ cx + d = 0, a 6= 0
Ronie P. Dario (DAMAT - UTFPR) Equações e Galois 8 / 21
44. Equações de Grau 3
Equação geral de grau 3
ax3
+ bx2
+ cx + d = 0, a 6= 0
x3
+ px = q
Ronie P. Dario (DAMAT - UTFPR) Equações e Galois 8 / 21
45. Equações de Grau 3
Equação geral de grau 3
ax3
+ bx2
+ cx + d = 0, a 6= 0
x3
+ px = q
Scipione del Ferro (1515)
Ronie P. Dario (DAMAT - UTFPR) Equações e Galois 8 / 21
46. Equações de Grau 3
Equação geral de grau 3
ax3
+ bx2
+ cx + d = 0, a 6= 0
x3
+ px = q
Scipione del Ferro (1515)
x =
3
s
−
q
2
+
r
q2
4
+
p3
27
+
3
s
−
q
2
−
r
q2
4
+
p3
27
Ronie P. Dario (DAMAT - UTFPR) Equações e Galois 8 / 21
47. Equações de Grau 3
A equação da discórdia
ax3
+ bx2
+ cx + d = 0, a 6= 0
x3
+ px = q
Ronie P. Dario (DAMAT - UTFPR) Equações e Galois 9 / 21
48. Equações de Grau 3
A equação da discórdia
ax3
+ bx2
+ cx + d = 0, a 6= 0
x3
+ px = q
Ronie P. Dario (DAMAT - UTFPR) Equações e Galois 9 / 21
49. Equações de Grau 3
A equação da discórdia
ax3
+ bx2
+ cx + d = 0, a 6= 0
x3
+ px = q
x3 + px = q x3 + px = q
Ronie P. Dario (DAMAT - UTFPR) Equações e Galois 9 / 21
50. Equações de Grau 3
A equação da discórdia
ax3
+ bx2
+ cx + d = 0, a 6= 0
x3
+ px = q
x3 + px = q x3 + px = q
x3 + px2 + q = 0
Ronie P. Dario (DAMAT - UTFPR) Equações e Galois 9 / 21
51. Equações de Grau 3
A equação da discórdia
ax3
+ bx2
+ cx + d = 0, a 6= 0
x3
+ px = q
x3 + px = q x3 + px = q
x3 + px2 + q = 0
Ronie P. Dario (DAMAT - UTFPR) Equações e Galois 10 / 21
52. Equações de Grau 3
A equação da discórdia
ax3
+ bx2
+ cx + d = 0, a 6= 0
x3
+ px = q
x3 + px = q x3 + px = q
x3 + px2 + q = 0 Ars Magna
Ronie P. Dario (DAMAT - UTFPR) Equações e Galois 10 / 21
53. Equações de Grau 3
Redução
Ronie P. Dario (DAMAT - UTFPR) Equações e Galois 11 / 21
54. Equações de Grau 3
Redução
Sejam a, b, c, d constantes e a 6= 0.
ax3
+ bx2
+ cx + d = 0
Ronie P. Dario (DAMAT - UTFPR) Equações e Galois 11 / 21
55. Equações de Grau 3
Redução
Sejam a, b, c, d constantes e a 6= 0.
ax3
+ bx2
+ cx + d = 0
Fazendo x = y − b
3a e substituindo,
Ronie P. Dario (DAMAT - UTFPR) Equações e Galois 11 / 21
56. Equações de Grau 3
Redução
Sejam a, b, c, d constantes e a 6= 0.
ax3
+ bx2
+ cx + d = 0
Fazendo x = y − b
3a e substituindo,
0 = a
y −
b
3a
3
+ b
y −
b
3a
2
+ c
y −
b
3a
+ d
Ronie P. Dario (DAMAT - UTFPR) Equações e Galois 11 / 21
57. Equações de Grau 3
Redução
Sejam a, b, c, d constantes e a 6= 0.
ax3
+ bx2
+ cx + d = 0
Fazendo x = y − b
3a e substituindo,
0 = a
y −
b
3a
3
+ b
y −
b
3a
2
+ c
y −
b
3a
+ d
= ay3
+
b − 3a
b
3a
| {z }
0
y2
+
b2
3a
−
2b2
3a
+ c
y +
b3
27a2
+
b3
9a2
−
cb
3a
+ d
Ronie P. Dario (DAMAT - UTFPR) Equações e Galois 11 / 21
58. Equações de Grau 3
Redução
Sejam a, b, c, d constantes e a 6= 0.
ax3
+ bx2
+ cx + d = 0
Fazendo x = y − b
3a e substituindo,
0 = a
y −
b
3a
3
+ b
y −
b
3a
2
+ c
y −
b
3a
+ d
= ay3
+
b − 3a
b
3a
| {z }
0
y2
+
b2
3a
−
2b2
3a
+ c
y +
b3
27a2
+
b3
9a2
−
cb
3a
+ d
ay3
+ py + q = 0.
Ronie P. Dario (DAMAT - UTFPR) Equações e Galois 11 / 21
59. Equações de Grau 3
Resolução de x3
+ px + q = 0
Ronie P. Dario (DAMAT - UTFPR) Equações e Galois 12 / 21
60. Equações de Grau 3
Resolução de x3
+ px + q = 0
Façamos x = u + v.
Ronie P. Dario (DAMAT - UTFPR) Equações e Galois 12 / 21
61. Equações de Grau 3
Resolução de x3
+ px + q = 0
Façamos x = u + v.
x3
= (u + v)3
Ronie P. Dario (DAMAT - UTFPR) Equações e Galois 12 / 21
62. Equações de Grau 3
Resolução de x3
+ px + q = 0
Façamos x = u + v.
x3
= (u + v)3
= u3
+ v3
+ 3uv(u + v)
Ronie P. Dario (DAMAT - UTFPR) Equações e Galois 12 / 21
63. Equações de Grau 3
Resolução de x3
+ px + q = 0
Façamos x = u + v.
x3
= (u + v)3
= u3
+ v3
+ 3uv(u + v) = u3
+ v3
+ 3uvx
Ronie P. Dario (DAMAT - UTFPR) Equações e Galois 12 / 21
64. Equações de Grau 3
Resolução de x3
+ px + q = 0
Façamos x = u + v.
x3
= (u + v)3
= u3
+ v3
+ 3uv(u + v) = u3
+ v3
+ 3uvx
x3 − 3uvx − (u3 + v3) = 0.
Ronie P. Dario (DAMAT - UTFPR) Equações e Galois 12 / 21
65. Equações de Grau 3
Resolução de x3
+ px + q = 0
Façamos x = u + v.
x3
= (u + v)3
= u3
+ v3
+ 3uv(u + v) = u3
+ v3
+ 3uvx
x3 − 3uvx − (u3 + v3) = 0.
Segue que p = −3uv e q = −(u3 + v3).
Ronie P. Dario (DAMAT - UTFPR) Equações e Galois 12 / 21
66. Equações de Grau 3
Resolução de x3
+ px + q = 0
Façamos x = u + v.
x3
= (u + v)3
= u3
+ v3
+ 3uv(u + v) = u3
+ v3
+ 3uvx
x3 − 3uvx − (u3 + v3) = 0.
Segue que p = −3uv e q = −(u3 + v3). Logo u3 e v3 são as raı́zes da
equação de segundo grau
z2
+ qz −
p3
27
= 0.
Ronie P. Dario (DAMAT - UTFPR) Equações e Galois 12 / 21
67. Equações de Grau 3
Resolução de x3
+ px + q = 0
Façamos x = u + v.
x3
= (u + v)3
= u3
+ v3
+ 3uv(u + v) = u3
+ v3
+ 3uvx
x3 − 3uvx − (u3 + v3) = 0.
Segue que p = −3uv e q = −(u3 + v3). Logo u3 e v3 são as raı́zes da
equação de segundo grau
z2
+ qz −
p3
27
= 0.
Pela Fórmula de Bhaskara, temos
Ronie P. Dario (DAMAT - UTFPR) Equações e Galois 12 / 21
68. Equações de Grau 3
Resolução de x3
+ px + q = 0
Façamos x = u + v.
x3
= (u + v)3
= u3
+ v3
+ 3uv(u + v) = u3
+ v3
+ 3uvx
x3 − 3uvx − (u3 + v3) = 0.
Segue que p = −3uv e q = −(u3 + v3). Logo u3 e v3 são as raı́zes da
equação de segundo grau
z2
+ qz −
p3
27
= 0.
Pela Fórmula de Bhaskara, temos
u3
= −
q
2
+
r
q2
4
+
p3
27
e v3
= −
q
2
−
r
q2
4
+
p3
27
Ronie P. Dario (DAMAT - UTFPR) Equações e Galois 12 / 21
69. Equações de Grau 3
Resolução de x3
+ px + q = 0
Façamos x = u + v.
x3
= (u + v)3
= u3
+ v3
+ 3uv(u + v) = u3
+ v3
+ 3uvx
x3 − 3uvx − (u3 + v3) = 0.
Segue que p = −3uv e q = −(u3 + v3). Logo u3 e v3 são as raı́zes da
equação de segundo grau
z2
+ qz −
p3
27
= 0.
Pela Fórmula de Bhaskara, temos
u3
= −
q
2
+
r
q2
4
+
p3
27
e v3
= −
q
2
−
r
q2
4
+
p3
27
x =
3
s
−
q
2
+
r
q2
4
+
p3
27
+
3
s
−
q
2
−
r
q2
4
+
p3
27
Ronie P. Dario (DAMAT - UTFPR) Equações e Galois 12 / 21
70. Equações de Grau 3
Exemplo
Ronie P. Dario (DAMAT - UTFPR) Equações e Galois 13 / 21
71. Equações de Grau 3
Exemplo
x3
− 6x − 9 = 0
Ronie P. Dario (DAMAT - UTFPR) Equações e Galois 13 / 21
72. Equações de Grau 3
Exemplo
x3
− 6x − 9 = 0
p = −6 e q = −9 na fórmula de Cardano:
Ronie P. Dario (DAMAT - UTFPR) Equações e Galois 13 / 21
73. Equações de Grau 3
Exemplo
x3
− 6x − 9 = 0
p = −6 e q = −9 na fórmula de Cardano:
x =
3
s
−
q
2
+
r
q2
4
+
p3
27
+
3
s
−
q
2
−
r
q2
4
+
p3
27
Ronie P. Dario (DAMAT - UTFPR) Equações e Galois 13 / 21
74. Equações de Grau 3
Exemplo
x3
− 6x − 9 = 0
p = −6 e q = −9 na fórmula de Cardano:
x =
3
s
−
q
2
+
r
q2
4
+
p3
27
+
3
s
−
q
2
−
r
q2
4
+
p3
27
=
3
s
9
2
+
r
(−9)2
4
+
(−6)3
27
+
3
s
9
2
−
r
(−9)2
4
+
(−6)3
27
Ronie P. Dario (DAMAT - UTFPR) Equações e Galois 13 / 21
75. Equações de Grau 3
Exemplo
x3
− 6x − 9 = 0
p = −6 e q = −9 na fórmula de Cardano:
x =
3
s
−
q
2
+
r
q2
4
+
p3
27
+
3
s
−
q
2
−
r
q2
4
+
p3
27
=
3
s
9
2
+
r
(−9)2
4
+
(−6)3
27
+
3
s
9
2
−
r
(−9)2
4
+
(−6)3
27
=
3
s
9
2
+
r
49
4
+
3
s
9
2
−
r
49
4
Ronie P. Dario (DAMAT - UTFPR) Equações e Galois 13 / 21
76. Equações de Grau 3
Exemplo
x3
− 6x − 9 = 0
p = −6 e q = −9 na fórmula de Cardano:
x =
3
s
−
q
2
+
r
q2
4
+
p3
27
+
3
s
−
q
2
−
r
q2
4
+
p3
27
=
3
s
9
2
+
r
(−9)2
4
+
(−6)3
27
+
3
s
9
2
−
r
(−9)2
4
+
(−6)3
27
=
3
s
9
2
+
r
49
4
+
3
s
9
2
−
r
49
4
=
3
r
9 + 7
2
+
3
r
9 − 7
2
=
Ronie P. Dario (DAMAT - UTFPR) Equações e Galois 13 / 21
77. Equações de Grau 3
Exemplo
x3
− 6x − 9 = 0
p = −6 e q = −9 na fórmula de Cardano:
x =
3
s
−
q
2
+
r
q2
4
+
p3
27
+
3
s
−
q
2
−
r
q2
4
+
p3
27
=
3
s
9
2
+
r
(−9)2
4
+
(−6)3
27
+
3
s
9
2
−
r
(−9)2
4
+
(−6)3
27
=
3
s
9
2
+
r
49
4
+
3
s
9
2
−
r
49
4
=
3
r
9 + 7
2
+
3
r
9 − 7
2
=
3
√
8 +
3
√
1
Ronie P. Dario (DAMAT - UTFPR) Equações e Galois 13 / 21
78. Equações de Grau 3
Exemplo
x3
− 6x − 9 = 0
p = −6 e q = −9 na fórmula de Cardano:
x =
3
s
−
q
2
+
r
q2
4
+
p3
27
+
3
s
−
q
2
−
r
q2
4
+
p3
27
=
3
s
9
2
+
r
(−9)2
4
+
(−6)3
27
+
3
s
9
2
−
r
(−9)2
4
+
(−6)3
27
=
3
s
9
2
+
r
49
4
+
3
s
9
2
−
r
49
4
=
3
r
9 + 7
2
+
3
r
9 − 7
2
=
3
√
8 +
3
√
1 = 2 + 1 = 3.
Ronie P. Dario (DAMAT - UTFPR) Equações e Galois 13 / 21
79. Equações de Grau 3
Números Complexos
Ronie P. Dario (DAMAT - UTFPR) Equações e Galois 14 / 21
80. Equações de Grau 3
Números Complexos
Cardano (Ars Magna)
x3
− 15x − 4 = 0
Ronie P. Dario (DAMAT - UTFPR) Equações e Galois 14 / 21
82. Equações de Grau 3
Números Complexos
Cardano (Ars Magna)
x3
− 15x − 4 = 0
x =
3
q
2 +
√
−121 +
3
q
2 −
√
−121
Mas, x = 4 é solução da equação.
Ronie P. Dario (DAMAT - UTFPR) Equações e Galois 14 / 21
83. Equações de Grau 3
Números Complexos
Cardano (Ars Magna)
x3
− 15x − 4 = 0
x =
3
q
2 +
√
−121 +
3
q
2 −
√
−121
Mas, x = 4 é solução da equação.
Rafael Bombelli (1560)
(2 ±
√
−1)3
= 2 ±
√
−121
Ronie P. Dario (DAMAT - UTFPR) Equações e Galois 14 / 21
84. Equações de Grau 3
Números Complexos
Cardano (Ars Magna)
x3
− 15x − 4 = 0
x =
3
q
2 +
√
−121 +
3
q
2 −
√
−121
Mas, x = 4 é solução da equação.
Rafael Bombelli (1560)
(2 ±
√
−1)3
= 2 ±
√
−121
x = (2 +
√
−1) + (2 −
√
−1) = 4
Ronie P. Dario (DAMAT - UTFPR) Equações e Galois 14 / 21
85. Equações de Grau 3
Números Complexos
Cardano (Ars Magna)
x3
− 15x − 4 = 0
x =
3
q
2 +
√
−121 +
3
q
2 −
√
−121
Mas, x = 4 é solução da equação.
Rafael Bombelli (1560)
(2 ±
√
−1)3
= 2 ±
√
−121
x = (2 +
√
−1) + (2 −
√
−1) = 4
Gauss (1831).
Ronie P. Dario (DAMAT - UTFPR) Equações e Galois 14 / 21
86. Equações de Grau 4
Equação geral de grau 4
Ronie P. Dario (DAMAT - UTFPR) Equações e Galois 15 / 21
87. Equações de Grau 4
Equação geral de grau 4
ax4
+bx3
+cx2
+dx+e = 0, a 6= 0
Ronie P. Dario (DAMAT - UTFPR) Equações e Galois 15 / 21
88. Equações de Grau 4
Equação geral de grau 4
ax4
+bx3
+cx2
+dx+e = 0, a 6= 0
x4
+ px2
+ qx + r = 0.
Ronie P. Dario (DAMAT - UTFPR) Equações e Galois 15 / 21
89. Equações de Grau 4
Equação geral de grau 4
ax4
+bx3
+cx2
+dx+e = 0, a 6= 0
x4
+ px2
+ qx + r = 0.
Ludovico Ferrari (1522-1565)
Ronie P. Dario (DAMAT - UTFPR) Equações e Galois 15 / 21
90. Equações de Grau 4
Equação geral de grau 4
ax4
+bx3
+cx2
+dx+e = 0, a 6= 0
x4
+ px2
+ qx + r = 0.
Ludovico Ferrari (1522-1565)
x4 + 2px2 + p2 = px2 − qx − r + p2
Ronie P. Dario (DAMAT - UTFPR) Equações e Galois 15 / 21
91. Equações de Grau 4
Equação geral de grau 4
ax4
+bx3
+cx2
+dx+e = 0, a 6= 0
x4
+ px2
+ qx + r = 0.
Ludovico Ferrari (1522-1565)
x4 + 2px2 + p2 = px2 − qx − r + p2
(x2 + p)2 = px2 − qx − r + p2
Ronie P. Dario (DAMAT - UTFPR) Equações e Galois 15 / 21
92. Equações de Grau 4
Equação geral de grau 4
ax4
+bx3
+cx2
+dx+e = 0, a 6= 0
x4
+ px2
+ qx + r = 0.
Ludovico Ferrari (1522-1565)
x4 + 2px2 + p2 = px2 − qx − r + p2
(x2 + p)2 = px2 − qx − r + p2
(x2 + p + u)2 = (p + 2u)x2 − qx + (p2 − r + 2pu + u2)
Ronie P. Dario (DAMAT - UTFPR) Equações e Galois 15 / 21
93. Equações de Grau 4
Equação geral de grau 4
ax4
+bx3
+cx2
+dx+e = 0, a 6= 0
x4
+ px2
+ qx + r = 0.
Ludovico Ferrari (1522-1565)
x4 + 2px2 + p2 = px2 − qx − r + p2
(x2 + p)2 = px2 − qx − r + p2
(x2 + p + u)2 = (p + 2u)x2 − qx + (p2 − r + 2pu + u2)
q2 − 4(p + 2u)(p2 − r + 2pu + u2) = 0.
Ronie P. Dario (DAMAT - UTFPR) Equações e Galois 15 / 21
94. Equações de grau maior ou igual a 5
Equações de grau maior ou igual a 5
Ronie P. Dario (DAMAT - UTFPR) Equações e Galois 16 / 21
95. Equações de grau maior ou igual a 5
Equações de grau maior ou igual a 5
Euler (± 1750) tentou reduzir a equação quı́ntica a uma quádrica.
Ronie P. Dario (DAMAT - UTFPR) Equações e Galois 16 / 21
96. Equações de grau maior ou igual a 5
Equações de grau maior ou igual a 5
Euler (± 1750) tentou reduzir a equação quı́ntica a uma quádrica.
Lagrange (± 1780) também falhou nessa tentativa.
Ronie P. Dario (DAMAT - UTFPR) Equações e Galois 16 / 21
97. Equações de grau maior ou igual a 5
Equações de grau maior ou igual a 5
Euler (± 1750) tentou reduzir a equação quı́ntica a uma quádrica.
Lagrange (± 1780) também falhou nessa tentativa.
Ruffini (± 1810) tentou demonstrar que é impossı́vel resolver, em geral,
as equações de grau 5 por meio de operações algébricas
(soma, subtração, multiplicação, divisão e radiciação).
Ronie P. Dario (DAMAT - UTFPR) Equações e Galois 16 / 21
98. Equações de grau maior ou igual a 5
Equações de grau maior ou igual a 5
Euler (± 1750) tentou reduzir a equação quı́ntica a uma quádrica.
Lagrange (± 1780) também falhou nessa tentativa.
Ruffini (± 1810) tentou demonstrar que é impossı́vel resolver, em geral,
as equações de grau 5 por meio de operações algébricas
(soma, subtração, multiplicação, divisão e radiciação).
N. H. Abel (1802-1829)
Ronie P. Dario (DAMAT - UTFPR) Equações e Galois 16 / 21
99. Equações de grau maior ou igual a 5
Equações de grau maior ou igual a 5
Euler (± 1750) tentou reduzir a equação quı́ntica a uma quádrica.
Lagrange (± 1780) também falhou nessa tentativa.
Ruffini (± 1810) tentou demonstrar que é impossı́vel resolver, em geral,
as equações de grau 5 por meio de operações algébricas
(soma, subtração, multiplicação, divisão e radiciação).
N. H. Abel (1802-1829)
Demonstrou, em 1824, o Teorema de Abel-Ruffini.
Ronie P. Dario (DAMAT - UTFPR) Equações e Galois 16 / 21
100. Origem da Teoria de Galois
Origem da Teoria de Galois
Ronie P. Dario (DAMAT - UTFPR) Equações e Galois 17 / 21
101. Origem da Teoria de Galois
Origem da Teoria de Galois
François Viète (1570)
Ronie P. Dario (DAMAT - UTFPR) Equações e Galois 17 / 21
102. Origem da Teoria de Galois
Origem da Teoria de Galois
François Viète (1570)
x2 + bx + c =
Ronie P. Dario (DAMAT - UTFPR) Equações e Galois 17 / 21
103. Origem da Teoria de Galois
Origem da Teoria de Galois
François Viète (1570)
x2 + bx + c = (x − x1)(x − x2) = x2 − (x1 + x2)x + x1x2.
Ronie P. Dario (DAMAT - UTFPR) Equações e Galois 17 / 21
104. Origem da Teoria de Galois
Origem da Teoria de Galois
François Viète (1570)
x2 + bx + c = (x − x1)(x − x2) = x2 − (x1 + x2)x + x1x2.
⇒ −b = x1 + x2 e c = x1x2.
Ronie P. Dario (DAMAT - UTFPR) Equações e Galois 17 / 21
105. Origem da Teoria de Galois
Origem da Teoria de Galois
François Viète (1570)
x2 + bx + c = (x − x1)(x − x2) = x2 − (x1 + x2)x + x1x2.
⇒ −b = x1 + x2 e c = x1x2.
Exemplo p(x) = x2 − 4x + 1
Ronie P. Dario (DAMAT - UTFPR) Equações e Galois 17 / 21
106. Origem da Teoria de Galois
Origem da Teoria de Galois
François Viète (1570)
x2 + bx + c = (x − x1)(x − x2) = x2 − (x1 + x2)x + x1x2.
⇒ −b = x1 + x2 e c = x1x2.
Exemplo p(x) = x2 − 4x + 1
x1 = 2 +
√
3
Ronie P. Dario (DAMAT - UTFPR) Equações e Galois 17 / 21
107. Origem da Teoria de Galois
Origem da Teoria de Galois
François Viète (1570)
x2 + bx + c = (x − x1)(x − x2) = x2 − (x1 + x2)x + x1x2.
⇒ −b = x1 + x2 e c = x1x2.
Exemplo p(x) = x2 − 4x + 1
x1 = 2 +
√
3 x2 = 2 −
√
3.
Ronie P. Dario (DAMAT - UTFPR) Equações e Galois 17 / 21
108. Origem da Teoria de Galois
Origem da Teoria de Galois
François Viète (1570)
x2 + bx + c = (x − x1)(x − x2) = x2 − (x1 + x2)x + x1x2.
⇒ −b = x1 + x2 e c = x1x2.
Exemplo p(x) = x2 − 4x + 1
x1 = 2 +
√
3 x2 = 2 −
√
3. Então x1 + x2 = 4 e x1x2 = 1.
Ronie P. Dario (DAMAT - UTFPR) Equações e Galois 17 / 21
109. Origem da Teoria de Galois
Origem da Teoria de Galois
François Viète (1570)
x2 + bx + c = (x − x1)(x − x2) = x2 − (x1 + x2)x + x1x2.
⇒ −b = x1 + x2 e c = x1x2.
Exemplo p(x) = x2 − 4x + 1
x1 = 2 +
√
3 x2 = 2 −
√
3. Então x1 + x2 = 4 e x1x2 = 1.
Permutação: Bijeção {x1, x2} → {x1, x2}
Ronie P. Dario (DAMAT - UTFPR) Equações e Galois 17 / 21
110. Origem da Teoria de Galois
Origem da Teoria de Galois
François Viète (1570)
x2 + bx + c = (x − x1)(x − x2) = x2 − (x1 + x2)x + x1x2.
⇒ −b = x1 + x2 e c = x1x2.
Exemplo p(x) = x2 − 4x + 1
x1 = 2 +
√
3 x2 = 2 −
√
3. Então x1 + x2 = 4 e x1x2 = 1.
Permutação: Bijeção {x1, x2} → {x1, x2}
id
x1 = 2 +
√
3 7→ x1 = 2 +
√
3
Ronie P. Dario (DAMAT - UTFPR) Equações e Galois 17 / 21
111. Origem da Teoria de Galois
Origem da Teoria de Galois
François Viète (1570)
x2 + bx + c = (x − x1)(x − x2) = x2 − (x1 + x2)x + x1x2.
⇒ −b = x1 + x2 e c = x1x2.
Exemplo p(x) = x2 − 4x + 1
x1 = 2 +
√
3 x2 = 2 −
√
3. Então x1 + x2 = 4 e x1x2 = 1.
Permutação: Bijeção {x1, x2} → {x1, x2}
id
x1 = 2 +
√
3 7→ x1 = 2 +
√
3
x2 = 2 −
√
3 7→ x2 = 2 −
√
3
Ronie P. Dario (DAMAT - UTFPR) Equações e Galois 17 / 21
112. Origem da Teoria de Galois
Origem da Teoria de Galois
François Viète (1570)
x2 + bx + c = (x − x1)(x − x2) = x2 − (x1 + x2)x + x1x2.
⇒ −b = x1 + x2 e c = x1x2.
Exemplo p(x) = x2 − 4x + 1
x1 = 2 +
√
3 x2 = 2 −
√
3. Então x1 + x2 = 4 e x1x2 = 1.
Permutação: Bijeção {x1, x2} → {x1, x2}
id
x1 = 2 +
√
3 7→ x1 = 2 +
√
3
x2 = 2 −
√
3 7→ x2 = 2 −
√
3
σ
x1 = 2 +
√
3 7→ x2 = 2 −
√
3
Ronie P. Dario (DAMAT - UTFPR) Equações e Galois 17 / 21
113. Origem da Teoria de Galois
Origem da Teoria de Galois
François Viète (1570)
x2 + bx + c = (x − x1)(x − x2) = x2 − (x1 + x2)x + x1x2.
⇒ −b = x1 + x2 e c = x1x2.
Exemplo p(x) = x2 − 4x + 1
x1 = 2 +
√
3 x2 = 2 −
√
3. Então x1 + x2 = 4 e x1x2 = 1.
Permutação: Bijeção {x1, x2} → {x1, x2}
id
x1 = 2 +
√
3 7→ x1 = 2 +
√
3
x2 = 2 −
√
3 7→ x2 = 2 −
√
3
σ
x1 = 2 +
√
3 7→ x2 = 2 −
√
3
x2 = 2 −
√
3 7→ x1 = 2 +
√
3
Ronie P. Dario (DAMAT - UTFPR) Equações e Galois 17 / 21
114. Origem da Teoria de Galois
Origem da Teoria de Galois
François Viète (1570)
x2 + bx + c = (x − x1)(x − x2) = x2 − (x1 + x2)x + x1x2.
⇒ −b = x1 + x2 e c = x1x2.
Exemplo p(x) = x2 − 4x + 1
x1 = 2 +
√
3 x2 = 2 −
√
3. Então x1 + x2 = 4 e x1x2 = 1.
Permutação: Bijeção {x1, x2} → {x1, x2}
id
x1 = 2 +
√
3 7→ x1 = 2 +
√
3
x2 = 2 −
√
3 7→ x2 = 2 −
√
3
σ
x1 = 2 +
√
3 7→ x2 = 2 −
√
3
x2 = 2 −
√
3 7→ x1 = 2 +
√
3
x2 + x1 = 4 e x2x1 = 1.
Ronie P. Dario (DAMAT - UTFPR) Equações e Galois 17 / 21
116. Origem da Teoria de Galois
Origem da Teoria de Galois
Ronie P. Dario (DAMAT - UTFPR) Equações e Galois 18 / 21
117. Origem da Teoria de Galois
Origem da Teoria de Galois
f(x) = x4
− 10x2
+ 1
Ronie P. Dario (DAMAT - UTFPR) Equações e Galois 18 / 21
118. Origem da Teoria de Galois
Origem da Teoria de Galois
f(x) = x4
− 10x2
+ 1
Raı́zes:
x1 =
√
2 +
√
3
Ronie P. Dario (DAMAT - UTFPR) Equações e Galois 18 / 21
119. Origem da Teoria de Galois
Origem da Teoria de Galois
f(x) = x4
− 10x2
+ 1
Raı́zes:
x1 =
√
2 +
√
3
x2 =
√
2 −
√
3
Ronie P. Dario (DAMAT - UTFPR) Equações e Galois 18 / 21
120. Origem da Teoria de Galois
Origem da Teoria de Galois
f(x) = x4
− 10x2
+ 1
Raı́zes:
x1 =
√
2 +
√
3
x2 =
√
2 −
√
3
x3 = −
√
2 +
√
3
Ronie P. Dario (DAMAT - UTFPR) Equações e Galois 18 / 21
121. Origem da Teoria de Galois
Origem da Teoria de Galois
f(x) = x4
− 10x2
+ 1
Raı́zes:
x1 =
√
2 +
√
3
x2 =
√
2 −
√
3
x3 = −
√
2 +
√
3
x4 = −
√
2 −
√
3
Ronie P. Dario (DAMAT - UTFPR) Equações e Galois 18 / 21
122. Origem da Teoria de Galois
Origem da Teoria de Galois
f(x) = x4
− 10x2
+ 1
Raı́zes:
x1 =
√
2 +
√
3
x2 =
√
2 −
√
3
x3 = −
√
2 +
√
3
x4 = −
√
2 −
√
3
G(f(x), Q) = {id, σ1, σ2, σ3}
Ronie P. Dario (DAMAT - UTFPR) Equações e Galois 18 / 21
123. Origem da Teoria de Galois
Origem da Teoria de Galois
f(x) = x4
− 10x2
+ 1
Raı́zes:
x1 =
√
2 +
√
3
x2 =
√
2 −
√
3
x3 = −
√
2 +
√
3
x4 = −
√
2 −
√
3
G(f(x), Q) = {id, σ1, σ2, σ3}
id =
x1 x2 x3 x4
x1 x2 x3 x4
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124. Origem da Teoria de Galois
Origem da Teoria de Galois
f(x) = x4
− 10x2
+ 1
Raı́zes:
x1 =
√
2 +
√
3
x2 =
√
2 −
√
3
x3 = −
√
2 +
√
3
x4 = −
√
2 −
√
3
G(f(x), Q) = {id, σ1, σ2, σ3}
id =
x1 x2 x3 x4
x1 x2 x3 x4
σ1 =
x1 x2 x3 x4
x3 x4 x1 x2
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125. Origem da Teoria de Galois
Origem da Teoria de Galois
f(x) = x4
− 10x2
+ 1
Raı́zes:
x1 =
√
2 +
√
3
x2 =
√
2 −
√
3
x3 = −
√
2 +
√
3
x4 = −
√
2 −
√
3
G(f(x), Q) = {id, σ1, σ2, σ3}
id =
x1 x2 x3 x4
x1 x2 x3 x4
σ1 =
x1 x2 x3 x4
x3 x4 x1 x2
σ2 =
x1 x2 x3 x4
x2 x1 x4 x3
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126. Origem da Teoria de Galois
Origem da Teoria de Galois
f(x) = x4
− 10x2
+ 1
Raı́zes:
x1 =
√
2 +
√
3
x2 =
√
2 −
√
3
x3 = −
√
2 +
√
3
x4 = −
√
2 −
√
3
G(f(x), Q) = {id, σ1, σ2, σ3}
id =
x1 x2 x3 x4
x1 x2 x3 x4
σ1 =
x1 x2 x3 x4
x3 x4 x1 x2
σ2 =
x1 x2 x3 x4
x2 x1 x4 x3
σ3 =
x1 x2 x3 x4
x4 x3 x2 x1
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127. Origem da Teoria de Galois
Grupo de Galois de um Polinômio
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128. Origem da Teoria de Galois
Grupo de Galois de um Polinômio
Seja f um polinômio de grau n com coefientes em Q.
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129. Origem da Teoria de Galois
Grupo de Galois de um Polinômio
Seja f um polinômio de grau n com coefientes em Q.
A = {x1, . . . , xn} suas raı́zes.
Ronie P. Dario (DAMAT - UTFPR) Equações e Galois 19 / 21
130. Origem da Teoria de Galois
Grupo de Galois de um Polinômio
Seja f um polinômio de grau n com coefientes em Q.
A = {x1, . . . , xn} suas raı́zes.
Sn = {α : A → A | α é permutação}
Ronie P. Dario (DAMAT - UTFPR) Equações e Galois 19 / 21
131. Origem da Teoria de Galois
Grupo de Galois de um Polinômio
Seja f um polinômio de grau n com coefientes em Q.
A = {x1, . . . , xn} suas raı́zes.
Sn = {α : A → A | α é permutação}
G(f, Q) ≤ Sn
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132. Origem da Teoria de Galois
Grupo de Galois de um Polinômio
Seja f um polinômio de grau n com coefientes em Q.
A = {x1, . . . , xn} suas raı́zes.
Sn = {α : A → A | α é permutação}
G(f, Q) ≤ Sn
Teorema (Galois) O polinômio f é resolúvel por radicais se, e somente
se, o grupo de Galois G(f, Q) é um grupo solúvel.
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133. Origem da Teoria de Galois
Grupo de Galois de um Polinômio
Seja f um polinômio de grau n com coefientes em Q.
A = {x1, . . . , xn} suas raı́zes.
Sn = {α : A → A | α é permutação}
G(f, Q) ≤ Sn
Teorema (Galois) O polinômio f é resolúvel por radicais se, e somente
se, o grupo de Galois G(f, Q) é um grupo solúvel.
Sn é solúvel para n ≤ 4 =⇒
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134. Origem da Teoria de Galois
Grupo de Galois de um Polinômio
Seja f um polinômio de grau n com coefientes em Q.
A = {x1, . . . , xn} suas raı́zes.
Sn = {α : A → A | α é permutação}
G(f, Q) ≤ Sn
Teorema (Galois) O polinômio f é resolúvel por radicais se, e somente
se, o grupo de Galois G(f, Q) é um grupo solúvel.
Sn é solúvel para n ≤ 4 =⇒
existência das fórmulas de Bhaskara, Cardano e Ferrari.
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135. Origem da Teoria de Galois
Grupo de Galois de um Polinômio
Seja f um polinômio de grau n com coefientes em Q.
A = {x1, . . . , xn} suas raı́zes.
Sn = {α : A → A | α é permutação}
G(f, Q) ≤ Sn
Teorema (Galois) O polinômio f é resolúvel por radicais se, e somente
se, o grupo de Galois G(f, Q) é um grupo solúvel.
Sn é solúvel para n ≤ 4 =⇒
existência das fórmulas de Bhaskara, Cardano e Ferrari.
Sn não é solúvel para n ≥ 5.
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136. Origem da Teoria de Galois
Novas Perspectivas na Teoria de Galois
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137. Origem da Teoria de Galois
Novas Perspectivas na Teoria de Galois
Abordagem Moderna: Seja K/F uma extensão de corpos.
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138. Origem da Teoria de Galois
Novas Perspectivas na Teoria de Galois
Abordagem Moderna: Seja K/F uma extensão de corpos.
G(K/F) := {σ : K → K | σ automorfismo e σ(a) = a, para todo a ∈ F}
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139. Origem da Teoria de Galois
Novas Perspectivas na Teoria de Galois
Abordagem Moderna: Seja K/F uma extensão de corpos.
G(K/F) := {σ : K → K | σ automorfismo e σ(a) = a, para todo a ∈ F}
O Teorema Fundamental da Teoria de Galois
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140. Origem da Teoria de Galois
Novas Perspectivas na Teoria de Galois
Abordagem Moderna: Seja K/F uma extensão de corpos.
G(K/F) := {σ : K → K | σ automorfismo e σ(a) = a, para todo a ∈ F}
O Teorema Fundamental da Teoria de Galois estabelece uma bijeção
entre os subcorpos F
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141. Origem da Teoria de Galois
Novas Perspectivas na Teoria de Galois
Abordagem Moderna: Seja K/F uma extensão de corpos.
G(K/F) := {σ : K → K | σ automorfismo e σ(a) = a, para todo a ∈ F}
O Teorema Fundamental da Teoria de Galois estabelece uma bijeção
entre os subcorpos F ⊂ L ⊂ K e os subgrupos de G(K/F).
Ronie P. Dario (DAMAT - UTFPR) Equações e Galois 20 / 21
142. Origem da Teoria de Galois
Novas Perspectivas na Teoria de Galois
Abordagem Moderna: Seja K/F uma extensão de corpos.
G(K/F) := {σ : K → K | σ automorfismo e σ(a) = a, para todo a ∈ F}
O Teorema Fundamental da Teoria de Galois estabelece uma bijeção
entre os subcorpos F ⊂ L ⊂ K e os subgrupos de G(K/F).
Teoria de Galois Inversa
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143. Origem da Teoria de Galois
Novas Perspectivas na Teoria de Galois
Abordagem Moderna: Seja K/F uma extensão de corpos.
G(K/F) := {σ : K → K | σ automorfismo e σ(a) = a, para todo a ∈ F}
O Teorema Fundamental da Teoria de Galois estabelece uma bijeção
entre os subcorpos F ⊂ L ⊂ K e os subgrupos de G(K/F).
Teoria de Galois Inversa
Determinação do grupo de Galois de extensões infinitas.
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144. Origem da Teoria de Galois
Novas Perspectivas na Teoria de Galois
Abordagem Moderna: Seja K/F uma extensão de corpos.
G(K/F) := {σ : K → K | σ automorfismo e σ(a) = a, para todo a ∈ F}
O Teorema Fundamental da Teoria de Galois estabelece uma bijeção
entre os subcorpos F ⊂ L ⊂ K e os subgrupos de G(K/F).
Teoria de Galois Inversa
Determinação do grupo de Galois de extensões infinitas.
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145. Origem da Teoria de Galois
Bibliografia
[1] BRUSAMARELLO, R. Equações Algébricas, I Colóquio Regional
da Região Centro-Oeste, UFMS, 2009.
[2] EVES, Howard. Introdução a História da Matemática, Sunder
Series, 1953.
[3] GARBI, G.G. O Romance das Equações Algébricas, Editora
Livraria da Fı́sica. 2a Edição, São Paulo, 2007.
[4] STEWART, I. Galois Theory, 3a Edição, Chapman Hall/CRC,
Boca Raton, London, New Yorq, Washington, 2004.
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