2. A Informática Educativa se caracteriza pelo uso da
informática como suporte ao professor, como um
instrumento a mais em sua sala de aula, no qual o
professor possa utilizar esses recursos colocados a sua
disposição. Nesse nível, o computador é explorado pelo
professor especialista em sua potencialidade e
capacidade, tornando possível simular, praticar ou
vivenciar situações, podendo até sugerir conjecturas
abstratas, fundamentais a compreensão de um
conhecimento ou modelo de conhecimento que se está
construindo. (BORGES, 1999: 136).
3. A Informática Educativa privilegia a utilização do computador
como a ferramenta pedagógica que auxilia no processo de
construção do conhecimento. Neste momento, o computador é
um meio e não um fim, devendo ser usado considerando o
desenvolvimento dos componentes curriculares.
Segundo Valente (1993: 01) “para a implantação dos recursos
tecnológicos de forma eficaz na educação são necessários quatro
ingredientes básicos: o computador, osoftware educativo, o
professor capacitado para usar o computador como meio
educacional e o aluno”, sendo que nenhum se sobressai ao outro.
O autor acentua que, “o computador não é mais o instrumento
que ensina o aprendiz, mas a ferramenta com a qual o aluno
desenvolve algo e, portanto, o aprendizado ocorre pelo fato de
estar executando uma tarefa por intermédio do computador”
(p.13).
4. Muitas pessoas são relativamente céticas acerca do
potencial educacional do computador, porque pensam
que sua única função pedagógica seria a de ajudar o
professor e ensinar os conteúdos tradicionais do
currículo. Essa não é a função educacional mais nobre
do computador. Ele pode e deve ser utilizado
primariamente como a excelente ferramenta de
aprendizagem que é, ferramenta essa que pode ser de
inestimável valia para ajudar a criança no seu
desenvolvimento intelectual.
5. As críticas sérias que normalmente são feitas a
projetos de utilização de computadores na
educação podem ser divididas em três grupos
principais:
Críticas de pessoas que acreditam que o computador:
não terá, realmente, um efeito muito grande sobre a
educação, e que acham que a questão tem sido
superdimensionada;
poderá, realmente, ter um efeito muito poderoso sobre
a educação, mas que estão receosas de que esse efeito
possa ser desastroso;
Pode até ter efeitos bastante positivos sobre o processo
educacional, mas que acreditam que sua introdução na
educação, neste momento, num país nas condições em
que o Brasil se encontra, não deve ser prioritárias.
6. Sugestões para Contornar as Dificuldades
1 - A dificuldade relativa ao custo do equipamento poderia ser
diminuída através de planos e projetos especiais dos fabricantes
nacionais para a venda de equipamentos para escolas.
2 - A dificuldade relativa à inexistência de software educacional de
qualidade poderia ser parcialmente contornada de várias maneiras:
através de incentivos às "software-houses"; através de financiamentos
às universidades para que se engajem no desenvolvimento desse
software.
3 - As universidades e outras instituições voltadas para a formação de
recursos humanos deveriam oferecer cursos de especialização,
aperfeiçoamento, extensão, com o objetivo de preparar, tão bem
quanto possível, dentro das limitadas possibilidades desses cursos, os
profissionais interdisciplinares de que necessitamos.
7. 4 - A quarta dificuldade - resistência das escolas - poderá
ser parcialmente enfrentada através de programas nos
meios de comunicação de massa. É necessário, porém,
que haja maior envolvimento de educadores e dos
demais agentes da educação nesses projetos.
5 - A quinta dificuldade, a falta de paciência, não tem
solução fácil. É preciso que o governo continue a
incentivar a pesquisa séria nas universidades, para que
a tarefa de gestação do projeto brasileiro de
Informática na Educação chegue a bom termo,
cumprindo os objetivos para os quais foi instituído.
8. Maneiras de Utilizar o Computador na Educação
Além de discutir, em princípio, as vantagens e os
benefícios da introdução de microcomputadores na
educação, é necessário indicar algumas das maneiras
em que o microcomputador pode auxiliar o processo
pedagógico:
A - Instrução Programada;
B - Simulações e Jogos;
C - Aprendizagem por Descoberta;
D - Pacotes Aplicativos.
9. Compete ao professor e aluno explorarem ao máximo
todos os recursos que a tecnologia nos apresenta, de forma
a colaborar mais e mais com a aquisição de conhecimento.
Ressalta-se ainda que o educando é antes de tudo, o fim,
para quem se aplica o desenvolvimento das práticas
educativas, levando-o a se inteirar e construir seu
conhecimento, por intermédio da interatividade com o
ambiente de aprendizado.
É papel da escola democratizar o acesso ao
computador, promovendo a inclusão sócio-digital de
nossos alunos. É preciso também que os dirigentes
discutam e compreendam as possibilidades pedagógicas
deste valioso recurso. Contudo, é preciso estar conscientes
de que não é somente a introdução da tecnologia em sala
de aula, que trará mudanças na aprendizagem dos alunos, o
computador não é uma “panacéia” para todos os problemas
educacionais.