O documento discute a corrente racional-tecnológica contemporânea e a cibercultura. A corrente racional-tecnológica enfatiza a racionalidade técnica e o desenvolvimento de habilidades para a formação de trabalhadores. A cibercultura se refere à cultura estruturada pelas tecnologias digitais e redes, exigindo novas abordagens pedagógicas que integrem esses temas.
2. A natureza da educação é o processo por meio do
qual um membro da espécie humana, inacabado,
desprovido dos instintos e capacidades que lhe
permitiriam sobreviver rapidamente sozinho, se
apropria, graças à mediação dos adultos, de um
patrimônio humano de saberes, práticas, formas
subjetivas, obras. Charlot (2000).
3. Os educadores devem ajudar os estudantes a
construírem seus valores a partir do contexto de
suas próprias culturas.
Educar pessoas é efetivar práticas pedagógicas que
irão constituir sujeitos e identidades.(Libâneo, 2005)
4. Os educadores devem repensar a prática
pedagógica da educação e significar o mundo,
fazendo a inserção de temas contemporâneos.
As teorias modernas da educação hoje
apresentam-se em várias versões, variando
das abordagens tradicionais às mais
avançadas.
Essas teorias pedagógicas modernas são teorias
apoiadas nas ideias de natureza humana
universal, de autonomia do sujeito, de
educabilidade humana, de emancipação
humana pela razão, libertação da ignorância e
do obscurantismo pelo saber e classificam-se
em correntes pedagógicas contemporâneas.
5. Corrente Racional-tecnológica
Está associada a uma pedagogia a serviço
da formação para o sistema produtivo.
Pressupõe a formulação de objetivos e
conteúdos, padrões de desempenho,
competências e habilidades com base em
critérios científicos e técnicos.
6. Corrente Racional-tecnológica
Busca seu fundamento na racionalidade
técnica e instrumental, visando desenvolver
habilidades e destrezas para formar o
técnico.
8. Corrente Racional-tecnológica
Uma derivação dessa concepção é o currículo por
competências.
Meio pelo qual a pedagogia das competências se institucionaliza
na escola, com o objetivo de promover o encontro entre
formação e emprego.
O fundamento do currículo por competências é a redefinição do
sentido dos conteúdos de ensino, de modo a atribuir sentido
prático aos saberes escolares, abandonando a preeminência dos
saberes disciplinares para se centrar em competências
supostamente verificáveis em situações e tarefas específicas. A
elaboração dos currículos ocorre por contato direto com as
situações de trabalho, o que exige que um dos procedimentos
prévios à elaboração curricular pela escola seja a análise dos
processos de trabalho para os quais se pretende formar. Nos
dias de hoje, este currículo deve ser elaborado contemplando as
novas tecnologias.
9. Corrente Racional-tecnológica
Apresenta-se sob duas modalidades:
Ensino de excelência, para formar a elite
intelectual e técnica para o sistema
produtivo;
Ensino para formação de mão-de-obra
intermediária, centrada na educação
utilitária e eficaz para o mercado.
10. Outros traços dessa corrente:
centralidade no conhecimento em função da sociedade
tecnológica;
transformação da educação em ciência (racionalidade
científica);
utilização mais intensiva dos meios de comunicação
e informação e do aparato tecnológico;
produção do aluno como um ser tecnológico, que
tenha autonomia na busca e na seleção de informações
e na produção de conhecimentos para resolver
problemas da vida e do trabalho, e que saibam
aprender a aprender ao longo da vida.
11. Cabe à educação proporcionar um eficiente treinamento
para a execução das múltiplas tarefas demandadas
continuamente pelo sistema social. A educação será
concebida, pois, como um subsistema, cujo funcionamento
eficaz é essencial ao equilíbrio do sistema social de que faz
parte. Sua base de sustentação teórica desloca-se para a
psicologia behaviorista, a engenharia comportamental, a
ergonomia, informática, cibernética, que têm em comum a
inspiração filosófica neopositivista e o método funcionalista.
Do ponto de vista pedagógico, conclui-se que, se para a
pedagogia tradicional a questão central é aprender e para a
pedagogia nova, aprender a aprender, para a pedagogia
tecnicista o que importa é aprender a fazer. SAVIANI 2008
12. Cultura estruturada pelo uso das
tecnologias digitais em rede nas esferas do
ciberespaço e das cidades. Trabalha com a
expansão das redes informacionais.
13. O ciberespaço é todo e qualquer espaço
informacional multidimensional que, dependente
da interação do usuário, permite a este o acesso,
a manipulação, a transformação e o intercâmbio
de seus fluxos codificados de informação”
14. A cibercultura, trata-se de reconfigurar práticas pedagógicas,
modalidades midiáticas, espaços, sem a substituição de seus
respectivos antecedentes.
Temos que utilizá-la para acrescentar e despertar o
interesse, já que estamos no tempo das tecnologias
A cibercultura, mesmo antes do fenômeno da mobilidade
conectada, já se instituía nos espaços urbanos, por conta
das relações que estabelecíamos e ainda estabelecemos
com as tecnologias digitais em nossas operações cotidianas
com os equipamentos das cidades, a exemplos das
operações bancárias, dos ambientes culturais, comerciais,
industriais e agrícolas, entre outros.
15. “As novas tecnologias da informação não são simplesmente
ferramentas a serem aplicadas, mas processos a serem
desenvolvidos” (Castells, 1999, p. 51)
O conhecimento materializado no aparato permite que
este seja capaz não apenas de estender habilidades
sensoriais, mas o habilita a estender a capacidade
humana de produzir linguagens.
16. Não podemos mais entender a cibercultura apenas como a
cultura da internet. Por outro lado, é preciso reconhecer os
avanços da internet e como essa rede mundial de
computadores vem interagindo com diversos espaços
tempos do cotidianos.
Sendo assim, precisamos compreendermos os fenômenos
da cibercultura, suas potencialidades comunicacionais e
pedagógicas para que possamos não só interagir com
nossos estudantes, que são em sua maioria praticantes,
como também para instituirmos currículos mais
sintonizados com as culturas do nosso tempo e direcioná-los
para que a utilize em beneficio dos conhecimentos.
17. Considerações Finais:
Acredito que, diante de um mundo onde a tecnologia está em
expansão, os educadores não podem ficar a quem deste universo
informatizado, ou seja, é necessário inovar para ocorrer mudanças
no mundo. Oportunizar aos alunos um saber diferenciado e
prazeroso é o que fundamenta nossa prática no cotidiano escolar.
Com a utilização dos recursos tecnológicos, temos a possibilidade
de recriar o fazer pedagógico de forma lúdica e diferenciada em
todas as áreas do conhecimento. Através de jogos, vídeos,
músicas, pesquisas... ou seja, através da infinidade de recursos
oferecidos por esta ferramenta rica de oportunidade.
18. Referências Bibliográficas
LIBANÊO, José Carlos – As Teorias Pedagógicas modernas
resignificadas pelo debate contemporâneo na educação, Goiânia,
São Paulo, 2005.
SANTOS, Edméia – A Cibercultura e a educação em tempos de
modalidades e redes sociais: Conversando com os cotidianos,
2010.
SAVIANI, Dermeval. Escola e Democracia. Campinas, São Paulo.
Autores Associados, 2008.