O documento discute a corrente racional-tecnológica e sua aplicação na cibercultura. A corrente enfatiza o ensino baseado em habilidades técnicas e o uso de tecnologias de informação. Na cibercultura, é importante garantir que os alunos sejam autores nas redes de aprendizagem, não apenas usuários passivos de tecnologia.
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UFF – IME – LANTE
Marcello De Martino – ANJaç214 - 2015 - SP
Teorias Pedagógicas e a Cibercultura
Corrente Racional-Tecnológica
2. Libâneo (2005, p.2) afirma que “nenhum
investigador e nenhum educador prático poderá,
pois, evadir-se da pedagogia, pois o que fazemos
quando intentamos educar pessoas é efetivar
práticas pedagógicas que irão constituir sujeitos e
identidades.”
“A pedagogia quer compreender como fatores
socioculturais e institucionais atuam nos processos
de transformação de sujeitos mas, também, em
que condições esses sujeitos aprendem melhor.”
(LIBÂNEO, 2005, p.2)
3. Várias são as teorias e correntes
apresentadas na Pedagogia. As chamadas
teorias modernas da educação são asa
baseadas na ideia de uma formação geral
para todos, como base da reflexão
pedagógica.
O foco deste pensamento é a atividade
racional, científica, tecnológica, como
objeto de conhecimento que direciona os
indivíduos a agirem com autonomia e
objetividade.
4. Correntes
1. Racional-tecnológica
2. Neocognivistas
3. Sociocríticas
4. Holísticas
5. Pós-modernas
Modalidades
1 .Ensino de excelência
Ensino Tecnológico
2. Construtivismo pós-piagetiano
Ciências cognitivas .
3. Sociologia crítica do currículo
Teoria histórico-cultural
Teoria sócio-cultural
Teoria sócio-cognitiva
Teoria da ação comunicativa.
4. Holismo
Teoria da Complexidade
Teoria naturalista do conhecimento
Ecopedagogia
Conhecimento em rede .
5. Pós-estrutruralismo
Neo-pragmatismo.
5. Discutiremos a corrente
Racional-Tecnológica
e sua aplicação na Cibercultura
6. Corresponde à concepção designada de
neotecnicismo, associada a uma proposta
pedagógica a serviço da formação para o sistema
produtivo.
A formulação dos objetivos, conteúdos, padrões de
desempenho, competências e habilidades tem
como base os critérios científicos e técnicos.
Diferente da pedagogia tradicional, a corrente
racional-tecnológica busca seu fundamento na
racionalidade técnica e instrumental, buscando o
desenvolvimento de habilidades e destrezas na
formação do técnico.
7. Caracteriza-se pela introdução de técnicas mais
refinadas de transmissão de conhecimentos
incluindo os computadores, as mídias. Uma
derivação dessa concepção é o currículo por
competências, na perspectiva economicista, em
que a organização curricular resulta de objetivos
assentados em habilidades e destrezas a serem
dominados pelos alunos no percurso de formação.
8. Dessa forma, o uso de tecnologia, como internet e
computadores, pode ser amplamente aproveitado
nessa corrente, com o objetivo de criar uma vasta
rede de informação, privilegiar interconexão de
sujeitos, de espaços e/ou cenários de
aprendizagem, exigindo novas ações curriculares
mais comunicativas.
9. Apresenta-se sob duas modalidades:
ensino de excelência, para formar a elite intelectual
e técnica para o sistema produtivo;
ensino para formação de mão-de-obra
intermediária, centrada na educação utilitária e
eficaz para o mercado.
10. Definição de cibercultura:
cultura contemporânea estruturada pelo uso
das tecnologias digitais em rede nas esferas
do ciberespaço e das cidades. Também em
interação com as esferas de ensino-
aprendizagem (redes educativas ou espaços
multirreferenciais de aprendizagem).
11. A corrente racional-tecnológica, pretende a
configuração de aluno como ser tecnológico,
capaz de usar as tecnologias de informações
e comunicação como forma de expandir sua
capacidade intelectual.
Deve estar vinculada à idéia de cibercultura,
com o intuito de levar conhecimento a atual
sociedade tecnológica.
12. Santos (2010) aponta que a distribuição da
tecnologia (computador e o acesso à
internet) não significam a inclusão digital .
Esta inclusão tecnológica não sustenta a
cibercidadania.
É necessário a inclusão do sujeito como
autor e coautor nos ambientes por onde
transita de conexão em conexão.
13. Devemos ressaltar dois detalhes:
1. O acesso aos meios tecnológicos é fundamental, mas
a implantação de práticas e políticas formativas é
essencial. Temos que prover a formação inicial e
continuada de professores para uso das tecnologias
digitais na educação.
Desta forma, mantemos o professor atualizado da realidade
tecnológica dos alunos, podendo se aproximar deles e
pensar estratégias de vinculo da tecnologia com a sala de
aula, potencializando o conhecimento.
14. 2. É importante diferenciar a oferta de
tecnologia e a construção de uma cibercultura.
Não basta disponibilizarmos computadores,
tablets e acesso a internet para alunos e
professores, se os mesmos não constituirão
uma rede social de aprendizagem e ensino.
É preciso garantir a inclusão do
sujeitos da educação como autores e
co-autores dos ambientes por onde
transitam a conexões de informação,
comunicação e sociabilidade.
15. LIBÂNEO, J. C. As teorias pedagógicas modernas
resignificadas pelo debate contemporâneo na
educação. In: Educação na era do conhecimento em
rede e transdisciplinaridade. São Paulo: Alínea,
2005.
SANTOS, E. A cibercultura e a educação em tempos
de mobilidades e redes sociais: conversando com
os cotidianos. Práticas Pedagógicas Linguagens e
Mídias: desafios à Pós-graduação em educação e
suas múltiplas dimensões. Rio de Janeiro: ANPED
Nacional, 2011.