O documento discute a corrente pedagógica racional-tecnológica no contexto da cibercultura. Apresenta as características e modalidades desta corrente, que enfatiza o ensino de excelência e tecnológico para formação de mão-de-obra. Também discute como a tecnologia pode ser usada na educação segundo esta abordagem, por exemplo, aproximando professores e alunos por meio da internet.
ATIVIDADE 2 - DESENVOLVIMENTO E APRENDIZAGEM MOTORA - 52_2024
Corrente racional tecnológica no contexto da cibercultura (Bira)
1. AS TEORIAS PEDAGÓGICAS MODERNAS
RESIGINIFICADAS PELO DEBATE CONTEMPORÂNEO NA
EDUCAÇÃO
Destaque para a corrente racional-tecnológica no contexto da Cibercultura
(Baseado no texto de José Carlos Libâneo )
Ubirajara Carnevale de Moraes
Pós-graduação em Novas Tecnologias para o Ensino da Matemática
2. O Autor
• José Carlos Libâneo nasceu em Angatuba (SP), no ano de 1945 e cursou o Ensino
Fundamental e Médio no Seminário Diocesano de Sorocaba (SP);
• Graduou-se em Filosofia na PUC-SP em 1966. Em 1984 fez mestrado em “Educação
Escolar Brasileira” e depois doutorado em “Educação”;
• Autor de obras como:
A democratização da escola pública.
Educação escolar: políticas, estrutura e organização.
Pedagogia e pedagogos, para quê?
Aceleração escolar – estudos sobre educação de adolescentes e adultos
Organização e gestão da escola.
Didática
Novas exigências educacionais e profissão docente
• É um educador que consegue articular uma reflexão crítica sobre a natureza histórico-
social dos conteúdos de ensino e a própria didática de transmissão desses
conhecimentos;
• Aposentou-se e desde 1997 leciona na Universidade Católica de Goiás e é vice–
coordenador do Mestrado em Educação.
Fonte: http://migre.me/triFB
Fonte: http://projetoeducacional2012.blogspot.com.br/2012/06/biografia-de-jose-carlos-libaneo.html. Acesso em: 05 abr. 2016.
3. Características comuns das Teorias
• Acentuação do poder da razão, isto é, da atividade racional, científica, tecnológica,
enquanto objeto de conhecimento que leva as pessoas a pensarem com autonomia e
objetividade, contra todas as formas de ignorância e arbitrariedade.
• Conhecimentos e modos de ação, deduzidos de uma cultura universal objetiva, precisam
ser comunicados às novas gerações e recriados em função da continuidade dessa cultura.
• Os seres humanos possuem uma natureza humana básica, postulando-se a partir daí
direitos básicos universais.
• Os educadores são representantes legítimos dessa cultura e cabe-lhes ajudar os alunos a
internalizarem valores universais, tais como racionalidade, autoconsciência, autonomia,
liberdade, seja pela intervenção pedagógica direta seja pelo esclarecimento de valores em
âmbito pessoal;
4. QUADRO DAS CORRENTES PEDAGÓGICAS CONTEMPORÂNEAS
Correntes Modalidades
1. Racional-tecnológica Ensino de excelência
Ensino Tecnológico
2. Neocognivistas Construtivismo pós-piagetiano
3. Sociocríticas • Sociologia crítica do currículo
• Teoria histórico-cultural
• Teoria sócio-cultural
• Teoria sócio-cognitiva
• Teoria da ação comunicativa.
4.“Holísticas • Holismo
• Teoria da Complexidade
• Teoria naturalista do
conhecimento
• Ecopedagogia
• Conhecimento em rede
5. “Pós-modernas” • Pós-estrutruralismo
• Neo-pragmatismo
5. A corrente racional-tecnológica (conceito)
Essa corrente corresponde à concepção que tem sido designada de
neotecnicismo e está associada a uma pedagogia a serviço da formação para o
sistema produtivo.
Para Saviani (2008a), o neotecnicismo pedagógico, enquanto forma de
organização da escola, se faz presente no âmbito da organização e
funcionamento das escolas por meio da introdução no ambiente escolar, do
método de gerenciamento produtivo-industrial denominado “Qualidade Total”.
Pressupõe a formulação de objetivos e conteúdos, padrões de desempenho,
competências e habilidades com base em critérios científicos e técnicos.
6. A corrente racional-tecnológica (conceito)
Diferentemente do cunho acadêmico da pedagogia tradicional, a corrente
racional-tecnológica busca seu fundamento na racionalidade técnica e
instrumental, visando a desenvolver habilidades e destrezas para formar o
técnico.
Outros traços dessa corrente:
centralidade no conhecimento em função da sociedade tecnológica,
transformação da educação em ciência (racionalidade científica),
produção do aluno como um ser tecnológico (versão tecnicista do
“aprender a aprender”),
utilização mais intensiva dos meios de comunicação e informação e do
aparato tecnológico.
7. A corrente racional-tecnológica (metodologia)
Metodologicamente, caracteriza-se pela introdução de técnicas
mais refinadas de transmissão de conhecimentos incluindo os
computadores e as mídias.
Uma derivação dessa concepção é o currículo por competências, na
perspectiva economicista, em que a organização curricular resulta
de objetivos assentados em habilidades e destrezas a serem
dominados pelos alunos no percurso de formação.
8. A corrente racional-tecnológica (modalidades)
Apresenta-se sob duas modalidades:
a) ensino de excelência, para formar a elite intelectual e técnica
para o sistema produtivo;
b) ensino para formação de mão-de-obra intermediária, centrada
na educação utilitária e. eficaz para o mercado
9. A corrente racional-tecnológica no contexto da
Cibercultura
A cibercultura é a cultura contemporânea estruturada pelo uso das tecnologias
digitais em rede nas esferas do ciberespaço e das cidades. Compreendemos
tais esferas como espaços tempos cotidianos de ensino aprendizagem, que
preferimos nomear de redes educativas ou espaços multireferenciais de
aprendizagem.
Redes educativas são espaços/tempos que se instituem em múltiplos
contextos, nos quais vamos tecendo o conhecimento (Alves, 2010). Os espaços
multireferenciais de aprendizagem são aqueles que contemplam e articulam
diversos espaços, tempos, linguagens, tecnologias para além dos espaços
legitimados pela tradição da ciência moderna. Aprendemos com a diversidade
e a pluralidade de referências.
10. A corrente racional-tecnológica no contexto da
Cibercultura (cont.)
O texto de Edméa Santos “Tempos de mobilidade e redes sociais: conversando
com os cotidianos” (2015) mostra que vivemos em sociedades capitalistas e que
essas dinâmicas da Cibercultura são também engendradas por sua lógica, que
em nosso tempo é nomeada por “capitalismo cognitivo”, uma vez que os modos
e meios de produção estão diretamente ligados aos processos de produção,
difusão de informações e conhecimentos.
Por outro lado, como explica Castells (2003), não podemos analisar a
Cibercultura apenas pela ótica singular da cultura empresarial. Esta não age
sozinha e não domina os meios exclusivamente em processos de difusão de
informações.
11. Como a tecnologia pode ser utilizada na Educação segundo a teoria
pedagógica escolhida
• Nesse contexto da corrente Racional-Tecnológica, buscamos um ensino
tecnológico e de excelência;
• A Escola precisa usar a Internet e as redes sociais para a aproximação entre
professores e alunos mesmo que de forma virtual, mas eficientemente
mediada pela Tecnologia;
• Os professores devem acompanhar o avanço tecnológico da Sociedade
Moderna e a Escola proporcionar a eles uma formação continuada;
• O uso dos recursos digitais no planejamento de aulas e atividades escolares,
permitindo que os alunos aprendam determinados conteúdos com uma
metodologia inovadora e que já foi apoderada por eles. Resta que a Escola
também se aproprie e usufrua das vantagens de seu uso na assimilação
discente.
12. Fontes:
• ALVES, N. O uso de artefatos tecnológicos em redes educativas e nos contextos
deformação. In: V Colóquio Luso-brasileiro sobre Questões Curriculares. Mesa-redonda
Currículo e tecnologias, 2010.
• CASTELLS, M. A galáxia da internet: reflexões sobre a internet, os negócios e a sociedade.
Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2003.
• LIBÂNEO, J. C. As teorias pedagógicas modernas e ressegnificadas pelo debate
Contemporâneo na Educação. Disponível em:
<http://ntem.lanteuff.org/mod/resource/view.php?id=6653>. Acesso em: 5 abr 2016.
• SANTOS, E. A Cibercultura e a Educação em tempos de mobilidade e redes sociais:
conversando com os cotidianos. Disponível em:
<http://ntem.lanteuff.org/mod/resource/view.php?id=6654 >. Acesso em: 5 abr 2016.
• SAVIANI, D. Histórias das ideias pedagógicas no Brasil. Campinas: Autores Associados,
2008.