O documento discute a sexualidade na terceira idade, argumentando que o amor e o sexo podem continuar para homens e mulheres acima dos 60 anos. Fatores como família, religião e limitações de informação contribuem para preconceitos, mas a sexualidade nessa idade deve ser respeitada como autoafirmação e qualidade de vida.

1. Sexualidade na terceira idade Ainda que esteja em constante crescimento o número dos que crêem na existência do amor e do sexo na terceira idade, são poucos os que ainda acreditam que exista uma continuidade da sexualidade para as mulheres, ou mesmo para os homens que passam a barreira dos 60. 1 Factores como, a família, a religião, a cultura, os grupos de convivência e a saúde, a limitação de informação sobre o processo de envelhecimento, bem como as mudanças na sexualidade nas diferentes etapas do ciclo vital, principalmente na velhice, auxiliam a manutenção desta súmula de preconceitos, determinando a forma como iremos vivenciar a nossa sexualidade e lidar com ela por toda a vida. É primordial transparecer para esta sociedade que, com 60 anos ou mais, os idosos estão inseridos no meio e merecem ser respeitados. Encarar a sexualidade nesta idade como “uma oportunidade de expressar carinho, afecto, admiração por alguém; é auto-afirmação de si, de seu corpo, auto-estima elevada, bom humor, melhor qualidade de vida ” 2. Mesmo pessoas que nunca casaram, ou nunca tiveram uma vida sexual plena, podem e devem procurar parceiros para iniciar uma relação” 3, “amor e sexo sempre estão presentes para serem redescobertos, intensificados ou mesmo apreciados pela primeira vez, não importando a idade que se tenha” 4 . É preciso romper com mitos, tabus e preconceitos, no que concerne á sexualidade das pessoas idosas, para que estes possam exerce-la sempre que sentirem necessidade. Escola Superior de Educação do Instituo Politécnico do Porto Educação Social - 1ºano * * Trabalho realizado no âmbito da unidade curricular Psicologia do Adulto e do Idoso 1,2,3 (Almeida & Lourenço, 2006). 4 (Almeida. T, Lourenço. M, 2006. Cit. Butler & Lewis, 1985).