Sexualidade 3a Idade

Sexualidade na Terceira Idade
Ana Cristina Varandas
Professor: Luís Miguel Neto
Lisboa
Junho de 2015
ISCSP- Instituto Superior de Ciências Sociais e Politicas
Pós Graduação

junho de 15 Ana Cristina Varandas
O envelhecimento é um processo natural,
induzindo várias mudanças nomeadamente
ao nível físico, mental e social.
Também a nível sexual implica reajustes
naturais desta fase do ciclo de vida.

«A sexualidade é uma
necessidade básica de afecto e
de presença, fundamental e
natural na vida das pessoas,
independentemente da idade e da
condição física.»
Cátia Pires

Sexualidade
é muito mais do que
ato sexual,
pressupõe amor, carinho,
sensualidade, fantasia e
inteligência.

Benefícios da atividade sexual:
oForma de fazer exercício físico;
oQueima gorduras e liberta endorfinas;
oMaior cuidado com higiene e cuidado pessoal;
oAumenta a autoestima e a sensação de bem-estar;
oMulher: - Mantém e fortalece as secreções e
parede vaginais;
oHomem: - Estimula a libertação de testosterona
que fortifica os ossos e músculos.

Falsas crenças e mistificações tornam difícil
falar de sexualidade dos idosos, pois o
estereotipo é que o prazer sexual esteja
limitado somente ao período
juvenil da vida.
Há direito ao prazer sexual
em todas as idades.

47%
53%
Sexualidade nos Idosos
Vida Sexual Ativa
Sem Vida Sexual
Estudo realizado por Nodin & Margalha (2011)
Amostra de 316 Individuos de ambos os sexos
Idade entre 55 e 96 anos

0% 50% 100%
24%
40.30%
24%
45.30%
28%
0
Perda de Interesse
Ausência de
Parceiro
Doença Pessoal
Causas para a abstinência sexual

Elementos que interferem na sexualidade
oGerais:
Condição física;
Necessidades e motivações;
Mudança da imagem corporal:
Rugas e cabelos brancos;
Diminuição do tónus muscular;
Alterações da marcha e do equilíbrio.

oAlterações na Mulher:
Vagina diminui de tamanho;
Diminuição e lentificação da lubrificação vaginal;
Perda de elasticidade dos tecidos da vagina;
Perda da firmeza e do tamanho das mamas;
Aumento da libido (testosterona);
Manutenção da capacidade multiorgástica.

oAlterações Masculinas
Menor sensibilidade no pénis;
Ereção mais lenta;
Pénis pode não atingir tamanho e firmeza
antes alcançados;
Menor angulo de ereção do pénis;
Redução da produção de fluido seminal;
Ejaculação retardada e com menor vigor;
Menor volume de esperma ejaculado;
Orgasmo pode não ser tão intenso;
Menor necessidade física para ejacular;
Diminuição do tamanho dos testículos;
Alargamento do período refratário para 24 a 48
horas(período necessário para alcançar nova
ereção).

À medida que a Idade Avança
Resposta Sexual
Incidência de Disfunções Sexuais

DISFUNÇÕES SEXUAIS:
Causas Médicas, Psicológicas e efeitos
secundários de medicação.
Masculinas:
Perda de ereção
Transtornos vasculares;
Anti-hipertensivos e psicotrópicos;
Álcool;
Transtornos metabólicos, endócrinos e neurológicos;
Doenças sistémicas que produzam debilidade e dor.
Femininas:
Dispareunia(coito doloroso);
Perda do Desejo Sexual;
Incontinência Urinária.

As alterações biológicas e fisiológicas
provocam
maiores repercussões no desempenho
sexual
masculino do que no feminino
MAS
Nenhuma destas alterações é suficiente
para justificar o fim da atividade sexual.

Na sexualidade tem havido mudanças
significativas:
A função sexual deixou de ser unicamente
para procriação para se tornar uma fonte de
satisfação e realização de pessoas de todas as
idades;
Aumento notável do nº de pessoas que
chegaram a idade avançada em condições
psicofísicas satisfatórias e que não querem
renunciar à vida sexual;
Aparecimento da SIDA que obrigou a repensar
a sexualidade, reforçando a necessidade de mais
informação e falar mais abertamente sobre
sexualidade.

Área farmacêutica ao produzir medicamentos
como o Sildenefil (Viagra), o Varadenafil (Levitra)
e o Dadalafil (Cialis), contribuem significativa-
mente para o melhor desempenho sexual
dos homens.
Para as mulheres são produzidas hormonas
femininas(estrogénio e progesterona) que lhes
proporciona melhores condições para o
desempenho sexual.

Sexo exige proteção, evitando
comportamentos de risco, sendo
essencial ter acesso a informação
credível e profissional evitando a
transmissão de doenças
sexualmente transmissíveis (DST).

O envelhecimento ativo deve
abranger também
uma vida sexual plena.

Bibliografia:
Pereira,F. (2012).Teoria e Prática da Gerontologia. Viseu, Psicosoma.
Ribeiro,O.& Paúl, C. (2011). Manual de Envelhecimento Activo.Lisboa, Lidel.
Vieira, K. (2012). Sexualidade e qualidade de Vida do Idoso: desafios contemporâneos
e repercussões psicossociais. (Tese de Doutoramento). Universidade Federal da
Paraíba, Brasil.

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