1. Universidade Federal de Pelotas
Centro De Ciência Químicas, Farmacêuticas e de Alimentos
Estratégias Metodológicas para o Ensino de Alunos Surdos
Charlene de Paula
Cinara Ávila
Jaqueline Lamego
Jhontas Nunes
Laryssa Oliveira
Natali Alves
“O que importa a surdez da orelha quando a mente ouve? A
verdadeira surdez, a incurável surdez, é a da mente". (Surdo
francês Ferdinand Berthier).
Pelotas, fevereiro de 2018
2. Sabendo que as pessoas surdas têm dificuldade para aprender a língua
portuguesa, já que para maioria é ensinada diretamente a língua de sinais. Nós
como futuros professores devemos buscar estratégias metodológicas que
possam auxiliar o processo de ensino e aprendizagem da língua e demais
conteúdos para sala de aula, tentando assim, minimizar as dificuldades
encontradas tanto para nosso aluno, tal como para nós professores,
proporcionando assim de tal forma um processo mais qualificado de construção
do conhecimento para aluno surdo.
Com recurso da tecnologia que cada dia vem evoluindo, existem infinitas
possibilidadespara que o professor possa utilizar na hora de explicar conteúdos.
O recurso mais reconhecido e utilizado pelos professores continua sendo o
projetor, sendo que se pode preparar a aula para um ouvinte e um surdo
utilizando o mesmo recurso, mas acreditamos que apenas isso não é o
suficiente.
A partir de Lacerda et.al. (2016), percebemos todas as dificuldades que
podemos enfrentar com alunos surdos, além de observar que nossa formação
não nos prepara de maneira satisfatória, pois não são apenas aulas de libras
que vão fazer com que nos tornemos bons professores para esse aluno. É
preciso ir mais além, deveríamos ter disciplinas que nos ajudassem a pensar
ainda mais em novas metodologias que poderíamos utilizar ou adaptar para
melhorar a qualidade de ensino.
No ensino da química, por exemplo, o professor pode fazer uso de softwares,
imagens e jogos para explicar um mesmo conteúdo. Utilizando esses meios o
professor, passa sempre se atualizando e renovando suas metodologias e acaba
até mesmo, saindo de sua zona de conforto proporcionando para o aluno surdo
ou ouvinte uma aula que talvez possa ser melhor compreendida. Ainda, por meio
visual, podemos utilizar um experimento químico, que além de possibilitar a
visualização, permitirá que a própria turma passe a interagir e se torne mais
inclusiva, já que deixará de ser uma aula “especial” por ter alunos surdos, se
tornando uma aula dinâmica que agregará a todos os grupos presentes.
Por outro lado, percebemos que a língua de sinais tem suas próprias regras
gramaticais e não segue a sintaxe ou a ordem das palavras do português, mas
no caso de a criança não ouvir português e não consegue assimilar as regras da
3. linguagem naturalmente, é necessário que se unam educadores e intérpretes
para combinar a melhor forme de levar às informações aos alunos.
O intérprete é uma peça fundamental na avaliação do aluno surdo, porque é
ele quem mais acompanha o processo de ensino e aprendizagem, diante disso
devemos combinar nossos conhecimentos e experiências para favorecer o
aluno. Dessa forma, vamos ter uma relação de confiança com o educando,
deixando ele mais a vontade e preparado para novos aprendizados, não só em
sala de aula como na sua vida. Também devemos lembrar que cada criança tem
necessidades únicas e que as decisões relativas às estratégias de instrução
devem basear-se em informações atuais e precisas sobre o funcionamento
sensorial da criança e sobre a contribuição da equipe. As diferenças da dinâmica
abordada em sala influenciarão como um aluno reúne e processa a informação
fonética.
Assim, podemos pensar e adequar as salas de aula para torná-los mais
acessíveis para comunicação, bem como para interações sociais e assim
podemos poder desenvolver estratégias como mapas conceituais, originando
uma pedagogia visual diferenciada no sentido de facilitar a aprendizagem do
aluno surdo.