O relatório destaca que o Brasil reduziu em 40% a taxa de mortalidade infantil nos últimos 10 anos, chegando a 16,9 óbitos por mil nascidos vivos em 2012. A Região Nordeste teve a maior queda, de 77%, entre 1990 e 2012. Essa redução se deve a fatores como atenção primária, melhorias no atendimento a mães e recém-nascidos, imunização e programas sociais como o Bolsa Família.

1. Radar Saúde
Congresso
Ano 3 | nº 151
Setembro 2013
Na divulgação de relatório, Unicef destacou o país e as ações elaboradas pelo
governo brasileiro para reduzir a taxa de mortalidade entre crianças
Nos últimos 10 anos, o Brasil reduziu em 40% a taxa de mortalidade na infância (menores de cinco
anos). O número caiu de 28,4 mortes por mil crianças nascidas vivas, em 2002, para 16,9 óbitos por
mil nascidos vivos em 2012. Em relação aos últimos 22 anos, a queda foi ainda mais expressiva: 68,5%,
passando de 54 mortes por mil nascidos vivos em 1990 para 16,9 em 2012 (dados preliminares). Na
divulgação do Relatório de Progresso 2013 sobre o Compromisso com a Sobrevivência Infantil: Uma
Promessa Renovada, o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) destacou o Brasil e suas ações
para o combate aos fatores que contribuem para a mortalidade nessa faixa etária.
Na análise de 1990 a 2012, pelos dados do Ministério da Saúde, a região Nordeste foi a que
teve maior queda da mortalidade na infância (77%) nos últimos 22 anos, passando de 87,3
para 19,6 óbitos por mil nascidos vivos. Destaque para Alagoas (-84%), Ceará (-82%), Paraíba
(-81%),Pernambuco (-81%) e Rio Grande do Norte (-79%).
A queda do índice no Brasil pode ser explicada por uma série de fatores, entre eles o foco na atenção
primária de saúde, melhoria no atendimento materno e ao recém-nascido, promoção do aleitamento
materno, expansão da imunização e criação de iniciativas de proteção social, como o programa de
transferência de renda Bolsa Família. O país conseguiu alcançar o Objetivo do Milênio para redução
da taxa de mortalidade na infância quatro anos antes do prazo estabelecido.
Brasil registra maior queda de
mortalidade na infância entre os
países da América Latina
40%
da taxa de mortalidade
foi reduzida em dez anos
2012
registrou 16,9 óbitos
por mil nascidos vivos,
contra 28,4 em 2002
77%
é a queda do índice de
mortalidade infantil na
Região Nordeste nos
últimos 22 anos
Boletim informativo do
Ministério da Saúde
destinado aos parlamentares

2. Ampliação de 23% do número de leitos de UTI neonatal de 2010 a 2013
Brasil - redução de 77% em 22 anos
América Latina e Caribe – 65%
Leste daÁsia e Pacífico – 65%
Europa Central – 60%
Sul daÁsia – 54%
África Subsaariana – 45%
Leste Europeu e Norte daÁfrica – 30%
Aumento de 36% das internações neonatais entre 2008 e 2012
Estratégia Saúde da Família alcança 55,4% da população,por meio de
34.185 equipes,o que representa atendimento a 108 milhões de cidadãos
Investimentos de R$ 2,8 bilhões em 2010 e R$ 3,2 bilhões em 2012
A cobertura vacinal nos últimos dez anos foi de 95%,na média,para
a maioria das vacinas do calendário infantil
Lançado em 2011,o Rede Cegonha tem ajudado a diminuir a mortalidade
infantil,neonatal e materna no país
Campanhas nacionais alusivas à Semana Mundial daAmamentação
e ao Dia de Doação de Leite Humano
Nas capitais brasileiras e no DF,o tempo médio de aleitamento
materno aumentou em um mês e meio entre 1999 e 2008
Redução da taxa de
mortalidade na infância
Ações do Ministério da Saúde que contribuíram
para redução dos óbitos na infância