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Mayombe - Pepetela
Professor Mauro Marcel – Cursinho EBE Objetivo Guarulhos
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Sobre o foco narrativo de Mayombe, de Pepetela, é correto afirmar que:
a. Assumido por vários narradores, cujas falas são organizadas por uma espécie de
narrador titular, o fio narrativo do romance é dividido e comungado pelos elementos
que vivem as ações do enredo.
b. A divisão do fio narrativo no romance, onde tudo convida à comunhão, constitui uma
necessária operação de fragmentação, disposta a marcar os dois lados antagônicos em
questão: o dos angolanos e o dos portugueses.
c. A marca do foco narrativo é a da democratização da voz, articulada ao peso dos
monólogos nos quais cada narrador está mergulhado e dos quais nunca consegue sair
sem se transformar radicalmente.
d. A fragmentação narrativa do romance é um sinal de que a autoridade, de que a
palavra é manifestação, não pode ser compartilhada e sim exercida de maneira unívoca.
e. O foco narrativo, que privilegia a constante interação dialógica entre os personagens,
configura-se em um universo à parte, independente do espaço onde se dão as ações do
romance.
Sobre o foco narrativo de Mayombe, de Pepetela, é correto afirmar que:
a. Assumido por vários narradores, cujas falas são organizadas por uma espécie de
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que vivem as ações do enredo.
b. A divisão do fio narrativo no romance, onde tudo convida à comunhão, constitui uma
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c. A marca do foco narrativo é a da democratização da voz, articulada ao peso dos
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sem se transformar radicalmente.
d. A fragmentação narrativa do romance é um sinal de que a autoridade, de que a
palavra é manifestação, não pode ser compartilhada e sim exercida de maneira unívoca.
e. O foco narrativo, que privilegia a constante interação dialógica entre os personagens,
configura-se em um universo à parte, independente do espaço onde se dão as ações do
romance.
Mais uma?????
Mais uma?????
Claro que
sim...
Sobre Mayombe, de Pepetela, é correto afirmar que:
a. O romance trata dos velhos fantasmas coloniais que se perpetuaram com a
independência de Angola e que sacudiram a frágil sustentação da utopia que mediara o
empenho, fundindo ética e estética no projeto literário do continente africano.
b. Em Mayombe o clima de diálogo predomina, mas as conversas são atravessadas pelos
sinais da incomunicabilidade. A incompreensão, a rivalidade, as intrigas manifestas ou tão
somente sugeridas fazem prever a irrealização dos propósitos que teriam levado à luta.
c. Palco de situações expressivas da atmosfera predominante naquele momento histórico,
a floresta labiríntica e traiçoeira funciona estrategicamente como uma alegoria do projeto
de nação imaginado e perseguido pelos militantes.
d. A língua em estilhaços, o ritmo desgovernado da memória, o entrecruzamento de
referências culturais, o aproveitamento possível de elementos identificados com a
tradição integram a estratégia do autor na escolha da floresta como espaço privilegiado
do romance.
e. Politizado, o Mayombe é lugar de conflito e contradição, podendo ser visto como uma
representação de Luanda, a capital do país, onde a luta ia ganhando força e onde, em
novembro de 1975, se proclama a independência do país.
Sobre Mayombe, de Pepetela, é correto afirmar que:
a. O romance trata dos velhos fantasmas coloniais que se perpetuaram com a
independência de Angola e que sacudiram a frágil sustentação da utopia que mediara o
empenho, fundindo ética e estética no projeto literário do continente africano.
b. Em Mayombe o clima de diálogo predomina, mas as conversas são atravessadas pelos
sinais da incomunicabilidade. A incompreensão, a rivalidade, as intrigas manifestas ou tão
somente sugeridas fazem prever a irrealização dos propósitos que teriam levado à luta.
c. Palco de situações expressivas da atmosfera predominante naquele momento histórico,
a floresta labiríntica e traiçoeira funciona estrategicamente como uma alegoria do projeto
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d. A língua em estilhaços, o ritmo desgovernado da memória, o entrecruzamento de
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tradição integram a estratégia do autor na escolha da floresta como espaço privilegiado
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e. Politizado, o Mayombe é lugar de conflito e contradição, podendo ser visto como uma
representação de Luanda, a capital do país, onde a luta ia ganhando força e onde, em
novembro de 1975, se proclama a independência do país.
Uma dissertativa...
Leia o excerto de Mayombe, de Pepetela, no qual as personagens “dirigente” e
Comandante Sem Medo discutem o comportamento do combatente chamado Mundo
Novo. As indicações [d] e [C] identificam, respectivamente, as falas iniciais do
“dirigente” e do Comandante Sem Medo, que se alternam, no diálogo. [d] (...) A
propósito do Mundo Novo: a que chamas tu ser dogmático? [C] — Ser dogmático?
Sabes tão bem como eu. — Depende, as palavras são relativas. Sem Medo sorriu. —
Tens razão, as palavras são relativas. Ele é demasiado rígido na sua conceção da
disciplina, não vê as condições existentes, quer aplicar o esquema tal qual o aprendeu.
A isso eu chamo dogmático, penso que é a verdadeira aceção da palavra. A sua
verdade é absoluta e toda feita, recusa-se a pô-la em dúvida, mesmo que fosse para a
discutir e a reforçar em seguida, com os dados da prática. Como os católicos que
recusam pôr em dúvida a existência de Deus, porque isso poderia perturbá-los. — E
tu, Sem Medo? As tuas ideias não são absolutas? — Todo o homem tende para isso,
sobretudo se teve uma educação religiosa. Muitas vezes tenho de fazer um esforço
para evitar de engolir como verdade universal qualquer constatação particular.
a) Que relação se estabelece, no excerto, entre a forma dialogal e as ideias expressas
pelo Comandante Sem Medo?
O diálogo no excerto faz referência ao
discurso dogmático de Mundo Novo,
que entendia de forma unilateral a
postura política dentro do movimento da
guerrilha. A opinião de Mundo Novo
sobre o aspecto disciplinar é
intransigente, devido à rigidez de seu
aprendizado. O Comandante Sem Medo
relativiza as opiniões, evitando assumir
um posicionamento único sobre
qualquer assunto no que compete ao
grupo. Essa relativização supõe respeito
por uma pluralidade de opiniões, o que
é formalmente representado pela forma
dialogal.
No plano da narração de Mayombe, isto
é, no seu modo de organizar e distribuir
o discurso narrativo, emprega-se algum
recurso para evitar que o próprio
romance, considerado no seu conjunto,
recaia no dogmatismo criticado no
excerto? Explique resumidamente.
Em Mayombe, o discurso polifônico surge como
recurso por meio do qual diversas vozes narrativas se
cruzam. Além da voz do narrador principal, que
sustenta uma opinião livre do dogmatismo e mais
preocupada com a unidade política de Angola, a
narrativa abre espaço para a visão específica de
várias personagens. Essas falas individuais marcam
posicionamentos políticos distintos e abrem espaço
para a diversidade de opinião dentro do movimento
de guerrilha, postura que, no conjunto do romance,
neutraliza o perfil dogmático como o defendido por
Mundo Novo.

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Conflitos ideológicos na guerrilha angolana

  • 1. Mayombe - Pepetela Professor Mauro Marcel – Cursinho EBE Objetivo Guarulhos
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  • 9. Exemplos: Mia Couto: Terra sonâmbula Ondjaki: Nós choramos pelo cão tinhoso
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  • 16. O processo de independência de Angola resultou numa guerra civil que durou de 1975 a 2002.
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  • 41. Sobre o foco narrativo de Mayombe, de Pepetela, é correto afirmar que: a. Assumido por vários narradores, cujas falas são organizadas por uma espécie de narrador titular, o fio narrativo do romance é dividido e comungado pelos elementos que vivem as ações do enredo. b. A divisão do fio narrativo no romance, onde tudo convida à comunhão, constitui uma necessária operação de fragmentação, disposta a marcar os dois lados antagônicos em questão: o dos angolanos e o dos portugueses. c. A marca do foco narrativo é a da democratização da voz, articulada ao peso dos monólogos nos quais cada narrador está mergulhado e dos quais nunca consegue sair sem se transformar radicalmente. d. A fragmentação narrativa do romance é um sinal de que a autoridade, de que a palavra é manifestação, não pode ser compartilhada e sim exercida de maneira unívoca. e. O foco narrativo, que privilegia a constante interação dialógica entre os personagens, configura-se em um universo à parte, independente do espaço onde se dão as ações do romance.
  • 42. Sobre o foco narrativo de Mayombe, de Pepetela, é correto afirmar que: a. Assumido por vários narradores, cujas falas são organizadas por uma espécie de narrador titular, o fio narrativo do romance é dividido e comungado pelos elementos que vivem as ações do enredo. b. A divisão do fio narrativo no romance, onde tudo convida à comunhão, constitui uma necessária operação de fragmentação, disposta a marcar os dois lados antagônicos em questão: o dos angolanos e o dos portugueses. c. A marca do foco narrativo é a da democratização da voz, articulada ao peso dos monólogos nos quais cada narrador está mergulhado e dos quais nunca consegue sair sem se transformar radicalmente. d. A fragmentação narrativa do romance é um sinal de que a autoridade, de que a palavra é manifestação, não pode ser compartilhada e sim exercida de maneira unívoca. e. O foco narrativo, que privilegia a constante interação dialógica entre os personagens, configura-se em um universo à parte, independente do espaço onde se dão as ações do romance.
  • 45. Sobre Mayombe, de Pepetela, é correto afirmar que: a. O romance trata dos velhos fantasmas coloniais que se perpetuaram com a independência de Angola e que sacudiram a frágil sustentação da utopia que mediara o empenho, fundindo ética e estética no projeto literário do continente africano. b. Em Mayombe o clima de diálogo predomina, mas as conversas são atravessadas pelos sinais da incomunicabilidade. A incompreensão, a rivalidade, as intrigas manifestas ou tão somente sugeridas fazem prever a irrealização dos propósitos que teriam levado à luta. c. Palco de situações expressivas da atmosfera predominante naquele momento histórico, a floresta labiríntica e traiçoeira funciona estrategicamente como uma alegoria do projeto de nação imaginado e perseguido pelos militantes. d. A língua em estilhaços, o ritmo desgovernado da memória, o entrecruzamento de referências culturais, o aproveitamento possível de elementos identificados com a tradição integram a estratégia do autor na escolha da floresta como espaço privilegiado do romance. e. Politizado, o Mayombe é lugar de conflito e contradição, podendo ser visto como uma representação de Luanda, a capital do país, onde a luta ia ganhando força e onde, em novembro de 1975, se proclama a independência do país.
  • 46. Sobre Mayombe, de Pepetela, é correto afirmar que: a. O romance trata dos velhos fantasmas coloniais que se perpetuaram com a independência de Angola e que sacudiram a frágil sustentação da utopia que mediara o empenho, fundindo ética e estética no projeto literário do continente africano. b. Em Mayombe o clima de diálogo predomina, mas as conversas são atravessadas pelos sinais da incomunicabilidade. A incompreensão, a rivalidade, as intrigas manifestas ou tão somente sugeridas fazem prever a irrealização dos propósitos que teriam levado à luta. c. Palco de situações expressivas da atmosfera predominante naquele momento histórico, a floresta labiríntica e traiçoeira funciona estrategicamente como uma alegoria do projeto de nação imaginado e perseguido pelos militantes. d. A língua em estilhaços, o ritmo desgovernado da memória, o entrecruzamento de referências culturais, o aproveitamento possível de elementos identificados com a tradição integram a estratégia do autor na escolha da floresta como espaço privilegiado do romance. e. Politizado, o Mayombe é lugar de conflito e contradição, podendo ser visto como uma representação de Luanda, a capital do país, onde a luta ia ganhando força e onde, em novembro de 1975, se proclama a independência do país.
  • 48. Leia o excerto de Mayombe, de Pepetela, no qual as personagens “dirigente” e Comandante Sem Medo discutem o comportamento do combatente chamado Mundo Novo. As indicações [d] e [C] identificam, respectivamente, as falas iniciais do “dirigente” e do Comandante Sem Medo, que se alternam, no diálogo. [d] (...) A propósito do Mundo Novo: a que chamas tu ser dogmático? [C] — Ser dogmático? Sabes tão bem como eu. — Depende, as palavras são relativas. Sem Medo sorriu. — Tens razão, as palavras são relativas. Ele é demasiado rígido na sua conceção da disciplina, não vê as condições existentes, quer aplicar o esquema tal qual o aprendeu. A isso eu chamo dogmático, penso que é a verdadeira aceção da palavra. A sua verdade é absoluta e toda feita, recusa-se a pô-la em dúvida, mesmo que fosse para a discutir e a reforçar em seguida, com os dados da prática. Como os católicos que recusam pôr em dúvida a existência de Deus, porque isso poderia perturbá-los. — E tu, Sem Medo? As tuas ideias não são absolutas? — Todo o homem tende para isso, sobretudo se teve uma educação religiosa. Muitas vezes tenho de fazer um esforço para evitar de engolir como verdade universal qualquer constatação particular. a) Que relação se estabelece, no excerto, entre a forma dialogal e as ideias expressas pelo Comandante Sem Medo?
  • 49. O diálogo no excerto faz referência ao discurso dogmático de Mundo Novo, que entendia de forma unilateral a postura política dentro do movimento da guerrilha. A opinião de Mundo Novo sobre o aspecto disciplinar é intransigente, devido à rigidez de seu aprendizado. O Comandante Sem Medo relativiza as opiniões, evitando assumir um posicionamento único sobre qualquer assunto no que compete ao grupo. Essa relativização supõe respeito por uma pluralidade de opiniões, o que é formalmente representado pela forma dialogal.
  • 50. No plano da narração de Mayombe, isto é, no seu modo de organizar e distribuir o discurso narrativo, emprega-se algum recurso para evitar que o próprio romance, considerado no seu conjunto, recaia no dogmatismo criticado no excerto? Explique resumidamente.
  • 51. Em Mayombe, o discurso polifônico surge como recurso por meio do qual diversas vozes narrativas se cruzam. Além da voz do narrador principal, que sustenta uma opinião livre do dogmatismo e mais preocupada com a unidade política de Angola, a narrativa abre espaço para a visão específica de várias personagens. Essas falas individuais marcam posicionamentos políticos distintos e abrem espaço para a diversidade de opinião dentro do movimento de guerrilha, postura que, no conjunto do romance, neutraliza o perfil dogmático como o defendido por Mundo Novo.