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GIL VICENTE
CONTEXTUALIZAÇÃO
Autoria: Victor Couto
GIL VICENTE | CONTEXTUALIZAÇÃO
MANIFESTAÇÕES TEATRAIS ANTERIORES A GIL VICENTE
MANIFESTAÇÕES RELIGIOSAS
• Mistérios: dramatização de cenas da vida de Cristo.
• Milagres: representação da vida de santos e os seus milagres.
• Moralidades: representações em que as personagens são a personificação de
virtudes e vícios com uma finalidade didática (alegoria).
GIL VICENTE | CONTEXTUALIZAÇÃO
MANIFESTAÇÕES TEATRAIS ANTERIORES A GIL VICENTE
MANIFESTAÇÕES PROFANAS
• Arremedilhos: imitações burlescas de pessoas ou acontecimentos.
• Entremezes: pequenas representações com cantos e danças.
• Momos: representações cujas personagens são seres humanos e entidades
fantásticas.
GIL VICENTE | CONTEXTUALIZAÇÃO
MANIFESTAÇÕES TEATRAIS VICENTINAS
A classificação das peças teatrais vicentinas é difícil, porque, em cada peça, estão
presentes estruturas diversificadas.
Três grandes grupos:
• Autos pastoris;
• Autos de moralidade (Ex.: Auto da Feira);
• Farsas (Ex.: Farsa de Inês Pereira).
GIL VICENTE | CONTEXTUALIZAÇÃO
ÉPOCA
• O reinado faustoso de D. Manuel.
• A descoberta da costa africana.
• A chegada da Vasco da Gama à Índia.
• Lisboa: centro de convergência das especiarias vindas do Oriente.
• A construção dos Jerónimos.
• A inquisição e a perseguição aos cristãos novos.
GIL VICENTE | CONTEXTUALIZAÇÃO
GIL VICENTE
• Gil Vicente foi um perspicaz observador do seu tempo, recorrendo à sua
veia satírica.
• Gil Vicente critica a sociedade parasitária, de gente que desprezava o
trabalho para viver de expedientes fáceis, ludibriando os outros e usando
muitas vezes da tirania e da corrupção.
• Critica igualmente a hipocrisia generalizada, o contraste entre o ser e o
parecer, o adultério, as mulheres caprichosas ou levianas, as alcoviteiras.
• O dramaturgo critica, também, os escudeiros pobres e presunçosos; o
clero corrupto e a própria Igreja e, ainda, os excessos cometidos pelos
que iam à Índia em busca de riqueza.
“Ridendo castigat mores” – Pelo riso se castigam (corrigem) os costumes.
GIL VICENTE | CONTEXTUALIZAÇÃO
GIL VICENTE, ESCRITOR DE TRANSIÇÃO
CARACTERÍSTICAS MEDIEVAIS
• Linguagem popular e arcaica.
• Utilização de personagens populares com os seus costumes e linguagem
próprios.
• Sintaxe pouco elaborada.
• Uso predominante da redondilha maior (7 sílabas métricas).
• Valorização do espírito de cruzada.
• Personagens sem grande densidade psicológica.
• Personagens-tipo.
GIL VICENTE | CONTEXTUALIZAÇÃO
GIL VICENTE, ESCRITOR DE TRANSIÇÃO
CARACTERÍSTICAS CLÁSSICAS/RENASCENTISTAS
• Sátira aos costumes com princípios moralizadores.
• Presença de um certo nacionalismo.
• Mecenatismo.
• Crítica religiosa (influência das ideias de Erasmo), sobretudo ao clero, pelos seus
excessos, mas também à questão das indulgências.
• Sensibilidade relativamente à compreensão dos problemas sociais - reação ao
evidente materialismo da época.
• Presença de algumas referências mitológicas e clássicas.
• Formalmente: tentativa de divisão em quadros e existência de prólogo em
algumas peças (Auto da Feira, por exemplo).
GIL VICENTE | FARSA DE INÊS PEREIRA
FARSA DE INÊS PEREIRA
GIL VICENTE | FARSA DE INÊS PEREIRA
TÓPICOS DE CONTEÚDO:
• Caracterização das personagens.
• Relações entre as personagens.
• A representação do quotidiano.
• A dimensão satírica.
• Linguagem, estilo e estrutura.
GIL VICENTE | FARSA DE INÊS PEREIRA
RELAÇÕES ENTRE PERSONAGENS
MÃE
Inês solteira (recusa Pero Marques)
Inês casada (com o Escudeiro)
Inês viúva (do Escudeiro)
Inês casada (com Pero Marques)
Lianor Vaz
Judeus e o moço
Lianor Vaz
GIL VICENTE | FARSA DE INÊS PEREIRA
AS PERSONAGENS
A Mãe é prudente, conselheira, confidente, atenta à
realidade e um pouco interesseira.
• Manifesta a sua discordância em relação ao casamento
com o Escudeiro.
• Aceita a decisão da filha. Esta aprenderá às suas custas.
GIL VICENTE | FARSA DE INÊS PEREIRA
AS PERSONAGENS
Inês é uma rapariga solteira preguiçosa, alegre e sonhadora.
• Para ela, o casamento representa a liberdade.
• Inês julga os pretendentes pela aparência, mas a vida
irá mostrar-lhe que a aparência pode ser enganadora.
• Inês vai tornar-se uma mulher desiludida e calculista.
GIL VICENTE | FARSA DE INÊS PEREIRA
AS PERSONAGENS
Pero Marques é uma personagem rústica, ridicularizada e rejeitada por Inês.
• Oriundo de um espaço rural, cai no ridículo pela forma como fala e como se
comporta.
• É uma personagem cómica (cómico de caráter ou de personagem).
• Representa, na peça, o papel de “asno”.
GIL VICENTE | FARSA DE INÊS PEREIRA
AS PERSONAGENS
O Escudeiro é interesseiro, dissimulado e astuto.
• É um homem fraco que apenas se mostra cruel com Inês.
• A elegância e a “cultura” do Escudeiro contrastam com a simplicidade e
ignorância de Pero Marques.
• Representa, na peça, o papel de “cavalo”.
GIL VICENTE | FARSA DE INÊS PEREIRA
AS PERSONAGENS
Lianor Vaz é a alcoviteira, adjuvante de Pero Marques.
• Traz a sua carta a apresentação a Inês. Revela grande experiência de vida e
capacidade de persuasão.
Judeus casamenteiros (Latão e Vidal).
• Empenham-se em encarecer os méritos do escudeiro, a troco de compensação
material.
• Aparentemente bajuladores, criticam com subtileza Inês e o Escudeiro.
GIL VICENTE | FARSA DE INÊS PEREIRA
AS PERSONAGENS
O Ermitão é um antigo pretendente de Inês e é personagem necessária à
concretização da liberdade e vingança de Inês.
GIL VICENTE | FARSA DE INÊS PEREIRA
TIPOS DE CÓMICO
• Cómico de personagem – Pero Marques
• Cómico de situação – encontro de Pero Marques com Inês e a cena final
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GIL VICENTE | FARSA DE INÊS PEREIRA
FARSA VICENTINA
• Põe em cena o triângulo amoroso, desenvolve a ideia de um provérbio;
• As personagens são oriundas da vida quotidiana rural e citadina e agem segundo
um esquema repetitivo, próximo da caricatura.
A farsa ilustra uma situação.
GIL VICENTE | FARSA DE INÊS PEREIRA
DIMENSÃO CRÍTICA
• A farsa é um divertimento sério, orientado por uma intenção moral;
• é preciso fazer rir para instruir, respeitar a família e o trabalho;
• tem um caráter edificante: Inês casa com um homem da sua condição;
A farsa partilha com a moralidade o tema da repreensão e do desconcerto.
GIL VICENTE
CONTEXTUALIZAÇÃO
Autoria: Victor Couto

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Aula sobre o Imperialismo Europeu no século XIX
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Powerp. gil vicente

  • 2. GIL VICENTE | CONTEXTUALIZAÇÃO MANIFESTAÇÕES TEATRAIS ANTERIORES A GIL VICENTE MANIFESTAÇÕES RELIGIOSAS • Mistérios: dramatização de cenas da vida de Cristo. • Milagres: representação da vida de santos e os seus milagres. • Moralidades: representações em que as personagens são a personificação de virtudes e vícios com uma finalidade didática (alegoria).
  • 3. GIL VICENTE | CONTEXTUALIZAÇÃO MANIFESTAÇÕES TEATRAIS ANTERIORES A GIL VICENTE MANIFESTAÇÕES PROFANAS • Arremedilhos: imitações burlescas de pessoas ou acontecimentos. • Entremezes: pequenas representações com cantos e danças. • Momos: representações cujas personagens são seres humanos e entidades fantásticas.
  • 4. GIL VICENTE | CONTEXTUALIZAÇÃO MANIFESTAÇÕES TEATRAIS VICENTINAS A classificação das peças teatrais vicentinas é difícil, porque, em cada peça, estão presentes estruturas diversificadas. Três grandes grupos: • Autos pastoris; • Autos de moralidade (Ex.: Auto da Feira); • Farsas (Ex.: Farsa de Inês Pereira).
  • 5. GIL VICENTE | CONTEXTUALIZAÇÃO ÉPOCA • O reinado faustoso de D. Manuel. • A descoberta da costa africana. • A chegada da Vasco da Gama à Índia. • Lisboa: centro de convergência das especiarias vindas do Oriente. • A construção dos Jerónimos. • A inquisição e a perseguição aos cristãos novos.
  • 6. GIL VICENTE | CONTEXTUALIZAÇÃO GIL VICENTE • Gil Vicente foi um perspicaz observador do seu tempo, recorrendo à sua veia satírica. • Gil Vicente critica a sociedade parasitária, de gente que desprezava o trabalho para viver de expedientes fáceis, ludibriando os outros e usando muitas vezes da tirania e da corrupção. • Critica igualmente a hipocrisia generalizada, o contraste entre o ser e o parecer, o adultério, as mulheres caprichosas ou levianas, as alcoviteiras. • O dramaturgo critica, também, os escudeiros pobres e presunçosos; o clero corrupto e a própria Igreja e, ainda, os excessos cometidos pelos que iam à Índia em busca de riqueza. “Ridendo castigat mores” – Pelo riso se castigam (corrigem) os costumes.
  • 7. GIL VICENTE | CONTEXTUALIZAÇÃO GIL VICENTE, ESCRITOR DE TRANSIÇÃO CARACTERÍSTICAS MEDIEVAIS • Linguagem popular e arcaica. • Utilização de personagens populares com os seus costumes e linguagem próprios. • Sintaxe pouco elaborada. • Uso predominante da redondilha maior (7 sílabas métricas). • Valorização do espírito de cruzada. • Personagens sem grande densidade psicológica. • Personagens-tipo.
  • 8. GIL VICENTE | CONTEXTUALIZAÇÃO GIL VICENTE, ESCRITOR DE TRANSIÇÃO CARACTERÍSTICAS CLÁSSICAS/RENASCENTISTAS • Sátira aos costumes com princípios moralizadores. • Presença de um certo nacionalismo. • Mecenatismo. • Crítica religiosa (influência das ideias de Erasmo), sobretudo ao clero, pelos seus excessos, mas também à questão das indulgências. • Sensibilidade relativamente à compreensão dos problemas sociais - reação ao evidente materialismo da época. • Presença de algumas referências mitológicas e clássicas. • Formalmente: tentativa de divisão em quadros e existência de prólogo em algumas peças (Auto da Feira, por exemplo).
  • 9. GIL VICENTE | FARSA DE INÊS PEREIRA FARSA DE INÊS PEREIRA
  • 10. GIL VICENTE | FARSA DE INÊS PEREIRA TÓPICOS DE CONTEÚDO: • Caracterização das personagens. • Relações entre as personagens. • A representação do quotidiano. • A dimensão satírica. • Linguagem, estilo e estrutura.
  • 11. GIL VICENTE | FARSA DE INÊS PEREIRA RELAÇÕES ENTRE PERSONAGENS MÃE Inês solteira (recusa Pero Marques) Inês casada (com o Escudeiro) Inês viúva (do Escudeiro) Inês casada (com Pero Marques) Lianor Vaz Judeus e o moço Lianor Vaz
  • 12. GIL VICENTE | FARSA DE INÊS PEREIRA AS PERSONAGENS A Mãe é prudente, conselheira, confidente, atenta à realidade e um pouco interesseira. • Manifesta a sua discordância em relação ao casamento com o Escudeiro. • Aceita a decisão da filha. Esta aprenderá às suas custas.
  • 13. GIL VICENTE | FARSA DE INÊS PEREIRA AS PERSONAGENS Inês é uma rapariga solteira preguiçosa, alegre e sonhadora. • Para ela, o casamento representa a liberdade. • Inês julga os pretendentes pela aparência, mas a vida irá mostrar-lhe que a aparência pode ser enganadora. • Inês vai tornar-se uma mulher desiludida e calculista.
  • 14. GIL VICENTE | FARSA DE INÊS PEREIRA AS PERSONAGENS Pero Marques é uma personagem rústica, ridicularizada e rejeitada por Inês. • Oriundo de um espaço rural, cai no ridículo pela forma como fala e como se comporta. • É uma personagem cómica (cómico de caráter ou de personagem). • Representa, na peça, o papel de “asno”.
  • 15. GIL VICENTE | FARSA DE INÊS PEREIRA AS PERSONAGENS O Escudeiro é interesseiro, dissimulado e astuto. • É um homem fraco que apenas se mostra cruel com Inês. • A elegância e a “cultura” do Escudeiro contrastam com a simplicidade e ignorância de Pero Marques. • Representa, na peça, o papel de “cavalo”.
  • 16. GIL VICENTE | FARSA DE INÊS PEREIRA AS PERSONAGENS Lianor Vaz é a alcoviteira, adjuvante de Pero Marques. • Traz a sua carta a apresentação a Inês. Revela grande experiência de vida e capacidade de persuasão. Judeus casamenteiros (Latão e Vidal). • Empenham-se em encarecer os méritos do escudeiro, a troco de compensação material. • Aparentemente bajuladores, criticam com subtileza Inês e o Escudeiro.
  • 17. GIL VICENTE | FARSA DE INÊS PEREIRA AS PERSONAGENS O Ermitão é um antigo pretendente de Inês e é personagem necessária à concretização da liberdade e vingança de Inês.
  • 18. GIL VICENTE | FARSA DE INÊS PEREIRA TIPOS DE CÓMICO • Cómico de personagem – Pero Marques • Cómico de situação – encontro de Pero Marques com Inês e a cena final • Cómico de linguagem – a linguagem de Pero Marques e as falas dos Judeus casamenteiros
  • 19. GIL VICENTE | FARSA DE INÊS PEREIRA FARSA VICENTINA • Põe em cena o triângulo amoroso, desenvolve a ideia de um provérbio; • As personagens são oriundas da vida quotidiana rural e citadina e agem segundo um esquema repetitivo, próximo da caricatura. A farsa ilustra uma situação.
  • 20. GIL VICENTE | FARSA DE INÊS PEREIRA DIMENSÃO CRÍTICA • A farsa é um divertimento sério, orientado por uma intenção moral; • é preciso fazer rir para instruir, respeitar a família e o trabalho; • tem um caráter edificante: Inês casa com um homem da sua condição; A farsa partilha com a moralidade o tema da repreensão e do desconcerto.