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ireitos reservados
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O 324
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pridos na atual encarnação, com
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orais a corrigir semcon-
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aptos, enfim
, aconstruir um
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do, ingressando na Fraternidade dos D
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bora diferentes nas finalidades, por se tratar de
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utor; enriquecida am
a
t
é
r
i
anele con-
tida comnovos conhecim
entos, torna-se elam
ais d
i
d
á
t
i
c
a
, a
c
e
s
s
í
v
e
l
,pro-
veitosaecom
pleta.
O
s Q
uadros S
i
n
ó
t
i
c
o
seos R
esum
os S
i
n
t
é
t
i
c
o
sque agora oferece
são de perfeita objetividade, que torna m
ais r
á
p
i
d
aa com
preensão dos
assuntostratados.
Pode-se m
esm
o dizer, que comesta atual apresentação, a m
a
t
é
r
i
a
tratada fica esgotada, pelom
enos doponto devista doEspiritism
oE
van-
g
é
l
i
c
o
,que tem
, com
o principal exigência, atransform
ação m
oral dos
adeptos, com
o Jesus t
a
m
b
é
mexigia nas suas pregações redentoras da
Palestina.
A
sm
a
t
é
r
i
a
saqui tratadas deform
a t
é
c
n
i
c
o
-
d
i
d
á
t
i
c
asão exam
inadas
m
inuciosam
ente em todas as fases do aprendizado, e os p
r
ó
p
r
i
o
ssenti-
m
entos hum
anos são controlados pari passu, consideradas as transfor-
m
ações m
orais que se operam no psiquism
o daqueles que executam
0m
e
r
i
t
ó
r
i
oe
s
f
o
r
ç
odaR
eform
a Intim
a.
T
ais m
edidas e cuidados são, a
l
i
á
s
,n
e
c
e
s
s
á
r
i
o
s
, não s
ópara os de
hoje com
o para os que vêm depois, seguindo am
esm
a rota i
n
i
c
i
á
t
i
c
a
das transform
ações m
orais, o que vale dizer, da R
eform
a Intim
a, para o
apressam
ento da evolução individual desejada pelo Plano M
aior, para
a redenção do m
aior n
ú
m
e
r
op
o
s
s
í
v
e
lde e
s
p
í
r
i
t
o
s
,visando ao advento
do39M
i
l
é
n
i
oC
ristão.
SãoPaulo,janeirode1982.
E
dgard A
rm
ond
1 Esta publicação teve sua elaboração iniciada em 1977. Em
bora ainda não
estivesse totalm
ente revisada elhe faltassem alguns c
a
p
í
t
u
l
o
s
, posteriorm
ente inseri-
dos, foi apresentada ao estim
ado criador das Escolas de A
prendizes do Evangelho
e da Fraternidade dos D
i
s
c
í
p
u
l
o
sde Jesus para p
r
e
f
a
c
i
á
-
l
a
,ou, antes, parac
r
i
t
i
c
á
-
l
a
.
A
ssim
, justificado e
s
t
áohiato existenteentreadataacim
aeadapublicação. (N
. A
.)
11
s

•
(
APRESENTAÇÃO
"C
om o espiritism
o, a hum
anidade deve entrar
num
a fase nova, a do progresso m
oral, que lhe
éconsequênciain
e
v
itá
v
e
l."
(A
llanK
ardec.0LivrodosE
s
p
ír
ito
s
. C
onclusãoV
.)
Estas palavras nos foram ditas pelo e
m
é
r
i
t
oC
odificador doE
spiri-
tism
o,nofinal deOLivro dosE
s
p
ír
ito
s
, editadonoanode1857.
C
om
on
ó
s
, e
s
p
í
r
i
t
a
s
, seguim
oshoje osrum
osdessaverdadeenuncia-
dapelor
e
s
p
e
i
t
á
v
e
lm
estrelionês?
C
ontinua sendo d
i
f
í
c
i
l encarar, comvontade dem
udar, arealidade
í
n
t
i
m
a
, p
r
ó
p
r
i
ade cadaum
, eexercer oe
s
f
o
r
ç
ode conseguir oprogresso
m
oral.
N
a pergunta 661 desse m
esm
o livro, relativam
ente ao perdão de
D
euspara asnossasfaltas1, respondemose
s
p
í
r
i
t
o
s
:"aprecenãoocultaas
faltas"e"operdãos
ó éobtidom
udandodeconduta".
Isso é conclusivo, enãorequer um
a form
ação escolar m
uito am
pla
pararealizar-seatransform
açãointerior preconizada.
O m
eio de se fazer essa R
eform
a já nos foi ensinado h
á dois m
il
anos pelo m
eigo Rabi daG
alileia. Elem
esm
odisse: "Eu sou oC
am
inho,
aV
erdadeeaV
ida, n
i
n
g
u
é
m
vaiaoPaisenãopor M
im
".
Pergunta 661: Pode-se, eficazm
ente, pedir a D
eus perdão para nossas faltas?
D
eus sabe discernir o bemeom
al: aprece nãooculta asfaltas. A
quele que
pede aD
eus operdão de suas faltas nãooo
b
t
é
msenãom
udando de conduta.
A
s boas ações são a m
elhor prece, porque os atos valemm
ais doque aspa-
lavras.
13
A
inda é a
t
r
a
v
é
sda passagempela "porta estreita" e peloe
s
f
o
r
ç
o
perseverante, pelos testem
unhos, que conquistam
os os valores doe
s
p
í
-
rito. A
b
r
a
ç
a
ra dificuldade, aceitando-a e utilizando-a com
o form
a de
a
l
c
a
n
ç
a
roprogressom
oral, essaéaposiçãoaser tom
ada.
Tem
os perdido m
uito tem
po emdiscussões, dissensões ec
r
í
t
i
c
a
s
,
m
esm
o no m
eio e
s
p
í
r
i
t
a
,e o objetivo central, que efetivam
ente im
pul-
siona ohom
em am
elhorar, esse temsidodecertom
odo olvidado, com
alegações de que não podem
os afugentar os poucos adeptos, ou que a
evoluçãonãod
á saltos.
D
as palavras do texto escrito por K
ardec, entendem
os que já en-
tram
os na "fase nova da hum
anidade" ou, quando não, estam
os no seu
lim
iar. Eoque temoEspiritism
orealizado, depois decentoevinteanos,
emterm
osdeprogressom
oral dahum
anidade?
Perdoem
-m
e os confrades e os am
igos leitores, m
as quando penso
nisso,vendo oque tem
os àsm
ãos, oferecido porestaD
outrina, eoque já
p
o
d
e
r
í
a
m
o
ster a
v
a
n
ç
a
d
o
,ficoangustiado.
Som
os r
e
s
p
o
n
s
á
v
e
i
spelo bem que deixam
os de fazer e por todo
o m
al decorrente desse bemnão praticado (OLivro dosE
s
p
ír
ito
s
, per-
gunta 642)2.
É ainda m
uito pouco, na dim
ensão da hum
anidade p
l
a
n
e
t
á
r
i
a
, o
que aD
outrina dosE
s
p
í
r
i
t
o
stemrealizado. P
ú
d
e
r
-
s
e
-
i
ater realizado bem
m
ais, e se issonãofoi feito ainda emproporções r
a
z
o
á
v
e
i
s
, com
o articu-
lar todos os nossos recursos e potencialidades para a execução desse
gigantescotrabalho?
N
ãopodem
os encontrar asrespostas empoucas palavras,m
asacen-
tralização de e
s
f
o
r
ç
o
snesse objetivo poderia unir af
a
m
í
l
i
ae
s
p
í
r
i
t
ados
quatro cantos da Terra no estudo direcionado, o aprim
oram
ento dos
profitentes, dem
odop
r
á
t
i
c
oeeficaz, semm
uitaperdadetem
po, integran-
do todos no trabalho deexem
plificação pelasobras e, aom
esm
o tem
po,
na divulgação do consolo que aD
outrina d
á aosapelos dosque sofrem
.
Tem
os constatado, naexecução doprogram
a dasEscolas deA
pren-
dizes doEvangelho(o quelhe autenticaosp
r
o
p
ó
s
i
t
o
s
)
,acom
provaçãoda
assistência espiritual superior, auxiliando os que buscamtriunfar sobre
Pergunta 642: S
e
r
ásuficiente não se fazer o m
al, para ser a
g
r
a
d
á
v
e
la D
eus
eassegurarum
asituação futura?
N
ão, é preciso fazer o bem
, no lim
ite dasp
r
ó
p
r
i
a
sf
o
r
ç
a
s
, pois cada umres-
p
o
n
d
e
r
ápor todom
al quetiver ocorridopor causadobemquedeixoudefazer.
14
as suas paixões3 e o incentivo aos cam
inhos da abnegação, com
o m
eio
eficaz para com
bater os v
í
c
i
o
se os p
r
e
d
o
m
í
n
i
o
sdanaturezac
o
r
p
ó
r
e
a
4
.
E
ssas escolas, criadas pelo Sr. Edgard A
rm
ond em 1940 e iniciadas na
Federação E
s
p
í
r
i
t
ado Estado de São Pauloem1950, conduzemde for-
m
a disciplinar, numprogram
a de quase trêsanos, oobjetivop
r
e
c
í
p
u
oda
autotransform
ação, baseada no conhecim
ento e
v
a
n
g
é
l
i
c
oà luz do E
spi-
ritism
o enasoportunidades de servir. Éo que tem
osvisto, a
té hoje, nes-
ses nossos trinta anos deD
outrinaE
s
p
í
r
i
t
a
, com
o trabalho de resultados
m
ais efetivos, exatam
ente dentro desse sentido p
r
i
o
r
i
t
á
r
i
o c
o
n
c
l
u
í
d
o
por K
ardec, ou seja, odelevar acriatura arealizar oseuprogressom
oral.
Trazem
os nossa despretensiosa colaboraçãoaosA
prendizesdoEvan-
gelhoeatodos os que buscamrealizar asua transform
ação interior, aqui
reunindoinform
ações edispondo deelem
entosquem
elhor nosconduzam
aosideaiscolim
ados, deform
ap
r
á
t
i
c
aenum
alinguagemsim
ples.
Estarem
os sem
pre prontos a receber as c
r
í
t
i
c
a
sconstrutivas egos-
t
a
r
í
a
m
o
s m
u
i
t
í
s
s
i
m
ode obter c
o
m
e
n
t
á
r
i
o
ssobre os resultados da apli-
caçãop
r
á
t
i
c
adoqueapresentam
os, paraaprim
orarm
osprogressivam
enteo
c
o
n
t
e
ú
d
odessetrabalho.
Onossom
uitoobrigado.
N
ey P
rietoP
eres
Pergunta 910:Ohom
empode encontrar nos E
s
p
í
r
i
t
o
sum
a ajuda eficaz para
superar aspaixões?
Se orar aD
eus e ao seu bomg
é
n
i
ocomsinceridade, os bons e
s
p
í
r
i
t
o
svirão
certam
ente emseua
u
x
í
l
i
o
,porqueessaéasuam
issão.
Pergunta 912: Q
ual om
eio m
ais eficaz de se com
bater a p
r
e
d
o
m
i
n
â
n
c
i
a
danaturezac
o
r
p
ó
r
e
a
?
A
bnegar-se.
(A
llanK
ardec. OLivro dosE
s
p
ír
ito
s
.)
15
I.
AS BASES DO TRANSFORMAR-SE
1 ALLAN KARDEC EST ABELECE AS BASES
"Am
oral dosE
s
p
ír
ito
ssuperiores seresum
e, com
o
adoC
risto, nestam
á
x
im
ae
v
a
n
g
é
lic
a
:
'F
azeraosoutros oqueq
u
e
r
e
r
ía
m
o
squeos outros
nos fizessem
', ou seja, fazer obemenãofazer o
m
al. Ohom
em encontra nesse principio aregra
universal de conduta, m
esm
o para as m
enores
ações."
(A
llanK
ardec. OLivro dosE
s
p
ír
ito
s
. Intro-
dução V
I. Resum
o daD
outrina dosE
s
p
í
r
i
-
tos.)
N
aquelaIntroduçãoaoEstudodaD
outrinaE
s
p
í
r
i
t
a
,resum
indoassuas
basesfundam
entais, ocodificador, nofinal doitemV
I,expõe queosE
s
p
í
-
ritos "nos ensinam que o e
g
o
í
s
m
o
,o orgulho, a sensualidade sãopai-
xões que nosaproxim
am danatureza anim
al, prendendo-nos à m
a
t
é
r
i
a
;
que o hom
em que, desde este m
undo, seliberta dam
a
t
é
r
i
a
, pelo des-
prezo para comasfutilidades m
undanas e ocultivo do am
or aop
r
ó
x
i
-
m
o, se aproxim
a da natureza espiritual. Equecadaumden
ó
s devetor-
nar-se ú
til, segundo asfaculdades e os m
eios queD
eus noscolocounas
m
ãos paranosprovar; queoForte eoPoderosodevemapoioeproteção
ao Fraco, porque aquele que abusa da suaf
o
r
ç
ae doseupoder, para
oprim
ir oseusem
elhante, violaaleideD
eus". Elesensinam
,enfim
, "que
no m
undo dos E
s
p
í
r
i
t
o
s
, nada podendo estar escondido, oh
i
p
ó
c
r
i
t
a
s
e
r
ádesm
ascarado e todas assuastorpezas reveladas; queap
r
e
s
e
n
ç
aine-
v
i
t
á
v
e
l e em todos os instantes daqueles que prejudicam
os é umdos
17
castigos an
ó
sreservados; que aos estados de inferioridade ede supe-
rioridade dos E
s
p
í
r
i
t
o
scorrespondem penas e alegrias que nos são des-
conhecidasna terra".
M
as eles nos ensinam t
a
m
b
é
m"que não h
áfaltasi
r
r
e
m
i
s
s
í
v
e
i
s
que não possamser apagadas pela expiação. Ohom
emencontra o m
eio
n
e
c
e
s
s
á
r
i
o
, nasdiferentes existências, que lheperm
ite a
v
a
n
ç
a
r
, segundo o
seu desejo eosseuse
s
f
o
r
ç
o
s
, naviadoprogresso, emdireçãoàperfeição,
queéoseuobjetivofinal".
O que depreendem
os dessa im
portante s
í
n
t
e
s
econstitui precisa-
m
ente oroteiro deste o
p
ú
s
c
u
l
o
.D
ei
n
í
c
i
oprocuram
os evidenciar, trazen-
do aos n
í
v
e
i
sdoconsciente, asm
anifestações c
a
r
a
c
t
e
r
í
s
t
i
c
a
sda nossa na-
tureza anim
al: os v
í
c
i
o
seos defeitos que denotam a p
r
e
d
o
m
i
n
â
n
c
i
a
c
o
r
p
ó
r
e
a
. D
epois, o conhecim
ento das virtudes que nos libertam
, pelo
seu cultivo, das futilidades m
undanas, enos predispõem aexercer o
am
or a
op
r
ó
x
i
m
o
, desenvolvendo, assim
, anossa natureza espiritual.
O
s m
eios p
r
á
t
i
c
o
spara exercitarm
os as nossas faculdades, nose
s
f
o
r
ç
o
s
que nos perm
itamprogredir emdireção à perfeição, éoque indicam
os.
A necessidade im
periosa de nos tornarm
os ú
t
e
i
semtodos os sentidos,
levando a nossa contribuição ao p
r
ó
x
i
m
o
,cultivando overdadeiroe
s
p
í
-
ritodacaridadedesinteressada, e
s
t
áigualm
enteinserida.
São exatam
ente "os m
eios n
e
c
e
s
s
á
r
i
o
s
"que desejam
os colocarà
disposição dos am
igos interessados emrealizar oseu desenvolvim
ento
m
oral, entendendo que o m
undo emque vivem
os, longe da perfeição,
e
s
t
ám
uitom
ais envolvidonoserros. Erros que sãoim
portantes, pois nos
levamadistinguir averdade, naslições daexperiência hum
ana, equenos
perm
itemfazer as nossas escolhas, propiciando-nos o adiantam
ento pro-
gressivo na senda do e
s
p
í
r
i
t
o
. Errar m
enos, ouainda, evitar arepetição
de erros anteriores, éum
apreocupaçãoquepodeconduzir-nosarecuperar
m
uito tem
po j
áperdido. E
sse t
a
m
b
é
mé umenfoque p
r
i
o
r
i
t
á
r
i
oaobje-
tivar, pois encontram
o-nos todos na condição de ajustar nossosd
é
b
i
t
o
s
,
som
ando m
é
r
i
t
o
s
,no a
v
a
n
ç
oque carecem
os. N
arealidade, nãoé grande
o e
s
f
o
r
ç
oque precisam
os desenvolver. A
t
écompouco trabalho podere-
m
os vencer as nossas m
á
stendências, m
as o que nos falta é a vontade.
P
o
r
é
m
, essa vontade t
a
m
b
é
mpodem
os cultivar. Eumdosm
é
t
o
d
o
spara
issoéodaauto-sugestão, com
overem
osadiante.
A
s bases da Transform
ação Intim
a estão comK
ardec, que elevae
d
ácum
prim
ento àm
oral de Jesus no "fazer aos outros oque q
u
e
r
e
r
í
a
-
m
os que osoutros nosfizessem
". R
egra universal deconduta, a
t
ém
esm
o
para as m
enores ações, que nos deve pautar emnosso relacionam
ento.
18
O
s q
u
e
s
t
i
o
n
á
r
i
o
sde avaliação individual noslevamarefletir, tra-
zendoàconsciência osdefeitos m
aisevidentesaseremcorrigidos.Am
aio-
ria destes defeitos écom
um
, equase sem
pre acham
-se ocultos sob a
form
adetorpezasinconscientem
ente sepultadas.
Aauto-avaliação progressiva nosfazver,periodicam
ente, oam
adu-
recim
ento conquistado pelo p
r
ó
p
r
i
oe
s
f
o
r
ç
oemm
elhorar, proporcio-
nando-nos oe
s
t
í
m
u
l
oem continuar na rem
odelação de n
ó
sm
esm
os.
V
encidas asprim
eiras dificuldades, am
i
s
e
r
i
c
ó
r
d
i
adonossoD
ivino
C
riadorjá nosfazcolher osprim
eiros frutos donossotrabalho,nasm
ani-
festaçõesdasalegriasreconfortadoras doe
s
p
í
r
i
t
o
.
Q
uemvemaseinteressar peloEspiritism
ocom
ocuriosidade, efica
na constatação doi
n
t
e
r
c
â
m
b
i
oe dasm
anifestações dos e
s
p
í
r
i
t
o
s
,flutua
na suas
u
p
e
r
f
í
c
i
e
;equemsesente a
t
r
a
í
d
opelas suasinterpelações ebus-
canoestudoinform
ações sobre suacontribuiçãoaoconhecim
entodaori-
gem
, natureza e destinação dos nossose
s
p
í
r
i
t
o
s
,penetra nascam
adasde
suas bases; no entanto, aqueles, pelo quejá sofreram enaansiedade de
preencher oe
s
p
í
r
i
t
oá
v
i
d
odeperfeição, sentindoemprofundidade osseus
ensinam
entos, oferecem terreno s
ó
l
i
d
opara a edificação progressiva da
D
outrina dosE
s
p
í
r
i
t
o
sdentro desim
esm
os, porque neles as transform
a-
ções í
n
t
i
m
a
sserãorealizadas eneles oEspiritism
o cum
preoseuverdadei-
ropapelderedentor dahum
anidade.
Portanto, se ainda não nos sentim
os tocados emprofundidade, e
se nas nossas inquietações não estam
os trazendo o conhecim
entoe
s
p
í
-
rita paraoterreno dasm
u
d
a
n
ç
a
snonossocom
portam
ento, nãoestarem
os
aplicando aD
outrina em b
e
n
e
f
í
c
i
oda nossa p
r
ó
p
r
i
aevolução, e não
poderem
os, arigor, ser reconhecidos com
oe
s
p
í
r
i
t
a
s
. Poderem
os serpro-
fundos conhecedores dasuafilosofia oum
eticulosos pesquisadoresdasua
ciência,oquenosc
o
n
f
e
r
i
r
áapenasacondiçãodet
e
ó
r
i
c
o
s
.
V
ivência, aplicação, exem
plificação, transform
ação, eis as caracte-
r
í
s
t
i
c
a
sdoe
s
p
í
r
i
t
aautêntico;eisabaseestabelecidaporA
llanK
ardec.
2 REFORMA INTIMA EM SEIS PERGUNTAS1
1. O queéaR
eform
a Intim
a?
AR
eform
a Intim
a é umprocesso c
o
n
t
í
n
u
odeautoconhecim
ento,
de conhecim
ento da nossa intim
idade espiritual, m
odelando-nos
progressivam
ente na vivência e
v
a
n
g
é
l
i
c
a
, em todos os sentidos
da nossa existência. Éatransform
ação do hom
emvelho, carre-
A
rtigopublicadopeloautor. Jornal OTrevo. N
°
. 11,janeiro/75. 19
gado de tendências e erros seculares, no hom
em novo, atuante
na im
plantação dos ensinam
entos do D
ivinoM
estre, dentro e fora
desi.
2. PorqueaR
eform
a Intim
a?
Porque éom
eio denoslibertarm
os dasim
perfeições ede fazerm
os
objetivam
ente o trabalho de b
u
r
i
l
a
m
e
n
t
ódentro den
ó
s
, conduzin-
do-nos com
pativelm
entecomasaspiraçõesquenoslevamaoaprim
o-
ram
entodonossoe
s
p
í
r
i
t
o
.
3. ParaqueaR
eform
aí
n
t
i
m
a
?
Para transform
ar ohom
emeapartir dele, toda ahum
anidade, ain-
da tão distante das vivências e
v
a
n
g
é
l
i
c
a
s
. U
rge enfileirarm
o-nos ao
lado dos batalhadores dasú
l
t
i
m
a
shoras, pelos nossos testem
unhos,
respondendo aos apelos do Plano Espiritual e integrando-nos na
preparaçãoc
í
c
l
i
c
adoTerceiroM
i
l
é
n
i
o
.
4. O
ndefazeraR
eform
a Intim
a?
Prim
eiram
ente dentro de n
ó
s m
esm
os, cujas transform
ações se
refletirão depois emtodos oscam
pos denossaexistência, no nosso
relacionam
ento com fam
iliares, colegas de trabalho, am
igos e ini-
m
igos e, ainda, nos m
eios em que colaborarm
os desinteressada-
m
entecoms
e
r
v
i
ç
o
saop
r
ó
x
i
m
o
.
5. Q
uandofazeraR
eform
aí
n
t
i
m
a
?
Om
om
entoéagoraejá; nãoh
á m
ais oque esperar. Otem
popassa
e todos osm
inutos sãopreciosos para asconquistas que precisam
os
fazer nonossoí
n
t
i
m
o
.
6. Com
ofazeraR
eform
aí
n
t
i
m
a
?
A
o decidirm
os iniciar o trabalho de m
elhorar a n
ó
s m
esm
os, um
dos m
eios m
ais efetivos é o ingresso num
a Escola de A
prendizes
doEvangelho, cujo objetivocentral éexatam
enteesse.C
omaorien-
tação dos dirigentes, num regim
e disciplinar, apoiados pelop
r
ó
-
priogrupoepela cobertura doPlanoEspiritual, conseguim
osvencer
asnaturais dificuldades detãonobreem
preendim
ento, etranspom
os
as nossas barreiras. D
a
í em diante o trabalho continua de m
odo
20
progressivo, p
o
r
é
mcomm
ais entusiasm
o e m
aior disposição. M
as,
t
a
m
b
é
m
, a
t
ésozinhos podem
os fazer nossaR
eform
a Intim
a, desde
quenos em
penhem
os comafinco edenodo, vivendocoerentem
ente
comosensinam
entosdeJesus.
3 O CONHECIMENTO DE SI MESMO
"Q
ual om
eio p
r
á
tic
om
ais eficazparase m
elhorar
nesta vida eresistir ao arrebatam
ento do m
al?
U
ms
á
b
iodaantiguidade vosdisse: 'C
O
N
H
E
C
E
-TE
ATI M
E
SM
O
'."
(A
llanK
ardec.OLivrodosE
s
p
ír
ito
s
.Pergunta919.)
D
e m
odo geral, vivem
os todos emfunção dos im
pulsos inconscien-
tes que se agitamno nosso m
undo interior. M
anifestam
os, semcontrole
e semconhecim
ento p
r
ó
p
r
i
o
,nossos desejos m
ais r
e
c
ô
n
d
i
t
o
s
,ignorando
suasr
a
í
z
e
seorigens.
O cam
po í
n
t
i
m
o
,onde os desejos são despertados nas m
ais varia-
das form
as, encontra-se ainda m
uito vedado diante de um olhar m
ais
profundo.
R
efletim
os inconscientem
ente umsemn
ú
m
e
r
odeem
oções, pensa-
m
entos, atrações, repulsas, sim
patias, antipatias, aspirações e repressões.
Som
os um com
plexo indefinido de sentim
entos e ideias que, na m
aio-
riadasvezes,brotamdentroden
ó
s semsaberm
oscom
oepor quê.
Som
os todos v
í
t
i
m
a
sdos nossos p
r
ó
p
r
i
o
sdesejos m
al conduzidos.
Se sentim
os dentro de n
ó
sum
a atração forte e alim
entam
os umdese-
jo de posse, não nos perguntam
os se tem
os o direito de adquirir ou de
concretizar aquela aspiração. Sentim
os com
o se f
ô
s
s
e
m
o
sdonos do que
querem
os, desrespeitando osdireitos dop
r
ó
x
i
m
o
. Q
uerem
os eissobasta,
custe o que custar, contrariando ou nãoaliberdade dos outros. Onosso
desejo ém
ais forte e nada pode o
b
s
t
á
-
l
o
, esta é a m
aneira habitual de
reagirm
os internam
ente.
A
gindo desse m
odo, interferim
os navontade dos que noscercame
contrariam
os, nam
aioria dasvezes, os desejos daqueles que não sesubor-
dinam aos nossos caprichos. Provocam
os reações, violências de partea
parte, agressões, discussões, desajustes, conflitos, ansiedades, torm
entos,
m
al-estares, infelicidades.
21
V
em
os constantem
ente os erros edefeitos dos que nos rodeiam
e som
os incapazes de perceber nossos p
r
ó
p
r
i
o
serros, tão ou m
ais acen-
tuados que os dosestranhos. A
s nossasfaltas sãosem
prejustificadas por
n
ó
sm
esm
os, com razões claras ao nosso lim
itado entendim
ento. C
olo-
cam
o-nos sem
pre com
o v
í
t
i
m
a
s
. O
s outros nos causamcontrariedadese
desrespeitos, som
os isentos de culpa e apenas defendem
os nossos direi-
tosenossaintegridadep
r
ó
p
r
i
a
.
E
sse com
portam
ento é t
í
p
i
c
onos sereshum
anos econfirm
a odes-
conhecim
ento de n
ó
sm
esm
os, das reações em
anifestações que habitam
aintim
idadedonossoeu,sededaalm
a.
Agrande m
aioria dascriaturashum
anas ainda secom
praz nam
ani-
festação das suas paixões e não encontra m
otivos para delas abdicar em
b
e
n
e
f
í
c
i
ode a
l
g
u
é
m
; são os im
ediatistas, de necessidades m
ais elem
en-
tares, com p
r
e
d
o
m
i
n
â
n
c
i
adas funções anim
ais, com
o reprodução, con-
servação, defesa. D
entro dessam
aioria, com
preendem
os claram
ente com
o
h
á
b
i
t
o
sm
ais evidentes e com
uns a sensualidade, a gula, a agressividade,
que, no ser racional, m
uitas vezes ultrapassam os lim
ites das reações
prim
itivas anim
ais nos requintes d
eexpressão, decorrentes daqueles
três h
á
b
i
t
o
s
:c
i
ú
m
e
,v
i
n
g
a
n
ç
a
,ó
d
i
o
, l
u
x
ú
r
i
a
,violência. Podem
os dizer
que h
á
,nesses tipos de i
n
d
i
v
í
d
u
o
s
,ap
r
e
d
o
m
i
n
â
n
c
i
adanatureza anim
al,
o
r
g
â
n
i
c
aouc
o
r
p
ó
r
e
a
.
U
m
a pequena m
inoria da hum
anidade com
preende a sua natureza
espiritual, e com
o tal reflete umcom
portam
ento m
ais racional em
enos
im
pulsivo, istoé
, suasnecessidadesjá denotamaspirações do sentim
ento,
algum e
s
f
o
r
ç
oem conquistar virtudes e, assim
, libertar-se dos defeitos
derivadosdoe
g
o
í
s
m
o
.
Estam
os todos, possivelm
ente, num
a categoria i
n
t
e
r
m
e
d
i
á
r
i
a
, num
a
fase de transiçãode e
s
p
í
r
i
t
o
sim
perfeitos parae
s
p
í
r
i
t
o
sbons e, portanto,
ora nos com
prazem
os dos im
pulsos c
a
r
a
c
t
e
r
í
s
t
i
c
o
sdoprim
eiro, ora bus-
cam
os alim
entar onossoe
s
p
í
r
i
t
onasrealizaçõesdocoração,nacaridade,
na solidariedade, no e
s
f
o
r
ç
ode auto-aprim
oram
ento. V
am
os, assim
, de
m
odo lento, nas m
ú
l
t
i
p
l
a
sexistências, realizando o nosso progresso in-
dividual, elevando-nos na escala que vai do ser anim
al ao ser espiritual,
a
l
i
c
e
r
ç
a
n
d
ointeriorm
enteosvaloresm
orais.
N
a resposta àpergunta 919-a, feita por K
ardec aosE
s
p
í
r
i
t
o
s(OLi-
vrodos E
s
p
ír
ito
s
. L
ivroterceiro, c
a
p
í
t
u
l
oX
II.D
aPerfeiçãoM
oral.), Santo
A
gostinho afirm
a: "OC
onhecim
ento deSi M
esm
oé
, portanto, achavedo
progressoindividual".
22
Todoe
s
f
o
r
ç
oindividual nosentidodem
elhorar nestavidaeresistir
ao arrebatam
entodom
als
ó pode serrealizadoconscientem
ente, pordis-
posiçãop
r
ó
p
r
i
a
,distinguindo-seclaram
enteosim
pulsos í
n
t
i
m
o
seoptando-
sepor disposições quenoslevamàsm
u
d
a
n
ç
a
sdecom
portam
ento. D
esse
m
odo, "conhecer-se a si m
esm
o" é a condição i
n
d
i
s
p
e
n
s
á
v
e
lpara nos
levar a assum
ir deliberadam
ente o com
bate à p
r
e
d
o
m
i
n
â
n
c
i
ada natu-
rezac
o
r
p
ó
r
e
a
.
Epor quais razões o conhecim
ento p
r
ó
p
r
i
oéom
eiop
r
á
t
i
c
om
ais
eficaz? N
aG
r
é
c
i
a
, 400anos antes deCristo, S
ó
c
r
a
t
e
sjá assimensinava.
E
ssa sabedoria m
ilenar ainda hoje é sobretudo evidente, e constitui o
m
eio para evoluirm
os. N
ãoé c
o
m
p
r
e
e
n
s
í
v
e
lqueaonosconhecerm
oses-
tarem
osaumpassodem
elhorar? N
ãosetorna m
ais f
á
c
i
l
,sabendoospe-
rigosaqueestam
ossujeitos, afastarm
o-nos delesee
v
i
t
á
-
l
o
s
?
4 COMO CONHECER- SE
"R
econhece-se o verdadeiro espirita pela sua
transform
ação m
oral e pelo e
s
fo
r
ç
oque em
pre-
ende nod
o
m
ín
iodasm
ás inclinações."
(A
llan K
ardec. O E
vangelho Segundo o E
spiri-
tism
o. C
a
p
í
t
u
l
oX
V
II. Sede Perfeitos. O
s B
ons
Espiritistas.)
Adisposição de conhecer-se a si m
esm
o pode surgir naturalm
ente
com
o fruto do am
adurecim
ento decadaum
, deform
a e
s
p
o
n
t
â
n
e
a
, nata,
resultante dap
r
ó
p
r
i
acondiçãoespiritual doi
n
d
i
v
í
d
u
o
, oup
o
d
e
r
áserpro-
vocada pela ação dosofrim
ento renovador que, sensibilizandoacriatura,
desperta-a para valores novos doe
s
p
í
r
i
t
o
. U
nschegampela com
preensão
natural, outros, pela dor, que t
a
m
b
é
mé umm
eio de despertar anossa
com
preensão.
U
mgrande n
ú
m
e
r
ode i
n
d
i
v
í
d
u
o
ssãolevados, devido a d
e
s
e
q
u
i
l
í
-
briosem
ocionais,agabinetesp
s
i
q
u
i
á
t
r
i
c
o
soup
s
i
c
o
t
e
r
á
p
i
c
o
sparatratam
en-
tose
s
p
e
c
í
f
i
c
o
s
.A
t
r
a
v
é
sdessestratam
entosvêmaconhecerasorigensdeseus
d
i
s
t
ú
r
b
i
o
s
,aprendendo a i
d
e
n
t
i
f
i
c
á
-
l
o
se a c
o
n
t
r
o
l
á
-
l
o
s
,norm
alizando,
a
t
é certo ponto, a suaconduta. P
o
r
é
m
, isso ocorre dentro deum
am
o-
tivaçãodecom
portam
ento c
o
m
p
a
t
í
v
e
lcomospadrõesdealgum
asescolas
p
s
i
c
o
l
ó
g
i
c
a
s
,quasetodasm
aterialistas.
23
N
a D
outrina E
s
p
í
r
i
t
a
, com
oC
ristianism
oR
edivivo, igualm
ente bus-
cam
os oconhecim
ento de n
ó
sm
esm
os, em
bora dentro de um sentido
m
uitom
ais am
plo, segundooqualentendem
osqueafraçãoeternaeindis-
s
o
l
ú
v
e
lde nosso ser s
ócam
inha efetivam
ente na sua direção evolutiva
quando pautando-se nos ensinam
entos e
v
a
n
g
é
l
i
c
o
s
,ú
n
i
c
o
spadrões condi-
zentes com arealidade espiritual nos dois planos da nossa existência.
Épreciso, então, despertar emn
ó
s anecessidadedeconheceronos-
soí
n
t
i
m
o
, objetivando nossa transform
ação dentro dosentidocristãoori-
ginal, ensinadoeexem
plificadopeloD
ivinoM
estreJesus.
C
onhecer exclusivam
ente as causas e as origens de nossos traum
as
e recalques, de nossas distonias em
ocionais nos quadros da presente
existência élim
itar os m
otivos dos nossos conflitos, olvidando a reali-
dade das nossas existências anteriores, os delitos transgressores do on-
tem
, que nos vinculamaos processos reequilibradores e aos reencontros
conciliat
ó
r
i
o
sdohoje.
A
s m
otivações que nos induzem adesenvolver nossa rem
odelação
de com
portam
ento projetam
-se igualm
ente para o futuro da nossa eter-
nidade espiritual, onde os valores p
o
n
d
e
r
á
v
e
i
ssão exatam
ente aqueles
obtidosnasconquistasnobilitantesdocoração.
Percebendo opassado l
o
n
g
í
n
q
u
ode erros, trabalham
os livrem
en-
tenopresente, preparandoumfuturo existencial m
aissuavee edificante.
Esse é o am
plo contexto da nossa realidade espiritual, àqual alm
ejam
os
nosintegrar atuanteseprodutivos.
Oe
m
é
r
i
t
oprofessor A
llan K
ardec, emsuaobraOC
éu eo Inferno
1?parte, c
a
p
í
t
u
l
oV
II,m
ostra,nositens 16? doC
ó
d
i
g
oPenal daV
idaFu-
tura, que no cam
inho para a regeneração não basta ao hom
em o arre-
pendim
ento. São n
e
c
e
s
s
á
r
i
a
s aexpiação eareparação, afirm
ando que
"A reparação consiste emfazer o bemàqueles a quemse havia feitoo
m
al", et
a
m
b
é
m"praticando obem em com
pensação ao m
al pratica-
do, isto é
,tornando-se hum
ilde se tem sido orgulhoso, a
m
á
v
e
lse foi
rude, caridoso se foi e
g
o
í
s
t
a
,benigno se perverso, laborioso se ocioso,
ú
tilsefoi i
n
ú
t
i
l
,frugal seintem
perante, exem
plar senãoofoi".
C
om
o podem
os nos reabilitar, dentro dessa visão p
a
n
o
r
â
m
i
c
ada
nossa realidade espiritual, infinitam
ente am
pla, éoque pretendem
os,
àluzdoEspiritism
o, abordarnestetrabalhodeaplicaçãop
r
á
t
i
c
a
.
R
eabilitar-se exige m
odificar-se, transform
ar ocom
portam
ento,a
m
aneira de ser, de agir; é reform
ar-se m
oralm
ente, c
o
m
e
ç
a
n
d
opelo co-
nhecim
entodesim
esm
o.
24
M
ú
l
t
i
p
l
a
ssãoasform
aspelasquaisvam
osconhecendoan
ó
s m
esm
os,
nossas reações, nosso tem
peram
ento, oque im
prim
e as nossas ações ao
m
eioemquevivem
os, aquiloqueéam
aneiracom
orespondem
os em
ocio-
nalm
ente, com
o reagim
os aos i
n
ú
m
e
r
o
sim
pulsos externos no relacio-
nam
entosocial.
Podem
os concluir queanossa existência étodoumprocessoc
o
n
t
í
-
nuo dereform
ulação de nossos p
r
ó
p
r
i
o
ssentim
entos edenossa com
pre-
ensãodosporquês,com
oelessurgemenoslevamaagir.
Q
uando nãoprocuram
os deliberadam
ente nos conhecer, alargando
os cam
pos da nossa consciência, dirigindo-a rum
o aonossoeu, buscando
identificar oporquê eacausa de tantas reações desconhecidas, som
os
igualm
ente levados anos conhecer, exatam
ente nos entrechoques com
aqueles do nosso c
o
n
v
í
v
i
o
,no seio fam
iliar, no m
eio social, nos seto-
res de trabalho, nos transportes coletivos, noslocais p
ú
b
l
i
c
o
s
,nosclu-
bes recreativos, nosm
eios religiosos, enfim
, emtudo oquecom
preende
oscontatosdepessoaapessoa.
N
os c
a
p
í
t
u
l
o
sseguintes verem
os "o conhecer-se no c
o
n
v
í
v
i
ocom
o p
r
ó
x
i
m
o
"
,"o conhecer-se pela dor", "oconhecer-se pelaa
u
t
o
-
a
n
á
l
i
s
e
"
e alguns m
eios p
r
á
t
i
c
o
spara realizarm
os individualm
ente eemgrupos
a transform
ação que se inicia comap
r
á
t
i
c
ado conhecim
ento de n
ó
s
m
esm
os.
5 O CONHECER- SE NO CONVÍ VI O COM O PRÓXI MO
"A
m
ar aop
r
ó
x
im
o com
o asi m
esm
o, fazer aos
outros oque q
u
e
r
e
r
ía
m
o
s que os outros nós
fizessem
, éa m
ais com
pleta expressão dacari-
dade, pois queresum
e todos osdeveres para com
op
r
ó
x
im
o
."
(A
llanK
ardec.OE
vangelho Segundo o E
spiritism
o.
C
a
p
í
t
u
l
oX
I.A
m
ar aoP
r
ó
x
i
m
ocom
oaS
iM
esm
o.)
N
o relacionam
ento entre os seres hum
anos, asexperiências vividas
ensinam constantem
ente lições novas. A
prendem
os m
uito na convivên-
cia social, a
t
r
a
v
é
sde nossas reações comom
eio edas m
anifestações
queom
eionosprovoca.
25
O cam
po das relações hum
anas, já pesquisado am
plam
ente, talvez
seja aá
r
e
ade experiências m
ais significativa para a evolução m
oral do
• tom
em
:---
'— " — - --
-
-
-
- - -
Otem
povai realizandoprogressivam
enteoam
adurecim
entodecada
criatura, na m
edida emque aprendem
os, noc
o
n
v
í
v
i
ocomop
r
ó
x
i
m
o
, a
identificar nossasreaçõesdecom
portam
entoead
i
s
c
i
p
l
i
n
á
-
l
a
s
.
Orelacionam
ento m
ais direto acha-senom
eiofam
iliar, onde desde
c
r
i
a
n
ç
abrotam espontaneam
ente nossos im
pulsos e reações. N
essa fa-
se gravam
-se im
pressões em nosso cam
po em
ocional que repercutirão
durante toda nossa existência. Q
uantos quadros ficam plasm
ados na
alm
as
e
n
s
í
v
e
ldeum
a c
r
i
a
n
ç
a
, quadros essesquepodeml
e
v
á
-
l
aainconfor-
m
ações. angustias profundas, desejos recalcados, traum
as, caracterizando
com
portam
entosedisposiçõesnafase_daadolescênciaena adulta.
G
uardam
os, do relacionam
ento com os pais, irm
ãos, tios, prim
os
e 3
Y
j
â
5
^
9
.
L
K
Í
Í
e
™
s1uemais nos m
arcaram
.
C
o
m
e
ç
a
m
o
s
,então, num
a busca tranquila, a conhecer com
oreagi-
m
os e por que reagim
os, nai
n
f
â
n
c
i
aena adolescência, aos apelos, agres-
sões, contendas, choques deinteresses. E
ssas reaçõesem
ocionais, quenor-
m
alm
ente não se registram com clareza nos n
í
v
e
i
sda consciência, dei-
xam
, entretanto, suasm
arcasi
n
d
e
l
é
v
e
i
snasprofundidades doinconsciente.
Im
portantes são as suaves e doces experiências daqueles prim
eiros
p
e
r
í
o
d
o
sda nossa vida, quando os corações am
orosos de um
a m
ãe, de
umpai, deumirm
ão, deum
a professora, pelasexpressõesdecarinhoede
com
preensão, aquecemnossaalm
aemform
ação enelagravamo conforto
em
ocional que tantos b
e
n
e
f
í
c
i
o
snos fizeram
, predispondo-nos às coi-
sas boas, às expressões de am
or, que, por term
os conhecido e recebi-
do, aprendem
os adar ea proporcionar aos outros. E
ssas ternas expe-
riências constituem n
e
c
e
s
s
á
r
i
o
spontos de apoio ao nosso e
s
p
í
r
i
t
o
,pa-
ra que possam
os prosseguir e am
pliar nossas obras nasexpressões doco-
ração2.
N
o c
o
n
v
í
v
i
oescolar, iniciam
osasprim
eirasexperiênciascomom
eio
social fora dos lim
ites fam
iliares. A
s reaçõesjá nãosãotãoe
s
p
o
n
t
â
n
e
a
s
.
R
e
t
r
a
í
m
o
-
n
o
sàsvezes; a tim
idez e o acanham
ento refletemde i
n
í
c
i
oa
N
um
a conversa em grupo com C
hicoX
avier (em Pedro Leopoldo, no dia
15 de novem
bro de 1980) ele nos falou que as im
pressões de carinho ou agressi-
vidade que a c
r
i
a
n
ç
arecebe dos pais naprim
eira i
n
f
â
n
c
i
a
,a
t
éos dois anos, deixam
m
arcas que vão influir enorm
em
ente no seu c
a
r
á
t
e
rquando adolescente e adulto.
A
contece que naquele p
e
r
í
o
d
oocorre o a
l
i
c
e
r
ç
a
m
e
n
t
odosvalores m
orais, que são
absorvidosdospaispeloe
s
p
í
r
i
t
os
e
n
s
í
v
e
lemdesenvolvim
ento.
26
falta de c
o
n
f
i
a
n
ç
anas professoras e nos colegas de turm
a. A
prendem
os
paulatinam
ente a nos com
portar nasociedade, comreservas. Sufocam
os,
por vezes, desejos e expressões interiores, ea
t
ém
esm
odefendem
os com
violência nossos interesses, m
esm
o que ainda infantis. E t
a
m
b
é
mbriga-
m
os com aqueles que c
a
ç
o
a
m
de algum
a particularidade nossa. Q
uase
sem
pre r
e
t
r
i
b
u
í
m
o
scom bondade aos que são bondosos conosco.E
devolvem
os insultos aos que nos agridem
. Sem d
ú
v
i
d
asãoreações natu-
rais,em
boraaindabemp
r
i
m
á
r
i
a
s
.
V
am
os assimcam
inhando para a adolescência, fase emque nossos
desejos se acentuam
. Oquerer c
o
m
e
ç
aasurgir, aauto-afirm
ação em
erge
naturalm
ente, anossa personalidade se configura. A
parecemas prim
ei-
ras desilusões, as am
izades não correspondidas, os sonhos frustrados,
asprim
eiras experiências m
ais profundas nocam
posentim
ental. D
em
odo
particular, cada um reage de form
a diferente aos m
esm
os aspectos do
relacionam
ento comosoutros:uns aceitameresignam
-se comos desejos
nãoa
l
c
a
n
ç
a
d
o
s
;outros,inconform
ados, reagemcomirritaçãoeviolênciae,
por issom
esm
o, sofremm
ais. Eosofrim
ento ém
aiorporqueén
e
c
e
s
s
á
r
i
o
m
aior peso para dobrar ainflexibilidade do coração m
ais endurecido,
com
o ensina alei f
í
s
i
c
aaplicada à nossa rigidez de tem
peram
ento. O
s
m
ais d
ó
c
e
i
se f
l
e
x
í
v
e
i
ssofrem m
enos, porque m
enor é a carga que lhes
atinge oí
n
t
i
m
o
. Essesnãooferecemresistênciaaoquenãopodempossuir.
Aresignação é o m
eio de m
odelação da nossa alm
a, c
a
r
a
c
t
e
r
í
s
t
i
c
a
dodesprendim
entoedam
ansuetudequeprecisam
oscultivar.
I
n
ú
m
e
r
o
saspectos desconhecidos da nossa personalidade abrem
-se
para anossa consciência exatam
ente quando conseguim
os identificar,
nos entrechoques sociais, aquilo que nos atinge em
ocionalm
ente.
A
s reações observadas nos outros que m
ais nos incom
odam são
precisam
ente aquelas que estão m
aisprofundam
ente m
arcadas dentro de
n
ó
s
. A
sexplosõesdeg
é
n
i
o
,osrepentesquefacilm
ente notam
osnosoutros
e com
entam
os atribuindo-lhes razõesparticulares, espelham anossap
r
ó
-
pria m
aneira deser, inconscientem
ente a
t
r
i
b
u
í
d
aaoutreme dificilm
ente
aceita com
o nossa. Éom
ecanism
o deprojeção que sem
anifesta psicolo-
gicam
ente.
Poucas vezes entendem
os claram
ente as m
anifestações de nossos
sentim
entos em situações e
s
p
e
c
í
f
i
c
a
s
, principalm
ente quandoa
l
g
u
é
m
nos critica ou com
enta nossos defeitos. N
orm
alm
ente reagim
os: não
aceitam
os essesdefeitoseprocuram
osj
u
s
t
i
f
i
c
á
-
l
o
s
.N
essem
om
entopassam
afuncionar osnossosm
ecanism
os de defesa, naturaisepresentesemqual-
quer criatura.
27
N
o c
o
n
v
í
v
i
ocomo p
r
ó
x
i
m
o
,desde anossa i
n
f
â
n
c
i
a
, nolar, naes-
cola, no trabalho, agim
os e reagim
os em
ocionalm
ente, atingindo os do-
m
í
n
i
o
sdos outros esendoatingidos nosnossos. V
am
os, assim
, nos aper-
f
e
i
ç
o
a
n
d
o
,arredondando as facetas pontiagudas do nosso ser ainda em
-
brutecido, à s
e
m
e
l
h
a
n
ç
adas pedras rudes colocadas numgrande tam
bor
que, ao girar continuam
ente, as m
odela em esferas polidas pela ação
doatritodeparteaparte.
É
. interessante notar que as pedras de constituição m
enos dura
m
odelam
-se m
ais rapidam
ente, enquanto aquelas de m
aior dureza so-
frem
, no m
esm
o e
s
p
a
ç
ode tem
po, m
enor desgaste, dem
orando m
ais,
portanto, paraperderemasuaform
aoriginal bruta.
Esse a
p
e
r
f
e
i
ç
o
a
m
e
n
t
oprogressivo, no entanto, vem se realizando
lentam
ente nas m
ú
l
t
i
p
l
a
sexistências c
o
r
p
ó
r
e
a
scom
oprocesso de m
elho-
ram
entoc
o
n
t
í
n
u
odahum
anidade.
A
svidasc
o
r
p
ó
r
e
a
sconstituem
-se, para oe
s
p
í
r
i
t
oim
ortal, nocam
po
experim
ental, no l
a
b
o
r
a
t
ó
r
i
ode testes onde os resultados das experiên-
cias sevãoacum
ulando. "Acada nova existência, oe
s
p
í
r
i
t
od
á umpasso
na senda do progresso; quando se despojou de todas as suas im
purezas,
não precisa m
ais das provas da vida c
o
r
p
ó
r
e
a
.
"(A
llan K
ardec. O Livro
dos E
s
p
ír
ito
s
. C
a
p
í
t
u
l
oIV
. Pluralidade das Existências. Pergunta 168.)
Instruirm
o-nos a
t
r
a
v
é
s das lutas etribulações da vida corporalé
a condição natural que aJ
u
s
t
i
ç
aD
ivina a todos im
põe, para que obte-
nham
os os m
é
r
i
t
o
s
, come
s
f
o
r
ç
op
r
ó
p
r
i
o
,no trabalho, noc
o
n
v
í
v
i
ocom
op
r
ó
x
i
m
o
.
Oconhecer-se im
plica emtom
arm
osconsciênciadenossa destinação
com
o participantes na obra da C
riação. D
elasom
os parte enela agim
os,
sendo solicitados acolaborar na suaevoluçãoglobal; D
eusassimlegislou.
Olim
itado alcance denossapercepção edenossavivênciaempro-
fundidade, no í
n
t
i
m
odonossoe
s
p
í
r
i
t
o
, dessa condição de co-participan-
tes da C
riaçãoU
niversal édecorrente de nossam
í
n
i
m
asensibilidade espi-
ritual, oque s
ópodem
os am
pliar a
t
r
a
v
é
sdas conquistas realizadas nas
sucessivasreencarnações.
Parece claroque cam
inham
os aindahoje aos t
r
o
p
e
ç
o
s
, caindo aqui,
levantando a
c
o
l
á
, nos m
eandros sinuosos da estrada evolutiva que ainda
não delineam
os firm
em
ente. Constantem
ente alteram
os osrum
os quepo-
deriamnos levar m
ais rapidam
ente aoalvo. O
serros nos com
prom
eteme
nos levamàs correções, por isso retardam
os ospassos erepetim
os expe-
riências a
t
éque delas colham
os bons resultados, para d
a
í a
v
a
n
ç
a
r
m
o
s
.
O conhecer-se éop
r
ó
p
r
i
oprocesso de autoconscientização, de
28
reconhecim
ento de nossas lim
itações e dos perigos a que estam
os sujei-
tos no cam
po das experiências c
o
r
p
ó
r
e
a
s
. E ponderar sem
pre, é refletir
sobre osriscos que podemcom
prom
eter anossacam
inhada ascensional e
tom
ar decisões, definir rum
os,dar testem
unhos.
Éprecisam
entenoc
o
n
v
í
v
i
ocomop
r
ó
x
i
m
oqueexpressam
osanossa
condição real, com
o ainda estam
os —nãooque som
os, pois entendem
os
que, em
bora ainda ignorantes eim
perfeitos, som
os obra da C
riaçãoe
contam
os com todas as potencialidades para chegarm
os a ser perfeitos.
Estam
os todos em condições de evoluir. B
asta quererm
os edirigirm
os
nossose
s
f
o
r
ç
o
sparaessem
ister.
U
m
a das m
elhores diretrizes para chegarm
os aissonos é oferecida
pelo educador A
llan K
ardec (OE
vangelho Segundo oE
spiritism
o. C
a
p
í
-
tuloX
V
II.SedePerfeitos. 0 D
ever):
"0 dever c
o
m
e
ç
aprecisam
ente no m
om
ento em que a
m
e
a
ç
a
i
sa
felicidade eatranquilidade do vosso p
r
ó
x
i
m
o
, e term
ina no lim
ite que
q
u
e
r
e
r
í
e
i
sa
l
c
a
n
ç
a
rparav
ó
s m
esm
os".
6 O CONHECER- SE PELA DOR
"Todos quantos sejam feridos no coração por
reveses edecepções da vida, consultem serena-
m
ente asua consciência, rem
ontem pouco a
pouco àcausados m
ales que osafligem
, everão,
se as m
ais das vezes, não poderão confessar: se
eu tivessefeito, ou senão tivessefeito tal coisa,
nãoestarianestasituação."
(A
llan K
ardec. OE
vangelho Segundo oE
spi-
ritism
o. C
a
p
í
t
u
l
oV
. B
em
-A
venturadososA
flitos.)
A transgressão aos lim
ites da nossa liberdade de ação, dentro do
e
q
u
i
l
í
b
r
i
onatural que rege as existências, é quase sem
pre por n
ó
s reco-
nhecida som
ente a
t
r
a
v
é
sdas consequências colhidas a
t
r
a
v
é
sdos efei-
tos das reações que nos atingem
. Asem
eadura élivre, acolheita éobri-
g
a
t
ó
r
i
a
. "Q
uemsem
eiaventos, colhe tem
pestades."
Pela dor retificam
os asnossasm
azelas doonteml
o
n
g
í
n
q
u
ooup
r
ó
-
xim
o: de outras existências ou da presente vida. Indubitavelm
ente, os
processos de sofrim
ento, nas suas m
ais variadas form
as, provocam
, na
29
nossa alm
a, o despertar da consciência e a am
pliaçãodo nosso grau de
sensibilidade, para perceberm
os os aspectos edificantes que ocoração,
nassuasm
anifestaçõesm
aisnobres,poderealizar.
Q
uando enferm
os, v
í
t
i
m
a
sdo nosso p
r
ó
p
r
i
od
e
s
e
q
u
i
l
í
b
r
i
o
, sofre-
m
os os m
ales f
í
s
i
c
o
sdas d
o
e
n
ç
a
sc
o
n
t
r
a
í
d
a
spela falta dev
i
g
i
l
â
n
c
i
a
, que
abre nossas defesas v
i
b
r
a
t
ó
r
i
a
sàs investidas bacterianas no cam
poo
r
g
â
-
nico. É no tratam
ento eno restabelecim
ento da s
a
ú
d
eque som
os na-
turalm
ente levados am
editar sobre as origens e os m
otivos dad
o
e
n
ç
a
.
Se estam
os conform
ados eobedecem
os as orientações m
é
d
i
c
a
s
,m
ais
rapidam
ente nos recom
pom
os; se, p
o
r
é
m
,som
os i
n
f
l
e
x
í
v
e
i
se descrem
os
da necessidade de m
udar nossos h
á
b
i
t
o
s
,m
ais lentam
ente nos restabe-
lecerem
os. Q
uempassapor ump
e
r
í
o
d
ode tratam
ento, senteesabeoque
sofreu e, nemque sejaapenaspor autodefesa, tom
acertoscuidados, com
o
m
udar seus costum
es, transform
ar suaconduta, para que nãovenha a ter
um
a r
e
c
a
í
d
ae, assim
, sofrer asm
esm
as dores,repetir asexperiênciasdesa-
g
r
a
d
á
v
e
i
s
.
R
ealiza-se, dessem
odo,umprocessodeautoconhecim
entocomrela-
ção a alguns aspectos de nossocom
portam
ento, denossaform
a de vida.
N
essas ocasiões emque adoecem
os, m
uitasvezessom
os obrigadosa
perm
anecer i
m
ó
v
e
i
snum leito, sem
iconscientes ou sentindo dores dila-
cerantes, àbeira do desespero, por v
á
r
i
o
sdias. E quando recebem
oso
a
l
í
v
i
oconfortador de um
a vibração suave, transm
itida por um coração
am
igo que nos cuida ou nosvisita, com
o ficam
os agradecidos! Com
ore-
conhecem
os os valores aparentem
ente insignificantes dessas expressões
de carinho! E quem recebe desperta emsi o desejo de proporcionar a
outros om
esm
o a
l
í
v
i
o
, om
esm
o b
á
l
s
a
m
o
. A
m
plia-se, assim
, anossa
sensibilidade ao sofrim
ento do p
r
ó
x
i
m
o
, a
l
é
mdo fortalecim
ento da
f
é na bondade do C
riador edos p
r
ó
p
r
i
o
scorações hum
anos. Q
uantas
criaturas não se transform
am radicalm
ente depois de um
a grave enfer-
m
idade? Q
uantos não descobrem dentro de si os valores eternos do es-
p
í
r
i
t
o
, a
p
ó
sterem sofrido longos p
e
r
í
o
d
o
sde tratam
ento ou perdas
i
r
r
e
p
a
r
á
v
e
i
sde entes queridos, a
p
ó
spadeceremcomdores m
orais, desi-
lusões de c
a
r
á
t
e
rafetivo ou dificuldades m
ateriais, que nos ensinama
valorizar ascoisas sim
plesdavida? Q
uantos que, estandoàbeira da m
or-
te, hoje valorizam avida, praticando caridades edistribuindo carinho
aop
r
ó
x
i
m
o
?
A
s dores, sob qualquer form
a, ensinam
-nos profundam
ente a nos
conhecer, a nos transform
ar, e, por m
ais que sofram
os, precisam
os ter a
disposição í
n
t
i
m
ade agradecer, porque no m
undo de facilidades e de
30
atrativos para os im
pulsos do ser im
ediatista e f
í
s
i
c
oque ainda abriga-
m
os, sãoasoportunidades que ador nosproporciona, algum
asdasm
anei-
ras m
ais eficazes de transform
ação desse hom
em anim
alizado ei
n
s
e
n
s
í
-
vel. V
alorizem
os a nossa dor, tom
em
os anossa cruz ecomela cam
inhe-
m
osparaanossaredenção.
7 O CONHECER- SE PELA AUT O- ANÁLI SE
"C
om
preendem
os toda asabedoria dessa m
á-
xim
a (C
onhece-te atim
esm
o) m
as adificul-
dade e
s
táprecisam
ente em se conhecer a si p
r
ó
-
prio. Q
ualom
eio dechegaraisso?"
(A
llan K
ardec. OLivro dos E
s
p
ír
ito
s
. Pergunta
919A
.)
Ãpergunta form
ulada por A
llanK
ardec,respondeSantoA
gostinho,
oferecendooresultadodesuap
r
ó
p
r
i
aexperiência:
" —Fazei o que eufazia quandovivi naTerra: aofimdecada dia
interrogava am
inha consciência, passava em revista oque havia feito
e m
e perguntava am
im m
esm
o se não tinha faltado ao cum
prim
ento
de algum dever, se n
i
n
g
u
é
mteria m
otivo para se queixar de m
im
. Foi
assim que cheguei am
e conhecer e ver o que emm
imnecessitava de
reform
a".
A
inda ensina Santo A
gostinho, perante ad
ú
v
i
d
ade com
ojulgar-se
asim
esm
o:
"Q
uando estais indeciso quanto aovalor devossas ações, perguntai
com
o as q
u
a
l
i
f
i
c
a
r
í
e
i
sse tivessem sido praticadas por outra pessoa. Se
as censurardes emoutros, essa censura nãopoderia ser m
aisl
e
g
í
t
i
m
apa-
rav
ó
s
, porqueD
eusnãousadeduasm
edidasparaaj
u
s
t
i
ç
a
"
.
Insiste, depois, aconselhando:
"Form
ulai, portanto, perguntas claras eprecisas, enão tem
ais m
ul-
t
i
p
l
i
c
á
-
l
a
s
"
.
A
t
r
a
v
é
sdesseprocessovirem
osanosconhecer, procurandodelibera-
dam
ente realizar otrabalho dea
u
t
o
-
a
n
á
l
i
s
e
,enãoapenasnosdeixandose-
guir ao sabor do tem
po, reagindo e respondendo nasocorrências doco-
tidiano, quando atingidos form
os na nossa sensibilidade, ou, ainda, pela
açãolapidadora da dor, quepor algum
asvezessacodeanossaconsciência.
31
Aa
u
t
o
-
a
n
á
l
i
s
eé umprocesso s
i
s
t
e
m
á
t
i
c
oeperm
anente de efeitos
d
i
á
r
i
o
se c
o
n
t
í
n
u
o
s
, pois vam
os ao encontro den
ó
sm
esm
os para explo-
rar onosso terreno í
n
t
i
m
o
, cultivando-o, preparando-o para produzir
bons frutos.
SantoA
gostinhointerrogava asuap
r
ó
p
r
i
aconsciênciaediariam
ente
exam
inava os seus atos, conhecendo o que precisava m
elhorar e desen-
volvendoaf
o
r
ç
ainterior dea
p
e
r
f
e
i
ç
o
a
r
-
s
e
.
Aconsciência é ocam
poaser explorado ecultivado, delaextirpan-
doasm
á
s tendênciascomoe
s
f
o
r
ç
odanossavontade.
Aconsciência reside na m
ente, que se constitui, conform
e noses-
clarece A
n
d
r
éLuiz3, de m
odo sem
elhante aum e
d
i
f
í
c
i
ode três pavi-
m
entos. N
o andar inferior e
s
t
áoinconsciente, com todo oacervo de
experiências do passado, guardando im
agens, quadros onde as em
oções
vividas ligam
-se igualm
ente. N
as cam
adas m
ais profundas do inconscien-
te arquivam
-se ash
i
s
t
ó
r
i
a
sdenossas existências anteriores, a refletirem
-se
hoje a
t
r
a
v
é
sdas rem
iniscências. N
opavim
ento i
n
t
e
r
m
e
d
i
á
r
i
oe
s
t
áonosso
consciente, o presente vivo, afaculdade pensante, areflexão, am
e
m
ó
r
i
a
.
N
o andar superior, osuperconsciente, aesfera dosideais, dosp
r
o
p
ó
s
i
t
o
s
nobresedasdisposiçõesdivinas,acham
aim
pulsionadoradonossoprogres-
soespiritual, alim
entadapelosPlanosSuperioresdaC
riação.
O consciente pode, quando robustecido etreinado, penetrar nos
d
o
m
í
n
i
o
sdo inconsciente, rem
ontar os registros de nossa h
i
s
t
ó
r
i
a
, re-
cordar as experiências vividas para que as analisem
os sob novosâ
n
g
u
-
los, em
odificar aquelas disposições antigas, comavisãoam
pliadadehoje.
A
o m
esm
o tem
po o consciente conjuga, ao receber do superconsciente
os rum
os delineadores danossa evolução, os dadosdopassado, dopresen-
te e do futuro, e, com
putando-os comos recursos dainteligência, apre-
senta os resultados sob form
a de im
pulsos que noslevamaresoluções,
a novos procedim
entos. Éum surpreendente m
ecanism
o que nosf
a
z
a
v
a
n
ç
a
rsem
pre ou, quando não, aom
enosestacionar, m
asnuncaregredir.
É im
portante que deliberem
os acelerar o nosso a
v
a
n
ç
o
,potencia-
lizando onosso consciente pela a
u
t
o
-
a
n
á
l
i
s
e
, o seu alcance e oseu do-
m
í
n
i
osobre n
ó
sm
esm
os, eexercendo constantes e progressivas m
uta-
çõesindividuais.
Oprocesso de a
u
t
o
-
a
n
á
l
i
s
epode edeve ser utilizadom
ais intensa-
m
ente pelohom
em
, com
om
eiodeauto-educaçãoperm
anenteeordenada.
N
oM
undo M
aior. C
a
p
í
t
u
l
oIII.AC
asaM
ental.
32
Precisam
os sair da condição de i
n
d
i
v
í
d
u
o
sconduzidos pelosenvol-
vim
entos do m
eio, reagindo em
udando, para passarm
os à categoria de
condutores de n
ó
sm
esm
os, com am
plo conhecim
ento das nossas po-
tencialidadesemdesenvolvim
ento.
Éumtrabalho de superar adensidade danossa anim
alidade, opeso
da i
n
é
r
c
i
aaos im
pulsos espiritualizantes, a
l
c
a
n
ç
a
n
d
oesferas v
i
b
r
a
t
ó
r
i
a
s
m
ais elevadas, que passama m
odificar a constituição sutil dose
n
v
o
l
t
ó
-
riosespiritual em
ental.
A
pontam
os, adiante, m
eios eficazes para progressivam
ente enve-
redarm
os nessa senda, utilizando-se a p
r
á
t
i
c
ada a
u
t
o
-
a
n
á
l
i
s
eedesenvol-
vendoanossavontadenocom
bateaosv
í
c
i
o
seaosdefeitos.
8 F AÇA SUA AV ALI AÇÃO INDIVIDUAL
I. OC
O
N
H
EC
IM
EN
TOD
ESIM
E
SM
O
M
edite,preenchaeanaliseosresultados:
1. A
cha que o conhecim
ento de sim
esm
oéachave do m
elhoram
en-
toindividual?
Sim( X,), N
ão() Semideiaform
ada( )
2. A
credita ser conhecedor de si m
esm
o, emprofundidade suficien-
te, podendoassimidentificar osseusp
r
ó
p
r
i
o
sim
pulsos?
Sim( ) N
ão() Superficialm
ente () C) v '
3. J
áse preocupou em descobrir os porquês de suas principais m
a-
nifestações im
pulsivasnoterrenodasem
oções?
Sim( ) N
ão(A' )| Raram
ente( )
4. R
efletir sobresim
esm
oeauto-analisar-seéd
i
f
í
c
i
l
?
Sim
'( 7k)o N
ão() Semexperiência( )
5. C
om
oreagequandosentequeofendeua
l
g
u
é
m
?
Ficapenalizado( ) Sente-seinquieto( •
' )
R
eagecomi
n
d
i
f
e
r
e
n
ç
a( ) Pededesculpas(. ' )
Praticaautopunição( )
33
6. Entristece-se ao constatar no seu í
n
t
i
m
o
,por vezes, sentim
entos
fortes quenãoconsegue dom
inar?
Sim Não( ) Indiferente ( )
7. J
á tentourelacionar osseusprincipais defeitos?
Sim
( ) N
ão(>'.).,. N
ãovêrazõesparaofazer( )
8. D
iantedealgumerrooufalhasua,com
osesente?
Indiferente ( ) D
eprim
ido( ) Procuracorrigir-se( 5) -
9. J
á sofreu algum
a dor profunda ou passou por p
e
r
í
o
d
oded
o
e
n
ç
a
que lhe tenha feitom
udar osseush
á
b
i
t
o
soucorrigiralgumdefeito?
Sim(XK.! Não( )
10. A
cha que se sentiria m
ais feliz e alegre com
preendendo e contro-
landom
elhor assuasreaçõesd
e
s
a
g
r
a
d
á
v
e
i
s
?
SimCjOsf Não( ) Indiferente ( )
Pondereeprocuredecidir-se
Oque foi abordado a
té aqui teve com
oobjetivolevar oleitor are-
fletir sobre a i
m
p
o
r
t
â
n
c
i
adoC
onhecim
ento deSi M
esm
o, queé achave
dom
elhoram
ento individual.
A
nalise agora as suas respostas, dadas aessepequeno teste, e con-
cluapor você m
esm
ocom
o seencontra diante desse trabalhode explora-
ção da sua consciência. Éevidente que m
uito poucosabem
os sobre n
ó
s
m
esm
os, m
as chegarem
os, agora ou depois, cedo ou tarde, à conclusão
de que umdia desejarem
os ser conduzidos pela p
r
ó
p
r
i
avontade no ca-
m
inho do bem
. Então, o prim
eiro passo éexatam
ente esse: C
onhecer-se
aSiM
esm
o.
C
onvidam
os você atom
ar agora adecisãoderealizar esse trabalho,
caso ainda nãootenha feitoou, sequiser, seguiraleituraabaixoindicada,
param
aiores reflexões. O
sp
r
ó
x
i
m
o
sc
a
p
í
t
u
l
o
slhefarãoconhecer ocam
po
debatalhaaserenfrentado dentrodevocêm
esm
o.
L
eiaparaa
l
i
c
e
r
ç
a
rseusp
r
o
p
ó
s
i
t
o
s
A
llanK
ardec. OLivro dos E
s
p
ír
ito
s
, a) Conhecim
ento de Si
M
esm
o.Perguntas919e919a.
34
b) Pluralidade das Existências. Perguntas 166
a170.
OE
vangelho Segundo o E
spiritism
o, a)C
a
p
í
t
u
l
o
X
V
II.SedePerfeitos. Itens3,4e7.b
)
C
a
p
í
t
u
l
o
X
I
.
A
m
ar ao P
r
ó
x
i
m
ocom
o aS
i m
esm
o. Itens 1,
2, 3, 4 e 8. c) C
a
p
í
t
u
l
oV
. B
em
-A
venturados os
aflitos. Itens 1,2,3e4.
OC
éu e oInferno, a) 1?parte. C
a
p
í
t
u
l
oV
II.A
s
Penas Futuras Segundo oEspiritism
o: C
ó
d
i
g
o
Penal daV
idaFutura.
A
n
d
r
éL
uiz N
o M
undo M
aior. C
a
p
í
t
u
l
oIII. A C
asa M
ental.
Em
m
anuel. R
um
o C
erto. C
a
p
í
t
u
l
oX
X
III. A
uto-A
prim
ora-
m
ento.
II.OQ
U
ESEPO
D
ETR
A
N
SFO
R
M
A
RIN
TIM
A
M
EN
TE
Esta parte foi desenvolvida sobre três tem
as b
á
s
i
c
o
s
,asaber:
O
s prim
eiros abrangem aqueles considerados m
ais com
uns, tidos
a
t
ém
esm
o com
o costum
es sociais, m
as que acarretam
, pelosm
a
l
e
f
í
c
i
o
s
provocados, s
é
r
i
o
sdanos ànossa constituição o
r
g
â
n
i
c
ae p
s
í
q
u
i
c
a
.Pela
ordem
, sãoeles:
• ofum
o;
• oá
l
c
o
o
l
;
• ojogo;
• agula;
• osabusossexuais.
O
s defeitos j
áincluem am
aior parte dos problem
as classificados
com
oim
pulsosgrosseiros,expressõesdec
a
r
á
t
e
r
,reaçõesc
o
n
d
e
n
á
v
e
i
s
,falhas
de com
portam
ento, eque nem sabem
os claram
ente com
o aeles nos
tem
os habituado.
35
Finalm
ente, as virtudes que secolocamcom
om
etas aseremalcan-
ç
a
d
a
semsubstituiçãoaos defeitos.
A
ssim
, o esquem
a geral desta 2?parte pode ser apresentado com
o
segue:
Fum
aréS
u
i
c
í
d
i
o
O
sM
a
l
e
f
í
c
i
o
sdoÁ
l
c
o
o
l
O
SV
Í
C
I
O
S i O
sM
a
l
e
f
í
c
i
o
sdoJogo
O
sM
a
l
e
f
í
c
i
o
sdaG
ula
O
sM
a
l
e
f
í
c
i
o
sdosA
busosSexuais
O
SD
EFEITO
S
O
rgulhoeV
aidade
AInveja, oC
i
ú
m
e
,aA
vareza
Ó
d
i
o
,Rem
orso,V
i
n
g
a
n
ç
a
,A
gressividade
Personalism
o
M
aledicência
I
n
t
o
l
e
r
â
n
c
i
aeIm
paciência
N
egligênciaeO
ciosidade
R
em
iniscênciaseTendências
A
SV
IR
TU
D
ES
H
um
ildade, M
o
d
é
s
t
i
a
,Sobriedade
R
esignação
Sensatez, Piedade
G
enerosidade, B
eneficência
A
fabilidade,D
o
ç
u
r
a
C
om
preensão,T
o
l
e
r
â
n
c
i
a
Perdão
B
randura, Pacificação
C
om
panheirism
o,R
e
n
ú
n
c
i
a
Indulgência
M
i
s
e
r
i
c
ó
r
d
i
a
Paciência, M
ansuetude
V
i
g
i
l
â
n
c
i
a
,A
bnegação
D
edicação, D
evotam
ento
36
II.
O QUE SE PODE TRANSFORMAR INTIMAMENTE
9 O
SV
T
C
IO
S
"E
ntre os v
íc
io
s
, qual o que podem
os conside-
rarradical?
—Já o dissem
os m
uitas vezes: o e
g
o
ís
m
o
. D
ele
se deriva todo o m
al E
studai todos os v
íc
io
s
e vereis que nofundo de todos existe e
g
o
ís
m
o
.
P
or m
ais que luteis contra eles, não chegareis
a e
x
tir
p
á
-lo
s enquanto não os atacardes pela
raiz, enquanto não lhes houverdes d
e
s
tr
u
íd
o
acausa. Q
uetodos osvossos e
s
fo
r
ç
o
stendampara
esse fim
, porque nele se encontra a verdadeira
chaga da sociedade. Q
uem nesta vida quiser se
aproxim
ar daperfeição m
oral, deve extirpar do
seu coração todo sentim
ento de e
g
o
ís
m
o
, por-
que o e
g
o
ís
m
oé in
c
o
m
p
a
tív
e
l comaju
s
ti
am
or eacaridade: eleneutraliza todas as outras
qualidades."
(A
llanK
ardec. OLivro dosE
s
p
ír
ito
s
. L
ivro T
er-
ceiro.C
a
p
í
t
u
l
oX
II.PerfeiçãoM
oral.Pergunta913.)
V
am
os aoencontro dealguns doscondicionam
entosedependências
queossereshum
anosapresentamm
aiscom
um
ente.
Certam
ente oconhecim
ento dessesv
í
c
i
o
snosc
o
l
o
c
a
r
áemconfron-
:o comeles enosd
a
r
áensejo aum
aaferição decom
oestam
os situados
entreoshom
ensemgeral.
39
N
i
n
g
u
é
m
,na nossa sociedade, écriticado, ou rejeitado, pelo fato
de fum
ar, beber, jogar, com
er bemou ter suas aventuras sexuais. Tudo
isso j
áfoi a
t
ém
esm
o consagrado com
o natural e, portanto, aceito am
-
plam
entecom
o"costum
esdaé
p
o
c
a
"
.
Estam
os alheios aos perigos e às consequências que os citadosh
á
-
bitos nos acarretam
. A
l
é
mdisso, os m
eios de com
unicação estão aber-
tos, semrestrições, àpropaganda envolvente em
a
c
i
ç
aque induz ahum
a-
• nidad
e aofum
o, aoá
l
c
o
o
l
, aojogo,àgulaeaosexo.Éi
n
a
c
r
e
d
i
t
á
v
e
lcom
o
a sociedade parece se deixar m
ansam
ente conduzir, semam
enor reação
coletiva, atão perniciosos incentivos, difundidos por todos os m
eios.
Emalguns p
a
í
s
e
sjá h
á restrições àpropagandadebebidasa
l
c
o
ó
l
i
c
a
s
e de m
arcas de cigarros, o que representa algum
a reação a esses produ-
tos de consum
o. N
o entanto, sãoigualm
ente produtos deconsum
o asre-
vistas eosfilm
es que exploramousoindiscrim
inado dasfunções sexuais
e estim
ulamoerotism
o, produtosessesqueseconstituememagentescon-
tam
inadores do com
portam
ento m
oral do hom
em
, que nos induzem
ao viciam
ento das ideias pelo desejo de satisfações i
l
u
s
ó
r
i
a
s
,fragm
entan-
do aresistência ao prazer inconsistente eenfraquecendo os l
a
ç
o
sdas
uniõesconjugais bemform
adas.
O
s cham
ados "
h
o
t
é
i
sdealta rotatividade"m
ultiplicam
-se nos arre-
dores das capitais brasileiras, com
provando a crescente onda da "liber-
dade sexual", resultadodaenganosa suposição deque todas asnossas in-
satisfaçõespossamsersolucionadasapenaspor atossexuais.
D
eixam
os de abordar aqui oproblem
a dost
ó
x
i
c
o
s
,quesãodissem
i-
nados principalm
ente entre osjovens, levando-os àsm
ais t
r
á
g
i
c
a
sedolo-
rosas experiências, enquanto enriquecem as secretas organizações que
m
anipulamosubm
undodostraficantes. Exploradossãoosm
o
ç
o
s
,precisa-
m
ente no que diz respeito aos seus desajustes e carências, iludidos por
aqueles aproveitadores que o
senganam
, oferecendo soluções f
á
c
e
i
s
,
acorrentando-osemprocessosd
i
f
í
c
e
i
sderecuperação.
O
utro entorpecente eagente enganoso do hom
em éojogo. O
que se temarrecadado dasloterias dem
onstra on
í
v
e
l depreocupação do
nossotrabalhador, que busca fora de siasorteeoenriquecim
entor
á
p
i
d
o
.
Ficam aim
aginar emdetalhes oque seria feito comodinheiro ganho,
centralizando nele arazão principal do que se pode pretender na vida.
M
ais sonhos equim
eras que apenas alim
entam as consciências inadver-
tidas, desconhecedoras de que as dificuldades existempara desenvolver
aspotencialidades donossoe
s
p
í
r
i
t
o
,acapacidadedelutarevencer comes-
f
o
r
ç
op
r
ó
p
r
i
o
.
40
Raram
ente encontram
os cam
panhas ou propagandas esclarecedoras
dos m
a
l
e
f
í
c
i
o
sdo fum
o, doá
l
c
o
o
l
, dojogo, dagula, dos abusos dosexo
edosp
r
e
j
u
í
z
o
sdot
ó
x
i
c
o
.
C
ondicionada com
o e
s
t
áatantos v
í
c
i
o
s
, de que m
odo e
n
t
r
a
r
á
a hum
anidade na nova fase do progressom
oral preceituada por K
ardec?
É i
m
p
r
a
t
i
c
á
v
e
lconciliar aquele ensinam
ento coma enorm
e propa-
gação dos v
í
c
i
o
s
,que envolve cada vezm
ais ascriaturas de todas asida-
des, incentivando os prazeres individuais semqualquer senso de respon-
sabilidade enenhum
a preocupação com suas consequências. Parece-nos
sensato que d
e
v
e
r
í
a
m
o
sesperar exatam
ente oc
o
n
t
r
á
r
i
o
,isto é
,a cres-
cente valorização dos hom
ens pelos exem
plos no bem enas atitudes
nobres, c
o
m
p
a
t
í
v
e
i
scomumclim
a de respeito aop
r
ó
x
i
m
o
, de solidarie-
dadehum
ana, dezeloaop
a
t
r
i
m
ô
n
i
oo
r
g
â
n
i
c
oeaom
anancial de energias
procriadoras quedetem
os.
N
um
a a
n
á
l
i
s
erealista, para m
udar os rum
os dahum
anidade nesses
dias em que pouco se entende da natureza espiritual do hom
eme da
sua destinação a
l
é
m
-
t
ú
m
u
l
o
,éde se esperar grandes transform
ações.
M
as de que form
a? S
e
r
áque esse desejado progresso m
oral c
a
i
r
ádos
c
é
u
ssem qualquer e
s
f
o
r
ç
onosso? É evidente que s
e
r
áedificado pelos
hom
ens deboavontade, pelos trabalhadores dasú
l
t
i
m
a
shoras,pelospou-
cos escolhidos dos que possam restar dos m
uitos j
ácham
ados, pelos
A
prendizes doEvangelhoque resistiremaom
al esouberemenfrentar não
m
ais as feras e as fogueiras dos cucos rom
anos, p
o
r
é
masferas dosp
r
ó
-
prios instintos anim
ais eofogo daagressividade que precisam
os atenuar,
controlar etransform
ar.
E para superarm
os os defeitos m
ais enraizados no nossoe
s
p
í
r
i
t
o
precisam
os fortalecer anossa vontade, iniciando comaluta por elim
i-
nar osv
í
c
i
o
sm
ais com
uns. N
i
n
g
u
é
mc
o
n
s
e
g
u
i
r
ávenceressabatalhasenão
estiver se preparando para e
n
f
r
e
n
t
á
-
l
a
. E
ssa condição, no entanto, não
se consegue semtrabalho, semtestem
unho da vontade aplicada. É
, sem
d
ú
v
i
d
a
,conquistaindividual quesepodeprogressivam
ente cultivar.^
/ AIM
A
G
IN
A
Ç
Ã
ON
O
SV
Í
C
I
O
S
Acriatividaderepresenta, noserinteligente,umdosseusm
aisim
por-
tantesatributos. Pelaim
aginaçãopenetram
osnosm
aisi
n
s
o
n
d
á
v
e
i
sterrenos
das ideias. D
irigim
os voos aoinfinito, descobrim
os osv
é
u
snom
undo da
F
í
s
i
c
a
,da Q
u
í
m
i
c
a
, d
a A
natom
ia, da Fisiologia, fazem
os evoluir as
41
C
iências, criam
os as invenções, desenvolvem
os as artes e constatam
os
oe
s
p
í
r
i
t
o
.
E
ssa im
aginação, por outro lado, tem sido m
al conduzida pelo
hom
em
, tanto de m
odo consciente quanto por desejos inconscientes, le-
vando-o a m
uitos dissabores, contrariedades, sofrim
entos eoutras conse-
quênciasgraves.
Acapacidade m
ental dohom
eme
s
t
ácondicionada aoalcancedasua
im
aginaçãoeaousoquedelafaznoseum
undoí
n
t
i
m
o
.Afaculdade depen-
sarapresentaum
ac
a
r
a
c
t
e
r
í
s
t
i
c
ad
i
n
â
m
i
c
a
,quenosproporciona,pelasexpe-
riências acum
uladas, apercepção sem
pre m
ais am
pla da nossa realidade
interior e do m
undo que nos cerca, numcrescente evoluir. D
esse m
odo,
asnossas experiências, emtodas asá
r
e
a
s
, servemdereferência paranovas
e constantes m
u
d
a
n
ç
a
s
. N
unca regredim
os. Q
uandom
uito, m
om
entanea-
m
ente estacionam
os emalguns aspectos particulares,m
asnosdem
aiscam
-
pos de aprendizagem realizam
os a
v
a
n
ç
o
s
. É com
o numziguezague m
ais
ou m
enos tortuoso que vam
os cam
inhando na nossa t
r
a
j
e
t
ó
r
i
aevolutiva,
p
o
r
é
msem
pre nadireçãodotem
po,quejam
aissealteranosentidodoseu
a
v
a
n
ç
o
.
O hom
em
, pela sua im
aginação, cria as suas carências, envolve-se
nos prazeres, absorve-se nas sensações eperde-se pelos torvelinhos doin-
teresse pessoal. C
ristaliza-se, por tem
pos, nos v
í
c
i
o
sque a suap
r
ó
p
r
i
a
inteligência criou, necessidades da sua condição inferior, que ainda se
com
praz nos instintos, reflexos da anim
alidade atuante em todos n
ó
s
encarnados. O ser pensante sabe os m
ales que lhe causam o fum
o, o
á
l
c
o
o
l
,ojogo, a gula, os abusos do sexo, os entorpecentes, em
bora pro-
porcionem instantes de f
i
c
t
í
c
i
oprazer epreenchim
ento daquelas necessi-
dadesqueasuam
enteplasm
ou.
Tornam
-se, então, h
á
b
i
t
o
srepetitivos, condicionam
entos que com
o-
dam
ente aceitam
os m
uitas vezes semquaisquer reações c
o
n
t
r
á
r
i
a
s
. Q
uem
conseguiria justificar com razões evidentes as necessidades de fum
ar,
debeber, dejogar, decom
erdem
asiado,edap
r
á
t
i
c
alivredosexo?
Oorganism
o hum
ano se adapta àscargas dos t
ó
x
i
c
o
singeridos eo
psiquism
o frxa-se nas sensações. N
a falta delas, o p
r
ó
p
r
i
oorganism
o
passa a exigir, em form
a de dependências, as doses t
ó
x
i
c
a
sou as car-
gasem
ocionais àsquais sehabituara, eacriatura nãoconseguem
aisliber-
tar-se; ficaviciada. Sente-se, então, incapaz de agir eprossegue semesfor-
ç
o
, contam
inando o corpo eaalm
a, escravizando-se inapelavelm
ente aos
horroresdod
e
s
e
q
u
i
l
í
b
r
i
oeda enferm
idade.
42
Transfere da vida presente para a subsequente certos reflexos ou
im
pregnações m
a
g
n
é
t
i
c
a
sque o p
e
r
i
s
p
í
r
i
t
oguardapelas im
antações rece-
bidas do p
r
ó
p
r
i
ocorpo f
í
s
i
c
oedocam
pom
ental que lhe sãopeculiares.
A
s predisposições e as tendências se transportam
, de algum
aform
a, para
anova experiência c
o
r
p
ó
r
e
ae, nessasoportunidadesdelibertaçãoquenos
são oferecidas, m
uitas vezes sucum
bim
os aos m
esm
os v
í
c
i
o
sdo passa-
do distante. A
dm
itim
os, àluz do Espiritism
o, umcom
ponente reencar-
n
a
t
ó
r
i
onosv
í
c
i
o
s
, oque decerta form
a esclarece oscasosc
r
ó
n
i
c
o
sepa-
t
o
l
ó
g
i
c
o
sprovocados pelo fum
o, á
l
c
o
o
l
,gula, jogo epelas aberrações
sexuais. Raram
ente estam
os sozinhos nosv
í
c
i
o
s
. Contam
os t
a
m
b
é
m
com
as com
panhias daqueles que se servemdos m
esm
os m
ales, tanto encar-
nados com
o desencarnados, emm
aior ou m
enor intensidade de sinto-
nia, funcionando com
o fator de indução àp
r
á
t
i
c
adosv
í
c
i
o
sque am
bos
usufruem
. M
uitas vezes podem
os querer deixar tal ou qual v
í
c
i
o
,m
as
aquelas com
panhias nos sugestionam
, persuademeinduzem
. C
om
o "am
i-
gos" do nosso c
o
n
v
í
v
i
o
,apelam diretam
ente, convencendo-nos earras-
tando-nos. C
om
o entidades espirituais, agemhipnoticam
ente no cam
po
da im
aginação, transm
itindo as ondas m
a
g
n
é
t
i
c
a
senvolventes das sensa-
çõesedesejosquejuntos alim
entam
os.
D
essem
odo, aoiniciarotrabalhodeextirparosv
í
c
i
o
s
,podem
osestar
dentro de umprocesso emque os três com
ponentes abordados severi-
fiquem
, ou seja: ap
r
ó
p
r
i
aim
aginaçãoeoorganism
ocondicionados, aten-
dência r
e
e
n
c
a
r
n
a
t
ó
r
i
ae apersuasão das com
panhias v
i
s
í
v
e
i
sei
n
v
i
s
í
v
e
i
s
.
ATEN
TA
Ç
Ã
ON
O
SV
Í
C
I
O
S
A s
o
m
a
t
ó
r
i
ados três com
ponentes citados apresenta-se ao nosso
í
n
t
i
m
osobaform
a de tentações. Interpretam
os astentações com
osendo
as m
anifestações de desejos veem
entes, de im
pulsos incontidos, a busca
desesperada de prazeres ou necessidades que sabem
os serem prejudi-
ciais,m
asquenãoestam
ossuficientem
ente fortesparaconter.
A
s tentações podem surgir em algum
as c
i
r
c
u
n
s
t
â
n
c
i
a
scom
o pela
prim
eira vez, epodem repetir-se por m
uitas vezes, naqueles estados de
ansiedade em que som
os irresistivelm
ente im
pulsionados a com
eter en-
ganos para satisfazer desejos. A
s prim
eiras tentações estão, quase sem
pre,
m
escladas coma curiosidade, comodesejo deexperim
entar odesconhe-
cido. N
esses casos, a influência dos j
áexperim
entados é
, nam
aioria das
vezes, om
eiodesencadeante dosv
í
c
i
o
s
. A
l
g
u
é
mnoslevaap
r
a
t
i
c
á
-
l
o
spela
43
prim
eira vez quando assimcedem
os àsprim
eiras tentações. E
sse procedi-
m
ento écom
um nos fum
antes, nos a
l
c
o
ó
l
a
t
r
a
s
,nosjogadores de azar,
nos drogados, nos m
asturbadores. É a im
itação que d
á origemaoh
á
b
i
-
to, costum
eouv
í
c
i
o
.
D
evem
os considerar que todos n
ó
ssom
os tentados aos v
í
c
i
o
se a
m
uitos outros com
prom
etim
entos m
orais. Podem
os ceder às tentações,
m
as apartir dos prim
eiros resultados colhidos nas experiências prati-
cadas podem
os nos firm
ar nop
r
o
p
ó
s
i
t
odenãorepeti-las edenãochegar-
m
os à condição de viciados. H
á t
a
m
b
é
m
i
n
c
o
n
t
á
v
e
i
socasiões emque as
tentações nem chegam anos provocar, porque sim
plesm
ente não en-
contram eco dentro de n
ó
s
. Isto é
, já atingim
os umn
í
v
e
lde am
adure-
cim
ento oudeconsciênciaemquejá nãonossintonizam
osm
aiscomaque-
lascategorias de envolvim
entos ou deatrações. N
ãosentim
os necessidade
de experim
entar o que possamnos sugerir;já noslibertam
os, de algum
a
form
a.
Q
U
A
LON
O
SSOO
B
JETIV
O
?
Indiscutivelm
ente, todos n
ó
scolhem
os, no sofrim
ento, os frutos
am
argos dosv
í
c
i
o
s
, cgdooutarde. A
í, nam
aioria, ascriaturas despertam
e c
o
m
e
ç
a
maluta pela sua p
r
ó
p
r
i
alibertação. N
ão precisam
os,p
o
r
é
m
,
chegar àsú
l
t
i
m
a
sconsequênciasdosv
í
c
i
o
sparainiciar otrabalhodeauto-
descondicionam
ento. Podem
os ganhar um tem
po precioso edelibera-
dam
ente proporm
o-nos o e
s
f
o
r
ç
ode e
x
t
i
r
p
á
-
l
o
sde n
ó
s m
esm
os. É um
a
questão deponderar cominteligência ecolocar aim
aginaçãoas
e
r
v
i
ç
oda
construçãoden
ó
s m
esm
os.
Esse éonosso objetivo: com
preender razoavelm
ente as caracte-
r
í
s
t
i
c
a
sdosv
í
c
i
o
sebuscarosm
eiosparae
l
i
m
i
n
á
-
l
o
s
.
Perguntam
os: O que oam
igo leitor acha que éfundam
ental em
qualquer processo deconquista individual? Éoquerer?Éavontade posta
emp
r
á
t
i
c
a
?Éaaçãoconcretizandooideal?
Prim
eiro, perguntem
os an
ó
s m
esm
os sequerem
os deixarm
esm
ode
fum
ar, debeber, dejogar, esedesejam
oscontrolar agula, osexo.
Epor quê?Tem
os razões para isso?Oque nosm
otiva ainiciar esse
com
bate? S
e
r
áapenas para serm
os bonzinhos? O
u terem
os razões m
ais
profundas? Éclaroque sabem
os asrespostas. Oque ainda nos im
pedede
assum
irm
os novasposiçõeséoapegoàscoisasm
ateriais,aosinteressespes-
soais, quevisamasatisfazer osnossossentidosf
í
s
i
c
o
s
,digam
osp
e
r
i
f
é
r
i
c
o
s
,
44
ainda grosseiros e anim
ais, indicativos de im
perfeições. Éum
a questão
de opção pessoal, livre e disposta a m
u
d
a
n
ç
a
s
. A vontade p
r
ó
p
r
i
apo-
d
e
r
áser desenvolvida, a
té compouco e
s
f
o
r
ç
o
;não s
e
r
áesse oproblem
a
para a nossa escolha. Aquestãoédecidir ecom
prom
eter-se consigom
es-
m
oairemfrente.
C
om
ecem
os, então, por elim
inar os v
í
c
i
o
sm
ais com
uns, aqueles
já citados, de conhecim
ento am
plo e de uso social, que apresentarem
os
detalhadam
ente nos c
a
p
í
t
u
l
o
sseguintes. C
oloquem
o-nos em posição
de renunciar aos enganosos prazeres que os m
esm
os possam estar nos
oferecendo e lutem
os! Lutem
os comtodo o nosso em
penho e nãovol-
tem
osa
t
r
á
s
!
F
A
Ç
ASU
AA
V
A
LIA
Ç
Ã
OIN
D
IV
ID
U
A
L
1. Sente-seirresistivelm
entecondicionadoaalgumv
í
c
i
o
?
2. Sofre asconsequênciasm
a
l
é
f
i
c
a
squeosm
esm
osprovocam
?
3. J
á tentoulibertar-sevoluntariam
entedealgumdessesv
í
c
i
o
s
?
4. A
nalisecom
oc
o
m
e
ç
o
uneleseconclua:
- Porlivredesejo?
—Porsugestãodea
l
g
u
é
m
?
5. Q
uando tentado a experim
entar algum dos v
í
c
i
o
ssociais, cede
facilm
ente?
6. Percebe, por vezes, a sua im
aginação articulando sensações que o
satisfazemaoa
l
i
m
e
n
t
á
-
l
a
s
?
45
7. J
á pensou que essetipodeim
aginaçãonospredispõe a com
etê-las?
8. Tem dificuldades em afastar da m
ente os devaneios e os pensa-
m
entosligadosaprazeresí
n
t
i
m
o
s
?
9. J
á chegouacom
preender anecessidadedeelim
inarosv
í
c
i
o
s
?
10. A
chaquep
o
d
e
r
ácomop
r
ó
p
r
i
oe
s
f
o
r
ç
odelesselibertar?
10 FU
M
A
RÉS
U
I
C
Í
D
I
O
4
"Q
uando o hom
em e
s
tám
ergulhado, de qualquer
m
aneira, naatm
osfera do v
íc
io
, om
al nãose tor-
na para ele um arrastam
ento quase ir
r
e
s
is
tív
e
l?
- A
rrastam
ento, sim
; ir
r
e
s
is
tív
e
l, não. P
orque no
m
eio dessaatm
osfera de v
íc
io
sencontra, às vezes,
grandes virtudes. SãoE
s
p
ír
ito
sque tiveramafo
r
ç
a
de resistir, e que tiveram
, ao m
esm
o tem
po, a
m
issão de exercer um
a boa influência sobre os
seus sem
elhantes."
(A
llan K
ardec. OLivro dos E
s
p
ír
ito
s
. L
ivro T
er-
ceiro. C
a
p
í
t
u
l
oI. AL
ei D
ivina ou N
atural. Per-
gunta645.)
Procuram
os, aqui, tecer algum
as considerações sobre o v
í
c
i
odo
fum
o, h
á
b
i
t
opuram
ente im
itativo e que não temqualquer justificativa
R
evisão do artigo publicado pelo autor no jornal F
olha E
s
p
ír
ita
. N
° 29,
anoIII,agosto/ 1976.
46
racional, m
ostrando, t
a
m
b
é
m
,certas consequências f
í
s
i
c
a
se espirituais.
Encaram
os aposição doe
s
p
í
r
i
t
a
, que chega àevidência clara econclusiva
desera
u
t
o
-
s
u
i
c
í
d
i
ooh
á
b
i
t
ode fum
ar.
Enveredando pela d
i
n
â
m
i
c
aque a D
outrina E
s
p
í
r
i
t
aleva aos seus
praticantes, é im
positivo, no trabalho de transform
ação í
n
t
i
m
a
,largar o
fum
o. N
ão s
ó para prevenir enferm
idades, m
as t
a
m
b
é
mcom
o treinam
en-
to im
portante para o fortalecim
ento das potencialidades doe
s
p
í
r
i
t
oeo
d
o
m
í
n
i
odenossastendênciasseculares.
C
abe, aqui —dentro da p
r
o
b
l
e
m
á
t
i
c
ap
s
i
c
o
l
ó
g
i
c
ados fum
antes,
que profundam
ente respeitam
os emseu aspectohum
ano —
, exaltar com
veem
ência que aindaécomJesus que encontram
os ocam
inho, aceitando
aquele convite i
n
o
l
v
i
d
á
v
e
l
: "A
quele que quiser M
eseguir tom
e asua cruz
eande".
OFU
M
A
R
,C
O
M
OC
O
M
E
Ç
O
U
?
Ocostum
e herdado dos anim
ais defarejar, cheirar eprovar ogosto,
certam
ente levou ohom
em
, emé
p
o
c
a
sm
uitodistantes aexperim
entar o
gostodaf
u
m
a
ç
a
.Provavelm
ente, algunshom
ensp
r
é
-
h
i
s
t
ó
r
i
c
o
sm
aisastutos
resolveramenrolar algum
as follhnhas secas eprovar suaf
u
m
a
ç
a
. A
t
r
a
v
é
s
dos tem
pos, devemterexperim
entadom
uitasdelas,nãoasaprovandopelo
seu gostoam
argo. N
oentanto, aquela folha largaeam
arelada, depois ba-
lizada de N
icotiana Tabacum
, deve ter provocado algo de estranho no
experim
entador pela açãoativadoa
l
c
a
l
ó
i
d
eque elac
o
n
t
é
m(bastamape-
nas40a60m
iligram
asdeleparam
atarumhom
em
).
H
istoricam
ente, consta que em 1560 oem
baixador francês João
N
icot enviou à rainha C
atarina de M
edicisasprim
eiras rem
essas daquele
vegetal, cultivado emseusjardins emLisboa, porque ojulgavaum
a erva
perfum
ada e dotada de propriedades terapêuticas. Arainhapatrocinou a
difusão do fum
o com
o m
edicam
ento, utilizando-o emp
í
l
u
l
a
s
,pom
adas,
xaropes, infusões, banhos, etc. P
o
r
é
m
, dessesusos surgiram—oquearai-
nhaencobriu—i
n
ú
m
e
r
o
senvenenam
entos, intoxicaçõesem
ortes.
Oidealista N
icot, que deu seu nom
e ao a
l
c
a
l
ó
i
d
enicotina, enqua-
drado entre os "venenos e
u
f
ó
r
i
c
o
s
"
,deve ter experim
entado no Plano
Espiritual os arrependim
entos de sua triste iniciativa, acom
panhando
os casos m
ó
r
b
i
d
o
s que suas perfum
adas folhinhas provocaram
.
47
OFA
LSOPRA
ZER-U
M
AILU
SÃ
O
Oh
á
b
i
t
ode fum
ar c
o
m
e
ç
a
, emgeral, nai
n
f
â
n
c
i
aou na adolescên-
cia, incentivado pelos m
ais velhos e tendo exem
plos a
t
ém
esm
o dentro
de casa. São os garotos provocados pelos coleguinhas que fum
ameque,
na sua im
aginação, já se sentemhom
ens feitos (com
o se o fum
ar fosse
um
a condição de ser adulto). Atentativa é feita, provoca tosse e ton-
turas, m
as dizemeles —são os s
a
c
r
i
f
í
c
i
o
sdo noviciado, Om
elhor vem
depois: d
á charm
e, a
u
t
o
-
s
e
g
u
r
a
n
ç
a
, e
s
t
í
m
u
l
ocerebral, ébacana, asm
enini-
nhas gostam
. Enfim
, atende atudoaquilo que oadolescentedeseja:auto-
afirm
ação, p
r
e
s
t
í
g
i
oentre os am
iguinhos, pose de artista, com
panhias a
qualquer hora, nam
oradinhas, e, nesse contexto, aE
usãodoprazer deser
querido eestar realizado. Faz parte dogrupo. Q
uemnãofum
a, nãoentra
na "patota".
Entretanto, n
i
n
g
u
é
mconta nemfala das desvantagens edos m
ales
do fum
o. N
i
n
g
u
é
mvê enempode exam
inar ost
ó
x
i
c
o
sque a fum
acinha
leva ao organism
o. H
oje já sefala, a
t
éna televisão, sobre oalcatrão ea
nicotina que ocigarroc
o
n
t
é
m
,m
asoqueém
esm
oisso?A
h, isson
i
n
g
u
é
m
conhece. En
i
n
g
u
é
mconheceporquenãoédivulgado,porquenãointeressa
divulgar. Oque interessa é vender. E os nossos am
iguinhos caem com
o
patinhos, levados t
a
m
b
é
mpelas exuberantes propagandas dos fabricantes,
semsaberemnada sobre os venenos que ingerem
, sobre as d
o
e
n
ç
a
sque
provocam
, asm
ortes quecausam
.Esemsaberemque ase
s
t
a
t
í
s
t
i
c
a
sm
é
d
i
-
cas provamque, dentre oitofum
antes, umcertam
ente s
o
f
r
e
r
áde c
â
n
c
e
r
,
eainda que cada cigarroencurta avida dohom
ememquatorze m
inutos.
Falem dessas verdades aos garotos que queiramensinar outros a fum
ar.
OQ
U
ESO
FREOO
R
G
A
N
ISM
OH
U
M
A
N
O
?
Aquantidade denicotinaabsorvidavariade2,5a3,5m
iligram
aspor
cigarro. A
osertragada, af
u
m
a
ç
aentrapelospulm
õescarregandov
á
r
i
o
sga-
sesv
o
l
á
t
e
i
s
, que secondensamnoalcatrão, passandoàcorrentes
a
n
g
u
í
n
e
a
juntam
ente comanicotina. Esta ét
ó
x
i
c
a
,venenosa; oalcatrãoé c
a
n
c
e
r
í
-
geno.
Esses com
ponentes agemna intim
idade celular, principalm
ente nas
c
é
l
u
l
a
sdo sistem
a nervoso central, m
odificando oseu m
etabolism
o,
ou seja, as transform
ações f
í
s
i
c
o
-
q
u
í
m
i
c
a
sque lhes perm
item realizar
os trabalhos de assim
ilação edesassim
ilação das s
u
b
s
t
â
n
c
i
a
sn
e
c
e
s
s
á
r
i
a
s
48
à sua função. E
ssas alterações provocamnofum
ante asensação m
om
en-
t
â
n
e
ade bem
-estar, comsupressão dos estados de ansiedade, m
edo, cul-
pa. Eo efeito de um
a ação t
ó
x
i
c
ae m
ó
r
b
i
d
alevada aosistem
a nervoso
central. A
os instantes iniciais de e
s
t
í
m
u
l
o
s segue-se umretardo daativi-
dadecerebral e,emseguida, depressão, apatia, a
n
g
ú
s
t
i
a
.
E
sses elem
entos q
u
í
m
i
c
o
st
ó
x
i
c
o
s
,a
l
é
mdesses efeitos, agravam
as d
o
e
n
ç
a
sc
a
r
d
í
a
c
a
s
, com
o aangina, oenfarte, ahipertensão, aarterios-
clerose. A
s vias r
e
s
p
i
r
a
t
ó
r
i
a
sseirritame, progressivam
ente, intoxicam
-se,
dando origem at
r
a
q
u
e
í
t
e
s
,bronquites c
r
ó
n
i
c
a
s
,enfisem
as pulm
onares,
insuficiência r
e
s
p
i
r
a
t
ó
r
i
a
,a
l
é
m
dos casos de c
â
n
c
e
rbucal, da faringe, da
laringe,dopulm
ãoedoe
s
ô
f
a
g
o
.
Am
ulher é ainda m
ais s
e
n
s
í
v
e
l aos efeitos da nicotina, principal-
m
ente na gravidez, quando a nicotina atravessa a placenta, ocasionando
danos aofeto, contam
ina oleitem
aternoepode t
a
m
b
é
mprovocar abor-
tos, natim
ortos eprem
aturos. H
á t
a
m
b
é
mcasos deesterilidade acarretada
pelofum
o.
Em trabalhos recentes, ficou com
provada a dim
inuição da capaci-
dadevisual dosfum
antes de26%oum
ais.
A ação t
ó
x
i
c
aafeta t
a
m
b
é
mas g
l
â
n
d
u
l
a
s
, dificultando as funções
o
r
g
â
n
i
c
a
s
. N
um
a universidade norte-am
ericana, um
a pesquisa provou que
osí
n
d
i
c
e
sde reprovação sãobemm
aiores entre osfum
antes doqueentre
osnão-fum
antes.
P
o
r
é
m
,oque m
elhor retrata esse quadro é o fato de um fum
an-
teque absorve doism
a
ç
o
spor dia, durante 30anos, ter suavidad
i
m
i
n
u
í
-
daem8ou 10anos.Portanto,estaé
, indubitavelm
ente,um
aform
adesui-
c
í
d
i
o
.
OP
E
R
I
S
P
Í
R
I
T
OFIC
AIM
PR
EG
N
A
D
O
O
s efeitos nocivos dofum
o transpõemosn
í
v
e
i
spuram
entef
í
s
i
c
o
s
,
atingindo o e
n
v
o
l
t
ó
r
i
osutil ev
i
b
r
a
t
ó
r
i
oque m
odela, vivifica e abastece
oorganism
ohum
ano, denom
inadop
e
r
i
s
p
í
r
i
t
ooucorpoespiritual.
O p
e
r
i
s
p
í
r
i
t
o
,na região correspondente ao sistem
a r
e
s
p
i
r
a
t
ó
r
i
o
,
fica, g
r
a
ç
a
sao fum
o, im
pregnado e saturado dep
a
r
t
í
c
u
l
a
ssem
im
ateriais
nocivas que absorvemvitalidade, prejudicando o fluxo norm
al das ener-
gias espirituais sustentadoras, as quais, a
t
r
a
v
é
sdele, se condensam para
abastecer ocorpof
í
s
i
c
o
.
49
Ofum
o não s
óintroduz im
purezas no p
e
r
i
s
p
í
r
i
t
o—que sãov
i
s
í
-
veis aos m
é
d
i
u
n
s videntes, às
e
m
e
l
h
a
n
ç
ade m
anchas, form
adas de pig-
m
entos escuros, envolvendo os órgãosm
aisatingidos, com
oospulm
ões—
,
m
as t
a
m
b
é
mam
ortece as vibrações m
ais delicadas, bloqueando-as, tor-
nando ohom
em a
t
écerto ponto i
n
s
e
n
s
í
v
e
laos envolvim
entos espiritu-
aisdeentidadesam
igaseprotetoras.
A
p
ó
sodesencarne, osresultados dov
í
c
i
odofum
o são desastrosos,
pois provocamum
a e
s
p
é
c
i
edeparalisia einsensibilidade aostrabalhos dos
e
s
p
í
r
i
t
o
ssocorristas por longo p
e
r
í
o
d
o
,com
o se perm
anecesse numes-
tado de inconsciência eincom
unicabilidade, ficando odesencarnado pre-
judicadonorecebim
entodoa
u
x
í
l
i
oespiritual.
N
um
a entrevista dada aojornalista Fernando W
orm(publicada na
F
olha E
spirita, agosto de 1978, ano V
, n?53), Em
m
anuel, a
t
r
a
v
é
sde
C
hicoX
avier, respondeàsseguintesperguntas:
F.W
. A ação negativa do cigarro sobre o p
e
r
i
s
p
í
r
i
t
odo fu-
m
ante prossegue a
p
ó
sam
orte do corpo f
í
s
i
c
o
? A
t
é
quando?
Em
m
anuel Oproblem
a dadependência continua a
té que aim
preg-
nação dos agentes t
ó
x
i
c
o
snos tecidos sutis do corpo
espiritual ceda lugar ànorm
alidade doe
n
v
o
l
t
ó
r
i
operis-
piritual, oque, na m
aioria das vezes, tem aduração
do tem
po emque o h
á
b
i
t
operdurou na existênciaf
í
-
sica do fum
ante. Q
uando avontade dointeressado não
e
s
t
ásuficientem
ente desenvolvida para arredar de s
i
o costum
e inconveniente, o tratam
ento dele, no M
un-
do Espiritual, ainda exige quotas d
i
á
r
i
a
sde s
u
c
e
d
â
n
e
o
s
dos cigarroscom
uns, comingredientes a
n
á
l
o
g
o
saos dos
cigarros terrestres, cuja adm
inistração aopaciente dim
i-
nui gradativam
ente, a
t
éque eleconsigaviver semqual-
querdependênciadofum
o.
F.W
. Com
o descreveria aação dos com
ponentes do cigarro
nop
e
r
i
s
p
í
r
i
t
odequemfum
a?
Em
m
anuel A
s sensações do fum
ante inveterado, no M
aisA
l
é
m
,
são naturalm
ente as da angustiosa sede de recursos tó
-
xicos a que se habituou no Plano F
í
s
i
c
o
,de tal m
odo
obcecante que as m
elhores lições e surpresas da V
ida
M
aior lhe passamquase que inteiram
ente despercebidas,
50
a
té que selhe norm
alizemaspercepções. Oassunto, no
entanto, comrelaçãoàs
a
ú
d
ec
o
r
p
ó
r
e
a
, deveria serestu-
dado na Terra m
ais atentam
ente, já que a resistência
o
r
g
â
n
i
c
adecresce consideravelm
ente com o h
á
b
i
t
ode
fum
ar, favorecendo ainstalaçãodem
o
l
é
s
t
i
a
sque pode-
riamser claram
ente e
v
i
t
á
v
e
i
s
. Anecropsia docorpoca-
daverizadodeumfum
ante emconfronto comodeum
a
pessoasemesseh
á
b
i
t
oestabelececlarad
i
f
e
r
e
n
ç
a
.
Ofum
ante t
a
m
b
é
malim
enta ov
í
c
i
odeentidadesvam
pirizantesque
aeleseapegamparausufruir dasm
esm
asinalaçõesinebriantes. Ecomisso,
a
t
r
a
v
é
sdeprocessos de sim
biosean
í
v
e
i
sv
i
b
r
a
t
ó
r
i
o
s
,ofum
ante podecole-
tar emseup
r
e
j
u
í
z
oasim
pregnações f
l
u
í
d
i
c
a
sm
a
l
é
f
i
c
a
sdaqueles quedei-
xam o e
n
f
e
r
m
i
ç
otriste, grosseiro, infeliz, preso à vontade de entidades
inferiores, sem o d
o
m
í
n
i
oe a consciência dos seus verdadeiros desejos.
D
entro desseprocesso deim
pregnação f
l
u
í
d
i
c
am
ó
r
b
i
d
a
, ov
í
c
i
odo fum
o
reflete-se nas reencarnações posteriores, principalm
ente na predisposição
àsenferm
idades t
í
p
i
c
a
sdoaparelhor
e
s
p
i
r
a
t
ó
r
i
o
.
D
E
L
X
A
RD
EFU
M
A
R:U
MTR
A
B
A
LH
OD
ER
EFO
R
M
AIN
TIM
A
0 esclarecim
ento trazidopeloEspiritism
ovemaduzirm
aiorn
ú
m
e
r
o
derazões, ecomm
aior profundidade, àqueles defendidos pelaM
edicinae
S
a
ú
d
eP
ú
b
l
i
c
a
.
D
entro de ump
r
o
p
ó
s
i
t
otransform
ista, que avivênciad
o
u
t
r
i
n
á
r
i
a
nos evidencia, é i
n
d
i
s
p
e
n
s
á
v
e
l abandonar o fum
o, principalm
ente os que
se dedicamaos trabalhos de assistência espiritual, que veiculamenergias
vitalizantes, transm
itidas noss
e
r
v
i
ç
o
sdepasses.
Ozeloeorespeitoaoorganism
o, quenosélegadonapresenteexis-
tência, devemnoslevaracom
preender quenãotem
osodireitodecom
pro-
m
etê-lo comacarga de toxinas queofum
oacrescenta, alertando-nos com
relaçãoaesse problem
a
A necessidade de cada vez m
ais nos capacitarm
os espiritualm
ente
não pode dispensar a libertação dev
í
c
i
o
s
, dentre eles ofum
o. Encontra-
m
os i
n
ú
m
e
r
a
srazões quejustificamodeixar de fum
ar enãoconseguim
os
enum
erar um
aapenasque,objetivam
ente,justifique ov
í
c
i
o
.
51
AV
O
N
TA
D
EÉAFER
R
A
M
EN
TAFU
N
D
A
M
EN
TA
L
H
áv
á
r
i
o
sm
é
t
o
d
o
sque ensinam com
o deixar de fum
ar, p
o
r
é
m
todospartemdeumpressuposto:^ V
ontade.
Avontade pode ser fraca ou forte, eeladizm
uito dop
r
o
p
ó
s
i
t
oe
da capacidade de decisãoque im
prim
im
os ànossavida. Avontade, com
o
vim
os, pode ser fortalecida por afirm
ações repetidas por n
ó
sm
esm
os,
com
o f
o
r
ç
a
sdesencadeadoras de nossaspotencialidadesp
s
í
q
u
i
c
a
s
,pensan-
doea
t
édizendo: "eu quero deixar defum
ar", "eunãotenhonecessidade
dofum
o", "euvoudeixarde fum
ar".
A
ssim
, vam
os fortalecendo avontade e, aolargarm
os ocigarro, de-
vem
os fazê-lo de um
a s
ó vez, poisnãoéa
c
o
n
s
e
l
h
á
v
e
ldeixar aos poucos.
O acom
panham
ento m
é
d
i
c
o
,p
o
r
é
m
, é recom
endado emqualquer caso.
R
esistir de todos os m
odos aos im
pulsos que naturalm
ente vão
surgir: dessa form
a, no decorrer dos dias, aa
u
t
o
c
o
n
f
i
a
n
ç
aaum
enta.
C
omissodesenvolvem
os umtreinam
ento degrandevalor comrelação ao
d
o
m
í
n
i
oe ao controle da vontade, conduzindo-a emdireção ao aperfei-
ç
o
a
m
e
n
t
ointerior, trabalho esse do qual sem
pre nos afastam
os, levados
por envolvim
entosdetodasorte.
N
ada se conquista semtrabalho. E, vencendo ofum
o, capacitam
o-
nos asuperar outros condicionam
entos que nos prejudicam igualm
ente
nacam
inhadaevolutiva.
F
A
Ç
ASU
AA
V
A
LIA
Ç
Ã
OIN
D
IV
ID
U
A
L
1. Ofum
oconstituiumh
á
b
i
t
oparavocê?
2. J
á refletiu sobreasd
o
e
n
ç
a
squeofum
o provoca?
3. Sofreu algum
aconsequência doentiadofum
o? /
52
4. A
nalise as suas reações ao tentar dom
inar o im
pulso de fum
ar.
Oquesente?
a) Inquietação
d) Irritação
5. Aqueatribui apredom
inantereaçãoverificada acim
a?
a) V
ontade fraca
b) O
rganism
ohabituado f) C
h-cL
fo^*
c) N
ecessidadedeprazer
6. A
cha-se incapaz dedom
inar odesejo incontidodefum
ar? J
á tentou
fazê-lo?
( •
> '. -' '  W
C
-!..
7. A
dm
itepoder fortalecer asuavontadepela auto-sugestão?
8. Tendo c
o
n
c
l
u
í
d
oque ofum
o énocivo aocorpoeaoe
s
p
í
r
i
t
o
,sente
algum
avontade ded
e
i
x
á
-
l
o
?
9. A
ceita o desafio de nãosedeixar levar pelov
í
c
i
ode fum
ar? Prove
quemém
aisforte, vocêouofum
o.
10. J
á pensouqueofum
onãopassadealgum
asfolhinhas picadasequei-
m
adas, transform
adas emf
u
m
a
ç
a
?Eissopodelhe dom
inar?
53
11 OS MALEFÍ CI OS DO ÁLCOOL5
"Om
eio emque certos hom
ens seencontram não
épara eles o m
otivo principal dem
uitos v
íc
io
se
crim
es?
- Sim
, m
as ainda nisso háum
a prova escolhida
pelo E
spirito, no estado de liberdade; elequis se
expor àtentação, paraterom
é
r
itodaresistência. "
(A
llanK
ardec.OLivro dosE
s
p
ír
ito
s
.LivroTercei-
ro. C
a
p
í
t
u
l
oI - A
. L
eiD
ivinaouN
atural. Pergun-
ta644.)
"Aalteração dasfaculdades intelectuais pela em
-
briaguezdesculpa osatos repreensiveis?
- N
ão, pois o é
b
r
iovoluntariam
ente sepriva da
razão para satisfazer paixões brutais: emlugar de
um
afalta, com
ete duas."
(A
llanK
ardec.OLivrodosE
s
p
ír
ito
s
. LivroTercei-
ro. C
a
p
í
t
u
l
oX
. Lei da Liberdade. Pergunta 848.)
Oá
l
c
o
o
l(palavra de origemá
r
a
b
e
:al = a, cohol =coisasutil)nãoé
alim
ento nemr
e
m
é
d
i
o
.Ét
ó
x
i
c
o
. C
hegando aoseiodas
u
b
s
t
â
n
c
i
anervosa,
excita-a edim
inui suaenergia eresistência, edeprim
e oscentrosnervosos
fazendo surgir lesões m
ais graves: paralisias, d
e
l
í
r
i
o
s(delirium trem
ens).
Com
ot
ó
x
i
c
o
,atingedepreferênciaoaparelhodigestivo:oi
n
d
i
v
í
d
u
operde
oapetite, oe
s
t
ô
m
a
g
oseinflam
aeaulceraçãodasuam
ucosalogosem
ani-
festa. Aistosejuntamasafecçõesdosórgãosvizinhos,quasesem
preincu-
r
á
v
e
i
s
. U
m
a delas(
t
e
r
r
í
v
e
l
)éacirrose h
e
p
á
tic
a
, quesealastraprogressiva-
m
ente nof
í
g
a
d
o
,onde asc
é
l
u
l
a
svãom
orrendoporinatividade, a
té atingir
com
pletam
ente esse órgão, defunções tãoim
portantesedelicadasnoapa-
relhodigestivo.
R
evisão do artigo publicado pelo autor nojornal OTrevo. N
9 12, feverei-
ro/ 1975.
54
Oque sevênoshospitais durante aa
u
t
ó
p
s
i
adoc
a
d
á
v
e
rdeumalco-
ó
l
a
t
r
ac
r
ó
n
i
c
oé algo horripilante. Opanoram
a interno doc
a
d
á
v
e
rpode
ser com
parado aodeum
a cidade com
pletam
ente d
e
s
t
r
u
í
d
apor umbom
-
bardeioa
t
ó
m
i
c
o
.
A
l
é
m
das c
a
t
á
s
t
r
o
f
e
sprovocadas no organism
of
í
s
i
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  • 3. Copyright © N eyPrietoPeres 1984 Referências sobre o Autor EngenheiroConsultorE n e r g é t i c o ,EngenheirodeS e g u r a n ç aIndustrial, A dm inistrador de Em presas, Professor emC ursos dePós-G raduação na FA EN Q U IL—Fac.deEng? Q u í m i c ade Lorena-S.P., eC O PPE- U niv. Federal doRio deJaneiro, D iretor Fun- dador do I.B.P.P.—InstitutoB rasileirodePesq.P s i c o b i o f í s i c a s ,Fundador doI.P.P.P. —InstitutoPernam bucanodePesq.P s i c o b i o f í s i c a s ,Ex-D iretor deEstudosdaU M ESP —U nião das M ocidades E s p í r i t a sdeS.Paulo,E x - V i c e - P r e s i d e n í eeD iretor de D epar- tam entodaFed. E s p í r i t adoEstadodeSãoPaulo,Fundador eEx-M em brodaA l i a n ç a E s p í r i t aE v a n g é l i c a , Fundador e M em bro da Fraternidade dos D i s c í p u l o sde Jesus —Setor III, D iretor de Pesquisas da A ssoe. M é d i c o - E s p í r i t ado Est. de SãoPaulo, Presidente da Para-A nalytical Society International, S.P., M em bro da A ssociation for Past L ife R esearch and Therapy —C a l i f ó r n i a ,U.SA., M em bro da A ssociation for The A lignm ent of Past L ife Experience- C a l i f ó r n i a ,U .S.A .,D irigentedaC om is- são Perm anente doLivroda A B R A JEE - A ssoe. B r á s . deJornalistaseEscrit. E s p í - ritas, Ex-Presidente da C om issãoPró-Indicação FranciscoC â n d i d oX avier aoP r é m i o N obel daPaz doEstadodeSãoPaulo,Professor ConvidadodaFaculdadedeC iências B i o p s í q u i c a sdoP a r a n á ,Fundador eColaborador daFolhaE s p í r i t a ,D iretor daA ssoe. Paulista de Solidariedade no D esem prego, Presidente do Centro E s p í r i t aG uerra Junqueiro, Itapetininga-S.P., Presidente doCentroE s p í r i t aparaV ivênciadoEvange- lho, C apital-S.P., Expositor E s p í r i t a ,A utor de trabalhos profissionais, teses em S i m p ó s i o se C ongressos de Parapsicologia, de teses em C ongressos de Jornalistas E s p í r i t a seartigos,r e l a t ó r i o seinform ativos naIm prensaE s p í r i t a . Edição Ano 5-7-8-9 90-91-92-93 D ireitos reservados EDITORA PENSAM ENTO LTDA. R uaD r. M á r i oV icente, 374- 04270 SãoPaulo,SP- Im presso emnossasoficinasg r á fic a s . 3
  • 4. D edico os resultados do que foi escrito nestaobra,comtodom eu carinho: a m eus pais, D . Francisquinha, que nos transm itiu am or efirm eza, e Sr. n g e l o , nosso exem plo de subm issão eserenidade, am bos j ános planos espirituais; àm inha esposa, M aria J ú l i a ,e a m eusfilh o s,N e y Fernando, J ú l i o Fernando, Juliane e M á r i oFernando de quemsubtrai diversas horas dec o n v í v i oemfavor deste trabalho (serei eternam ente agradecido não s ó por sua com preensão quando aeles tive que m e furtar, m as principalm ente por sua t o l e r â n c i acom relação ao fato de ainda não ter podido exem plificar tudo que escrevi); àFraternidade dos D i s c í p u l o sde Jesus, que, nos seus 30anos de fundação - com pletados a29 de m aio de 1982— , tempreparado m uitosseguidoresdeJesus; eatodososm eusirm ãosdeideale s p í r i t a . OA utor 4
  • 5. "O Espiritism o s eapresenta sob três aspectos diferentes: odas m anifestações, o dos p r i n c í p i o sde filosofia em oral que delas decorrem , eoda aplicação desses p r i n c í p i o s .D a ías três classes, ou antes, ostrêsgrausdosseusadeptos: 19) os que crêemnas m anifestações ese lim itam ac o n s t a t á - l a s : para eles,é um aciênciade experim entação; 29) os que com preendem as suas conse- quências m orais; 39) os que praticam ou se e s f o r ç a mpor praticar essam oral." (A llan K ardec. O Livro dos E s p ír ito s . Conclusão,V II) 5
  • 6. Í N D I C E P r e fá c io 9 A presentação 13 1 . A SB A SESD OTRA N SFO RM A R-SE 1. A llanK ardecEstabeleceasB ases 17 2. Reform a í n t i m aemSeisPerguntas 19 3. OConhecim entodeS iM esm o 21 4. C om oC onhecer-se 23 5. OC onhecer-senoC o n v í v i ocomoP r ó x i m o 25 6. OC onhecer-sepelaD or 29 7. OC onhecer-sepelaA u t o - a n á l i s e 31 8. F a ç asuaA valiaçãoIndividual 33 II. OQ U ESEPO D ETRA N SFO RM A R IN TIM A M EN TE 9. O sV í c i o s 39 10. Fum ar éS u i c í d i o 46 11. O sM a l e f í c i o sdoÁ l c o o l 54 12. O sM a l e f í c i o sdoJogo 57 13. O sM a l e f í c i o sdaG ula 61 14. O sM a l e f í c i o sdosA busosSexuais 65 15. O sD efeitos 72 16. O rgulhoeV aidade 77 17. AInveja, oC i ú m e ,aA vareza 81 18. Õ dio, Rem orso, V i n g a n ç a ,A gressividade 85 19. Personalism o 99 20. M aledicência 102 21. I n t o l e r â n c i aeIm paciência 107 22. N egligênciaeO ciosidade 110 23. R em iniscênciaseTendências 114 24. A sV irtudes 124 25. H um ildade, M o d é s t i a ,Sobriedade 127 26. R esignação 129 6
  • 7. 27. Sensatez, Piedade 131 28. G enerosidade, B eneficência 134 29. A fabilidade, D o ç u r a 136 30. Com preensão, T o l e r â n c i a 138 31. Perdão 140 32. Brandura, Pacificação 141 33. Com panheirism o, R e n ú n c i a 143 34. Indulgência 148 35. M i s e r i c ó r d i a 149 36. Paciência, M ansuetude 151 37. V i g i l â n c i a ,A bnegação 153 38. D edicação, D evotam ento 158 III. O SM EIO SPA RAREA LIZA RA STRA N SFO RM A ÇÕ ES 39. U mM é t o d oP r á t i c odeA u t o - a n á l i s e 161 40. C om oProgram ar asTransform ações 172 41. C om oTrabalhar Intim am ente 193 42. C om oD esenvolver aV ontade 202 43. Transform ações peloS e r v i ç oaoP r ó x i m o 211 44. A uto-avaliaçãoP e r i ó d i c a 219 45. EscoladeA prendizesdoEvangelho:D i d á t i c aA plicada na Transform ação í n t i m a 226 46. OProcessodeM u d a n ç aInterior 233 47. OM ecanism o dasTransform ações í n t i m a s 240 IV . ESQ U EM APA RAA PLIC A Ç Ã OIN D IV ID U A L, E MG R U PO SEPO R CO RRESPO N D ÊN CIA IV.l. A plicaçãoIndividual eemG rupos IV .2. Program as deA plicação IV.3. G rupos deEstudoeA plicaçãodoEspiritism o - por Correspondência V. C O N C LU SÃ O 48. V iver H oje comJesus 49. AContribuição de K ardec 50. Oexem plodeB ezerradeM enezes 51. OA c r é s c i m odeEm m anuel eA n d r éLuiz 52. AFraternidade dosD i s c í p u l o sdeJesus RO TEIROD A SCITA ÇÕ ESD EA LLA NK A R D EC I. OLivrodosE s p í r i t o s II. OEvangelhoSegundooEspiritism o III. OC é u eo Inferno IV . OLivrodosM é d i u n s 245 247 290 297 300 301 302 304 308 311 313 313 7
  • 8. REFERÊN CIA SB I B L I O G R Á F I C A S 1. O brasEspí r i t a s 3 1 5 2. PsicologiaA plicada 3 1 8 3. Filosofia, Educação,Teologia 3 1 9 4. Teosofia, Esoterism o 3 2 0 5. F í s i c a 3 2 0 6. S a ú d e 3 2 0 Q U E S T I O N Á R I O-PESQ U ISAPA R AA V A LIA ÇÃ OD OLIV RO 3 2 1 PESQ U ISAPA RAA V A LIA ÇÃ OEPLA N EJA M EN TOD O SM É T O D O SD E D IV U LG A Ç Ã OD OESPIRITISM O 324 8
  • 9. PREFACIO Neste livro,escrito sempreocupações l i t e r á r i a s ,o autor analisa a constituição e as finalidades daEscola deA prendizes doEvangelho, eos resultados dosensinam entosalim inistradosàquelesquedãoseusprim eiros passosnocam inho sacrificai dodiscipulado, visando aotestem unho ativo doEvangelhodeJesus. A oseinscreveremnessaEscola, com oaprendizes, os alunosjánãosão inteiram ente alheiosaosconhecim entosd o u t r i n á r i o s ,porquejá receberam , num C urso B á s i c oanterior, noções t e ó r i c a sprelim inares da D outrina E s p í r i t a ;em aiores conhecim entos poderãoobter noscontatos quem an- tiveremcomseus trabalhos p ú b l i c o seprivados, tendo, a l é mdisso, àsua disposição, asi n ú m e r a sobras que form amaricaevariadaliteratura sobre os três aspectos c l á s s i c o sdaD outrina, eque constituemseu acervocultu- ral Portanto, não é para adquirir conhecim entos d o u t r i n á r i o st e ó r i c o s que os candidatos se m atriculamnessa Escola, m as para se evangelizar, preparando-se para se conhecerem com m ais profundidade epara se fazerem capazes de exem plificar os ensinam entos do D ivino M estre, em e s p í r i t oeverdade, com od i s c í p u l o s . Porque se,realm ente, nossetoresc i e n t í f i c oef i l o s ó f i c opodem osnos satisfazer comconhecim entos t e ó r i c o sna form a de cultura d o u t r i n á r i a , o m esm o não sucede no setor religioso, que exige especial preparação, transform ações m oraispositivas combase na R eform aIntim a enodesen- volvim ento de virtudes cristãs i n e l u d í v e i s , que não se conquistam sem s a c r i f í c i o s , p e r s e v e r a n ç a , hum ildade, desprendim ento eam or aop r ó - xim o. 9
  • 10. Este é o ponto capital dainiciaçãoreligiosa, que torna od i s c í p u l o um servidor realm ente autorizado daD outrina, na sua finalidade c ó s m i c a de redenção espiritual. D isso decorre ai m p o r t â n c i ada Transform ação Individual, c o m p u l s ó r i a ,que não pode ser elidida ou s u b s t i t u í d apor conhecim entost e ó r i c o s . N este livro, coma p r e c i á v e llucidez, o autor penetra na intim idade da form ação p s í q u i c a dos aprendizes, podendo, assim , acom panhar, pari passu, as reações que m anifestaremdurante oaprendizado, face aos novos conhecim entos que vãoreceber,detalhes devidas anteriores, com - prom issos assum idos que serão cum pridos na atual encarnação, com o t a m b é mquanto aos v í c i o s ,falhas e defeitos m orais a corrigir semcon- tem porizações, tendo emvista o aproveitam ento da atual oportunidade, o que, a l i á s , quase sem pre executam segundo odesejo que os anim a de se fazerem hom ens novos, com o Jesus apontou emsuas pregações, aptos, enfim , aconstruir um a vida m elhor em ais feliz no futuro e a conquistar novas e s p e r a n ç a spara enfrentarem aseleção espiritual dos p r ó x i m o sdias. A com panhando essas reações, oautor indica am elhor m aneira de ajudar esse encam inham ento b e n é f i c oa t éque atinjam odiscipula- do, ingressando na Fraternidade dos D i s c í p u l o sde Jesus, que é oter- m ofinal dessep e r í o d op r e p a r a t ó r i o . O autor t a m b é m m ostra com o, na organização enos program as da Escola, foram estabelecidos, desde sua fundação em 1950, processos h á b e i seeficientes de encam inham ento educacional ep s í q u i c o ,visandoao aprim oram ento espiritual eàpurificação í n t i m a ,processos esses asse- m elhados aos atualm ente experim entados pela terapêuticap s i q u i á t r i c a m aterialista, m uito em bora diferentes nas finalidades, por se tratar de escola de form ação d o u t r i n á r i o - r e l i g i o s a ,para a qual a organizaçãop s í - quicaém a t é r i aconhecidaefam iliar. Oautor refere-se t a m b é m aojustovalor adar aos testes adotados, a saber: interpretação de tem as d o u t r i n á r i o s ,exam es espirituaisp e r i ó d i - cos, caderneta pessoal e outros, que são recursos de fraternização esco- lar educativa, desenvolvim ento intelectual ed e s e m b a r a ç oante op ú b l i - co, a l é m de outras m edidas d i d á t i c a sque apuramaindividualidade para oe x e r c í c i odastarefasá r d u a sdodiscipulado. 10
  • 11. Opresente trabalho, anossover, deve ser i n c l u í d onorol dasobras ú t e i sede pronta consulta que alunos e trabalhadores emgeral devem seguir, visando ao c o n t í n u oaprim oram ento espiritual pelaR eform a Inti- m a, queé , a l i á s ,om otivoprincipal destaexcelenteeoportuna publicação. SãoPaulo,junhode1978.1 E dgard A rm ond A nexo N o P r e f á c i ode 1978r e f e r í a m o - n o saesselivroquehoje sepublica comaspecto e condições de um a obra degrande valor, pelos acrescenta- m entos que lhe foramfeitos peloA utor; enriquecida am a t é r i anele con- tida comnovos conhecim entos, torna-se elam ais d i d á t i c a , a c e s s í v e l ,pro- veitosaecom pleta. O s Q uadros S i n ó t i c o seos R esum os S i n t é t i c o sque agora oferece são de perfeita objetividade, que torna m ais r á p i d aa com preensão dos assuntostratados. Pode-se m esm o dizer, que comesta atual apresentação, a m a t é r i a tratada fica esgotada, pelom enos doponto devista doEspiritism oE van- g é l i c o ,que tem , com o principal exigência, atransform ação m oral dos adeptos, com o Jesus t a m b é mexigia nas suas pregações redentoras da Palestina. A sm a t é r i a saqui tratadas deform a t é c n i c o - d i d á t i c asão exam inadas m inuciosam ente em todas as fases do aprendizado, e os p r ó p r i o ssenti- m entos hum anos são controlados pari passu, consideradas as transfor- m ações m orais que se operam no psiquism o daqueles que executam 0m e r i t ó r i oe s f o r ç odaR eform a Intim a. T ais m edidas e cuidados são, a l i á s ,n e c e s s á r i o s , não s ópara os de hoje com o para os que vêm depois, seguindo am esm a rota i n i c i á t i c a das transform ações m orais, o que vale dizer, da R eform a Intim a, para o apressam ento da evolução individual desejada pelo Plano M aior, para a redenção do m aior n ú m e r op o s s í v e lde e s p í r i t o s ,visando ao advento do39M i l é n i oC ristão. SãoPaulo,janeirode1982. E dgard A rm ond 1 Esta publicação teve sua elaboração iniciada em 1977. Em bora ainda não estivesse totalm ente revisada elhe faltassem alguns c a p í t u l o s , posteriorm ente inseri- dos, foi apresentada ao estim ado criador das Escolas de A prendizes do Evangelho e da Fraternidade dos D i s c í p u l o sde Jesus para p r e f a c i á - l a ,ou, antes, parac r i t i c á - l a . A ssim , justificado e s t áohiato existenteentreadataacim aeadapublicação. (N . A .) 11
  • 13. APRESENTAÇÃO "C om o espiritism o, a hum anidade deve entrar num a fase nova, a do progresso m oral, que lhe éconsequênciain e v itá v e l." (A llanK ardec.0LivrodosE s p ír ito s . C onclusãoV .) Estas palavras nos foram ditas pelo e m é r i t oC odificador doE spiri- tism o,nofinal deOLivro dosE s p ír ito s , editadonoanode1857. C om on ó s , e s p í r i t a s , seguim oshoje osrum osdessaverdadeenuncia- dapelor e s p e i t á v e lm estrelionês? C ontinua sendo d i f í c i l encarar, comvontade dem udar, arealidade í n t i m a , p r ó p r i ade cadaum , eexercer oe s f o r ç ode conseguir oprogresso m oral. N a pergunta 661 desse m esm o livro, relativam ente ao perdão de D euspara asnossasfaltas1, respondemose s p í r i t o s :"aprecenãoocultaas faltas"e"operdãos ó éobtidom udandodeconduta". Isso é conclusivo, enãorequer um a form ação escolar m uito am pla pararealizar-seatransform açãointerior preconizada. O m eio de se fazer essa R eform a já nos foi ensinado h á dois m il anos pelo m eigo Rabi daG alileia. Elem esm odisse: "Eu sou oC am inho, aV erdadeeaV ida, n i n g u é m vaiaoPaisenãopor M im ". Pergunta 661: Pode-se, eficazm ente, pedir a D eus perdão para nossas faltas? D eus sabe discernir o bemeom al: aprece nãooculta asfaltas. A quele que pede aD eus operdão de suas faltas nãooo b t é msenãom udando de conduta. A s boas ações são a m elhor prece, porque os atos valemm ais doque aspa- lavras. 13
  • 14. A inda é a t r a v é sda passagempela "porta estreita" e peloe s f o r ç o perseverante, pelos testem unhos, que conquistam os os valores doe s p í - rito. A b r a ç a ra dificuldade, aceitando-a e utilizando-a com o form a de a l c a n ç a roprogressom oral, essaéaposiçãoaser tom ada. Tem os perdido m uito tem po emdiscussões, dissensões ec r í t i c a s , m esm o no m eio e s p í r i t a ,e o objetivo central, que efetivam ente im pul- siona ohom em am elhorar, esse temsidodecertom odo olvidado, com alegações de que não podem os afugentar os poucos adeptos, ou que a evoluçãonãod á saltos. D as palavras do texto escrito por K ardec, entendem os que já en- tram os na "fase nova da hum anidade" ou, quando não, estam os no seu lim iar. Eoque temoEspiritism orealizado, depois decentoevinteanos, emterm osdeprogressom oral dahum anidade? Perdoem -m e os confrades e os am igos leitores, m as quando penso nisso,vendo oque tem os àsm ãos, oferecido porestaD outrina, eoque já p o d e r í a m o ster a v a n ç a d o ,ficoangustiado. Som os r e s p o n s á v e i spelo bem que deixam os de fazer e por todo o m al decorrente desse bemnão praticado (OLivro dosE s p ír ito s , per- gunta 642)2. É ainda m uito pouco, na dim ensão da hum anidade p l a n e t á r i a , o que aD outrina dosE s p í r i t o stemrealizado. P ú d e r - s e - i ater realizado bem m ais, e se issonãofoi feito ainda emproporções r a z o á v e i s , com o articu- lar todos os nossos recursos e potencialidades para a execução desse gigantescotrabalho? N ãopodem os encontrar asrespostas empoucas palavras,m asacen- tralização de e s f o r ç o snesse objetivo poderia unir af a m í l i ae s p í r i t ados quatro cantos da Terra no estudo direcionado, o aprim oram ento dos profitentes, dem odop r á t i c oeeficaz, semm uitaperdadetem po, integran- do todos no trabalho deexem plificação pelasobras e, aom esm o tem po, na divulgação do consolo que aD outrina d á aosapelos dosque sofrem . Tem os constatado, naexecução doprogram a dasEscolas deA pren- dizes doEvangelho(o quelhe autenticaosp r o p ó s i t o s ) ,acom provaçãoda assistência espiritual superior, auxiliando os que buscamtriunfar sobre Pergunta 642: S e r ásuficiente não se fazer o m al, para ser a g r a d á v e la D eus eassegurarum asituação futura? N ão, é preciso fazer o bem , no lim ite dasp r ó p r i a sf o r ç a s , pois cada umres- p o n d e r ápor todom al quetiver ocorridopor causadobemquedeixoudefazer. 14
  • 15. as suas paixões3 e o incentivo aos cam inhos da abnegação, com o m eio eficaz para com bater os v í c i o se os p r e d o m í n i o sdanaturezac o r p ó r e a 4 . E ssas escolas, criadas pelo Sr. Edgard A rm ond em 1940 e iniciadas na Federação E s p í r i t ado Estado de São Pauloem1950, conduzemde for- m a disciplinar, numprogram a de quase trêsanos, oobjetivop r e c í p u oda autotransform ação, baseada no conhecim ento e v a n g é l i c oà luz do E spi- ritism o enasoportunidades de servir. Éo que tem osvisto, a té hoje, nes- ses nossos trinta anos deD outrinaE s p í r i t a , com o trabalho de resultados m ais efetivos, exatam ente dentro desse sentido p r i o r i t á r i o c o n c l u í d o por K ardec, ou seja, odelevar acriatura arealizar oseuprogressom oral. Trazem os nossa despretensiosa colaboraçãoaosA prendizesdoEvan- gelhoeatodos os que buscamrealizar asua transform ação interior, aqui reunindoinform ações edispondo deelem entosquem elhor nosconduzam aosideaiscolim ados, deform ap r á t i c aenum alinguagemsim ples. Estarem os sem pre prontos a receber as c r í t i c a sconstrutivas egos- t a r í a m o s m u i t í s s i m ode obter c o m e n t á r i o ssobre os resultados da apli- caçãop r á t i c adoqueapresentam os, paraaprim orarm osprogressivam enteo c o n t e ú d odessetrabalho. Onossom uitoobrigado. N ey P rietoP eres Pergunta 910:Ohom empode encontrar nos E s p í r i t o sum a ajuda eficaz para superar aspaixões? Se orar aD eus e ao seu bomg é n i ocomsinceridade, os bons e s p í r i t o svirão certam ente emseua u x í l i o ,porqueessaéasuam issão. Pergunta 912: Q ual om eio m ais eficaz de se com bater a p r e d o m i n â n c i a danaturezac o r p ó r e a ? A bnegar-se. (A llanK ardec. OLivro dosE s p ír ito s .) 15
  • 16.
  • 17. I. AS BASES DO TRANSFORMAR-SE 1 ALLAN KARDEC EST ABELECE AS BASES "Am oral dosE s p ír ito ssuperiores seresum e, com o adoC risto, nestam á x im ae v a n g é lic a : 'F azeraosoutros oqueq u e r e r ía m o squeos outros nos fizessem ', ou seja, fazer obemenãofazer o m al. Ohom em encontra nesse principio aregra universal de conduta, m esm o para as m enores ações." (A llanK ardec. OLivro dosE s p ír ito s . Intro- dução V I. Resum o daD outrina dosE s p í r i - tos.) N aquelaIntroduçãoaoEstudodaD outrinaE s p í r i t a ,resum indoassuas basesfundam entais, ocodificador, nofinal doitemV I,expõe queosE s p í - ritos "nos ensinam que o e g o í s m o ,o orgulho, a sensualidade sãopai- xões que nosaproxim am danatureza anim al, prendendo-nos à m a t é r i a ; que o hom em que, desde este m undo, seliberta dam a t é r i a , pelo des- prezo para comasfutilidades m undanas e ocultivo do am or aop r ó x i - m o, se aproxim a da natureza espiritual. Equecadaumden ó s devetor- nar-se ú til, segundo asfaculdades e os m eios queD eus noscolocounas m ãos paranosprovar; queoForte eoPoderosodevemapoioeproteção ao Fraco, porque aquele que abusa da suaf o r ç ae doseupoder, para oprim ir oseusem elhante, violaaleideD eus". Elesensinam ,enfim , "que no m undo dos E s p í r i t o s , nada podendo estar escondido, oh i p ó c r i t a s e r ádesm ascarado e todas assuastorpezas reveladas; queap r e s e n ç aine- v i t á v e l e em todos os instantes daqueles que prejudicam os é umdos 17
  • 18. castigos an ó sreservados; que aos estados de inferioridade ede supe- rioridade dos E s p í r i t o scorrespondem penas e alegrias que nos são des- conhecidasna terra". M as eles nos ensinam t a m b é m"que não h áfaltasi r r e m i s s í v e i s que não possamser apagadas pela expiação. Ohom emencontra o m eio n e c e s s á r i o , nasdiferentes existências, que lheperm ite a v a n ç a r , segundo o seu desejo eosseuse s f o r ç o s , naviadoprogresso, emdireçãoàperfeição, queéoseuobjetivofinal". O que depreendem os dessa im portante s í n t e s econstitui precisa- m ente oroteiro deste o p ú s c u l o .D ei n í c i oprocuram os evidenciar, trazen- do aos n í v e i sdoconsciente, asm anifestações c a r a c t e r í s t i c a sda nossa na- tureza anim al: os v í c i o seos defeitos que denotam a p r e d o m i n â n c i a c o r p ó r e a . D epois, o conhecim ento das virtudes que nos libertam , pelo seu cultivo, das futilidades m undanas, enos predispõem aexercer o am or a op r ó x i m o , desenvolvendo, assim , anossa natureza espiritual. O s m eios p r á t i c o spara exercitarm os as nossas faculdades, nose s f o r ç o s que nos perm itamprogredir emdireção à perfeição, éoque indicam os. A necessidade im periosa de nos tornarm os ú t e i semtodos os sentidos, levando a nossa contribuição ao p r ó x i m o ,cultivando overdadeiroe s p í - ritodacaridadedesinteressada, e s t áigualm enteinserida. São exatam ente "os m eios n e c e s s á r i o s "que desejam os colocarà disposição dos am igos interessados emrealizar oseu desenvolvim ento m oral, entendendo que o m undo emque vivem os, longe da perfeição, e s t ám uitom ais envolvidonoserros. Erros que sãoim portantes, pois nos levamadistinguir averdade, naslições daexperiência hum ana, equenos perm itemfazer as nossas escolhas, propiciando-nos o adiantam ento pro- gressivo na senda do e s p í r i t o . Errar m enos, ouainda, evitar arepetição de erros anteriores, éum apreocupaçãoquepodeconduzir-nosarecuperar m uito tem po j áperdido. E sse t a m b é mé umenfoque p r i o r i t á r i oaobje- tivar, pois encontram o-nos todos na condição de ajustar nossosd é b i t o s , som ando m é r i t o s ,no a v a n ç oque carecem os. N arealidade, nãoé grande o e s f o r ç oque precisam os desenvolver. A t écompouco trabalho podere- m os vencer as nossas m á stendências, m as o que nos falta é a vontade. P o r é m , essa vontade t a m b é mpodem os cultivar. Eumdosm é t o d o spara issoéodaauto-sugestão, com overem osadiante. A s bases da Transform ação Intim a estão comK ardec, que elevae d ácum prim ento àm oral de Jesus no "fazer aos outros oque q u e r e r í a - m os que osoutros nosfizessem ". R egra universal deconduta, a t ém esm o para as m enores ações, que nos deve pautar emnosso relacionam ento. 18
  • 19. O s q u e s t i o n á r i o sde avaliação individual noslevamarefletir, tra- zendoàconsciência osdefeitos m aisevidentesaseremcorrigidos.Am aio- ria destes defeitos écom um , equase sem pre acham -se ocultos sob a form adetorpezasinconscientem ente sepultadas. Aauto-avaliação progressiva nosfazver,periodicam ente, oam adu- recim ento conquistado pelo p r ó p r i oe s f o r ç oemm elhorar, proporcio- nando-nos oe s t í m u l oem continuar na rem odelação de n ó sm esm os. V encidas asprim eiras dificuldades, am i s e r i c ó r d i adonossoD ivino C riadorjá nosfazcolher osprim eiros frutos donossotrabalho,nasm ani- festaçõesdasalegriasreconfortadoras doe s p í r i t o . Q uemvemaseinteressar peloEspiritism ocom ocuriosidade, efica na constatação doi n t e r c â m b i oe dasm anifestações dos e s p í r i t o s ,flutua na suas u p e r f í c i e ;equemsesente a t r a í d opelas suasinterpelações ebus- canoestudoinform ações sobre suacontribuiçãoaoconhecim entodaori- gem , natureza e destinação dos nossose s p í r i t o s ,penetra nascam adasde suas bases; no entanto, aqueles, pelo quejá sofreram enaansiedade de preencher oe s p í r i t oá v i d odeperfeição, sentindoemprofundidade osseus ensinam entos, oferecem terreno s ó l i d opara a edificação progressiva da D outrina dosE s p í r i t o sdentro desim esm os, porque neles as transform a- ções í n t i m a sserãorealizadas eneles oEspiritism o cum preoseuverdadei- ropapelderedentor dahum anidade. Portanto, se ainda não nos sentim os tocados emprofundidade, e se nas nossas inquietações não estam os trazendo o conhecim entoe s p í - rita paraoterreno dasm u d a n ç a snonossocom portam ento, nãoestarem os aplicando aD outrina em b e n e f í c i oda nossa p r ó p r i aevolução, e não poderem os, arigor, ser reconhecidos com oe s p í r i t a s . Poderem os serpro- fundos conhecedores dasuafilosofia oum eticulosos pesquisadoresdasua ciência,oquenosc o n f e r i r áapenasacondiçãodet e ó r i c o s . V ivência, aplicação, exem plificação, transform ação, eis as caracte- r í s t i c a sdoe s p í r i t aautêntico;eisabaseestabelecidaporA llanK ardec. 2 REFORMA INTIMA EM SEIS PERGUNTAS1 1. O queéaR eform a Intim a? AR eform a Intim a é umprocesso c o n t í n u odeautoconhecim ento, de conhecim ento da nossa intim idade espiritual, m odelando-nos progressivam ente na vivência e v a n g é l i c a , em todos os sentidos da nossa existência. Éatransform ação do hom emvelho, carre- A rtigopublicadopeloautor. Jornal OTrevo. N ° . 11,janeiro/75. 19
  • 20. gado de tendências e erros seculares, no hom em novo, atuante na im plantação dos ensinam entos do D ivinoM estre, dentro e fora desi. 2. PorqueaR eform a Intim a? Porque éom eio denoslibertarm os dasim perfeições ede fazerm os objetivam ente o trabalho de b u r i l a m e n t ódentro den ó s , conduzin- do-nos com pativelm entecomasaspiraçõesquenoslevamaoaprim o- ram entodonossoe s p í r i t o . 3. ParaqueaR eform aí n t i m a ? Para transform ar ohom emeapartir dele, toda ahum anidade, ain- da tão distante das vivências e v a n g é l i c a s . U rge enfileirarm o-nos ao lado dos batalhadores dasú l t i m a shoras, pelos nossos testem unhos, respondendo aos apelos do Plano Espiritual e integrando-nos na preparaçãoc í c l i c adoTerceiroM i l é n i o . 4. O ndefazeraR eform a Intim a? Prim eiram ente dentro de n ó s m esm os, cujas transform ações se refletirão depois emtodos oscam pos denossaexistência, no nosso relacionam ento com fam iliares, colegas de trabalho, am igos e ini- m igos e, ainda, nos m eios em que colaborarm os desinteressada- m entecoms e r v i ç o saop r ó x i m o . 5. Q uandofazeraR eform aí n t i m a ? Om om entoéagoraejá; nãoh á m ais oque esperar. Otem popassa e todos osm inutos sãopreciosos para asconquistas que precisam os fazer nonossoí n t i m o . 6. Com ofazeraR eform aí n t i m a ? A o decidirm os iniciar o trabalho de m elhorar a n ó s m esm os, um dos m eios m ais efetivos é o ingresso num a Escola de A prendizes doEvangelho, cujo objetivocentral éexatam enteesse.C omaorien- tação dos dirigentes, num regim e disciplinar, apoiados pelop r ó - priogrupoepela cobertura doPlanoEspiritual, conseguim osvencer asnaturais dificuldades detãonobreem preendim ento, etranspom os as nossas barreiras. D a í em diante o trabalho continua de m odo 20
  • 21. progressivo, p o r é mcomm ais entusiasm o e m aior disposição. M as, t a m b é m , a t ésozinhos podem os fazer nossaR eform a Intim a, desde quenos em penhem os comafinco edenodo, vivendocoerentem ente comosensinam entosdeJesus. 3 O CONHECIMENTO DE SI MESMO "Q ual om eio p r á tic om ais eficazparase m elhorar nesta vida eresistir ao arrebatam ento do m al? U ms á b iodaantiguidade vosdisse: 'C O N H E C E -TE ATI M E SM O '." (A llanK ardec.OLivrodosE s p ír ito s .Pergunta919.) D e m odo geral, vivem os todos emfunção dos im pulsos inconscien- tes que se agitamno nosso m undo interior. M anifestam os, semcontrole e semconhecim ento p r ó p r i o ,nossos desejos m ais r e c ô n d i t o s ,ignorando suasr a í z e seorigens. O cam po í n t i m o ,onde os desejos são despertados nas m ais varia- das form as, encontra-se ainda m uito vedado diante de um olhar m ais profundo. R efletim os inconscientem ente umsemn ú m e r odeem oções, pensa- m entos, atrações, repulsas, sim patias, antipatias, aspirações e repressões. Som os um com plexo indefinido de sentim entos e ideias que, na m aio- riadasvezes,brotamdentroden ó s semsaberm oscom oepor quê. Som os todos v í t i m a sdos nossos p r ó p r i o sdesejos m al conduzidos. Se sentim os dentro de n ó sum a atração forte e alim entam os umdese- jo de posse, não nos perguntam os se tem os o direito de adquirir ou de concretizar aquela aspiração. Sentim os com o se f ô s s e m o sdonos do que querem os, desrespeitando osdireitos dop r ó x i m o . Q uerem os eissobasta, custe o que custar, contrariando ou nãoaliberdade dos outros. Onosso desejo ém ais forte e nada pode o b s t á - l o , esta é a m aneira habitual de reagirm os internam ente. A gindo desse m odo, interferim os navontade dos que noscercame contrariam os, nam aioria dasvezes, os desejos daqueles que não sesubor- dinam aos nossos caprichos. Provocam os reações, violências de partea parte, agressões, discussões, desajustes, conflitos, ansiedades, torm entos, m al-estares, infelicidades. 21
  • 22. V em os constantem ente os erros edefeitos dos que nos rodeiam e som os incapazes de perceber nossos p r ó p r i o serros, tão ou m ais acen- tuados que os dosestranhos. A s nossasfaltas sãosem prejustificadas por n ó sm esm os, com razões claras ao nosso lim itado entendim ento. C olo- cam o-nos sem pre com o v í t i m a s . O s outros nos causamcontrariedadese desrespeitos, som os isentos de culpa e apenas defendem os nossos direi- tosenossaintegridadep r ó p r i a . E sse com portam ento é t í p i c onos sereshum anos econfirm a odes- conhecim ento de n ó sm esm os, das reações em anifestações que habitam aintim idadedonossoeu,sededaalm a. Agrande m aioria dascriaturashum anas ainda secom praz nam ani- festação das suas paixões e não encontra m otivos para delas abdicar em b e n e f í c i ode a l g u é m ; são os im ediatistas, de necessidades m ais elem en- tares, com p r e d o m i n â n c i adas funções anim ais, com o reprodução, con- servação, defesa. D entro dessam aioria, com preendem os claram ente com o h á b i t o sm ais evidentes e com uns a sensualidade, a gula, a agressividade, que, no ser racional, m uitas vezes ultrapassam os lim ites das reações prim itivas anim ais nos requintes d eexpressão, decorrentes daqueles três h á b i t o s :c i ú m e ,v i n g a n ç a ,ó d i o , l u x ú r i a ,violência. Podem os dizer que h á ,nesses tipos de i n d i v í d u o s ,ap r e d o m i n â n c i adanatureza anim al, o r g â n i c aouc o r p ó r e a . U m a pequena m inoria da hum anidade com preende a sua natureza espiritual, e com o tal reflete umcom portam ento m ais racional em enos im pulsivo, istoé , suasnecessidadesjá denotamaspirações do sentim ento, algum e s f o r ç oem conquistar virtudes e, assim , libertar-se dos defeitos derivadosdoe g o í s m o . Estam os todos, possivelm ente, num a categoria i n t e r m e d i á r i a , num a fase de transiçãode e s p í r i t o sim perfeitos parae s p í r i t o sbons e, portanto, ora nos com prazem os dos im pulsos c a r a c t e r í s t i c o sdoprim eiro, ora bus- cam os alim entar onossoe s p í r i t onasrealizaçõesdocoração,nacaridade, na solidariedade, no e s f o r ç ode auto-aprim oram ento. V am os, assim , de m odo lento, nas m ú l t i p l a sexistências, realizando o nosso progresso in- dividual, elevando-nos na escala que vai do ser anim al ao ser espiritual, a l i c e r ç a n d ointeriorm enteosvaloresm orais. N a resposta àpergunta 919-a, feita por K ardec aosE s p í r i t o s(OLi- vrodos E s p ír ito s . L ivroterceiro, c a p í t u l oX II.D aPerfeiçãoM oral.), Santo A gostinho afirm a: "OC onhecim ento deSi M esm oé , portanto, achavedo progressoindividual". 22
  • 23. Todoe s f o r ç oindividual nosentidodem elhorar nestavidaeresistir ao arrebatam entodom als ó pode serrealizadoconscientem ente, pordis- posiçãop r ó p r i a ,distinguindo-seclaram enteosim pulsos í n t i m o seoptando- sepor disposições quenoslevamàsm u d a n ç a sdecom portam ento. D esse m odo, "conhecer-se a si m esm o" é a condição i n d i s p e n s á v e lpara nos levar a assum ir deliberadam ente o com bate à p r e d o m i n â n c i ada natu- rezac o r p ó r e a . Epor quais razões o conhecim ento p r ó p r i oéom eiop r á t i c om ais eficaz? N aG r é c i a , 400anos antes deCristo, S ó c r a t e sjá assimensinava. E ssa sabedoria m ilenar ainda hoje é sobretudo evidente, e constitui o m eio para evoluirm os. N ãoé c o m p r e e n s í v e lqueaonosconhecerm oses- tarem osaumpassodem elhorar? N ãosetorna m ais f á c i l ,sabendoospe- rigosaqueestam ossujeitos, afastarm o-nos delesee v i t á - l o s ? 4 COMO CONHECER- SE "R econhece-se o verdadeiro espirita pela sua transform ação m oral e pelo e s fo r ç oque em pre- ende nod o m ín iodasm ás inclinações." (A llan K ardec. O E vangelho Segundo o E spiri- tism o. C a p í t u l oX V II. Sede Perfeitos. O s B ons Espiritistas.) Adisposição de conhecer-se a si m esm o pode surgir naturalm ente com o fruto do am adurecim ento decadaum , deform a e s p o n t â n e a , nata, resultante dap r ó p r i acondiçãoespiritual doi n d i v í d u o , oup o d e r áserpro- vocada pela ação dosofrim ento renovador que, sensibilizandoacriatura, desperta-a para valores novos doe s p í r i t o . U nschegampela com preensão natural, outros, pela dor, que t a m b é mé umm eio de despertar anossa com preensão. U mgrande n ú m e r ode i n d i v í d u o ssãolevados, devido a d e s e q u i l í - briosem ocionais,agabinetesp s i q u i á t r i c o soup s i c o t e r á p i c o sparatratam en- tose s p e c í f i c o s .A t r a v é sdessestratam entosvêmaconhecerasorigensdeseus d i s t ú r b i o s ,aprendendo a i d e n t i f i c á - l o se a c o n t r o l á - l o s ,norm alizando, a t é certo ponto, a suaconduta. P o r é m , isso ocorre dentro deum am o- tivaçãodecom portam ento c o m p a t í v e lcomospadrõesdealgum asescolas p s i c o l ó g i c a s ,quasetodasm aterialistas. 23
  • 24. N a D outrina E s p í r i t a , com oC ristianism oR edivivo, igualm ente bus- cam os oconhecim ento de n ó sm esm os, em bora dentro de um sentido m uitom ais am plo, segundooqualentendem osqueafraçãoeternaeindis- s o l ú v e lde nosso ser s ócam inha efetivam ente na sua direção evolutiva quando pautando-se nos ensinam entos e v a n g é l i c o s ,ú n i c o spadrões condi- zentes com arealidade espiritual nos dois planos da nossa existência. Épreciso, então, despertar emn ó s anecessidadedeconheceronos- soí n t i m o , objetivando nossa transform ação dentro dosentidocristãoori- ginal, ensinadoeexem plificadopeloD ivinoM estreJesus. C onhecer exclusivam ente as causas e as origens de nossos traum as e recalques, de nossas distonias em ocionais nos quadros da presente existência élim itar os m otivos dos nossos conflitos, olvidando a reali- dade das nossas existências anteriores, os delitos transgressores do on- tem , que nos vinculamaos processos reequilibradores e aos reencontros conciliat ó r i o sdohoje. A s m otivações que nos induzem adesenvolver nossa rem odelação de com portam ento projetam -se igualm ente para o futuro da nossa eter- nidade espiritual, onde os valores p o n d e r á v e i ssão exatam ente aqueles obtidosnasconquistasnobilitantesdocoração. Percebendo opassado l o n g í n q u ode erros, trabalham os livrem en- tenopresente, preparandoumfuturo existencial m aissuavee edificante. Esse é o am plo contexto da nossa realidade espiritual, àqual alm ejam os nosintegrar atuanteseprodutivos. Oe m é r i t oprofessor A llan K ardec, emsuaobraOC éu eo Inferno 1?parte, c a p í t u l oV II,m ostra,nositens 16? doC ó d i g oPenal daV idaFu- tura, que no cam inho para a regeneração não basta ao hom em o arre- pendim ento. São n e c e s s á r i a s aexpiação eareparação, afirm ando que "A reparação consiste emfazer o bemàqueles a quemse havia feitoo m al", et a m b é m"praticando obem em com pensação ao m al pratica- do, isto é ,tornando-se hum ilde se tem sido orgulhoso, a m á v e lse foi rude, caridoso se foi e g o í s t a ,benigno se perverso, laborioso se ocioso, ú tilsefoi i n ú t i l ,frugal seintem perante, exem plar senãoofoi". C om o podem os nos reabilitar, dentro dessa visão p a n o r â m i c ada nossa realidade espiritual, infinitam ente am pla, éoque pretendem os, àluzdoEspiritism o, abordarnestetrabalhodeaplicaçãop r á t i c a . R eabilitar-se exige m odificar-se, transform ar ocom portam ento,a m aneira de ser, de agir; é reform ar-se m oralm ente, c o m e ç a n d opelo co- nhecim entodesim esm o. 24
  • 25. M ú l t i p l a ssãoasform aspelasquaisvam osconhecendoan ó s m esm os, nossas reações, nosso tem peram ento, oque im prim e as nossas ações ao m eioemquevivem os, aquiloqueéam aneiracom orespondem os em ocio- nalm ente, com o reagim os aos i n ú m e r o sim pulsos externos no relacio- nam entosocial. Podem os concluir queanossa existência étodoumprocessoc o n t í - nuo dereform ulação de nossos p r ó p r i o ssentim entos edenossa com pre- ensãodosporquês,com oelessurgemenoslevamaagir. Q uando nãoprocuram os deliberadam ente nos conhecer, alargando os cam pos da nossa consciência, dirigindo-a rum o aonossoeu, buscando identificar oporquê eacausa de tantas reações desconhecidas, som os igualm ente levados anos conhecer, exatam ente nos entrechoques com aqueles do nosso c o n v í v i o ,no seio fam iliar, no m eio social, nos seto- res de trabalho, nos transportes coletivos, noslocais p ú b l i c o s ,nosclu- bes recreativos, nosm eios religiosos, enfim , emtudo oquecom preende oscontatosdepessoaapessoa. N os c a p í t u l o sseguintes verem os "o conhecer-se no c o n v í v i ocom o p r ó x i m o " ,"o conhecer-se pela dor", "oconhecer-se pelaa u t o - a n á l i s e " e alguns m eios p r á t i c o spara realizarm os individualm ente eemgrupos a transform ação que se inicia comap r á t i c ado conhecim ento de n ó s m esm os. 5 O CONHECER- SE NO CONVÍ VI O COM O PRÓXI MO "A m ar aop r ó x im o com o asi m esm o, fazer aos outros oque q u e r e r ía m o s que os outros nós fizessem , éa m ais com pleta expressão dacari- dade, pois queresum e todos osdeveres para com op r ó x im o ." (A llanK ardec.OE vangelho Segundo o E spiritism o. C a p í t u l oX I.A m ar aoP r ó x i m ocom oaS iM esm o.) N o relacionam ento entre os seres hum anos, asexperiências vividas ensinam constantem ente lições novas. A prendem os m uito na convivên- cia social, a t r a v é sde nossas reações comom eio edas m anifestações queom eionosprovoca. 25
  • 26. O cam po das relações hum anas, já pesquisado am plam ente, talvez seja aá r e ade experiências m ais significativa para a evolução m oral do • tom em :--- '— " — - -- - - - - - - Otem povai realizandoprogressivam enteoam adurecim entodecada criatura, na m edida emque aprendem os, noc o n v í v i ocomop r ó x i m o , a identificar nossasreaçõesdecom portam entoead i s c i p l i n á - l a s . Orelacionam ento m ais direto acha-senom eiofam iliar, onde desde c r i a n ç abrotam espontaneam ente nossos im pulsos e reações. N essa fa- se gravam -se im pressões em nosso cam po em ocional que repercutirão durante toda nossa existência. Q uantos quadros ficam plasm ados na alm as e n s í v e ldeum a c r i a n ç a , quadros essesquepodeml e v á - l aainconfor- m ações. angustias profundas, desejos recalcados, traum as, caracterizando com portam entosedisposiçõesnafase_daadolescênciaena adulta. G uardam os, do relacionam ento com os pais, irm ãos, tios, prim os e 3 Y j â 5 ^ 9 . L K Í Í e ™ s1uemais nos m arcaram . C o m e ç a m o s ,então, num a busca tranquila, a conhecer com oreagi- m os e por que reagim os, nai n f â n c i aena adolescência, aos apelos, agres- sões, contendas, choques deinteresses. E ssas reaçõesem ocionais, quenor- m alm ente não se registram com clareza nos n í v e i sda consciência, dei- xam , entretanto, suasm arcasi n d e l é v e i snasprofundidades doinconsciente. Im portantes são as suaves e doces experiências daqueles prim eiros p e r í o d o sda nossa vida, quando os corações am orosos de um a m ãe, de umpai, deumirm ão, deum a professora, pelasexpressõesdecarinhoede com preensão, aquecemnossaalm aemform ação enelagravamo conforto em ocional que tantos b e n e f í c i o snos fizeram , predispondo-nos às coi- sas boas, às expressões de am or, que, por term os conhecido e recebi- do, aprendem os adar ea proporcionar aos outros. E ssas ternas expe- riências constituem n e c e s s á r i o spontos de apoio ao nosso e s p í r i t o ,pa- ra que possam os prosseguir e am pliar nossas obras nasexpressões doco- ração2. N o c o n v í v i oescolar, iniciam osasprim eirasexperiênciascomom eio social fora dos lim ites fam iliares. A s reaçõesjá nãosãotãoe s p o n t â n e a s . R e t r a í m o - n o sàsvezes; a tim idez e o acanham ento refletemde i n í c i oa N um a conversa em grupo com C hicoX avier (em Pedro Leopoldo, no dia 15 de novem bro de 1980) ele nos falou que as im pressões de carinho ou agressi- vidade que a c r i a n ç arecebe dos pais naprim eira i n f â n c i a ,a t éos dois anos, deixam m arcas que vão influir enorm em ente no seu c a r á t e rquando adolescente e adulto. A contece que naquele p e r í o d oocorre o a l i c e r ç a m e n t odosvalores m orais, que são absorvidosdospaispeloe s p í r i t os e n s í v e lemdesenvolvim ento. 26
  • 27. falta de c o n f i a n ç anas professoras e nos colegas de turm a. A prendem os paulatinam ente a nos com portar nasociedade, comreservas. Sufocam os, por vezes, desejos e expressões interiores, ea t ém esm odefendem os com violência nossos interesses, m esm o que ainda infantis. E t a m b é mbriga- m os com aqueles que c a ç o a m de algum a particularidade nossa. Q uase sem pre r e t r i b u í m o scom bondade aos que são bondosos conosco.E devolvem os insultos aos que nos agridem . Sem d ú v i d asãoreações natu- rais,em boraaindabemp r i m á r i a s . V am os assimcam inhando para a adolescência, fase emque nossos desejos se acentuam . Oquerer c o m e ç aasurgir, aauto-afirm ação em erge naturalm ente, anossa personalidade se configura. A parecemas prim ei- ras desilusões, as am izades não correspondidas, os sonhos frustrados, asprim eiras experiências m ais profundas nocam posentim ental. D em odo particular, cada um reage de form a diferente aos m esm os aspectos do relacionam ento comosoutros:uns aceitameresignam -se comos desejos nãoa l c a n ç a d o s ;outros,inconform ados, reagemcomirritaçãoeviolênciae, por issom esm o, sofremm ais. Eosofrim ento ém aiorporqueén e c e s s á r i o m aior peso para dobrar ainflexibilidade do coração m ais endurecido, com o ensina alei f í s i c aaplicada à nossa rigidez de tem peram ento. O s m ais d ó c e i se f l e x í v e i ssofrem m enos, porque m enor é a carga que lhes atinge oí n t i m o . Essesnãooferecemresistênciaaoquenãopodempossuir. Aresignação é o m eio de m odelação da nossa alm a, c a r a c t e r í s t i c a dodesprendim entoedam ansuetudequeprecisam oscultivar. I n ú m e r o saspectos desconhecidos da nossa personalidade abrem -se para anossa consciência exatam ente quando conseguim os identificar, nos entrechoques sociais, aquilo que nos atinge em ocionalm ente. A s reações observadas nos outros que m ais nos incom odam são precisam ente aquelas que estão m aisprofundam ente m arcadas dentro de n ó s . A sexplosõesdeg é n i o ,osrepentesquefacilm ente notam osnosoutros e com entam os atribuindo-lhes razõesparticulares, espelham anossap r ó - pria m aneira deser, inconscientem ente a t r i b u í d aaoutreme dificilm ente aceita com o nossa. Éom ecanism o deprojeção que sem anifesta psicolo- gicam ente. Poucas vezes entendem os claram ente as m anifestações de nossos sentim entos em situações e s p e c í f i c a s , principalm ente quandoa l g u é m nos critica ou com enta nossos defeitos. N orm alm ente reagim os: não aceitam os essesdefeitoseprocuram osj u s t i f i c á - l o s .N essem om entopassam afuncionar osnossosm ecanism os de defesa, naturaisepresentesemqual- quer criatura. 27
  • 28. N o c o n v í v i ocomo p r ó x i m o ,desde anossa i n f â n c i a , nolar, naes- cola, no trabalho, agim os e reagim os em ocionalm ente, atingindo os do- m í n i o sdos outros esendoatingidos nosnossos. V am os, assim , nos aper- f e i ç o a n d o ,arredondando as facetas pontiagudas do nosso ser ainda em - brutecido, à s e m e l h a n ç adas pedras rudes colocadas numgrande tam bor que, ao girar continuam ente, as m odela em esferas polidas pela ação doatritodeparteaparte. É . interessante notar que as pedras de constituição m enos dura m odelam -se m ais rapidam ente, enquanto aquelas de m aior dureza so- frem , no m esm o e s p a ç ode tem po, m enor desgaste, dem orando m ais, portanto, paraperderemasuaform aoriginal bruta. Esse a p e r f e i ç o a m e n t oprogressivo, no entanto, vem se realizando lentam ente nas m ú l t i p l a sexistências c o r p ó r e a scom oprocesso de m elho- ram entoc o n t í n u odahum anidade. A svidasc o r p ó r e a sconstituem -se, para oe s p í r i t oim ortal, nocam po experim ental, no l a b o r a t ó r i ode testes onde os resultados das experiên- cias sevãoacum ulando. "Acada nova existência, oe s p í r i t od á umpasso na senda do progresso; quando se despojou de todas as suas im purezas, não precisa m ais das provas da vida c o r p ó r e a . "(A llan K ardec. O Livro dos E s p ír ito s . C a p í t u l oIV . Pluralidade das Existências. Pergunta 168.) Instruirm o-nos a t r a v é s das lutas etribulações da vida corporalé a condição natural que aJ u s t i ç aD ivina a todos im põe, para que obte- nham os os m é r i t o s , come s f o r ç op r ó p r i o ,no trabalho, noc o n v í v i ocom op r ó x i m o . Oconhecer-se im plica emtom arm osconsciênciadenossa destinação com o participantes na obra da C riação. D elasom os parte enela agim os, sendo solicitados acolaborar na suaevoluçãoglobal; D eusassimlegislou. Olim itado alcance denossapercepção edenossavivênciaempro- fundidade, no í n t i m odonossoe s p í r i t o , dessa condição de co-participan- tes da C riaçãoU niversal édecorrente de nossam í n i m asensibilidade espi- ritual, oque s ópodem os am pliar a t r a v é sdas conquistas realizadas nas sucessivasreencarnações. Parece claroque cam inham os aindahoje aos t r o p e ç o s , caindo aqui, levantando a c o l á , nos m eandros sinuosos da estrada evolutiva que ainda não delineam os firm em ente. Constantem ente alteram os osrum os quepo- deriamnos levar m ais rapidam ente aoalvo. O serros nos com prom eteme nos levamàs correções, por isso retardam os ospassos erepetim os expe- riências a t éque delas colham os bons resultados, para d a í a v a n ç a r m o s . O conhecer-se éop r ó p r i oprocesso de autoconscientização, de 28
  • 29. reconhecim ento de nossas lim itações e dos perigos a que estam os sujei- tos no cam po das experiências c o r p ó r e a s . E ponderar sem pre, é refletir sobre osriscos que podemcom prom eter anossacam inhada ascensional e tom ar decisões, definir rum os,dar testem unhos. Éprecisam entenoc o n v í v i ocomop r ó x i m oqueexpressam osanossa condição real, com o ainda estam os —nãooque som os, pois entendem os que, em bora ainda ignorantes eim perfeitos, som os obra da C riaçãoe contam os com todas as potencialidades para chegarm os a ser perfeitos. Estam os todos em condições de evoluir. B asta quererm os edirigirm os nossose s f o r ç o sparaessem ister. U m a das m elhores diretrizes para chegarm os aissonos é oferecida pelo educador A llan K ardec (OE vangelho Segundo oE spiritism o. C a p í - tuloX V II.SedePerfeitos. 0 D ever): "0 dever c o m e ç aprecisam ente no m om ento em que a m e a ç a i sa felicidade eatranquilidade do vosso p r ó x i m o , e term ina no lim ite que q u e r e r í e i sa l c a n ç a rparav ó s m esm os". 6 O CONHECER- SE PELA DOR "Todos quantos sejam feridos no coração por reveses edecepções da vida, consultem serena- m ente asua consciência, rem ontem pouco a pouco àcausados m ales que osafligem , everão, se as m ais das vezes, não poderão confessar: se eu tivessefeito, ou senão tivessefeito tal coisa, nãoestarianestasituação." (A llan K ardec. OE vangelho Segundo oE spi- ritism o. C a p í t u l oV . B em -A venturadososA flitos.) A transgressão aos lim ites da nossa liberdade de ação, dentro do e q u i l í b r i onatural que rege as existências, é quase sem pre por n ó s reco- nhecida som ente a t r a v é sdas consequências colhidas a t r a v é sdos efei- tos das reações que nos atingem . Asem eadura élivre, acolheita éobri- g a t ó r i a . "Q uemsem eiaventos, colhe tem pestades." Pela dor retificam os asnossasm azelas doonteml o n g í n q u ooup r ó - xim o: de outras existências ou da presente vida. Indubitavelm ente, os processos de sofrim ento, nas suas m ais variadas form as, provocam , na 29
  • 30. nossa alm a, o despertar da consciência e a am pliaçãodo nosso grau de sensibilidade, para perceberm os os aspectos edificantes que ocoração, nassuasm anifestaçõesm aisnobres,poderealizar. Q uando enferm os, v í t i m a sdo nosso p r ó p r i od e s e q u i l í b r i o , sofre- m os os m ales f í s i c o sdas d o e n ç a sc o n t r a í d a spela falta dev i g i l â n c i a , que abre nossas defesas v i b r a t ó r i a sàs investidas bacterianas no cam poo r g â - nico. É no tratam ento eno restabelecim ento da s a ú d eque som os na- turalm ente levados am editar sobre as origens e os m otivos dad o e n ç a . Se estam os conform ados eobedecem os as orientações m é d i c a s ,m ais rapidam ente nos recom pom os; se, p o r é m ,som os i n f l e x í v e i se descrem os da necessidade de m udar nossos h á b i t o s ,m ais lentam ente nos restabe- lecerem os. Q uempassapor ump e r í o d ode tratam ento, senteesabeoque sofreu e, nemque sejaapenaspor autodefesa, tom acertoscuidados, com o m udar seus costum es, transform ar suaconduta, para que nãovenha a ter um a r e c a í d ae, assim , sofrer asm esm as dores,repetir asexperiênciasdesa- g r a d á v e i s . R ealiza-se, dessem odo,umprocessodeautoconhecim entocomrela- ção a alguns aspectos de nossocom portam ento, denossaform a de vida. N essas ocasiões emque adoecem os, m uitasvezessom os obrigadosa perm anecer i m ó v e i snum leito, sem iconscientes ou sentindo dores dila- cerantes, àbeira do desespero, por v á r i o sdias. E quando recebem oso a l í v i oconfortador de um a vibração suave, transm itida por um coração am igo que nos cuida ou nosvisita, com o ficam os agradecidos! Com ore- conhecem os os valores aparentem ente insignificantes dessas expressões de carinho! E quem recebe desperta emsi o desejo de proporcionar a outros om esm o a l í v i o , om esm o b á l s a m o . A m plia-se, assim , anossa sensibilidade ao sofrim ento do p r ó x i m o , a l é mdo fortalecim ento da f é na bondade do C riador edos p r ó p r i o scorações hum anos. Q uantas criaturas não se transform am radicalm ente depois de um a grave enfer- m idade? Q uantos não descobrem dentro de si os valores eternos do es- p í r i t o , a p ó sterem sofrido longos p e r í o d o sde tratam ento ou perdas i r r e p a r á v e i sde entes queridos, a p ó spadeceremcomdores m orais, desi- lusões de c a r á t e rafetivo ou dificuldades m ateriais, que nos ensinama valorizar ascoisas sim plesdavida? Q uantos que, estandoàbeira da m or- te, hoje valorizam avida, praticando caridades edistribuindo carinho aop r ó x i m o ? A s dores, sob qualquer form a, ensinam -nos profundam ente a nos conhecer, a nos transform ar, e, por m ais que sofram os, precisam os ter a disposição í n t i m ade agradecer, porque no m undo de facilidades e de 30
  • 31. atrativos para os im pulsos do ser im ediatista e f í s i c oque ainda abriga- m os, sãoasoportunidades que ador nosproporciona, algum asdasm anei- ras m ais eficazes de transform ação desse hom em anim alizado ei n s e n s í - vel. V alorizem os a nossa dor, tom em os anossa cruz ecomela cam inhe- m osparaanossaredenção. 7 O CONHECER- SE PELA AUT O- ANÁLI SE "C om preendem os toda asabedoria dessa m á- xim a (C onhece-te atim esm o) m as adificul- dade e s táprecisam ente em se conhecer a si p r ó - prio. Q ualom eio dechegaraisso?" (A llan K ardec. OLivro dos E s p ír ito s . Pergunta 919A .) Ãpergunta form ulada por A llanK ardec,respondeSantoA gostinho, oferecendooresultadodesuap r ó p r i aexperiência: " —Fazei o que eufazia quandovivi naTerra: aofimdecada dia interrogava am inha consciência, passava em revista oque havia feito e m e perguntava am im m esm o se não tinha faltado ao cum prim ento de algum dever, se n i n g u é mteria m otivo para se queixar de m im . Foi assim que cheguei am e conhecer e ver o que emm imnecessitava de reform a". A inda ensina Santo A gostinho, perante ad ú v i d ade com ojulgar-se asim esm o: "Q uando estais indeciso quanto aovalor devossas ações, perguntai com o as q u a l i f i c a r í e i sse tivessem sido praticadas por outra pessoa. Se as censurardes emoutros, essa censura nãopoderia ser m aisl e g í t i m apa- rav ó s , porqueD eusnãousadeduasm edidasparaaj u s t i ç a " . Insiste, depois, aconselhando: "Form ulai, portanto, perguntas claras eprecisas, enão tem ais m ul- t i p l i c á - l a s " . A t r a v é sdesseprocessovirem osanosconhecer, procurandodelibera- dam ente realizar otrabalho dea u t o - a n á l i s e ,enãoapenasnosdeixandose- guir ao sabor do tem po, reagindo e respondendo nasocorrências doco- tidiano, quando atingidos form os na nossa sensibilidade, ou, ainda, pela açãolapidadora da dor, quepor algum asvezessacodeanossaconsciência. 31
  • 32. Aa u t o - a n á l i s eé umprocesso s i s t e m á t i c oeperm anente de efeitos d i á r i o se c o n t í n u o s , pois vam os ao encontro den ó sm esm os para explo- rar onosso terreno í n t i m o , cultivando-o, preparando-o para produzir bons frutos. SantoA gostinhointerrogava asuap r ó p r i aconsciênciaediariam ente exam inava os seus atos, conhecendo o que precisava m elhorar e desen- volvendoaf o r ç ainterior dea p e r f e i ç o a r - s e . Aconsciência é ocam poaser explorado ecultivado, delaextirpan- doasm á s tendênciascomoe s f o r ç odanossavontade. Aconsciência reside na m ente, que se constitui, conform e noses- clarece A n d r éLuiz3, de m odo sem elhante aum e d i f í c i ode três pavi- m entos. N o andar inferior e s t áoinconsciente, com todo oacervo de experiências do passado, guardando im agens, quadros onde as em oções vividas ligam -se igualm ente. N as cam adas m ais profundas do inconscien- te arquivam -se ash i s t ó r i a sdenossas existências anteriores, a refletirem -se hoje a t r a v é sdas rem iniscências. N opavim ento i n t e r m e d i á r i oe s t áonosso consciente, o presente vivo, afaculdade pensante, areflexão, am e m ó r i a . N o andar superior, osuperconsciente, aesfera dosideais, dosp r o p ó s i t o s nobresedasdisposiçõesdivinas,acham aim pulsionadoradonossoprogres- soespiritual, alim entadapelosPlanosSuperioresdaC riação. O consciente pode, quando robustecido etreinado, penetrar nos d o m í n i o sdo inconsciente, rem ontar os registros de nossa h i s t ó r i a , re- cordar as experiências vividas para que as analisem os sob novosâ n g u - los, em odificar aquelas disposições antigas, comavisãoam pliadadehoje. A o m esm o tem po o consciente conjuga, ao receber do superconsciente os rum os delineadores danossa evolução, os dadosdopassado, dopresen- te e do futuro, e, com putando-os comos recursos dainteligência, apre- senta os resultados sob form a de im pulsos que noslevamaresoluções, a novos procedim entos. Éum surpreendente m ecanism o que nosf a z a v a n ç a rsem pre ou, quando não, aom enosestacionar, m asnuncaregredir. É im portante que deliberem os acelerar o nosso a v a n ç o ,potencia- lizando onosso consciente pela a u t o - a n á l i s e , o seu alcance e oseu do- m í n i osobre n ó sm esm os, eexercendo constantes e progressivas m uta- çõesindividuais. Oprocesso de a u t o - a n á l i s epode edeve ser utilizadom ais intensa- m ente pelohom em , com om eiodeauto-educaçãoperm anenteeordenada. N oM undo M aior. C a p í t u l oIII.AC asaM ental. 32
  • 33. Precisam os sair da condição de i n d i v í d u o sconduzidos pelosenvol- vim entos do m eio, reagindo em udando, para passarm os à categoria de condutores de n ó sm esm os, com am plo conhecim ento das nossas po- tencialidadesemdesenvolvim ento. Éumtrabalho de superar adensidade danossa anim alidade, opeso da i n é r c i aaos im pulsos espiritualizantes, a l c a n ç a n d oesferas v i b r a t ó r i a s m ais elevadas, que passama m odificar a constituição sutil dose n v o l t ó - riosespiritual em ental. A pontam os, adiante, m eios eficazes para progressivam ente enve- redarm os nessa senda, utilizando-se a p r á t i c ada a u t o - a n á l i s eedesenvol- vendoanossavontadenocom bateaosv í c i o seaosdefeitos. 8 F AÇA SUA AV ALI AÇÃO INDIVIDUAL I. OC O N H EC IM EN TOD ESIM E SM O M edite,preenchaeanaliseosresultados: 1. A cha que o conhecim ento de sim esm oéachave do m elhoram en- toindividual? Sim( X,), N ão() Semideiaform ada( ) 2. A credita ser conhecedor de si m esm o, emprofundidade suficien- te, podendoassimidentificar osseusp r ó p r i o sim pulsos? Sim( ) N ão() Superficialm ente () C) v ' 3. J áse preocupou em descobrir os porquês de suas principais m a- nifestações im pulsivasnoterrenodasem oções? Sim( ) N ão(A' )| Raram ente( ) 4. R efletir sobresim esm oeauto-analisar-seéd i f í c i l ? Sim '( 7k)o N ão() Semexperiência( ) 5. C om oreagequandosentequeofendeua l g u é m ? Ficapenalizado( ) Sente-seinquieto( • ' ) R eagecomi n d i f e r e n ç a( ) Pededesculpas(. ' ) Praticaautopunição( ) 33
  • 34. 6. Entristece-se ao constatar no seu í n t i m o ,por vezes, sentim entos fortes quenãoconsegue dom inar? Sim Não( ) Indiferente ( ) 7. J á tentourelacionar osseusprincipais defeitos? Sim ( ) N ão(>'.).,. N ãovêrazõesparaofazer( ) 8. D iantedealgumerrooufalhasua,com osesente? Indiferente ( ) D eprim ido( ) Procuracorrigir-se( 5) - 9. J á sofreu algum a dor profunda ou passou por p e r í o d oded o e n ç a que lhe tenha feitom udar osseush á b i t o soucorrigiralgumdefeito? Sim(XK.! Não( ) 10. A cha que se sentiria m ais feliz e alegre com preendendo e contro- landom elhor assuasreaçõesd e s a g r a d á v e i s ? SimCjOsf Não( ) Indiferente ( ) Pondereeprocuredecidir-se Oque foi abordado a té aqui teve com oobjetivolevar oleitor are- fletir sobre a i m p o r t â n c i adoC onhecim ento deSi M esm o, queé achave dom elhoram ento individual. A nalise agora as suas respostas, dadas aessepequeno teste, e con- cluapor você m esm ocom o seencontra diante desse trabalhode explora- ção da sua consciência. Éevidente que m uito poucosabem os sobre n ó s m esm os, m as chegarem os, agora ou depois, cedo ou tarde, à conclusão de que umdia desejarem os ser conduzidos pela p r ó p r i avontade no ca- m inho do bem . Então, o prim eiro passo éexatam ente esse: C onhecer-se aSiM esm o. C onvidam os você atom ar agora adecisãoderealizar esse trabalho, caso ainda nãootenha feitoou, sequiser, seguiraleituraabaixoindicada, param aiores reflexões. O sp r ó x i m o sc a p í t u l o slhefarãoconhecer ocam po debatalhaaserenfrentado dentrodevocêm esm o. L eiaparaa l i c e r ç a rseusp r o p ó s i t o s A llanK ardec. OLivro dos E s p ír ito s , a) Conhecim ento de Si M esm o.Perguntas919e919a. 34
  • 35. b) Pluralidade das Existências. Perguntas 166 a170. OE vangelho Segundo o E spiritism o, a)C a p í t u l o X V II.SedePerfeitos. Itens3,4e7.b ) C a p í t u l o X I . A m ar ao P r ó x i m ocom o aS i m esm o. Itens 1, 2, 3, 4 e 8. c) C a p í t u l oV . B em -A venturados os aflitos. Itens 1,2,3e4. OC éu e oInferno, a) 1?parte. C a p í t u l oV II.A s Penas Futuras Segundo oEspiritism o: C ó d i g o Penal daV idaFutura. A n d r éL uiz N o M undo M aior. C a p í t u l oIII. A C asa M ental. Em m anuel. R um o C erto. C a p í t u l oX X III. A uto-A prim ora- m ento. II.OQ U ESEPO D ETR A N SFO R M A RIN TIM A M EN TE Esta parte foi desenvolvida sobre três tem as b á s i c o s ,asaber: O s prim eiros abrangem aqueles considerados m ais com uns, tidos a t ém esm o com o costum es sociais, m as que acarretam , pelosm a l e f í c i o s provocados, s é r i o sdanos ànossa constituição o r g â n i c ae p s í q u i c a .Pela ordem , sãoeles: • ofum o; • oá l c o o l ; • ojogo; • agula; • osabusossexuais. O s defeitos j áincluem am aior parte dos problem as classificados com oim pulsosgrosseiros,expressõesdec a r á t e r ,reaçõesc o n d e n á v e i s ,falhas de com portam ento, eque nem sabem os claram ente com o aeles nos tem os habituado. 35
  • 36. Finalm ente, as virtudes que secolocamcom om etas aseremalcan- ç a d a semsubstituiçãoaos defeitos. A ssim , o esquem a geral desta 2?parte pode ser apresentado com o segue: Fum aréS u i c í d i o O sM a l e f í c i o sdoÁ l c o o l O SV Í C I O S i O sM a l e f í c i o sdoJogo O sM a l e f í c i o sdaG ula O sM a l e f í c i o sdosA busosSexuais O SD EFEITO S O rgulhoeV aidade AInveja, oC i ú m e ,aA vareza Ó d i o ,Rem orso,V i n g a n ç a ,A gressividade Personalism o M aledicência I n t o l e r â n c i aeIm paciência N egligênciaeO ciosidade R em iniscênciaseTendências A SV IR TU D ES H um ildade, M o d é s t i a ,Sobriedade R esignação Sensatez, Piedade G enerosidade, B eneficência A fabilidade,D o ç u r a C om preensão,T o l e r â n c i a Perdão B randura, Pacificação C om panheirism o,R e n ú n c i a Indulgência M i s e r i c ó r d i a Paciência, M ansuetude V i g i l â n c i a ,A bnegação D edicação, D evotam ento 36
  • 37.
  • 38.
  • 39. II. O QUE SE PODE TRANSFORMAR INTIMAMENTE 9 O SV T C IO S "E ntre os v íc io s , qual o que podem os conside- rarradical? —Já o dissem os m uitas vezes: o e g o ís m o . D ele se deriva todo o m al E studai todos os v íc io s e vereis que nofundo de todos existe e g o ís m o . P or m ais que luteis contra eles, não chegareis a e x tir p á -lo s enquanto não os atacardes pela raiz, enquanto não lhes houverdes d e s tr u íd o acausa. Q uetodos osvossos e s fo r ç o stendampara esse fim , porque nele se encontra a verdadeira chaga da sociedade. Q uem nesta vida quiser se aproxim ar daperfeição m oral, deve extirpar do seu coração todo sentim ento de e g o ís m o , por- que o e g o ís m oé in c o m p a tív e l comaju s ti am or eacaridade: eleneutraliza todas as outras qualidades." (A llanK ardec. OLivro dosE s p ír ito s . L ivro T er- ceiro.C a p í t u l oX II.PerfeiçãoM oral.Pergunta913.) V am os aoencontro dealguns doscondicionam entosedependências queossereshum anosapresentamm aiscom um ente. Certam ente oconhecim ento dessesv í c i o snosc o l o c a r áemconfron- :o comeles enosd a r áensejo aum aaferição decom oestam os situados entreoshom ensemgeral. 39
  • 40. N i n g u é m ,na nossa sociedade, écriticado, ou rejeitado, pelo fato de fum ar, beber, jogar, com er bemou ter suas aventuras sexuais. Tudo isso j áfoi a t ém esm o consagrado com o natural e, portanto, aceito am - plam entecom o"costum esdaé p o c a " . Estam os alheios aos perigos e às consequências que os citadosh á - bitos nos acarretam . A l é mdisso, os m eios de com unicação estão aber- tos, semrestrições, àpropaganda envolvente em a c i ç aque induz ahum a- • nidad e aofum o, aoá l c o o l , aojogo,àgulaeaosexo.Éi n a c r e d i t á v e lcom o a sociedade parece se deixar m ansam ente conduzir, semam enor reação coletiva, atão perniciosos incentivos, difundidos por todos os m eios. Emalguns p a í s e sjá h á restrições àpropagandadebebidasa l c o ó l i c a s e de m arcas de cigarros, o que representa algum a reação a esses produ- tos de consum o. N o entanto, sãoigualm ente produtos deconsum o asre- vistas eosfilm es que exploramousoindiscrim inado dasfunções sexuais e estim ulamoerotism o, produtosessesqueseconstituememagentescon- tam inadores do com portam ento m oral do hom em , que nos induzem ao viciam ento das ideias pelo desejo de satisfações i l u s ó r i a s ,fragm entan- do aresistência ao prazer inconsistente eenfraquecendo os l a ç o sdas uniõesconjugais bemform adas. O s cham ados " h o t é i sdealta rotatividade"m ultiplicam -se nos arre- dores das capitais brasileiras, com provando a crescente onda da "liber- dade sexual", resultadodaenganosa suposição deque todas asnossas in- satisfaçõespossamsersolucionadasapenaspor atossexuais. D eixam os de abordar aqui oproblem a dost ó x i c o s ,quesãodissem i- nados principalm ente entre osjovens, levando-os àsm ais t r á g i c a sedolo- rosas experiências, enquanto enriquecem as secretas organizações que m anipulamosubm undodostraficantes. Exploradossãoosm o ç o s ,precisa- m ente no que diz respeito aos seus desajustes e carências, iludidos por aqueles aproveitadores que o senganam , oferecendo soluções f á c e i s , acorrentando-osemprocessosd i f í c e i sderecuperação. O utro entorpecente eagente enganoso do hom em éojogo. O que se temarrecadado dasloterias dem onstra on í v e l depreocupação do nossotrabalhador, que busca fora de siasorteeoenriquecim entor á p i d o . Ficam aim aginar emdetalhes oque seria feito comodinheiro ganho, centralizando nele arazão principal do que se pode pretender na vida. M ais sonhos equim eras que apenas alim entam as consciências inadver- tidas, desconhecedoras de que as dificuldades existempara desenvolver aspotencialidades donossoe s p í r i t o ,acapacidadedelutarevencer comes- f o r ç op r ó p r i o . 40
  • 41. Raram ente encontram os cam panhas ou propagandas esclarecedoras dos m a l e f í c i o sdo fum o, doá l c o o l , dojogo, dagula, dos abusos dosexo edosp r e j u í z o sdot ó x i c o . C ondicionada com o e s t áatantos v í c i o s , de que m odo e n t r a r á a hum anidade na nova fase do progressom oral preceituada por K ardec? É i m p r a t i c á v e lconciliar aquele ensinam ento coma enorm e propa- gação dos v í c i o s ,que envolve cada vezm ais ascriaturas de todas asida- des, incentivando os prazeres individuais semqualquer senso de respon- sabilidade enenhum a preocupação com suas consequências. Parece-nos sensato que d e v e r í a m o sesperar exatam ente oc o n t r á r i o ,isto é ,a cres- cente valorização dos hom ens pelos exem plos no bem enas atitudes nobres, c o m p a t í v e i scomumclim a de respeito aop r ó x i m o , de solidarie- dadehum ana, dezeloaop a t r i m ô n i oo r g â n i c oeaom anancial de energias procriadoras quedetem os. N um a a n á l i s erealista, para m udar os rum os dahum anidade nesses dias em que pouco se entende da natureza espiritual do hom eme da sua destinação a l é m - t ú m u l o ,éde se esperar grandes transform ações. M as de que form a? S e r áque esse desejado progresso m oral c a i r ádos c é u ssem qualquer e s f o r ç onosso? É evidente que s e r áedificado pelos hom ens deboavontade, pelos trabalhadores dasú l t i m a shoras,pelospou- cos escolhidos dos que possam restar dos m uitos j ácham ados, pelos A prendizes doEvangelhoque resistiremaom al esouberemenfrentar não m ais as feras e as fogueiras dos cucos rom anos, p o r é masferas dosp r ó - prios instintos anim ais eofogo daagressividade que precisam os atenuar, controlar etransform ar. E para superarm os os defeitos m ais enraizados no nossoe s p í r i t o precisam os fortalecer anossa vontade, iniciando comaluta por elim i- nar osv í c i o sm ais com uns. N i n g u é mc o n s e g u i r ávenceressabatalhasenão estiver se preparando para e n f r e n t á - l a . E ssa condição, no entanto, não se consegue semtrabalho, semtestem unho da vontade aplicada. É , sem d ú v i d a ,conquistaindividual quesepodeprogressivam ente cultivar.^ / AIM A G IN A Ç Ã ON O SV Í C I O S Acriatividaderepresenta, noserinteligente,umdosseusm aisim por- tantesatributos. Pelaim aginaçãopenetram osnosm aisi n s o n d á v e i sterrenos das ideias. D irigim os voos aoinfinito, descobrim os osv é u snom undo da F í s i c a ,da Q u í m i c a , d a A natom ia, da Fisiologia, fazem os evoluir as 41
  • 42. C iências, criam os as invenções, desenvolvem os as artes e constatam os oe s p í r i t o . E ssa im aginação, por outro lado, tem sido m al conduzida pelo hom em , tanto de m odo consciente quanto por desejos inconscientes, le- vando-o a m uitos dissabores, contrariedades, sofrim entos eoutras conse- quênciasgraves. Acapacidade m ental dohom eme s t ácondicionada aoalcancedasua im aginaçãoeaousoquedelafaznoseum undoí n t i m o .Afaculdade depen- sarapresentaum ac a r a c t e r í s t i c ad i n â m i c a ,quenosproporciona,pelasexpe- riências acum uladas, apercepção sem pre m ais am pla da nossa realidade interior e do m undo que nos cerca, numcrescente evoluir. D esse m odo, asnossas experiências, emtodas asá r e a s , servemdereferência paranovas e constantes m u d a n ç a s . N unca regredim os. Q uandom uito, m om entanea- m ente estacionam os emalguns aspectos particulares,m asnosdem aiscam - pos de aprendizagem realizam os a v a n ç o s . É com o numziguezague m ais ou m enos tortuoso que vam os cam inhando na nossa t r a j e t ó r i aevolutiva, p o r é msem pre nadireçãodotem po,quejam aissealteranosentidodoseu a v a n ç o . O hom em , pela sua im aginação, cria as suas carências, envolve-se nos prazeres, absorve-se nas sensações eperde-se pelos torvelinhos doin- teresse pessoal. C ristaliza-se, por tem pos, nos v í c i o sque a suap r ó p r i a inteligência criou, necessidades da sua condição inferior, que ainda se com praz nos instintos, reflexos da anim alidade atuante em todos n ó s encarnados. O ser pensante sabe os m ales que lhe causam o fum o, o á l c o o l ,ojogo, a gula, os abusos do sexo, os entorpecentes, em bora pro- porcionem instantes de f i c t í c i oprazer epreenchim ento daquelas necessi- dadesqueasuam enteplasm ou. Tornam -se, então, h á b i t o srepetitivos, condicionam entos que com o- dam ente aceitam os m uitas vezes semquaisquer reações c o n t r á r i a s . Q uem conseguiria justificar com razões evidentes as necessidades de fum ar, debeber, dejogar, decom erdem asiado,edap r á t i c alivredosexo? Oorganism o hum ano se adapta àscargas dos t ó x i c o singeridos eo psiquism o frxa-se nas sensações. N a falta delas, o p r ó p r i oorganism o passa a exigir, em form a de dependências, as doses t ó x i c a sou as car- gasem ocionais àsquais sehabituara, eacriatura nãoconseguem aisliber- tar-se; ficaviciada. Sente-se, então, incapaz de agir eprossegue semesfor- ç o , contam inando o corpo eaalm a, escravizando-se inapelavelm ente aos horroresdod e s e q u i l í b r i oeda enferm idade. 42
  • 43. Transfere da vida presente para a subsequente certos reflexos ou im pregnações m a g n é t i c a sque o p e r i s p í r i t oguardapelas im antações rece- bidas do p r ó p r i ocorpo f í s i c oedocam pom ental que lhe sãopeculiares. A s predisposições e as tendências se transportam , de algum aform a, para anova experiência c o r p ó r e ae, nessasoportunidadesdelibertaçãoquenos são oferecidas, m uitas vezes sucum bim os aos m esm os v í c i o sdo passa- do distante. A dm itim os, àluz do Espiritism o, umcom ponente reencar- n a t ó r i onosv í c i o s , oque decerta form a esclarece oscasosc r ó n i c o sepa- t o l ó g i c o sprovocados pelo fum o, á l c o o l ,gula, jogo epelas aberrações sexuais. Raram ente estam os sozinhos nosv í c i o s . Contam os t a m b é m com as com panhias daqueles que se servemdos m esm os m ales, tanto encar- nados com o desencarnados, emm aior ou m enor intensidade de sinto- nia, funcionando com o fator de indução àp r á t i c adosv í c i o sque am bos usufruem . M uitas vezes podem os querer deixar tal ou qual v í c i o ,m as aquelas com panhias nos sugestionam , persuademeinduzem . C om o "am i- gos" do nosso c o n v í v i o ,apelam diretam ente, convencendo-nos earras- tando-nos. C om o entidades espirituais, agemhipnoticam ente no cam po da im aginação, transm itindo as ondas m a g n é t i c a senvolventes das sensa- çõesedesejosquejuntos alim entam os. D essem odo, aoiniciarotrabalhodeextirparosv í c i o s ,podem osestar dentro de umprocesso emque os três com ponentes abordados severi- fiquem , ou seja: ap r ó p r i aim aginaçãoeoorganism ocondicionados, aten- dência r e e n c a r n a t ó r i ae apersuasão das com panhias v i s í v e i sei n v i s í v e i s . ATEN TA Ç Ã ON O SV Í C I O S A s o m a t ó r i ados três com ponentes citados apresenta-se ao nosso í n t i m osobaform a de tentações. Interpretam os astentações com osendo as m anifestações de desejos veem entes, de im pulsos incontidos, a busca desesperada de prazeres ou necessidades que sabem os serem prejudi- ciais,m asquenãoestam ossuficientem ente fortesparaconter. A s tentações podem surgir em algum as c i r c u n s t â n c i a scom o pela prim eira vez, epodem repetir-se por m uitas vezes, naqueles estados de ansiedade em que som os irresistivelm ente im pulsionados a com eter en- ganos para satisfazer desejos. A s prim eiras tentações estão, quase sem pre, m escladas coma curiosidade, comodesejo deexperim entar odesconhe- cido. N esses casos, a influência dos j áexperim entados é , nam aioria das vezes, om eiodesencadeante dosv í c i o s . A l g u é mnoslevaap r a t i c á - l o spela 43
  • 44. prim eira vez quando assimcedem os àsprim eiras tentações. E sse procedi- m ento écom um nos fum antes, nos a l c o ó l a t r a s ,nosjogadores de azar, nos drogados, nos m asturbadores. É a im itação que d á origemaoh á b i - to, costum eouv í c i o . D evem os considerar que todos n ó ssom os tentados aos v í c i o se a m uitos outros com prom etim entos m orais. Podem os ceder às tentações, m as apartir dos prim eiros resultados colhidos nas experiências prati- cadas podem os nos firm ar nop r o p ó s i t odenãorepeti-las edenãochegar- m os à condição de viciados. H á t a m b é m i n c o n t á v e i socasiões emque as tentações nem chegam anos provocar, porque sim plesm ente não en- contram eco dentro de n ó s . Isto é , já atingim os umn í v e lde am adure- cim ento oudeconsciênciaemquejá nãonossintonizam osm aiscomaque- lascategorias de envolvim entos ou deatrações. N ãosentim os necessidade de experim entar o que possamnos sugerir;já noslibertam os, de algum a form a. Q U A LON O SSOO B JETIV O ? Indiscutivelm ente, todos n ó scolhem os, no sofrim ento, os frutos am argos dosv í c i o s , cgdooutarde. A í, nam aioria, ascriaturas despertam e c o m e ç a maluta pela sua p r ó p r i alibertação. N ão precisam os,p o r é m , chegar àsú l t i m a sconsequênciasdosv í c i o sparainiciar otrabalhodeauto- descondicionam ento. Podem os ganhar um tem po precioso edelibera- dam ente proporm o-nos o e s f o r ç ode e x t i r p á - l o sde n ó s m esm os. É um a questão deponderar cominteligência ecolocar aim aginaçãoas e r v i ç oda construçãoden ó s m esm os. Esse éonosso objetivo: com preender razoavelm ente as caracte- r í s t i c a sdosv í c i o sebuscarosm eiosparae l i m i n á - l o s . Perguntam os: O que oam igo leitor acha que éfundam ental em qualquer processo deconquista individual? Éoquerer?Éavontade posta emp r á t i c a ?Éaaçãoconcretizandooideal? Prim eiro, perguntem os an ó s m esm os sequerem os deixarm esm ode fum ar, debeber, dejogar, esedesejam oscontrolar agula, osexo. Epor quê?Tem os razões para isso?Oque nosm otiva ainiciar esse com bate? S e r áapenas para serm os bonzinhos? O u terem os razões m ais profundas? Éclaroque sabem os asrespostas. Oque ainda nos im pedede assum irm os novasposiçõeséoapegoàscoisasm ateriais,aosinteressespes- soais, quevisamasatisfazer osnossossentidosf í s i c o s ,digam osp e r i f é r i c o s , 44
  • 45. ainda grosseiros e anim ais, indicativos de im perfeições. Éum a questão de opção pessoal, livre e disposta a m u d a n ç a s . A vontade p r ó p r i apo- d e r áser desenvolvida, a té compouco e s f o r ç o ;não s e r áesse oproblem a para a nossa escolha. Aquestãoédecidir ecom prom eter-se consigom es- m oairemfrente. C om ecem os, então, por elim inar os v í c i o sm ais com uns, aqueles já citados, de conhecim ento am plo e de uso social, que apresentarem os detalhadam ente nos c a p í t u l o sseguintes. C oloquem o-nos em posição de renunciar aos enganosos prazeres que os m esm os possam estar nos oferecendo e lutem os! Lutem os comtodo o nosso em penho e nãovol- tem osa t r á s ! F A Ç ASU AA V A LIA Ç Ã OIN D IV ID U A L 1. Sente-seirresistivelm entecondicionadoaalgumv í c i o ? 2. Sofre asconsequênciasm a l é f i c a squeosm esm osprovocam ? 3. J á tentoulibertar-sevoluntariam entedealgumdessesv í c i o s ? 4. A nalisecom oc o m e ç o uneleseconclua: - Porlivredesejo? —Porsugestãodea l g u é m ? 5. Q uando tentado a experim entar algum dos v í c i o ssociais, cede facilm ente? 6. Percebe, por vezes, a sua im aginação articulando sensações que o satisfazemaoa l i m e n t á - l a s ? 45
  • 46. 7. J á pensou que essetipodeim aginaçãonospredispõe a com etê-las? 8. Tem dificuldades em afastar da m ente os devaneios e os pensa- m entosligadosaprazeresí n t i m o s ? 9. J á chegouacom preender anecessidadedeelim inarosv í c i o s ? 10. A chaquep o d e r ácomop r ó p r i oe s f o r ç odelesselibertar? 10 FU M A RÉS U I C Í D I O 4 "Q uando o hom em e s tám ergulhado, de qualquer m aneira, naatm osfera do v íc io , om al nãose tor- na para ele um arrastam ento quase ir r e s is tív e l? - A rrastam ento, sim ; ir r e s is tív e l, não. P orque no m eio dessaatm osfera de v íc io sencontra, às vezes, grandes virtudes. SãoE s p ír ito sque tiveramafo r ç a de resistir, e que tiveram , ao m esm o tem po, a m issão de exercer um a boa influência sobre os seus sem elhantes." (A llan K ardec. OLivro dos E s p ír ito s . L ivro T er- ceiro. C a p í t u l oI. AL ei D ivina ou N atural. Per- gunta645.) Procuram os, aqui, tecer algum as considerações sobre o v í c i odo fum o, h á b i t opuram ente im itativo e que não temqualquer justificativa R evisão do artigo publicado pelo autor no jornal F olha E s p ír ita . N ° 29, anoIII,agosto/ 1976. 46
  • 47. racional, m ostrando, t a m b é m ,certas consequências f í s i c a se espirituais. Encaram os aposição doe s p í r i t a , que chega àevidência clara econclusiva desera u t o - s u i c í d i ooh á b i t ode fum ar. Enveredando pela d i n â m i c aque a D outrina E s p í r i t aleva aos seus praticantes, é im positivo, no trabalho de transform ação í n t i m a ,largar o fum o. N ão s ó para prevenir enferm idades, m as t a m b é mcom o treinam en- to im portante para o fortalecim ento das potencialidades doe s p í r i t oeo d o m í n i odenossastendênciasseculares. C abe, aqui —dentro da p r o b l e m á t i c ap s i c o l ó g i c ados fum antes, que profundam ente respeitam os emseu aspectohum ano — , exaltar com veem ência que aindaécomJesus que encontram os ocam inho, aceitando aquele convite i n o l v i d á v e l : "A quele que quiser M eseguir tom e asua cruz eande". OFU M A R ,C O M OC O M E Ç O U ? Ocostum e herdado dos anim ais defarejar, cheirar eprovar ogosto, certam ente levou ohom em , emé p o c a sm uitodistantes aexperim entar o gostodaf u m a ç a .Provavelm ente, algunshom ensp r é - h i s t ó r i c o sm aisastutos resolveramenrolar algum as follhnhas secas eprovar suaf u m a ç a . A t r a v é s dos tem pos, devemterexperim entadom uitasdelas,nãoasaprovandopelo seu gostoam argo. N oentanto, aquela folha largaeam arelada, depois ba- lizada de N icotiana Tabacum , deve ter provocado algo de estranho no experim entador pela açãoativadoa l c a l ó i d eque elac o n t é m(bastamape- nas40a60m iligram asdeleparam atarumhom em ). H istoricam ente, consta que em 1560 oem baixador francês João N icot enviou à rainha C atarina de M edicisasprim eiras rem essas daquele vegetal, cultivado emseusjardins emLisboa, porque ojulgavaum a erva perfum ada e dotada de propriedades terapêuticas. Arainhapatrocinou a difusão do fum o com o m edicam ento, utilizando-o emp í l u l a s ,pom adas, xaropes, infusões, banhos, etc. P o r é m , dessesusos surgiram—oquearai- nhaencobriu—i n ú m e r o senvenenam entos, intoxicaçõesem ortes. Oidealista N icot, que deu seu nom e ao a l c a l ó i d enicotina, enqua- drado entre os "venenos e u f ó r i c o s " ,deve ter experim entado no Plano Espiritual os arrependim entos de sua triste iniciativa, acom panhando os casos m ó r b i d o s que suas perfum adas folhinhas provocaram . 47
  • 48. OFA LSOPRA ZER-U M AILU SÃ O Oh á b i t ode fum ar c o m e ç a , emgeral, nai n f â n c i aou na adolescên- cia, incentivado pelos m ais velhos e tendo exem plos a t ém esm o dentro de casa. São os garotos provocados pelos coleguinhas que fum ameque, na sua im aginação, já se sentemhom ens feitos (com o se o fum ar fosse um a condição de ser adulto). Atentativa é feita, provoca tosse e ton- turas, m as dizemeles —são os s a c r i f í c i o sdo noviciado, Om elhor vem depois: d á charm e, a u t o - s e g u r a n ç a , e s t í m u l ocerebral, ébacana, asm enini- nhas gostam . Enfim , atende atudoaquilo que oadolescentedeseja:auto- afirm ação, p r e s t í g i oentre os am iguinhos, pose de artista, com panhias a qualquer hora, nam oradinhas, e, nesse contexto, aE usãodoprazer deser querido eestar realizado. Faz parte dogrupo. Q uemnãofum a, nãoentra na "patota". Entretanto, n i n g u é mconta nemfala das desvantagens edos m ales do fum o. N i n g u é mvê enempode exam inar ost ó x i c o sque a fum acinha leva ao organism o. H oje já sefala, a t éna televisão, sobre oalcatrão ea nicotina que ocigarroc o n t é m ,m asoqueém esm oisso?A h, isson i n g u é m conhece. En i n g u é mconheceporquenãoédivulgado,porquenãointeressa divulgar. Oque interessa é vender. E os nossos am iguinhos caem com o patinhos, levados t a m b é mpelas exuberantes propagandas dos fabricantes, semsaberemnada sobre os venenos que ingerem , sobre as d o e n ç a sque provocam , asm ortes quecausam .Esemsaberemque ase s t a t í s t i c a sm é d i - cas provamque, dentre oitofum antes, umcertam ente s o f r e r áde c â n c e r , eainda que cada cigarroencurta avida dohom ememquatorze m inutos. Falem dessas verdades aos garotos que queiramensinar outros a fum ar. OQ U ESO FREOO R G A N ISM OH U M A N O ? Aquantidade denicotinaabsorvidavariade2,5a3,5m iligram aspor cigarro. A osertragada, af u m a ç aentrapelospulm õescarregandov á r i o sga- sesv o l á t e i s , que secondensamnoalcatrão, passandoàcorrentes a n g u í n e a juntam ente comanicotina. Esta ét ó x i c a ,venenosa; oalcatrãoé c a n c e r í - geno. Esses com ponentes agemna intim idade celular, principalm ente nas c é l u l a sdo sistem a nervoso central, m odificando oseu m etabolism o, ou seja, as transform ações f í s i c o - q u í m i c a sque lhes perm item realizar os trabalhos de assim ilação edesassim ilação das s u b s t â n c i a sn e c e s s á r i a s 48
  • 49. à sua função. E ssas alterações provocamnofum ante asensação m om en- t â n e ade bem -estar, comsupressão dos estados de ansiedade, m edo, cul- pa. Eo efeito de um a ação t ó x i c ae m ó r b i d alevada aosistem a nervoso central. A os instantes iniciais de e s t í m u l o s segue-se umretardo daativi- dadecerebral e,emseguida, depressão, apatia, a n g ú s t i a . E sses elem entos q u í m i c o st ó x i c o s ,a l é mdesses efeitos, agravam as d o e n ç a sc a r d í a c a s , com o aangina, oenfarte, ahipertensão, aarterios- clerose. A s vias r e s p i r a t ó r i a sseirritame, progressivam ente, intoxicam -se, dando origem at r a q u e í t e s ,bronquites c r ó n i c a s ,enfisem as pulm onares, insuficiência r e s p i r a t ó r i a ,a l é m dos casos de c â n c e rbucal, da faringe, da laringe,dopulm ãoedoe s ô f a g o . Am ulher é ainda m ais s e n s í v e l aos efeitos da nicotina, principal- m ente na gravidez, quando a nicotina atravessa a placenta, ocasionando danos aofeto, contam ina oleitem aternoepode t a m b é mprovocar abor- tos, natim ortos eprem aturos. H á t a m b é mcasos deesterilidade acarretada pelofum o. Em trabalhos recentes, ficou com provada a dim inuição da capaci- dadevisual dosfum antes de26%oum ais. A ação t ó x i c aafeta t a m b é mas g l â n d u l a s , dificultando as funções o r g â n i c a s . N um a universidade norte-am ericana, um a pesquisa provou que osí n d i c e sde reprovação sãobemm aiores entre osfum antes doqueentre osnão-fum antes. P o r é m ,oque m elhor retrata esse quadro é o fato de um fum an- teque absorve doism a ç o spor dia, durante 30anos, ter suavidad i m i n u í - daem8ou 10anos.Portanto,estaé , indubitavelm ente,um aform adesui- c í d i o . OP E R I S P Í R I T OFIC AIM PR EG N A D O O s efeitos nocivos dofum o transpõemosn í v e i spuram entef í s i c o s , atingindo o e n v o l t ó r i osutil ev i b r a t ó r i oque m odela, vivifica e abastece oorganism ohum ano, denom inadop e r i s p í r i t ooucorpoespiritual. O p e r i s p í r i t o ,na região correspondente ao sistem a r e s p i r a t ó r i o , fica, g r a ç a sao fum o, im pregnado e saturado dep a r t í c u l a ssem im ateriais nocivas que absorvemvitalidade, prejudicando o fluxo norm al das ener- gias espirituais sustentadoras, as quais, a t r a v é sdele, se condensam para abastecer ocorpof í s i c o . 49
  • 50. Ofum o não s óintroduz im purezas no p e r i s p í r i t o—que sãov i s í - veis aos m é d i u n s videntes, às e m e l h a n ç ade m anchas, form adas de pig- m entos escuros, envolvendo os órgãosm aisatingidos, com oospulm ões— , m as t a m b é mam ortece as vibrações m ais delicadas, bloqueando-as, tor- nando ohom em a t écerto ponto i n s e n s í v e laos envolvim entos espiritu- aisdeentidadesam igaseprotetoras. A p ó sodesencarne, osresultados dov í c i odofum o são desastrosos, pois provocamum a e s p é c i edeparalisia einsensibilidade aostrabalhos dos e s p í r i t o ssocorristas por longo p e r í o d o ,com o se perm anecesse numes- tado de inconsciência eincom unicabilidade, ficando odesencarnado pre- judicadonorecebim entodoa u x í l i oespiritual. N um a entrevista dada aojornalista Fernando W orm(publicada na F olha E spirita, agosto de 1978, ano V , n?53), Em m anuel, a t r a v é sde C hicoX avier, respondeàsseguintesperguntas: F.W . A ação negativa do cigarro sobre o p e r i s p í r i t odo fu- m ante prossegue a p ó sam orte do corpo f í s i c o ? A t é quando? Em m anuel Oproblem a dadependência continua a té que aim preg- nação dos agentes t ó x i c o snos tecidos sutis do corpo espiritual ceda lugar ànorm alidade doe n v o l t ó r i operis- piritual, oque, na m aioria das vezes, tem aduração do tem po emque o h á b i t operdurou na existênciaf í - sica do fum ante. Q uando avontade dointeressado não e s t ásuficientem ente desenvolvida para arredar de s i o costum e inconveniente, o tratam ento dele, no M un- do Espiritual, ainda exige quotas d i á r i a sde s u c e d â n e o s dos cigarroscom uns, comingredientes a n á l o g o saos dos cigarros terrestres, cuja adm inistração aopaciente dim i- nui gradativam ente, a t éque eleconsigaviver semqual- querdependênciadofum o. F.W . Com o descreveria aação dos com ponentes do cigarro nop e r i s p í r i t odequemfum a? Em m anuel A s sensações do fum ante inveterado, no M aisA l é m , são naturalm ente as da angustiosa sede de recursos tó - xicos a que se habituou no Plano F í s i c o ,de tal m odo obcecante que as m elhores lições e surpresas da V ida M aior lhe passamquase que inteiram ente despercebidas, 50
  • 51. a té que selhe norm alizemaspercepções. Oassunto, no entanto, comrelaçãoàs a ú d ec o r p ó r e a , deveria serestu- dado na Terra m ais atentam ente, já que a resistência o r g â n i c adecresce consideravelm ente com o h á b i t ode fum ar, favorecendo ainstalaçãodem o l é s t i a sque pode- riamser claram ente e v i t á v e i s . Anecropsia docorpoca- daverizadodeumfum ante emconfronto comodeum a pessoasemesseh á b i t oestabelececlarad i f e r e n ç a . Ofum ante t a m b é malim enta ov í c i odeentidadesvam pirizantesque aeleseapegamparausufruir dasm esm asinalaçõesinebriantes. Ecomisso, a t r a v é sdeprocessos de sim biosean í v e i sv i b r a t ó r i o s ,ofum ante podecole- tar emseup r e j u í z oasim pregnações f l u í d i c a sm a l é f i c a sdaqueles quedei- xam o e n f e r m i ç otriste, grosseiro, infeliz, preso à vontade de entidades inferiores, sem o d o m í n i oe a consciência dos seus verdadeiros desejos. D entro desseprocesso deim pregnação f l u í d i c am ó r b i d a , ov í c i odo fum o reflete-se nas reencarnações posteriores, principalm ente na predisposição àsenferm idades t í p i c a sdoaparelhor e s p i r a t ó r i o . D E L X A RD EFU M A R:U MTR A B A LH OD ER EFO R M AIN TIM A 0 esclarecim ento trazidopeloEspiritism ovemaduzirm aiorn ú m e r o derazões, ecomm aior profundidade, àqueles defendidos pelaM edicinae S a ú d eP ú b l i c a . D entro de ump r o p ó s i t otransform ista, que avivênciad o u t r i n á r i a nos evidencia, é i n d i s p e n s á v e l abandonar o fum o, principalm ente os que se dedicamaos trabalhos de assistência espiritual, que veiculamenergias vitalizantes, transm itidas noss e r v i ç o sdepasses. Ozeloeorespeitoaoorganism o, quenosélegadonapresenteexis- tência, devemnoslevaracom preender quenãotem osodireitodecom pro- m etê-lo comacarga de toxinas queofum oacrescenta, alertando-nos com relaçãoaesse problem a A necessidade de cada vez m ais nos capacitarm os espiritualm ente não pode dispensar a libertação dev í c i o s , dentre eles ofum o. Encontra- m os i n ú m e r a srazões quejustificamodeixar de fum ar enãoconseguim os enum erar um aapenasque,objetivam ente,justifique ov í c i o . 51
  • 52. AV O N TA D EÉAFER R A M EN TAFU N D A M EN TA L H áv á r i o sm é t o d o sque ensinam com o deixar de fum ar, p o r é m todospartemdeumpressuposto:^ V ontade. Avontade pode ser fraca ou forte, eeladizm uito dop r o p ó s i t oe da capacidade de decisãoque im prim im os ànossavida. Avontade, com o vim os, pode ser fortalecida por afirm ações repetidas por n ó sm esm os, com o f o r ç a sdesencadeadoras de nossaspotencialidadesp s í q u i c a s ,pensan- doea t édizendo: "eu quero deixar defum ar", "eunãotenhonecessidade dofum o", "euvoudeixarde fum ar". A ssim , vam os fortalecendo avontade e, aolargarm os ocigarro, de- vem os fazê-lo de um a s ó vez, poisnãoéa c o n s e l h á v e ldeixar aos poucos. O acom panham ento m é d i c o ,p o r é m , é recom endado emqualquer caso. R esistir de todos os m odos aos im pulsos que naturalm ente vão surgir: dessa form a, no decorrer dos dias, aa u t o c o n f i a n ç aaum enta. C omissodesenvolvem os umtreinam ento degrandevalor comrelação ao d o m í n i oe ao controle da vontade, conduzindo-a emdireção ao aperfei- ç o a m e n t ointerior, trabalho esse do qual sem pre nos afastam os, levados por envolvim entosdetodasorte. N ada se conquista semtrabalho. E, vencendo ofum o, capacitam o- nos asuperar outros condicionam entos que nos prejudicam igualm ente nacam inhadaevolutiva. F A Ç ASU AA V A LIA Ç Ã OIN D IV ID U A L 1. Ofum oconstituiumh á b i t oparavocê? 2. J á refletiu sobreasd o e n ç a squeofum o provoca? 3. Sofreu algum aconsequência doentiadofum o? / 52
  • 53. 4. A nalise as suas reações ao tentar dom inar o im pulso de fum ar. Oquesente? a) Inquietação d) Irritação 5. Aqueatribui apredom inantereaçãoverificada acim a? a) V ontade fraca b) O rganism ohabituado f) C h-cL fo^* c) N ecessidadedeprazer 6. A cha-se incapaz dedom inar odesejo incontidodefum ar? J á tentou fazê-lo? ( • > '. -' ' W C -!.. 7. A dm itepoder fortalecer asuavontadepela auto-sugestão? 8. Tendo c o n c l u í d oque ofum o énocivo aocorpoeaoe s p í r i t o ,sente algum avontade ded e i x á - l o ? 9. A ceita o desafio de nãosedeixar levar pelov í c i ode fum ar? Prove quemém aisforte, vocêouofum o. 10. J á pensouqueofum onãopassadealgum asfolhinhas picadasequei- m adas, transform adas emf u m a ç a ?Eissopodelhe dom inar? 53
  • 54. 11 OS MALEFÍ CI OS DO ÁLCOOL5 "Om eio emque certos hom ens seencontram não épara eles o m otivo principal dem uitos v íc io se crim es? - Sim , m as ainda nisso háum a prova escolhida pelo E spirito, no estado de liberdade; elequis se expor àtentação, paraterom é r itodaresistência. " (A llanK ardec.OLivro dosE s p ír ito s .LivroTercei- ro. C a p í t u l oI - A . L eiD ivinaouN atural. Pergun- ta644.) "Aalteração dasfaculdades intelectuais pela em - briaguezdesculpa osatos repreensiveis? - N ão, pois o é b r iovoluntariam ente sepriva da razão para satisfazer paixões brutais: emlugar de um afalta, com ete duas." (A llanK ardec.OLivrodosE s p ír ito s . LivroTercei- ro. C a p í t u l oX . Lei da Liberdade. Pergunta 848.) Oá l c o o l(palavra de origemá r a b e :al = a, cohol =coisasutil)nãoé alim ento nemr e m é d i o .Ét ó x i c o . C hegando aoseiodas u b s t â n c i anervosa, excita-a edim inui suaenergia eresistência, edeprim e oscentrosnervosos fazendo surgir lesões m ais graves: paralisias, d e l í r i o s(delirium trem ens). Com ot ó x i c o ,atingedepreferênciaoaparelhodigestivo:oi n d i v í d u operde oapetite, oe s t ô m a g oseinflam aeaulceraçãodasuam ucosalogosem ani- festa. Aistosejuntamasafecçõesdosórgãosvizinhos,quasesem preincu- r á v e i s . U m a delas( t e r r í v e l )éacirrose h e p á tic a , quesealastraprogressiva- m ente nof í g a d o ,onde asc é l u l a svãom orrendoporinatividade, a té atingir com pletam ente esse órgão, defunções tãoim portantesedelicadasnoapa- relhodigestivo. R evisão do artigo publicado pelo autor nojornal OTrevo. N 9 12, feverei- ro/ 1975. 54
  • 55. Oque sevênoshospitais durante aa u t ó p s i adoc a d á v e rdeumalco- ó l a t r ac r ó n i c oé algo horripilante. Opanoram a interno doc a d á v e rpode ser com parado aodeum a cidade com pletam ente d e s t r u í d apor umbom - bardeioa t ó m i c o . A l é m das c a t á s t r o f e sprovocadas no organism of í s i c o ,quantos m a- les eacidentes desastrosos são ocasionados pela em briaguez!O s jornais, todos os dias, enchem as suas p á g i n a scom tristes casos de crim es ede- satinos ocorridos comi n d i v í d u o se m esm o f a m í l i a sinteiras, provocados por criaturasalcoolizadas. Aem briaguez éh á b i t oque seobserva difundido emtodas ascam a- das sociais. M udam -se os tipos debebidas: dasm aispopulares, aoalcance do trabalhor b r a ç a l , àsm aissofisticadas, para oshom ens de "status". N o entanto, ocostum e é om esm o, osp r e j u í z o s ,iguais.Emgeral, atendência parabeber vemdeum a perturbação daafetividade quepodeseroriginada na i n f â n c i a .O s problem as infantis gerados nos d e s e q u i l í b r i o sfam iliares, pela falta decarinho dospaisoupor outrosconflitos —sãocom um enteas r a í z e sdesseestadoí n t i m op r o p í c i oaoalcoolism o. O alcoolism o deve ser encarado, nos casos profundos, com o um a d o e n ç ao r g â n i c a , com o oé , por exem plo, odiabetes. D eve ser evitadora- dicalm ente, sobpena de sesofrer am argam ente assuasconsequênciasnos processosderecuperaçãoemc l í n i c a sespecializadas. H á i n d i v í d u o squebuscamnabebidaumestadodeliberaçãodassuas tensões r e c ô n d i t a s , ouentãooesquecim entom o m e n t â n e odesuasm á g o a s ou aflições, oque denota um a necessidadederefletir corajosam ente sobre essascausas, buscandonovos rum os paraoseup r ó p r i oesclarecim ento. A bebida s óleva àautodestruição, enada de construtivo oferece às suas v í t i m a s . As alterações dasfaculdades intelectuais causadas pela em briaguez, orincipalm ente da autocensura, queprivaacriatura darazão, temlevado hom ensprobosacom eter desatinos, crim espassionaiset r a g é d i a s . N a em briaguez, o d o m í n i osobre anossavontade éfacilm ente rea- lizadopelas entidades tenebrosas, conduzindo-nosaosatosdebrutalidade. Oviciadoemá l c o o l quase sem pre temaseuladoentidades inferio- res que o induzem à bebida, neleexercendogrande d o m í n i oedeleusu- fruindo asm esm assensaçõese t í l i c a s .C ria-se,dessem odo, dupladependên- cia: um apor parte dabebida propriam ente dita, comtodaacargap s i c o l ó - gicaque am otivou; outra porpartedasentidadesi n v i s í v e i squehipnotica- m ente exercemsua influência, conduzindo, por sugestão, o i n d i v í d u oà ingestãodeá l c o o l . 55