1. FICHA CATALOGRAFICA ELABORADA_PELA
BIBLIOTECA CENTRAL - UNICAMP
Introdução 2 semimicroan~lisequalitati-
In8 va / Nivaldo Baccan... (et al.)
2.ed. -- 2.ed. -- Campinas : Editora da
UNICAMP, 1988.
(Série Manuais)
1. ~emimicroanãlise. I. Baccan,
Nivaldo. 11. ~ í t u l o .
fndice para catálogo sistemático:
1. semimicroanálise : ~ u i m i c aqualitativa 544.85
-DO BACCAN -
OSWALDO E. S. GODINHO
LUIZ MANOEL ALEIXO
EDISON STEIN
QUALITATIVA
Campinas
1988
2. C 1988-Nivaldo Baccan, Oswddo E.S. Godinho, Luiz M. Aleixo e Edison Steh
20 edição: 1988
EDITORA DA UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINAS (UNICAMP)
Reitor: Paulo Renato Costa Souza
CoordenadorGeral da Universidade: Carlos Vogt
CONSELHO EDITORIAL:
A l i o Pereira Chagas, Alfredo Miguel Ozorio de Almeida, Attnio Jose Giarola, Aryon
Dali'Igna Rodrigues (Presidente), Eduardo Roberto Junqueira Guimarães, Hermógenes de
Freitas Leitão Filho, Jayme Antunes Maciel Junior, Michael MacDonald HaU, Ubiratan
D'Arnbrosio.
DIRETOR EXECUTIVO:
Eduardo Roberto JunqueiraGuúliarães
Rua Cecílio Feltrin, 253
Cidade Universitária- Barão Geraldo
Fone(0192) 39.1301 (ramais 2585 e 3412)
13.083- Campinas- SP
ISBN: 85 - 268 - 0109 - 0
85 - 268 - 0081 - 7 1 ]"edição
Impresso no Brasil 1 Printed in Brazil
OS AUTORES
NCvaZdo Baocan formou-se em q u í m i c a p e l o I r s t i t u t o
de Química da U n i v e r s i d a d e E s t a d u a l de Campinas, em 1971. O b t e v e o
grau de Mestre em Química A n a l í t i c a em 1975 e d o u t o r o u - s e em 1981 no
I n s t i t u t o de Q U ~ ~ ~ ~ C U / U N I C A M P .
Desde 1972 e d o c e n t e do I&/UNICAMPonde tem e n s i n a -
do Química A n a l i t i c a Q u a n t i t a t i v a , Q u a Z i t a t i v a e A n á l i s e I n s t r u m e n -
t a l n o s c u r s o s de Graduação.
A p a r t i r d e 1982 tem a t u a d o n o s C u r s o s de Pós Gra-
duação d o I Q m i n i s t r a n d o d i s c i p l i n a s r e l a c i o n a d a s com a ~ n Ü Z i s e de
T r a ç o s , Química Ambienta2 e E s p e c t r o s c o p i a d e AbsorçÜo e EmissÜoAtÕ-
mica a p l i c a d a s na a n á l i s e q u í m i c a .
As á r e a s p i n c i p a i s d e p e s q u i s a e s t ã o na E x t r a ç ã o Li-
q u i d o - L í q u i d o de M e t a i s e Metodos E s p e c t r o s c Ó p i c o s de A n á l i s e (Ab-
s o r ç ã o e Emissão A t õ m i c a ) Combinados com a A n á l i s e por I n j e ç ã o em
FZuxo ( F I A ) .
Tem a p r e s e n t a d o t r a b a l h o s em d i v e r s o s e v e n t o s c i e n -
t i f i c o s e p u b l i c a d o a r t i g o s em r e v i s t a s e s p e c i a l i z a d a s .
E c o - a u t o r do "Manual de Segurança para L a b o r a t ó r i o
Químico", IQ/UNICAMP, o f f - s e t , 1982 e c o - a u t o r do 2ivr.o t e x t o " Q u i -
mica A n a Z í t i c u Q u a n t i t a t i v a E l e m e n t a r " , E d i t o r a E . Blficher em co-
e < f i ç Ú ocom a E d i t o r a da UNICAMP, 29 E d i ç ã o , 3985.
Oswaldo E s p i r i t o S a n t o Godinho o b t e v e o s g r a u s de
B a c h a r e l em Química, em 1960, d e L i c e n c i a d o em g u í m i c a , em 1962 e de
3. Doutor em c i ê n c i a s , em 1969, p e t a Faculdade d e F i l o s o f i a C i ê n c i a s e
' L e t r a s da U n i v e r s i d a d e de São Paulo. se d e d i c a uo d e Quimica I n o r g ã n i c a .
P a r t i c i p o u do c o r p o d o c e n t e do I n s t i t u t o de Q u i m i -
A t u a l m e n t e s e u campo de p e s q u i s a é na á r e a de ~ u í -
da U n i o e r s i d a d e d e São p a u l o , de 1965 a 1972, onde r e a l i z o up e s -
de c o ~ p d e n a ç ã oe Compostos ~ r g a n o r n e t ã ~ i c o ~ ,a p r e s e n t a n d o em
q u i s a s na á r e a d e Quimica nal li ti^^. e o e n t o s c i e n t i f i c o s e p u b l i c a n d o v á r i o s t r a b a l h o s em r e v i s t a s espe-
c i a Z i z a d a ~.A p a r t i r de 1972 faz p a r t e do c o r p o d o c e n t e do
I n s t i t u t o d e Química da U n i v e r s i d a d e E s t a d u a l d e Campinas onde m i -
n i s t r o u d i s c i p l i n a s nos c u r s o s de graduacão e pOs-graduação. Ainda
n e s t a i n s t i t u i c ã o vem o r i e n t a d o a l u n o s d e pós-graduação na r e a l i z a -
cão de s u a s t e s e s de m e s t r a d o e d o u t o r a d o .
Tem r e a l i z a d o p e s q u i s a s na á r e a d e q u i m i c a a n a l i t i -
ca que tem r e s u l t a d o em p u b t i c a c õ e s em r e v i s t a s i n t e r n a c i o n a i s
Luis Manoel AZaixo formou-se em L i c e n c i a t u r a em
~ u i m i c ap e t a Faculdade de F i t o s o f i a , C i ê n c i a s e Letras-USP. R i b e i r ã o
Preto-SP 1971. Fez o m e s t r a d o em q u i m i c a no I n s t i t u t o de Química da
U n i v e r s i d a d e E s t a d u a l d e Campinas-UNICAMP em 1975, e o d o u t o r a d o em
c i ê n c i a s p e t a mesma i n s t i t u i ç ã o em 1980. FEZ e s t á g i o no e x t e r i o r na
U n i v e r s i d a d e de aba, a b o - ~ i n l â n d i a , em 1981.
Tornou-se d o c e n t e da UNICAMP a p a r t i r de 1974, no
I n s t i t u t o d e Q u i m i c a , Departamento de Q u í m i c a ~ n a l i t i c a . t e n d o a t u a -
do nas d i s c i p l i n a s de graduação, e a p a r t i r d e 1980 nas d e p ó s - g r a -
duação.
Desde o d o u t o r a d o , em 1980, tem d e s e n v o l o i d o d i v e r -
s a s a t i v i d a d e s d e p e s q u i s a e o r i e n t a d o v á r i a s t e s e s d e m e s t r a d o e
d o u t o r a d o .
Como p e s q u i s a d o r , a p r e s e n t o u comunicações em con-
g r e o s o s n a c i o n a i s e i n t e r n a c i o n a i s e p u b l i c o u v á r i o s t r a b a l h o s de
p e s q u i s a em r e v i s t a s e s p e c i a l i z a d a s d e n i v e l i n t e r n a c i o n a l .
E d i s o n S t e i n formou-se em Q u i m i c a p e l o I n s t i t u t o de
Q u í m i c a da U n i v e r s i d a d e E s t a d u a l de Campinas em 1974. F E Z o m e s t r a d o
em ~ u i m i c aA n a Z i t i c a , p e t a U n i v e r s i d a d e E s t a d u a l d e Campinas, em 1977
e , c i n c o anos d e p o i s o b t e v e s e u doutoramento na á r e a d e Q u i m i c a Inor-
g ã n i c a , na mesma U n i v e r s i d a d e .
T n : n ; n . i n n r r n r - - = w - A - - - . - q o o r - .L " , , , L , , ,.L 1 , ' u L ' L . U L U
de Q u i m i p a da UNICAMP, onde m i n i s t r o u d i s c i p l i n a s d e Q u í m i c a Geral e
A n á l i t i c a Q u a l i t a t i i ~ ne Q u a n t i t a t i v a a t é 1977, a p a r t i r d e s s a d a t a
4. ..."Acho que um dos maiores enganos foram
cometidos quando a análise qualitativa foi suprimida do cur-
rículo. Este era um modo de introduzir a química descritiva
que, se a olharmos mais a fundo, pode despertar o interesse
de estudantes por reações. Eu considero as reações como
sendo o coração da química. Os espectros, por exemplo, são
importantes não somente por si só, mas porque eles revelam
características importantes da estrutura eletrônica que, por
sua vez, afeta a reatividade"...
Henry Taube
prêmio Nobel de ~uímicade 1983.
Chem. Eng. News, a (21), 32 (1984).
5. Um a s s u n t o que tem s i d o b a s t a n t e d i s c u t i d o é o
i m p o r t a n t e papel que a Química ~ n a l í t i c a Q u a l i t a t i v a pode
desempenhar na formação do químico. A e s t e r e s p e i t o , nada
mais e s c l a r e c e d o r do que um r e c e n t e a r t i g o do p r o f e s s o r
Paschoal E.A. S e n i s e [guímica Nova 5, 137 ( 1 9 8 4 ) ) d e onde
destacamos e s t e pequeno t r e c h o : "... o que sempre s e busca
c o n s e g u i r é um e n s i n o verdadeiramente f o r m a t i v o , e que o
e s t u d a n t e s e j a e s t i m u l a d o a pensar, r a c i o c i n a r com base nos
conhecimentos que v a i a d q u i r i n d o e desenvolver s u a capacida-'
d e c r i a t i v a " , para mais na f r e n t e c o n c l u i r : "... é p r i n c i -
palmente a Química ~ n a l í t i c aque pode desempenhar, sob o
a s p e c t 9 e s t e papel".
Resta ainda lembrar que e s t a d i s c i p l i n a tem s i d o
c o n s i d e r a d a a maneira niais adequada para o e n s i n o d e reaçÕes
químicas.
A s s i m , pareceu-nos que um l i v r o t r a t a n d o d e s t a ma-
t é r i a s e r i a d e u t i l i d a d e para o s e s t u d a n t e s d e química. F o i
com i s s o em mente que o s a u t o r e s e o E d i t o r lançaram e s t e
l i v r o .
No mesmo, a p a r t e experimental é p r e c e d i d a d e uma
p a r t e t e ó r i c a que t r a t a d e c e r t o s c o n c e i t o s b á s i c o s que o
aluno d e v e r á r e l a c i n a r com s e u s achados a cada momento.
u s e u conteÚuv é dpiicdGv iiu ~ I I ~ C ~ L U L Vù e Q U ~ I I I ~ C ~
d a Universidade Estadual d e Campinas já há a l g u n s a n o s com
9. capítulo IX
PRINC~PIODA ANALISE DE ÂNIONS ........................
Testes prévios para Anions ............................
........................a.1. Solubilidade da Amostra
................a.2. p H da Solução Aquosa da Amostra
...............a.3. Tratamento com H2S04 Concentrado
a.4. Tratamento de uma solução Aquosa da
Amostra com AgN0 ...............................
a.5. Tratamento de uma Solução Aquosa da
..............................Amostra com BaC12
Testes ~specíficospara a ~dentificaçãode Anions .....
a.1. Provas Diretas .................................
a.2. Extrato com Soda ...............................
REAÇÕES PARA ÍONS FLUORETO ............................
REAÇÕES PARA ÍONS CLORETO .............................
REAÇÕES PARA ÍONS BROMETO .............................
REAÇÕES PARA ÍONS IODETO ..............................
REAÇÕES PARA ÍONS SULFATO .............................
REAÇÕES PARA ÍONS NITRATO .............................
REAÇÕES PARA ÍONS NITRITO .............................
REAÇÕES PARA ÍONS CARBONATO ...........................
REAÇÕES PARA IONS FOSFATO ..............................
REAÇÕES PARA ÍONS ACETATO .............................
REAÇÕES PARA ÍONS SULFETO .............................
REAÇÕES PARA ÍONS BOKATO ..............................
X
......................ANALISE DE UMA MISTURA DE S~LIDOS
.....................Observação Física da Amostra
..................Solubilidade da Amostra em Água
...................................Teste de Chama
...................Determinar os Anions Presentes
...................................Provas Diretas
Extrato com Soda .................................
Determinar os Cátions Presentes ..................
Tratamento de Resíduos 1nsolÚveis ................
................SUGESTÕES PARA LEITURAS COMPLEMENTARES
............................A.I. PREPARO DE SOLUÇÕES
.......................................A.2. MATERIAL
..................A.3. POTENCIAIS PADRÃO DE ELETRODO
........A.4. PESOS ATOMICOS BASEADOS NO IS~TOPOC=12
..........A.5. PESOS MOLECULARES DE ALGUNS COMPOSTOS
11. s o l u ç ã o c o n t i v e s s e s u l f a t o d e f e r r o , e n t ã o o p a p i r o tornava-
s e p r e t o . O componente a t i v o d e s t e e x t r a t o é o á c i d o t â n i -
c o , uma m i s t u r a de é s t e r e s d e g l i c o s e do á c i d o g á l i c o c o n t i -
d o na g a l h a . A s g a l h a s por sua vez, s ã o e x c r e c ê n c i a s causa-
d a s por i n s e t o s p a r a s i t o s s o b r e o s g a l h o s e t r o n c o s d a s
p l a n t a s .
O aparecimento da a n á l i s e química propriamente d i t a
s u r g i u s ó com a s e x p e r i ê n c i a s d o c i e n t i s t a i n g l ê s Robert
Boyle (1627-1691) que f o i o p r i m e i r o químico a t e n t a r u s a r
compostos o r g â n i c o s (mais precisamente e x t r a t o s v e g e t a i s ) em
química a n a l í t i c a . F o i Boyle que i d e a l i z o u v á r i o s t e s t e s
q u a l i t a t i v o s p r e c u r s o r e s dos a t u a i s .
A ~ Ó SR . Boyle, o u t r a s c o n t r i b u i ç õ e s n o t á v e i s q u í -
mica a n a l í t i c a foram dadas p e l o sueco T.O. Bergman
(1735-1784) desenvolvendo uma s e p a r a ç ã o s i s t e m á t i c a por meio
d e algumas r e a ç õ e s usando o á c i d o s u l f ú r i c o .
Em 1813, o f r a n c ê s L . J . Thénard (1777-1857) propôs
uma s é r i e d e t e s t e s que seriam a p l i c a d o s na i d e n t i f i c a ç ã o de
g a s e s quando l i b e r a d o s d u r a n t e a a n á l i s e d e uma amostra des-
conhecida. F o i a i n d a Thénard que desenvolveu o p r i m e i r o
p r o c e s s o de separação em grupos na a n á l i s e q u a l i t a t i v a .
P o s t e r i o r m e n t e , o alemão C.R. F r e s e n i u s (1818-1897)
p u b l i c o u v á r i o s métodos d e a n á l i s e que r e s u l t a r a m numa sepa-
r a ç ã o s i s t e m á t i c a que c o n s t i t u i a b a s e dos esquemas de sepa-
r a ç 6 e s usados nos c u r s o s de ~ u i m i c a~ n a l í t i c aa t é h o j e .
O s métodos d e a n á l i s e química propostos 150 anos
atrás obviamente não tinham a v e r s a t i l i d a d e a t u a l , nem mesmo
o número d e t e s t e s d i s p o n í v e i s na época s e compara com o que
e x i s t e h o j e .
O s t e s t e s por v i a s e c a , t a l como t e s t e s de chama,
surgiram com a s d e s c o b e r t a s d e R . Bunsen (1811-1899) e G .
~ i ~ c h o f f(1824-1887) de que a s c o r e s nos e s p e c t r o s de chama
de c e r t o s Tons m e t á l i c o s são c a r a c t e r í s t i c a s d e cada metal.
O s t e s t e s a t é e n t ã o desenvolvidos c o n s t i t u i a m o que
s e conhece por macroanálise, sendo que só mais t a r d e é que
s u r g i u a m i c r o a n á l i s e , a p e s a r d e que a l g u n s dos t e s t e s pro-
postos há muito tempo já fossem m i c r o a n a l í t i c o s , como por
exemplo a r e a ç ã o usada em 1632 para a determinação de ouro,
baseada na formação d e uma suspensão d e o u r o c o l o i d a l e h i -
dróxido d e estanho p e l o t r a t a m e n t o do AuC13 com SnC12.
Dentro da m i c r o a n á l i s e , o t e s t e d e gota desempenha
um papel importante. Um dos t e s t e s d e g o t a mais comum é o
t e s t e d e a c i d e z ou b a s i c i d a d e com uma t i r a d e p a p e l d e f i l -
t r o impregnada com e x t r a t o s d e v i o l e t a s .
Em 1859, H . S c h i f f (1834-1915) publicou um t e s t e de
gota no q u a l usava papel d e f i l t r o impregnado com carbonato
de p r a t a p a r a d e t e c t a r u r g i a na u r i n a . Uma g o t a d e u r i n a
produziu uma mancha d e p r a t a m e t á l i c a de c o r marrom.
Em 1898, H . P . Trey (1851-1916) demonstrou a p o s s i -
b i l i d a d e em s e s e p a r a r cobre d e cádmio por meio de uma s o l u -
ção amoniacal, contendo e s t e s í o n s , colocada numa t i r a d e
papel de f i l t r o . O s í o n s cádmio localizavam-se no a n e l ex-
t e r n o e podiam s e r i d e n t i f i c a d o s com s u l f e t o de amÔnio, r e -
s u l t a n d o num a n e l amarelo d e CdS ao r e d o r do c í r c u l o p r e t o
de CuS.
O s procedimentos de a n á l i s e q u a l i t a t i v a no começo
16. c a r a c t e r i z a d o s pela i n s o l u b i l i d a d e , em água, de seus s u l f e -
t o s e hidróxidos e p e l a s o l u b i l i d a d e d e s t e s compostos em
á c i d o s d i l u í d o s . E s t e s c á t i o n s são p r e c i p i t a d o s com s u l f e t o
de amÔnio.
2+
O Grupo I V i n c l u i o s c á t i o n s CU , c d 2 + , pb2+ ,
2 + 3+ 3+ 5+ 2+ 4+Hg , B i , A s , A s , sb3+, sb5+, Sn e Sn . O s s u l f e -
t o s d e s t e s c á t i o n s s ã o i n s o l ú v e i s em água e em á c i d o s d i l u í -
dos, consequentemente são p r e c i p i t a d o s pelo g á s s u l f í d r i c o
(H2S) a p a r t i r de soluções aquosas a c i d u l a d a s com á c i d o m i -
n e r a l d i l u í d o .
O Subgrupo I V B é formado p e l o s í o n s As3+, AS^+ ,
sb3+, s b 5 + , sn2+ e s n 4 + . O s c á t i o n s do subgrupo 1 V B são
p r e c i p i t a d o s juntamente com o s í o n s do subgrupo IV A na for-
ma de s u l f e t o s . Posteriormente o s c á t i o n s do subgrupo I V B
s ã o separados dos c á t i o n s do subgrupo I V A p e l a d i f e r e n ç a d e
s o l u b i l i d a d e dos r e s p e c t i v o s s u l f e t o s em p o l i s s u l f e t o d e
amÔnio ou em hidróxido de sódio.
2+0 Grupo V i n c l u i os c á t i o n s ~ g +, ~ g ; + e Pb , cu-
j o s c l o r e t o s são i n s o l ú v e i s em água a f r i o e em á c i d o c l o r í -
d r i c o d i l u í d o a f r i o ; o s c l o r e t o s de todos o s o u t r o s í o n s
m e t á l i c o s são s o l ú v e i s .
Para a n á l i s e dos ânions não e x i s t e uma separação
s i s t e m á t i c a propriamente d i t a . O que s e f a z é t r a t a r a so-
lução contendo o s â n i o n s com c e r t o s r e a g e n t e s que p r e c i p i t a -
rão a l g u n s d e l e s . Se nenhum p r e c i p i t a d o o c o r r e r , todos os
p o s s í v e i s ânions que deveriam p r e c i p i t a r e s t a r ã o eliminados.
2-muns encontrados num l a b o r a t ó r i o : ~ 1 - ,Br-, I-, F-, S04 ,
O caderno de l a b o r a t ó r i o deve c o n t e r uma d e s c r i ç ã o
completa e p r e c i s a de todo o t r a b a l h o f e i t o . De um modo ge-
r a l , o estudante deve anotar o que e l e f ê z , o que e l e v i u e
o que c o n c l u i . Deve ainda acostumar-se a e s c r e v e r a s equa-
ções químicas à medida que são r e a l i z a d a s na p r á t i c a . Tudo
deve s e r anotado, mesmo que não s e j a o r e s u l t a d o esperado no
t e s t e f e i t o . Eventualmente i s s o poderá s e r Ú t i l na a n á l i s e
de uma amostra desconhecida.
O s r e s u l t a d o s o b t i d o s numa a n á l i s e deverão s e r en-
tregues ao p r o f e s s o r na forma de um r e l a t ó r i o que poderá t e r
a s e g u i n t e forma: suponha para e f e i t o de i l u s t r a ç ã o que a
amostra s e j a c o n s t i t u í d a d e A 1 (S04)3, ZnC12 e K C 1 .
2
1- Aspecto f í s i c o da amostra:
- s ó l i d o branco. c r i s t a l i n o
2- S o l u b i l i d a d e em áqua:
- s o l ú v e l em água f r i a ; solução i n c o l o r .
3- Análise de c á t i o n s :
19. No ponto de equivalência desta titulação uma espé-
cie (1/2H2S04) reage com uma espécie NaOH. O fator 1/2 é
chamado de fator de equivalência. ~ n t ã o uma espécie
(1/2H2S04) corresponde ao equivalente do H2S04 nesta reação.
Desta maneira, uma solução 1 Normal em H2S04 conte-
rá 1 mo1 de (1/2H2S04) por litro de solução. Como a massa
molar de (1/2H2S04) é 49 g/mol, esta solução conterá 49 g de
H2S04 por litro de solução. Esta solução será representada
por "H2S041N- feq = 1/2", onde "feq" é o fator de equivalên-
cia do ácido sulfúrico.
Quando certas substâncias são postas a reagir, o
que ocorre mais frequentemente é a reação não se completar.
Na realidade proporção que a reação vai ocorrendo as con-
centrações dos reagentes vão diminuindo até atingir um ponto
em que permanecem constantes. Este estado em que as concen-
trações dos reagentes permanecem constantes é chamado estado
de equilíbrio.
Considere-se a seguinte reação ocorrendo em solu-
ção.
e) Porcentagem em volume =
volume do soluto 100
volume da solução
Esta maneira de expressar a concentração das solu-
ções é representada por: % (v/v).
Considere-se uma solução aquosa-alcoólica contendo
95 rnl de álcool para cada 100 ml de solução. Substituindo-
se os valores númericos na equação acima obtém-se o valor de
95% para a porcentagem de álcool em volume.
massa do soluto
f) Porcentagem em Peso = x 100
massa da solução
A porcentagem em peso é representada por: % (m/m!.
Assim uma solução de água oxigenada 3 por cento em
em que A e B são os reagentes e C e D são os produtos da
reação. Suponha-se que todas as espécies são solúveis no
meio em que a reação é realizada.
Imagine-se uma experiência em que se parte de cer-
tas concentrações iniciais de A e B . A medida que a reação
vai ocorrendo as concentrações de A e B vão diminuindo e as
concentrações de C e D vão aumentando até atingir o estado
de equilíbrio. No estado de equilíbrio as concentrações de
todas as espécies permanecem inalteradas. Neste estado ob-
serva-se experimentalmente que a relação
peso, (3% (m/m)), contém 3 g de H202 por 100 g da solução.
22. A água s e r i a , à primeira v i s t a , considerada não
condutora de e l e t r i c i d a d e . Entretanto, 6 possível d e t e t a r
uma pequena corrente fluindo a t r a v é s da áqua quando apare-
l h o s b a s t a n t e s s e n s í v e i s são usados. Esta pequena condutân-
c i a evidência a presença de íons que devem provir da própria
d i s s o c i a ç ã o da água.
A formação desses íons pode s e r d e s c r i t a pela se-
g u i n t e equação.
Apesar do prÓton não e s t a r l i v r e , mas associado a
moléculas de água com formação do íon hidroxÔnio, H3@+ , a
ionização da água costuma s e r d e s c r i t a de maneira s i m p l i f i -
cada pela equação:
Este e q u i l í b r i o pode s e r d e s c r i t o pela expressao:
c";:; ,~n~~nt:-;ç;c. d; S,-~Z., ::!2n!, 1 2 2 ~ z c r ccnz:
derada constante em soluções d i l u í d a s , a mesma pode s e r com-
binada Com K para dar uma nova constante,
K ~ 2 0 :
Este produto é chamado "produto iÔnico da água" e
seu valor é i g u a l a 1 , O x 1 0 - l ~ à 2 5 O ~ . Outros valores para
d i f e r e n t e s temperaturas s e encontram na Tabela 11.1.
TABELA 11.1. Produtos 1Ônicos da Áqua*
* W. Stumm & J . J . Morgan.
"Aquatic Chemistry", John Wiley
& sons, 1 ~ 8 1 ,p.121.
28. Como no problema referente ao ácido a c é t i c o , e s t a
equação pode s e r aproximada para:
donde,
Então a s concentrações das v á r i a s espécies no e s t a -
do de e q u i l í b r i o serão a s seguintes:
[ N H ~ I= O, 100 moles. P-I
I N H ~ I= 1,34 x 1 0 - ~mo1es.l-'
[OH-1 = 1,34 x 1 0 - ~moles. E-'
Considere-se agora o cálculo do pH d e s t a solução.
Substituindo-se o valor da concentração de íons OH- na ex-
pressão do produto iÔnico da água tem-se:
A s s i m ,
Certas bases, chamadas bases f o r t e s , como NaOH e
KOH são consideradas 100%dissociadas em solução. Assim a
concentração de Tons OH- de uma solução 0.10 M de NaOH é
igual a 0,10 M.
TABELA 11.2. Constantes de ~ i s s o c i a ~ ã ode Ácidos Fracos
Ácido Equilíbrio
Ciânico
FÓrmico
c i a n i d r i c o
Fluorídrico
Sulf í d r i c o
Nitroso
Fosf Órico
HCNO 2 H + +
HCOOH 2 H + +
HCN 2 H + +
HF : H + +
31. vê-se que ambas substâncias funcionam como a c e i t a -
dores de prótons da água e portanto são bases de acordo com
o conceito apresentado acima.
Portanto tanto a h i d r ó l i s e de c á t i o n s como a hidró-
l i s e de ânions podem s e r entendidas como reações ácido-base
de acordo com o conceito de Bronsted e Lowry. Entretanto o
termo h i d r ó l i s e de s a i s continua a s e r usado por tradição.
Na verdade, a h i d r ó l i s e de s a i s em soluções aquosas
é simplesmente um caso especial de reações p r o t o l í t i c a s , ou
s e j a qualquer processo que envolva reações e n t r e os íons de
um s a l e a água.
Nota-se facilmente que a causa p r i n c i p a l da hidró-
l i s e c o n s i s t e na formação de uma substância pouco dissociada
e d a i , dependendo da força do ácido e da base que formam o
s a l , a h i d r ó l i s e pode r e s u l t a r numa solução ácida ou a l c a l i -
na.
O termo h i d r ó l i s e de s a i s é usado somente como um
termo t r a d i c i o n a l , que mostra o f a t o da variação do pH de
uma solução à qual s e adicionou s a i s contendo íons p r o t o l i -
ticamente a t i v o s .
Tome-se como exemplo o cálculo das concentrações
das espécies presentes e do pH de uma solução 0.10 M de ace-
t a t o d e -ódio. C n n s t ~ n t ~CIP h i d v 8 1 i ~ er i m ;on a ~ ~ + a + n6 i i ~
5 , 6 X 10-'O.
A equação que representa a h i d r ó l i s e é a seguinte:
Ac- + H20 HAc + OH-
e a expressão da constante de h i d r ó l i s e do íon acetato é da-
da por:
Suponha-se que no estado de e q u i l í b r i o x moles de
acetato s e encontram hidrolisados. Pela equação de hidrÓ-
l i s e vê-se que para cada mo1 de íon acetato que se hidrolisa
formam-se 1 mo1 de ácido acético e 1 mo1 de íons h i d r o x i l a .
Então no estado de e q u i l í b r i o tem-se:
[AC-I = 0,100 - x m o i e s . ~ -1
-1
[HAc] = x moles. F.
-1
[OH-] = x moles. 9.
Substituindo na expressão da constdnte de e q u i l í -
brio :
Fazendo-se a aproximação:
35. precipitação poderia não ser completa ou mesmo não ocorrer.
Por outro lado se o pH for muito alto pode ocorrer
2+ 2+
a precipitação de outros íons, como Ca e Sr .
Outro exemplo é a precipitação dos carbonatos de
2+ 2+ 2+ 2+
Ca , Sr e Ba na presença de íons Mg , onde usa-se uma
solução tampão constituída de anÔnia e cloreto de amÔnio.
Nessas condições a concentração dos íons OH- permanece sufi-
cientemente baixa para que não haja precipitação de Mg(OH)2
ou MgC03.
11-10. SOLUBILIDADE DE S~LIDOSIÔNICOS
A formação de precipitados a partir de íons em so-
lução, bem como a dissolução dos mesmos, são operações co-
muns no laboratório de análise quantitativa. ~eações de
precipitação são usadas tanto na identificação de ions como
na separação de certos íons de tal modo que uns precipitam e
outros permanecem em solução.
Por esta razão é importante considerar os equilí-
brios heterogênios estabelecidos entre sólidos iÔnicos e
íons em solução.
Considere-se o que acontece quando se coloca BaSO
sólido em água.
O sal irá se dissolver até atingir uma solução sa-
turada do mesmo. Neste estado, estabelece-se o seguinte
equi;ibriu:
cuja constante de equilíbrio é dada pela equação:
2+
onde [Ba 1 e [SO:-I representam as concentrações dos ions
2+ 2-Ba e S04 em solução, e [BaSoq(s)1 representa a concentra-
ção do BaS04 na fase sólida. A equação (6) pode ser rees-
crita da seguinte forma:
Como a concentração de Baço4 na fase sólida é cons-
tante, independente da quantidade de sólido presente segue-
se que:
2+ 2-KS0 = [Ba 1[S04 1
Nesta expressão a constante Kso é chamada de "pro-
2+duto de solubilidade". O produto [Ba 1 [so:-I é chamado de
produto iÔnico e será igual ao produto de solubilidade, Kso,
quando se tiver uma solução saturada em contato com o exces-
so de BaS04 sólido.
Se o sólido estiver em contato corn uma solução in-
saturada do sal, o produto iÔnico será menor que o produto
22 s ~ l ü L i l i l l a d ~ .Xesae Laau u j a l ;L< a e G i a a u i v e ~~ L Gque
o produto iõnico se iguale ao produto de solubilidade. Por
40. Como já foi visto, para que haja precipitação do
Mg(OH)2 é necessário que a concentração de íons OH- seja
-5 -1
maior do que 2,4 x 10 moles.% .
Por outro lado, a concentração de ions OH- necessá-
ria para atingir o produto de solubilidade do Fe(OH)3 é dado
por:
[OH-1 =
- -1 2 -1
= 5,3 x 10 moles .%
[Fe I l , o x 10
2+
~ntão,é possível manter os ions Mg em solução
desde que a concentração dos íons OH- seja menor que ou
-5 -1
igual a 2,4x10 moles. 9 .
Essa concentração por outro lado é mais que sufi-
ciente para ultrapassar o valor do Kso do Fe(OH)3.
Isto é feito na prática usando-se um tampão de NH3
e NH4C1.
Seja por exemplo, calcular a concentração de NH4 C1
necessária para evitar a precipitação de Mg(OH)2 de uma so-
lução 0.01 M em ng2+ e 0,10 M em NH3.
Sabe-se que para uma solução tampão vale:
daí,
80
então,
3+ 2+
Logo, se a mistura de íons Fe e Mg em solução
0,10 M for tratada com outra solução que é o 0,10 M em NH3 e
7.5~10-'M (ou > 7,5x10-~H) em NH4Cl, irá ocorrer a preci-
pitação do Fe(0H) mas não precipitará o M ~ ( o H ) ~ .
3'
Este recurso é usado comumente na análise qualita-
tiva a fim de manter a concentração de um precipitante sufi-
cientemente alta, de tal modo a precipitar quantitativamente
um cátion ou grupo de cátions e manter outros em solução.
11.14. PRECIPITAÇÃO DE SULFETOS
Numa solução aquosa de gás sulfídrico, tem-se que
considerar os equilíbrios envolvidos nas duas etapas de dis-
sociação do H2S:
43. 2 +
zn , deve-se ter:
-2 1 -1
um valor médio de 2,3 X 10 moles.2 pode ser
considerado um valor conveniente.
A partir disso pode-se calcular a concentração dos
íons H + e portanto de ácido forte que deve estar presente
para se ter esta concentração de íons sulfeto:
Na prática, observa-se que uma concentração de áci-
do forte da ordem de 0.3 M é apropriado para separar os dois
grupos de cátions.
Esta diferença é devida ao fato d e que nos cálculos
são desprezados certos fatores, assim como erros nos pró-
prios valores dos produtos de solubilidade*.
* É necessário, também, levar em conta que o tratamento de
equilíbrios apresentado aqui e em outras partes do livro é
simplificado, pois ignora equilíbrios laterais. Para um
tratamento mais exato destes equilíbrios, ver o artigo de A.
Ringbon "The Analyst and the Inconstant Constants", J. Chem.
Ed., 35, 282 (1958).
11-16. TIOACETAMIDA NA ANALISE QUALITATIVA
Um dos reagentes de grupo mais importante na análi-
se qualitativa é o gás sulfídrico, por causa da insolubili-
dade dos sulfetos de alguns cátions.
Apesar da enorme importância e do extensivo uso do
H2S como agente precipitante nos trabalhos analíticos. exis-
te algumas desvantagens, incluindo a sua toxidez e o odor
repugnante. Por esta razão muitos estudos foram feitos a
fim de se encontrar um substituto para o H S gerado em um
2
aparelho de Kipp, tais como, tiouréia, tioacetatos, tiogli-
colatos, tiacetamida entre outros.
Dentre os compostos sugeridos, a tioacetamida se
mostrou de grande valor na precipitação e separação dos sul-
fetos.'
A tioacetamida é solúvel em água e em etanol. Uma
solução aquosa é estável por meses quando armazenada em um
refrigerador. Se for guardada por muito tempo, uma solução
aquosa de tioacetamida pode desenvolver uma turbidez, mas é
possível filtrá-la adequadamente e usá-la do modo normal,
pois ela não perde suas características básicas.
Em solução, o reagente existe num equilíbrio envol-
vendo a amida e seu tioenol:.
A tioacetamida se hidroliza tanto em meio ácido
45. Um procedimento alternativo consiste no uso de uma
mistura de ácido clorídrico e ácido nítrico, como descrito
na parte experimental.
Se o arsenito estiver presente, ele também será
oxidado à arseniato:
No entanto, a tioacetamida é muito mais facilmente
oxidada do que o próprio H2S pela H202, formando enxofre co-
loidal. Aproximadamente uma gota de H202 3% oxida uma gota
de tioacetamida 1 M. Dai, deve-se destruir o excesso da
H202 usada na oxidação do estanho. Isto pode ser feito sim-
plesmente aquecendo-se a solução com cuidado até reduzir o
volume novamente aos 2 ml. Neste ponto a tioacetamida é
adicionada para precipitar os íons do subgrupo do arsênio e
do subgrupo do cobre de maneira já descrita.
Após a remoção destes cátions na forma dos respec-
tivos sulfetos, o líquido sobrenadante contém ainda os íons
do grupo I11 e do grupo 11.
Pode-se destruir o excesso da tioacetamida usada
anteriormente, adicionando-se 0,5 - 1,O ml de HC1 concentra-
do e fervendo-se a solução de tal modo a permitir uma redu-
ção de volume até quase a metade do inicial. Este processo
ocasiona a hidrolise de toda tioacetamida e o H 2 S produzido
é eliminado e pode ser testado por meio de uma tira de papel
umedecida com acetato de chumbo.
Ao líquido sobrenadante é adicionado gotas de NH 6
3
M até meio alcalino para provocar a precipitação do Fe(0H)
3
e do Cr(OH)3. Centrifugar, separar o líquido sobrenadante e
lavar os hidróxidos com 2 ml de água quente contendo 2 gotas
de NH4N03 1%, por centrifugação. Ao sobrenadante, transfe-
rido para outro tubo, adicionar 5-8 gotas da solução de
tioacetamida 1 M e aquecer em banho-maria por 5-10 minutos.
Novamente testar se a precipitação foi quantitativa. Sepa-
rar o precipitado que contém NiS, CoS, MnS e ZnS. Lavar com
2 ml de água quente, contendo 2 gotas de NH4N03 1%, por cen-
trifugação e tratar o sólido do modo convencional.
A seguir o mesmo procedimento já descrito para des-
truir o excesso da tioacetamida, com HC1 concentrado, pode
ser realizado, antes de precipitar o grupo do bário com
(NH4j2C03.
ReaçÕes de Óxido-redução são reaçÕes rias quais
ocorrem transferência de elétrons entre duas substâncias.
Como exemplo, considere-se a reação entre zinco me-
tálico e íons cu2+ em solução aquosa:
Nesse caso houve transferência de 2 elétrons de ca-
91
46. da átomo de z i n c o para cada átomo de c o b r e .
Em a l g u n s c a s o s e s s a t r a n s f e r ê n c i a de e l é t r o n s não
é t ã o e v i d e n t e , como por exemplo na r e a ç ã o e n t r e h i d r o g ê n i o
e o x i g ê n i o com formação de água,
Como pode s e r v i s t o , na molécula d e h i d r o g ê n i o há
um p a r d e e l é t r o n s compartilhado p e l o s d o i s átomos de h i d r o -
g ê n i o e na molécula de água há um p a r de e l é t r o n s comparti-
l h a d o e n t r e cada átomo d e h i d r o g ê n i o e o átomo de o x i g ê n i o .
E n t r e t a n t o , na molécula de h i d r o g ê n i o o p a r de e l é -
t r o n s é compartilhado igualmente p e l o s d o i s átomos por s e
t r a t a r d e n ú c l e o s i d ê n t i c o s . JS na molécula de água o s pa-
r e s de e l é t r o n s s ã o compartilhados desigualmente, i s t o é,
e l e s pertencem mais a o átomo de o x i g ê n i o do que a o s átomos
de h i d r o g ê n i o . I s t o o c o r r e porque o o x i g ê n i o é mais e l e t r o -
n e g a t i v o do que o h i d r o g ê n i o . P o r t a n t o e s t e é um exemplo de
r e a ç ã o de Óxido-redução em que há apenas uma t r a n s f e r ê n c i a
p a r c i a l d e e l é t r o n s .
Para f a c i l i t a r a v i s u a l i z a ç ã o da t r a n s f e r ê n c i a do
e l é t r o n s n a s r e a ç õ e s de Óxido-redução u t i l i z a - s e o chamado
"número d e oxidação" ou " e s t a d o de oxidação".
O número d e oxidação é d e f i n i d o como a c a r g a que
r e s u l t a p a r a um átomo quando o s e l é t r o n s s ã o c o n t a d o s d e
a c o r d o com c e r t a s r e g r a s a r b i t r á r i a s .
E s t a s r e g r a s s ã o a s s e g u i n t e s :
1. ~ l é t r o n scompartilhados e n t r e d o i s átomos i g u a i s
s ã o d i v i d i d o s igualmente e n t r e e l e s . Assim, o número de
oxidação do átomo de hidrogênio na molécula de hidrogênio é
z e r o . I s t o porque s ã o contados um e l é t r o n para cada átomo
de h i d r o g ê n i o , ( c a r g a -1) que por o u t r o l a d o p o s s u i c a r g a
+1no núcleo do átomo;
2. ~ l é t r o n scompartilhados e n t r e atonios d e s i g u a i s
s ã o contados para o átomo mais e l e t r o n e g a t i v o . Considere-se
o número de oxidação do hidrogênio e do o x i g ê n i o na molécula
de água.
Como o oxigênio é mais e l e t r o n e g d t i v o que v h i d r o -
g ê n i o o s e l é t r o n s compartilhados são contados para u átomo
de o x i g ê n i o . Procedendo-se d e s t a maneir-d, obrem-se o v a l o r
+ I para o número de oxidação do átomo de iiidrogênio ( c a r g a
+1 do n ú c l e o ) e o número d e oxidação - 2 para o atomo de o x i -
g ê n i o .
A p a r t i r d e s t a s r e g r a s d i s c u t i d a s f o r d n i deduzidas
a s s e g u i n t e s r e g r a s o p e r a c i o n a i s :
1. O número de oxidação de cada átuiiio iios e lenieiitos
l i v r e s é i g u a l a z e r o . Assim, o s r~Úrrieros d e vxidac;àr> do s ó .
d i o no Na, do hidrogênio no H 2 , do e n x o f r e i i c l S8 s ã o i y u a i s
a z e r o .
.- ,
? . !?c5 i x z sinpics c rG!?srz z!e : : < j 2 2 ; 3 2 ? > , . 4 , i G l S-
c a r g a do i o n . A s s i m , o s números de o x i d a ~ a odo s Ó d i o no íon
47. ~ a +é +1, do oxigênio no íon óxido (o2-) é -2, do f e r r o no
í o n f é r r i c o é +3 e íon ferros0 é +2.
3. O número de oxidação do oxigênio na maioria dos
compostos é -2. Uma exceção é nos peróxidos quando o núme-
r o de oxidação é -1.
Outra exceção é nos compostos de oxigênio e f l ú o r ,
Assim, no composto F O o número de oxidação do oxigênio é
2
+2.
4. O número de oxidação do hidrogênio na maioria
dos compostos é + l . Uma exceção é nos h i d r e t o s metálicos
quando o número de oxidação do hidrogênio é -1.
5.a. A soma algébrica dos números de oxidação de
todos os átomos de uma molécula neutra deve s e r i g u a l a ze-
r o , por exemplo:
5.b. A soma algébrica dos números de oxidação de
todos o s átomos em um íons complexo deve s e r i g u a l carga
do íon, por exemplo:
I
11.17.a. Siqnificado de Alquns Termos i,
I
il
Considere-se a reação de
2+ + ~n cuO + zn2+Cu
+2 o o +2 no de oxidação
O número de oxidação do zinco passou de zero para
+2 nesta reação. ~ n t ã o ,diz-se que o zinco sofreu uma oxi-
dação.
A l'oxidação" s e r e f e r e a um aumento no número de
oxidação e diz-se que o zinco f o i oxidado. Ainda na reação
o número de oxidação do cobre passou de +2 para zero. En-
tão, diz-se que o cobre sofreu uma redução.
A "redução" s e r e f e r e uma diminuição do número de
-oxidação e diz-se que o cobre f o i reduzido.
Por outro lado, o zinco que é o reagente que forne-
ceu os e l é t r o n s para a redução do cobre é chamado de "agente
redutor". O cobre que recebeu os e l é t r o n s do zinco, resul-
tando na oxidação deste elemento, é chamado de "agente . o x i -
dante" .
Considere-se outra reação de Óxido-redução:
C12 + 21- 7 2c1- + I2
O -1 -1 O no de oxidação
O cloro:
Sofreu diminuição no número de oxidação
r o i reduzido
é o agente oxidante
50. Fazendo-se o balanceamento de cargas pela adição de
íons H+:
Adicionando-se água para o balanceamento do oxigê-
nio, tem-se finalmente a equação balanceada:
Há sulfetos, como é o caso do sulfeto de mercúrio,
que não se dissolve em solução de HN03. Neste caso, utili-
za-se água régia, uma mistura de ácido clorídrico concentra-
do e ácido nítrico concentrado na proporção de 3:l v/v, para
a dissolução do mesmo.
Neste caso, além da reação de oxidação do íon sul-
feto à enxofre, tem-se a complexação do cátion Hg2+ com os
íons cloreto. Por esta razão, a água régia é mais eficiente
na dissolução do HgS que o ácido nítrico. A equação da rea-
ção mostrando apenas as substâncias que sofrem oxidação e
redução e o íon ~1-envolvidona complexação será:
HgS + NO; + ~ 1 -f ~9~1:- + s0 + NO
-2 +5 O +2 no de oxidação
l ? e - 4 7 e -
Fazendo o balanceamento dos elétrons transferidos:
Fazendo-se agora o balaceamento das cargas através
+da adição de ions H e o balanceamento do oxigênio através
da adição de água, tem-se a equação final:
Outros exemplos de dissolução de sulfeto, através
da oxidação do sulfeto, podem ser mostrados pela dissolução
do CoS e NiS com água oxigenada em.meio acético.
A equação final para a dissolução do CoS é dada
por :
cos +
H2°2
+ 2 H+ * co2+ + sO + 2H O
2
11.18. ~ O N SCOMPLEXOS
Na descrição da parte experimental deste livro é
muito comum referir-se a uma solução aquosa contendo íons
H+, ~ 1 ~ + ,cu2+ e ~ a + . Sabe-se, entretanto, que estes íons
encontram-se associados com moléculas de água e seriam mais
corretamente descritos como: H(H20)+, A ~ ( H ~ o ):I,CU(H~O):+ e
3 1
Mg(H20J;'. Estes ions hldratados sao exemplos de íons com-
plexos. Nestes íons há um átomo central ao qual estão liga-
57. a ) Esp6tuIa remimiuo ( tananho real )
U,.,b ) Adlcãa de reoqonhr
C 1 Sop~raçaodo uma solufão d o precipltado
sequentes da análise. Normalmente usa-se água destilada co-
mo água de lavagem, mas algumas vezes deve-se usar uma solu-
ção diluída do reagente usado na precipitação. A la-
vagem é realizada mediante a adiação do líquido de lavagem
sobre o precipitado. A seguir agita-se para dispersar o só-
lido, centrifuga-se e decanta-se o líquido. O volume do li-
quiao de lavagem vai depender da quantidade do sólido Ge-
ralmente faz-se duas ou três lavagens com 0,5 ml de líquido.
Existem casos que deve-se transferir um precipitado
de um tubo para outro. A transferência por es'pátula, sem
dúvida, será difícil. Para se transferir parte de um preci-
pitado de um tubo para outro, primeiro adiciona-se algumas
gotas do reagente usado na lavagem. Agita-se para formar
uma suspensão e a seguir transfere-se parte desta suspensão
para o outro tubo através de uma pipeta conta-gota. Lava-se
a pipeta com o próprio reagente, drenando para um dos tubos.
Finalmente, centrifuga-se e decanta-se os dois tubos. Tem-
se assim o precipitado em dois tubos prontos para serem tra-
tados independentemente na sequência da análise.
111.7. TESTE DA .ACIDEZ DO MEIO
Quando for necessário testar a acidez do meio, nun-
ca se deve mergulhar o papel indicador na solução a ser
testada, pois irá contaminá-la com o indicador e possivel-
mente com fibras do papel. Outra inconveniência ocorre
quando tem-se uma solução de somente algumas gotas. Obvia-
65. ~strôncio:O estrôncio como pode se esperar de sua
posição na tabela possui propriedades intermediá-
rias entre o cálcio e bário. Seus sais dão 5 chama do bico- --- .- - - - - - - - --
de Bunsen uma coloração vermelho-carmim.- .- - --- - - -
Bário: O bário é o elemento mais pesado desses qua-- -- --.- -- --
tro elementos e seus íons são muito tóxicos. O cromato de
-- - - - - -- -- -
bário é um dos compostos menos solúveis encontrados na aná-
lise qualitativa. Os sais de bário emprestam uma coloração- -
verde & chama do bico de Bunsen.-
Todas as soluções dos íons desse grupo são incolo-
res e seus sais apresentam caráter iÔnico e são brancos ou
incolores, a menos que esteja presente um ânion colorido.
Embora solúveis em água, os nitratos de estrôncio e bário
podem ser precipitados pela adição de ácido nítrico concen-
trado.
Os íons dos metais alcalinos terrosos não hidroli-
sam significativamente em solução e seus íons são bivalen-
tes. Os hidróxidos de cálcio, estrôncio e bário são bases
fortes.
Na Tabela V.1. são apresentados os produtos de so-
lubilidade dos hidróxidos e de alguns sais dos metais alca-
linos terrosos. O exame desta tabela permite ao estudante
entender a escolha dos reagentes usados na separação dos cá-
tions deste grupo.
> k ~ á l c i o ,estrôncio e bário rormam caroonatos insolú-
', - - - --- --
~ e i sem solução alcalina. O magnésio não precipita com hi-
130
d r ó ~ i d ~em presença de excesso de íons amÔnio que reduzem a
dos íons hidroxila a um valor tal, que o produ-
to de solubilidade do hidróxido de magnésio não é atingido.
por razões semelhantes, o carbonato de magnésio não precipi-
ta na presença de excesso de íons am~nio.%Esta propriedade
permite separar os íons Mg2+ de ca2+, sr2+ e ~ a ~ + .
TABELA V.1. Produtos de Solubilidade em Áquas de Alquns
Com~ostosde Maqnésio, cálcio, EstrÔncio e Bá-
rio a 2 5 O ~ .
Prova de Chama
OE r n 3 r ~ q & 5 2 5ngn ~~~~~~~~~nnsm p~=hupa ,-CIO-
ração & chama do bico de Bunsen. Assim a prova de chama não
131
68. d e magnésio como d i s c u t i d o a n t e r i o r m e n t e .
Adicionar em um tubo d e e n s a i o 2 g o t a s de uma solu-
ç ã o d e n i t r a t o de magnésio 0 , 2 M, 10 g o t a s de água, 2 g o t a s
d e á c i d o c l o r í d r i c o 6 M, 3 g o t a s d e monohidrogeno-fosfato de
s ó d i o 3M, e por fim a d i c i o n a r lentamente, à s g o t a s , h i d r ó x i -
do d e amÔnio 6 M a t é o meio f i c a r a l c a l i n o .
~ e v e r áhaver a formação d e um p r e c i p i t a d o branco de
MgNH4P04.6H20 que c r i s t a l i z a sob a forma c a r a c t e r í s t i c a de
e s t r e l a s e que pode s e r observado a o microscópio.
REAÇÕESDOS ÍONSca2+, sr2+e Ba
2+
Prova d e Chama
O procedimento para o s t e s t e s d e chama p a r a e s s e s
í o n s é i d ê n t i c o ao d e s c r i t o para í o n s s ó d i o e í o n s p o t á s s i o .
E s t e s í o n s originam a s s e g u i n t e s coloraçÕes 5 chama do b i c o
de Bunsen:
O s í o n s c á l c i o proporcionam chama uma c o l o r a ç ã o
vermelho t i j o l o , o b á r i o , verde-amarelado e o e s t r ô n c i o ,
vermelho carmim.
Devemos tomar o cuidado p a r a não c o n f u n d i r a c o l o -
r a ç ã o verde amarelada produzida por um s a l d e b á r i o , com a
c o l o r a ç ã o verde de um s a l de cobre.
AO t a z e r - s e O t e s t e de chama, aeve-se setripre U L I I I -
z a r s a i s umidecidos com á c i d o c l o r í d r i c o concentrado, i s t o
136
porque n i t r a t o s e s u l f a t o s não dão chamas c o l o r i d a s com a
mesma i n t e n s i d a d e daquela proveniente d e c l o r e t o s . N i t r a t o s
e s u l f a t o s decompõe-se à chama produzindo Óxidos que não
v o l a t i l i z a m f a c i l m e n t e .
b ) Reacão com Carbonato de ~rnÔnio
s o l u ç õ e s contendo í o n s de ca2+, sr2+ou ~ a ~ +quando
t r a t a d a s com solução de carbonato de amÔnio dão origem a
formação de p r e c i p i t a d o s brancos de Caco3, SrC03 e BaC03
respectivamente, que quando aquecidos s e tornam g r a d a t i v a -
mente c r i s t a l i n o s .
ca2+ + CO:- Caco3 ( s )
sr '++ CO:- SrCO3 ( s )
+
~ a ' + + CO:- c BaC03 ( s )
Adicionar em tubos d e e n s a i o separados, 10 g o t a s de
2+
M(N03) O, 2 M (onde M'+ = Ca , r + ou a . Adicionar a
s e g u i r 3 g o t a s de solução d e carbonato de amÔnio 1 . 5 M.
A g i t a r , aquecer o tubo em banho-maria e c e n t r i f u g a r o p r e c i -
p i t a d o . ~ p Ó sdesprezar o sobrenadante, s e p a r a r o s p r e c i p i -
t a d o s em 2 p a r t e s . Uma p a r t e deve s e r t r a t a d a com algumas
g o t a s de c l o r e t o de amÔnio 6 M e a o u t r a com algumas g o t a s
d e á c i d o a c é t i c o 6 M. No c a s o do t r a t a m e n t o do p r e c i p i t a d o
com c ~ o r e t oa e amÔnio o p r e c i p l ~ d a odever; yeriridriecer i r i d l -
t e r a d o enquanto no c a s o do t r a t a m e n t o com á c i d o a c é t i c o de-
71. f e r v e r ' l ) c e r c a de 5 minutos e c e n t r i f u g a r o p r e c i p i t a d o .
T e s t a r s e a p r e c i p i t a ç ã o f o i q u a n t i t a t i v a juntando algumas
g o t a s de carbonato de amÔnio 1.5 M ao l í q u i d o sobrenadante.
Se ainda houver p r e c i p i t a ç ã o , r e p e t i r e s s e procedimento a t é
não haver mais p r e c i p i t a c ã o pela adição de carbonato de amo-
n i o ao sobrenadante. Agitar para homogeneizar, c e n t r i f u g a r
e separar por decantação.
O l í q u i d o sobrenadante deve c o n t e r í o n s de magnésio
e sua presença deve s e r confirmada pela reação com f o s f a t o
de sódio, com a consequente formação de um p r e c i p i t a d o bran-
( 5 )co c r i s t a l i n o de MgNH P04 .6H20 .4
Lavar o precipitado, que deve conter os carbonatos
de c á l c i o , e s t r ô n c i o e b á r i o , com água quente, c e n t r i f u g a r e
desprezar o sobreriadante. Ao resíduo a d i c i o n a r ácido a c é t i -
co 6 M às g o t a s a t é completa dissolução. A s e g u i r , juntar 5
g o t a s de a c e t a t o de sódio 3 M e 10 g o t a s de dicromato de po-
t á s s i o 0 . 2 M e a g i t a r a solução. Aquecer em banho-maria,
c e n t r i f u g a r e v e r i f i c a r s e a p r e c i p i t a ç ã o f o i completa.
~ p Ó sa p r e c i p i t a ç ã o q u a n t i t a t i v a , c e n t r i f u g a r e separar o
sobrenadante por decantação. O p r e c i p i t a d o amarelo formado
deve s e r o BaCr04, enquanto que o sobrenadante deve c o n t e r
os í o n s ca2+ e ç r 2 + .
Lavar o p r e c i p i t a d o v á r i a s vezes com água d e s t i l a -
d a ( 6 ) , c e n t r i f u g a r e desprezar o sobrenadante. Dissolver o
resíduo com algumas g o t a s de ácido c l o r í d r i c o concentrado e
confirmar a presença de ~ a ' + pelo t e s t e de chama, cuja colo-
ração dsverá s p r ~ r ~ r A - - n m ~ ~ ~ lndõ
Ao l í q u i d o sobrenadante, adicionar 3 g o t a s de h i -
!! dróxido de amônio 6 M, cerca de 10 g o t a s de s u l f a t o de amo-
nio 2.5 M. a g i t a r e aquecer & ebulição. Centrifugar o pre-
c i p i t a d o e t e s t a r s e a precipitação f o i q u a n t i t a t i v a , adi-
cionando-se mais uma gota de s u l f a t o de amÔnio 2.5 M ao so-
brenadante. Se houver formação de mais precipitado, a g i t a r ,
aquecer A ebulição e c e n t r i f u g a r .
O p r e c i p i t a d o branco formado deve s e r o s u l f a t o de
e s t r ô n c i o e o sobrenadante deve conter o s í o n s ca2+.
Lavar o precipitado diversas vezes com água quente,
c e n t r i f u g a r e desprezar o sobrenadante. Dissolver o resíduo
com gotas de ácido c l o r í d r i c o concentrado e f a z e r o t e s t e de
chamat7) , c u j a coloração vermelho carmim confirma a presença
de e s t r ô n c i o .
Adicionar ao l í q u i d o sobrenadante 3 gotas de oxala-
t o de amÔnio 0,25 M, a g i t a r e deixar repousar cerca de 2 m i -
nutos. A formação de um precipitado branco de CaC204, con-
firma a presença de c á l c i o ( * ' . Centrifugar e desprezar o
sobrenadante. Lavar o precipitado v á r i a s vezes com água
destilad'a e desprezar a água de lavagem. Dissolver o r e s í -
duo com algumas gotas de ácido c l o r í d r i c o concentrado e fa-
zer o t e s t e de chama, cuja coloração vermelho-tijolo, indica
a presença de c á l c i o .
NOTAS
b u l r a t o à e cGicio é soiúvei airi suiu6zu Üt: suiLdLu de ciiiio-
nio concentrado e a quente. I s t o é devido, t a l v e z ,
84. N ~ Q U E L , ~ i ~ +
~ e a c ã ocom dimetilqlioxima
Colocar em um tubo de ensaio duas gotas de Ni(N03)2
0.2 M, cinco gotas de água d e s t i l a d a , algumas gotas de solu-
ção de dimetilglioxima 0 , l M e gotas de NH40H 6 M a t é o meio
f i c a r a l c a l i n o . Deve-se obdervar a formação de um p r e c i p i -
tado vermelho de dimetilglioximato de níquel:
A reação deve s e r f e i t a em meio ligeiramente amo-
n i a c a l porque o complexo s e decompõe em meio ácido, porém,
deve-se e v i t a r um excesso de NH40H devido à formação de
N ~ ( N H ~ F ~ + .
Deve-se tomar cuidado com i n t e r f e r ê n c i a s n e s t e t e s -
t e . O !?e2+forma um complexo solúvel vermelho semelhante ao
1
complexo de N i L + com dimetilglioxima. O Fe3' nao reage com
a dimetilglioxima, mas devido à presença do NH40H. há a for-
mação de Fe(OH)j. O co2+ também forma um complexo solúvel.
de cor castanho-amarelada, com a dimetilglioxima.
Mediante procedimento análogo ao crÔmio, desenvol-
ve-ke aqui uma pérola de cor marrom devido à formação do me-
taborato de níquel, Ni(B02)2,na chama oxidante e de c o r c i n -
za na chama redutora devido à formação de níquel metálico.
SEPARAÇÃO DOS CÁTIONS DO GRUPO I11
Na separação dos c á t i o n s deste grupo, pode-se em-
pregar a reação com NH40H em presença de NH4C1. Nessas con-
dições, precipitam F ~ ( O H ) ( 2 ) , A 1 (OH) 3, C r (OH)) e também po-
(3)de p r e c i p i t a r parcialmente M n ( 0 ~ ) ~, sendo conveniente in-
v e s t i g á - l o nessa etapa. Uma vez p r e c i p i t a d o s como hidróxi-
dos, pode-se separar e s s e s c á t i o n s e i d e n t i f i c á - l o s basean-
do-se nas suas propriedades estudadas anteriormente.
No sobrenadante, que deverá conter o s demais cá-
t i o n s desse grupo e eventualmente dos grupos I1 e I , quando
s e adiciona (NH4)2S em presença de NH40H e NH C 1 ocorre a
p r e c i p i t a ç ã o de CoS, NiS, ZnS e MnS. O s c á t i o n s dos grupos
I1 e I não deverão p r e c i p i t a r nessas condições. ( ~ o t a1 ) .