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1933-1939
OS FUNDAMENTOS DO
ESTADO NOVO
Cronologia da ditadura militar (1926-1932)
1926
Golpe Militar chefiado pelo general Gomes da Costa
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Carmona, Presidente por eleição
1929
Campanha do trigo
1930
Acto colonial; criação da União Nacional
1932
Oliveira Salazar, presidente do Conselho
O golpe militar de 28 de
Maio de 1926, conduzido
pelo general Gomes da
Costa, pôs fim à I
República e abriu
caminho a um regime
totalitário que só
terminou com a Revolução
de Abril de 1974.
O fim da I República
Oliveira
Salazar, o
grande ditador
Durante 48 anos Portugal viveu
sob uma ditadura que tinha
como referência ideológica o
fascismo italiano. O rosto da
ditadura era António de Oliveira
Salazar, professor de Finanças e
Economia na Universidade de
Coimbra que, em 1928, assumiu
a pasta de Ministro das
Finanças, e, em 1932, foi
nomeado presidente do
Conselho de Ministros (cargo
que ocupou até 1968).
Implantação e consolidação do Estado
Novo(1933-1945)
 1933 - ESTADO NOVO
 Constituição aprovada por plebiscito
 Estatuto do trabalhador; extinção dos sindicatos livres e dos partidos
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Tarrafal (Cabo Verde)
 1940
 Exposição do Mundo Português
 1945
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Alicerces do
regime
1.
Constituição
Constituição de 1933 – marca
a transição da ditadura militar
para a ditadura civil. Atribui peso
dominante ao poder executivo
(governo) e ao presidente,
subalternizando a Assembleia
Nacional que passava a ter apenas
deputados da União Nacional.
Alicerces
do regime
2. União Nacional
(1930) – único partido
autorizado
3. Acto colonial
(1930)
Missão civilizadora de Portugal
em África. «Pacto colonial» - as
colónias eram mero fornecedor de
matérias-primas para a indústria
metropolitana
Alicerces do
regime
4.
Estatuto do Trabalho
Nacional (1933) – inspirado na
Carta do Trabalho italiana,
regulamenta a organização
corporativa
Estabelece a organização dos
patrões em grémios e os
trabalhadores em sindicatos
nacionais.
Caraterísticas ideológicas do Estado Novo
Antiliberal, antidemocrático e
antiparlamentar;
Regime presidencialista, o poder
concentrava-se no presidente do
conselho.
A Nação como um todo orgânico e não
um conjunto de indivíduos isolados
pelo que os partidos eram considerados
um factor desagregador.
O Estado forte e autoritário assentava
na valorização do poder executivo.
Mocidade Portuguesa
1. Autoritarismo
e dirigismo
2. Culto da
personalidade
 Salazar era o intérprete do
supremo interesse nacional. Era
apresentado pela propaganda
como o «Salvador da Pátria»,
o «Guia da Nação». A sua
imagem estava presente em todos
os lugares públicos e era venerado
pelas multidões. Nunca usou
farda, não gostava de multidões,
cultivava uma imagem de
discrição, austeridade e
sobriedade
3.
Conservadorismo
– tradição e
ruralidade
DEUS, PÁTRIA,
FAMÍLIA,
AUTORIDADE,
PAZ SOCIAL,
HIERARQUIA,
MORALIDADE,
AUSTERIDADE
Distinto dos demais fascismos pelo
seu carácter conservador e
tradicionalista , o seu ideário baseava-se
em valores «inquestionáveis».
4.
Nacionalismo
exacerbado
«Tudo pela
Nação, nada
contra a Nação»
Glorificação do passado, exaltação
dos valores nacionais e inculcação de
valores (tradição, obediência,
respeito pela autoridade,
patriotismo) nas crianças na escola
5.
Corporativismo
– a concórdia na
organização
económica e
social
A Nação organizava-se em torno
da família e das corporações
morais (instituições de
assistência e caridade), culturais
(universidades e outras
agremiações científicas, artísticas,
literárias e desportivas) e
económicas (Casas do Povo,
Grémios, Sindicatos Nacionais,
Casas dos Pescadores). O Estatuto
do Trabalho Nacional estabelece a
organização dos patrões em
grémios e os trabalhdores em
sindicatos nacionais
6. Repressão política
Criou-se um poderoso
aparelho repressivo que
subordinava os direitos e
liberdades individuais aos
interesses do Estado.
PVDE / PIDE Polícia política
(1933) apoiada numa
estrutura de delatores
anónimos (informadores),
perseguia, prendia, torturava
e matava quem discordasse
do regime.
 Censura prévia
Vigilância rigorosa sobre os
intelectuais , constituindo uma
verdadeira ditadura intelectual.
7.
O
ENQUADRAMENTO
DAS MASSAS -
INCULCAÇÃO DE
VALORES
Secretariado de Propaganda
Nacional (SPN), 1933, dirigido
por António Ferro.
Obj: divulgação do ideário do
regime e padronização da cultura
de massas.
União Nacional , 1930
Salazar concebeu esta organização
como não partidária, mas na
prática assumiu-se como partido
único logo em 1934 elegendo os
90 deputados para a Assembleia
Nacional.
7. O
ENQUADRAMENT
O DAS MASSAS -
INCULCAÇÃO DE
VALORES
Legião Portuguesa – defesa do
«património espiritual da Nação , milícia
armada que incluia funcionários
públicos. Usavam uniforme (camisa
verde, calças castanhas e botas).
Mocidade Portuguesa, 1936
(Lusitos, Infantes, vanguardistas,
cadetes)– formação ideológica da
Juventude. Todos os estudantes do
primário e do secundário eram
obrigados a inscrever-se. Usavam
uniforme (camisa verde, calção, boné,
botas). A Mocidade Portuguesa Feminina
foi criada em 1937 (uniforme: camisa
verde, saia e boina).
7. O
ENQUADRAMENT
O DAS MASSAS -
INCULCAÇÃO DE
VALORES
FNAT (1935)– promoção de
ocupação dos tempos livres e
acordo com os padrões morais do
regime.
Obra das mães para a
Educação Nacional (1936)–
inculcação dos valores do regime
nas famílias através das mães.
Livro único – o Estado adopta
um livro «oficial» que era
concebido de acordo com a
ideologia do regime.
A POLÍTICA
COLONIAL
O Acto colonial
(1930) afirma a
«missão histórica
civilizadora dos
Portugueses nos
territórios
ultramarinos»
considerados parte
integrante do
território nacional.
PORTUGAL NÃO É UM PAÍS
PEQUENO O regime incutia no povo uma
mística imperial defendendo uma missão
civilizadora do povo português e representando
Portugal «uno» cuja dimensão imperial era
equivalente ao conjunto dos estados da Europa
ocidental.
Subordinação das colónias aos interesses da metrópole
Sob o ponto de vista
económico, estabeleceu-se um
regime de tipo «pacto
colonial», segundo o qual as
colónias teriam de fornecer à
metrópole as matérias primas
para a indústria e comprar a
esta os produtos fabricados.
A POLÍTICA COLONIAL
A POLÍTICA
COLONIAL
 O regime incutia no povo uma mística imperial
defendendo uma missão civilizadora do povo
português e representando Portugal «uno»
cuja dimensão imperial era equivalente ao
conjunto dos estados da Europa ocidental.
 Esta mística era alimentada com congressos,
exposições, cartazes e textos nos manuais
escolares.
A POLÍTICA
COLONIAL
Embora a
escravatura
fosse proibida,
os indígenas
eram
considerados
inferiores e
eram
segregados.
 Os «assimilados» (aqueles que eram
instruídos nas escolas portuguesas e
adotavam o comportamento e o modo de
vestir dos colonizadores) eram em escasso
número.
A POLÍTICA
COLONIAL
Mística
imperial –
destino da
pátria associado
à unidade do
Império:
propaganda
através de
congressos,
conferências e
exposições
 I Exposição Colonial Portuguesa – Porto,
1934;
 Exposição do Mundo Português – Lisboa,
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Uma economia submetida aos
imperativos políticos
 Modelo económico intervencionista - «O estado tem o direito e a
obrigação de coordenar superiormente a vida económica e social» (artº 31 da
Constituição de 1933).
 Corporativismo - A Nação organizava-se em torno da família e das
corporações morais (instituições de assistência e caridade), culturais
(universidades e outras agremiações científicas, artísticas, literárias e
desportivas) e económicas (Casas do Povo, Grémios, Sindicatos Nacionais,
Casas dos Pescadores). Cartaz de propaganda do regime, 1938. A Casa do Povo
era constituída por patrões e trabalhadores rurais.
Controle da economia
 Dirigismo estatal
Estabilidade financeira , equilíbrio
orçamental – aumento da receita
pública, diminuição a despesa.
 Meios:
 imposto complementar sobre o
rendimento;
 imposto profissional;
 imposto de salvação pública;
 taxa de salvação nacional;
 aumento das taxas
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Controlo da economia
 Defesa da ruralidade – exacerbado
ruralismo.
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nacional:
Barragens para irrigação;
Criação da Junta de colonização interna (1936) –
arborização, cultura cerealífera (campanha do trigo
– 1929-37);
«o trigo da nossa terra é a fronteira que melhor
nos defende»), vinha, oliveira, batata, cortiça e
frutas.
Campanha de consumo dos produtos nacionais;
 Incentivo à auto-subsistência;
Protecção aos proprietários (compra de colheitas
e estatização do mercado do trigo).
Obras públicas
 Estradas, caminho de ferro e
pontes (Douro e Tejo);
redes telegráfica e telefónica;
 Portos, barragens
hidroelétricas (Castelo de
Bode);
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históricos;
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 Universidades (Cidade
universitária - Lisboa e IST);
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 Biblioteca Nacional;
 Tribunais, prisões, bairros
operários, etc.
Estádio Nacional do Jamor, 10
junho 1944
Inauguração, desfile da Mocidade
portuguesa
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Qualquer indústria carecia de prévia autorização do
Estado para se estabelecer ou para efectuar qualquer
alteração;
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O estado novo versao simplificada

  • 2. Cronologia da ditadura militar (1926-1932) 1926 Golpe Militar chefiado pelo general Gomes da Costa 1928 Salazar ministro das Finanças; General Óscar Carmona, Presidente por eleição 1929 Campanha do trigo 1930 Acto colonial; criação da União Nacional 1932 Oliveira Salazar, presidente do Conselho
  • 3. O golpe militar de 28 de Maio de 1926, conduzido pelo general Gomes da Costa, pôs fim à I República e abriu caminho a um regime totalitário que só terminou com a Revolução de Abril de 1974. O fim da I República
  • 4. Oliveira Salazar, o grande ditador Durante 48 anos Portugal viveu sob uma ditadura que tinha como referência ideológica o fascismo italiano. O rosto da ditadura era António de Oliveira Salazar, professor de Finanças e Economia na Universidade de Coimbra que, em 1928, assumiu a pasta de Ministro das Finanças, e, em 1932, foi nomeado presidente do Conselho de Ministros (cargo que ocupou até 1968).
  • 5. Implantação e consolidação do Estado Novo(1933-1945)  1933 - ESTADO NOVO  Constituição aprovada por plebiscito  Estatuto do trabalhador; extinção dos sindicatos livres e dos partidos  Sindicatos Nacionais; Polícia política (PVDE)  Secretariado de Propaganda Nacional  1934  1ªs eleições legislativas (União Nacional)  1935  Criação da FNAT; 1ª Câmara Corporativa  1936  Mocidade Portuguesa e Legião Portuguesa; campo de concentração do Tarrafal (Cabo Verde)  1940  Exposição do Mundo Português  1945  Secretariado Nacional de Informação; PIDE
  • 6. Alicerces do regime 1. Constituição Constituição de 1933 – marca a transição da ditadura militar para a ditadura civil. Atribui peso dominante ao poder executivo (governo) e ao presidente, subalternizando a Assembleia Nacional que passava a ter apenas deputados da União Nacional.
  • 7. Alicerces do regime 2. União Nacional (1930) – único partido autorizado 3. Acto colonial (1930) Missão civilizadora de Portugal em África. «Pacto colonial» - as colónias eram mero fornecedor de matérias-primas para a indústria metropolitana
  • 8. Alicerces do regime 4. Estatuto do Trabalho Nacional (1933) – inspirado na Carta do Trabalho italiana, regulamenta a organização corporativa Estabelece a organização dos patrões em grémios e os trabalhadores em sindicatos nacionais.
  • 9. Caraterísticas ideológicas do Estado Novo Antiliberal, antidemocrático e antiparlamentar; Regime presidencialista, o poder concentrava-se no presidente do conselho. A Nação como um todo orgânico e não um conjunto de indivíduos isolados pelo que os partidos eram considerados um factor desagregador. O Estado forte e autoritário assentava na valorização do poder executivo. Mocidade Portuguesa 1. Autoritarismo e dirigismo
  • 10. 2. Culto da personalidade  Salazar era o intérprete do supremo interesse nacional. Era apresentado pela propaganda como o «Salvador da Pátria», o «Guia da Nação». A sua imagem estava presente em todos os lugares públicos e era venerado pelas multidões. Nunca usou farda, não gostava de multidões, cultivava uma imagem de discrição, austeridade e sobriedade
  • 11. 3. Conservadorismo – tradição e ruralidade DEUS, PÁTRIA, FAMÍLIA, AUTORIDADE, PAZ SOCIAL, HIERARQUIA, MORALIDADE, AUSTERIDADE Distinto dos demais fascismos pelo seu carácter conservador e tradicionalista , o seu ideário baseava-se em valores «inquestionáveis».
  • 12. 4. Nacionalismo exacerbado «Tudo pela Nação, nada contra a Nação» Glorificação do passado, exaltação dos valores nacionais e inculcação de valores (tradição, obediência, respeito pela autoridade, patriotismo) nas crianças na escola
  • 13. 5. Corporativismo – a concórdia na organização económica e social A Nação organizava-se em torno da família e das corporações morais (instituições de assistência e caridade), culturais (universidades e outras agremiações científicas, artísticas, literárias e desportivas) e económicas (Casas do Povo, Grémios, Sindicatos Nacionais, Casas dos Pescadores). O Estatuto do Trabalho Nacional estabelece a organização dos patrões em grémios e os trabalhdores em sindicatos nacionais
  • 14. 6. Repressão política Criou-se um poderoso aparelho repressivo que subordinava os direitos e liberdades individuais aos interesses do Estado. PVDE / PIDE Polícia política (1933) apoiada numa estrutura de delatores anónimos (informadores), perseguia, prendia, torturava e matava quem discordasse do regime.  Censura prévia Vigilância rigorosa sobre os intelectuais , constituindo uma verdadeira ditadura intelectual.
  • 15. 7. O ENQUADRAMENTO DAS MASSAS - INCULCAÇÃO DE VALORES Secretariado de Propaganda Nacional (SPN), 1933, dirigido por António Ferro. Obj: divulgação do ideário do regime e padronização da cultura de massas. União Nacional , 1930 Salazar concebeu esta organização como não partidária, mas na prática assumiu-se como partido único logo em 1934 elegendo os 90 deputados para a Assembleia Nacional.
  • 16. 7. O ENQUADRAMENT O DAS MASSAS - INCULCAÇÃO DE VALORES Legião Portuguesa – defesa do «património espiritual da Nação , milícia armada que incluia funcionários públicos. Usavam uniforme (camisa verde, calças castanhas e botas). Mocidade Portuguesa, 1936 (Lusitos, Infantes, vanguardistas, cadetes)– formação ideológica da Juventude. Todos os estudantes do primário e do secundário eram obrigados a inscrever-se. Usavam uniforme (camisa verde, calção, boné, botas). A Mocidade Portuguesa Feminina foi criada em 1937 (uniforme: camisa verde, saia e boina).
  • 17. 7. O ENQUADRAMENT O DAS MASSAS - INCULCAÇÃO DE VALORES FNAT (1935)– promoção de ocupação dos tempos livres e acordo com os padrões morais do regime. Obra das mães para a Educação Nacional (1936)– inculcação dos valores do regime nas famílias através das mães. Livro único – o Estado adopta um livro «oficial» que era concebido de acordo com a ideologia do regime.
  • 18. A POLÍTICA COLONIAL O Acto colonial (1930) afirma a «missão histórica civilizadora dos Portugueses nos territórios ultramarinos» considerados parte integrante do território nacional. PORTUGAL NÃO É UM PAÍS PEQUENO O regime incutia no povo uma mística imperial defendendo uma missão civilizadora do povo português e representando Portugal «uno» cuja dimensão imperial era equivalente ao conjunto dos estados da Europa ocidental.
  • 19. Subordinação das colónias aos interesses da metrópole Sob o ponto de vista económico, estabeleceu-se um regime de tipo «pacto colonial», segundo o qual as colónias teriam de fornecer à metrópole as matérias primas para a indústria e comprar a esta os produtos fabricados. A POLÍTICA COLONIAL
  • 20. A POLÍTICA COLONIAL  O regime incutia no povo uma mística imperial defendendo uma missão civilizadora do povo português e representando Portugal «uno» cuja dimensão imperial era equivalente ao conjunto dos estados da Europa ocidental.  Esta mística era alimentada com congressos, exposições, cartazes e textos nos manuais escolares.
  • 21. A POLÍTICA COLONIAL Embora a escravatura fosse proibida, os indígenas eram considerados inferiores e eram segregados.  Os «assimilados» (aqueles que eram instruídos nas escolas portuguesas e adotavam o comportamento e o modo de vestir dos colonizadores) eram em escasso número.
  • 22. A POLÍTICA COLONIAL Mística imperial – destino da pátria associado à unidade do Império: propaganda através de congressos, conferências e exposições  I Exposição Colonial Portuguesa – Porto, 1934;  Exposição do Mundo Português – Lisboa, 1940
  • 23. Uma economia submetida aos imperativos políticos  Modelo económico intervencionista - «O estado tem o direito e a obrigação de coordenar superiormente a vida económica e social» (artº 31 da Constituição de 1933).  Corporativismo - A Nação organizava-se em torno da família e das corporações morais (instituições de assistência e caridade), culturais (universidades e outras agremiações científicas, artísticas, literárias e desportivas) e económicas (Casas do Povo, Grémios, Sindicatos Nacionais, Casas dos Pescadores). Cartaz de propaganda do regime, 1938. A Casa do Povo era constituída por patrões e trabalhadores rurais.
  • 24. Controle da economia  Dirigismo estatal Estabilidade financeira , equilíbrio orçamental – aumento da receita pública, diminuição a despesa.  Meios:  imposto complementar sobre o rendimento;  imposto profissional;  imposto de salvação pública;  taxa de salvação nacional;  aumento das taxas alfandegárias.
  • 25. Controlo da economia  Defesa da ruralidade – exacerbado ruralismo. Medidas promotoras da «lavoura» nacional: Barragens para irrigação; Criação da Junta de colonização interna (1936) – arborização, cultura cerealífera (campanha do trigo – 1929-37); «o trigo da nossa terra é a fronteira que melhor nos defende»), vinha, oliveira, batata, cortiça e frutas. Campanha de consumo dos produtos nacionais;  Incentivo à auto-subsistência; Protecção aos proprietários (compra de colheitas e estatização do mercado do trigo).
  • 26. Obras públicas  Estradas, caminho de ferro e pontes (Douro e Tejo); redes telegráfica e telefónica;  Portos, barragens hidroelétricas (Castelo de Bode);  Restauro de monumentos históricos;  Hospitais; escolas;  Universidades (Cidade universitária - Lisboa e IST);  Estádios (Nacional em Lisboa);  Biblioteca Nacional;  Tribunais, prisões, bairros operários, etc. Estádio Nacional do Jamor, 10 junho 1944 Inauguração, desfile da Mocidade portuguesa
  • 27. Condicionamento industrial (cf. Lei de 1931) Obstáculos à modernização: Qualquer indústria carecia de prévia autorização do Estado para se estabelecer ou para efectuar qualquer alteração; Estimulava-se a pequena empresa e a utilização de força motriz tradicional; Dificultava-se a grande empresa com receio de agitação social e desemprego. As grandes empresas estavam vocacionadas para sectores de consumo popular (tabaco, fósforos, cerveja)e apoio à agricultura (adubos e química).