SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 50
1Maria Eugenia Frota da Rocha

Baixa visão-Educação visual
2Maria Eugenia Frota da Rocha

O Modelo Ecológico Funcional Na
Educação de Alunos com Deficiência Múltipla
Baixa Visão-Educação visual
B A I X A V I S Ã OB A I X A V I S Ã O
A L F A B E T I Z A Ç Ã OA L F A B E T I Z A Ç Ã O
&&
Maria Eugenia Frota da Rocha4
B A I X A V I S Ã OB A I X A V I S Ã O
A L F A B E T I Z A Ç Ã OA L F A B E T I Z A Ç Ã O
&&
1- A BAIXA VISÃO
2- A CRIANÇA DE BAIXA VISÃO
3- ALFABETIZANDO A CRIANÇA
DE BAIXA VISÃO
Maria Eugenia Frota da Rocha5
Atividades Administrativas e Pedagógicas noAtividades Administrativas e Pedagógicas no
Instituto BenjaminInstituto Benjamin ConstantConstant
• Chefe da DEN/DED
1991
• Assessora da Direção-
Geral - 2000 - 2002
• Diretora do
Departamento Médico e
de Reabilitação - 2001
• Alfabetizadora de criançasAlfabetizadora de crianças
com Baixa Visão do IBCcom Baixa Visão do IBC
1980/19911980/1991
• Coordenadora do Projeto deCoordenadora do Projeto de
Baixa Visão –1996/2001Baixa Visão –1996/2001
• Membro da Equipe doMembro da Equipe do
Projeto de Adap. MaterialProjeto de Adap. Material
Didático do IBC –1985/1990Didático do IBC –1985/1990
• Professora de Inglês dasProfessora de Inglês das
turmas da 2ª fase do IBC-turmas da 2ª fase do IBC-
1991,2003 e 20041991,2003 e 2004
Maria Eugenia Frota da Rocha6
Dados Estatísticos:Dados Estatísticos:
CENSO DE 2000 – IBGECENSO DE 2000 – IBGE
-População Brasileira: 169.799.170-População Brasileira: 169.799.170
-Total de Deficientes: 24.620.880 – 14,5%-Total de Deficientes: 24.620.880 – 14,5%
-Deficientes Visuais: 11.818.022 – 48%-Deficientes Visuais: 11.818.022 – 48%
-Total de Cegos: 148.000 (s/resíduo visual)-Total de Cegos: 148.000 (s/resíduo visual)
-Total de D.V. com algum resíduo visual:-Total de D.V. com algum resíduo visual:
11.670.02211.670.022
Maria Eugenia Frota da Rocha7
Censo IBGE 2000 - Os NúmerosCenso IBGE 2000 - Os Números
• Total de Deficientes
Visuais: (48%)
• 11.818.022
• Total de Cegos
(s/percepção de luz)
• 148.000
• Total de DVs comTotal de DVs com
resíduo Visual:resíduo Visual:
• 11.670.02211.670.022
Maria Eugenia Frota da Rocha8
ANATOMIA DO OLHOANATOMIA DO OLHO
Maria Eugenia Frota da Rocha9
O Globo OcularO Globo Ocular
Maria Eugenia Frota da Rocha10
O SISTEMA VISUALO SISTEMA VISUAL
Atividade CerebralAtividade Cerebral
Maria Eugenia Frota da Rocha11
Aproximadamente 70% dasAproximadamente 70% das
informações que nos chegam ao cérebroinformações que nos chegam ao cérebro
vêm através do olho.vêm através do olho.
Maria Eugenia Frota da Rocha12
A MEDIDA DA ACUIDADEA MEDIDA DA ACUIDADE
VISUALVISUAL
• EXAME CONVENCIONAL:
• A 20 pés ou 6 metros
• Optotipos projetados
•
• Tabelas para leitura de perto fixas.
• EXAME DA BAIXA VISÃO:
• É feita quase sempre uma
anemnese mais detalhada
envolvendo os aspectos da visão
funcional.
• Medida a 10 pés ou 3metros
• Tabelas em papelão ou plástico
fosco
• Tabelas para leitura de perto
adaptáveis às necessidades do
paciente.
• É realizado em sala adaptada
para melhores respostas.
• É realizado preferencialmente
com luz natural
Maria Eugenia Frota da Rocha13
A MEDIDA DA ACUIDADEA MEDIDA DA ACUIDADE
VISUAL -VISUAL - CriançasCrianças
• Um Capítulo à Parte:
• Depende do Nível de Desenvolvimento:
• Se conhece figuras, se coopera nas respostas
• Se não possui comprometimentos espaciais
severos etc
• Diante dessas Circunstâncias , na maioria das
vezes opta-se por avaliar a crinaç
informalmente:ex: objetos, jogos, brincadeiras
Maria Eugenia Frota da Rocha14
• Acuidade Visual: a medida, a quantidade de visão.
(mensurável, matemática) expressa em números.
• Funcionamento Visual: A utilização do potencial
visual em atividades diárias: locomoção, leitura,
claro, escuro etc ( ligado às funções visuais)
• Eficiência Visual : Como é a performance visual.
(competência)
• OBS: pessoas com a mesma acuidade podem
funcionar diferentemente, sendo mais ou menos
eficientes.
Maria Eugenia Frota da Rocha15
O QUE É BAIXA VISÃOO QUE É BAIXA VISÃO??
- Comprometimento severo e irreversível- Comprometimento severo e irreversível
da atividade visual que não pode serda atividade visual que não pode ser
corrigido através de procedimentoscorrigido através de procedimentos
cirúrgicos ou pela utilização de lentescirúrgicos ou pela utilização de lentes
convencionaisconvencionais
Grande Parte dos Pacientes Classificadas como CegosGrande Parte dos Pacientes Classificadas como Cegos
Legais Possui Algum Tipo de Resíduo Visual ÚtilLegais Possui Algum Tipo de Resíduo Visual Útil
Maria Eugenia Frota da Rocha16
O Principal Objetivo do AtendimentoO Principal Objetivo do Atendimento
à Baixa Visão é:à Baixa Visão é:
• Resgatar o máximo do potencial visualResgatar o máximo do potencial visual
residual para promover umresidual para promover um
desenvolvimento mais harmonioso, nodesenvolvimento mais harmonioso, no
caso das crianças, e nos adultos suacaso das crianças, e nos adultos sua
reabilitação ou reinserção na sociedade.reabilitação ou reinserção na sociedade.
Maria Eugenia Frota da Rocha17
Principais Causas da Def. Visual (B.V.)Principais Causas da Def. Visual (B.V.)
• Em Crianças:
• Coreorretinite Macular
(*) a maior causa de BV no
Brasil
• Catarata Congênita
• Glaucoma Congênito
• Retinopatia da
Prematuridade
• Albinismo
• Em Adultos:
• Glaucoma
• Diabetes
• Neurites
• Traumas e
acidentes
* Atenção aos quadrosAtenção aos quadros
sindrômicossindrômicos
Maria Eugenia Frota da Rocha18
Como é a VisãoComo é a Visão
NormalNormal com GLAUCOMAcom GLAUCOMA
Maria Eugenia Frota da Rocha19
Como é a Visão com:Como é a Visão com:
Catarata Ret. Pigmentar Lesão Macular
(Coreorretinite etc)
Maria Eugenia Frota da Rocha20
É portador de BAIXA VISÃOÉ portador de BAIXA VISÃO
quem possui:quem possui:
• Desde a percepção de luz até acuidadeDesde a percepção de luz até acuidade
visual de 20/60 no melhor olho apósvisual de 20/60 no melhor olho após
melhor correçãomelhor correção
• Cegueira Legal:Cegueira Legal: Acuidade Visual igualAcuidade Visual igual
ou inferior a 20/200 no melhor olho apósou inferior a 20/200 no melhor olho após
melhor correção ou campo visual inferiormelhor correção ou campo visual inferior
a 20º (a 20º (10º Bagcok10º Bagcok))
Maria Eugenia Frota da Rocha21
Dr. Gerald Fonda, em 1953 usou pela primeiraDr. Gerald Fonda, em 1953 usou pela primeira
vez o termo Baixa Visão.vez o termo Baixa Visão.
• Em 1976 foi aceito pela OMS
• Fonda dividiu a Baixa Visão em quatro
grupos: profunda, severa, moderada e
leve
• Dentre os quatro grupos da classificação
de Fonda 80% pertence aos grupos
moderados e leves e somente 20%
pertence ao grupo dos severos e
profundos
Maria Eugenia Frota da Rocha22
•1- Leve – acuidade visual de 20/60 a 20/80
•2- Moderada – acuidade visual de 20/80 a 20/160
•3- Severa- acuidade visual de 20/200 a 20/400
•4- Profunda – acuidade visual de 20/500 a 20/1000
Os Quatro Grupos da Baixa VisãoOs Quatro Grupos da Baixa Visão
Maria Eugenia Frota da Rocha23
OMS – CIDID - 1997OMS – CIDID - 1997
• OMS – Organização Mundial de Saúde
• Classificação Internacional das Deficiências,
Incapacidades e Desvantagens
enfatiza que:
A DEFICIÊNCIA DEVERÁ SER DIMENSIONADA NAA DEFICIÊNCIA DEVERÁ SER DIMENSIONADA NA
PROPORÇÃO DO PREJUÍZO SOCIAL.PROPORÇÃO DO PREJUÍZO SOCIAL.
Maria Eugenia Frota da Rocha24
A CRIANÇA DE BAIXAA CRIANÇA DE BAIXA
VISÃOVISÃO
“Deixe que a
criança olhe e
olhe novamente
e ajude-a a
entender o que
ela vê”.
Bill Bohier – Pres. Do Concelho Inter.
Para Pessoas com Defic. Visual
Maria Eugenia Frota da Rocha25
As crianças com Baixa Visão desde o
nascimento ou desde cedo muitas vezes não
estão conscientes de que sua visão é limitada e
diferente da visão das outras pessoas.
Maria Eugenia Frota da Rocha26
Durante a primeira infância grande parte do
aprendizado ocorre com o uso da visão.Quando
a visão é comprometida,a aprendizagem e a
comunicação podem ser afetadas.
Maria Eugenia Frota da Rocha27
NENHUMA CRIANÇA NASCE SABENDO VER:NENHUMA CRIANÇA NASCE SABENDO VER:
Maria Eugenia Frota da Rocha28
NENHUMA CRIANÇA NASCE SABENDO VERNENHUMA CRIANÇA NASCE SABENDO VER
• “Existe uma relação definida entre o uso da visão e o
progresso espontâneo do desenvolvimento perceptivo-
cognitivo.”
• “Enfatizar o desenvolvimento visual junto com o
desenvolvimento motor antes de qualquer tentativa de
ensinar linguagem simbólica.” (escrita e leitura)
Natalie Barraga
Maria Eugenia Frota da Rocha29
É necessário dar significado aoÉ necessário dar significado ao
que a criança de B.V. vê:que a criança de B.V. vê:
• Estimule sua consciência visual, chame atenção
para claro, escuro, sombras e focos de luz.
• Evidencie os atributos dos objetos: cores,
tamanhos, posição, distância etc
• Promova a percepção de semelhanças e diferenças.
Maria Eugenia Frota da Rocha30
OS RECURSOS PARA BAIXA VISÃO:OS RECURSOS PARA BAIXA VISÃO:
ÓPTICOS NÃO-ÓPTICOS
ÓCULOS AMPLIAÇÃO
LUPAS DE MÃO LÁPIS ESCUROS
LUPAS DE APOIO PAUTAS LARGAS
TELESSITEMAS TIPOSCÓPIO
RÉGUA PLANOCONVEXA SUPORTE P/ CADERNOS
Maria Eugenia Frota da Rocha31
OS RECURSOS ÓTICOS:OS RECURSOS ÓTICOS:
Lupa de
Mão
Lupa de Mão
Telessistema
C pia do Quadro c/ telessistemaó
R gua plano-convexaé
Maria Eugenia Frota da Rocha32
OUTROS RECURSOS:OUTROS RECURSOS:
Guia p/leitura ou Tiposc pioó
CCTV
Computador
Maria Eugenia Frota da Rocha33
OS RECUROS NÃO-ÓPTICOS
__________________________________________
__________________________________________
__________________________________________
__________________________________________
____________________________
Maria Eugenia Frota da Rocha34
E mais:E mais:
• A Iluminação
• O Contraste
• As adaptações de mobiliário e espaço físico
Maria Eugenia Frota da Rocha35
ALFABETIZAÇÃOALFABETIZAÇÃO
• É a capacidade de ler, entender e escrever
com significado.
• Escrita: representação gráfica de sons.
• Função da escrita: Registro e Comunicação
• Cidadania: entrada no mundo da língua
escrita portanto das idéias. Mundo das
representações , das leis, etc
Maria Eugenia Frota da Rocha36
ALFABETIZAÇÃOALFABETIZAÇÃO
• Etapa em que todas as aquisições do
sistema perceptivo-motor serão requeridas.
• Alfabetização é um processo que deverá
obrigatoriamente chegar ao domínio das
competências lingüísticas.
Maria Eugenia Frota da Rocha37
A Criança para Saber Ler eA Criança para Saber Ler e
Escrever deve:Escrever deve:
• Perceber-se como um ser independente,Perceber-se como um ser independente,
com vontade própria, parte de uma família,com vontade própria, parte de uma família,
de uma escola e de um grupo social.de uma escola e de um grupo social.
• Ter explorado ao máximo suas capacidadesTer explorado ao máximo suas capacidades
perceptiva-cognitivas antes de entrar noperceptiva-cognitivas antes de entrar no
campo simbólico da língua escrita.campo simbólico da língua escrita.
Maria Eugenia Frota da Rocha38
A Criança para Saber Ler eA Criança para Saber Ler e
Escrever deverá:Escrever deverá:
• Ter amadurecido seu sistema óculo-motor ,Ter amadurecido seu sistema óculo-motor ,
a progressão esquerda/direita, a lateralidade,a progressão esquerda/direita, a lateralidade,
ter estruturado sua noção de tempo e deter estruturado sua noção de tempo e de
espaço. Ter adquirido a capacidade deespaço. Ter adquirido a capacidade de
síntese e análise.síntese e análise.
Maria Eugenia Frota da Rocha39
A Criança para Saber Ler eA Criança para Saber Ler e
Escrever deverá:Escrever deverá:
• Perceber que a idéia está vinculada a sons; ex: a
palavra C A S A é um conjunto de letras que
representam sons, e não mais a idéia de que casa é
um ícone* , um desenho, como num auto-ditado:
* O chinês é uma escrita ideográfica, formada
por ideogramas, a nossa escrita é fonética.
Maria Eugenia Frota da Rocha40
Como Alfabetizar?Como Alfabetizar?
Maria Eugenia Frota da Rocha41
As Teorias se Somam e Cada UmaAs Teorias se Somam e Cada Uma
Traz em Si a Sua ContribuiçãoTraz em Si a Sua Contribuição
• A prática divorciada da teoria é um saber fazer sem
saber porquê. A teoria sem a prática é um saber sem ter
lugar para ser.
• No processo de alfabetização e em especial de crianças
com dificuldades visuais, um conjunto de variáveis
surgirá de maneira diferente em cada criança.
Diferentes padrões e ritmos, diferentes vivências etc.
• O CAMINHO PARA A CONSTRUÇÃO DO
CONHECIMENTO OBEDECE A CERTAS REGRAS
BÁSICAS E IMUTÁVEIS PORéM CADA UM O
PERCORRE DE MODO DIFERENTE.
Maria Eugenia Frota da Rocha42
As Teorias se Somam e Cada UmaAs Teorias se Somam e Cada Uma
Traz em Si a Sua ContribuiçãoTraz em Si a Sua Contribuição
• Nem todas as teorias juntas sobre a aquisição doNem todas as teorias juntas sobre a aquisição do
conhecimento, do desenvolvimento motor e dosconhecimento, do desenvolvimento motor e dos
comportamentos visuais , darão conta de explicarcomportamentos visuais , darão conta de explicar
com exatidão a trajetória que cada criançacom exatidão a trajetória que cada criança
percorre até conseguir ler e entender, parapercorre até conseguir ler e entender, para
então escrever e não copiar. Ela aqui desvenda osentão escrever e não copiar. Ela aqui desvenda os
“mistérios” dos pontinhos, dos sinais e penetra“mistérios” dos pontinhos, dos sinais e penetra
no mundo da escrita e da leitura.no mundo da escrita e da leitura.
Maria Eugenia Frota da Rocha43
Para os Professores de Crianças comPara os Professores de Crianças com
Baixa VisãoBaixa Visão
• Escolha sempre palavras e frases com significado
para a criança.Palavras de seu dia a dia e que façam
parte de seu universo.
• Casa, bala, bola, mamãe, batata etc
• Nunca sacrifique os aspectos do sentido em
detrimento à forma. Ex: Deixar de avançar nas
atividades porque a criança não possui domínio do
desenho das letras.
Maria Eugenia Frota da Rocha44
Para os Professores de Crianças comPara os Professores de Crianças com
Baixa VisãoBaixa Visão
Chame atenção para detalhes internos e externos dos
desenhos, símbolos e letras.
• Faça a criança copiar modelos, de traçados, figuras
geométricas, letras e algarismos
Maria Eugenia Frota da Rocha45
Para os Professores de Crianças comPara os Professores de Crianças com
Baixa VisãoBaixa Visão
Parta sempre do concreto (tridimensional),Parta sempre do concreto (tridimensional),
para o representativo (bidimensional)para o representativo (bidimensional)
Importante:Importante:
Esse tipo de atividades deverão ser desenvolvidas com crianças de BVEsse tipo de atividades deverão ser desenvolvidas com crianças de BV
mesmo tardiamente. Esta deverá trilhar todas as etapas do Desen.Vis.,mesmo tardiamente. Esta deverá trilhar todas as etapas do Desen.Vis.,
com vistas às atividades preparatórias da alfabetização e não mais paracom vistas às atividades preparatórias da alfabetização e não mais para
o desenvolvimento da visão propriamente dita.o desenvolvimento da visão propriamente dita.
• Todo o conhecimento parte da experiência ativa, passando doTodo o conhecimento parte da experiência ativa, passando do
do concreto para o simbólico representativo.do concreto para o simbólico representativo.
Maria Eugenia Frota da Rocha46
Para os Professores de Crianças comPara os Professores de Crianças com
Baixa VisãoBaixa Visão
• Em nossa prática docente no IBC observamos que um
percentual bem significativo de crianças chega para
matrícula sem terem tido qualquer tipo de estimulação
prévia. Estimamos que chegam para iniciar o ensino
fundamental no IBC talvez mais de 70% do total geral
das crianças que formam essas turmas. Valendo dizer
que os professores independentemente da idade dessas
crianças tentam suplementar a falta de estimulação
promovida nas atividades da educação infantil.
Maria Eugenia Frota da Rocha47
Para os Professores de Crianças comPara os Professores de Crianças com
Baixa VisãoBaixa Visão
Comece sempre das partes para o todo; a criança de
B.V. possui quase sempre falhas na percepção.
• Evite desenhos com muitos detalhes.
• Lembre-se de que há fonemas mais fáceis e mais
difíceis.
Maria Eugenia Frota da Rocha48
Para os Professores de Crianças comPara os Professores de Crianças com
Baixa Visão:Baixa Visão:
• Dê a criança tempo para ler, examinar, explorarDê a criança tempo para ler, examinar, explorar
muito material escrito.muito material escrito.
• Procure entender o funcionamento visual desta criança.Procure entender o funcionamento visual desta criança.
Observe seu ritmo, suas preferências e suasObserve seu ritmo, suas preferências e suas
dificuldades.dificuldades.
• Já trabalhando com textos, experimente ir aos poucosJá trabalhando com textos, experimente ir aos poucos
reduzindo o tamanho dos tipos ou das letras. Asreduzindo o tamanho dos tipos ou das letras. As
crianças podem chegar a níveis que irão surpreender.crianças podem chegar a níveis que irão surpreender.
Maria Eugenia Frota da Rocha49
Com Relação à AmpliaçãoCom Relação à Ampliação
• Use sempre tipos simples, sem muitos traços, de
início pode-se até usar uma letra por folha. Depois
paulatinamente vá reduzindo ao tamanho
adequado. Os livros comuns seguem esta
gradação.
• Para a maioria dos alunos de B.V. letrados do
IBC a fonte 24 é bem confortável. Tente atingir o
16 e 18.
Maria Eugenia Frota da Rocha50
Instituto Benjamin ConstantInstituto Benjamin Constant
150 anos 1854/2004150 anos 1854/2004

Mais conteúdo relacionado

Destaque

PNAIC - Refletindo sobre a ortografia na sala de aula
PNAIC - Refletindo sobre a ortografia na sala de aulaPNAIC - Refletindo sobre a ortografia na sala de aula
PNAIC - Refletindo sobre a ortografia na sala de aula
ElieneDias
 
PNAIC - O trabalho com ortografia na escola
PNAIC - O trabalho com ortografia na escolaPNAIC - O trabalho com ortografia na escola
PNAIC - O trabalho com ortografia na escola
ElieneDias
 

Destaque (19)

A atividade física como ferramenta para a inclusão
A atividade física como ferramenta para a inclusãoA atividade física como ferramenta para a inclusão
A atividade física como ferramenta para a inclusão
 
Manual prático da CIF
Manual prático da CIFManual prático da CIF
Manual prático da CIF
 
Sala de recursos multifuncionais
Sala de recursos multifuncionaisSala de recursos multifuncionais
Sala de recursos multifuncionais
 
Corrigido planejando as visitas às salas de aula -
Corrigido planejando as visitas às salas de aula -Corrigido planejando as visitas às salas de aula -
Corrigido planejando as visitas às salas de aula -
 
Dona Licinha conto1
Dona Licinha    conto1Dona Licinha    conto1
Dona Licinha conto1
 
Atividade 3 5_eunice slides a formiga e a neve c
Atividade 3 5_eunice slides a formiga e  a neve   cAtividade 3 5_eunice slides a formiga e  a neve   c
Atividade 3 5_eunice slides a formiga e a neve c
 
Falarcomdeu sco
Falarcomdeu scoFalarcomdeu sco
Falarcomdeu sco
 
DIA D 2014 - A COMUNIDADE ESCOLAR - O dia d e o pip 2
DIA D 2014 - A COMUNIDADE ESCOLAR - O dia d e o pip 2DIA D 2014 - A COMUNIDADE ESCOLAR - O dia d e o pip 2
DIA D 2014 - A COMUNIDADE ESCOLAR - O dia d e o pip 2
 
Mensagem dia dos pais
Mensagem dia dos paisMensagem dia dos pais
Mensagem dia dos pais
 
Eunice
EuniceEunice
Eunice
 
PNAIC - Refletindo sobre a ortografia na sala de aula
PNAIC - Refletindo sobre a ortografia na sala de aulaPNAIC - Refletindo sobre a ortografia na sala de aula
PNAIC - Refletindo sobre a ortografia na sala de aula
 
Devocional diario (1)
Devocional diario (1)Devocional diario (1)
Devocional diario (1)
 
Mensagem ao professor
Mensagem ao professorMensagem ao professor
Mensagem ao professor
 
PNAIC - O trabalho com ortografia na escola
PNAIC - O trabalho com ortografia na escolaPNAIC - O trabalho com ortografia na escola
PNAIC - O trabalho com ortografia na escola
 
Trabahando com crianças do berçário
Trabahando com crianças do berçárioTrabahando com crianças do berçário
Trabahando com crianças do berçário
 
Apresentação1 dia d correto dia dos pais 2013 correto
Apresentação1 dia d correto dia dos pais 2013 corretoApresentação1 dia d correto dia dos pais 2013 correto
Apresentação1 dia d correto dia dos pais 2013 correto
 
O menino que_aprendeu_a_ler[1]
O menino que_aprendeu_a_ler[1]O menino que_aprendeu_a_ler[1]
O menino que_aprendeu_a_ler[1]
 
A Difícil Arte de Conviver
A Difícil Arte de ConviverA Difícil Arte de Conviver
A Difícil Arte de Conviver
 
Apresentação flexibilização curricular
Apresentação flexibilização curricularApresentação flexibilização curricular
Apresentação flexibilização curricular
 

Semelhante a Criançass

Colecao ache boa_visao1
Colecao ache boa_visao1Colecao ache boa_visao1
Colecao ache boa_visao1
Ribeiroines
 
Colecao ache boa_visao1
Colecao ache boa_visao1Colecao ache boa_visao1
Colecao ache boa_visao1
Ribeiroines
 
powerpoint estrabismo (1).pptx
powerpoint estrabismo (1).pptxpowerpoint estrabismo (1).pptx
powerpoint estrabismo (1).pptx
ElsaMartins35
 
Orientação Técnica de 23/08/2013
Orientação Técnica de 23/08/2013Orientação Técnica de 23/08/2013
Orientação Técnica de 23/08/2013
diretoriabragpta
 
Deficiencia Visual
Deficiencia VisualDeficiencia Visual
Deficiencia Visual
Cassia Dias
 

Semelhante a Criançass (20)

Curso de Oftalmologia Pediátrica
Curso de Oftalmologia PediátricaCurso de Oftalmologia Pediátrica
Curso de Oftalmologia Pediátrica
 
CADERNO TV ESCOLA - DEFICIÊNCIA VISUAL
CADERNO TV ESCOLA - DEFICIÊNCIA VISUALCADERNO TV ESCOLA - DEFICIÊNCIA VISUAL
CADERNO TV ESCOLA - DEFICIÊNCIA VISUAL
 
Colecao ache boa_visao1
Colecao ache boa_visao1Colecao ache boa_visao1
Colecao ache boa_visao1
 
Colecao ache boa_visao1
Colecao ache boa_visao1Colecao ache boa_visao1
Colecao ache boa_visao1
 
SAÚDE DO IDOSO ENFERMAGEM 3
SAÚDE DO IDOSO ENFERMAGEM 3SAÚDE DO IDOSO ENFERMAGEM 3
SAÚDE DO IDOSO ENFERMAGEM 3
 
Apostila
ApostilaApostila
Apostila
 
Apostila
ApostilaApostila
Apostila
 
Apostila
ApostilaApostila
Apostila
 
Apostila libras
Apostila librasApostila libras
Apostila libras
 
Visaosubnormal
VisaosubnormalVisaosubnormal
Visaosubnormal
 
2 avaliacaomultidimensionaldoidoso
2 avaliacaomultidimensionaldoidoso2 avaliacaomultidimensionaldoidoso
2 avaliacaomultidimensionaldoidoso
 
Avaliacao De Saude No Idoso Dr Otavio Castello 27abr09 Versao Slideshare
Avaliacao De Saude No Idoso   Dr Otavio Castello   27abr09   Versao SlideshareAvaliacao De Saude No Idoso   Dr Otavio Castello   27abr09   Versao Slideshare
Avaliacao De Saude No Idoso Dr Otavio Castello 27abr09 Versao Slideshare
 
Apostila Dv
Apostila DvApostila Dv
Apostila Dv
 
powerpoint estrabismo (1).pptx
powerpoint estrabismo (1).pptxpowerpoint estrabismo (1).pptx
powerpoint estrabismo (1).pptx
 
Orientação Técnica de 23/08/2013
Orientação Técnica de 23/08/2013Orientação Técnica de 23/08/2013
Orientação Técnica de 23/08/2013
 
Evangelização de pessoas com deficiências
Evangelização de pessoas com deficiênciasEvangelização de pessoas com deficiências
Evangelização de pessoas com deficiências
 
Deficiencia Visual
Deficiencia VisualDeficiencia Visual
Deficiencia Visual
 
Apostila-DEFICIENTE VISUAL- EDUCAÇÃO E REABILITAÇÃO
Apostila-DEFICIENTE VISUAL-  EDUCAÇÃO E REABILITAÇÃOApostila-DEFICIENTE VISUAL-  EDUCAÇÃO E REABILITAÇÃO
Apostila-DEFICIENTE VISUAL- EDUCAÇÃO E REABILITAÇÃO
 
Avaliação da Acuidade Visual - Professor Robson
Avaliação da Acuidade Visual - Professor RobsonAvaliação da Acuidade Visual - Professor Robson
Avaliação da Acuidade Visual - Professor Robson
 
Deficiência visual
Deficiência visualDeficiência visual
Deficiência visual
 

Último

Slide - SAEB. língua portuguesa e matemática
Slide - SAEB. língua portuguesa e matemáticaSlide - SAEB. língua portuguesa e matemática
Slide - SAEB. língua portuguesa e matemática
sh5kpmr7w7
 
ATIVIDADE 2 - DESENVOLVIMENTO E APRENDIZAGEM MOTORA - 52_2024
ATIVIDADE 2 - DESENVOLVIMENTO E APRENDIZAGEM MOTORA - 52_2024ATIVIDADE 2 - DESENVOLVIMENTO E APRENDIZAGEM MOTORA - 52_2024
ATIVIDADE 2 - DESENVOLVIMENTO E APRENDIZAGEM MOTORA - 52_2024
azulassessoria9
 
República Velha (República da Espada e Oligárquica)-Sala de Aula.pdf
República Velha (República da Espada e Oligárquica)-Sala de Aula.pdfRepública Velha (República da Espada e Oligárquica)-Sala de Aula.pdf
República Velha (República da Espada e Oligárquica)-Sala de Aula.pdf
LidianeLill2
 
O estudo do controle motor nada mais é do que o estudo da natureza do movimen...
O estudo do controle motor nada mais é do que o estudo da natureza do movimen...O estudo do controle motor nada mais é do que o estudo da natureza do movimen...
O estudo do controle motor nada mais é do que o estudo da natureza do movimen...
azulassessoria9
 

Último (20)

Slide - SAEB. língua portuguesa e matemática
Slide - SAEB. língua portuguesa e matemáticaSlide - SAEB. língua portuguesa e matemática
Slide - SAEB. língua portuguesa e matemática
 
Falando de Física Quântica apresentação introd
Falando de Física Quântica apresentação introdFalando de Física Quântica apresentação introd
Falando de Física Quântica apresentação introd
 
GUIA DE APRENDIZAGEM 2024 9º A - História 1 BI.doc
GUIA DE APRENDIZAGEM 2024 9º A - História 1 BI.docGUIA DE APRENDIZAGEM 2024 9º A - História 1 BI.doc
GUIA DE APRENDIZAGEM 2024 9º A - História 1 BI.doc
 
Novena de Pentecostes com textos de São João Eudes
Novena de Pentecostes com textos de São João EudesNovena de Pentecostes com textos de São João Eudes
Novena de Pentecostes com textos de São João Eudes
 
Aula 25 - A america espanhola - colonização, exploraçãp e trabalho (mita e en...
Aula 25 - A america espanhola - colonização, exploraçãp e trabalho (mita e en...Aula 25 - A america espanhola - colonização, exploraçãp e trabalho (mita e en...
Aula 25 - A america espanhola - colonização, exploraçãp e trabalho (mita e en...
 
aprendizagem significatica, teórico David Ausubel
aprendizagem significatica, teórico David Ausubelaprendizagem significatica, teórico David Ausubel
aprendizagem significatica, teórico David Ausubel
 
Apresentação | Dia da Europa 2024 - Celebremos a União Europeia!
Apresentação | Dia da Europa 2024 - Celebremos a União Europeia!Apresentação | Dia da Europa 2024 - Celebremos a União Europeia!
Apresentação | Dia da Europa 2024 - Celebremos a União Europeia!
 
MESTRES DA CULTURA DE ASSARÉ Prof. Francisco Leite.pdf
MESTRES DA CULTURA DE ASSARÉ Prof. Francisco Leite.pdfMESTRES DA CULTURA DE ASSARÉ Prof. Francisco Leite.pdf
MESTRES DA CULTURA DE ASSARÉ Prof. Francisco Leite.pdf
 
Cartão de crédito e fatura do cartão.pptx
Cartão de crédito e fatura do cartão.pptxCartão de crédito e fatura do cartão.pptx
Cartão de crédito e fatura do cartão.pptx
 
M0 Atendimento – Definição, Importância .pptx
M0 Atendimento – Definição, Importância .pptxM0 Atendimento – Definição, Importância .pptx
M0 Atendimento – Definição, Importância .pptx
 
6ano variação linguística ensino fundamental.pptx
6ano variação linguística ensino fundamental.pptx6ano variação linguística ensino fundamental.pptx
6ano variação linguística ensino fundamental.pptx
 
Apresentação | Símbolos e Valores da União Europeia
Apresentação | Símbolos e Valores da União EuropeiaApresentação | Símbolos e Valores da União Europeia
Apresentação | Símbolos e Valores da União Europeia
 
ATIVIDADE 2 - DESENVOLVIMENTO E APRENDIZAGEM MOTORA - 52_2024
ATIVIDADE 2 - DESENVOLVIMENTO E APRENDIZAGEM MOTORA - 52_2024ATIVIDADE 2 - DESENVOLVIMENTO E APRENDIZAGEM MOTORA - 52_2024
ATIVIDADE 2 - DESENVOLVIMENTO E APRENDIZAGEM MOTORA - 52_2024
 
Tema de redação - As dificuldades para barrar o casamento infantil no Brasil ...
Tema de redação - As dificuldades para barrar o casamento infantil no Brasil ...Tema de redação - As dificuldades para barrar o casamento infantil no Brasil ...
Tema de redação - As dificuldades para barrar o casamento infantil no Brasil ...
 
Educação Financeira - Cartão de crédito665933.pptx
Educação Financeira - Cartão de crédito665933.pptxEducação Financeira - Cartão de crédito665933.pptx
Educação Financeira - Cartão de crédito665933.pptx
 
República Velha (República da Espada e Oligárquica)-Sala de Aula.pdf
República Velha (República da Espada e Oligárquica)-Sala de Aula.pdfRepública Velha (República da Espada e Oligárquica)-Sala de Aula.pdf
República Velha (República da Espada e Oligárquica)-Sala de Aula.pdf
 
Acessibilidade, inclusão e valorização da diversidade
Acessibilidade, inclusão e valorização da diversidadeAcessibilidade, inclusão e valorização da diversidade
Acessibilidade, inclusão e valorização da diversidade
 
O estudo do controle motor nada mais é do que o estudo da natureza do movimen...
O estudo do controle motor nada mais é do que o estudo da natureza do movimen...O estudo do controle motor nada mais é do que o estudo da natureza do movimen...
O estudo do controle motor nada mais é do que o estudo da natureza do movimen...
 
Sistema de Bibliotecas UCS - Cantos do fim do século
Sistema de Bibliotecas UCS  - Cantos do fim do séculoSistema de Bibliotecas UCS  - Cantos do fim do século
Sistema de Bibliotecas UCS - Cantos do fim do século
 
E a chuva ... (Livro pedagógico para ser usado na educação infantil e trabal...
E a chuva ...  (Livro pedagógico para ser usado na educação infantil e trabal...E a chuva ...  (Livro pedagógico para ser usado na educação infantil e trabal...
E a chuva ... (Livro pedagógico para ser usado na educação infantil e trabal...
 

Criançass

  • 1. 1Maria Eugenia Frota da Rocha  Baixa visão-Educação visual
  • 2. 2Maria Eugenia Frota da Rocha  O Modelo Ecológico Funcional Na Educação de Alunos com Deficiência Múltipla Baixa Visão-Educação visual
  • 3. B A I X A V I S Ã OB A I X A V I S Ã O A L F A B E T I Z A Ç Ã OA L F A B E T I Z A Ç Ã O &&
  • 4. Maria Eugenia Frota da Rocha4 B A I X A V I S Ã OB A I X A V I S Ã O A L F A B E T I Z A Ç Ã OA L F A B E T I Z A Ç Ã O && 1- A BAIXA VISÃO 2- A CRIANÇA DE BAIXA VISÃO 3- ALFABETIZANDO A CRIANÇA DE BAIXA VISÃO
  • 5. Maria Eugenia Frota da Rocha5 Atividades Administrativas e Pedagógicas noAtividades Administrativas e Pedagógicas no Instituto BenjaminInstituto Benjamin ConstantConstant • Chefe da DEN/DED 1991 • Assessora da Direção- Geral - 2000 - 2002 • Diretora do Departamento Médico e de Reabilitação - 2001 • Alfabetizadora de criançasAlfabetizadora de crianças com Baixa Visão do IBCcom Baixa Visão do IBC 1980/19911980/1991 • Coordenadora do Projeto deCoordenadora do Projeto de Baixa Visão –1996/2001Baixa Visão –1996/2001 • Membro da Equipe doMembro da Equipe do Projeto de Adap. MaterialProjeto de Adap. Material Didático do IBC –1985/1990Didático do IBC –1985/1990 • Professora de Inglês dasProfessora de Inglês das turmas da 2ª fase do IBC-turmas da 2ª fase do IBC- 1991,2003 e 20041991,2003 e 2004
  • 6. Maria Eugenia Frota da Rocha6 Dados Estatísticos:Dados Estatísticos: CENSO DE 2000 – IBGECENSO DE 2000 – IBGE -População Brasileira: 169.799.170-População Brasileira: 169.799.170 -Total de Deficientes: 24.620.880 – 14,5%-Total de Deficientes: 24.620.880 – 14,5% -Deficientes Visuais: 11.818.022 – 48%-Deficientes Visuais: 11.818.022 – 48% -Total de Cegos: 148.000 (s/resíduo visual)-Total de Cegos: 148.000 (s/resíduo visual) -Total de D.V. com algum resíduo visual:-Total de D.V. com algum resíduo visual: 11.670.02211.670.022
  • 7. Maria Eugenia Frota da Rocha7 Censo IBGE 2000 - Os NúmerosCenso IBGE 2000 - Os Números • Total de Deficientes Visuais: (48%) • 11.818.022 • Total de Cegos (s/percepção de luz) • 148.000 • Total de DVs comTotal de DVs com resíduo Visual:resíduo Visual: • 11.670.02211.670.022
  • 8. Maria Eugenia Frota da Rocha8 ANATOMIA DO OLHOANATOMIA DO OLHO
  • 9. Maria Eugenia Frota da Rocha9 O Globo OcularO Globo Ocular
  • 10. Maria Eugenia Frota da Rocha10 O SISTEMA VISUALO SISTEMA VISUAL Atividade CerebralAtividade Cerebral
  • 11. Maria Eugenia Frota da Rocha11 Aproximadamente 70% dasAproximadamente 70% das informações que nos chegam ao cérebroinformações que nos chegam ao cérebro vêm através do olho.vêm através do olho.
  • 12. Maria Eugenia Frota da Rocha12 A MEDIDA DA ACUIDADEA MEDIDA DA ACUIDADE VISUALVISUAL • EXAME CONVENCIONAL: • A 20 pés ou 6 metros • Optotipos projetados • • Tabelas para leitura de perto fixas. • EXAME DA BAIXA VISÃO: • É feita quase sempre uma anemnese mais detalhada envolvendo os aspectos da visão funcional. • Medida a 10 pés ou 3metros • Tabelas em papelão ou plástico fosco • Tabelas para leitura de perto adaptáveis às necessidades do paciente. • É realizado em sala adaptada para melhores respostas. • É realizado preferencialmente com luz natural
  • 13. Maria Eugenia Frota da Rocha13 A MEDIDA DA ACUIDADEA MEDIDA DA ACUIDADE VISUAL -VISUAL - CriançasCrianças • Um Capítulo à Parte: • Depende do Nível de Desenvolvimento: • Se conhece figuras, se coopera nas respostas • Se não possui comprometimentos espaciais severos etc • Diante dessas Circunstâncias , na maioria das vezes opta-se por avaliar a crinaç informalmente:ex: objetos, jogos, brincadeiras
  • 14. Maria Eugenia Frota da Rocha14 • Acuidade Visual: a medida, a quantidade de visão. (mensurável, matemática) expressa em números. • Funcionamento Visual: A utilização do potencial visual em atividades diárias: locomoção, leitura, claro, escuro etc ( ligado às funções visuais) • Eficiência Visual : Como é a performance visual. (competência) • OBS: pessoas com a mesma acuidade podem funcionar diferentemente, sendo mais ou menos eficientes.
  • 15. Maria Eugenia Frota da Rocha15 O QUE É BAIXA VISÃOO QUE É BAIXA VISÃO?? - Comprometimento severo e irreversível- Comprometimento severo e irreversível da atividade visual que não pode serda atividade visual que não pode ser corrigido através de procedimentoscorrigido através de procedimentos cirúrgicos ou pela utilização de lentescirúrgicos ou pela utilização de lentes convencionaisconvencionais Grande Parte dos Pacientes Classificadas como CegosGrande Parte dos Pacientes Classificadas como Cegos Legais Possui Algum Tipo de Resíduo Visual ÚtilLegais Possui Algum Tipo de Resíduo Visual Útil
  • 16. Maria Eugenia Frota da Rocha16 O Principal Objetivo do AtendimentoO Principal Objetivo do Atendimento à Baixa Visão é:à Baixa Visão é: • Resgatar o máximo do potencial visualResgatar o máximo do potencial visual residual para promover umresidual para promover um desenvolvimento mais harmonioso, nodesenvolvimento mais harmonioso, no caso das crianças, e nos adultos suacaso das crianças, e nos adultos sua reabilitação ou reinserção na sociedade.reabilitação ou reinserção na sociedade.
  • 17. Maria Eugenia Frota da Rocha17 Principais Causas da Def. Visual (B.V.)Principais Causas da Def. Visual (B.V.) • Em Crianças: • Coreorretinite Macular (*) a maior causa de BV no Brasil • Catarata Congênita • Glaucoma Congênito • Retinopatia da Prematuridade • Albinismo • Em Adultos: • Glaucoma • Diabetes • Neurites • Traumas e acidentes * Atenção aos quadrosAtenção aos quadros sindrômicossindrômicos
  • 18. Maria Eugenia Frota da Rocha18 Como é a VisãoComo é a Visão NormalNormal com GLAUCOMAcom GLAUCOMA
  • 19. Maria Eugenia Frota da Rocha19 Como é a Visão com:Como é a Visão com: Catarata Ret. Pigmentar Lesão Macular (Coreorretinite etc)
  • 20. Maria Eugenia Frota da Rocha20 É portador de BAIXA VISÃOÉ portador de BAIXA VISÃO quem possui:quem possui: • Desde a percepção de luz até acuidadeDesde a percepção de luz até acuidade visual de 20/60 no melhor olho apósvisual de 20/60 no melhor olho após melhor correçãomelhor correção • Cegueira Legal:Cegueira Legal: Acuidade Visual igualAcuidade Visual igual ou inferior a 20/200 no melhor olho apósou inferior a 20/200 no melhor olho após melhor correção ou campo visual inferiormelhor correção ou campo visual inferior a 20º (a 20º (10º Bagcok10º Bagcok))
  • 21. Maria Eugenia Frota da Rocha21 Dr. Gerald Fonda, em 1953 usou pela primeiraDr. Gerald Fonda, em 1953 usou pela primeira vez o termo Baixa Visão.vez o termo Baixa Visão. • Em 1976 foi aceito pela OMS • Fonda dividiu a Baixa Visão em quatro grupos: profunda, severa, moderada e leve • Dentre os quatro grupos da classificação de Fonda 80% pertence aos grupos moderados e leves e somente 20% pertence ao grupo dos severos e profundos
  • 22. Maria Eugenia Frota da Rocha22 •1- Leve – acuidade visual de 20/60 a 20/80 •2- Moderada – acuidade visual de 20/80 a 20/160 •3- Severa- acuidade visual de 20/200 a 20/400 •4- Profunda – acuidade visual de 20/500 a 20/1000 Os Quatro Grupos da Baixa VisãoOs Quatro Grupos da Baixa Visão
  • 23. Maria Eugenia Frota da Rocha23 OMS – CIDID - 1997OMS – CIDID - 1997 • OMS – Organização Mundial de Saúde • Classificação Internacional das Deficiências, Incapacidades e Desvantagens enfatiza que: A DEFICIÊNCIA DEVERÁ SER DIMENSIONADA NAA DEFICIÊNCIA DEVERÁ SER DIMENSIONADA NA PROPORÇÃO DO PREJUÍZO SOCIAL.PROPORÇÃO DO PREJUÍZO SOCIAL.
  • 24. Maria Eugenia Frota da Rocha24 A CRIANÇA DE BAIXAA CRIANÇA DE BAIXA VISÃOVISÃO “Deixe que a criança olhe e olhe novamente e ajude-a a entender o que ela vê”. Bill Bohier – Pres. Do Concelho Inter. Para Pessoas com Defic. Visual
  • 25. Maria Eugenia Frota da Rocha25 As crianças com Baixa Visão desde o nascimento ou desde cedo muitas vezes não estão conscientes de que sua visão é limitada e diferente da visão das outras pessoas.
  • 26. Maria Eugenia Frota da Rocha26 Durante a primeira infância grande parte do aprendizado ocorre com o uso da visão.Quando a visão é comprometida,a aprendizagem e a comunicação podem ser afetadas.
  • 27. Maria Eugenia Frota da Rocha27 NENHUMA CRIANÇA NASCE SABENDO VER:NENHUMA CRIANÇA NASCE SABENDO VER:
  • 28. Maria Eugenia Frota da Rocha28 NENHUMA CRIANÇA NASCE SABENDO VERNENHUMA CRIANÇA NASCE SABENDO VER • “Existe uma relação definida entre o uso da visão e o progresso espontâneo do desenvolvimento perceptivo- cognitivo.” • “Enfatizar o desenvolvimento visual junto com o desenvolvimento motor antes de qualquer tentativa de ensinar linguagem simbólica.” (escrita e leitura) Natalie Barraga
  • 29. Maria Eugenia Frota da Rocha29 É necessário dar significado aoÉ necessário dar significado ao que a criança de B.V. vê:que a criança de B.V. vê: • Estimule sua consciência visual, chame atenção para claro, escuro, sombras e focos de luz. • Evidencie os atributos dos objetos: cores, tamanhos, posição, distância etc • Promova a percepção de semelhanças e diferenças.
  • 30. Maria Eugenia Frota da Rocha30 OS RECURSOS PARA BAIXA VISÃO:OS RECURSOS PARA BAIXA VISÃO: ÓPTICOS NÃO-ÓPTICOS ÓCULOS AMPLIAÇÃO LUPAS DE MÃO LÁPIS ESCUROS LUPAS DE APOIO PAUTAS LARGAS TELESSITEMAS TIPOSCÓPIO RÉGUA PLANOCONVEXA SUPORTE P/ CADERNOS
  • 31. Maria Eugenia Frota da Rocha31 OS RECURSOS ÓTICOS:OS RECURSOS ÓTICOS: Lupa de Mão Lupa de Mão Telessistema C pia do Quadro c/ telessistemaó R gua plano-convexaé
  • 32. Maria Eugenia Frota da Rocha32 OUTROS RECURSOS:OUTROS RECURSOS: Guia p/leitura ou Tiposc pioó CCTV Computador
  • 33. Maria Eugenia Frota da Rocha33 OS RECUROS NÃO-ÓPTICOS __________________________________________ __________________________________________ __________________________________________ __________________________________________ ____________________________
  • 34. Maria Eugenia Frota da Rocha34 E mais:E mais: • A Iluminação • O Contraste • As adaptações de mobiliário e espaço físico
  • 35. Maria Eugenia Frota da Rocha35 ALFABETIZAÇÃOALFABETIZAÇÃO • É a capacidade de ler, entender e escrever com significado. • Escrita: representação gráfica de sons. • Função da escrita: Registro e Comunicação • Cidadania: entrada no mundo da língua escrita portanto das idéias. Mundo das representações , das leis, etc
  • 36. Maria Eugenia Frota da Rocha36 ALFABETIZAÇÃOALFABETIZAÇÃO • Etapa em que todas as aquisições do sistema perceptivo-motor serão requeridas. • Alfabetização é um processo que deverá obrigatoriamente chegar ao domínio das competências lingüísticas.
  • 37. Maria Eugenia Frota da Rocha37 A Criança para Saber Ler eA Criança para Saber Ler e Escrever deve:Escrever deve: • Perceber-se como um ser independente,Perceber-se como um ser independente, com vontade própria, parte de uma família,com vontade própria, parte de uma família, de uma escola e de um grupo social.de uma escola e de um grupo social. • Ter explorado ao máximo suas capacidadesTer explorado ao máximo suas capacidades perceptiva-cognitivas antes de entrar noperceptiva-cognitivas antes de entrar no campo simbólico da língua escrita.campo simbólico da língua escrita.
  • 38. Maria Eugenia Frota da Rocha38 A Criança para Saber Ler eA Criança para Saber Ler e Escrever deverá:Escrever deverá: • Ter amadurecido seu sistema óculo-motor ,Ter amadurecido seu sistema óculo-motor , a progressão esquerda/direita, a lateralidade,a progressão esquerda/direita, a lateralidade, ter estruturado sua noção de tempo e deter estruturado sua noção de tempo e de espaço. Ter adquirido a capacidade deespaço. Ter adquirido a capacidade de síntese e análise.síntese e análise.
  • 39. Maria Eugenia Frota da Rocha39 A Criança para Saber Ler eA Criança para Saber Ler e Escrever deverá:Escrever deverá: • Perceber que a idéia está vinculada a sons; ex: a palavra C A S A é um conjunto de letras que representam sons, e não mais a idéia de que casa é um ícone* , um desenho, como num auto-ditado: * O chinês é uma escrita ideográfica, formada por ideogramas, a nossa escrita é fonética.
  • 40. Maria Eugenia Frota da Rocha40 Como Alfabetizar?Como Alfabetizar?
  • 41. Maria Eugenia Frota da Rocha41 As Teorias se Somam e Cada UmaAs Teorias se Somam e Cada Uma Traz em Si a Sua ContribuiçãoTraz em Si a Sua Contribuição • A prática divorciada da teoria é um saber fazer sem saber porquê. A teoria sem a prática é um saber sem ter lugar para ser. • No processo de alfabetização e em especial de crianças com dificuldades visuais, um conjunto de variáveis surgirá de maneira diferente em cada criança. Diferentes padrões e ritmos, diferentes vivências etc. • O CAMINHO PARA A CONSTRUÇÃO DO CONHECIMENTO OBEDECE A CERTAS REGRAS BÁSICAS E IMUTÁVEIS PORéM CADA UM O PERCORRE DE MODO DIFERENTE.
  • 42. Maria Eugenia Frota da Rocha42 As Teorias se Somam e Cada UmaAs Teorias se Somam e Cada Uma Traz em Si a Sua ContribuiçãoTraz em Si a Sua Contribuição • Nem todas as teorias juntas sobre a aquisição doNem todas as teorias juntas sobre a aquisição do conhecimento, do desenvolvimento motor e dosconhecimento, do desenvolvimento motor e dos comportamentos visuais , darão conta de explicarcomportamentos visuais , darão conta de explicar com exatidão a trajetória que cada criançacom exatidão a trajetória que cada criança percorre até conseguir ler e entender, parapercorre até conseguir ler e entender, para então escrever e não copiar. Ela aqui desvenda osentão escrever e não copiar. Ela aqui desvenda os “mistérios” dos pontinhos, dos sinais e penetra“mistérios” dos pontinhos, dos sinais e penetra no mundo da escrita e da leitura.no mundo da escrita e da leitura.
  • 43. Maria Eugenia Frota da Rocha43 Para os Professores de Crianças comPara os Professores de Crianças com Baixa VisãoBaixa Visão • Escolha sempre palavras e frases com significado para a criança.Palavras de seu dia a dia e que façam parte de seu universo. • Casa, bala, bola, mamãe, batata etc • Nunca sacrifique os aspectos do sentido em detrimento à forma. Ex: Deixar de avançar nas atividades porque a criança não possui domínio do desenho das letras.
  • 44. Maria Eugenia Frota da Rocha44 Para os Professores de Crianças comPara os Professores de Crianças com Baixa VisãoBaixa Visão Chame atenção para detalhes internos e externos dos desenhos, símbolos e letras. • Faça a criança copiar modelos, de traçados, figuras geométricas, letras e algarismos
  • 45. Maria Eugenia Frota da Rocha45 Para os Professores de Crianças comPara os Professores de Crianças com Baixa VisãoBaixa Visão Parta sempre do concreto (tridimensional),Parta sempre do concreto (tridimensional), para o representativo (bidimensional)para o representativo (bidimensional) Importante:Importante: Esse tipo de atividades deverão ser desenvolvidas com crianças de BVEsse tipo de atividades deverão ser desenvolvidas com crianças de BV mesmo tardiamente. Esta deverá trilhar todas as etapas do Desen.Vis.,mesmo tardiamente. Esta deverá trilhar todas as etapas do Desen.Vis., com vistas às atividades preparatórias da alfabetização e não mais paracom vistas às atividades preparatórias da alfabetização e não mais para o desenvolvimento da visão propriamente dita.o desenvolvimento da visão propriamente dita. • Todo o conhecimento parte da experiência ativa, passando doTodo o conhecimento parte da experiência ativa, passando do do concreto para o simbólico representativo.do concreto para o simbólico representativo.
  • 46. Maria Eugenia Frota da Rocha46 Para os Professores de Crianças comPara os Professores de Crianças com Baixa VisãoBaixa Visão • Em nossa prática docente no IBC observamos que um percentual bem significativo de crianças chega para matrícula sem terem tido qualquer tipo de estimulação prévia. Estimamos que chegam para iniciar o ensino fundamental no IBC talvez mais de 70% do total geral das crianças que formam essas turmas. Valendo dizer que os professores independentemente da idade dessas crianças tentam suplementar a falta de estimulação promovida nas atividades da educação infantil.
  • 47. Maria Eugenia Frota da Rocha47 Para os Professores de Crianças comPara os Professores de Crianças com Baixa VisãoBaixa Visão Comece sempre das partes para o todo; a criança de B.V. possui quase sempre falhas na percepção. • Evite desenhos com muitos detalhes. • Lembre-se de que há fonemas mais fáceis e mais difíceis.
  • 48. Maria Eugenia Frota da Rocha48 Para os Professores de Crianças comPara os Professores de Crianças com Baixa Visão:Baixa Visão: • Dê a criança tempo para ler, examinar, explorarDê a criança tempo para ler, examinar, explorar muito material escrito.muito material escrito. • Procure entender o funcionamento visual desta criança.Procure entender o funcionamento visual desta criança. Observe seu ritmo, suas preferências e suasObserve seu ritmo, suas preferências e suas dificuldades.dificuldades. • Já trabalhando com textos, experimente ir aos poucosJá trabalhando com textos, experimente ir aos poucos reduzindo o tamanho dos tipos ou das letras. Asreduzindo o tamanho dos tipos ou das letras. As crianças podem chegar a níveis que irão surpreender.crianças podem chegar a níveis que irão surpreender.
  • 49. Maria Eugenia Frota da Rocha49 Com Relação à AmpliaçãoCom Relação à Ampliação • Use sempre tipos simples, sem muitos traços, de início pode-se até usar uma letra por folha. Depois paulatinamente vá reduzindo ao tamanho adequado. Os livros comuns seguem esta gradação. • Para a maioria dos alunos de B.V. letrados do IBC a fonte 24 é bem confortável. Tente atingir o 16 e 18.
  • 50. Maria Eugenia Frota da Rocha50 Instituto Benjamin ConstantInstituto Benjamin Constant 150 anos 1854/2004150 anos 1854/2004