Trata da importância da água e dos tipos de água potável; águas minerais e suas propriedades; como fazer água mineral caseira; a importância da água para a boa saúde
1. 1
MARCOS GOMES
ÁGUA É SAÚDE
Guia de usos e tratamentos que curam
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SUMÁRIO 2
CHAVE DA VIDA 4
Causadora de guerras 4
Um ciclo vital 5
Tema de preocupação 5
Declaração Universal dos Direitos da Água 5
No Brasil tem muita, mas pode faltar 6
AS DOENÇAS E A ÁGUA 6
O bom uso 7
Hotel não polui as cataratas 8
Criatividade e economia 8
O uso saudável da água 8
O que fazer 9
O que não fazer 10
Como economizar 11
Filtro medicinal 12
Montagem do filtro 13
MINERAIS MUITO MEDICINAIS 14
Cuidado com a dose 15
Principais tipos de água mineral 15
Outras águas 18
Águas minerais artificiais 19
Receitas de água aromatizada 19
Principais empresas engarrafadoras 20
Crenoterapia, a cura pelas fontes 21
Estâncias hidrominerais: crise absurda 21
O exemplo de São Lourenço 22
Fontes de Cambuquira 23
Poços de Caldas, o poder das águas sulfurosas 24
DUCHAS E BANHOS 25
Duchas 26
Quentes 26
Frias 26
Alternadas 26
Banhos de imersão contra o estresse 26
Banhos de tronco 26
Quentes 26
3. 3
Mornos 27
Frios 27
Alternados 27
Banhos de assento 27
Sais e ervas 28
Banhos de plantas medicinais 28
Banhos localizados 29
Pedilúvios 29
Manilúvios 30
Cabelos 30
Pele 31
HIDROGINÁSTICA E FISIOTERAPIA NA ÁGUA 31
Benefícios da fisioterapia na água 32
Contra-indicações 32
OUTROS USOS MEDICINAIS 33
Sauna 33
Suador caseiro 33
Suador de sol 34
Compressas quentes 34
Compressas frias 34
Inalações 34
Cristéis e lavagens 35
APÊNDICE: CÓDIGO DE ÁGUAS DO BRASIL 35
BIBLIOGRAFIA 38
4. 4
CHAVE DA VIDA
A água é o estofo de todos os seres vivos, que preenche suas estruturas e
células e permite as trocas e reações químicas dentro das células, onde
acontecem em meio aquático. O corpo humano, por exemplo, é
composto por 75% de água. Compostas cada uma por dois átomos de
hidrogênio e um de oxigênio, as moléculas de água não são comuns no
universo. Nosso próprio planeta não teve água durante parte de sua
história e existe uma teoria de que ele sofreu um bombardeio de
meteoros de água para ficar coberto de água, ao ponto de atualmente esse
elemento cobrir ¾ partes da superfície do planeta, o que corresponde a
1,5 bilhão de km3.
O problema é que a água potável é um recurso raro no mundo. Só cerca
de 2% das águas que cobrem a superfície do planeta não são salgadas e,
dessa ínfima parcela, só 1,5% é constituído por água potável. Para tratar
a água em reservatórios cada vez mais poluídos, são usados sistemas
cada vez mais caros, que tornam o custo da água cada vez maior.
Causadora de guerras
Alguns analistas já estão prevendo que o mundo enfrentará uma crise
sem precedentes num futuro próximo: a falta de água potável. Cerca de
30 dos quase 200 países do mundo já enfrentam problemas com falta de
água. E há uma estimativa de que, em 2025, dois em cada três habitantes
do planeta sejam afetados pela falta de água. Já está previsto que a água
deve ser o motivo de muitas guerras no futuro. Em 1967, por exemplo, a
água provocou uma guerra entre árabes e israelenses, depois que os
primeiros tentaram fazer uma obra para desviar o curso do rio Jordão,
um dos principais da região. A obra foi bombardeada por Israel e os
árabes acabaram desistindo.
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Um ciclo vital
Na natureza, a água alterna seus estados físicos – do líquido nos rios,
lagos e mares para o gasoso na atmosfera, resultante da evaporação das
superfícies líquidas. O vapor de água que sobe para a atmosfera levado
pelos ventos acaba atingindo alturas em que encontra ar frio, que
condensa esse vapor em pequenas gotículas. Essas gotículas se juntam,
formando nuvens. Quando as gotículas aumentam de tamanho e vão
ficando muito pesadas, acabam caindo e voltam para o solo sob a forma
de chuva. Uma parte dessa água penetra no solo e vai formar os lençóis
subterrâneos. Outra parte corre para os rios, lagos e oceanos e volta a
evaporar, retomando o ciclo.
Tema de preocupação da ONU
O dia 22 de março foi escolhido pela Organização das Nações Unidas
(ONU) para celebrar o Dia Mundial da Água em todo o mundo. O
objetivo da comemoração é chamar a atenção para a importância da água
e buscar soluções para a poluição, a escassez e o desperdício. A ONU
chegou até a emitir um documento assinalando os direitos da água no
planeta. A seguir, você lerá os principais tópicos desse documento.
Box:
Declaração Universal dos Direitos da Água
. A água potável não é um dom gratuito da natureza, na maior parte das
vezes ela é processada pelo homem, com alto custo econômico, pois tem
de ser depurada e canalizada. A água é, portanto, rara e dispendiosa,
podendo faltar em qualquer região do mundo
. A proteção jurídica da água é obrigação dos grupos sociais que dela
fazem uso. O uso da água implica respeito à lei.
. O ciclo da água, que depende da preservação de mares e oceanos, deve
ser preservado para que garanta a continuidade da vida no planeta.
. Os recursos naturais para obtenção de água potável são lentos, frágeis e
limitados, por isso a água deve ser encarada com racionalidade e
precaução.
. A água é herança dos nossos predecessores e empréstimo aos nossos
sucessores, sendo sua preservação uma obrigação moral do homem para
com as gerações presentes e futuras
. A água faz parte do patrimônio do planeta e por isso cada cidadão é
responsável por zelar por ela.
. A água não pode ser desperdiçada, nem envenenada, nem poluída. Seu
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uso deve ser consciente para que não haja esgotamento ou deterioração
das reservas.
. A água é a alma do nosso planeta, e dela dependem a atmosfera, o
clima, a vegetação, a agricultura...
. O planejamento da água deve levar em conta a solidariedade e o
consenso racional, pois a distribuição desse bem é desigual pelo planeta.
. A gestão da água implica num equilíbrio entre sua proteção e as
necessidades econômica, sanitária e social
No Brasil tem muita, mas pode faltar...
O Brasil tem 20% de toda a água do planeta e 80% das águas brasileiras
situam-se na Amazônia. Maior bacia fluvial do mundo, a Bacia
Amazônica tem 6 milhões de quilômetros quadrados (é quase do
tamanho do Brasil, que tem 8 milhões de km2), estendendo-se pelos
países vizinhos Bolívia, Peru, Equador e Colômbia. Também fica situada
em grande parte no Brasil a segunda maior bacia hidrográfica do mundo,
que é a Bacia Platina, situada nas Regiões Sudeste e Sul. A maior reserva
subterrânea de água também fica no Brasil: o Aquífero Botucatu ou
Aquífero Guarani, que cobre uma área subterrânea de quase 1,2 milhão
de km2, 70% dos quais em território brasileiro.
Apesar de o Brasil ter tanta água, a maior parte de seus grandes centros
urbanos fica distante dos maiores rios, São Francisco, Paraná e
Amazonas. Isso quer dizer que ter grandes reservas não garante o
abastecimento da população, que depende de represas menores e mais
frágeis.
AS DOENÇAS E A ÁGUA
A água é o principal vetor de doenças e epidemias nas
comunidades humanas, animais e vegetais. Um dos sinais mais claros de
civilização é justamente o tratamento da água, que impede a infestação
da população por verminoses e outras doenças graves, como diarréia
infecciosa, cólera e leptospirose. Por isso em antigas ruínas dos impérios
romano e maia, por exemplo, podemos ver sistemas de água tratada.
Nós, que já sabemos da experiência das grandes civilizações, só
devemos beber água tratada. Um dos sinais do envenenamento do meio
ambiente pelo homem nos nossos dias está sendo a extinção de algumas
espécies de rãs, sensíveis aos pesticidas que chegam dos cinturões
agropecuários. Em viagens a lugares em que há suspeita de a água não
ser tratada, é preferível beber água mineral engarrafada de marca
conhecida ou apelar para refrigerantes, de preferência lights.
A água tratada que chega a nossas casas deve de preferência passar
por outro tratamento no filtro doméstico, devendo transpirar por velas de
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cerâmica que existem tanto na torneira com filtro instantâneo como no
recipiente de barro usado tradicionalmente como filtro e que goteja no
recipiente debaixo a água que passa pelo filtro de vela do recipiente de
cima. Muitos micróbios, grandes moléculas orgânicas e sais indesejáveis
ficam presos nos poros finos da superfície da vela. O filtro de barro
ainda é a melhor opção para o fornecimento doméstico de água potável,
pois permite evaporação do cloro e outros gases da água, o que melhora
seu sabor depois de algumas horas guardada no filtro. É possível também
fazer um eficiente filtro caseiro de areia e carvão ativado (veja esquema
na página 13) que elimina da água outras substâncias danosas à saúde.
Providências tão simples como essa podem mudar o estado de saúde de
uma pessoa, caso seus problemas advenham do consumo de água
inapropriada, tanto a contaminada por micróbios como a que possui
quantidade exagerada de sais minerais que podem envenenar lentamente
a pessoa.
O bom uso
Cada brasileiro consome 300 litros de água por dia. Se o uso fosse mais
racional, metade dessa quantidade já seria suficiente. Além do
desperdício, o brasileiro enfrenta outro problema: a contaminação dos
mananciais de água potável. Grande parte dos reservatórios de água de
todo o país está contaminada, especialmente nas regiões mais populosas.
O crescimento desordenado das cidades expôs um problema a que
nossos avós não estavam acostumados: o excesso de resíduos nos rios e
córregos que cortam as cidades. Infelizmente, eles viraram esgotos a céu
aberto na maioria dos casos e só muito recentemente o Estado está
começando a tomar providências para o tratamento dos esgotos
despejados nos cursos de água. Essas providências são caras, mas
necessárias, envolvendo a criação de estações de tratamento de esgoto.
(Algumas iniciativas começam a ser tomadas por empresas, como
veremos logo depois.)
Os principais contaminantes das águas são o lixo orgânico (adubos,
restos de seres vivos, papel, excrementos, sabão, comida), o lixo
biológico (água contaminada por excremento de doentes, por exemplo) e
lixo químico (formado por resíduos de pesticidas organoclorados do tipo
DDT, metais pesados, como chumbo e mercúrio usados em alguns
processos industriais)
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Hotel não polui as cataratas
Um exemplo de bom uso da água e dos esgotos é o Hotel das
Cataratas, na cidade paranaense de Foz do Iguaçu. Localizado na beira
do lado brasileiro das Cataratas do Iguaçu, o hotel não podia fazer feio,
jogando águas poluídas em uma das maravilhas do mundo. Por isso ele
possui um sistema de tratamento de água subterrâneo capaz de atender a
uma cidade média de 100 mil habitantes. A água que sai dos esgotos e da
lavanderia passa lentamente por uma série de tanques de cerca de dez
metros cada um, alguns com areia e outros com pedras, na superfície das
quais vivem grudadas bactérias que se alimentam das impurezas da água.
Depois de passar algum tempo nesses tanques, a água é jogada de volta
ao Rio Iguaçu, isenta de ingredientes tóxicos, como o sabão e a água
sanitária da lavanderia, que foram decompostos por bactérias e viraram
água e gás carbônico.
Criatividade e economia: regra geral
As principais dicas para diminuir o consumo de água são o
conserto imediato de qualquer vazamento nos encanamentos da casa e o
uso racional das torneiras e do chuveiro. Se a pessoa fecha a torneira
depois de molhar a escova, pode aí escovar seus dentes de forma
caprichada e demorada, como manda o dentista. A mesma coisa acontece
quando a pessoa desliga o chuveiro para se ensaboar: pode caprichar
mais na limpeza e ainda economizar água. Na cozinha é a mesma coisa:
fechar a torneira depois de molhar pratos e panelas a serem ensaboados é
mais racional do que deixá-la aberta durante todo o processo. Embora
ainda sejam desprezados por alguns no Brasil, País de imensos recursos
hídricos, esses macetes de economia já estão popularizados na Europa e
nos EUA, onde a água é mais cara.
O uso saudável da água
A água é vital para o nosso organismo e beber água todo dia é
fundamental para eliminar as toxinas do metabolismo que o corpo
excreta na urina, no suor e nas fezes, cujo ingrediente básico também é
água. Além de ser saudável, a água pode ser usada como aliada para
manter uma boa saúde.
Pesquisas da Universidade de Washington, nos EUA, por exemplo,
mostraram que o consumo de 1 copo de água à noite corta aquela
sensação de fome que faz muitas pessoas avançarem na geladeira. Quer
dizer, a cura da forme noturna, terror de quem faz regime, pode resumir-
se a um simples e estratégico copo de água!
Constatou-se também que o consumo insuficiente de água é o principal
responsável pela fadiga diurna.
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O consumo de 8 a 10 copos de água por dia pode aliviar ou eliminar as
dores nas costas em 80% das pessoas que sofrem desses problemas. Isso
acontece por causa do acúmulo de sais, que a água dilui e reduz.
Beber, regularmente, por toda a vida, 5 copos de água por dia reduziria o
risco de câncer no cólon em 45%, o de mama em 79% e o de bexiga em
50%, apontam algumas pesquisas.
O consumo de água, e principalmente de água ou bebidas geladas junto
com as refeições, é desaconselhado, pois pode provocar câncer. Isso
aconteceria porque a água solidifica ou engrossa o óleo que foi
consumido, tornando a digestão mais lenta e aumentando a quantidade
de gorduras que passam para o intestino grosso. Isso pode causar lesões a
suas paredes internas, pois a gordura é irritante quando essas mucosas
estão inflamadas.
Tomar uma sopa ou um chá quente no fim das refeições é um hábito
saudável, que faz parte de muitas culturas orientais. Tomar água em
jejum pela manha, antes de escovar os dentes, também é saudável,
segundo médico naturopatas, porque aumentaria o número de bactérias
intestinais que fazem bem para o organismo e que se multiplicariam na
mucosa da boca durante a noite.
Entre os caboclos nas regiões rurais ainda existe o costume de tomar dois
copos de água morna por dia “para limpar as tripas”. O problema é que,
se for ingerida rapidamente, a água quente pode provocar vômitos
(melhor consumir aos poucos, sob a forma de chás quentes).
O que fazer
1. Beba bastante água diariamente, longe das refeições e sempre aos
pequenos goles (mínimo de 2 litros ou 8 copos americanos, sem
contar a água que existe no leite, nos sucos e nas frutas e nos
refrigerantes em geral). É importante que a água da casa seja
tratada e filtrada. A caixa de água deve ser limpa regularmente,
tanto para não ter aberturas que permitam a entrada de mosquitos
transmissores de doenças como para ficar livre de algas e musgos.
Se a água da região não for tratada, é preferível fervê-la e guardá-
la em recipientes fechados, como filtros e moringas, limpando-os
por dentro uma vez por semana com uma solução de água
sanitária (1 colher de sopa para cada litro de água).
2. Beba água à temperatura ambiente ou água de moringa. Evite o
costume de usar água gelada, principalmente em crianças, pois
facilita inflamações nas vias aéreas superiores. A água da
geladeira é um martírio para as amígdalas e os dentes, cuja
superfície se trinca com o contraste de temperatura, abrindo
caminho para as cáries. Além disso, água ou bebidas geladas
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ingeridas junto ou depois das refeições endurecem óleos e
gorduras, dificultando sua digestão e facilitando a irritação do
intestino, o que pode provocar câncer, segundo algumas teorias.
3. Use outras fontes saudáveis de água. Tome, também à temperatura
ambiente ou só um pouco gelados, leite, iogurte, sucos de frutas e
chás (de preferência sem açúcar ou adoçados com mel), pois esses
líquidos fazem bem e são constituídos por água de boa qualidade.
Outra fonte saudável de água, calorias, proteínas, vitaminas e sais
minerais são as sopas feitas com ingredientes naturais. Para uma
pessoa obesa ou de mais idade, uma sopa com saladas e torradas
pode substituir o jantar.
O que não fazer
1. O consumo de água não-tratada expõe as pessoas a 80% das
doenças transmissíveis. Eis alguns exemplos corriqueiros de
algumas doenças transmitidas pela água: a maioria das diarréias, a
cólera, a hepatite, certas dores de garganta e alguns tipos de
verminose.
2. Beber água ou qualquer outro líquido nas refeições principais
também considerado erro por muitos nutricionistas. A água dilui
o suco gástrico e chega a engordar a pessoa, pois modifica seu
processo de digestão, dizem alguns. O leite também causa
problemas porque, tomado às refeições, diminui a absorção do
ferro presente nos alimentos. Mas há quem diga que a água só
ocupa o lugar dos alimentos, permitindo comer menos, e que não
engorda nem altera a digestão de quem estiver adaptado a bebê-la
acompanhando refeições.
3. Beber refrigerantes, em lugar da água, para mater a sede, é outro
mau hábito. Os refrigerantes contêm muito açúcar e sais minerais,
além de substâncias químicas (como adoçantes, acidulantes,
conservantes, aromatizantes e corantes) capazes de conservar até
uma múmia egípcia. O consumo imoderado dos refrigerantes
adoçados com açúcar têm o efeito agravante de estragar os dentes
e poder causar obesidade e diabetes. Já no caso dos refrigerantes
com adoçante, a vítima não são os dentes nem a silhueta da
pessoa, mas continua sendo seu organismo, que sofre uma
alteração no delicado equilíbrio dos sais minerais, principalmente
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por causa do excesso de potássio. Pelas mesmas razões, evite os
refrescos em pó e as sopas de pacote, com exceção das de vegetais
desidratados sem aditivos químicos, que são consideradas uma
boa indicação pelos nutricionistas. Geralmente as grandes
empresas que fazem cereais em barra também industrializam
sopas de vegetais e legumes desidratados.
4. Embora o cheiro de cloro da água tratada seja um bom sinal, é
bom decantar um pouco a água para que o cloro evapore. Beber
água que contém muito cloro acaba prejudicando a saúde. Isso
sem falar na presença de outros sais minerais decompostos dos
encanamentos ou provenientes de contaminação da rede de
abastecimento. Para alguns médicos homeopatas, essas
microdoses de substâncias químicas diluídas na água são
dinamizadas pela agitação dentro dos encanamentos e acabam
potencializando os venenos. Isso quer dizer que pequeníssimas
doses de chumbo, até toleradas pelos padrões internacionais,
poderiam, pela agitação da água, tornar-se uma espécie de
venenos homeopáticos.
Como economizar
. Chuveiro – é o vilão no gasto de água, por isso não demore muito
tempo tomando banho. Um chuveiro aberto durante cinco minutos
consome em média 70 litros de água, o que dá 25.550 litros por ano.
. Mangueira – pode ser a grande vilã do desperdício de água se você
estiver acostumado a lavar seu carro com mangueira e não com um balde
(que inclusive o obriga a fazer mais exercício para espalhar a água).
Varrer a calçada com jato de água, nem pensar: é muito mais sensato
molhar e usar uma vassoura.
. Escovação de dentes – você economizará 16.425 litros de água por ano
se molhar a escova e depois fechar a torneira, só voltando a abri-la para
enxaguar a boca quando for escovar os dentes.
. Vazamentos – podem ser os vilões da sua conta de água se você não
pestar atenção ao consumo mensal e não fizer testes, como fechar as
torneiras.
Filtro medicinal
Os filtros domésticos ajudam a retirar da água as impurezas e o
excesso de cloro, retendo os micróbios, sais e outros elementos
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prejudiciais, energizando-a. Um bom exemplo são os filtros caseiros de
areia, pedras e carvão, que podem ser feitos com garrafões de água
mineral, de preferência verdes ou pintados de verde para evitar a
formação de algas na água. O carvão absorve os sais e gazes da água,
purificando-a. E o melhor carvão é o ativado, isto é, o recém-feito e bem
seco.
O carvão deve ser picado em três diferentes tamanhos de grão:
fino (como os grãos de arroz), grosso (do tamanho de uma azeitona) e
“pedras maiores” de carvão (do tamanho de um ovo).
Uma sugestão é envolver o carvão num pano limpo e usar um
martelo para picá-lo, separando os três tamanhos de grão. O pó muito
fino de carvão deve ser desprezado porque turva a água e não é indicado
para esse tipo de filtragem. Esses critérios devem ser observados na
escolha das areias e das pedras de rio.
As areias (que podem ser de vários tipos) têm função medicinal,
pois aleram o pH da água (índice químico de acidez). Geralmente tornam
a água mais alcalina, podendo, porém, torná-la mais ácida também.
Além disso, liberam na água pequeníssimas quantidades de sais minerais
(como o magnésio das areias magnesianas vendidas em lojas de produtos
para aquários), que podem ser a chave da cura de muitas doenças.
É conveniente esterilizar a areia (da qual já terão sido
descartadas as partículas muito finas, que turvam a água) e as pedras,
fervendo-as por uma hora em bastante água e colocando-as no filtro só
depois de frias, com as mãos recém-lavadas. Esse filtro deve ser limpo
por dentro e refeito com uma mistura nova a cada ano, recomendam
especialistas. É muito importante que o carvão não esteja contaminado
por pesticidas ou adubos, sendo preferível fazê-lo no quintal por causa
da pequena quantidade requerida.
Preparados os ingredientes, coloque uma torneira na parte de
baixo de um garrafão de plástico e com auxílio de funis e varetas, vá
dispondo as camadas do filtro: a debaixo deve ser de pedras grossas de
carvão, seguida por carvão grosso e depois por areia grossa. Sobre ela
vai uma camada de carvão fino e outra de areia fina, com pedras na
camada de cima, de onde provém a água.
Água temperada com... música
O artesão Toni Marinho, que pinta estatuária sacra, conta que pôs um
pequeno aparelho de som na cozinha, do lado do filtro que ele mesmo
fez, e que acoplou ao filtro da torneira, tornando a água duplamente
filtrada. “Eu deixo tocando música clássica todos os dias e sinto que
beber essa água melhora o meu estado de espírito”, diz o artesão, que
vive num apartamento no Centro de São Paulo. Ele se refere a uma teoria
que aplica a música à água potável, alegando que a exposição ao som da
música altera a ordenação das moléculas da água, tornando-a uma
indutora de harmonia tanto física como psicológica.
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Duplamente filtrada
O filtro de carvão ativado sugerido a seguir pode ser acoplado ao filtro
da torneira, o que garantirá uma água duplamente filtrada, de melhor
qualidade. Tanto o filtro da torneira como o filtro extra de carvão
ativado devem ser trocados a cada seis meses.
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Montagem do filtro
1. Corte na parte de cima um garrafão plástico de água mineral com
capacidade para 20 litros. Coloque uma torneira embaixo, vedando
com cola própria. Encha-o com seis camadas simples ou 12
duplas, de 8 a 10 centímetros de espessura cada uma, de acordo
com o garrafão.
2. Depois que o garrafão estiver cheio, tampe-o com um “chapéu”
de alumínio, barro ou zinco, por onde deve passar a mangueira
que sai o filtro da torneira. Quando for usar esse filtro pela
primeira vez, deixe as duas torneiras abertas por duas horas.
Depois, feche primeiro a torneira do filtro debaixo, até enchê-lo de
água. A partir daí, regule as torneiras nos dois filtros para ter o de
baixo sempre cheio.
MINERAIS MUITO MEDICINAIS
As águas minerais são aquelas que têm composição química ou
características físico-quimicas que recomendam seu uso como benéfico
para a saúde. Devem conter um mínimo de 500 mg de sais minerais por
litro. Geralmente são águas subtârreas, encontradas a grande
profundidade, sendo relativamente comuns em todos os países do
mundo. Como as águas subterrâneas, que percorreram maior quantidade
de rochas e correm por debaixo do solo, as águas de superfície também
podem se tornar minerais, quando encontram fendas que as fazem
penetrar mais fundo no solo e diluir mais sais minerais.
Ao afundar no solo, a água não adquire apenas mais sais minerais, mas
também muda de pH, que em geral passa a ser mais alcalino. Em locais
profundos, a temperatura da água sobe. Para que a água atinja essas
profundidades, entretanto, precisa encontrar descontinuidades nas
rochas, como fendas, fraturas e falhas geológicas. Quanto maior for a
profundidade, mais quente fica a água e mais absorve sais, pois torna-se
mais solúvel à medida em que é aquecida. Em algumas áreas de
atividade vulcânica extinta, como Caldas Novas, em Goiás, a fonte das
águas termais é a cratera de um vulcão, uma fenda cilíndrica que passa
pela cidade.
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A percepção de que algumas fontes de água têm propriedades curativas
vem desde a Antiguidade, pois egípcios, gregos e romanos erigiam
instalações termais e templos em áreas onde brotava água mineral.
Certas cidades, como Vichy na França, ou São Lourenço e Araxá (MG),
Caldas Novas (GO) ou Águas de Lindóia (SP) cresceram graças ao
turismo de saúde, pois nelas surgiram hotéis que hospedam interessados
em desfrutar do clima e das águas dessas regiões privilegiadas.
Os índios já conheciam as virtudes dessas águas e algumas cidades
devem a elas seu nome, como Caxambu (MG), que na língua indígena
significa “água que ferve”, “água que sai soltando bolhinhas”.
A cidade de Caxambu, aliás, ficou conhecida por ser a preferida da
família real portuguesa. No final de 1868, a princesa Isabel e seu marido,
conde D’Eu, passaram um mês em Caxambu para tratamento de um
problema do casal. A princesa tinha problemas de fertilidade e curou-se
graças às águas ferruginosas de uma fonte, que depois receberia o nome
de Princesa Isabel e Conde d’Eu. Em agradecimento pela cura, o casal
mandou erguer na cidade a Igreja de Santa Isabel da Hungria.
Nos parques de águas de cidades como essa, é até possível encontrar
dezenas de fontes de águas minerais diferentes, uma próxima da outra,
no trajeto de uma curta caminhada. O que caracteriza as águas minerais é
o fato de terem sais dissolvidos. Os veios de água e o lençol freático
subterrâneo encontram fendas e passam pelos mais diferentes tipos de
rocha (calcária, vulcânica etc.), acabando por diluir seus sais. Dentre os
sais diluídos pela água, alguns deles ativos até em pequeníssima
quantidade, encontra-se até ouro. Os antigos imperadores chineses
bebiam água em recipientes de ouro, para supostamente assimilar as
propriedades do precioso metal.
Há médicos homeopatas que recomendam cuidado com a água
proveniente das torneiras, pois segundo eles o cloro e outras substâncias
usadas em seu tratamento, além dos sais diluídos das tubulações das
cidades, mesmo em pequenas doses, seriam dinamizados pelo
movimento da água nas tubulações, tornando-a venenosa ao longo do
tempo.
Pelo mesmo princípio, as águas minerais consideradas curativas
costumam fazer mais efeito que a simples mistura de água e sais
minerais que as constituem, o que se explicaria por essa dinamização
homeopática nos próprios lençóis freáticos.
Outro exemplo de água mineral é a água do mar. Embora pura
seja concentrada demais, produzindo efeito danoso pelo excesso de sal,
diluída em gotas na água potável comum, a água do mar pode ter efeito
benéfico no organismo.
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Cuidado com a dose
Ao contrário do que muita gente pensa, as águas minerais não
devem ser consumidas em grande quantidade, como se fossem água
comum. Quando se chega numa estação de águas, a pedida não é sair
tomando água a torto e a direito. É comum pessoas que visitam parques
de estâncias hidrominerais ficarem experimentando águas de diversas
fontes e acabarem o dia com cólicas e diarréia. Embora seja importante
beber grande quantidade de água por dia (um litro pelo menos), deve-se
ingerir no máximo meio litro de água mineral por dia, complementando
a hidratação do organismo pela ingestão de água potável comum durante
o tratamento com água mineral.
Principais tipos de água mineral
Existem águas minerais em praticamente todos os recantos do
País, bastando que os habitantes de cada cidade as procurem. Por causa
da maior concentração de certos sais, as águas minerais são geralmente
classificadas em acídulo-gasosas, alcalinas, sulfatadas, ferrosas,
sulfurosas e salinas. Veja a seguir as propriedades de cada um desses
tipos de água mineral.
Acídulo-gasosas
São aquelas em que predomina o gás carbônico. São também
chamadas carbônicas. Surgem já com gás nas fontes, o que lhes dá o
sabor picante e ácido. Elas entretanto perdem grande parte desse gás no
processo de engarrafamento. Muita gente diz que o sabor de uma água
gasosa na fonte é inigualável e não pode ser imitado pelas águas
artificialmente gaseificadas. São indicadas para combater as dores de
estômago e problemas renais, ativar o sistema imunológico e estimular a
menstruação. Uso interno (meio litro por dia) e externo (banhos).
Exemplos de fontes: Lambari, Três Lagoas, Campanha, Caxambu,
Cambuquira e Contendas (MG), e Pajeú de Flores (Pernambuco).
Alcalinas
Ricas em bicarbonato de sódio, são um pouco salobras e
espumam levemente. O bicarbonato combate a acidez no estômago,
tornando-as digestivas Tonificam o sistema digestivo em geral,
combatendo úlceras, gastrites e problemas do fígado. Têm ação
ligeiramente laxante. Uso interno (meio litro por dia) e externo (banhos).
Exemplos: Caxambu (MG), Caldas Novas (GO), Águas da Prata (SP) e
17. 17
Vichy (França).
Sulfatadas
As águas minerais sulfatadas podem ser cálcicas, sódicas,
mistas ou magnesianas, de acordo com a concentração desses diferentes
sais. Aumentam a vitalidade geral e estimulam o sistema imunológico.
As águas minerais sulfatadas cálcicas ou calcíficas são purgativas e
empregam-se nos processos de desintoxicação do organismo e para
combater problemas de fígado, gota, vesícula e rins. Fontes brasileiras:
São Lourenço (MG).
Ferrosas
Indicadas para tratamento de anemia e amenorréia (falta de
menstruação), as águas minerais ferrosas não devem, porém, ser
ingeridas em excesso (um copo por dia durante uma semana um mês,
com intervalos de mesma duração). Fontes: Tijuca, Andaraí, Lagoa
Rodrigo de Freitas, Laranjeiras, Morro de São Lourenço (RJ),
Cambuquira e Lambari (MG), Monte Serrat (Santos, SP), São Borja e
São Gabriel (RS).
Sulfurosas
O cheiro e o sabor desagradáveis das águas sulfurosas se devem
à diluição de pequenas quantidades de enxofre. São indicadas para
reumatismo, problemas nas articulações, bronquite, sinusite, além de
problemas de garganta e pele. São atribuídas a essas águas propriedades
desintoxicantes e estimulantes do metabolismo. Devido ao fato de
estimularem o sistema imunológico, desincham gânglios, dissolvem
catarros dos pulmões e combatem a asma. Para uso interno (faça
inalações e beba poucas colheres por dia), mas principalmente externo
(banhos). Fontes: Poços de Caldas, Caxambu, Monte Sião e São
Lourenço (MG), São João da Boa Vista, Serrito e Itapetininga (SP),
Santarém (PA), Colônia Teresa (PR) e Apodi (RN).
Salinas
As águas salinas têm sabor amargo ou picante, por causa da
diluição de pequenas quantidades de magnésio, cloreto de sódio e cloreto
de cálcio. Indicadas para uso interno (algumas colheres por dia) e
externo (banhos). São purgativas e combatem a icterícia, os catarros dos
pulmões, os cálculos biliares e outros problemas do fígado, além de
aliviarem as doenças de pele e gastrite crônica.
Radioativas
18. 18
Possuem radônio, um gás nobre que tem ação estimulante sobre o
metabolismo e fortalece os sistemas digestório e respiratório. Indicada
para inalações para asmáticos. Podem ser ingeridas, pois a radiatividade
do radônio é de curta duração.
Magnesianas
Têm sais de magnésio. Estimulam o funcionamento do estômago e do
intestino, agindo como laxantes e desintoxicantes. Ingeridas em excesso,
provocam diarréia.
.
Oligominerais
As águas oligominerais têm uma mistura de sais em sua combinação,
sem predominância de um tipo de sal. Podem ser uma combinação de
sódio, cloro, alumínio, magnésio , manganês e lítio, por exemplo. Se a
concentração desses sais for muito alta, esse tipo de água pode fazer mal.
Termais ou termominerais
Têm temperatura superior à do meio ambiente. Ótimas para tratar
problemas de pele. A quantidade de sais minerais nelas dissolvidos
costuma ser maior que nas águas comuns.
Outras águas
Água do mar
É altamente mineral, mas muito carregada de sais. Possui
variadas concentrações de ácido carbônico, cloreto de sódio, cloreto de
potássio, cloreto de magnésio, ioduretos e brometos. Deve ser colhida
em praias não-poluídas. Indicada para problemas de úlcera, fígado,
problemas de pele, combate a fraqueza geral dos órgãos pelo estímulo do
sistema imunológico. Sem diluição, é muito indicada para uso externo,
proporcionando excelentes banhos medicinais. Juntamente com os raios
ultravioleta do sol, a que devemos nos expor com moderação e sempre
usando filtros solares tendo como fator mínimo de proteção o 15, a água
do mar é muito eficaz para combater problemas de pele, como a
psoríase.
Chuva
Como acontece com a água destilada, a água da chuva não é
totalmente neutra, pois dilui substâncias da atmosfera e geralmente
torna-se carbonatada. Indicada para alergias e processos de
desintoxicação, se for colhida no campo, em áreas não poluídas. Beber 1
19. 19
litro por dia e fazer banhos mornos.
Águas taninosas
Freqüentemente confundidas com as águas ferrosas, por
causa da cor, as águas de nascentes e riachos situados no alto das serras e
chapadões brasileiros, (como as usadas para matar a sede pelos
caminhantes que percorrem as trilhas da Chapada Diamantina, na Bahia,
ou da Chapada dos Veadeiros, em Goiás), são na verdade águas
taninosas, isto é, que possuem grande quantidade de tanino diluída. O
tanino é fornecido à água pela mata ciliar que acompanha os riachos e
pelos musgos que recobrem as pedras (turfa). São na verdade folhas
secas que vão se decompondo na água e a purificam, a ponto de ela
poder ser bebida, isto é, ser potável, durante seu trajeto pelas serras.
Além de potável, a água taninosa das fontes de serra, possui as
propriedades medicinais proporcionadas pelo tanino, que é antioxidante
e adstringente, combatendo diarréias e má-digestão. É preciso,
entretanto, ter cuidado de só consumir essa água tirada de rios fervida
por causa do risco da contaminação por vermes ou micróbios.
Águas minerais artificiais
É possível também obter águas minerais artificiais
encomendando sais de água minerais em farmácia de manipulação,
diluindo-o em água destilada, para melhor efeito. Uma fórmula muito
usada em águas minerais artificiais é a mistura de pitadas de bicarbonato
de sódio com sulfato de sódio ou de magnésio. O bicarbonato, em
pequenas doses, tem efeito cicatrizante nas mucosas digestivas, podendo
ser usado no tratamento de gastrites, úlceras e doenças de pele. Mas os
sais das águas minerais podem fazer mal à saúde, se estiverem em doses
erradas. Por isso a pessoa que faz tratamento com águas minerais deve
procurar um médico que entenda do assunto.
Água de flores
Embora seja terapêutica, não é propriamente mineral, pois
possui diversas substâncias orgânicas diluídas, como é o caso das águas
taninosas (veja). As águas de flores caracterizam-se pelos óleos,
essências e resinas perfumadas nelas diluídas. É o caso da água de rosas
usada na cosmética e na culinária em todo o Oriente Médio há milênios,
e que é obtida da diluição dos óleos essenciais de pétalas de rosas persas
na água. Também é possível fazer água de flores de laranjeira ou
alfazema, e de folhas e flores de melissa, hortelã e menta. Também é
20. 20
possível usar algumas gotas de laranja, limão e raspas de casca de limão
ou cascas como a canela para fazer água ligeiramente aromatizada.
Misture 2 xícaras (chá) cheias de ingredientes recém-picados em 5 litros
de água filtrada e deixe de molho por dois dias. Depois coe e guarde em
recipiente escuro e tampado (de preferência moringa de barro colocada
em lugar fresco). Faça banhos e tome até meio litro por dia.
Água gasosa artificial
Dissolva 3,12 gramas de bicarbonato de sódio, 0,23 grama de
bicarbonato de potássio e 0,35 g de sulfato de magnésio e 0,08 grama de
cloreto de sódio em 650 ml de água gasosa simples. Primeiro, misture os
sais numa pequena parte da água e, depois, introduza a solução numa
garrafa, tampando com rolha amarrada (o gás formado faz estourar a
rolha comum). Boa para tratamento de úlceras e outros problemas
digestivos, além de combater inflamações. Tome 1 litro por dia no
máximo.
Água digestiva
Dissolva 1 g de ácido cítrico em 100 mililitros de água. Em
outro recipiente, dissolva 1 grama de bicarbonato de sódio. Tome as
duas soluções juntas: 1 colher de sopa de cada mistura de hora em hora.
Serve para combater vômitos, enjôo e mal-estar de origem estomacal.
Limonada gasosa purgativa
Dissolva 0,80 grama de ácido cítrico, 1,5 grama de ácido
tartárico (pó) e algumas gotas de alcoolatura de limão (para dar aroma)
em 90 mililitros de xarope de açúcar. Coloque numa garrafa e complete
com água gasosa simples. Segure a rolha com barbante, pois haverá
formação de gás carbônico na água. Tome uma ou duas colheres de sopa
à noite. Indicada para desintoxicar o organismo e estimular o fígado.
Principais empresas engarrafadoras
Em 2003, a produção brasileira de água mineral foi de 4.132 bilhões de
litros. A região Sudeste liderou, sendo naquele ano responsável por 55%
de toda a água engarrafada no País. O Estado de São Paulo produziu
1.694 bilhão de litros (41% da produção nacional), seguido por Minas
Gerais (368 milhões de litros) e Rio de Janeiro (223 milhões de litros). A
Região Nordeste ficou em segundo lugar, com quase 860 milhões de
litros produzidos em 2003. Os principais produtores do Nordeste são
Bahia e Pernambuco.
As vinte maiores empresas engarrafadoras de água mineral do Brasil
21. 21
responsáveis por cerca de 40% do total da água engarrafada são o Grupo
Edson Queiroz, com unidades de engarrafamento localizadas nos
Estados de Alagoas, Bahia, Ceará, Distrito Federal, Goiás, Maranhão
Minas Gerais, Pará, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rio de Janeiro, Rio
Grande do Norte e Sergipe, por meio da Indaiá Brasil Águas Minerais e
da Minalba Alimentos e Bebidas de Campos do Jordão (SP) ; a Águas
de Sant’Anna, de Magé (RJ); a Águas Ouro Fino, de Campo Largo
(PR); a Dias D’Avila (BA); a Padre Manoel (MG); o Grupo
Supergasbras, por meio das unidades produtoras da Superágua Empresa
de Águas Minerais, em Caxambu, Araxá, Lambari e Cambuquira (MG);
Grupo Perrier/Nestlé, por meio das unidades da Empresa de Águas São
Lourenço, situadas em Minas Gerais, Rio de Janeiro e Santa Catarina; a
Ijuí, responsável pela água Ijuí em Ijuí (RS); a Flamin Mineração,
responsável pela água Lindóia Bio-Leve em Lindóia (SP); a Mineração
Hotelaria e Turismo, de Águas de Santa Bárbara (SP); a Mantovani,
responsável pela água Lindoya Vida, em Lindóia (SP); a Primo
Schincariol, de Itu (SP); a Spal (Indústria Brasileira de Bebidas), de
Mogi das Cruzes (SP); a Áurea, de São Paulo; a Aquanova de São Paulo;
a Francisco Ullmann de Minas Gerais; a Sarandi, do Rio Grande do Sul;
a Lindoyana Água Mineral, de São Paulo; a Comercial Zullu Multi, de
São Paulo; a Vale das Brotas de Lindóia, de São Paulo.
Crenoterapia, a cura pelas fontes
O tratamento com banhos e ingestão de águas minerais nas fontes é
também chamado crenoterapia e tem adeptos no mundo todo. A palavra
vem do grego, em que crenós quer dizer “fonte”. Seria então a terapia
pelas fontes. Cada estância hidromineral costuma ter seus métodos de
tratamento, adaptados às circunstâncias e à matéria-prima local. Em
cidades como São Lourenço, em Minas Gerais, por exemplo, os hotéis
costumam ter serviços de massagista e fontes minerais próprias, o que
permite que os hóspedes sejam tratados com muita mordomia. Os
médicos de São Lourenço enfatizam também o papel do ar no
restabelecimento, pois se comprovou que as mesmas substâncias úteis
das águas também estão presentes no ar de estâncias como aquela, em
que as águas afloram, vindas de grandes profundidades.
A moderna sociedade de massas democratizou as estações de águas.
Viagens a São Lourenço, por exemplo, antes reservadas a ricos, para os
quais foram construídos hotéis suntuosos com grandes salões de jogos,
agora são feitas pela classe média, que compra pacotes em agências de
turismo, a preços convidativos. Hoje é até possível obter informações
sérias sobre cada estância hidromineral e a propriedade de suas águas
consultando sites das prefeituras, associações ou blogueiros locais na
22. 22
internet, através de mecanismos de pesquisa como o site
WWW.google.com.br.
Estâncias hidrominerais: crise absurda
Justamente agora que os tratamentos naturais estão ressurgindo, grande
parte das tradicionais cidades-estâncias de águas minerais do Brasil está
decadente no começo desta década de 2010, como acontece com Águas
de Lindóia em São Paulo, e está começando a acontecer com Poços de
Caldas, em Minas. “Muitas prefeituras absurdamente ainda não
perceberam que, se houver investimento e boa administração, o retorno
das estações de água é garantido”, diz a psicoterapeuta Maria Libânia
Leonel, que gosta de freqüentar estações de águas. “Na Europa as
estações hidrotermais se modernizaram e são hoje lugares lotados e
caríssimos.”
No Brasil, algumas prefeituras perceberam seu potencial como agentes
de desenvolvimento e obtiveram uma grande recuperação com a
terceirização dos serviços. Foi o caso, por exemplo, de Águas de São
Pedro (SP). Agora as massagens e os banhos estão melhores e
incrementados, o atendimento é melhor e mais atualizado.
O melhor exemplo, segundo Libânia, vem de São Lourenço (MG),
graças à atuação da prefeitura e aos investimentos e inovações
administrativas proporcionados pela multinacional Nestlé. As terapias
são atualizadas e a infra-estrutura é muito boa no Centro Hidroterápico-
Balneário de São Lourenço, construído em 1935, época em que era
freqüentado pelo então presidente Getúlio Vargas e pela mais
endinheirada elite do País. Depois de passar por reforma, foi
reinaugurado em 2008, preservando o estilo clássico. Veja a seguir as
principais fontes do Centro Hidroterápico de São Lourenço e suas
aplicações.
Fontes de São Lourenço
Fonte 1 – Oriente – Gasosa
Trata distúrbios renais, digestivos e certos tipos de intoxicações. A água
dessa fonte é engarrafada e industrializada sob a marca Água Mineral
São Lourenço, a mais tradicional do Brasil.
Fonte 2 – Andrade Figueira – Magnesiana
Trata problemas do fígado e da vesícula biliar, além de certas alterações
no intestino grosso. É contra-indicada em caso de úlcera péptica.
Fonte 3 – Vichy – Alcalina
23. 23
É uma água alcalino-gasosa, ferrobicarbonatada mista. Só existe outra
fonte desse tipo no mundo: fica em Perrier, na França. Trata problemas
gástricos, dos rins e da vesícula biliar
Fonte 4 – Ferruginosa
Trata anorexia, anemia e astenia. Deve ser usada com cautela, pois pode
produzir cólicas.
Fonte 5 – Alcalina
Trata úlceras duodenais, alivia enormemente a hiperclorídia, é indicada
para tratar uricemia, auxiliando na eliminação de ácido úrico e cálculos
renais.
Fonte 6 – Jaime Sotto Mayor – Sufurosa
É laxativa e indicada para tratar colites crônicas e pós-infecciosas,
diabetes, alergias e doenças do colágeno. O gás expelido por essa fonte é
usado para tratar sinusite e problemas respiratórios.
Fonte 7 – Bis – Parque II
Tem as mesmas propriedades da Fonte 6.
Fonte 9 – José Carlos de Andrade – Carbogasosa
É usada no tratamento de hipertensão, depressão e estresse.
Fonte 10 – Primavera
Utilizada no tratamento de anorexia e astenia. Seu uso deve ser
cauteloso, pois pode causar cólicas.
Cambuquira, as melhores águas
Outra cidade importante por causa de suas águas, mas com infra-
estrutura turística menos atualizada é Cambuquira. As águas da região
são consideradas por muitos especialistas as melhores do Brasil. Só para
dar uma idéia, eis as indicações terapêuticas das fontes do Parque das
Águas de Cambuquira.
Fontes de Cambuquira
Fonte Gasosa (Regina Werneck)
Indicada para o tratamento de nefrite aguda ou crônica, diurese, gastrites
hepatismo e inflamação dos canais bilares, angiocolite, colocistite,
desordem intestinal, dermatoses por intoxicação, eczemas. Suas águas
são estimulantes da secreção e da motricidade gástrica, nos casos
atômicos ou hipotônicos.
24. 24
Fonte Férrea (Dr. Fernandes Pinheiro)
Tônica por excelência, trata anemia, caquexias, linfatismo, astenia,
convalescença de moléstias agudas.
Fonte Magnesiana (Comendador Augusto Ferreira)
Estimula a função renal, trata reumatismo, obesidade, uricemia, litíase,
colite, pialite e pielonefrite.
Fonte Sulfurosa (Dr. Sousa Lima)
Trata distúrbios urinários, colite, gastrite e acidez. Estimula o
peristaltismo dos intestinos.
Fonte do Marimbeiro
Trata distúrbios do aparelho digestivo, colites rebeldes, litíase e
disfunções hepáticas.
Poços de Caldas, o poder das águas sulfurosas
O site de medicina ortomolecular http://www.mega21.com.br/site/ traz
um importante artigo sobre as águas minerais de Poços de Caldas (MG),
mostrando os tratamentos de crenoterapia que podem ser feitos com esse
tipo de água. As análises da região mostram que “todas as as águas
termais são alcalinas, mineralizadas, sulfurosas, sódicas, contendo gás
sulfídrico. Denominam-se águas sulfurosas ou sulfuradas aquelas que
quimicamente contém enxofre em quantidade superior à 1mg/litro. Suas
principais características são: (1) odor típico, caracterizado pela presença
de ácido sulfídrico; (2) a untosidade (leve viscosidade) proporcionada
pela matéria orgânica nela contida; (3) a temperatura (a maioria são
águas hipertermais).”
O site recomenda as formas de administração adequados às águas
sulfurosas características de Poços de Caldas: administração oral,
banhos, duchas locais com ou sem massagem, analação e irrigações. As
outras fontes de água mineral terão propriedades diferentes, mas
igualmente importantes, que deverão ser conferidas pelas pessoas que
conhecem os benefícios da crenoterapia.
Viajar para essas fontes é uma grande pedida e as agências de turismo
costumam ter pacotes adequados a cada caso (família, idosos etc.) Veja
25. 25
a seguir as principais indicações das fontes de Poços de Caldas, com
dados do site de medicina ortomolecular.
Indicações das águas sulfurosas
- doenças reumáticas juvenis e de adultos
- espondilite anquilosante
- esclerose sistêmica progressiva
- osteoartroses e espendiloartroses
- febre reumática não ativa
- síndrome microcristalinas (gota e pseudo-gota)
- artropatias infecciosas e parainfecciosas em fase não aguda
- esofagites
- gastrites
- úlceras
- duodenites
- bronquites catarrais
- asma brônquica
- bronquiectasias
- laringotraqueites
- faringites
- adenoidites
- rinites catarrais e hipertróficas
- eczema crônico
- processos urticariformes
- ezemátides circunscritos
- liquen plano e hipertrófico
- eczema seborréico
- úlceras varicosas
- psoríases
- moléstias do sistema nervoso central e periférico, do sistema
cardiovascular, afecções genitais e urinárias altas e baixas, doenças
metabólicas e nutricionais etc.
Fonte: Poços na Rede
DUCHAS E BANHOS
26. 26
Os médicos do Renascimento consideravam a hidroterapia uma
ciência magna e colecionavam receitas vindas desde a Antiguidade.
Afinal, a água, além de ser um solvente que absorve toxinas, tanto retira
impurezas do nosso organismo, pela urina, fezes e suor, como traz
remédios para dentro dele por meio de chás e substâncias medicinais de
que pode ser veículo.
Além disso, a água serve também para levar frio ou calor a qualquer
parte do organismo, podendo ser usada para regular desequilíbrios de
temperatura entre os órgãos. Com isso, a água opera em três esferas do
organismo: nervosa, circulatória e térmica.
Para saber a temperatura da água usa-se um termômetro comum de
farmácia, desses empregados para avaliar febre, pois a temperatura da
água para banhos ou ingestão deve ser no máximo de 42º C.
A seguir, alguns exemplos de tratamentos com água para uso
externo.
Duchas
As duchas são jatos de água fria ou quente sobre o corpo todo ou
parte dele. Podem ser feitos em casa, deitando-se numa esteira de
plástico debaixo do chuveiro e mudando a temperatura na chave elétrica.
. Quentes: aliviam as dores, têm efeito calmante, combatem a
insônia e fortalecem o fígado (acompanhe com chá de boldo, caapeba,
zedoária ou alcachofra e com compressas de água quente sobre o órgão).
A temperatura não deve ultrapassar 42º C e o tempo deve ser de 3
minutos. Repita mais duas ou três vezes, alternando com banhos de água
morna (3 minutos a 25º C ou 30º C).
. Frias: são estimulantes, têm a fama de “cortar” o efeito do
álcool, ativam a circulação e energizam o corpo. Diminuem a febre e a
sensação de frio. Deixe todo o corpo debaixo da água, virando-se para
atingir o rosto, o peito e as costas e permanecendo por 30 segundos.
Esfregue o corpo com esponja ou bucha macia. Repita algumas vezes.
São ótimas como banho matinal (O sabonete só deveria ser usado na
ducha quente à noite, porque dissolve a vitamina D natural da pele).
. Alternadas: combatem a má-circulação, artrites, artroses, dores
dos nervos e dos músculos, e reumatismos. Começando com água
quente, alterne com água fria em banhos de 30 segundos cada. Períodos
maiores de água quente alternados com períodos curtos de água fria
servem para estimular a circulação, aliviar dores e combater úlceras e
anemias: fique 4 minutos debaixo de água quente e, em seguida, tome
27. 27
ducha fria durante meio minuto, retomando o ciclo umas cinco vezes.
Banhos de imersão contra o estresse
Os banhos de imersão são aqueles em que mergulhamos o corpo
todo ou grande parte dele (como tronco e quadris). A imersão total
(banho de banheira até o pescoço) pode cansar o coração por causa da
pressão da água, não sendo indicada para cardíacos. Os banhos de
imersão podem ser feitos com sais e ervas (ver tabela).
Banhos de tronco
Os banhos de tronco são feitos em bacia funda ou tina. A água
deve cobrir as coxas, as nádegas e as parte debaixo das costas, onde se
localizam os rins. Podem ser quentes, mornos, frios ou alternados.
. Quentes: para combater crises de hemorróidas, menstruação
atrasada, dores vaginais, problemas no fígado e nos rins, ciática, cistite,
aumento da próstata e cólicas em geral. Fique 10 minutos em água a 42º
C, abastecendo com água quente a cada 3 minutos para manter a
temperatura. Ao mesmo tempo, aplique compressas frias na testa.
. Mornos: contra cólicas e febre. Fique durantes 15 minutos em
água com temperatura em torno de 32º C.
. Frios: combatem prisão de ventre, dores de cabeça, corrimento
vaginal, urina solta, problemas de próstata e de vesícula. Faça de manhã
por 10 minutos, massageando o corpo com esponja ou bucha macia.
Mantenha os pés quentes, mergulhando-os em água a 42º C.
. Alternados: no tratamento de controle de hemorróidas (não
nas crises), doenças da bexiga, fraqueza sexual e barriga inchada. Use
duas tinas: uma com água a 42º C e outra a 15º C. Permaneça durante 4
minutos na água quente e 1 minuto na água fria, alternando seis vezes.
Banhos de assento
Os banhos de assento podem ser feitos em bacia de alumínio
ou plástico, de forma a mergulhar apenas a região pélvica, parte das
coxas e o baixo ventre. Podem ser quentes, frios ou alternados e o
tratamento deve durar 20 dias.
. Quentes: combatem cólicas, doenças venéreas (como
coadjuvantes do tratamento com antibióticos sob acompanhamento
médico, que é obrigatório), corrimentos vaginais (acrescentar algumas
colheres de sopa rasas de bicarbonato de sódio à água), crise de
hemorróidas ou ejaculação precoce, pois atuam como calmantes.
Facilitam a recuperação pós-parto (feitos a partir de uma semana depois
28. 28
do parto). Use chás de nabo branco japonês, cascas de barbatimão, folhas
de Artemísia ou raízes de gengibre. Acrescente água quente para manter
a temperatura em 42º , permanecendo por 20 minutos.
. Frios: soltam os intestinos, funcionam como estimulantes e
combatem a febre e infecções genitais. Permaneça durante 5 minutos
com a água em torno dos 12º C.
. Alternados: para controle das hemorróidas (não fazer nas
crises), inflamações crônicas ou doenças malignas do baixo ventre. Use
duas bacias – uma com água a 12º C e outra a 42º C -, alternando 4
minutos de água quente com 1 minutos de água fria por dez vezes.
Sais e ervas
Água do mar
O banho de água do mar é indicada no tratamento de úlcera,
gastrite, males do fígado e doenças de pele. Estimula o metabolismo.
Entrar no mar várias vezes, ficando pelo menos 15 minutos na água e
depois deixando a pele secar ao vento. Em casa, fazer banho de banheira
de 20 minutos a meia hora em água morna (36º C a 38º C), despejando 4
ou 5 litros de água do mar (recolhida em praias limpas e guardada em
garrafas escuras, limpas e arrolhadas).
Sais alcalinos
Os banhos de água mineral alcalina são indicados para tratar
e combater reumatismo, gota e processos inflamatórios. Dissolver meio
quilo de bicarbonato de sódio numa banheira com água morna e ficar
imerso por 20 minutos.
Sulfurosos
Os banhos de água sulfurosa fazem bem para o cabelo e para
a pele, por causa da ação do enxofre.
Salinos
As águas de sais “salinos” são indicadas para banhos
mornos para tratar paralisias provocadas por derrame, contrações
musculares e reumatismo crônico.
29. 29
Banhos de plantas medicinais
Como regra geral, os banhos com chás de plantas devem ser
feitos na seguinte proporção: ferva 500 gramas de planta em 4 litros de
água por 5 minutos e despeje na banheira quente ou morna, imergindo
por 20 minutos).
. Contra bronquite: use folhas de eucalipto em banhos
mornos de 20 minutos.
. Para combater o desânimo: alecrim, alfazema, menta,
hortelã. Pela manhã, fazer 20 minutos de ducha alternada e depois tomar
esse banho de imersão frio ou levemente morno por 5 a 10 minutos.
. Contra celulite: ferva 500 gramas folhas e galhos de hera-
trepadeira (Hedera helix) em 4 litros de água durante uma hora em fogo
brando. Coe e misture ainda quente na água da banheira. Faça banhos de
imersão. Quem não tiver banheira pode adaptar um saco de estopa ou
algodão ao bocal do chuveiro e fazer passar a água quente pela mesma
quantidade de folhas picadas para um banho de 10 a 15 minutos,
esfregando bem o corpo com bucha ou escova macia.
. Para emagrecer: ferva por 10 minutos 2 xícaras de chá de
uma alga chamada fucus, acrescentando 1 kg de sal marinho no final.
Faça banhos quentes e alternados.
. Contra hemorróidas: faça banhos quentes de tronco ou
assento num chá forte de galhos, folhas e sementes de erva-de-bicho. O
banho de assento também pode ser feito com chá forte de folhas de
confrei ou tintura de hamamélis.
. Para combater a má-circulação: banhos alternados com
casca de castanheira-da-índia ou folhas de uva.
. Nos casos de nervosismo e insônia: faça chás fortes de
folhas de melissa, maracujá ou malva, flores de marmeleiro, camomila
ou laranjeira ou raízes de valeriana. Tome banhos quentes ou mornos de
cerca de 20 minutos.
. Para ajudar no tratamento de reumatismo: faça chá
forte com rizomas de samambaia-domato, também conhecida como feto-
macho, folhas de manjericão, flores de aquiléia (também conhecida por
mil-folhas ou cibalena). Para banhos quentes e alternados.
30. 30
. Contra transpiração excessiva: banhos desodorantes e
ligeiramente antitranspirantes podem ser feitos com alecrim, alfazema,
limão-siciliano (1,5 kg de frutos picados em 3 litros de água fervente,
tampar e deixar amornar, coando antes de misturar na água do banho.
Também podem ser feitos excelentes banhos desodorantes com nogueira,
cavalinha e sálvia. Esses banhos devem ser mornos ou frios.
Banhos localizados
Pedilúvios
Quente
Mergulhar os pés numa bacia ou tina de água quente é
uma forma de hidroterapia muito eficaz contra câimbras nas pernas,
insônia e prisão de ventre (aplicar compressas frias simultaneamente),
cólicas menstruais, problemas de garganta, torcicolo, reumatismo, gota,
gripes e resfriados. Mergulhe as pernas num balde ou tina funda com
água a 36º C e vá acrescentando água quente até chegar a 45º C (calor
suportável). Fique pelo menos meia hora e acrescente água quente a cada
dez minutos para manter a temperatura. Para eliminar certos tipos de dor
de cabeça é só aplicar simultaneamente compressas frias na cabeça e no
pescoço.
Frio
O pedilúvio frio combate cansaço, varizes, catarro e sinusite.
Mergulhe os pés em água fresca e massageie-os levemente durante 15
minutos.
Alternado
A alternância de água fria e quente, em dois baldes, serve
para combater dor de cabeça, dor de dente, pés frios, varizes e
nevralgias. Também tonifica o coração, ativando a circulação. Usam-se
dois baldes: um com água a 12ºC e outro a 45ºC. Mergulhe, primeiro, os
pés na água quente durante cinco minutos e, depois, na água fria por
meio minuto. Repita cinco vezes, terminando com água fria.
Manilúvios (banhos de mãos e braços)
Os braços são uma das zonas reflexas do coração. Médicos
naturopatas recomendam que as pessoas que sofrem de insuficiência
cardíaca devem ficar com os dois braços debaixo de uma torneira de
água fria por cinco minutos, três vezes ao dia durante três semanas por
mês. As pessoas que sofrem de insuficiência coronariana, entretanto,
devem usar água quente: mergulhar os braços numa bacia com água a
31. 31
37º C e ir acrescentando água quente até chegar a 45º C. Toda pessoa
com problema cardíaco deve tratar-se com um médico. Seria interessante
a presença de um médico naturopata no primeiro banho para avaliar os
efeitos das diferentes temperaturas da água sobre o coração. Outras
propriedades do manilúvio frio: calmante, regulador do intestino e
inibidor da excitação sexual.
Cabelos
Os tratamentos cosméticos para melhorar os cabelos incluem banhos e
compressas com toalha embebida em água ou chá quente, durante 20
minutos por dia, renovando a compressa a cada cinco minutos para
manter a temperatura. Algumas sugestões de banhos cosméticos que
afinam e suavizam os cabelos são os de água de cauim (caolim) ou
enxofre: dissolva 1 colher de café dos ingredientes em pó em 5 litros de
água e banhar os cabelos, massageando por cinco minutos e abafando
com toalha quente por mais dez minutos. Para combater queda de
cabelos use chá de folhas de jaborandi (1 xícara de ingredientes secos
para cada 2 litros de água, ferva por cinco minutos e coe depois de
amornado. Para eliminar a caspa, recomenda-se o banho de limão, que é
fungicida: despeje um quilo e meio de limões sicilianos picados em 4
litros de água fervente, apague o fogo, deixe amornar tampado e coe.
Pele
Cataplasmas frios de farinha de sementes de mostarda misturada com
água podem ser usados para amadurecer furúnculos e abscessos, fazendo
com que exsudem o pus. Para combater cravos e espinhas, use
compressas quentes de chá de pétalas de calêndula ou folhas de sálvia.
HIDROGINÁSTICA E FISIOTERAPIA NA ÁGUA
Os antigos egípcios já usavam piscinas de água quente com finalidades
terapêuticas, 2 mil anos antes de Cristo. Em Merano, na Itália, algumas
fontes de água mineral mostram evidências de terem sido usadas por
seres humanos há 5 mil anos.
Também conhecida como fisioterapia aquática, piscina terapêutica ou
terapia física aquática, a fisioterapia na água tem se mostrado eficaz para
tratamento de dores reumáticas em idosos, pois recupera movimentos.
A fisioterapia associa o menor impacto da água, que diminui a força da
gravidade, e seu poder relaxante a movimentos específicos, que tratam
com mais eficácia de certos problemas. A fisioterapia na água também
permite tratar com mais rapidez e eficácia os convalescentes. Exercícios
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na água permitem que pessoas com fraturas, por exemplo, recuperem
rapidamente sua musculatura. Pessoas acima do peso, com dor crônica
ou com problemas ortopédicos também se beneficiam da maior
suavidade do meio aquático, que permite fazer movimentos e exercícios
com menos impacto.
A terapia na água facilita o tratamento de pessoas com problemas
ortopédicos nos pés e membros inferiores, pois facilita a caminhada.
Pessoas com artrite também se beneficiam e sua recuperação é mais
rápida se fizerem hidroginástica ou fisioterapia na água.
A fisioterapia na água pode ser usada em ortopedia, neurologia,
reumatologia, pediatria, clínica respiratória e clínica psicológica.
O vestuário mais adequado para hidroginástica e fisioterapia na água são
os maiôs ou sungas que permitam amplos movimentos, roupão para
entrada e saída, chinelos antiderrapantes, touca de plástico. Nunca use
acessórios como relógio, pulseira, anéis, brincos e colares.
Benefícios da fisioterapia na água
- Reduz a atuação da forca gravitacional;
- Acelera o efeito curativo dos tratamentos;
- Relaxa os músculos;
- Poupa os ossos de peso e tensão;
- Diminui espasmos;
- Diminui a sensação de dor;
- Facilita o movimento das articulações;
- Aumenta a circulação periférica;
- Reduz os edemas;
- Fortalece os músculos em geral;
- Fortalece os músculos respiratórios;
- Melhora a autoconfiança;
- Trata distúrbios do sono;
- Diminui a ansiedade;
- Estabiliza as articulações;
- Estimula equilíbrio e coordenação;
- Previne contraturas musculares errôneas e deformidades;
- Favorece o aumento das amplitudes de movimento;
- Relaxa os músculos (diminui o tônus);
- Favorece o retorno venoso;
- Auxilia a ação de músculos fracos;
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- Aumenta a força muscular;
- Aumenta a capacidade respiratória e favorece a expiração;
- Estimula os movimentos;
- Reeduca os padrões centralizados de movimento;
- Reeduca os padrões recíprocos de movimento;
- Trabalha padrões funcionais de movimento;
- Aumenta o condicionamento cardiovascular;
- Auxilia na higiene brônquica;
- Diminui as forças compressivas intra-articulares;
- Melhora a qualidade da rotina diária;
- É uma oportunidade de recreação e socialização.
Contra-indicações
- Estados febris;
- Infecções em geral;
- Dificuldade ou insuficiência respiratória aguda;
- Pressão descontrolada;
- Cardiopatia grave;
- Úlceras ou grandes feridas abertas;
- Pessoa com queimaduras na pele;
- Incontinência fecal e ou urinária imprevisível.
OUTROS USOS MEDICINAIS
Embora os tratamentos com água sejam lentos (precisam ser
feitos durante um mês, pelo menos), eles têm se mostrado bastante
eficientes nos casos crônicos, como reumatismo, resfriados constantes
etc. Abordaremos a seguir os banhos de vapor (suadores) e alguns
tratamentos locais, como compressas, inalações e cristeres.
Sauna
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Feita uma ou duas vezes por semana, é ótima para desintoxicar
o organismo, limpar a pele e ativar a circulação; também previne gripes e
resfriados. Tomar um banho morno, e, sem se enxugar, ficar dez minutos
na câmara da sauna (seca ou a vapor). Sair para uma rápida ducha fria e
voltar para a sauna por mais dez minutos. Continuar por cerca de uma
hora. O calor da sauna traz o sangue para a superfície da pele e estimula
as glândulas sudoríferas, que eliminam toxinas. Como a ducha fria leva o
sangue de volta para dentro do corpo, a alternância tem um efeito de
massagem nos nervos e pequenos músculos das veias e artérias, pois elas
se relaxam com o calor e, depois, se contraem com o frio.
A sauna, porém, não é indicada para cardíacos e pessoas com
problemas de pressão ou pacientes muito debilitados, para os quais são
mais recomendáveis as duchas segundo alguns naturopatas.
Suador caseiro
Faça um pedilúvio quente e tome, simultaneamente, uma xícara
de chá quente de sabugueiro, alfavaca ou carqueja. Em seguida, deite-se
num colchonete forrado com plástico e enrole-se num lençol recém-
molhado em água quente. Em seguida, coloque uma bolsa de água
quente enrolada numa toalha fina nos pés e cubra todo o corpo com um
plástico, pondo sobre ele alguns cobertores. Permaneça meia hora. Para
baixar a febre, molhe o lençol em água fria.
Suador de sol
Passe em todo o corpo, inclusive ombros e rosto, um protetor
solar fator 30 ou maior, coloque roupa de banho e leve um balde de água
fria e um cobertor a um local onde bata bastante sol. Esfregue água fria
no corpo com uma bucha macia e deite-se no sol por cinco minutos,
enrolando-se em seguida no cobertor por mais cinco minutos. Em
seguida, levante-se e esfregue mais água fria no corpo, repetindo o ciclo
umas cinco vezes.
Compressas quentes
Dobre um pano, de algodão ou flanela, em forma de tira e
mergulhe o meio numa panela com água quente e tintura de arnica (uma
colher de sopa por litro) ou chá de raízes de gengibre bem quente. Torça
até parar de pingar e aplique sobre o local, cobrindo com uma bolsa de
água quente. Receita para tratar reumatismo, problemas de fígado, dores
em geral e espasmos musculares: aplique compressas quentes de arnica
ou gengibre nos locais afetados. Depois de dez minutos, cubra a
compressa com uma bolsa de água quente enrolada numa toalha e deixe
por mais 20 minutos. Para combater problemas respiratórios, aplique
bolsa de água quente envolta em toalha sobre o peito durante meia hora,
renovando o calor depois de 15 minutos.
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Compressas frias
Mergulhe uma tira de pano em água fria e aplique durante
20 minutos, renovando a cada cinco minutos. Serve para tratar asma e
outros problemas pulmonares.
Inalações
Uma receita dos naturopatas para acabar com a sinusite é
fazer saunas semanais e inalações diárias com folhas de eucalipto.
Receita para inalações: coloque água e dois punhados de folhas de
eucalipto numa panela no chão, na frente de uma cadeira, mergulhe por
cima um ebulidor e ligue-o na tomada. Logo que começar a ferver,
sente-se na cadeira e cubra a cabeça com uma toalha ou cobertor,
formando uma tenda sobre os vapores. Faça inalações de meia hora,
evitando tomar friagem depois. Desligue o ebulidor da tomada antes de
tirá-lo da água. Atenção: tome muito cuidado ao lidar com água aquecida
e com o ebulidor elétrico. Idosos e crianças precisam ser
supervisionados.
Cristéis e lavagens
A água também serve para lavagens vaginais e
intestinais (cristéis). No primeiro caso, pode ser feita em banho de
assento ou com ducha ginecológica, usando chás de casca de barbatimão,
flores de camomila ou beijo-branco (balsamina). Banhos quentes e
alternados aliviam as inflamações locais. Já as lavagens intestinais são
feitas com água morna e bisnaga de plástico ou aparelho de cristel,
lubrificando a ponta com vaselina. Deve-se pedir orientação a médicos
ou profissionais de saúde, para evitar ferimentos no ânus. Esses cristéis
ajudam a desintoxicar o organismo e podem ser feitos, de manhã e à
noite, em tratamentos de uma semana por mês. Use 2 litros de chá morno
de camomila ou cavalinha para fazer os cristéis.
APÊNDICE
CÓDIGO BRASILEIRO DE ÁGUAS
Segundo o Código de Águas do Brasil (decreto-lei 7.841, de 8/08/45),
em seu artigo 1°, águas minerais naturais “são aquelas provenientes de
fontes naturais ou de fontes artificialmente captadas que possuam
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composição química ou propriedades físicas ou físico-químicas distintas
das águas comuns, com características que lhes confiram uma ação
medicamentosa”.
O código classifica as águas minerais naturais segundo suas
características permanentes e segundo as características das fontes.
1 - CARACTERÍSTICAS PERMANENTES
Quanto à composição química, as águas minerais naturais são assim
classificadas:
I - Oligominerais: aquelas que contêm diversos tipos de sais, todos em
baixa concentração.
II - Radíferas: quando contêm substâncias radioativas dissolvidas, que
lhes atribuam radioatividade permanente.
III - Alcalino-bicarbonatadas: as que contêm, por litro, uma quantidade
de compostos alcalinos equivalentes a, no mínimo, a 0,200g de
bicarbonato de sódio.
IV - Alcalino-terrosas: as que contêm, por litro, uma quantidade de
alcalinos terrosos equivalentes a, no mínimo, 0,120g de carbonato de
cálcio, distinguindo-se:
IVa - Alcalino-terrosas cálcicas: as que contêm, por litro, no mínimo,
0,048g de cátion Ca, sob a forma de bicarbonato de cálcio.
IV.b - Alcalino-terrosas magnesianas: as que contêm, por litro, no
mínimo, 0,030g de cátion Mg, sob a forma de bicarbonato de magnésio.
V - Sulfatadas: as que contêm, por litro, no mínimo, 0,100g do ânion
SO4, combinado aos cátion Na, K e Mg.
VI - Sulfurosas: as que contêm, no mínimo, 0,001g do ânion S.
VII - Nitratadas: as que contêm, por litro, no mínimo, 0,100g de ânion
NO3 de origem mineral.
VIII - Cloretadas: as que contêm, por litro, no mínimo, 0,500g de NaCl.
IX - Ferruginosas: as que contêm, por litro, no mínimo. 0,005g de cátion
Fe.
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X - Radioativas: as que contêm radônio em dissolução, obedecendo aos
seguintes limites:
Xa - Fracamente Radioativas: as que apresentam, no mínimo, um teor
em radônio compreendido entre 5 e 10 unidades Mache, por litro, a 20°C
e 760mm de Hg de pressão;
Xb - Radioativas: as que apresentam um teor em radônio compreendido
entre 10 e 50 unidades Mache por litro, a 20° C e 760mm de Hg de
pressão;
Xc - Fortemente Radioativas: as que possuírem um teor em radônio
superior a 50 unidades Mache, por litro, a 20°C e 760mm de Hg de
pressão.
XI - Toriativas: as que possuem, por litro, no mínimo, um teor em
torônio em dissolução equivalente, em unidades eletrostáticas, a 2
unidades Mache.
XII - Carbogasosas: as que contêm, por litro, 200ml de gás carbônico
livre dissolvido, a 20°C e 760mm de Hg de pressão.
2 - CARACTERÍSTICAS DAS FONTES:
As fontes de água mineral são classificadas segundo os gases presentes
e segundo a temperatura:
2.1 - Quanto aos gases:
I - Fontes radioativas:
Ia - Fracamente Radioativas: as que apresentam, no mínimo, uma vazão
gasosa de 1 litro por minuto com um teor em radônio compreendido
entre 5 e 10 unidades Mache, por litro de gás espontâneo, a 20°C e
760mm de Hg de pressão;
Ib - Radioativas: as que apresentam, no mínimo, uma vazão gasosa de 1
litro por minuto, com um teor compreendido entre 10 e 50 unidades
Mache, por litro de gás espontâneo, a 20°C e 760mm de Hg de pressão;
Ic - Fortemente Radioativas: as que apresentam, no mínimo, uma vazão
gasosa de 1 litro por minuto, com teor em radônio superior a 50 unidades
Mache, por litro de gás espontâneo, a 20°C e 760mm de Hg de pressão.
38. 38
II - Fontes Toriativas: as que apresentam, no mínimo, uma vazão gasosa
de 1 litro por minuto, com um teor em torônio, na fonte, equivalente, em
unidades eletrostáticas, a 2 unidades Mache por litro.
III - Fontes Sulfurosas: as que possuírem, na fonte, desprendimento
definido de gás sulfídrico.
2.2 - Quanto à temperatura:
I - Fontes frias: quando sua temperatura for inferior a 25°C;
II - Fontes hipotermais: quando sua temperatura estiver compreendida
entre 25 e 33°C;
III - Fontes mesotermais: quando sua temperatura estiver compreendida
entre 33 e 36°C;
IV - Fontes isotermais: quando sua temperatura estiver compreendida
entre 36 e 38°C.
BIBLIOGRAFIA
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de Todos, SP, Hemus, 2003
BONTEMPO, MÁRCIO, Livro de Bolso da Medicina Natural, SP,
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KUHNE, LOUIS, A Cura pela Água, a Nova Ciência de Curar. SP,
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SITES
Pesquisas genéricas: WWW.google.com.br; WWW.altavista.com;
WWW.wikipedia.com.br; site de medicina ortomolecular
http://www.mega21.com.br/site/ ; pesquisas acadêmicas:
WWW.google.academico.com; lattes.cnpq.br