Análise das internações por COVID-19 em Criciúma segundo faixa etária e comorbidades
1. Secretaria Municipal de Saúde de Criciúma
Vigilância Epidemiológica
Setor de Agravos - Fone: 3445-8772
1
Faixa etária Confirmados Internados %** UTI %*** Recuperados % Óbitos %
0 a 4 anos 278 6 2,2 1 16,7 5 83,3 1 16,7
5 a 9 anos 263 1 0,4 1 100,0 1 100,0 0 0,0
10 a 19 anos 1336 9 0,7 2 22,2 8 88,9 0 0,0
20 a 29 anos 5065 53 1,0 5 9,4 43 81,1 2 3,8
30 a 39 anos 6498 182 2,8 17 9,3 154 84,6 8 4,4
40 a 49 anos 4637 243 5,2 27 11,1 202 83,1 14 5,8
50 a 59 anos 3817 311 8,1 36 11,6 262 84,2 30 9,6
60 a 69 anos 2280 344 15,1 77 22,4 245 71,2 71 20,6
70 a 79 anos 874 245 28,0 60 24,5 134 54,7 97 39,6
80 anos + 345 150 43,5 27 18,0 69 46,0 78 52,0
TOTAL 25393 1544 6,1 253 16,4 1123 72,7 301 19,5
** Proporção de internações/ confirmados, na respectiva faixa-etária.
*** Proporção de pacientes que precisaram de UTI/ internados, na respectiva faixa-etária.
Boletim Epidemiológico
23 de março de 2021
01/2021
Figura 01 – Internações por coronavírus (SARS-CoV-2) em Criciúma, segundo
faixa etária:
Situação dos bancos de dados até às 11:00
Análise sobre as internações por coronavírus (SARS-CoV-2)
em Criciúma
As análises apresentadas neste documento, referem-se aos registros realizados
nos serviços hospitalares no Sistema de Informação da Vigilância Epidemiológica
da Gripe (SIVEP-Gripe). Desde o primeiro caso de COVID-19 registrado no
município, em 19/03/2020, foram internados e notificados no SIVEP-Gripe 1544
pacientes residentes de Criciúma com diagnóstico confirmado da doença, o que
representa 6,1% do total de casos até o momento (25.395). Dentre os pacientes
internados, 92,5% são brancos, 5% pretos, 0,1% amarelos e 0,7% pardos, o campo
raça/cor foi marcado como ignorado para 1,7% dos indivíduos.
As internações por COVID-19 duraram em média por 8,3 dias, sendo que a mais
longa durou 151 dias. A média de permanência em unidades de terapia intensiva
(UTI) foi de 13 dias, a mais longa de 52 dias. As proporções de internação e de uso
de UTI, no entanto, são bastante distintas quando analisadas em relação à faixa
etária dos pacientes, conforme apresentado na figura 1.
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Do total de pacientes internados, 72,7% (729) foram recuperados, 19,5% (301)
vieram a óbito e 16,4% (253) ocuparam leitos de UTI, com diferenças significativas
também estre as faixas etárias.
Ao todo, 1086 pacientes fizeram uso de suporte ventilatório (SV) o que
representa (70,3%) do total de internações, sendo 9,4% (145) referentes ao uso de
SV invasivo e 60,9% (941) ao não invasivo.
A presença de fatores de risco (comorbidades) foi identificada em 55,8% (682)
do total de pacientes internados, em 73,4% (185) dos pacientes que fizeram uso de
UTI e em 79,4% (239) dos pacientes que vieram a óbito.
As comorbidades mais prevalentes foram: cardiopatias 22,6%, diabetes mellitus
(DM) 22,0%, hipertensão arterial 16,5% e câncer 7,1% (Gráfico 1). Há que se atentar,
porém, que um paciente pode apresentar mais de uma comorbidade.
Gráfico 01 – Frequência relativa (%) de comorbidades em relação ao total de
pacientes internados, residentes de Criciúma:
Cabe salientar, que as análises sobre a utilização de leitos de UTI e óbitos
revelaram proporções distintas entre os pacientes internados, considerando a
presença de cada uma das comorbidades (gráfico 2). Isso significa que do total
de pacientes internados que apresentavam cardiopatia, por exemplo, 26,1%
fizeram uso de leito de UTI e 37,5% vieram a óbito.
Destaca-se no Gráfico 2, a relevância da proporção de uso de UTI de 85,2%
entre os pacientes tabagistas, de 54,5% entre os pacientes que sofreram acidente
vascular cerebral (AVC) e de 40,5% entre os portadores de doença renal crônica.
Assim como, chamam a atenção a proporção de óbitos de 100% entre os
pacientes internados com AVC, de 77,8% entre tabagistas, de 45,9% entre
pacientes renais crônicos e 44,5% entre portadores de câncer.
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Gráfico 02 – Frequência relativa (%) de uso de leito de UTI e óbito segundo
comorbidade, em relação ao total de internações pela mesma comorbidade:
A análise de acordo com a linha do tempo revela uma terceira onda de
elevação no número de internações (Gráfico 03), assim como uma tendência de
modificação da estrutura etária dos pacientes (Gráfico 04). O número de
pacientes internados no mês de março de 2021 (341), há oito dias do fim, já
representa 78,2% do número máximo atingido até o momento, em novembro de
2020 (436). A avaliação por faixa etária nos referidos meses evidencia um aumento
na proporção de internações de 20 a 59 anos e uma redução a partir de 60 anos.
Gráfico 03 – Número de internações totais, com ocorrência e/ou residência em
Criciúma, por mês:
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Por fim, quanto ao critério de encerramento nota-se que 95,3% (1472) tiveram
o diagnóstico confirmado para COVID-19 por exame laboratorial, 2,4% (37) por
critério clínico-epidemiológico e 0,8% (13) por critério clínico-imagem.
Pelo exposto, reforçam-se as recomendações de medidas protetivas:
distanciamento social, uso de máscara, higiene das mãos e a vacinação, quando
disponibilizada para sua faixa etária.
Gráfico 04 – Proporção de internações totais por mês, com ocorrência e/ou
residência em Criciúma, segundo faixa etária:
Gráfico 05 – Número de internações totais, com ocorrência e/ou residência em
Criciúma, por mês: