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PROTOCOLO DE
MANEJO CLÍNICO DO
NOVO CORONAVÍRUS
(COVID-19) NA
ATENÇÃO PRIMÁRIA
À SAÚDE
Brasília - DF
Março de 2020
Secretaria de Atenção Primária à Saúde (SAPS)
Sumário:
1.	 Introdução
2.	 Curso Clínico
2.1 Sinais e Sintomas
2.2 Diagnóstico
3.	 Manejo Clínico na APS/ESF
3.1.	 Fluxograma
3.2.	 Identificação de caso suspeito de Síndrome Gripal e de COVID-19
3.3.	 Medidas para evitar contágio na UBS
3.4.	 Classificação do caso e estratificação da gravidade da Síndrome Gripal
3.5.	 Casos leves: manejo terapêutico e isolamento domiciliar
1.1.2	Manejo Terapêutico
3.6.2 Isolamento Domiciliar
3.6.	 Casos graves: estabilização e encaminhamento a serviços de urgência/
emergência ou hospitalares
3.7.	 Notificação Imediata
3.8.	 Monitoramento clínico
3.9.	 Medidas de prevenção comunitária e apoio à vigilância ativa
3.10.	 Recomendações em grupos especiais
A. Gestantes e puérperas
		
4.	 Referências
5.	 Anexo 1: Fast-Track
1.	 INTRODUÇÃO
	
	 No fim de 2019, o Novo Coronavírus foi nomeado como SARS-CoV-2. Este
Novo Coronavírus produz a doença classificada como COVID-19, sendo agente
causador de uma série de casos de pneumonia na cidade de Wuhan (China) [1].
Ainda não há informações plenas sobre a história natural, nem medidas de efetividade
inquestionáveis para manejo clínico dos casos de infecção humana pelo SARS-
CoV-2, restando ainda muitos detalhes a serem esclarecidos [1]. No entanto, sabe-
se que o vírus tem alta transmissibilidade e provoca uma síndrome respiratória aguda
que varia de casos leves – cerca de 80% – a casos muito graves com insuficiência
respiratória–entre5%e10%doscasos.Sualetalidadevaria,principalmente,conforme
a faixa etária (Quadro 1) e condições clínicas associadas. Portanto, é necessário
agir. Para esse fim, as melhores e mais recentes evidências foram utilizadas na
redaçãodestedocumento.Peladinâmicadaepidemiaedaproduçãodeconhecimento
associada a ela, as informações podem sofrer alterações conforme avance o
conhecimento sobre a doença. Dessa forma, este protocolo específico para serviços
de Atenção Primária à Saúde / Estratégia Saúde da Família (APS/ESF) vai ser
atualizado sempre que necessário.
Fique atento a novas versões!
	 Quadro 1 – Letalidade provocada pela COVID-19 por faixa etária na China,
Ministério da Saúde, 2020.
Taxa de letalidade por idade [15]:
•	 0,2% em pacientes entre 10 e 19 anos
•	 0,2% em pacientes entre 20 e 29 anos
•	 0,2% em pacientes entre 30 e 39 anos
•	 0,4% em pacientes entre 40 e 49 anos
•	 1,3% em paciente entre 50 e 59 anos
•	 3,6% em paciente entre 60 e 69 anos
•	 8.0% em pacientes entre 70 e 79 anos
•	 14.8% em pacientes acima ou igual a 80 anos
Ref: CDC China Weekly. Accessed Feb 20, 2020.
AAtenção Primária à Saúde / Estratégia Saúde da Família (APS/ESF) é a porta
de entrada do Sistema Único de Saúde. Durante surtos e epidemias, a APS/ESF tem
papel fundamental na resposta global à doença em questão. A APS/ESF oferece
atendimento resolutivo, além de manter a longitudinalidade e a coordenação do
cuidado em todos os níveis de atenção à saúde, com grande potencial de identificação
precoce de casos graves que devem ser manejados em serviços especializados.
O objetivo deste documento é definir o papel dos serviços de APS/ESF no
manejo e controle da infecção COVID-19, bem como disponibilizar os instrumentos
de orientação clínica para os profissionais que atuam na porta de entrada do SUS.
A fase atual da epidemia pelo Novo Coronavírus no Brasil exige que os serviços
de APS/ESF trabalhem com abordagem sindrômica do problema, não exigindo mais
a identificação do fator etiológico por meio de exame específico. Este protocolo foca
na abordagem clínica da Síndrome Gripal e da Síndrome Respiratória Aguda Grave
(SRAG). Como é de conhecimento de todos, múltiplos agentes virais são responsáveis
por essas duas síndromes, sendo o vírus da Influenza o de maior magnitude nos
últimos anos. Entretanto, há evidências e dados internacionais indicando que a
transcendência do COVID-19 pode superar a da Influenza. Portanto, a abordagem
pragmática deste protocolo unifica as condutas referentes a esses dois grupos de
vírus. Em casos de SRAG, nos serviços de urgência e hospitalares, a identificação
do agente causal por meio de exame específico será o método de vigilância definido
pelo Ministério da Saúde.
2. CURSO CLÍNICO
	
	 A infecção humana provocada pelo SARS-CoV-2 é uma zoonose. O vírus é
classificadocomoumbetaCoronavírusdomesmosubgênerodaSíndromeRespiratória
do Oriente Médio (MERS), porém de outro subtipo [1]. A transmissão do SARS-CoV-2
de humanos para humanos foi confirmada na China e nos EUA [1] e ocorre
principalmente com o contato de gotículas respiratórias oriundas de pacientes
doentes e sintomáticos [3]. A transmissão do vírus por indivíduos assintomáticos
segue em controvérsia até o presente momento [4,5].O período de incubação é
estimado em 14 dias, com alguns relatos de casos com menos dias de incubação.
2.1 SINAIS E SINTOMAS
O paciente com a doença COVID-19 apresenta geralmente os seguintes
sintomas e sinais [6,8]:
●	 Febre (>37,8ºC);
●	 Tosse;
●	 Dispneia;
●	 Mialgia e fadiga;
●	 Sintomas respiratórios superiores; e
●	 Sintomas gastrointestinais, como diarreia (mais raros).
O quadro clínico, típico de uma Síndrome Gripal, pode variar seus sintomas
desde uma apresentação leve e assintomática (não se sabe a frequência),
principalmente em jovens adultos e crianças, até uma apresentação grave, incluindo
choque séptico e falência respiratória [7]. A maior parte dos casos em que ocorreu
óbito foi em pacientes com alguma comorbidade pré-existente (10,5% doença
cardiovascular,7,3% diabetes, 6,3% doença respiratória crônica, 6% hipertensão e
5,6% câncer (ref)) e/ou idosos (Quadro 1) [8]. A taxa de letalidade está em torno de
3,8% na China, porém o valor varia conforme o país. Estudos demonstram que,
epidemiologicamente, homens entre 41 e 58 anos representam a grande maioria dos
casos de pacientes confirmados, sendo febre e tosse os sintomas mais presentes
[6,13].
As alterações em exames complementares mais comuns são infiltrados
bilaterais nos exames de imagem de tórax e linfopenia no hemograma. A doença
apresenta fundamentalmente complicações respiratórias: pneumonia e Síndrome da
Angústia Respiratória Aguda – SARA.
	
2.2 DIAGNÓSTICO
As definições de caso e critérios clínicos para a avaliação diagnóstica ainda
não são consenso entre os especialistas [1]. Entretanto, pode-se avaliar o quadro da
COVID-19 de maneira clínica e laboratorial.
O quadro clínico inicial da doença é caracterizado como Síndrome Gripal (ver
sinais e sintomas no item 2.1). O diagnóstico sindrômico depende da investigação
clínico-epidemiológica e do exame físico. É recomendável que, em todos os casos
de Síndrome Gripal, seja questionado o histórico de viagem para o exterior, com
especial atenção para os países com casos confirmados na lista da OMS, ou de
contato próximo com pessoas com suspeita ou diagnóstico de infecção por COVID-19
constantes na lista da OMS que pode ser acessada no site: https://saude.gov.br/
saude-de-a-z/listacorona . Entretanto, conduta uniforme é sugerida para todos os
casos de SG no contexto da APS/ESF, dada a impossibilidade de atestar com 100%
de segurança se a SG é causada pelo SARS-CoV-2 ou por outro vírus.
O diagnóstico laboratorial é realizado por meio das técnicas de transcriptase-
reversa Polymerase Chain Reaction (RT-PCR), em tempo real e sequenciamento
parcial ou total do genoma viral [9]. Na fase atual de mitigação da epidemia, o
diagnóstico etiológico só será realizado em casos de Síndrome Respiratória Aguda
Grave, junto a serviços de urgência/emergência ou hospitalares.
3. MANEJO CLÍNICO NA APS/ESF
O manejo clínico da Síndrome Gripal na APS/ESF difere frente a gravidade dos
casos. Para casos leves, inclui medidas de suporte e conforto, isolamento domiciliar
e monitoramento até alta do isolamento. Para casos graves, inclui a estabilização
clínica e o encaminhamento e transporte a centros de referência ou serviço de
urgência/emergência ou hospitalares.
O papel da APS/ESF é o de assumir papel resolutivo frente aos casos leves e
de identificação precoce e encaminhamento rápido e correto dos casos graves,
mantendo a coordenação do cuidado destes últimos.
A estratificação de intensidade da SG é a ferramenta primordial para definir a
conduta correta para cada caso, seja para manter o paciente na APS/ESF ou para
encaminhá-lo aos centros de referência, urgência/emergência ou hospitais.
Dada a letalidade muito mais elevada do COVID-19 entre os idosos (pessoas
com 60 anos ou mais), deve-se priorizá-los para atendimento. Além deles, pessoas
com doença crônica, gestantes e puérperas devem ter atendimento priorizado.
Gestantes e puérperas não tem risco elevado para COVID-19, mas apresentam
maior risco de gravidade se infectadas por Influenza.
Os casos de síndromes gripais sem complicações ou sem comorbidades de
risco serão conduzidos pela APS/ESF. Logo, faz-se obrigatório o acompanhamento
dos profissionais da APS/ESF ao longo do curso da doença [10].
O manejo diagnóstico e terapêutico de pessoas com suspeita de infecção
respiratória caracterizada como Síndrome Gripal, causada por COVID-19 ou não, no
contexto da APS/ESF incluiu os passos a seguir:
1-	Identificação de caso suspeito de Síndrome Gripal e de COVID-19
2-	Medidas para evitar contágio na UBS
3-	Classificação do caso e estratificação da gravidade da Síndrome Gripal
4-	Casos leves: manejo terapêutico e isolamento domiciliar
5-	Casos graves: estabilização e encaminhamento a serviços de urgência/
emergência ou hospitalares
6-	Notificação imediata
7-	Monitoramento clínico
8-	Medidas de prevenção comunitária e apoio à vigilância ativa
O fluxograma abaixo exemplifica o fluxo assistencial ideal na APS/ESF frente a
casos de Síndrome Gripal, suspeitos ou não de infecção pelo Novo Coronavírus.
3.1 FLUXOGRAMA
FLUXO DE MANEJO
CLÍNICO NA ATENÇÃO
PRIMÁRIA À SAÚDE
CORONAVÍRUS
C O V I D - 1 9
Estratificação da Gravidade e Manejo Clínico
CENTRO DE REFERÊNCIA/ATENÇÃO ESPECIALIZADA
Síndrome gripal com presença de dispineia ou os seguintes sinais ou
sintomas de gravidade (ver mais informações na tabela 5):
Comorbidades que contraindicam isolamento
domiciliar (ver mais informações na tabela 6)
Prescrição de fármacos para o
controle de sintomas, caso não haja
nenhuma contraindicação
(ver tabela 9).Prescrever oseltamivir
(ver tabela 9 e 11) se Síndrome Gripal
e pessoa comcondições de risco
(ver tabela 10).
Verificar situação vacinal para gripe ( se grupo de risco - gestante, criança,, puérperas
e idosos) vacinar se nescessário.
períodode
períodode
atestado médico até
o fim do período
de contagio
CASO SUSPEITO POR COVID-19?CONTROLE PRECOCE
3.2 IDENTIFICAÇÃO DE CASO SUSPEITO DE SÍNDROME GRIPAL E DE
COVID-19
Identificação de caso potencialmente suspeito de Síndrome Gripal e de
COVID-19
Grande parte dos pacientes com Síndromes Gripais e casos suspeitos de
COVID-19 chegarão à APS/ESF como porta de entrada. Por isso, o primeiro passo
na cascata de manejo do COVID-19 é a identificação de casos suspeitos de Síndrome
Gripal. Sugerimos que esta identificação precoce seja realizada na recepção da
Unidade Básica de Saúde seguindo o Fast-Track para Síndrome Gripal (Anexo XX).
Para o objetivo deste protocolo, casos suspeitos de Síndrome Gripal serão
abordados como casos suspeitos de COVID-19. Na recepção, todo paciente que
apresentar tosse ou dificuldade respiratória ou dor de garganta será considerado
caso suspeito de Sindrome Gripal. Esta identificação deve ser feita por profissional
em uso de EPI e capacitado em suas atribuições frente à epidemia de COVID-19,
aplicando o Fast-Track já mencionado.
3.3 Medidas para evitar contágio na USF
		
Após a identificação precoce na recepção da Unidade Básica de Saúde de todos
casos suspeitos de Síndrome Gripal, deve-se fornecer máscara cirúrgica a todos
pacienteslogoapósreconhecimentopeloAgenteComunitáriodeSaúdeouprofissional
responsável por receber os pacientes e realizar o primeiro passo do Fast-Track
(Anexo 1), enquanto aguardam o atendimento da enfermagem e do médico.
Preferencialmente, em localidades onde isso é possível, a pessoa deve ser conduzida
para uma área separada ou para uma sala específica visando ao isolamento
respiratório. A sala deve ser mantida com a porta fechada, janelas abertas e ar-
condicionado desligado. Caso não haja sala disponível na UBS para isolamento,
propiciar área externa com conforto para pacientes com Síndrome Gripal, que
deverão ser atendidos o mais rápido possível, conforme Fast-track de atendimento
para Síndrome Gripal e/ou suspeita de COVID-19 (Anexo 1).
Todo profissional que atender os pacientes com suspeita de Síndrome Gripal
deve usar EPIs e adotar as medidas para evitar contágio, conforme Tabela 1.
Atenção para os cuidados que devem ser tomados em relação ao uso de máscara
cirúrgica (Tabela 2).
Tabela 1. Medidas para evitar contágio por vírus causadores de Síndrome Gripal nas Unidades
de Saúde da Família e Unidades Básicas de Saúde, Ministério da Saúde, 2020.
Medidas de controle precoce
PROFISSIONAIS DA SAÚDE Pacientes
●	 Contenção respiratória
○	 máscara cirúrgica*;
●	 Uso de luvas, gorro e aventais
descartáveis;
●	 Lavar as mãos com frequência;
●	 Limpar e desinfetar objetos e su-
perfícies tocados com frequên-
cia;
●	 Fornecer máscara cirúrgica;
●	 Isolamento com precaução de
contato em sala isolada e bem
arejada
*Somente para procedimentos produtores de aerossóis usar máscara N95/PFF2.
Tabela 2. Orientações para uso correto de máscaras cirúrgicas para evitar contágio por vírus causadores de
Síndromes Gripais, Ministério da Saúde, 2020.
Orientações para uso de máscaras cirúrgicas
- Coloque a máscara com cuidado para cobrir a boca e o nariz e amarre com segurança
para minimizar as lacunas entre o rosto e a máscara;
- Enquanto estiver utilizando a máscara, evite tocá-la;
- Remova a máscara usando técnica apropriada (ou seja, não toque na frente, mas remova
o laço ou nó da parte posterior);
- Após a remoção, ou sempre que tocar em uma máscara usada, higienize as mãos com
água e sabão ou álcool gel, se visivelmente suja;
- Substitua a máscara por uma nova máscara limpa e seca assim que estiver úmida ou da-
nificada;
- Não reutilize máscaras descartáveis;
- Descarte em local apropriado as máscaras após cada uso;
- Troque de máscara após atender novos pacientes.
3.4 CLASSIFICAÇÃO DO CASO E ESTRATIFICAÇÃO DA GRAVIDADE DA
SÍNDROME GRIPAL
Após triagem, o paciente deve passar por consulta presencial com enfermeiro
e médico, de acordo com processo de trabalho local. É imprescindível a realização
de consulta médica a fim de estratificar a gravidade por meio de anamnese e exame
físico. Lembre-se: idosos acima de 60 anos, pacientes com doenças crônicas,
gestantes e puérperas devem ter atendimento prioritário ao chegarem na USF com
sintomas de Síndrome Gripal!
Em consulta médica, após confirmar a presença de Síndrome Gripal, é
fundamental estratificar a gravidade dos casos, a fim de identificar rapidamente casos
suspeitos de Síndrome Respiratória Aguda Grave.
Para manejo dos casos de Síndrome Gripal, independente do grau de suspeição
para COVID-19, deve-se utilizar as seguintes definições adaptadas à situação atual:
SÍNDROME GRIPAL – SG
Indivíduo que apresente febre de início súbito, mesmo que referida, acompanhada
de tosse ou dor de garganta ou dificuldade respiratória e pelo menos um dos seguintes
sintomas: cefaleia, mialgia ou artralgia, na ausência de outro diagnóstico específico.
Em crianças com menos de 2 anos de idade, considera-se também como caso de
Síndrome Gripal: febre de início súbito (mesmo que referida) e sintomas respiratórios
(tosse, coriza e obstrução nasal), na ausência de outro diagnóstico específico.
SÍNDROME RESPIRATÓRIA AGUDA GRAVE – SRAG
Indivíduo de qualquer idade, com Síndrome Gripal (conforme definição anterior) e
que apresente dispneia ou os seguintes sinais de gravidade:
• Saturação de SpO2 <95% em ar ambiente.
• Sinais de desconforto respiratório ou aumento da frequência respiratória avaliada
de acordo com a idade.
• Piora nas condições clínicas de doença de base.
• Hipotensão em relação à pressão arterial habitual do paciente.Ou
• Indivíduo de qualquer idade com quadro de insuficiência respiratória aguda,
durante período sazonal.
Em crianças: além dos itens anteriores, observar os batimentos de asa de nariz,
cianose, tiragem intercostal, desidratação e inapetência.
Vale ressaltar que febre pode não estar presente em alguns casos excepcionais,
como crianças, idosos, imunossuprimidos ou pessoas que utilizaram antitérmicos e,
portanto, a avaliação clínica e epidemiológica deve ser levada em consideração e a
decisão para monitoramento, registrada na notificação.
Todos os pacientes com Síndrome Gripal devem ser manejados seguindo as
mesmas diretrizes dentro do contexto da APS/ESF, já que a investigação da
etiologiadaSíndromeGripalnãoserárealizadanestecontexto.Algunspacientes
terão Síndrome Gripal decorrente do vírus Influenza, do vírus Respiratório
Sincicial ou de outros vírus, enquanto outros pacientes terão Síndrome Gripal
decorrente do Novo Coronavírus.Aavaliação da suspeição da presença da doença
COVID-19, a título de conhecimento, deve seguir a classificação apresentada na
Tabela 3. Cabe ressaltar, mais uma vez, que o diagnóstico etiológico só será realizado
em casos de SRAG, nos serviços de Urgência ou Hospitais. Assim sendo, a
classificação exposta na Tabela 3 não interfere no manejo clínico da Síndrome Gripal
na APS/ESF.
Tabela 3. Classificação de pacientes com suspeita de doença COVID-19, Ministério
da Saúde, 2020.
CASO
SUSPEITO
CASO
CONFIRMADO
CASO
DESCARTADO
CASO
EXCLUÍDO
Situação 1 – VIAJANTE: pessoa que
apresente febre E pelo menos um dos
sinais ou sintomas respiratórios (tosse,
dificuldade para respirar, produção de
escarro, congestão nasal ou conjuntival,
dificuldade para deglutir, dor de garganta,
coriza, saturação de O2  95%, sinais de
cianose, batimento de asa de nariz, tira-
gem intercostal e dispneia) E com históri-
co de viagem para país com transmissão
sustentada OU área com transmissão lo-
cal nos últimos 14 dias;
● Situação 2 - CONTATO PRÓXIMO:
Pessoa que apresente febre OU pelo me-
nos um sinal ou sintoma respiratório (tos-
se, dificuldade para respirar, produção de
escarro, congestão nasal ou conjuntival,
dificuldade para deglutir, dor de garganta,
coriza, saturação de O2  95%, sinais de
cianose, batimento de asa de nariz, tira-
gem intercostal e dispneia) E histórico de
contato com caso suspeito ou confirmado
para COVID-19, nos últimos 14 dias
● Situação 3 - CONTATO DOMICILIAR:
Pessoa que manteve contato domiciliar
com caso confirmado por COVID-19 nos
últimos 14 dias E que apresente febre
OU pelo menos um sinal ou sintoma res-
piratório (tosse, dificuldade para respirar,
produção de escarro, congestão nasal ou
conjuntival, dificuldade para deglutir, dor
de garganta, coriza, saturação de O2 
95%, sinais de cianose, batimento de asa
de nariz, tiragem intercostal e dispneia).
Nessa situação é importante observar
a presença de outros sinais e sintomas
como: fadiga, mialgia/artralgia, dor de ca-
beça, calafrios, manchas vermelhas pelo
corpo, gânglios linfáticos aumentados,
diarreia, náusea, vômito, desidratação e
inapetência.
A) CRITÉRIO LA-
B O R AT O R I A L :
Resultado positivo
em RT-PCR, pelo
protocolo Charité.
B) CRITÉRIO CLÍ-
NICO-EPIDEMIO-
LÓGICO: Contato
próximo domiciliar
de caso confirma-
do laboratorial,
que apresentar
febre E/OU qual-
quer sintoma res-
piratório, dentro
de 14 dias após o
último contato com
o paciente e para o
qual não foi possí-
vel a investigação
laboratorial espe-
cífica.
Caso que se en-
quadre na defini-
ção de suspeito e
apresente confir-
mação laboratorial
para outro agente
etiológico OU re-
sultado negativo
para SARS-Cov2
Caso notificado
que não se enqua-
dra na definição
de caso suspeito.
Nessa situação, o
registro será ex-
cluído da base na-
cional de dados
Contato próximo é definido como:
• Uma pessoa que teve contato físico dire-
to com um caso de COVID-19 (por exem-
plo, apertando as mãos);
• Uma pessoa que tenha contato direto
desprotegido com secreções infecciosas
de um caso de COVID-19 (por exemplo,
sendo tossida, tocando tecidos de papel
usados com a mão nua);
• Uma pessoa que teve contato frente a
frente com um caso COVID-19 por 15 mi-
nutos ou mais e a uma distância inferior a
2 metros;
• Uma pessoa que esteve em um ambien-
te fechado (por exemplo, sala de aula,
sala de reunião, sala de espera do hos-
pital etc.) com um caso COVID-19 por 15
minutos ou mais e a uma distância inferior
a 2 metros;
• Um profissional de saúde ou outra pes-
soa que cuida diretamente de um caso
COVID-19 ou trabalhadores de laborató-
rio que manipulam amostras de um caso
COVID-19 sem equipamento de proteção
individual recomendado (EPI) ou com
uma possível violação do EPI;
• Um passageiro de uma aeronave senta-
do no raio de dois assentos (em qualquer
direção) de um caso confirmado de CO-
VID-19, seus acompanhantes ou cuida-
dores e os tripulantes que trabalharam na
seção da aeronave em que o caso estava
sentado.
Contato domiciliar é definido como uma
pessoa que vive na mesma casa/ambien-
te que um caso confirmado de COVID-19.
Devem ser considerados os residentes da
mesma casa, colegas de dormitório, cre-
che, alojamento, etc.
A avaliação do grau de exposição do con-
tato deve ser individualizada, consideran-
do o ambiente e o tempo de exposição.
Fonte: Ministério da Saúde
A estratificação de gravidade dos casos suspeitos do Covid-19 deve se dar em
consulta médica da seguinte forma:
A. Casos leves. Aqueles que podem ser acompanhados completamente no
âmbito da APS/ESF devido à menor gravidade do caso; e
B. Casos graves. Aqueles que se encontram em situação de maior gravidade
e, portanto, necessitam de estabilização na APS/ESF e encaminhamento a Centro
de Referência/Urgência/Hospitais para observação 24h ou intervenções que exijam
maior densidade tecnológica.
As Tabelas 4 a 8 fornecem subsídios técnicos para que o médico de família e
comunidade / médico da APS defina o nível de gravidade e decida pelo
acompanhamento naAPS/ESF ou encaminhamento a serviço de Urgência ou Hospital
de acordo com o contexto local da Rede de Atenção à Saúde. Para a definição da
gravidade do caso, é fundamental definir se a pessoa apresenta comorbidades ou
condições de risco para acompanhamento ambulatorial na APS e isolamento
domiciliar.As principais situações são descritas na Tabela 6.As Tabelas 7 e 8 fornecem
subsídios para a avaliação de gravidade em crianças.
Tabela 4. Estratificação da gravidade de casos de Síndrome Gripal, Ministério da
Saúde, 2020.
ESTRATIFICAÇÃO DE GRAVIDADE DE CASO
CASOS LEVES CASOS GRAVES
APS/ESF CENTRO DE REFERÊNCIA/
ATENÇÃO ESPECIALIZADA
Síndrome gripal com sintomas leves (sem
dispneia ou sinais e sintomas de gravidade)
[ver tabela 5]
e
Ausência de comorbidades descompensa-
das que contraindicam isolamento domiciliar
/ sinais de gravidade[ver Tabela 5]
Síndrome gripalque apresente dispneia ou
os sinais e sintomas de gravidade [ver
Tabela 5]:
OU
Comorbidades que contraindicam isola-
mento domiciliar [ver Tabela 6]:
Fonte:
-	 Protocolo de Tratamento da Influenza. Ministério da Saúde 2017.
-	 Protocolo de Manejo Clínico de Síndrome Respiratória Aguda Grave. Ministério da Saúde 2010.
Tabela 5. Sinais e sintomas de gravidade para Síndrome Gripal, Ministério da Saúde,
2020.
SINAIS E SINTOMAS DE GRAVIDADE
ADULTOS CRIANÇAS
●	 Déficit no sistema respiratório:
○	 Falta de ar ou dificuldade
para respirar; ou
○	 ronco, retração sub/intercos-
tal severa; ou
○	 Cianose central; ou
○	 Saturação de oximetria de
pulso 95% em ar ambiente;
ou
○	 Taquipneia (30 ipm);
e
●	 Déficit no sistema cardiovascular:
○	 Sinais e sintomas de hipoten-
são (hipotensão arterial com
sistólica abaixo de 90 mmHg
e/ou diastólica abaixo de
60mmHg); ou
○	 Diminuição do pulso periféri-
co.
Sinais e sintomas de alerta adicionais:
●	 Piora nas condições clínicas de
doenças de base;
●	 Alteração do estado mental, como
confusão e letargia;
●	 Persistência ou aumento da febre
por mais de 3 dias ou retorno após
48 horas de período afebril.
●	 Déficit no sistema respiratório:
○	 Falta de ar ou dificuldade
para respirar;
○	 ronco, retração sub/intercos-
tal severa;
○	 Cianose central;
○	 Batimento da asa de nariz;
○	 Movimento paradoxal do ab-
dome;
○	 Bradipneia e ritmo respirató-
rio irregular;
○	 Saturação de oximetria de
pulso 95% em ar ambiente;
○	 Taquipneia(Tabela 7).
e
●	 Déficit no sistema cardiovascular:
○	 Sinais e sintomas de hipoten-
são[ver Tabela 6] ou;
○	 Diminuição do pulso periféri-
co.
Sinais e Sintomas de alerta adicionais:
●	 Inapetência para amamentação ou
ingestão de líquidos;
●	 Piora nas condições clínicas de
doenças de base;
●	 Alteração do estado mental
○	 Confusão e letargia;
○	 Convulsão.
Fonte:
-	 WHO technical guidance - patient management - Coronavirus disease 2019
-	 Kenneth McIntosh, MD. Severe acute respiratory syndrome (SARS).UpToDate Jan 2020.
-	 Protocolo de Tratamento da Influenza. Ministério da Saúde 2017.
-	 Protocolo de Manejo Clínico de Síndrome Respiratória Aguda Grave. Ministério da Saúde 2010.
-	 American Heart Association, 2015
Tabela 6. Comorbidades que contraindicam acompanhamento ambulatorial da Síndrome Gripal em APS/
ESF, Ministério da Saúde, 2020.
COMORBIDADES QUE CONTRAINDICAM ACOMPANAHMENTO AMBULATORIAL NA
APS/ESF
●	 Doenças cardíacas crônicas
○	 Doença cardíaca congênita
○	 Insuficiência cardíaca mal controlada e refratária
○	 Doença cardíaca isquêmica descompensada	
●	 Doenças respiratórias crônicas
○	 DPOC e asma mal controlados
○	 Doenças pulmonares intersticiais com complicações
○	 Fibrose cística com infecções recorrentes
○	 Displasia broncopulmonar com complicações
○	 Crianças com doença pulmonar crônica da prematuridade
●	 Doenças renais crônicas
○	 Em estágio avançado (graus 3,4 e 5)
○	 Pacientes em diálise
●	 Imunossupressos
○	 Transplantados de órgãos sólidos e de medula óssea
○	 Imunossupressão por doenças e/ou medicamentos (em vigência de quimio-
terapia/radioterapia, entre outros medicamentos)
●	 Portadores de doenças cromossômicas e com estados de fragilidade imunológica
(ex.: Síndrome de Down)
●	 Diabetes
●	 Gestantes sintomáticas com suspeita de síndrome gripal COVID-19
Fonte:
-	 Protocolo de Tratamento da Influenza. Ministério da Saúde 2017.
-	 Protocolo de Manejo Clínico de Síndrome Respiratória Aguda Grave. Ministério da Saúde 2010.
Tabela 7– Frequência respiratória normal (por minuto) em crianças
Ref: Protocolo influenza 2017
Fonte: American Heart Association, 2015
Tabela 8 – Frequência cardíaca (por minuto) em crianças
Ref: Protocolo influenza 2017
Fonte: American Heart Association, 2015
Além das condições clinicas, as condições do domicílio devem ser avaliadas
antes de seguir com o planejamento de acompanhamento ambulatorial do paciente
na APS/ESF. Mesmo casos de menor gravidade exigem que haja um acompanhante
da pessoa doente que possa permanecer em tempo integral com a pessoa já que
não se pode descartar a possibilidade de piora do quadro, e essa pessoa terá papel
fundamental para acionar o serviço de urgência, caso necessário.
3.5 CASOS LEVES: MANEJO TERAPÊUTICO E ISOLAMENTO DOMICILIAR
1.1.2 Manejo Terapêutico
Casos leves devem ser manejados com medidas não-farmacológicas como
repouso, hidratação, alimentação adequada, além de analgésicos e anti-térmicos e
isolamento domiciliar por 14 dias a contar da data de início dos sintomas (Tabela 9
– Manejo terapêutico da SG na APS). Diante da possibilidade de síndrome gripal por
outros vírus, como a Influenza, indica-se o uso de Oseltamivir nos casos de síndrome
gripal e fatores de risco para complicações (Tabela 10). Na tabela 11 encontra-se a
dose de oseltamivir ajustada para pacientes com insuficiência renal.
A vigilância ativa e continuada desses pacientes que estão recebendo
acompanhamento ambulatorial é a principal ferramenta para o manejo. É necessária
a comunicação plena com um profissional de saúde da APS/ESF durante todo o
cuidado doméstico do paciente até a o fim do período de isolamento. A revisão dos
sintomas e o seguimento da evolução do quadro devem ser realizados por um
profissional da APS, a cada 48 horas, frenteafrente (conforme necessidade clínica)
ou via telefone.
Tabela 9. Manejo terapêutico da Síndrome Gripal na APS, Ministério da Saúde, 2020.
MANEJO TERAPÊUTICO NA APS
Medidas Farmacológicas Medidas Clínicas
●	 Prescrição de fármacos para o controle de sintomas, caso
não haja nenhuma contraindicação, com possibilidade de
intercalar os fármacos antitérmicos em casos de difícil
controle da febre.
●	 Antitérmicovia oral:
○	 1ª opção: Paracetamol (200 mg/ml ou 500mg/cp),
a cada 4/4 horas ou 6/6 horas a depender da fre-
quência de febre ou dor.
■	 Crianças: 10-15 mg/kg/dose (máximo de 5
doses ao dia)
■	 Adultos: 500-1000 mg/dose (máximo de
3mg/dia)
○	 2ª opção: Dipirona (solução gotas 500mg/mlou
500mg/cp) em caso de dor ou febre, de 6/6 horas.
■	 Crianças  3 meses: (lactentes 10 mg/kg/
dose; pré-escolares: 15 mg/kg/dose)
■	 Adultos: 500-1000 mg VO (dose máxima
no adulto 4 gramas)
●	 Anti-inflamatóriovia oral:
○	 1ª opção: Ibuprofeno de 8/8 horas
■	 Crianças: Ibuprofeno gotas (100mg/ml)
●	 6 meses: 10-20mg/kg
●	 30kgs: máximo de 200mg/dose
■	 Adultos: Ibuprofeno 600 mg
●	 Indica-se o uso de Oseltamivir para todos os casos de
síndrome gripal que tenham situações de risco para com-
plicações [ver Tabela 12]. Essa recomendação independe
da situação vacinal do paciente, mesmo sendo acompa-
nhado pela APS. O ideal é que se inicie o fármaco até 48
horas após o início dos sintomas. Reforça-se que é ne-
cessário que o paciente procure ajuda médica em casos
de agravamento, mesmo em uso do Oseltamivir.
○	 Oseltamivir:
○	 Adultos: 75mg de 12 em 12 horas por 5 dias.
○	 Criança maior de 1 ano:
■	 ≤15 kg 30 mg, 12/12h, 5 dias
■	  15 kg a 23 kg 45 mg, 12/12h, 5 dias
■	  23 kg a 40 kg 60 mg, 12/12h, 5 dias
■	  40 kg 75 mg, 12/12h, 5 dias
○	 Criança menor de 1 ano de idade:
■	 0 a 8 meses 3 mg/Kg, 12/12h, 5 dias
■	 9 a 11 meses 3,5 mg/kg, 12/12h, 5 dias
●	 Isolamento domiciliar por até
14 dias a contar da data de iní-
cio dos sintomas
●	 Revisão a cada 48 horas, pre-
sencial ou por telefone, solici-
tando consulta presencial se
necessidade de exame físico.
●	 Manter repouso, alimentação
balanceada e boa oferta de lí-
quidos.
Fonte: WHO technical guidance - patient management - Coronavirus disease 2019
	 Protocolo de Tratamento de Influenza. Ministério da Saúde 2017
Elvino Barros. Medicamentos na prática clincia. 2010
Tabela 10. Condições de risco para complicações em casos de Síndrome Gripal com recomendação
para uso de Oseltamivir, Ministério da Saúde, 2020.
CONDIÇÕES DE RISCO PARA COMPLICAÇÕES–
Recomendação do uso de Oseltamivir
• Grávidas em qualquer idade gestacional, puérperas até duas semanas após o parto (in-
cluindo as que tiveram aborto ou perda fetal).
• Adultos ≥ 60 anos.
• Crianças  5 anos (sendo que o maior risco de hospitalização é em menores de 2 anos,
especialmente as menores de 6 meses com maior taxa de mortalidade).
• População indígena aldeada ou com dificuldade de acesso.
• Indivíduos menores de 19 anos de idade em uso prolongado de ácido acetilsalicílico (risco
de síndrome de Reye).
• Indivíduos que apresentem:
› Pneumopatias (incluindo asma).
› Pacientes com tuberculose de todas as formas (há evidências de maior complicação e
possibilidade de reativação).
› Cardiovasculopatias (excluindo hipertensão arterial sistêmica).
› Nefropatias.
› Hepatopatias.
› Doenças hematológicas (incluindo anemia falciforme).
› Distúrbios metabólicos (incluindo diabetes mellitus).
› Transtornos neurológicos e do desenvolvimento que podem comprometer a função res-
piratória ou aumentar o risco de aspiração (disfunção cognitiva, lesão medular, epilepsia,
paralisia cerebral, síndrome de Down, acidente vascular encefálico – AVE ou doenças neu-
romusculares).
› Imunossupressão associada a medicamentos (corticoide ≥ 20 mg/dia por mais de duas
semanas, quimioterápicos, inibidores de TNF-alfa) neoplasias, HIV/aids ou outros.
› Obesidade (especialmente aqueles com índice de massa corporal – IMC ≥ 40 em adultos).
Fonte:- Protocolo de Tratamento de Influenza. Ministério da Saúde 2017
Tabela 11. Dose de oseltamivir para pacientes com insuficiência renal, Ministério da Saúde, 2020.
DOSE DE OSELTAMIVIR PARA PACEINTES COM INSUFICIÊNCIA RENAL
Clearance de Creatinina Tratamento 5 dias Profilaxia 10 dias
Leve Clearance
60-90 ml/min
Moderado Clearance
30-60 ml/min
Severo Clearance
10-30 ml/min
Pacientes em hemodiálise
Clearance
≤ 10 ml/min
Pacientes em diálise Perito-
neal Contínua ambulatorial –
dPCaClearance
≤ 10 ml/min
75 mg 12/12 h
30 mg 12/12 h
30 mg 1 vez ao dia
30 mg após cada sessão de
hemodiálise*
Única dose de 30 mg admi-
nistrada imediatamente após
troca da diálise
75 mg 1 vez ao dia
30 mg 1 vez ao dia
30 mg em dias alternados
30 mg após cada sessão al-
ternada de hemodiálise
30 mg 1 vez por semana
imediatamente após troca da
diálise**
*Serão apenas três doses (em vez de cinco) após cada sessão de hemodiálise, consideran-
do-se que, num período de cinco dias, serão realizadas três sessões.
**Serão duas doses de 30 mg cada, considerando-se os dez dias, em que ocorrerão apenas
duas sessões de diálise.
Fonte: - CDC adaptado (2011; [2017])
	
3.6.2 Isolamento Domiciliar
Todas as pessoas com diagnóstico de Síndrome Gripal deverão realizar
isolamento domiciliar, portanto faz-se necessário o fornecimento de atestado médico
até o fim do período de isolamento, isto é, 14 dias a partir do início dos sintomas.
Quanto ao cuidado doméstico do paciente, as condutas descritas na Tabela 12 devem
ser adotadas [10].
Tabela 12. Medidas de isolamento domiciliar e cuidados domésticos para todos pacientes com
diagnóstico de Síndrome Gripal, Ministério da Saúde, 2020.
CUIDADOS DOMÉSTICOS DO PACIENTE EM ISOLAMENTO DOMICILIAR POR 14 DIAS DESDE A
DATA DE INÍCIO DOS SINTOMAS DE SINDROME GRIPAL
Sempre reportar à equipe de saúde que acompanha o caso o surgimento de algum novo sintoma ou piora
dos sintomas já presentes.
Isolamento de contato
do paciente
Precauções do cuidador Precauções gerais
●	 Permanecer em quarto isolado,
bem ventilado e sem divisão
com outros membros da famí-
lia;
●	 Caso não seja possível isolar o
paciente em um quarto único,
manter pelo menos 1 metro de
distância do paciente. Dormir
em cama separada (exceção:
mães que estão amamentan-
do devem continuar amamen-
tando com o uso de máscara
e medidas de higiene, como a
lavagem constante de mãos);
●	 Limitar a movimentação do
paciente pela casa. Locais da
casa com compartilhamento
(como cozinha, banheiro etc.)
devem estar bem ventilados;
●	 Utilização de máscara cirúrgi-
ca. Caso o paciente não tolere
ficar por muito tempo, realizar
medidas de higiene respirató-
ria com mais frequência; trocar
máscara cirúrgica sempre que
esta estiver úmida ou danifica-
da;
●	 Em idas ao banheiro ou outro
ambiente obrigatório, o doen-
te deve usar obrigatoriamente
máscara;
●	 Sem visitas ao doente;
●	 O paciente só poderá sair de
casa em casos de emergên-
cia. Caso necessário, sair com
máscara e evitar multidões,
preferindo transportes indivi-
duais ou a pé, sempre que pos-
sível.
●	 O cuidador deve utilizar
uma máscara (descartável)
quando estiver perto do
paciente. Caso a máscara
fique úmida ou com secre-
ções, deve ser trocada ime-
diatamente. Nunca tocar ou
mexer na máscara enquan-
to estiver perto do pacien-
te. Após retirar a máscara,
o cuidador deve lavar as
mãos;
●	 Deve ser realizada higie-
ne das mãos toda vez que
elas parecerem sujas, an-
tes/depois do contato com
o paciente, antes/depois de
ir ao banheiro, antes/depois
de cozinhar e comer ou toda
vez que julgar necessário.
Pode ser utilizado álcool em
gel quando as mãos estive-
rem secas e água e sabão
quando as mãos parecerem
oleosas ou sujas;
●	 Toda vez que lavar as mãos
com água e sabão, dar pre-
ferência ao papel-toalha.
Caso não seja possível,
utilizar toalha de tecido e
trocá-la toda vez que ficar
úmida.
●	 Toda vez que lavar as mãos
com água e sabão, dar pre-
ferência ao papel-toalha.
Caso não seja possível,
utilizar toalha de tecido e
trocá-la toda vez que ficar
úmida;
●	 Todos os moradores da
casa devem cobrir a boca
e o nariz quando forem tos-
sir ou espirrar, seja com as
mãos ou máscaras. Lavar
as mãos e jogar as másca-
ras após o uso;
●	 Evitar o contato com as se-
creções do paciente; quan-
do for descartar o lixo do
paciente, utilizar luvas des-
cartáveis;
●	 Limpar frequentemente
(mais de uma vez por dia)
as superfícies que são fre-
quentemente tocadas com
solução contendo alvejante
(1 parte de alvejante para
99 partes de água); faça o
mesmo para banheiros e
toaletes;
●	 Lave roupas pessoais, rou-
pas de cama e roupas de
banho do paciente com sa-
bão comum e água entre
60-90ºC, deixe secar.
Fonte: WHO technical guidance - patient management - Coronavirus disease 2019
3.6 Casos graves: estabilização e encaminhamento ao centro de referência
ou centro de urgência
Casos classificados como graves devem ser estabilizados e encaminhados
aos serviços de urgência ou hospitalares de acordo com a organização da
Rede de Atenção à Saúde local. Procure informações junto a Secretaria de
Saúde de seu município acerca dos serviços de urgência e/ou hospitalares
que foram definidos como Centros de Referência para a COVID-19 em sua
região.
O encaminhamento será de responsabilidade da equipe da atenção primária
onde ocorreu a classificação do caso. Deve-se articular na rede local de
saúde a necessidade de recepcionamento priorizado desse cidadão,
garantindo transporte sanitário adequado.
3.7 Notificação Imediata
É mandatória a notificação imediata de caso suspeito do COVID-19 (tabela 3)
via plataforma do FormSUS 2(http://bit.ly/2019-ncov).
Além da notificação, as informações de todos pacientes com Síndrome Gripal
devem ser registradas no prontuário para possibilitar a longitudinalidade e a
coordenação do cuidado, assim como realizar eventual investigação epidemiológica
e posterior formulação de políticas e estratégias de saúde. Atente para o uso do CID-
10 correto sempre que disponível no sistema de registro. O CID-10 que deve ser
utilizado para Síndrome Gripal inespecífica é o J11. O CID-10 específico para o
COVID-19 é o U07.1. Nos casos em que haja também classificação por CIAP, pode-
se utilizar o CIAP-2 R74 (Infecção Aguda de Aparelho Respiratório Superior).
3.8 Monitoramento clínico
Os pacientes com Síndrome Gripal em acompanhamento ambulatorial na APS/
ESF devem permanecer em isolamento domiciliar por 14 dias a contar da data de
início dos sintomas. O monitoramento deve ser realizado a cada 48 horas por meio
telefônico ou presencial, de acordo com a avaliação clínica da equipe. Todos os
membros da casa devem ser considerados como contactantes e deverão ser
acompanhados pela APS/ESF, além de serem estratificados de maneira apropriada
caso iniciem com sintomas
	 Caso haja piora do paciente em tratamento domiciliar ou o desenvolvimento de
sintomas graves em familiares do paciente (confirmação clínico-epidemiológico - ver
Tabela 3, torna-se obrigatório o encaminhamento para os outros níveis de cuidado do
SUS (centro de referência),sendo a equipe da UBS responsável pelo encaminhamento
do paciente. O Quadro 2 indica como proceder ao monitoramento por telefone.
Quadro 2. Monitoramento de pacientes com Síndrome Gripal na APS/ESF, Ministério
da Saúde, 2020.
O acompanhamento do paciente pode ser feito a cada 48 horas, frenteafrente (realizar visita domiciliarc
om indicação clínica e com medidas de precaução de contato e EPIs conforme protocolo vigente) ou
por telefone (ver normativa abaixo), até 14 dias após o início dos sintomas.
Normativa de acompanhamento do paciente em isolamento domiciliar via telefone
1.	 Anotar em prontuário, o número de contato do paciente e de algum acompanhante (de preferência
o cuidador que ficará responsável pelo paciente), durante a primeira avaliação naUSF;
2.	 Ligação deve ser realizada por profissional de saúde da ESF a cada 48 horas para
acompanhamento da evolução do quadro clínico;
3.	 Não há necessidade de gravar a conversa;
4.	 Anotar informações sobre a conversa telefônica no prontuário eletrônico – quadro clínico
autorreferido do paciente, autoavaliação da necessidade de ir algum profissional à residência do
paciente ou consulta presencial na UBS com paciente em uso de máscara e inserido no Fast-
track (Anexo 1), horário da ligação e queixas.
	 É importante ressaltar a busca ativa de novos casos suspeitos na comunidade.
O treinamento de profissionais para reconhecimento de sinais e sintomas clínicos de
Síndrome Gripal é de extrema importância na APS. Além disso, políticas públicas
que visam ao esclarecimento da população a respeito das informações acerca do
Novo Coronavírus são essenciais no combate à doença.
3.9 Medidas de prevenção comunitária e apoio à vigilância ativa
O Ministério da Saúde, em ressonância com as diretrizes mundiais, preconiza como
medidas de prevenção à população:
Tabela 13. Medidas de prevenção Comunitária à Sindrome Gripa e à COVID-19,
Ministério da Saúde, 2020.
PREVENÇÃO COMUNITÁRIA
●	 Realizar lavagem frequente das mãos, especialmente após contato direto
com pessoas doentes ou com o meio ambiente;
●	 Utilizar lenço descartável para higiene nasal;
●	 Cobrir nariz e boca quando espirrar ou tossir;
●	 Evitar tocar mucosas de olhos, nariz e boca;
●	 Higienizar as mãos após tossir ou espirrar;
●	 Não compartilhar objetos de uso pessoal, como talheres, pratos, copos ou
garrafas;
●	 Manter os ambientes bem ventilados;
●	 Evitar contato com pessoas que apresentem sinais ou sintomas da doença
Fonte: WHO technical guidance - patient management - Coronavirus disease 2019
Pessoas sem sintomas não necessitam usar máscaras em ambientes públicos
ou em casa.
	 3.10 RECOMENDAÇÕES EM GRUPOS ESPECIAIS
A.	Gestantes e puérperas
Gestantes e puérperas não possuem risco individual aumentado, até onde as
evidencias atuais indicam, pela COVID-19, mas medidas devem se adotadas para
proteção da criança. Além disso, gestantes e puérperas tem potencial maior de risco
para desenvolvimento de SRAG por Síndrome Gripal decorrente do vírus da Influenza.
Desta forma, importante seguir as recomendações expressas na Tabela 14.
Tabela 14. Recomendações para gestantes e puérperas com Síndrome Gripal e risco
para COVID-19, Ministério da Saúde, 2020.
Recomendações para gestantes e puérperas com Síndrome
Gripal e risco para COVID-19
• Mesmo podendo representar manifestação fisiológica da gravidez, a queixa de
dispneia deve ser valorizada na presença de síndrome gripal.
• Em pacientes com sinais de agravamento, incluindo SpO295%, considerar o início
imediato de oxigenioterapia, monitorização contínua e encaminhamento hospitalar;
• Gestantes e puérperas, mesmo vacinadas, devem ser tratadas com antiviral, fos-
fato de oseltamivir (Tamiflu), na dose habitual para adultos, indicado na síndrome
gripal independentemente de sinais de agravamento, visando à redução da morbi-
mortalidade materna
•Não se deve protelar a realização de exame radiológico em qualquer período gesta-
cional quando houver necessidade de averiguar hipótese diagnóstica de pneumonia.
• A elevação da temperatura na gestante deve ser sempre controlada com antitér-
mico uma vez que a hipertermia materna determina lesões no feto. A melhor opção
é o paracetamol.
• Gestantes sintomáticas têm contraindicação de isolamento domiciliar
Puérperas classificadas como casos suspeitos e assintomá-
ticas
• Isolamento domiciliar;
• Manter, preferencialmente, o binômio em quarto privativo.
• Manter distância mínima do berço do RN e mãe de 1 metro.
• Orientar a realizar etiqueta respiratória.
• Orientar a higienização das mãos imediatamente após tocar nariz, boca e sempre
antes do cuidado com o RN.
• Orientar o uso de máscara cirúrgica durante o cuidado e a amamentação do RN.
• Profissional de saúde ao atender a puérpera e RN deve seguir as orientações de
precaução padrão e gotículas.
• Caso a puérpera precise circular em áreas comuns da casa, utilizar máscara cirúr-
gica.
Puérperas classificadas como casos confirmados e assinto-
máticas
• Isolamento domiciliar;
• Interromper amamentação. Início do uso de fórmulas infantis como medida provi-
sória até a mãe ter a resolução dos sintomas;
•Providenciar cuidador para a criança e para a mãe;
• Isolar a mãe do RN até os sintomas cessarem.
4. Referências
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2.	 Li Q et al. Early Transmission Dynamics in Wuhan, China, of Novel Coronavirus-
Infected Pneumonia. NEngl J Med. 2020.
3.	 WHO. QA on coronavirus, 2020.
4.	 Rothe C et al. Transmission of 2019-nCoV Infection from an Asymptomatic Contact in
Germany. N Engl J Med. 2020;
5.	 Kupferschmidt K. Study claiming new coronavirus can be transmitted by people
without symptoms was flawed. Science. February 3, 2020
6.	 Huang C et al. Clinical features of patients infected with 2019 novel coronavirus in
Wuhan, China. Lancet 2020.
7.	 Chan JF et al. A familial cluster of pneumonia associated with the 2019 novel
coronavirus indicating person-to-person transmission: a study of a family cluster.
Lancet 2020.
8.	 Wang C et al. A novel coronavirus outbreak of global health concern. Lancet 2020.
9.	 Protocolo de Tratamento do Novo Coronavírus. Ministério da Saúde 2020.
10.	Home care for patients with suspected novel coronavirus (nCoV) infection presenting
with mild symptoms and management of contacts. WHO Interim guidance 20 January
2020.
11.	FLUXO DE ATENDIMENTO NAAPS PARA O NOVO CORONAVÍRUS (2019-NCOV).
Ministério da Saúde 2020. https://egestorab.saude.gov.br/image/?file=20200210_N_
EmktCoronaVirusFluxoV2_6121956549677603461.pdf
12.	LEI Nº 13.979, DE 6 DE FEVEREIRO DE 2020
13.	W Guan et al. Clinical Characteristics of Coronavirus Disease 2019 in China. New
england Journal of Medicine.
14.	Síndrome Gripal/ Síndrome Respiratória aguda Grave - Classificação de Risco e
Manejo Clínico. Ministério da Saúde
15.	Novel Coronavirus Pneumonia Emergency Response Epidemiology Team. Vital
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coronavirus diseases (COVID-19)—China, 2020. China CDC Weekly.
AccessedFebruary 20, 2020.
16.	Ken Inweregbu et al. Hospitalar Infections. BJA 2005
17.	Protocolo de Tratamento da Influenza. Ministério da Saúde 2017
18.	Adviceonthe use ofmasks in thecommunity, during home careand in healthcare
settings in thecontextofthe novel coronavirus (2019-nCoV) outbreak. Interim guideline.
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19.	Favre G, Pomar L, Qi X, Nielsen-Saines K, Musso D, Baud D. Guidelines
20.	forpregnantwomenwithsuspected SARS-CoV-2 infection. Lancet InfectDis2020;
published online March 3. http://dx.doi.org/10.1016/S1473-3099(20)30157-2
21.	http://plataforma.saude.gov.br/novocoronavirus/ (referência para letalidade atual na
china)
22.	UptoDate.Acetaminophen (paracetamol): Drug information.Acessado em 09/03/2020
23.	Elvino Barros. Medicamentos na prática clincia. 2010
24.	Coronavirus disease 2019 (covid-19): a guide for UK GPs. BMJ disponível em: https://
www.bmj.com/content/bmj/368/bmj.m800.full.pdf
5. ANEXO 1: FAST-TRACK
ALVO | Todos os serviços de APS/ESF.
Para o manejo na APS/ESF, será utilizada abordagem sindrômica de Sindrome Gripal para todo paciente com suspeita de COVID-19
OBJETIVO
Agilizar o reconhecimento de casos de Síndrome Gripal e COVID-19 no
atendimento da APS, priorizando pacientes em risco de infecção,
principalmente idosos acima de 60 anos, e evitar o contágio local com
outros pacientes.
O FLUXO DO FAST-TRACK deve ser sequencial e prioritário dentro da USF. De preferência, o paciente sempre é manejado rapidamente pela próxima esfera da cascata de atendimento, sem aguardar. Pode-
se optar por utilizar uma sala, onde o paciente fica parado e os profissionais se revesam, ou o paciente é encaminhado diretamente para a próxima sala.
UBS como porta de entrada resolutiva, de identificação precoce e encaminhamento correto de casos graves.
Pacientes com prioridade no atendimento: pessoas acima de 60 anos, pacientes com doenças crônicas, gestantes e puérperas.
Colocar a pessoa em uma área separada ou sala específica
visando ao isolamento respiratório. A sala deve ser mantida
com a porta fechada, janelas abertas e ar-condicionado
desligado. É mandatório o uso de máscara cirúrgica.
CHECK-LIST:
1.Seguir formulário ACS.
2.Questionar sobre queixas de síndrome respiratória.
Sintomas respiratórios (tosse, dor de garganta,
desconforto ou esforço respiratório) com ou sem febre.
CASO LEVE
Manejo clínico, orientações de isolamento domiciliar e
monitoramentode48/48horaspresencialouportelefone
de acordo com necessidade clínica. Se familiares
desenvolverem sintomas, procurar atendimento.
CASO GRAVE
Estabilização e
encaminhamento para centro
de referência por transporte
apropriado.
CHECK-LIST:
1. Seguir formulário do enfermeira(o).
2. Classificação de caso suspeito.
3. Notificação imediata de caso suspeito via FormSUS2.
4. Caso a pessoa apresente sintomas respiratórios graves
ououtrosinalesintomapreocupante,acioneimediatamente
o médica(o). Caso contrário, mantenha a pessoa com
máscara cirúrgica e direcione para o atendimento do
médica(o).
Acesso conforme fluxo normal da unidade
Retirar medidas de isolamento e máscara cirúrgica
Confirmação de
caso suspeito?
SIM
SIM
NÃO
NÃO
PACIENTE PROCURA UBS
ACS | RECEPCIONISTA
CHECK-LIST:
1.Seguir formulário do técnica(o) de
enfermagem.
2. Atentar nos sintomas respiratórios graves
ou outro sinal e sintoma preocupante, nesse
caso, acione imediatamente enfermeiro e/
ou médica(o). Caso contrário, mantenha a
pessoa com máscara cirúrgica e direcione
para o atendimento do enfermeira(o).
TÉCNICA(O) DE ENFERMAGEM ENFERMEIRA(O)
CHECK-LIST:
1. Seguir formulário médica(o).
2.Classificação de gravidade
3. Verificar comorbidades que
contraindicam manejo na APS
(ver protocolo clínico na APS).
MÉDICA(O)
PRIMEIRO CONTATO
FERRAMENTA | Metodologia FAST-TRACK
Método derivado de protocolos de triagem em emergências, como o protocolo de Manchester. Ferramenta de fluxo rápido de triagem e
atendimento de casos de COVID-19. O trabalho é integrado e regido pelo fluxograma do Fast-Track e deve ser incorporado pelas equipes
das UBS.
• AGENTE COMUNITÁRIO DE SAÚDE (ACS)
• ENFERMEIRA(O)
• MÉDICA(O)
• TÉCNICA(O) DE ENFERMAGEM
CORONAVÍRUS
C O V I D - 1 9
FLUXO
DO FAST-TRACK PARA
ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE
* ACS como Primeiro Contato. Quem estiver na recepção também pode
ajudar, assim como outro profissional pode assumir o papel de Primeiro
Contato, desde que treinado para integrar a equipe de Fast-Track.
EQUIPE | Composição da equipe FAST-TRACK COVID-19
Formulário Agente Comunitário de Saúde/Recepcionista
Identificação
Nome:______________________________________________________ Data de Nascimento:_____________________
Idade: ________________________ Sexo: __________________________ Tel/cel: ( ) __________________________
Endereço: _________________________________________________________________________________________
CPF: __________________________________Cartão Nacional SUS:_________________________________________
Motivo de procura da USF: ___________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________________________________
Queixa de sintomas de síndrome respiratória (tosse, dor de garganta, desconforto respiratório com ou sem febre)?
( ) SIM ( ) NÃO
Observação: Caso a pessoa apresente sintomas respiratórios, forneça uma máscara cirúrgica e direcione para
atendimento do técnico de enfermagem em uma área separada ou sala específica visando o isolamento respiratório. A
sala deve ser mantida com a porta fechada, janelas abertas e ar-condicionado desligado.
Formulário Técnica(o) de Enfermagem
Identificação
Nome:______________________________________________________ Data de Nascimento:_____________________
Motivo da consulta: __________________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________________________________
Sinais vitais: temperatura axilar (T.ax):_______________
freqüência cardíaca (FC):_________________________
freqüência respiratória (FR):_______________________
saturação de oximetria (Sat):______________________
pressão arterial (PA):_____________________________
Anotar informações em prontuário.
Observação: Caso a pessoa apresente sintomas respiratórios graves ou outro sinal e sintoma preocupante, acione
imediatamente enfermeiro e/ou médico (a). Caso contrário, mantenha a pessoa com máscara cirúrgica e direcione para o
atendimento do enfermeiro (a).
Formulário Enfermeira(o)
Identificação
Nome:_____________________________________________________ Data de Nascimento:_____________________
Apresenta sintomas respiratórios (tosse, dor de garganta, falta de ar, esforço ou desconforto respiratório)? ( ) SIM ( ) NÃO
Apresenta ou apresentou febre ? ( ) SIM ( ) NÃO
Apresenta outros sinais e sintomas relevantes : ( ) SIM ( ) NÃO
Se sim, descreva: _________________________________________________________________________________
Histórico de viagem para área com transmissão local de COVID-19 nos últimos 14 dias? ( ) SIM ( ) NÃO
Histórico de contato com pessoa com diagnóstico de COVID-19? ( ) SIM ( ) NÃO
CASO SUSPEITO DE SINDROME GRIPAL (COVID-19)? ( ) SIM ( ) NÃO
NOTIFICAÇÃO IMEDIATA DE CASO SUSPEITO VIA FORMSUS2
Avaliação Geral:
Apresenta outras comorbidades ? ( ) sim ( ) não
Se sim, descreva: _________________________________________________________________________________
Medicamentos de uso contínuo ( ) sim ( ) não
Se sim, descreva: _________________________________________________________________________________
Apresenta alergias de medicamentos ( ) sim ( ) não
Se sim, descreva: _________________________________________________________________________________
História de cirurgias prévias ou internações recentes ( ) sim ( ) não
Se sim, descreva: _________________________________________________________________________________
Anotar informações em prontuário.
Observação: Caso a pessoa apresente sintomas respiratórios graves ou outro sinal e sintoma preocupante, acione
imediatamente o médico (a). Caso contrário, mantenha a pessoa com máscara cirúrgica e direcione para o atendimento
do médico(a). Notificar imediatamente casos suspeitos via FormSUS2.
Formulário Médica(o)
Identificação
Nome:_________________________________________________ Data de Nascimento:_____________________
Revisão da história clínica (sintomas de síndrome gripal com ou sem febre e história de viagem para área com
transmissão local de COVID-19 ou contato com pessoa diagnosticada com COVID-19). Avaliar outros sinais e
sintomas, diagnósticos alternativos, descompensação de comorbidades, etc.
Classificação de gravidade
CASO GRAVE - ESTABILIZAÇÃO ENCAMINHAMENTO PARA CENTRO DE REFERÊNCIA
CASO LEVE – avaliar comorbidades que contraindicam isolamento domiciliar (ver protocolo clínico). Se possível
acompanhar na APS, realizar manejo clínico apropriado (medicamentos sintomáticos, prescrever oseltamivir para
pessoas com condições de risco para complicações, etc.), orientações isolamento domiciliar e monitoramento de
48/48 horas presencial (conforme necessidade clínica) ou por telefone.
Fornecer atestado médico de 14 dias para propiciar o isolamento domiciliar (CID 10: J11 (Síndrome Gripal) ou
U07.1 (COVID-19) se necessário).
Anotar informações no prontuário.
Observação: Caso a pessoa apresente sinais ou sintomas de gravidade ou comorbidades que contraindiquem
o isolamento domiciliar, entrar em contato com seu centro de referência para promover hospitalização. Fornecer
atestado quando necessário comprovar ausência (trabalho, escola) e assim propiciar o isolamento domiciliar.
Orientar familiares a buscar atendimento ao início de sintomas nos mesmos. Para mais informações, consultar
Protocolo de Manejo Clínico.
CASO LEVE
APS | ESF
Síndrome gripal com sintomas
leves (sem dispnéia ou sinais de
gravidade).
E
Ausência de comorbidades
descompensadas que
contraindicam isolamento
domiciliar / sinais de gravidade.
CASO GRAVE
CENTRO DE REFERÊNCIA/ATENÇÃO ESPECIALIZADA
Síndrome gripal que apresente dispneia ou os sinais de
gravidade (saturação 95%, taquipneia, hipotensão, piora nas
condições clinicas basais, alteração do estado mental, entre
outras – consultar protocolo clínico).
OU
Comorbidades que contraindicam isolamento domiciliar (doença
cardíaca crônica, doenças respiratórias crônicas, doenças
renais, imunossupressos, doença cromossômicas, entre outros –
consultar protocolo clínico e gestantes sintomáticas com suspeita
de sindrome gripal COVID-19).
CASO SUSPEITO/PROVÁVEL
Situação 1 – VIAJANTE: pessoa que apresente febre e pelo menos um dos
sinais ou sintomas respiratórios (tosse, dificuldade para respirar, produção
de escarro, congestão nasal ou conjuntival, dificuldade para deglutir, dor de
garganta, coriza, saturação de O2  95%, sinais de cianose, batimento de asa
de nariz, tiragem intercostal e dispneia) e com histórico de viagem para país
com transmissão sustentada OU área com transmissão local nos últimos 14
dias;
OU
Situação 2 - CONTATO PRÓXIMO: Pessoa que apresente febre ou pelo
menos um sinal ou sintoma respiratório (tosse, dificuldade para respirar,
produção de escarro, congestão nasal ou conjuntival, dificuldade para deglutir,
dor de garganta, coriza, saturação de O2  95%, sinais de cianose, batimento
de asa de nariz, tiragem intercostal e dispneia) e histórico de contato com
caso suspeito ou confirmado para COVID-19, nos últimos 14 dias;
OU
Situação3-CONTATODOMICILIAR:Pessoaquemantevecontatodomiciliar
com caso confirmado por COVID-19 nos últimos 14 dias e que apresente
febre ou pelo menos um sinal ou sintoma respiratório (tosse, dificuldade para
respirar, produção de escarro, congestão nasal ou conjuntival, dificuldade
para deglutir, dor de garganta, coriza, saturação de O2  95%, sinais de
cianose, batimento de asa de nariz, tiragem intercostal e dispneia). Nesta
situação é importante observar a presença de outros sinais e sintomas como:
fadiga, mialgia/artralgia, dor de cabeça, calafrios, manchas vermelhas pelo
corpo,gânglioslinfáticosaumentados,diarreia,náusea,vômito,desidratação
e inapetência.
FLUXO DO FAST-TRACK PARA ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE
FLUXO DO FAST-TRACK PARA ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE
CORONAVÍRUS
C O V I D - 1 9
FLUXO
DO FAST-TRACK
PARA ATENÇÃO
PRIMÁRIA À SAÚDE
ALVO | Todos os serviços de APS/ESF.
OBJETIVO
Agilizar o reconhecimento de casos de Síndrome Gripal e COVID-19 no atendimento da APS,
priorizando pacientes em risco de infecção, principalmente idosos acima de 60 anos, e
evitar o contágio local com outros pacientes.
O FLUXO DO FAST-TRACK deve ser sequencial e prioritário dentro da USF. De
preferência, o paciente sempre é manejado rapidamente pela próxima esfera da cascata
de atendimento, sem aguardar. Pode-se optar por utilizar uma sala, onde o paciente fica
parado e os profissionais se revesam, ou o paciente é encaminhado diretamente para a
próxima sala.
FERRAMENTA | Metodologia FAST-TRACK
Método derivado de protocolos de triagem em emergências, como o protocolo de Manchester.
Ferramenta de fluxo rápido de triagem e atendimento de casos de COVID-19. O trabalho é
integrado e regido pelo fluxograma do Fast-Track e deve ser incorporado pelas equipes das
UBS.
• AGENTE COMUNITÁRIO DE SAÚDE
• ENFERMEIRA(O)
• MÉDICA(O)
• TÉCNICA(O) DE ENFERMAGEM
* ACS como Primeiro Contato. Quem estiver
na recepção também pode ajudar, assim
como outro profissional pode assumir o papel
de Primeiro Contato, desde que treinado
para integrar a equipe de Fast-Track.
EQUIPE | Composição da equipe FAST-TRACK COVID-19
Para o manejo na APS/ESF, será utilizada abordagem sindrômica de Sindrome Gripal para
todo paciente com suspeita de COVID-19
FLUXO DO FAST-TRACK PARA ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE
Formulário Agente Comunitário de Saúde/
Recepcionista
Identificação
Nome:___________________________ Data de Nascimento:__________
Idade:_________ Sexo:___________ Tel/cel: ( ) ____________________
Endereço:___________________________________________________
___________________________________________________________
CPF:______________________Cartão Nacional SUS:________________
Motivo de procura da USF: _____________________________________
___________________________________________________________
___________________________________________________________
___________________________________________________________
___________________________________________________________
Queixa de sintomas de síndrome respiratória (tosse, dor de garganta,
desconforto respiratório com ou sem febre)? ( ) SIM ( ) NÃO
Observação: Caso a pessoa apresente sintomas respiratórios, forneça
uma máscara cirúrgica e direcione para atendimento do técnico de
enfermagem em uma área separada ou sala específica visando o
isolamento respiratório. A sala deve ser mantida com a porta fechada,
janelas abertas e ar-condicionado desligado.
CORONAVÍRUS
C O V I D - 1 9
FLUXO
DO FAST-TRACK
PARA ATENÇÃO
PRIMÁRIA À SAÚDE
ALVO | Todos os serviços de APS/ESF.
OBJETIVO
Agilizar o reconhecimento de casos de Síndrome Gripal e COVID-19 no atendimento da APS,
priorizando pacientes em risco de infecção, principalmente idosos acima de 60 anos, e
evitar o contágio local com outros pacientes.
O FLUXO DO FAST-TRACK deve ser sequencial e prioritário dentro da USF. De
preferência, o paciente sempre é manejado rapidamente pela próxima esfera da cascata
de atendimento, sem aguardar. Pode-se optar por utilizar uma sala, onde o paciente fica
parado e os profissionais se revesam, ou o paciente é encaminhado diretamente para a
próxima sala.
FERRAMENTA | Metodologia FAST-TRACK
Método derivado de protocolos de triagem em emergências, como o protocolo de Manchester.
Ferramenta de fluxo rápido de triagem e atendimento de casos de COVID-19. O trabalho é
integrado e regido pelo fluxograma do Fast-Track e deve ser incorporado pelas equipes das
UBS.
• AGENTE COMUNITÁRIO DE SAÚDE
• ENFERMEIRA(O)
• MÉDICA(O)
• TÉCNICA(O) DE ENFERMAGEM
* ACS como Primeiro Contato. Quem estiver
na recepção também pode ajudar, assim
como outro profissional pode assumir o papel
de Primeiro Contato, desde que treinado
para integrar a equipe de Fast-Track.
EQUIPE | Composição da equipe FAST-TRACK COVID-19
Para o manejo na APS/ESF, será utilizada abordagem sindrômica de Sindrome Gripal para
todo paciente com suspeita de COVID-19
FLUXO DO FAST-TRACK PARA ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE
FLUXO DO FAST-TRACK PARA ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE
Formulário Técnica(o) de Enfermagem
Identificação
Nome:___________________________ Data de Nascimento:__________
Motivo da consulta: ____________________________________________
___________________________________________________________
___________________________________________________________
___________________________________________________________
Sinais vitais: temperatura axilar (T.ax): ____________________________
freqüência cardíaca (FC): _____________________________________
freqüência respiratória (FR): ____________________________________
saturação de oximetria (Sat): ___________________________________
pressão arterial (PA): __________________________________________
Anotar informações em prontuário.
Observação: Caso a pessoa apresente sintomas respiratórios graves ou
outro sinal e sintoma preocupante, acione imediatamente enfermeiro e/ou
médico (a). Caso contrário, mantenha a pessoa com máscara cirúrgica e
direcione para o atendimento do enfermeiro (a).
CORONAVÍRUS
C O V I D - 1 9
FLUXO
DO FAST-TRACK
PARA ATENÇÃO
PRIMÁRIA À SAÚDE
ALVO | Todos os serviços de APS/ESF.
OBJETIVO
Agilizar o reconhecimento de casos de Síndrome Gripal e COVID-19 no atendimento da APS,
priorizando pacientes em risco de infecção, principalmente idosos acima de 60 anos, e
evitar o contágio local com outros pacientes.
O FLUXO DO FAST-TRACK deve ser sequencial e prioritário dentro da USF. De
preferência, o paciente sempre é manejado rapidamente pela próxima esfera da cascata
de atendimento, sem aguardar. Pode-se optar por utilizar uma sala, onde o paciente fica
parado e os profissionais se revesam, ou o paciente é encaminhado diretamente para a
próxima sala.
FERRAMENTA | Metodologia FAST-TRACK
Método derivado de protocolos de triagem em emergências, como o protocolo de Manchester.
Ferramenta de fluxo rápido de triagem e atendimento de casos de COVID-19. O trabalho é
integrado e regido pelo fluxograma do Fast-Track e deve ser incorporado pelas equipes das
UBS.
• AGENTE COMUNITÁRIO DE SAÚDE
• ENFERMEIRA(O)
• MÉDICA(O)
• TÉCNICA(O) DE ENFERMAGEM
* ACS como Primeiro Contato. Quem estiver
na recepção também pode ajudar, assim
como outro profissional pode assumir o papel
de Primeiro Contato, desde que treinado
para integrar a equipe de Fast-Track.
EQUIPE | Composição da equipe FAST-TRACK COVID-19
Para o manejo na APS/ESF, será utilizada abordagem sindrômica de Sindrome Gripal para
todo paciente com suspeita de COVID-19
FLUXO DO FAST-TRACK PARA ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE
FLUXO DO FAST-TRACK PARA ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE
Formulário Enfermeira(o)
Identificação
Nome:___________________________ Data de Nascimento:__________
Apresenta sintomas respiratórios (tosse, dor de garganta, falta de ar,
esforço ou desconforto respiratório)? ( ) SIM ( ) NÃO
Apresenta ou apresentou febre ? ( ) SIM ( ) NÃO
Apresenta outros sinais e sintomas relevantes : ( ) SIM ( ) NÃO
Se sim, descreva: ____________________________________________
Histórico de viagem para área com transmissão local de COVID-19 nos
últimos 14 dias? ( ) SIM ( ) NÃO
Histórico de contato com pessoa com diagnóstico de COVID-19?
( ) SIM ( ) NÃO
CASO SUSPEITO DE SINDROME GRIPAL (COVID-19)?
( ) SIM ( ) NÃO
NOTIFICAÇÃO IMEDIATA DE CASO SUSPEITO VIA FORMSUS2
Avaliação Geral:
Apresenta outras comorbidades ? ( ) sim ( ) não
Se sim, descreva: ____________________________________________
Medicamentos de uso contínuo ( ) sim ( ) não
Se sim, descreva: ____________________________________________
Apresenta alergias de medicamentos ( ) sim ( ) não
Se sim, descreva: ____________________________________________
História de cirurgias prévias ou internações recentes ( ) sim ( ) não
Se sim, descreva: ____________________________________________
Anotar informações em prontuário.
Observação: Caso a pessoa apresente sintomas respiratórios graves ou
outro sinal e sintoma preocupante, acione imediatamente o médico (a).
Caso contrário, mantenha a pessoa com máscara cirúrgica e direcione
para o atendimento do médico(a). Notificar imediatamente casos
suspeitos via FormSUS2.
CORONAVÍRUS
C O V I D - 1 9
FLUXO
DO FAST-TRACK
PARA ATENÇÃO
PRIMÁRIA À SAÚDE
ALVO | Todos os serviços de APS/ESF.
OBJETIVO
Agilizar o reconhecimento de casos de Síndrome Gripal e COVID-19 no atendimento da APS,
priorizando pacientes em risco de infecção, principalmente idosos acima de 60 anos, e
evitar o contágio local com outros pacientes.
O FLUXO DO FAST-TRACK deve ser sequencial e prioritário dentro da USF. De
preferência, o paciente sempre é manejado rapidamente pela próxima esfera da cascata
de atendimento, sem aguardar. Pode-se optar por utilizar uma sala, onde o paciente fica
parado e os profissionais se revesam, ou o paciente é encaminhado diretamente para a
próxima sala.
FERRAMENTA | Metodologia FAST-TRACK
Método derivado de protocolos de triagem em emergências, como o protocolo de Manchester.
Ferramenta de fluxo rápido de triagem e atendimento de casos de COVID-19. O trabalho é
integrado e regido pelo fluxograma do Fast-Track e deve ser incorporado pelas equipes das
UBS.
• AGENTE COMUNITÁRIO DE SAÚDE
• ENFERMEIRA(O)
• MÉDICA(O)
• TÉCNICA(O) DE ENFERMAGEM
* ACS como Primeiro Contato. Quem estiver
na recepção também pode ajudar, assim
como outro profissional pode assumir o papel
de Primeiro Contato, desde que treinado
para integrar a equipe de Fast-Track.
EQUIPE | Composição da equipe FAST-TRACK COVID-19
Para o manejo na APS/ESF, será utilizada abordagem sindrômica de Sindrome Gripal para
todo paciente com suspeita de COVID-19
FLUXO DO FAST-TRACK PARA ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE
FLUXO DO FAST-TRACK PARA ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE
Formulário Médica(o)
Identificação
Nome:___________________________ Data de Nascimento:__________
Revisão da história clínica (sintomas de síndrome gripal com ou sem febre
e história de viagem para área com transmissão local de COVID-19 ou
contato com pessoa diagnosticada com COVID-19). Avaliar outros sinais
e sintomas, diagnósticos alternativos, descompensação de comorbidades,
etc.
Classificação de gravidade
CASO GRAVE - ESTABILIZAÇÃO ENCAMINHAMENTO PARA CENTRO
DE REFERÊNCIA
CASO LEVE – avaliar comorbidades que contraindicam isolamento
domiciliar (ver protocolo clínico). Se possível acompanhar na APS, realizar
manejo clínico apropriado (medicamentos sintomáticos, prescrever
oseltamivir para pessoas com condições de risco para complicações,
etc.), orientações isolamento domiciliar e monitoramento de 48/48 horas
presencial (conforme necessidade clínica) ou por telefone.
Fornecer atestado médico de 14 dias para propiciar o isolamento
domiciliar (CID 10: J11 (Síndrome Gripal) ou U07.1 (COVID-19) se
necessário).
Anotar informações no prontuário.
Observação: Caso a pessoa apresente sinais ou sintomas de gravidade
ou comorbidades que contraindiquem o isolamento domiciliar, entrar
em contato com seu centro de referência para promover hospitalização.
Fornecer atestado quando necessário comprovar ausência (trabalho,
escola) e assim propiciar o isolamento domiciliar. Orientar familiares
a buscar atendimento ao início de sintomas nos mesmos. Para mais
informações, consultar Protocolo de Manejo Clínico.

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Protocolo de manejo clinico do novo coronavirus

  • 1. PROTOCOLO DE MANEJO CLÍNICO DO NOVO CORONAVÍRUS (COVID-19) NA ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE Brasília - DF Março de 2020 Secretaria de Atenção Primária à Saúde (SAPS)
  • 2. Sumário: 1. Introdução 2. Curso Clínico 2.1 Sinais e Sintomas 2.2 Diagnóstico 3. Manejo Clínico na APS/ESF 3.1. Fluxograma 3.2. Identificação de caso suspeito de Síndrome Gripal e de COVID-19 3.3. Medidas para evitar contágio na UBS 3.4. Classificação do caso e estratificação da gravidade da Síndrome Gripal 3.5. Casos leves: manejo terapêutico e isolamento domiciliar 1.1.2 Manejo Terapêutico 3.6.2 Isolamento Domiciliar 3.6. Casos graves: estabilização e encaminhamento a serviços de urgência/ emergência ou hospitalares 3.7. Notificação Imediata 3.8. Monitoramento clínico 3.9. Medidas de prevenção comunitária e apoio à vigilância ativa 3.10. Recomendações em grupos especiais A. Gestantes e puérperas 4. Referências 5. Anexo 1: Fast-Track
  • 3. 1. INTRODUÇÃO No fim de 2019, o Novo Coronavírus foi nomeado como SARS-CoV-2. Este Novo Coronavírus produz a doença classificada como COVID-19, sendo agente causador de uma série de casos de pneumonia na cidade de Wuhan (China) [1]. Ainda não há informações plenas sobre a história natural, nem medidas de efetividade inquestionáveis para manejo clínico dos casos de infecção humana pelo SARS- CoV-2, restando ainda muitos detalhes a serem esclarecidos [1]. No entanto, sabe- se que o vírus tem alta transmissibilidade e provoca uma síndrome respiratória aguda que varia de casos leves – cerca de 80% – a casos muito graves com insuficiência respiratória–entre5%e10%doscasos.Sualetalidadevaria,principalmente,conforme a faixa etária (Quadro 1) e condições clínicas associadas. Portanto, é necessário agir. Para esse fim, as melhores e mais recentes evidências foram utilizadas na redaçãodestedocumento.Peladinâmicadaepidemiaedaproduçãodeconhecimento associada a ela, as informações podem sofrer alterações conforme avance o conhecimento sobre a doença. Dessa forma, este protocolo específico para serviços de Atenção Primária à Saúde / Estratégia Saúde da Família (APS/ESF) vai ser atualizado sempre que necessário. Fique atento a novas versões! Quadro 1 – Letalidade provocada pela COVID-19 por faixa etária na China, Ministério da Saúde, 2020. Taxa de letalidade por idade [15]: • 0,2% em pacientes entre 10 e 19 anos • 0,2% em pacientes entre 20 e 29 anos • 0,2% em pacientes entre 30 e 39 anos • 0,4% em pacientes entre 40 e 49 anos • 1,3% em paciente entre 50 e 59 anos • 3,6% em paciente entre 60 e 69 anos • 8.0% em pacientes entre 70 e 79 anos • 14.8% em pacientes acima ou igual a 80 anos Ref: CDC China Weekly. Accessed Feb 20, 2020. AAtenção Primária à Saúde / Estratégia Saúde da Família (APS/ESF) é a porta de entrada do Sistema Único de Saúde. Durante surtos e epidemias, a APS/ESF tem papel fundamental na resposta global à doença em questão. A APS/ESF oferece atendimento resolutivo, além de manter a longitudinalidade e a coordenação do cuidado em todos os níveis de atenção à saúde, com grande potencial de identificação precoce de casos graves que devem ser manejados em serviços especializados.
  • 4. O objetivo deste documento é definir o papel dos serviços de APS/ESF no manejo e controle da infecção COVID-19, bem como disponibilizar os instrumentos de orientação clínica para os profissionais que atuam na porta de entrada do SUS. A fase atual da epidemia pelo Novo Coronavírus no Brasil exige que os serviços de APS/ESF trabalhem com abordagem sindrômica do problema, não exigindo mais a identificação do fator etiológico por meio de exame específico. Este protocolo foca na abordagem clínica da Síndrome Gripal e da Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG). Como é de conhecimento de todos, múltiplos agentes virais são responsáveis por essas duas síndromes, sendo o vírus da Influenza o de maior magnitude nos últimos anos. Entretanto, há evidências e dados internacionais indicando que a transcendência do COVID-19 pode superar a da Influenza. Portanto, a abordagem pragmática deste protocolo unifica as condutas referentes a esses dois grupos de vírus. Em casos de SRAG, nos serviços de urgência e hospitalares, a identificação do agente causal por meio de exame específico será o método de vigilância definido pelo Ministério da Saúde. 2. CURSO CLÍNICO A infecção humana provocada pelo SARS-CoV-2 é uma zoonose. O vírus é classificadocomoumbetaCoronavírusdomesmosubgênerodaSíndromeRespiratória do Oriente Médio (MERS), porém de outro subtipo [1]. A transmissão do SARS-CoV-2 de humanos para humanos foi confirmada na China e nos EUA [1] e ocorre principalmente com o contato de gotículas respiratórias oriundas de pacientes doentes e sintomáticos [3]. A transmissão do vírus por indivíduos assintomáticos segue em controvérsia até o presente momento [4,5].O período de incubação é estimado em 14 dias, com alguns relatos de casos com menos dias de incubação. 2.1 SINAIS E SINTOMAS O paciente com a doença COVID-19 apresenta geralmente os seguintes sintomas e sinais [6,8]: ● Febre (>37,8ºC); ● Tosse; ● Dispneia; ● Mialgia e fadiga; ● Sintomas respiratórios superiores; e ● Sintomas gastrointestinais, como diarreia (mais raros). O quadro clínico, típico de uma Síndrome Gripal, pode variar seus sintomas desde uma apresentação leve e assintomática (não se sabe a frequência), principalmente em jovens adultos e crianças, até uma apresentação grave, incluindo
  • 5. choque séptico e falência respiratória [7]. A maior parte dos casos em que ocorreu óbito foi em pacientes com alguma comorbidade pré-existente (10,5% doença cardiovascular,7,3% diabetes, 6,3% doença respiratória crônica, 6% hipertensão e 5,6% câncer (ref)) e/ou idosos (Quadro 1) [8]. A taxa de letalidade está em torno de 3,8% na China, porém o valor varia conforme o país. Estudos demonstram que, epidemiologicamente, homens entre 41 e 58 anos representam a grande maioria dos casos de pacientes confirmados, sendo febre e tosse os sintomas mais presentes [6,13]. As alterações em exames complementares mais comuns são infiltrados bilaterais nos exames de imagem de tórax e linfopenia no hemograma. A doença apresenta fundamentalmente complicações respiratórias: pneumonia e Síndrome da Angústia Respiratória Aguda – SARA. 2.2 DIAGNÓSTICO As definições de caso e critérios clínicos para a avaliação diagnóstica ainda não são consenso entre os especialistas [1]. Entretanto, pode-se avaliar o quadro da COVID-19 de maneira clínica e laboratorial. O quadro clínico inicial da doença é caracterizado como Síndrome Gripal (ver sinais e sintomas no item 2.1). O diagnóstico sindrômico depende da investigação clínico-epidemiológica e do exame físico. É recomendável que, em todos os casos de Síndrome Gripal, seja questionado o histórico de viagem para o exterior, com especial atenção para os países com casos confirmados na lista da OMS, ou de contato próximo com pessoas com suspeita ou diagnóstico de infecção por COVID-19 constantes na lista da OMS que pode ser acessada no site: https://saude.gov.br/ saude-de-a-z/listacorona . Entretanto, conduta uniforme é sugerida para todos os casos de SG no contexto da APS/ESF, dada a impossibilidade de atestar com 100% de segurança se a SG é causada pelo SARS-CoV-2 ou por outro vírus. O diagnóstico laboratorial é realizado por meio das técnicas de transcriptase- reversa Polymerase Chain Reaction (RT-PCR), em tempo real e sequenciamento parcial ou total do genoma viral [9]. Na fase atual de mitigação da epidemia, o diagnóstico etiológico só será realizado em casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave, junto a serviços de urgência/emergência ou hospitalares. 3. MANEJO CLÍNICO NA APS/ESF O manejo clínico da Síndrome Gripal na APS/ESF difere frente a gravidade dos casos. Para casos leves, inclui medidas de suporte e conforto, isolamento domiciliar e monitoramento até alta do isolamento. Para casos graves, inclui a estabilização clínica e o encaminhamento e transporte a centros de referência ou serviço de urgência/emergência ou hospitalares.
  • 6. O papel da APS/ESF é o de assumir papel resolutivo frente aos casos leves e de identificação precoce e encaminhamento rápido e correto dos casos graves, mantendo a coordenação do cuidado destes últimos. A estratificação de intensidade da SG é a ferramenta primordial para definir a conduta correta para cada caso, seja para manter o paciente na APS/ESF ou para encaminhá-lo aos centros de referência, urgência/emergência ou hospitais. Dada a letalidade muito mais elevada do COVID-19 entre os idosos (pessoas com 60 anos ou mais), deve-se priorizá-los para atendimento. Além deles, pessoas com doença crônica, gestantes e puérperas devem ter atendimento priorizado. Gestantes e puérperas não tem risco elevado para COVID-19, mas apresentam maior risco de gravidade se infectadas por Influenza. Os casos de síndromes gripais sem complicações ou sem comorbidades de risco serão conduzidos pela APS/ESF. Logo, faz-se obrigatório o acompanhamento dos profissionais da APS/ESF ao longo do curso da doença [10]. O manejo diagnóstico e terapêutico de pessoas com suspeita de infecção respiratória caracterizada como Síndrome Gripal, causada por COVID-19 ou não, no contexto da APS/ESF incluiu os passos a seguir: 1- Identificação de caso suspeito de Síndrome Gripal e de COVID-19 2- Medidas para evitar contágio na UBS 3- Classificação do caso e estratificação da gravidade da Síndrome Gripal 4- Casos leves: manejo terapêutico e isolamento domiciliar 5- Casos graves: estabilização e encaminhamento a serviços de urgência/ emergência ou hospitalares 6- Notificação imediata 7- Monitoramento clínico 8- Medidas de prevenção comunitária e apoio à vigilância ativa O fluxograma abaixo exemplifica o fluxo assistencial ideal na APS/ESF frente a casos de Síndrome Gripal, suspeitos ou não de infecção pelo Novo Coronavírus.
  • 7. 3.1 FLUXOGRAMA FLUXO DE MANEJO CLÍNICO NA ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE CORONAVÍRUS C O V I D - 1 9 Estratificação da Gravidade e Manejo Clínico CENTRO DE REFERÊNCIA/ATENÇÃO ESPECIALIZADA Síndrome gripal com presença de dispineia ou os seguintes sinais ou sintomas de gravidade (ver mais informações na tabela 5): Comorbidades que contraindicam isolamento domiciliar (ver mais informações na tabela 6) Prescrição de fármacos para o controle de sintomas, caso não haja nenhuma contraindicação (ver tabela 9).Prescrever oseltamivir (ver tabela 9 e 11) se Síndrome Gripal e pessoa comcondições de risco (ver tabela 10). Verificar situação vacinal para gripe ( se grupo de risco - gestante, criança,, puérperas e idosos) vacinar se nescessário. períodode períodode atestado médico até o fim do período de contagio CASO SUSPEITO POR COVID-19?CONTROLE PRECOCE
  • 8. 3.2 IDENTIFICAÇÃO DE CASO SUSPEITO DE SÍNDROME GRIPAL E DE COVID-19 Identificação de caso potencialmente suspeito de Síndrome Gripal e de COVID-19 Grande parte dos pacientes com Síndromes Gripais e casos suspeitos de COVID-19 chegarão à APS/ESF como porta de entrada. Por isso, o primeiro passo na cascata de manejo do COVID-19 é a identificação de casos suspeitos de Síndrome Gripal. Sugerimos que esta identificação precoce seja realizada na recepção da Unidade Básica de Saúde seguindo o Fast-Track para Síndrome Gripal (Anexo XX). Para o objetivo deste protocolo, casos suspeitos de Síndrome Gripal serão abordados como casos suspeitos de COVID-19. Na recepção, todo paciente que apresentar tosse ou dificuldade respiratória ou dor de garganta será considerado caso suspeito de Sindrome Gripal. Esta identificação deve ser feita por profissional em uso de EPI e capacitado em suas atribuições frente à epidemia de COVID-19, aplicando o Fast-Track já mencionado. 3.3 Medidas para evitar contágio na USF Após a identificação precoce na recepção da Unidade Básica de Saúde de todos casos suspeitos de Síndrome Gripal, deve-se fornecer máscara cirúrgica a todos pacienteslogoapósreconhecimentopeloAgenteComunitáriodeSaúdeouprofissional responsável por receber os pacientes e realizar o primeiro passo do Fast-Track (Anexo 1), enquanto aguardam o atendimento da enfermagem e do médico. Preferencialmente, em localidades onde isso é possível, a pessoa deve ser conduzida para uma área separada ou para uma sala específica visando ao isolamento respiratório. A sala deve ser mantida com a porta fechada, janelas abertas e ar- condicionado desligado. Caso não haja sala disponível na UBS para isolamento, propiciar área externa com conforto para pacientes com Síndrome Gripal, que deverão ser atendidos o mais rápido possível, conforme Fast-track de atendimento para Síndrome Gripal e/ou suspeita de COVID-19 (Anexo 1). Todo profissional que atender os pacientes com suspeita de Síndrome Gripal deve usar EPIs e adotar as medidas para evitar contágio, conforme Tabela 1. Atenção para os cuidados que devem ser tomados em relação ao uso de máscara cirúrgica (Tabela 2).
  • 9. Tabela 1. Medidas para evitar contágio por vírus causadores de Síndrome Gripal nas Unidades de Saúde da Família e Unidades Básicas de Saúde, Ministério da Saúde, 2020. Medidas de controle precoce PROFISSIONAIS DA SAÚDE Pacientes ● Contenção respiratória ○ máscara cirúrgica*; ● Uso de luvas, gorro e aventais descartáveis; ● Lavar as mãos com frequência; ● Limpar e desinfetar objetos e su- perfícies tocados com frequên- cia; ● Fornecer máscara cirúrgica; ● Isolamento com precaução de contato em sala isolada e bem arejada *Somente para procedimentos produtores de aerossóis usar máscara N95/PFF2. Tabela 2. Orientações para uso correto de máscaras cirúrgicas para evitar contágio por vírus causadores de Síndromes Gripais, Ministério da Saúde, 2020. Orientações para uso de máscaras cirúrgicas - Coloque a máscara com cuidado para cobrir a boca e o nariz e amarre com segurança para minimizar as lacunas entre o rosto e a máscara; - Enquanto estiver utilizando a máscara, evite tocá-la; - Remova a máscara usando técnica apropriada (ou seja, não toque na frente, mas remova o laço ou nó da parte posterior); - Após a remoção, ou sempre que tocar em uma máscara usada, higienize as mãos com água e sabão ou álcool gel, se visivelmente suja; - Substitua a máscara por uma nova máscara limpa e seca assim que estiver úmida ou da- nificada; - Não reutilize máscaras descartáveis; - Descarte em local apropriado as máscaras após cada uso; - Troque de máscara após atender novos pacientes. 3.4 CLASSIFICAÇÃO DO CASO E ESTRATIFICAÇÃO DA GRAVIDADE DA SÍNDROME GRIPAL Após triagem, o paciente deve passar por consulta presencial com enfermeiro e médico, de acordo com processo de trabalho local. É imprescindível a realização de consulta médica a fim de estratificar a gravidade por meio de anamnese e exame físico. Lembre-se: idosos acima de 60 anos, pacientes com doenças crônicas, gestantes e puérperas devem ter atendimento prioritário ao chegarem na USF com sintomas de Síndrome Gripal! Em consulta médica, após confirmar a presença de Síndrome Gripal, é fundamental estratificar a gravidade dos casos, a fim de identificar rapidamente casos suspeitos de Síndrome Respiratória Aguda Grave. Para manejo dos casos de Síndrome Gripal, independente do grau de suspeição para COVID-19, deve-se utilizar as seguintes definições adaptadas à situação atual:
  • 10. SÍNDROME GRIPAL – SG Indivíduo que apresente febre de início súbito, mesmo que referida, acompanhada de tosse ou dor de garganta ou dificuldade respiratória e pelo menos um dos seguintes sintomas: cefaleia, mialgia ou artralgia, na ausência de outro diagnóstico específico. Em crianças com menos de 2 anos de idade, considera-se também como caso de Síndrome Gripal: febre de início súbito (mesmo que referida) e sintomas respiratórios (tosse, coriza e obstrução nasal), na ausência de outro diagnóstico específico. SÍNDROME RESPIRATÓRIA AGUDA GRAVE – SRAG Indivíduo de qualquer idade, com Síndrome Gripal (conforme definição anterior) e que apresente dispneia ou os seguintes sinais de gravidade: • Saturação de SpO2 <95% em ar ambiente. • Sinais de desconforto respiratório ou aumento da frequência respiratória avaliada de acordo com a idade. • Piora nas condições clínicas de doença de base. • Hipotensão em relação à pressão arterial habitual do paciente.Ou • Indivíduo de qualquer idade com quadro de insuficiência respiratória aguda, durante período sazonal. Em crianças: além dos itens anteriores, observar os batimentos de asa de nariz, cianose, tiragem intercostal, desidratação e inapetência. Vale ressaltar que febre pode não estar presente em alguns casos excepcionais, como crianças, idosos, imunossuprimidos ou pessoas que utilizaram antitérmicos e, portanto, a avaliação clínica e epidemiológica deve ser levada em consideração e a decisão para monitoramento, registrada na notificação. Todos os pacientes com Síndrome Gripal devem ser manejados seguindo as mesmas diretrizes dentro do contexto da APS/ESF, já que a investigação da etiologiadaSíndromeGripalnãoserárealizadanestecontexto.Algunspacientes terão Síndrome Gripal decorrente do vírus Influenza, do vírus Respiratório Sincicial ou de outros vírus, enquanto outros pacientes terão Síndrome Gripal decorrente do Novo Coronavírus.Aavaliação da suspeição da presença da doença COVID-19, a título de conhecimento, deve seguir a classificação apresentada na Tabela 3. Cabe ressaltar, mais uma vez, que o diagnóstico etiológico só será realizado em casos de SRAG, nos serviços de Urgência ou Hospitais. Assim sendo, a
  • 11. classificação exposta na Tabela 3 não interfere no manejo clínico da Síndrome Gripal na APS/ESF. Tabela 3. Classificação de pacientes com suspeita de doença COVID-19, Ministério da Saúde, 2020. CASO SUSPEITO CASO CONFIRMADO CASO DESCARTADO CASO EXCLUÍDO Situação 1 – VIAJANTE: pessoa que apresente febre E pelo menos um dos sinais ou sintomas respiratórios (tosse, dificuldade para respirar, produção de escarro, congestão nasal ou conjuntival, dificuldade para deglutir, dor de garganta, coriza, saturação de O2 95%, sinais de cianose, batimento de asa de nariz, tira- gem intercostal e dispneia) E com históri- co de viagem para país com transmissão sustentada OU área com transmissão lo- cal nos últimos 14 dias; ● Situação 2 - CONTATO PRÓXIMO: Pessoa que apresente febre OU pelo me- nos um sinal ou sintoma respiratório (tos- se, dificuldade para respirar, produção de escarro, congestão nasal ou conjuntival, dificuldade para deglutir, dor de garganta, coriza, saturação de O2 95%, sinais de cianose, batimento de asa de nariz, tira- gem intercostal e dispneia) E histórico de contato com caso suspeito ou confirmado para COVID-19, nos últimos 14 dias ● Situação 3 - CONTATO DOMICILIAR: Pessoa que manteve contato domiciliar com caso confirmado por COVID-19 nos últimos 14 dias E que apresente febre OU pelo menos um sinal ou sintoma res- piratório (tosse, dificuldade para respirar, produção de escarro, congestão nasal ou conjuntival, dificuldade para deglutir, dor de garganta, coriza, saturação de O2 95%, sinais de cianose, batimento de asa de nariz, tiragem intercostal e dispneia). Nessa situação é importante observar a presença de outros sinais e sintomas como: fadiga, mialgia/artralgia, dor de ca- beça, calafrios, manchas vermelhas pelo corpo, gânglios linfáticos aumentados, diarreia, náusea, vômito, desidratação e inapetência. A) CRITÉRIO LA- B O R AT O R I A L : Resultado positivo em RT-PCR, pelo protocolo Charité. B) CRITÉRIO CLÍ- NICO-EPIDEMIO- LÓGICO: Contato próximo domiciliar de caso confirma- do laboratorial, que apresentar febre E/OU qual- quer sintoma res- piratório, dentro de 14 dias após o último contato com o paciente e para o qual não foi possí- vel a investigação laboratorial espe- cífica. Caso que se en- quadre na defini- ção de suspeito e apresente confir- mação laboratorial para outro agente etiológico OU re- sultado negativo para SARS-Cov2 Caso notificado que não se enqua- dra na definição de caso suspeito. Nessa situação, o registro será ex- cluído da base na- cional de dados
  • 12. Contato próximo é definido como: • Uma pessoa que teve contato físico dire- to com um caso de COVID-19 (por exem- plo, apertando as mãos); • Uma pessoa que tenha contato direto desprotegido com secreções infecciosas de um caso de COVID-19 (por exemplo, sendo tossida, tocando tecidos de papel usados com a mão nua); • Uma pessoa que teve contato frente a frente com um caso COVID-19 por 15 mi- nutos ou mais e a uma distância inferior a 2 metros; • Uma pessoa que esteve em um ambien- te fechado (por exemplo, sala de aula, sala de reunião, sala de espera do hos- pital etc.) com um caso COVID-19 por 15 minutos ou mais e a uma distância inferior a 2 metros; • Um profissional de saúde ou outra pes- soa que cuida diretamente de um caso COVID-19 ou trabalhadores de laborató- rio que manipulam amostras de um caso COVID-19 sem equipamento de proteção individual recomendado (EPI) ou com uma possível violação do EPI; • Um passageiro de uma aeronave senta- do no raio de dois assentos (em qualquer direção) de um caso confirmado de CO- VID-19, seus acompanhantes ou cuida- dores e os tripulantes que trabalharam na seção da aeronave em que o caso estava sentado. Contato domiciliar é definido como uma pessoa que vive na mesma casa/ambien- te que um caso confirmado de COVID-19. Devem ser considerados os residentes da mesma casa, colegas de dormitório, cre- che, alojamento, etc. A avaliação do grau de exposição do con- tato deve ser individualizada, consideran- do o ambiente e o tempo de exposição. Fonte: Ministério da Saúde
  • 13. A estratificação de gravidade dos casos suspeitos do Covid-19 deve se dar em consulta médica da seguinte forma: A. Casos leves. Aqueles que podem ser acompanhados completamente no âmbito da APS/ESF devido à menor gravidade do caso; e B. Casos graves. Aqueles que se encontram em situação de maior gravidade e, portanto, necessitam de estabilização na APS/ESF e encaminhamento a Centro de Referência/Urgência/Hospitais para observação 24h ou intervenções que exijam maior densidade tecnológica. As Tabelas 4 a 8 fornecem subsídios técnicos para que o médico de família e comunidade / médico da APS defina o nível de gravidade e decida pelo acompanhamento naAPS/ESF ou encaminhamento a serviço de Urgência ou Hospital de acordo com o contexto local da Rede de Atenção à Saúde. Para a definição da gravidade do caso, é fundamental definir se a pessoa apresenta comorbidades ou condições de risco para acompanhamento ambulatorial na APS e isolamento domiciliar.As principais situações são descritas na Tabela 6.As Tabelas 7 e 8 fornecem subsídios para a avaliação de gravidade em crianças. Tabela 4. Estratificação da gravidade de casos de Síndrome Gripal, Ministério da Saúde, 2020. ESTRATIFICAÇÃO DE GRAVIDADE DE CASO CASOS LEVES CASOS GRAVES APS/ESF CENTRO DE REFERÊNCIA/ ATENÇÃO ESPECIALIZADA Síndrome gripal com sintomas leves (sem dispneia ou sinais e sintomas de gravidade) [ver tabela 5] e Ausência de comorbidades descompensa- das que contraindicam isolamento domiciliar / sinais de gravidade[ver Tabela 5] Síndrome gripalque apresente dispneia ou os sinais e sintomas de gravidade [ver Tabela 5]: OU Comorbidades que contraindicam isola- mento domiciliar [ver Tabela 6]: Fonte: - Protocolo de Tratamento da Influenza. Ministério da Saúde 2017. - Protocolo de Manejo Clínico de Síndrome Respiratória Aguda Grave. Ministério da Saúde 2010.
  • 14. Tabela 5. Sinais e sintomas de gravidade para Síndrome Gripal, Ministério da Saúde, 2020. SINAIS E SINTOMAS DE GRAVIDADE ADULTOS CRIANÇAS ● Déficit no sistema respiratório: ○ Falta de ar ou dificuldade para respirar; ou ○ ronco, retração sub/intercos- tal severa; ou ○ Cianose central; ou ○ Saturação de oximetria de pulso 95% em ar ambiente; ou ○ Taquipneia (30 ipm); e ● Déficit no sistema cardiovascular: ○ Sinais e sintomas de hipoten- são (hipotensão arterial com sistólica abaixo de 90 mmHg e/ou diastólica abaixo de 60mmHg); ou ○ Diminuição do pulso periféri- co. Sinais e sintomas de alerta adicionais: ● Piora nas condições clínicas de doenças de base; ● Alteração do estado mental, como confusão e letargia; ● Persistência ou aumento da febre por mais de 3 dias ou retorno após 48 horas de período afebril. ● Déficit no sistema respiratório: ○ Falta de ar ou dificuldade para respirar; ○ ronco, retração sub/intercos- tal severa; ○ Cianose central; ○ Batimento da asa de nariz; ○ Movimento paradoxal do ab- dome; ○ Bradipneia e ritmo respirató- rio irregular; ○ Saturação de oximetria de pulso 95% em ar ambiente; ○ Taquipneia(Tabela 7). e ● Déficit no sistema cardiovascular: ○ Sinais e sintomas de hipoten- são[ver Tabela 6] ou; ○ Diminuição do pulso periféri- co. Sinais e Sintomas de alerta adicionais: ● Inapetência para amamentação ou ingestão de líquidos; ● Piora nas condições clínicas de doenças de base; ● Alteração do estado mental ○ Confusão e letargia; ○ Convulsão. Fonte: - WHO technical guidance - patient management - Coronavirus disease 2019 - Kenneth McIntosh, MD. Severe acute respiratory syndrome (SARS).UpToDate Jan 2020. - Protocolo de Tratamento da Influenza. Ministério da Saúde 2017. - Protocolo de Manejo Clínico de Síndrome Respiratória Aguda Grave. Ministério da Saúde 2010. - American Heart Association, 2015
  • 15. Tabela 6. Comorbidades que contraindicam acompanhamento ambulatorial da Síndrome Gripal em APS/ ESF, Ministério da Saúde, 2020. COMORBIDADES QUE CONTRAINDICAM ACOMPANAHMENTO AMBULATORIAL NA APS/ESF ● Doenças cardíacas crônicas ○ Doença cardíaca congênita ○ Insuficiência cardíaca mal controlada e refratária ○ Doença cardíaca isquêmica descompensada ● Doenças respiratórias crônicas ○ DPOC e asma mal controlados ○ Doenças pulmonares intersticiais com complicações ○ Fibrose cística com infecções recorrentes ○ Displasia broncopulmonar com complicações ○ Crianças com doença pulmonar crônica da prematuridade ● Doenças renais crônicas ○ Em estágio avançado (graus 3,4 e 5) ○ Pacientes em diálise ● Imunossupressos ○ Transplantados de órgãos sólidos e de medula óssea ○ Imunossupressão por doenças e/ou medicamentos (em vigência de quimio- terapia/radioterapia, entre outros medicamentos) ● Portadores de doenças cromossômicas e com estados de fragilidade imunológica (ex.: Síndrome de Down) ● Diabetes ● Gestantes sintomáticas com suspeita de síndrome gripal COVID-19 Fonte: - Protocolo de Tratamento da Influenza. Ministério da Saúde 2017. - Protocolo de Manejo Clínico de Síndrome Respiratória Aguda Grave. Ministério da Saúde 2010. Tabela 7– Frequência respiratória normal (por minuto) em crianças Ref: Protocolo influenza 2017 Fonte: American Heart Association, 2015
  • 16. Tabela 8 – Frequência cardíaca (por minuto) em crianças Ref: Protocolo influenza 2017 Fonte: American Heart Association, 2015 Além das condições clinicas, as condições do domicílio devem ser avaliadas antes de seguir com o planejamento de acompanhamento ambulatorial do paciente na APS/ESF. Mesmo casos de menor gravidade exigem que haja um acompanhante da pessoa doente que possa permanecer em tempo integral com a pessoa já que não se pode descartar a possibilidade de piora do quadro, e essa pessoa terá papel fundamental para acionar o serviço de urgência, caso necessário. 3.5 CASOS LEVES: MANEJO TERAPÊUTICO E ISOLAMENTO DOMICILIAR 1.1.2 Manejo Terapêutico Casos leves devem ser manejados com medidas não-farmacológicas como repouso, hidratação, alimentação adequada, além de analgésicos e anti-térmicos e isolamento domiciliar por 14 dias a contar da data de início dos sintomas (Tabela 9 – Manejo terapêutico da SG na APS). Diante da possibilidade de síndrome gripal por outros vírus, como a Influenza, indica-se o uso de Oseltamivir nos casos de síndrome gripal e fatores de risco para complicações (Tabela 10). Na tabela 11 encontra-se a dose de oseltamivir ajustada para pacientes com insuficiência renal. A vigilância ativa e continuada desses pacientes que estão recebendo acompanhamento ambulatorial é a principal ferramenta para o manejo. É necessária a comunicação plena com um profissional de saúde da APS/ESF durante todo o cuidado doméstico do paciente até a o fim do período de isolamento. A revisão dos sintomas e o seguimento da evolução do quadro devem ser realizados por um profissional da APS, a cada 48 horas, frenteafrente (conforme necessidade clínica) ou via telefone.
  • 17. Tabela 9. Manejo terapêutico da Síndrome Gripal na APS, Ministério da Saúde, 2020. MANEJO TERAPÊUTICO NA APS Medidas Farmacológicas Medidas Clínicas ● Prescrição de fármacos para o controle de sintomas, caso não haja nenhuma contraindicação, com possibilidade de intercalar os fármacos antitérmicos em casos de difícil controle da febre. ● Antitérmicovia oral: ○ 1ª opção: Paracetamol (200 mg/ml ou 500mg/cp), a cada 4/4 horas ou 6/6 horas a depender da fre- quência de febre ou dor. ■ Crianças: 10-15 mg/kg/dose (máximo de 5 doses ao dia) ■ Adultos: 500-1000 mg/dose (máximo de 3mg/dia) ○ 2ª opção: Dipirona (solução gotas 500mg/mlou 500mg/cp) em caso de dor ou febre, de 6/6 horas. ■ Crianças 3 meses: (lactentes 10 mg/kg/ dose; pré-escolares: 15 mg/kg/dose) ■ Adultos: 500-1000 mg VO (dose máxima no adulto 4 gramas) ● Anti-inflamatóriovia oral: ○ 1ª opção: Ibuprofeno de 8/8 horas ■ Crianças: Ibuprofeno gotas (100mg/ml) ● 6 meses: 10-20mg/kg ● 30kgs: máximo de 200mg/dose ■ Adultos: Ibuprofeno 600 mg ● Indica-se o uso de Oseltamivir para todos os casos de síndrome gripal que tenham situações de risco para com- plicações [ver Tabela 12]. Essa recomendação independe da situação vacinal do paciente, mesmo sendo acompa- nhado pela APS. O ideal é que se inicie o fármaco até 48 horas após o início dos sintomas. Reforça-se que é ne- cessário que o paciente procure ajuda médica em casos de agravamento, mesmo em uso do Oseltamivir. ○ Oseltamivir: ○ Adultos: 75mg de 12 em 12 horas por 5 dias. ○ Criança maior de 1 ano: ■ ≤15 kg 30 mg, 12/12h, 5 dias ■ 15 kg a 23 kg 45 mg, 12/12h, 5 dias ■ 23 kg a 40 kg 60 mg, 12/12h, 5 dias ■ 40 kg 75 mg, 12/12h, 5 dias ○ Criança menor de 1 ano de idade: ■ 0 a 8 meses 3 mg/Kg, 12/12h, 5 dias ■ 9 a 11 meses 3,5 mg/kg, 12/12h, 5 dias ● Isolamento domiciliar por até 14 dias a contar da data de iní- cio dos sintomas ● Revisão a cada 48 horas, pre- sencial ou por telefone, solici- tando consulta presencial se necessidade de exame físico. ● Manter repouso, alimentação balanceada e boa oferta de lí- quidos. Fonte: WHO technical guidance - patient management - Coronavirus disease 2019 Protocolo de Tratamento de Influenza. Ministério da Saúde 2017 Elvino Barros. Medicamentos na prática clincia. 2010
  • 18. Tabela 10. Condições de risco para complicações em casos de Síndrome Gripal com recomendação para uso de Oseltamivir, Ministério da Saúde, 2020. CONDIÇÕES DE RISCO PARA COMPLICAÇÕES– Recomendação do uso de Oseltamivir • Grávidas em qualquer idade gestacional, puérperas até duas semanas após o parto (in- cluindo as que tiveram aborto ou perda fetal). • Adultos ≥ 60 anos. • Crianças 5 anos (sendo que o maior risco de hospitalização é em menores de 2 anos, especialmente as menores de 6 meses com maior taxa de mortalidade). • População indígena aldeada ou com dificuldade de acesso. • Indivíduos menores de 19 anos de idade em uso prolongado de ácido acetilsalicílico (risco de síndrome de Reye). • Indivíduos que apresentem: › Pneumopatias (incluindo asma). › Pacientes com tuberculose de todas as formas (há evidências de maior complicação e possibilidade de reativação). › Cardiovasculopatias (excluindo hipertensão arterial sistêmica). › Nefropatias. › Hepatopatias. › Doenças hematológicas (incluindo anemia falciforme). › Distúrbios metabólicos (incluindo diabetes mellitus). › Transtornos neurológicos e do desenvolvimento que podem comprometer a função res- piratória ou aumentar o risco de aspiração (disfunção cognitiva, lesão medular, epilepsia, paralisia cerebral, síndrome de Down, acidente vascular encefálico – AVE ou doenças neu- romusculares). › Imunossupressão associada a medicamentos (corticoide ≥ 20 mg/dia por mais de duas semanas, quimioterápicos, inibidores de TNF-alfa) neoplasias, HIV/aids ou outros. › Obesidade (especialmente aqueles com índice de massa corporal – IMC ≥ 40 em adultos). Fonte:- Protocolo de Tratamento de Influenza. Ministério da Saúde 2017
  • 19. Tabela 11. Dose de oseltamivir para pacientes com insuficiência renal, Ministério da Saúde, 2020. DOSE DE OSELTAMIVIR PARA PACEINTES COM INSUFICIÊNCIA RENAL Clearance de Creatinina Tratamento 5 dias Profilaxia 10 dias Leve Clearance 60-90 ml/min Moderado Clearance 30-60 ml/min Severo Clearance 10-30 ml/min Pacientes em hemodiálise Clearance ≤ 10 ml/min Pacientes em diálise Perito- neal Contínua ambulatorial – dPCaClearance ≤ 10 ml/min 75 mg 12/12 h 30 mg 12/12 h 30 mg 1 vez ao dia 30 mg após cada sessão de hemodiálise* Única dose de 30 mg admi- nistrada imediatamente após troca da diálise 75 mg 1 vez ao dia 30 mg 1 vez ao dia 30 mg em dias alternados 30 mg após cada sessão al- ternada de hemodiálise 30 mg 1 vez por semana imediatamente após troca da diálise** *Serão apenas três doses (em vez de cinco) após cada sessão de hemodiálise, consideran- do-se que, num período de cinco dias, serão realizadas três sessões. **Serão duas doses de 30 mg cada, considerando-se os dez dias, em que ocorrerão apenas duas sessões de diálise. Fonte: - CDC adaptado (2011; [2017]) 3.6.2 Isolamento Domiciliar Todas as pessoas com diagnóstico de Síndrome Gripal deverão realizar isolamento domiciliar, portanto faz-se necessário o fornecimento de atestado médico até o fim do período de isolamento, isto é, 14 dias a partir do início dos sintomas. Quanto ao cuidado doméstico do paciente, as condutas descritas na Tabela 12 devem ser adotadas [10]. Tabela 12. Medidas de isolamento domiciliar e cuidados domésticos para todos pacientes com diagnóstico de Síndrome Gripal, Ministério da Saúde, 2020.
  • 20. CUIDADOS DOMÉSTICOS DO PACIENTE EM ISOLAMENTO DOMICILIAR POR 14 DIAS DESDE A DATA DE INÍCIO DOS SINTOMAS DE SINDROME GRIPAL Sempre reportar à equipe de saúde que acompanha o caso o surgimento de algum novo sintoma ou piora dos sintomas já presentes. Isolamento de contato do paciente Precauções do cuidador Precauções gerais ● Permanecer em quarto isolado, bem ventilado e sem divisão com outros membros da famí- lia; ● Caso não seja possível isolar o paciente em um quarto único, manter pelo menos 1 metro de distância do paciente. Dormir em cama separada (exceção: mães que estão amamentan- do devem continuar amamen- tando com o uso de máscara e medidas de higiene, como a lavagem constante de mãos); ● Limitar a movimentação do paciente pela casa. Locais da casa com compartilhamento (como cozinha, banheiro etc.) devem estar bem ventilados; ● Utilização de máscara cirúrgi- ca. Caso o paciente não tolere ficar por muito tempo, realizar medidas de higiene respirató- ria com mais frequência; trocar máscara cirúrgica sempre que esta estiver úmida ou danifica- da; ● Em idas ao banheiro ou outro ambiente obrigatório, o doen- te deve usar obrigatoriamente máscara; ● Sem visitas ao doente; ● O paciente só poderá sair de casa em casos de emergên- cia. Caso necessário, sair com máscara e evitar multidões, preferindo transportes indivi- duais ou a pé, sempre que pos- sível. ● O cuidador deve utilizar uma máscara (descartável) quando estiver perto do paciente. Caso a máscara fique úmida ou com secre- ções, deve ser trocada ime- diatamente. Nunca tocar ou mexer na máscara enquan- to estiver perto do pacien- te. Após retirar a máscara, o cuidador deve lavar as mãos; ● Deve ser realizada higie- ne das mãos toda vez que elas parecerem sujas, an- tes/depois do contato com o paciente, antes/depois de ir ao banheiro, antes/depois de cozinhar e comer ou toda vez que julgar necessário. Pode ser utilizado álcool em gel quando as mãos estive- rem secas e água e sabão quando as mãos parecerem oleosas ou sujas; ● Toda vez que lavar as mãos com água e sabão, dar pre- ferência ao papel-toalha. Caso não seja possível, utilizar toalha de tecido e trocá-la toda vez que ficar úmida. ● Toda vez que lavar as mãos com água e sabão, dar pre- ferência ao papel-toalha. Caso não seja possível, utilizar toalha de tecido e trocá-la toda vez que ficar úmida; ● Todos os moradores da casa devem cobrir a boca e o nariz quando forem tos- sir ou espirrar, seja com as mãos ou máscaras. Lavar as mãos e jogar as másca- ras após o uso; ● Evitar o contato com as se- creções do paciente; quan- do for descartar o lixo do paciente, utilizar luvas des- cartáveis; ● Limpar frequentemente (mais de uma vez por dia) as superfícies que são fre- quentemente tocadas com solução contendo alvejante (1 parte de alvejante para 99 partes de água); faça o mesmo para banheiros e toaletes; ● Lave roupas pessoais, rou- pas de cama e roupas de banho do paciente com sa- bão comum e água entre 60-90ºC, deixe secar. Fonte: WHO technical guidance - patient management - Coronavirus disease 2019
  • 21. 3.6 Casos graves: estabilização e encaminhamento ao centro de referência ou centro de urgência Casos classificados como graves devem ser estabilizados e encaminhados aos serviços de urgência ou hospitalares de acordo com a organização da Rede de Atenção à Saúde local. Procure informações junto a Secretaria de Saúde de seu município acerca dos serviços de urgência e/ou hospitalares que foram definidos como Centros de Referência para a COVID-19 em sua região. O encaminhamento será de responsabilidade da equipe da atenção primária onde ocorreu a classificação do caso. Deve-se articular na rede local de saúde a necessidade de recepcionamento priorizado desse cidadão, garantindo transporte sanitário adequado. 3.7 Notificação Imediata É mandatória a notificação imediata de caso suspeito do COVID-19 (tabela 3) via plataforma do FormSUS 2(http://bit.ly/2019-ncov). Além da notificação, as informações de todos pacientes com Síndrome Gripal devem ser registradas no prontuário para possibilitar a longitudinalidade e a coordenação do cuidado, assim como realizar eventual investigação epidemiológica e posterior formulação de políticas e estratégias de saúde. Atente para o uso do CID- 10 correto sempre que disponível no sistema de registro. O CID-10 que deve ser utilizado para Síndrome Gripal inespecífica é o J11. O CID-10 específico para o COVID-19 é o U07.1. Nos casos em que haja também classificação por CIAP, pode- se utilizar o CIAP-2 R74 (Infecção Aguda de Aparelho Respiratório Superior). 3.8 Monitoramento clínico Os pacientes com Síndrome Gripal em acompanhamento ambulatorial na APS/ ESF devem permanecer em isolamento domiciliar por 14 dias a contar da data de início dos sintomas. O monitoramento deve ser realizado a cada 48 horas por meio telefônico ou presencial, de acordo com a avaliação clínica da equipe. Todos os membros da casa devem ser considerados como contactantes e deverão ser acompanhados pela APS/ESF, além de serem estratificados de maneira apropriada caso iniciem com sintomas Caso haja piora do paciente em tratamento domiciliar ou o desenvolvimento de sintomas graves em familiares do paciente (confirmação clínico-epidemiológico - ver
  • 22. Tabela 3, torna-se obrigatório o encaminhamento para os outros níveis de cuidado do SUS (centro de referência),sendo a equipe da UBS responsável pelo encaminhamento do paciente. O Quadro 2 indica como proceder ao monitoramento por telefone. Quadro 2. Monitoramento de pacientes com Síndrome Gripal na APS/ESF, Ministério da Saúde, 2020. O acompanhamento do paciente pode ser feito a cada 48 horas, frenteafrente (realizar visita domiciliarc om indicação clínica e com medidas de precaução de contato e EPIs conforme protocolo vigente) ou por telefone (ver normativa abaixo), até 14 dias após o início dos sintomas. Normativa de acompanhamento do paciente em isolamento domiciliar via telefone 1. Anotar em prontuário, o número de contato do paciente e de algum acompanhante (de preferência o cuidador que ficará responsável pelo paciente), durante a primeira avaliação naUSF; 2. Ligação deve ser realizada por profissional de saúde da ESF a cada 48 horas para acompanhamento da evolução do quadro clínico; 3. Não há necessidade de gravar a conversa; 4. Anotar informações sobre a conversa telefônica no prontuário eletrônico – quadro clínico autorreferido do paciente, autoavaliação da necessidade de ir algum profissional à residência do paciente ou consulta presencial na UBS com paciente em uso de máscara e inserido no Fast- track (Anexo 1), horário da ligação e queixas. É importante ressaltar a busca ativa de novos casos suspeitos na comunidade. O treinamento de profissionais para reconhecimento de sinais e sintomas clínicos de Síndrome Gripal é de extrema importância na APS. Além disso, políticas públicas que visam ao esclarecimento da população a respeito das informações acerca do Novo Coronavírus são essenciais no combate à doença. 3.9 Medidas de prevenção comunitária e apoio à vigilância ativa O Ministério da Saúde, em ressonância com as diretrizes mundiais, preconiza como medidas de prevenção à população:
  • 23. Tabela 13. Medidas de prevenção Comunitária à Sindrome Gripa e à COVID-19, Ministério da Saúde, 2020. PREVENÇÃO COMUNITÁRIA ● Realizar lavagem frequente das mãos, especialmente após contato direto com pessoas doentes ou com o meio ambiente; ● Utilizar lenço descartável para higiene nasal; ● Cobrir nariz e boca quando espirrar ou tossir; ● Evitar tocar mucosas de olhos, nariz e boca; ● Higienizar as mãos após tossir ou espirrar; ● Não compartilhar objetos de uso pessoal, como talheres, pratos, copos ou garrafas; ● Manter os ambientes bem ventilados; ● Evitar contato com pessoas que apresentem sinais ou sintomas da doença Fonte: WHO technical guidance - patient management - Coronavirus disease 2019 Pessoas sem sintomas não necessitam usar máscaras em ambientes públicos ou em casa. 3.10 RECOMENDAÇÕES EM GRUPOS ESPECIAIS A. Gestantes e puérperas Gestantes e puérperas não possuem risco individual aumentado, até onde as evidencias atuais indicam, pela COVID-19, mas medidas devem se adotadas para proteção da criança. Além disso, gestantes e puérperas tem potencial maior de risco para desenvolvimento de SRAG por Síndrome Gripal decorrente do vírus da Influenza. Desta forma, importante seguir as recomendações expressas na Tabela 14.
  • 24. Tabela 14. Recomendações para gestantes e puérperas com Síndrome Gripal e risco para COVID-19, Ministério da Saúde, 2020. Recomendações para gestantes e puérperas com Síndrome Gripal e risco para COVID-19 • Mesmo podendo representar manifestação fisiológica da gravidez, a queixa de dispneia deve ser valorizada na presença de síndrome gripal. • Em pacientes com sinais de agravamento, incluindo SpO295%, considerar o início imediato de oxigenioterapia, monitorização contínua e encaminhamento hospitalar; • Gestantes e puérperas, mesmo vacinadas, devem ser tratadas com antiviral, fos- fato de oseltamivir (Tamiflu), na dose habitual para adultos, indicado na síndrome gripal independentemente de sinais de agravamento, visando à redução da morbi- mortalidade materna •Não se deve protelar a realização de exame radiológico em qualquer período gesta- cional quando houver necessidade de averiguar hipótese diagnóstica de pneumonia. • A elevação da temperatura na gestante deve ser sempre controlada com antitér- mico uma vez que a hipertermia materna determina lesões no feto. A melhor opção é o paracetamol. • Gestantes sintomáticas têm contraindicação de isolamento domiciliar Puérperas classificadas como casos suspeitos e assintomá- ticas • Isolamento domiciliar; • Manter, preferencialmente, o binômio em quarto privativo. • Manter distância mínima do berço do RN e mãe de 1 metro. • Orientar a realizar etiqueta respiratória. • Orientar a higienização das mãos imediatamente após tocar nariz, boca e sempre antes do cuidado com o RN. • Orientar o uso de máscara cirúrgica durante o cuidado e a amamentação do RN. • Profissional de saúde ao atender a puérpera e RN deve seguir as orientações de precaução padrão e gotículas. • Caso a puérpera precise circular em áreas comuns da casa, utilizar máscara cirúr- gica. Puérperas classificadas como casos confirmados e assinto- máticas • Isolamento domiciliar; • Interromper amamentação. Início do uso de fórmulas infantis como medida provi- sória até a mãe ter a resolução dos sintomas; •Providenciar cuidador para a criança e para a mãe; • Isolar a mãe do RN até os sintomas cessarem.
  • 25. 4. Referências 1. Kenneth McIntosh, MD. Novel Coronavirus (2019-nCov). UpToDate Jan 2020. 2. Li Q et al. Early Transmission Dynamics in Wuhan, China, of Novel Coronavirus- Infected Pneumonia. NEngl J Med. 2020. 3. WHO. QA on coronavirus, 2020. 4. Rothe C et al. Transmission of 2019-nCoV Infection from an Asymptomatic Contact in Germany. N Engl J Med. 2020; 5. Kupferschmidt K. Study claiming new coronavirus can be transmitted by people without symptoms was flawed. Science. February 3, 2020 6. Huang C et al. Clinical features of patients infected with 2019 novel coronavirus in Wuhan, China. Lancet 2020. 7. Chan JF et al. A familial cluster of pneumonia associated with the 2019 novel coronavirus indicating person-to-person transmission: a study of a family cluster. Lancet 2020. 8. Wang C et al. A novel coronavirus outbreak of global health concern. Lancet 2020. 9. Protocolo de Tratamento do Novo Coronavírus. Ministério da Saúde 2020. 10. Home care for patients with suspected novel coronavirus (nCoV) infection presenting with mild symptoms and management of contacts. WHO Interim guidance 20 January 2020. 11. FLUXO DE ATENDIMENTO NAAPS PARA O NOVO CORONAVÍRUS (2019-NCOV). Ministério da Saúde 2020. https://egestorab.saude.gov.br/image/?file=20200210_N_ EmktCoronaVirusFluxoV2_6121956549677603461.pdf 12. LEI Nº 13.979, DE 6 DE FEVEREIRO DE 2020 13. W Guan et al. Clinical Characteristics of Coronavirus Disease 2019 in China. New england Journal of Medicine. 14. Síndrome Gripal/ Síndrome Respiratória aguda Grave - Classificação de Risco e Manejo Clínico. Ministério da Saúde 15. Novel Coronavirus Pneumonia Emergency Response Epidemiology Team. Vital
  • 26. surveillances: the epidemiological characteristics of an outbreak of 2019 novel coronavirus diseases (COVID-19)—China, 2020. China CDC Weekly. AccessedFebruary 20, 2020. 16. Ken Inweregbu et al. Hospitalar Infections. BJA 2005 17. Protocolo de Tratamento da Influenza. Ministério da Saúde 2017 18. Adviceonthe use ofmasks in thecommunity, during home careand in healthcare settings in thecontextofthe novel coronavirus (2019-nCoV) outbreak. Interim guideline. OMS. 19. Favre G, Pomar L, Qi X, Nielsen-Saines K, Musso D, Baud D. Guidelines 20. forpregnantwomenwithsuspected SARS-CoV-2 infection. Lancet InfectDis2020; published online March 3. http://dx.doi.org/10.1016/S1473-3099(20)30157-2 21. http://plataforma.saude.gov.br/novocoronavirus/ (referência para letalidade atual na china) 22. UptoDate.Acetaminophen (paracetamol): Drug information.Acessado em 09/03/2020 23. Elvino Barros. Medicamentos na prática clincia. 2010 24. Coronavirus disease 2019 (covid-19): a guide for UK GPs. BMJ disponível em: https:// www.bmj.com/content/bmj/368/bmj.m800.full.pdf 5. ANEXO 1: FAST-TRACK
  • 27. ALVO | Todos os serviços de APS/ESF. Para o manejo na APS/ESF, será utilizada abordagem sindrômica de Sindrome Gripal para todo paciente com suspeita de COVID-19 OBJETIVO Agilizar o reconhecimento de casos de Síndrome Gripal e COVID-19 no atendimento da APS, priorizando pacientes em risco de infecção, principalmente idosos acima de 60 anos, e evitar o contágio local com outros pacientes. O FLUXO DO FAST-TRACK deve ser sequencial e prioritário dentro da USF. De preferência, o paciente sempre é manejado rapidamente pela próxima esfera da cascata de atendimento, sem aguardar. Pode- se optar por utilizar uma sala, onde o paciente fica parado e os profissionais se revesam, ou o paciente é encaminhado diretamente para a próxima sala. UBS como porta de entrada resolutiva, de identificação precoce e encaminhamento correto de casos graves. Pacientes com prioridade no atendimento: pessoas acima de 60 anos, pacientes com doenças crônicas, gestantes e puérperas. Colocar a pessoa em uma área separada ou sala específica visando ao isolamento respiratório. A sala deve ser mantida com a porta fechada, janelas abertas e ar-condicionado desligado. É mandatório o uso de máscara cirúrgica. CHECK-LIST: 1.Seguir formulário ACS. 2.Questionar sobre queixas de síndrome respiratória. Sintomas respiratórios (tosse, dor de garganta, desconforto ou esforço respiratório) com ou sem febre. CASO LEVE Manejo clínico, orientações de isolamento domiciliar e monitoramentode48/48horaspresencialouportelefone de acordo com necessidade clínica. Se familiares desenvolverem sintomas, procurar atendimento. CASO GRAVE Estabilização e encaminhamento para centro de referência por transporte apropriado. CHECK-LIST: 1. Seguir formulário do enfermeira(o). 2. Classificação de caso suspeito. 3. Notificação imediata de caso suspeito via FormSUS2. 4. Caso a pessoa apresente sintomas respiratórios graves ououtrosinalesintomapreocupante,acioneimediatamente o médica(o). Caso contrário, mantenha a pessoa com máscara cirúrgica e direcione para o atendimento do médica(o). Acesso conforme fluxo normal da unidade Retirar medidas de isolamento e máscara cirúrgica Confirmação de caso suspeito? SIM SIM NÃO NÃO PACIENTE PROCURA UBS ACS | RECEPCIONISTA CHECK-LIST: 1.Seguir formulário do técnica(o) de enfermagem. 2. Atentar nos sintomas respiratórios graves ou outro sinal e sintoma preocupante, nesse caso, acione imediatamente enfermeiro e/ ou médica(o). Caso contrário, mantenha a pessoa com máscara cirúrgica e direcione para o atendimento do enfermeira(o). TÉCNICA(O) DE ENFERMAGEM ENFERMEIRA(O) CHECK-LIST: 1. Seguir formulário médica(o). 2.Classificação de gravidade 3. Verificar comorbidades que contraindicam manejo na APS (ver protocolo clínico na APS). MÉDICA(O) PRIMEIRO CONTATO FERRAMENTA | Metodologia FAST-TRACK Método derivado de protocolos de triagem em emergências, como o protocolo de Manchester. Ferramenta de fluxo rápido de triagem e atendimento de casos de COVID-19. O trabalho é integrado e regido pelo fluxograma do Fast-Track e deve ser incorporado pelas equipes das UBS. • AGENTE COMUNITÁRIO DE SAÚDE (ACS) • ENFERMEIRA(O) • MÉDICA(O) • TÉCNICA(O) DE ENFERMAGEM CORONAVÍRUS C O V I D - 1 9 FLUXO DO FAST-TRACK PARA ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE * ACS como Primeiro Contato. Quem estiver na recepção também pode ajudar, assim como outro profissional pode assumir o papel de Primeiro Contato, desde que treinado para integrar a equipe de Fast-Track. EQUIPE | Composição da equipe FAST-TRACK COVID-19 Formulário Agente Comunitário de Saúde/Recepcionista Identificação Nome:______________________________________________________ Data de Nascimento:_____________________ Idade: ________________________ Sexo: __________________________ Tel/cel: ( ) __________________________ Endereço: _________________________________________________________________________________________ CPF: __________________________________Cartão Nacional SUS:_________________________________________ Motivo de procura da USF: ___________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________________________________ Queixa de sintomas de síndrome respiratória (tosse, dor de garganta, desconforto respiratório com ou sem febre)? ( ) SIM ( ) NÃO Observação: Caso a pessoa apresente sintomas respiratórios, forneça uma máscara cirúrgica e direcione para atendimento do técnico de enfermagem em uma área separada ou sala específica visando o isolamento respiratório. A sala deve ser mantida com a porta fechada, janelas abertas e ar-condicionado desligado. Formulário Técnica(o) de Enfermagem Identificação Nome:______________________________________________________ Data de Nascimento:_____________________ Motivo da consulta: __________________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________________________________ Sinais vitais: temperatura axilar (T.ax):_______________ freqüência cardíaca (FC):_________________________ freqüência respiratória (FR):_______________________ saturação de oximetria (Sat):______________________ pressão arterial (PA):_____________________________ Anotar informações em prontuário. Observação: Caso a pessoa apresente sintomas respiratórios graves ou outro sinal e sintoma preocupante, acione imediatamente enfermeiro e/ou médico (a). Caso contrário, mantenha a pessoa com máscara cirúrgica e direcione para o atendimento do enfermeiro (a). Formulário Enfermeira(o) Identificação Nome:_____________________________________________________ Data de Nascimento:_____________________ Apresenta sintomas respiratórios (tosse, dor de garganta, falta de ar, esforço ou desconforto respiratório)? ( ) SIM ( ) NÃO Apresenta ou apresentou febre ? ( ) SIM ( ) NÃO Apresenta outros sinais e sintomas relevantes : ( ) SIM ( ) NÃO Se sim, descreva: _________________________________________________________________________________ Histórico de viagem para área com transmissão local de COVID-19 nos últimos 14 dias? ( ) SIM ( ) NÃO Histórico de contato com pessoa com diagnóstico de COVID-19? ( ) SIM ( ) NÃO CASO SUSPEITO DE SINDROME GRIPAL (COVID-19)? ( ) SIM ( ) NÃO NOTIFICAÇÃO IMEDIATA DE CASO SUSPEITO VIA FORMSUS2 Avaliação Geral: Apresenta outras comorbidades ? ( ) sim ( ) não Se sim, descreva: _________________________________________________________________________________ Medicamentos de uso contínuo ( ) sim ( ) não Se sim, descreva: _________________________________________________________________________________ Apresenta alergias de medicamentos ( ) sim ( ) não Se sim, descreva: _________________________________________________________________________________ História de cirurgias prévias ou internações recentes ( ) sim ( ) não Se sim, descreva: _________________________________________________________________________________ Anotar informações em prontuário. Observação: Caso a pessoa apresente sintomas respiratórios graves ou outro sinal e sintoma preocupante, acione imediatamente o médico (a). Caso contrário, mantenha a pessoa com máscara cirúrgica e direcione para o atendimento do médico(a). Notificar imediatamente casos suspeitos via FormSUS2. Formulário Médica(o) Identificação Nome:_________________________________________________ Data de Nascimento:_____________________ Revisão da história clínica (sintomas de síndrome gripal com ou sem febre e história de viagem para área com transmissão local de COVID-19 ou contato com pessoa diagnosticada com COVID-19). Avaliar outros sinais e sintomas, diagnósticos alternativos, descompensação de comorbidades, etc. Classificação de gravidade CASO GRAVE - ESTABILIZAÇÃO ENCAMINHAMENTO PARA CENTRO DE REFERÊNCIA CASO LEVE – avaliar comorbidades que contraindicam isolamento domiciliar (ver protocolo clínico). Se possível acompanhar na APS, realizar manejo clínico apropriado (medicamentos sintomáticos, prescrever oseltamivir para pessoas com condições de risco para complicações, etc.), orientações isolamento domiciliar e monitoramento de 48/48 horas presencial (conforme necessidade clínica) ou por telefone. Fornecer atestado médico de 14 dias para propiciar o isolamento domiciliar (CID 10: J11 (Síndrome Gripal) ou U07.1 (COVID-19) se necessário). Anotar informações no prontuário. Observação: Caso a pessoa apresente sinais ou sintomas de gravidade ou comorbidades que contraindiquem o isolamento domiciliar, entrar em contato com seu centro de referência para promover hospitalização. Fornecer atestado quando necessário comprovar ausência (trabalho, escola) e assim propiciar o isolamento domiciliar. Orientar familiares a buscar atendimento ao início de sintomas nos mesmos. Para mais informações, consultar Protocolo de Manejo Clínico. CASO LEVE APS | ESF Síndrome gripal com sintomas leves (sem dispnéia ou sinais de gravidade). E Ausência de comorbidades descompensadas que contraindicam isolamento domiciliar / sinais de gravidade. CASO GRAVE CENTRO DE REFERÊNCIA/ATENÇÃO ESPECIALIZADA Síndrome gripal que apresente dispneia ou os sinais de gravidade (saturação 95%, taquipneia, hipotensão, piora nas condições clinicas basais, alteração do estado mental, entre outras – consultar protocolo clínico). OU Comorbidades que contraindicam isolamento domiciliar (doença cardíaca crônica, doenças respiratórias crônicas, doenças renais, imunossupressos, doença cromossômicas, entre outros – consultar protocolo clínico e gestantes sintomáticas com suspeita de sindrome gripal COVID-19). CASO SUSPEITO/PROVÁVEL Situação 1 – VIAJANTE: pessoa que apresente febre e pelo menos um dos sinais ou sintomas respiratórios (tosse, dificuldade para respirar, produção de escarro, congestão nasal ou conjuntival, dificuldade para deglutir, dor de garganta, coriza, saturação de O2 95%, sinais de cianose, batimento de asa de nariz, tiragem intercostal e dispneia) e com histórico de viagem para país com transmissão sustentada OU área com transmissão local nos últimos 14 dias; OU Situação 2 - CONTATO PRÓXIMO: Pessoa que apresente febre ou pelo menos um sinal ou sintoma respiratório (tosse, dificuldade para respirar, produção de escarro, congestão nasal ou conjuntival, dificuldade para deglutir, dor de garganta, coriza, saturação de O2 95%, sinais de cianose, batimento de asa de nariz, tiragem intercostal e dispneia) e histórico de contato com caso suspeito ou confirmado para COVID-19, nos últimos 14 dias; OU Situação3-CONTATODOMICILIAR:Pessoaquemantevecontatodomiciliar com caso confirmado por COVID-19 nos últimos 14 dias e que apresente febre ou pelo menos um sinal ou sintoma respiratório (tosse, dificuldade para respirar, produção de escarro, congestão nasal ou conjuntival, dificuldade para deglutir, dor de garganta, coriza, saturação de O2 95%, sinais de cianose, batimento de asa de nariz, tiragem intercostal e dispneia). Nesta situação é importante observar a presença de outros sinais e sintomas como: fadiga, mialgia/artralgia, dor de cabeça, calafrios, manchas vermelhas pelo corpo,gânglioslinfáticosaumentados,diarreia,náusea,vômito,desidratação e inapetência. FLUXO DO FAST-TRACK PARA ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE
  • 28. FLUXO DO FAST-TRACK PARA ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE CORONAVÍRUS C O V I D - 1 9 FLUXO DO FAST-TRACK PARA ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE ALVO | Todos os serviços de APS/ESF. OBJETIVO Agilizar o reconhecimento de casos de Síndrome Gripal e COVID-19 no atendimento da APS, priorizando pacientes em risco de infecção, principalmente idosos acima de 60 anos, e evitar o contágio local com outros pacientes. O FLUXO DO FAST-TRACK deve ser sequencial e prioritário dentro da USF. De preferência, o paciente sempre é manejado rapidamente pela próxima esfera da cascata de atendimento, sem aguardar. Pode-se optar por utilizar uma sala, onde o paciente fica parado e os profissionais se revesam, ou o paciente é encaminhado diretamente para a próxima sala. FERRAMENTA | Metodologia FAST-TRACK Método derivado de protocolos de triagem em emergências, como o protocolo de Manchester. Ferramenta de fluxo rápido de triagem e atendimento de casos de COVID-19. O trabalho é integrado e regido pelo fluxograma do Fast-Track e deve ser incorporado pelas equipes das UBS. • AGENTE COMUNITÁRIO DE SAÚDE • ENFERMEIRA(O) • MÉDICA(O) • TÉCNICA(O) DE ENFERMAGEM * ACS como Primeiro Contato. Quem estiver na recepção também pode ajudar, assim como outro profissional pode assumir o papel de Primeiro Contato, desde que treinado para integrar a equipe de Fast-Track. EQUIPE | Composição da equipe FAST-TRACK COVID-19 Para o manejo na APS/ESF, será utilizada abordagem sindrômica de Sindrome Gripal para todo paciente com suspeita de COVID-19
  • 29. FLUXO DO FAST-TRACK PARA ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE Formulário Agente Comunitário de Saúde/ Recepcionista Identificação Nome:___________________________ Data de Nascimento:__________ Idade:_________ Sexo:___________ Tel/cel: ( ) ____________________ Endereço:___________________________________________________ ___________________________________________________________ CPF:______________________Cartão Nacional SUS:________________ Motivo de procura da USF: _____________________________________ ___________________________________________________________ ___________________________________________________________ ___________________________________________________________ ___________________________________________________________ Queixa de sintomas de síndrome respiratória (tosse, dor de garganta, desconforto respiratório com ou sem febre)? ( ) SIM ( ) NÃO Observação: Caso a pessoa apresente sintomas respiratórios, forneça uma máscara cirúrgica e direcione para atendimento do técnico de enfermagem em uma área separada ou sala específica visando o isolamento respiratório. A sala deve ser mantida com a porta fechada, janelas abertas e ar-condicionado desligado.
  • 30. CORONAVÍRUS C O V I D - 1 9 FLUXO DO FAST-TRACK PARA ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE ALVO | Todos os serviços de APS/ESF. OBJETIVO Agilizar o reconhecimento de casos de Síndrome Gripal e COVID-19 no atendimento da APS, priorizando pacientes em risco de infecção, principalmente idosos acima de 60 anos, e evitar o contágio local com outros pacientes. O FLUXO DO FAST-TRACK deve ser sequencial e prioritário dentro da USF. De preferência, o paciente sempre é manejado rapidamente pela próxima esfera da cascata de atendimento, sem aguardar. Pode-se optar por utilizar uma sala, onde o paciente fica parado e os profissionais se revesam, ou o paciente é encaminhado diretamente para a próxima sala. FERRAMENTA | Metodologia FAST-TRACK Método derivado de protocolos de triagem em emergências, como o protocolo de Manchester. Ferramenta de fluxo rápido de triagem e atendimento de casos de COVID-19. O trabalho é integrado e regido pelo fluxograma do Fast-Track e deve ser incorporado pelas equipes das UBS. • AGENTE COMUNITÁRIO DE SAÚDE • ENFERMEIRA(O) • MÉDICA(O) • TÉCNICA(O) DE ENFERMAGEM * ACS como Primeiro Contato. Quem estiver na recepção também pode ajudar, assim como outro profissional pode assumir o papel de Primeiro Contato, desde que treinado para integrar a equipe de Fast-Track. EQUIPE | Composição da equipe FAST-TRACK COVID-19 Para o manejo na APS/ESF, será utilizada abordagem sindrômica de Sindrome Gripal para todo paciente com suspeita de COVID-19 FLUXO DO FAST-TRACK PARA ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE
  • 31. FLUXO DO FAST-TRACK PARA ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE Formulário Técnica(o) de Enfermagem Identificação Nome:___________________________ Data de Nascimento:__________ Motivo da consulta: ____________________________________________ ___________________________________________________________ ___________________________________________________________ ___________________________________________________________ Sinais vitais: temperatura axilar (T.ax): ____________________________ freqüência cardíaca (FC): _____________________________________ freqüência respiratória (FR): ____________________________________ saturação de oximetria (Sat): ___________________________________ pressão arterial (PA): __________________________________________ Anotar informações em prontuário. Observação: Caso a pessoa apresente sintomas respiratórios graves ou outro sinal e sintoma preocupante, acione imediatamente enfermeiro e/ou médico (a). Caso contrário, mantenha a pessoa com máscara cirúrgica e direcione para o atendimento do enfermeiro (a).
  • 32. CORONAVÍRUS C O V I D - 1 9 FLUXO DO FAST-TRACK PARA ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE ALVO | Todos os serviços de APS/ESF. OBJETIVO Agilizar o reconhecimento de casos de Síndrome Gripal e COVID-19 no atendimento da APS, priorizando pacientes em risco de infecção, principalmente idosos acima de 60 anos, e evitar o contágio local com outros pacientes. O FLUXO DO FAST-TRACK deve ser sequencial e prioritário dentro da USF. De preferência, o paciente sempre é manejado rapidamente pela próxima esfera da cascata de atendimento, sem aguardar. Pode-se optar por utilizar uma sala, onde o paciente fica parado e os profissionais se revesam, ou o paciente é encaminhado diretamente para a próxima sala. FERRAMENTA | Metodologia FAST-TRACK Método derivado de protocolos de triagem em emergências, como o protocolo de Manchester. Ferramenta de fluxo rápido de triagem e atendimento de casos de COVID-19. O trabalho é integrado e regido pelo fluxograma do Fast-Track e deve ser incorporado pelas equipes das UBS. • AGENTE COMUNITÁRIO DE SAÚDE • ENFERMEIRA(O) • MÉDICA(O) • TÉCNICA(O) DE ENFERMAGEM * ACS como Primeiro Contato. Quem estiver na recepção também pode ajudar, assim como outro profissional pode assumir o papel de Primeiro Contato, desde que treinado para integrar a equipe de Fast-Track. EQUIPE | Composição da equipe FAST-TRACK COVID-19 Para o manejo na APS/ESF, será utilizada abordagem sindrômica de Sindrome Gripal para todo paciente com suspeita de COVID-19 FLUXO DO FAST-TRACK PARA ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE
  • 33. FLUXO DO FAST-TRACK PARA ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE Formulário Enfermeira(o) Identificação Nome:___________________________ Data de Nascimento:__________ Apresenta sintomas respiratórios (tosse, dor de garganta, falta de ar, esforço ou desconforto respiratório)? ( ) SIM ( ) NÃO Apresenta ou apresentou febre ? ( ) SIM ( ) NÃO Apresenta outros sinais e sintomas relevantes : ( ) SIM ( ) NÃO Se sim, descreva: ____________________________________________ Histórico de viagem para área com transmissão local de COVID-19 nos últimos 14 dias? ( ) SIM ( ) NÃO Histórico de contato com pessoa com diagnóstico de COVID-19? ( ) SIM ( ) NÃO CASO SUSPEITO DE SINDROME GRIPAL (COVID-19)? ( ) SIM ( ) NÃO NOTIFICAÇÃO IMEDIATA DE CASO SUSPEITO VIA FORMSUS2 Avaliação Geral: Apresenta outras comorbidades ? ( ) sim ( ) não Se sim, descreva: ____________________________________________ Medicamentos de uso contínuo ( ) sim ( ) não Se sim, descreva: ____________________________________________ Apresenta alergias de medicamentos ( ) sim ( ) não Se sim, descreva: ____________________________________________ História de cirurgias prévias ou internações recentes ( ) sim ( ) não Se sim, descreva: ____________________________________________ Anotar informações em prontuário. Observação: Caso a pessoa apresente sintomas respiratórios graves ou outro sinal e sintoma preocupante, acione imediatamente o médico (a). Caso contrário, mantenha a pessoa com máscara cirúrgica e direcione para o atendimento do médico(a). Notificar imediatamente casos suspeitos via FormSUS2.
  • 34. CORONAVÍRUS C O V I D - 1 9 FLUXO DO FAST-TRACK PARA ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE ALVO | Todos os serviços de APS/ESF. OBJETIVO Agilizar o reconhecimento de casos de Síndrome Gripal e COVID-19 no atendimento da APS, priorizando pacientes em risco de infecção, principalmente idosos acima de 60 anos, e evitar o contágio local com outros pacientes. O FLUXO DO FAST-TRACK deve ser sequencial e prioritário dentro da USF. De preferência, o paciente sempre é manejado rapidamente pela próxima esfera da cascata de atendimento, sem aguardar. Pode-se optar por utilizar uma sala, onde o paciente fica parado e os profissionais se revesam, ou o paciente é encaminhado diretamente para a próxima sala. FERRAMENTA | Metodologia FAST-TRACK Método derivado de protocolos de triagem em emergências, como o protocolo de Manchester. Ferramenta de fluxo rápido de triagem e atendimento de casos de COVID-19. O trabalho é integrado e regido pelo fluxograma do Fast-Track e deve ser incorporado pelas equipes das UBS. • AGENTE COMUNITÁRIO DE SAÚDE • ENFERMEIRA(O) • MÉDICA(O) • TÉCNICA(O) DE ENFERMAGEM * ACS como Primeiro Contato. Quem estiver na recepção também pode ajudar, assim como outro profissional pode assumir o papel de Primeiro Contato, desde que treinado para integrar a equipe de Fast-Track. EQUIPE | Composição da equipe FAST-TRACK COVID-19 Para o manejo na APS/ESF, será utilizada abordagem sindrômica de Sindrome Gripal para todo paciente com suspeita de COVID-19 FLUXO DO FAST-TRACK PARA ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE
  • 35. FLUXO DO FAST-TRACK PARA ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE Formulário Médica(o) Identificação Nome:___________________________ Data de Nascimento:__________ Revisão da história clínica (sintomas de síndrome gripal com ou sem febre e história de viagem para área com transmissão local de COVID-19 ou contato com pessoa diagnosticada com COVID-19). Avaliar outros sinais e sintomas, diagnósticos alternativos, descompensação de comorbidades, etc. Classificação de gravidade CASO GRAVE - ESTABILIZAÇÃO ENCAMINHAMENTO PARA CENTRO DE REFERÊNCIA CASO LEVE – avaliar comorbidades que contraindicam isolamento domiciliar (ver protocolo clínico). Se possível acompanhar na APS, realizar manejo clínico apropriado (medicamentos sintomáticos, prescrever oseltamivir para pessoas com condições de risco para complicações, etc.), orientações isolamento domiciliar e monitoramento de 48/48 horas presencial (conforme necessidade clínica) ou por telefone. Fornecer atestado médico de 14 dias para propiciar o isolamento domiciliar (CID 10: J11 (Síndrome Gripal) ou U07.1 (COVID-19) se necessário). Anotar informações no prontuário. Observação: Caso a pessoa apresente sinais ou sintomas de gravidade ou comorbidades que contraindiquem o isolamento domiciliar, entrar em contato com seu centro de referência para promover hospitalização. Fornecer atestado quando necessário comprovar ausência (trabalho, escola) e assim propiciar o isolamento domiciliar. Orientar familiares a buscar atendimento ao início de sintomas nos mesmos. Para mais informações, consultar Protocolo de Manejo Clínico.